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Lista História do Brasil 1. (UEAP 2010) Desde que os portugueses chegaram à América, se interessaram pelo interior do continente. Porém, somente no século XVII esse movimento ganhou importância, em razão do declínio do comércio de açúcar no mercado europeu, momento em que a Coroa Portuguesa estimulou as buscas de metais e pedras preciosas em terras brasileiras, através de expedições conhecidas como entradas e bandeiras. Sobre o movimento de interiorização da colônia, analise as proposições e marque a alternativa correta. I- As entradas eram expedições armadas e organizadas por particulares de São Paulo e as bandeiras eram expedições oficiais organizadas pelas autoridades portuguesas. II- As entradas tinham o objetivo de explorar o interior, apressar indígenas para escravizá-los como mão-de-obra e procurar riquezas minerais. III- As bandeiras podem ser caracterizadas por buscar índios para escravizá-los (bandeiras de apressamento); buscar pedras e metais preciosos (bandeira prospectora) e para combater índios rebeldes ou destruir quilombos (sertanismo de contrato). IV- As expedições conhecidas como entradas e bandeiras culminaram com a descoberta de ouro em Minas Gerais e vieram a ser as maiores responsáveis tanto pela expansão territorial do Brasil, como pelo desaparecimento de muitas sociedades indígenas. a) Apenas I e II estão corretas. b) Apenas I, II e III estão corretas. c) Apenas II e III estão corretas. d) Apenas II e IV estão corretas. e) Apenas II, III e IV estão corretas. 2. (PUC - GO 2016 2016/1) TEXTO 2 VI Para entenderes bem o que é a morte e a vida, basta contar-te como morreu minha avó. — Como foi? — Senta-te. Rubião obedeceu, dando ao rosto o maior interesse possível, enquanto Quincas Borba continuava a andar. — Foi no Rio de Janeiro, começou ele, defronte da Capela Imperial, que era então Real, em dia de grande festa; minha avó saiu, atravessou o adro, para ir ter à cadeirinha, que a esperava no Largo do Paço. Gente como formiga. O povo queria ver entrar as grandes senhoras nas suas ricas traquitanas. No momento em que minha avó saía do adro para ir à cadeirinha, um pouco distante, aconteceu espantar-se uma das bestas de uma sege; a besta disparou, a outra imitou-a, confusão, tumulto, minha avó caiu, e tanto as mulas como a sege passaram-lhe por cima. Foi levada em braços para uma botica da Rua Direita, veio um sangrador, mas era tarde; tinha a cabeça rachada, uma perna e o ombro partidos, era toda sangue; expirou minutos depois. — Foi realmente uma desgraça, disse Rubião. — Não. — Não? — Ouve o resto. Aqui está como se tinha passado o caso. O dono da sege estava no adro, e tinha fome, muita fome, porque era tarde, e almoçara cedo e pouco. Dali pôde fazer sinal ao cocheiro; este fustigou as mulas para ir buscar o patrão. A sege no meio do caminho achou um obstáculo e derribou-o; esse obstáculo era minha avó. O primeiro ato dessa série de atos foi um movimento de conservação: Humanitas tinha fome. Se em vez de minha avó, fosse um rato ou um cão, é certo que minha avó não morreria, mas o fato era o mesmo; Humanitas precisa comer. Se em vez de um rato ou de um cão, fosse um poeta, Byron ou Gonçalves Dias diferia o caso no sentido de dar matéria a muitos necrológios; mas o fundo subsistia. O universo ainda não parou por lhe faltarem alguns poemas mortos em flor na cabeça de um varão ilustre ou obscuro; mas Humanitas (e isto importa, antes de tudo) Humanitas precisa comer. Rubião escutava, com a alma nos olhos, sinceramente desejoso de entender; mas não dava pela necessidade a que o amigo atribuía a morte da avó. Seguramente o dono da sege, por muito tarde que chegasse à casa, não morria de fome, ao passo que a boa senhora morreu de verdade, e para sempre. Explicou-lhe, como pôde, essas dúvidas, e acabou perguntando-lhe: — E que Humanitas é esse? — Humanitas é o princípio. Mas não, não digo nada, tu não és capaz de entender isto, meu caro Rubião; falemos de outra coisa. — Diga sempre. Quincas