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Filosofia: Tudo sobre pós modernidade

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A construção da modernidade 
 
Clássicos da sociologia: Durkheim, Weber e 
Marx 
 
Conceito de Pós-Modernidade 
 
Modernidade: duas visões 
 
Historicamente: terminou com a revolução 
francesa e deu início a contemporaneidade 
 
Tempo social: final dos movimentos de 1968 
(Maio de 68 na França, Primavera de Praga) 
 
O pensamento contemporâneo se divide em: 
Pensamento Moderno: vigorou até 1968 
 
Estrutural: mudança, Marx por 
exemplo, defendia a luta de classes. 
 
Pensamento Moderno: Revolução, 
vamo mudar que está aí, revolucionário. Cria 
liberalismo, keynesianismo, fascismo…. É 
focado na classe. É recusado pelo capitalismo 
e pela burguesia (conservadores do sistema). 
Lutas por emancipação, a feminista moderna 
(luta feminista era pelo voto, se libertar das 
esferas opressoras do machismo) 
 
Pensamento Pós-Moderno: um estilo 
de pensamento que se vincula com os últimos 
60 anos da época histórica da  
Contemporaneidade. 
 
Identitário: Luta de Causas, as 
mudanças identitárias, não quebra o sistema 
social, mas sim causas específicas, identidades 
(pós modernidade). 
 
Pensamento: mudança no próprio 
sistema vencedor, é rebeldia, transgressão, mas 
não revolucionário. Aqui tem vários focos, 
causas próprias: gênero (fim do machismo), 
raça (fim do racismo), LGBT (fim da 
LGBTfobia). Fragmenta as lutas sociais. São 
bem vistos pelo capitalismo e burguesia, são 
apropriados, por não atacarem o sistema 
capitalista. O feminismo pós-moderno (quer 
que a mulher vá para lugares de poder - 
empoderamento) é empoderamento. Ocupar 
um local antes patriarcal. 
 
A pergunta que os modernos fariam ao 
feminismo pós-moderno seria: mas a mulher 
realmente se emancipou? Ela está livre do 
machismo? Mas o coletivo do feminino se 
emancipou do machismo. 
 
Uma pessoa empoderada não necessariamente 
é emancipada, livre. 
 
Modernidade: Organizações em sindicatos e 
partidos, a união de força em político, visão 
marxista. 
 
Pós-Moderno: essa união é mau-vista, pois é 
uma maneira de opressão, então há “núcleos”, 
a organização é em coletivos, coletivo 
feminista, coletivo do movimento negro, etc… 
 
A ideia de comunidade é substituído pelo 
coletivo. Há mais respeito dentro de um 
coletivo, mas pouca força política. Então é 
preferível pelos conservadores por enfraquecer 
as lutas. 
 
Características mais marcantes do Pensamento 
Pós Moderno: 
- Fragmentação das lutas sociais; 
- Predomínio do ideário liberalismo 
(social); 
- Concepções individuais de lutas; 
- Lutas identitárias (lugar de fala…) 
 
Mulher lésbica X Homem homossexual 
Homem X Mulher 
Branco X Negro 
 
Vão ter lugares de fala e lutas diferentes, pois 
possuem identidades diferentes. 
 
Transgressão ao sistema.  
 
Slogan Pós Moderno 
 
“Se fere a minha existência, serei resistência” 
 
A luta precisa ser minha, não luto por algo que 
não tenho identidade. Percepção individual e 
de sobrevivência, não de comunidade e 
transformação. 
 
É cada um falando da sua existência, sem 
coletivizar e unir, em prol da transformação 
social. 
 
“Lugar de fala” 
 
Não valoriza a luta social e sim o autor social. 
Mais do que a luta social. O discurso do 
homem hétero não será tão válido quanto uma 
mulher falando do feminismo. O autor social é 
mais válido do que o movimento. Por que ele 
deve ser empoderado. 
 
Para Marx, o movimento deve ser maior que o 
indivíduo. Ele não se importava se o 
socialismo fosse imposto pelo burguês ou 
proletário, contanto que fosse imposto. 
 
Defesa Pós Moderna: filósofos existencialistas 
estruturalistas. 
- Foucault: as lutas contemporâneas tem 
que ser microfísicas. A luta deve ser 
no dia a dia, no cotidiano. Mudar os 
micros para que um dia o macro se 
mude. Não uma mudança estrutural. 
 
