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Evolução dos Direitos Fundamentais

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Evolução dos Direitos Fundamentais 
Advindo dos lemas da Revolução Francesa - liberdade, igualdade e fraternidade -  anunciavam-se os direitos de 1.ª, 2.ª e 3.ª dimensão e que iriam evoluir, segundo a doutrina, para uma 4.ª e 5.ª dimensão. 
● Direitos Fundamentais da 1° Dimensão: 
Eles marcam a passagem de um Estado autoritário para um Estado de Direito. 
Seus direitos dizem respeito às liberdades públicas e aos direitos políticos, ou seja, direitos civis e políticos a traduzir o valor liberdade.
Alguns documentos importantes que marcaram ess dimensão foram: Magna Carta de 1215; Paz de Westfália (1648); Habeas Corpus Act (1679); Bill of Rights (1688); e as Declarações, seja a americana (1776), seja a francesa (1789). 
● Direitos Fundamentais da 2° Dimensão: 
O fato histórico que inspira e impulsiona os direitos humanos de 2.ª dimensão é a Revolução Industrial europeia, a partir do século XIX.
Em decorrência das péssimas situações e condições de trabalho, eclodem movimentos como o cartista, na Inglaterra, e a Comuna de Paris (1848), na busca de reivindicações trabalhistas e normas de assistência social.
O início do século XX é marcado pela Primeira Grande Guerra e pela fixação de direitos sociais.
Essa perspectiva de evidenciação dos direitos sociais, culturais e econômicos, bem como dos direitos coletivos, ou de coletividade, correspondendo aos direitos de igualdade (substancial, real e material, e não meramente formal), mostra-se marcante em alguns documentos, destacando-se: Constituição do México, de 1917; Constituição de Weimar, de 1919, na Alemanha, conhecida como a Constituição da primeira república alemã; Tratado de Versalhes, 1919 (OIT); e no Brasil, a Constituição de 1934 (lembrando que nos textos anteriores também havia alguma previsão). 
● Direitos Fundamentais da 3° Dimensão 
São marcados pela alteração da sociedade por profundas mudanças na comunidade internacional (sociedade de massa, crescente desenvolvimento tecnológico e científico), identificando-se profundas alterações nas relações econômico-sociais.
Novos problemas e preocupações mundiais surgem, tais como a necessária noção de preservacionismo ambiental e as dificuldades para proteção dos consumidores, só para lembrar aqui dois candentes temas. O ser humano é inserido em uma coletividade e passa a ter direitos de solidariedade ou fraternidade.
Os direitos dessa dimensão são direitos transindividuais, isto é, direitos que vão além dos interesses do indivíduo; pois são concernentes à proteção do gênero humano, com altíssimo teor de humanismo e universalidade.
Segundo Bonavides, a teoria de Karel Vasak identificou, em rol exemplificativo, os seguintes direitos de 3° dimensão: direito ao desenvolvimento; direito à paz (lembrando que Bonavides classifica, atualmente, o direito à paz como da 5° dimensão; direito ao meio ambiente; direito de propriedade sobre o patrimônio comum da humanidade; e direito de comunicação.
● Direitos Fundamentais da 4° Dimensão 
Na orientação de Norberto Bobbio, essa dimensão de direitos decorreria dos avanços no campo da engenharia genética, ao colocarem em risco a própria existência humana, em razão da manipulação do patrimônio genético.
Por outro lado, Bonavides afirma que “a globalização política na esfera da normatividade jurídica introduz os direitos da quarta dimensão, que, aliás, correspondem à derradeira fase de institucionalização do Estado social”, destacando-se os direitos a: democracia (direta); informação; e o pluralismo. 
● Direitos Fundamentais da 5° Dimensão 
Conforme já foi dito, o direito à paz foi classificado por Karel Vasak como de 3° dimensão.
Bonavides, contudo, entende que o direito à paz deva ser tratado em dimensão autônoma, chegando a afirmar que a paz é axioma da democracia participativa, ou, ainda, supremo direito da humanidade. 
Referência: Direito Constitucional esquematizado / Pedro Lenza. – Coleção esquematizado® / coordenador Pedro Lenza – 24. ed. – São Paulo : Saraiva Educação, 2020.

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