Borba, que não deixara de andar, parou alguns instantes. — Queres ser meu discípulo? — Quero. — Bem, irás entendendo aos poucos a minha filosofia; no dia em que a houveres penetrado inteiramente, ah! nesse dia terás o maior prazer da vida, porque não há vinho que embriague como a verdade. Crê-me, o Humanitismo é o remate das coisas; e eu, que o formulei, sou o maior homem do mundo. Olha, vês como o meu bom Quincas Borba está olhando para mim? Não é ele, é Humanitas... — Mas que Humanitas é esse? — Humanitas é o principio. Há nas coisas todas certa substância recôndita e idêntica, um princípio único, universal, eterno, comum, indivisível e indestrutível, — ou, para usar a linguagem do grande Camões: Uma verdade que nas coisas anda, Que mora no visíbil e invisíbil. Pois essa sustância ou verdade, esse princípio indestrutível é que é Humanitas. Assim lhe chamo, porque resume o universo, e o universo é o homem. Vais entendendo? — Pouco; mas, ainda assim, como é que a morte de sua avó... — Não há morte. O encontro de duas expansões, ou a expansão de duas formas, pode determinar a supressão de uma delas; mas, rigorosamente, não há morte, há vida, porque a supressão de uma é a condição da sobrevivência da outra, e a destruição não atinge o princípio universal e comum. Daí o carácter conservador e benéfico da guerra. Supõe tu um campo de batatas e duas tribos famintas. As batatas apenas chegam para alimentar uma das tribos, que assim adquire forças para transpor a montanha e ir à outra vertente, onde há batatas em abundância; mas, se as duas tribos dividirem em paz as batatas do campo, não chegam a nutrir-se suficientemente e morrem de inanição. A paz, nesse caso, é a destruição; a guerra é a conservação. Uma das tribos extermina a outra e recolhe os despojos. Daí a alegria da vitória, os hinos, aclamações, recompensas públicas e todos os demais efeitos das ações bélicas. Se a guerra não fosse isso, tais demonstrações não chegariam a dar-se, pelo motivo real de que o homem só comemora e ama o que lhe é aprazível ou vantajoso, e pelo motivo racional de que nenhuma pessoa canoniza uma ação que virtualmente a destrói. Ao vencido, ódio ou compaixão; ao vencedor, as batatas. — Mas a opinião do exterminado? — Não há exterminado. Desaparece o fenômeno; a substância é a mesma. Nunca viste ferver água? Hás de lembrar-te que as bolhas fazem-se e desfazem-se de contínuo, e tudo fica na mesma água. Os indivíduos são essas bolhas transitórias. — Bem; a opinião da bolha... — Bolha não tem opinião. Aparentemente, há nada mais contristador que uma dessas terríveis pestes que devastam um ponto do globo? E, todavia, esse suposto mal é um benefício, não só porque elimina os organismos fracos, incapazes de resistência, como porque dá lugar à observação, à descoberta da droga curativa. A higiene é filha de podridões seculares; devemo-la a milhões de corrompidos e infectos. Nada se perde, tudo é ganho. Repito, as bolhas ficam na água. Vês este livro? É Dom Quixote. Se eu destruir o meu exemplar, não elimino a obra, que continua eterna nos exemplares subsistentes e nas edições posteriores. Eterna e bela, belamente eterna, como este mundo divino e supradivino. (ASSIS, Machado de. Quincas Borba . 18. ed. São Paulo: Ática, 2011. p. 26-28.) O narrador, no Texto 2, fala-nos que “a guerra é a conservação”. A propósito, essa expressão nos permite fazer uma analogia com a “guerra sem fim”, decretada pelos Estados Unidos ao “terrorismo islâmico” após os atentados de 11 de setembro de 2001, com a justificativa de pôr fim à violência terrorista e reordenar o mundo para conservar a paz. Sobre essa nova reelaboração da doutrina de “guerra justa” durante o governo Bush, analise os itens que se seguem: I-Apesar da força militar dos EUA,essa guerra visava ao pacifismo, não exigia objetivos nem meios específicos, finitos e realizáveis. II- Seria uma guerra radical, contínua, irrestrita e sem limites de tempo ou fronteiras geográficas, que não buscava expansão territorial. III-Uma nova política de intervenção em