“Microfísicas do poder” 
 
“Mudar o mundo sem tomar o poder” 
 
Uma das críticas ao Pós Modernismo é que a 
mudança vai acontecer num futuro, aposta na 
mudança no futuro. Mantendo o mundo como 
ele está. 
 
 
 
Bourdieu 
 
Autores da pós modernidade. 
Busca compreender a formação das 
desigualdades sociais. O início está ligado a 
Marx. Mas quebra alguns fundamentos que 
Marx aponta como geradores das 
desigualdades. De uma maneira Pós Moderna. 
 
A novidade de Bourdieu: 
 
A teoria do Habitus: 
 
A clássica: Durkheim dizia para investigar a 
sociedade já que lá se encontrava o fato social. 
Weber dizia para investigar o indivíduo, pois 
suas ações moldaram a sociedade. 
 
Sociedade X Indivíduo 
 
Nova camada de interpretação social por 
Bourdieu:  
A sociedade não se organizava apenas por ela 
mesma nem somente pelas ações do indivíduo. 
Nem um dos dois. 
O que está por trás das ações sociais, da 
sociedade, indivíduo, instituições sociais. 
 
Habitus: sistema incorporado a sociedade, 
tendências que organizam as formas pelas 
quais os indivíduos percebem o mundo social 
ao seu redor e a ele reagem. 
 
“Quero estudar medicina”: durante toda sua 
vida você foi criado a ver medicina como algo 
negativo. Quem criou essa imagem da 
medicina: o habitus. 
 
Sociedade + Você = suas decisões. 
o palco disso é o habitus. 
 
No hábitos encontram-se os fundamentos e 
princípios da sociedade, logo se quiser mudar 
a sociedade, mude o habitus. É compartilhado 
pelos individuo e sociedade, nenhuma decisão 
é puramente um ou outro. 
Marx, Durkheim, Weber - mudava o indivíduo 
ou sociedade. 
 
Bourdieu - mudar o habitus. 
 
Poder simbólico: é a relação de poder oculta 
aos olhos e não instaurada oficialmente e que é 
pautada nesse habitus, pois foi construída 
durante a sua vida por meio da sua relação 
com o ambiente. Ex: filmes, livros, relação 
pai/mãe, relação com os amigos… Tudo 
corrobora para os poderes simbólicos 
existentes. 
 
Ex: o médico tem um poder simbólico. 
um professor tem seu discurso validado na sala 
de aula apesar de ter visto seu currículo… 
Patriarcalismo, burguês/trabalhador, 
machismo… 
 
Essas coisas foram naturalizados ao longo da 
sua vida. 
 
Esse poder simbólico sempre vai existir, mas o 
problema do habitus é que esse poder pode 
transformar-se em violência simbólica. 
 
Se tem o poder, pode ser usado para oprimir 
quem não têm.  
Para Marx, essa opressão é física, visível… 
Mas para Bourdieu, a pior opressão é invisível 
aos olhos, a simbólica. Não na agressão física, 
mas no discurso. Que é naturalizado, que não é 
considerado ofensivo.  
 
Esse discurso tem um poder de opressão que 
fomenta as desigualdades sociais, mas é tão 
naturalizado, que é imperceptível. 
 
Chamar um preto de negro. 
Chamar um homossexual de viado.  
Chamar uma mulher de gostosa na rua. 
 
Esses discursos com conotações ofensivas e 
opressivas e fomentam a violência física 
posteriormente. 
Livro: A dominação masculina 
 
A condição feminina e a violência simbólica. 
A linguagem reforça e normatiza as 
desigualdades. 
Universalização dos pronomes masculinos e a 
violência por trás disso. 
 
Combater o poder simbólico não é combater a 
violência física, e também a violência 
simbólica. 
 
Como combater a linguagem ofensiva? 
Ressignificando a linguagem.  
 
Quando você muda a linguagem, você muda o 
mundo. 
 
No movimento feminista nos Estados Unidos, 
elas perceberam que um dos termos mais 
ofensivos utilizados do homem para a mulher 
era chamá-la de vadia (bitch), que revelava, 
também, uma opressão sexual. O combate ao 
termo vadia era tão importante quanto o 
combate a violência física contra a mulher. 
Mas não era eficaz, logicamente, mandá-los 
parar. Era melhor ressignificar a palavra 
violenta “vadia” que passa a ter uma 
conotação positiva culturalmente. E esse 
movimento promoveu a “Marcha das Vadias”. 
A linguagem também é um instrumento de 
mudança social.  
 