que os EUA, diante de qualquer ameaça militar ou mesmo antecipando um perigo futuro, teria o direito de promover ataques preventivos. IV-Foi o resultado de acordos e alianças com outras potências e instituições internacionais visando à proteção da população civil, que seria preservada das atrocidades da guerra. Em relação às proposições analisadas, assinale a única alternativa cujos itens estão todos corretos: a) I e II. b) I e IV. c) II e III. d) II e IV. 3. (UNICENTRO 2008) A análise do mapa e os conhecimentos sobre a administração colonial permitem afirmar que a divisão do Brasil em dois estados I. impossibilitou a expansão territorial do país, que se manteve limitado pelo Tratado de Tordesilhas até a proclamação da independência, em 1822. II. se desenvolveu conforme as Ordenações Manuelinas, mantendo uma postura de tolerância em relação aos cristãos-novos, que chegaram a assumir a direção de Câmaras Municipais e Governadorias. III. se concretizou na fase da União Ibérica, com o objetivo pautado no papel assumido pelo Maranhão, como ponto estratégico para a colonização do norte e do nordeste da Colônia. IV. perdurou até a segunda metade do século XVIII, funcionando com os dois estados independentes entre si, ambos subordinados à Metrópole. V. manteve a região do Paraná, entre 1621 e 1774, sob o controle e governo do Estado do Brasil, que tinha como capital a cidade do Salvador e, posteriormente, o Rio de Janeiro. A alternativa que indica todas as afirmativas verdadeiras é a a) I e II b) II e IV c) I, III e IV d) I, III e V e) III, IV e V 4. (UNICENTRO 2008) As primeiras tentativas de colonização direcionadas ao território que veio a se constituir no Estado do Paraná datam do início do século XVI, quando expedições estrangeiras exploraram a região à procura de madeira de lei. No século XVII, os paulistas e os portugueses começaram a se estabelecer na região, com a descoberta de ouro, aliada à caça ao índio para utilizá-lo como escravo. A atividade mineradora, no entanto, não se desenvolveu como era esperado, uma vez que os exploradores de ouro se dirigiram, em maior quantidade, para as áreas que passaram a ser conhecidas como as Minas Gerais. (História do Paraná. Disponível em: . Acesso em: 23 nov.2007. Adaptado.) Com base nessas informações e nos conhecimentos sobre a região do Paraná, no Período Colonial, identifique as afirmativas verdadeiras. I. A procura de madeira de lei esteve direcionada, no Período Colonial, à Região Sul, visto inexistir espécies similares no litoral do Nordeste e Sudeste. II. O interesse da Coroa em manter a exploração aurífera na capitania do Paraná, durante o século XVIII, impediu as contestações do exclusivo comercial estabelecido pela Coroa. III. A descoberta de ouro, no século XVII, que resultou no início da ocupação da região, contribuiu para a definição, em 1695, da demarcação do então povoado chamado de Vila de Nossa Senhora dos Pinhais, posteriormente Curitiba. IV. A intensificação da procura de índios para escravização relacionava-se à escassez de africanos escravizados, uma vez que eram destinados, na maioria, à exploração aurífera em Minas Gerais. V. A atividade econômica, voltada para a mineração na região das Minas Gerais, transformou a área de Curitiba em um ponto estratégico de passagem de gado, destinado ao abastecimento daquela região. A alternativa que indica todas as afirmativas verdadeiras é a a) I e II. b) II e IV. c) II, III e V. d) III, IV e V. e) I,III, IV e V. 5. (UNB - PAS 2013) O conjunto arquitetônico e paisagístico do Santuário Bom Jesus de Matosinhos está situado em Congonhas, na mesorregião metropolitana de Belo Horizonte. Após a crise da mineração no século XIX, novas atividades econômicas instalaram-se na região, a partir da primeira metade do século XX. A reconfiguração da economia de Congonhas de centro da mineração do ouro para cidade industrial ocorreu a partir da a) expansão da moderna agricultura, que possibilitou a instalação de agroindústrias na região. b) construção de refinaria de petróleo e gás, que atraiu empresas da cadeia produtiva dos hidrocarbonetos. c) política de instalação de pequenas e médias empresas do setor têxtil e de vestuário, as quais geraram muitos empregos. d) exploração das jazidas de minério de ferro, que atraiu a instalação de siderúrgicas e metalúrgicas. 6. (UNICENTRO - PAC 2014) Considerando a formação do território e da sociedade paranaense, relacione a região e o período, na coluna I, com a atividade, na coluna II. COLUNA I (I) Região fronteiriça entre Paraná e Santa Catarina, em 1912. (II) Norte do Paraná, década de 1930. (III) Áreas de Campo (Ponta Grossa, Palmas e Guarapuava), a partir do século XVIII. (IV) Parte ocidental do Paraná, período colonial brasileiro. (V) Litoral do Paraná (Paranaguá, Morretes), século XVII. COLUNA II (A) Companhias privadas de colonização. (B) Guerra do Contestado. (C) Mineração. (D) Tropeirismo. (E) Reduções Jesuíticas (Província del Guayrá). Assinale a alternativa que contém a associação correta. a) I-B, II-A, III-D, IV-E, V-C. b) I-B, II-C, III-E, IV-A, V-D. c) I-E, II-A, III-C, IV-D, V-B. d) I-E, II-C, III-A, IV-B, V-D. 7. (UNIMONTES - PAES 2009) AS MONÇÕES Quando as bandeiras começaram a declinar, a marcha para o oeste passou a possuir outras formas. Utilizando o curso dos rios, as viagens tornaram-se mais regulares e com destino conhecido. A esse movimento, que se iniciou na segunda década do século XVIII, dá- se o nome de monções. O termo é aqui aplicado impropriamente. Em seu sentido original, as monções indicam o regime alternado de ventos que determina as épocas propícias à navegação. No Brasil do século XVIII, porém, passou a se conhecer por monção a estação adequada para as viagens fluviais, o que nada tem a ver com ventos, mas sim com as cheias ou vazantes dos rios. (CAMPOS, Francisco Antônio Luciano. In: www.geocites.com.br) Com base no texto e nos seus conhecimentos, analise as afirmativas a seguir. I - As monções substituíram, inicialmente, as bandeiras tradicionais e alcançaram regiões como a do futuro estado do Mato Grosso. II - Com o declínio da mineração nas Minas Gerais, as monções se dedicaram, mais intensamente, ao abastecimento das populações do Centro-Oeste. III - As viagens realizadas em comboio visavam a uma maior segurança e implicavam aumento do risco de contágio de doenças tropicais. Está(ão) CORRETA(S) a) I e II, apenas. b) III, apenas. c) II, apenas. d) I, II e III. 8. (UEG 2002) Goiás ingressou na esfera da colonização portuguesa como território de minas, abandonando o perfil de sociedade exclusivamente indígena. Os primeiros tempos da mineração − quando [...] os sonhos de riqueza fácil ensandeciam multidões − duraram apenas cerca de quarenta anos. A brevidade, entretanto, não deve obscurecer a importância da riqueza gerada nas lavras de cascalho[...] PALACÍN, L.; GARCIA, L. F.; AMADO, J. História de Goiás em documentos: I. Colônia. Goiânia: Ed. da UFG, 1995, p.85. Sobre a economia colonial em Goiás, marque a alternativa CORRETA: a) O controle da exploração das minas de ouro em Goiás pela Coroa portuguesa efetivou-se por meio da cobrança de impostos sobre a produção. Duas foram as modalidades de impostos cobrados: o quinto e a capitação. b) O excedente de capital produzido pela atividade mineradora foi aplicado no melhoramento da agricultura e da pecuária, que constituíram as principaisatividades econômicas do século XVIII. c) Em Goiás, foi utilizada largamente a chamada mineração de morro, realizada nas rochas, em detrimento da exploração do ouro de aluvião, encontrado na areia e nos seixos dos rios. d) Durante o século XIX, pôde-se perceber uma diversificação na economia goiana, visando prioritariamente à exportação dos produtos advindos das atividades de mineração, pecuária e agricultura que se encontravam em plena expansão. e) O uso de braços escravos nas lavouras goianas no século XVIII fazia-se necessário, visto que substituíam os trabalhadores livres, integralmente envolvidos na atividade da mineração. 