A palavra gay era uma palavra extremamente 
violenta, agora, 60 anos de ser apropriada pelo 
movimento LGBT, tem uma conotação 
positiva e não mais violenta. 
 
O mesmo acontece ultimamente com a palavra 
preto, que vem sendo ressignificada pelo 
movimento. 
 
Se eu não mudar o jeito que eu falo, eu não 
mudo o habitus, o poder continuaráestruturado. 
 
Isso demora, não é uma revolução imediata, 
pois vai influenciando os capitais da 
sociedade. 
 
- Capital Econômica 
- Capital Cultural: uma coisa é aprender 
sobre o Louvre, outra coisa é ir ao 
Louvre. Apropriar o conhecimento, 
através da economia. 
- Capital Simbólico: o capital dado pela 
honra e posição social de alguém. 
(quebrado parcialmente pelo fake news, e 
pós-verdade) 
- Capital Social: network, outras 
pessoas que legitimem sua entrada na 
sociedade. 
 
Elias 
 
Tenta unir o funcionalismo de Durkheim com 
a sociologia compreensiva de Weber. 
 
Tenta achar um conceito que explique a 
sociedade e como ela funcione com o 
indivíduo. 
 
Teia de Interdependência: não é 100% livre 
para agir mas não é 100% moldado pela 
sociedade. 
A sociedade impõe coercitivamente alguns 
comportamentos e esse indivíduo 
subjetivamente adere como se fossem deles. 
Não é livre, nem determinado, você age de 
uma maneira pensando que é sua mas na 
verdade é determinado pela sociedade. 
Ex: os padrões estéticos, você tem vontade de 
seguir certo padrão, pensando que é vontade 
sua, mas na verdade a sociedade te impõe ele. 
E você não consegue se livrar, pois é, agora, 
uma ideia sua, seu gosto pessoal. 
 
Não é possível separar homem da sociedade. 
 
Processo civilizador:  
- Como nós vamos tendo os mesmos 
gostos, valores sociais. 
- Não é planejado racionalmente. 
(a colonização que os modernos falam, dos 
índios, do negro… não funciona pois ele 
depende da subjetividade de cada um, não 
consegue aderir com juízos de valor - 
bom/mal). 
- Mas as mudanças de conduta se dão 
com mudanças subjetivas, emocionais, 
sentimentais (e isso não é objetivo, 
racional) 
 
Na subjetividade a pessoa achar o 
comportamento importante, a mudança 
acontece. O processo colonizador acontece 
assim e por isso não é simples. 
 
A civilização se forma através de teias de 
interdependência onde a subjetividade tem 
papel primordial, quebrando a ideia que a 
sociedade muda de fora para dentro. 
 
A pós-modernidade é o fim das grande 
metanarrativas (conceito de Lyotard). 
 
Grande narrativas, grandes lutas, lutas em 
conjunto = Metanarrativa. 
 
A pós modernidade nada mais é do que a 
modernidade líquida. 
 
As grandes mudanças perdem a força, não há 
mais revoluções. 
 
 Modernidade até a década de 68, a 
modernidade deixa de ser sólida e passa a ser 
líquida. 
 
As características da Modernidade Líquida: 
- As lutas são sem forma, fragmentada, 
amórficas. Não está dentro de uma 
metanarrativa 
- É moldável por pressões externas, o 
outro faz uma força coercitiva sobre 
sua luta, e acaba a mudando por ela 
ser amórfica. Ela molda. Há uma luta 
do feminismo mas ele precisa se 
moldar aos interesses externos. 
(há sempre uma luta externa para se moldar) 
- Imediatismo, não cabe mudanças 
estruturais, pois quer resultados. 
- A luta precisa sobreviver na 
competição da multiplicidade das 
outras lutas. A mulher, o negro, idoso, 
gordofobia… 
- Isso tudo reflete um individualismo, 
ditado pela mídia da massa. Alguém 
que para ter sucesso na vida se 
apropria de várias lutas, mas não 
emancipa as minorias e sim as 
empodera.

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