9. (UPE - SSA 2011) Ao longo da História do Brasil, as populações indígenas foram sendo empurradas para o interior, assimiladas ou exterminadas pelos conquistadores. Apesar da legislação em defesa dos direitos indígenas, a questão do índio aborda, com seriedade, um dos problemas mais graves da nossa sociedade. Sobre a sociedade indígena brasileira, analise as afirmativas a seguir: I. O indígena é julgado, como qualquer brasileiro, pelo Código Penal e pelo Código Civil em vigor. O critério será estabelecido caso a caso, dependendo da análise do juiz sobre o grau de “aculturação” do índio. II. O bandeirismo e o ciclo da mineração fizeram os índios serem expulsos de suas terras, escravizados e perseguidos pelos bandeirantes. III. Os índios brasileiros, na fase pré-cabralina, encontravam-se em diferentes estágios de desenvolvimento cultural. IV. A mão de obra indígena nunca foi valorizada nem utilizada na produção açucareira por ser considerada incapaz e inadequada. Está CORRETO o que se afirma em a) I, II e IV. b) II, III e IV. c) I, II e III. d) III e IV. e) II e IV. 10. (PUC - CAMPINAS 2015) O ser senhor de engenho é título a que muitos aspiram, porque traz consigo o ser servido, obedecido e respeitado por muitos. E se for, qual deve ser, homem de cabedal e governo, bem se pode estimar no Brasil o ser senhor de engenho, quanto proporcionalmente se estimam os títulos entre os fidalgos do Reino (...) Os escravos são as mãos e os pés do senhor de engenho, porque sem eles no Brasil não é possível fazer, conservar nem aumentar fazenda, nem ter engenho corrente. (ANTONIL, André João. Cultura e opulência do Brasil por suas drogas e minas) O trabalho escravo durante o período colonial, mencionado pelo jesuíta André João Antonil, foi essencial não apenas aos senhores de engenho como também aos donos de minas. No período da mineração, os escravos a) controlavam o contrabando de ouro e diamantes, prática estimulada pelos portugueses proprietários da maioria das lavras, que pretendiam burlar a fiscalização empreendida com rigor pela elite local. b) foram organizados em irmandades religiosas cujo objetivo era a catequese e a punição eficaz a qualquer prática herdada das religiões africanas ou forma de sincretismo cultural. c) passaram a ser menos explorados, tratados de forma mais humana e não raramente remunerados, uma vez que dependia deles o sucesso da exploração dos minérios. d) participaram de diversas rebeliões contra a Coroa que eram influenciadas pelos ideais iluministas, caso da Inconfidência Mineira, cuja maioria dos integrantes era negra e mulata. e) alcançaram densidade populacional surpreendente na região de Minas Gerais, uma vez que os investimentos e as riquezas ali obtidas estimularam o aumento desse tipo de mão de obra e a intensificação do tráfico. 11. (MACKENZIE 2015) A mineração, atividade desenvolvida na região centro-sul do Brasil, no século XVIII, teve inúmeras consequências para a Colônia, entre as quais se pode destacar a) o surgimento de um novo estilo artístico decorrente das profundas modificações ocorridas dentro da colônia portuguesa: o Neoclássico. b) a retração do mercado interno no país, especialmente em virtude da decadência da atividade pecuária e da agricultura de subsistência. c) a urbanização, o surgimento de uma elite intelectual nacional e o surgimento de uma mercado nacional articulado à mineração. d) a livre entrada de tecidos e outros manufaturados ingleses para abastecer a região aurífera do Brasil. e) o maior aproveitamento da mão de obra indígena, já que era difícil o controle de escravos nessas regiões afastadas do litoral. 12. (UFRGS 2015) Considere as afirmações abaixo, sobre o Império Espanhol nas Américas, nos séculos XVI e XVII. I - O Peru e o México, conquistados, respectivamente, dos incas e dos astecas, foram as regiões mais importantes desse império. II - Uma das principais atividades econômicas foi a mineração, centrada principalmente na região de Potosí, na atual Bolívia. III- A política econômica da metrópole privilegiou o livre-comércio entre as possessões espanholas e outras regiões europeias, com suas colônias. Quais estão corretas? a) Apenas I. b) Apenas I e II. c) Apenas I e III. d) Apenas II e III. e) I, II e III. 13. (ENEM 3ª Aplicação 2014) No dia 16 de agosto passado fugiu da Companhia de Mineração do Cuiabá o escravo de nome Severino, de 19 anos de idade, cabra, claro, estatura mais que regular, boa figura, bons dentes, e tem um sinal de cortadura de uma polegada pouco mais ou menos na testa. Levou chapéu de palha trançado, 1 par de calças azuis, paletó preto, camisa branca, e outras roupas. Está armado de uma pistola pequena de algibeira e uma faca de ponta. Gratifica-se com a quantia acima de 100$000 a quem o apreender e levá-lo a seu senhor, residente em Sabará, ou o puser em qualquer cadeia da província. Sabará, 2 de outubro de 1880. Jornal A Província de Minas, Ouro Preto, edição 26, 18 dez.1880. O anúncio de jornal sobre a fuga do escravo Severino mostra um aspecto importante do escravismo brasileiro. Qual das seguintes afirmações expressa tal aspecto? a) As alforrias no sistema escravista brasileiro eram obtidas tanto pelo livre consentimento do senhor quanto pela compra. b) As fugas de escravos eram duramente reprimidas pelo Estado e pelos senhores de escravos. c) O movimento abolicionista teve papel fundamental para o fim da escravidão. d) O paternalismo da escravidão brasileira gerava a preocupação do senhor em conseguir encontrar o seu escravo em fuga. e) Os quilombos eram organizações revolucionárias voltadas para o combate ao sistema escravista brasileiro. 14. (PUC - RS 2015) Associe as revoltas coloniais (coluna A) às suas características essenciais (coluna B). Coluna A 1. Revolta dos Beckman 2. Guerra dos Emboabas 3. Guerra dos Mascates 4. Revolta de Vila Rica 5. Inconfidência Mineira Coluna B ( ) Transcorrido em Pernambuco, entre 1709 e 1710, o movimento caracterizou-se pela oposição entre os comerciantes de Recife contra os senhores de engenho de Olinda, tendo como base a tentativa dos mercadores recifenses em conseguir maior autonomia política e cobrar as dívidas dos produtores de açúcar olindenses. ( ) Deflagrada no Maranhão, em 1684, a revolta teve como base o descontentamento com a proibição da escravidão indígena, decretada pela Coroa Portuguesa, a pedido da Companhia de Jesus, medida que prejudicou a extração das “drogas do sertão” pelos colonos europeus. ( ) Ocorrido em Minas Gerais, em 1720, sob a liderança de Filipe dos Santos, o levante teve como causa a oposição ao sistema de taxação da Coroa Portuguesa, que resolveu estabelecer 4 Casas de Fundição na região mineradora, como forma de cobrar o quinto (imposto de vinte por cento) sobre o ouro. ( ) Sucedido em Minas Gerais, no ano de 1708, o confl ito opôs os paulistas (bandeirantes), primeiros aventureiros a descobrir e ocupar a zona da mineração, contra os “forasteiros”, os seja, os grupos que chegaram depois na região, originários do reino ou de outras capitanias. A numeração correta na coluna B, de cima para baixo, é a)3 – 1 – 4 – 2 b) 1 – 2 – 3 – 5 c) 3 – 4 – 1 – 2 d) 2 – 3 – 4 – 5 e) 3 – 4 – 5 – 2 15. (UFU 2002) A respeito dos processos de colonização implantados na América e das diferentes formas de dominação dos ameríndios, utilizadas pelos europeus, podemos afirmar que I - nas regiões do México e do Peru, os ameríndios foram incorporados ao projeto colonizador espanhol como pagadores de tributos e fornecedores de mão-de-obra para atividades econômicas, como mineração, transportes e agricultura. II - no Brasil, a mão-de-obra dos ameríndios escravizados, essencial para a implantação dos engenhos de açúcar no Nordeste, continuou sendo utilizada pelos portugueses nas capitanias do Sul, nas regiões do Grão-Pará e Maranhão, mesmo após a introdução do trabalho escravo africano. III - na América do Norte, os colonos ingleses recusaram o contato com os ameríndios e negaram-se a explorá-los como mão-de-obra, porque seguiam os preceitos éticos e morais da religião protestante, que pregava a liberdade, a igualdade e o respeito entre os homens. IV - o ideal de “missão civilizadora” foi a ideologia comum aos diversos projetos de colonização da América. De acordo com esta ideologia, os europeus tinham a “missão” de civilizar os povos ameríndios, levando-lhes os benefícios do progresso material e cultural e integrando-os ao mercado capitalista. Assinale a alternativa que contém as afirmativas corretas. a) Apenas I e II. b) Apenas III e IV. c) Apenas I e III. d) Apenas II e IV. 16. (UFSC 2013) Sobre os caminhos das tropas no Brasil, identifique se são verdadeiras (V) ou falsas (F) as afirmativas abaixo. ( ) A mineração absorveu tanta mão de obra que reduziu a agricultura e a pecuária locais, provocando a falta de alimentos e demandando outras formas de abastecimento. ( ) Os tropeiros, que se dedicavam ao comércio de gado, cavalos e burros, se deslocavam entre o Rio Grande do Sul e São Paulo. ( ) No século XVIII, o Rio Grande do Sul foi importante polo de abastecimento das minas e o caminho percorrido pelas tropas passava por Lages em direção a Curitiba e São Paulo. ( ) Apesar de ter sido uma atividade importante, as tropas não contribuíram com o desenvolvimento dos povoados e cidades por onde passavam, pois permaneciam pouco tempo nestes locais. Assinale a alternativa que apresenta a sequência CORRETA, de cima para baixo. a) F – V – F – V b) F – F – V – V c) V – V – V – F d) V – F – V – F e) V – V – F – F 17. (UNEMAT 2011) O ciclo econômico da mineração no Brasil trouxe várias consequências e mudanças no contexto colonial. Sobre este ciclo, assinale a alternativa incorreta. a) O eixo econômico da colônia deslocou-se da região Nordeste para a região Sudeste. b) Houve acelerado crescimento urbano e o desenvolvimento de um grande mercado consumidor interno na região das Minas. c) Com a expansão urbana, vários profissionais surgiram na colônia como arquitetos, médicos, artesãos, funcionários públicos, sendo uma sociedade caracterizada pela mobilidade social. d) Ocorreram algumas revoltas de cunho nativista nesse período, entre elas, a Revolta de Filipe dos Santos ou Revolta de Vila Rica em MG, 1720, que tinha caráter de protesto contra os impostos sobre o ouro e contra a implantação da Casa de Fundição. e) Na região da mineração não havia opressão fiscal, nem excessivo controle exercido por Portugal sobre a colônia, portanto, não existiram conflitos coloniais. 18. (UNEMAT 2011) “Os escravos constituíam aquilo que o cronista Antonil denominou, em sua obra Cultura e opulência do Brasil (1967), ‘as mãos e os pés dos senhores do engenho’. No caso de Mato Grosso, os negros africanos atuaram como trabalhadores dos engenhos de açúcar, das fazendas de lavoura e, sobretudo, junto aos trabalhos de mineração” (SIQUEIRA, Elizabeth Madureira. História de Mato Grosso: da ancestralidade ao dias atuais. Cuiabá: Entrelinhas, 2002. p.120). Sobre a história da presença negra em Mato Grosso, assinale a alternativa incorreta. a) Em Mato Grosso tivemos a presença de “escravos de eito”, “escravos de ganho” e “escravos domésticos”. b) Em Mato Grosso, assim como em todo o Brasil, o número de quilombos foi grande e o mais famoso deles foi o chamado Piolho ou Quariterê, situado na região do rio Guaporé, próximo ao rio Piolho. Era constituído de uma aldeia composta de negros escravizados, índios, crioulos e caburés. c) Os quilombos em Mato Grosso, mesmo sofrendo perseguições e até destruição total, só existiram durante o período colonial, pois durante a província não há registros sobre movimento de quilombolas em território mato-grossense. d) Na região de Chapada dos Guimarães, em Mato Grosso, conhecida como Santana da Chapada e Lugar dos Guimarães, havia quilombos, pois nesta região foram instaladas fazendas de engenhos, as quais exigiam abundante mão de obra escrava africana. e) Os quilombos em Mato Grosso não eram constituídos apenas de escravos africanos, mas também de homens livres, pobres, dentre os quais podemos destacar os soldados desertores, índios e criminosos.
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