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Economia e Mercado - Unidade 4 - UNICESUMAR

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CONJUNTURA
ECONÔMICA
BRASILEIRA
Professora:
Me. Andréia Moreira da Fonseca Boechat
Diretoria Executiva Pedagógica Janes Fidelis Tomelin
Diretoria Operacional de Ensino Kátia Coelho 
Diretoria de Planejamento de Ensino Fabrício Lazilha
Head de Projetos Educacionais Camilla Barreto Rodrigues Cochia Caetano
Head de Produção de Conteúdos Celso Luiz Braga de Souza Filho
Gerência de Produção de Conteúdos Diogo Ribeiro Garcia
Gerência de Projetos Especiais Daniel Fuverki Hey
Supervisão do Núcleo de Produção de Materiais Nádila de Almeida Toledo
Projeto Gráfico Thayla Guimarães 
Editoração Isabela Mezzaroba Belido 
Qualidade Textual Produção de materiais
DIREÇÃO
Reitor Wilson de Matos Silva 
Vice-Reitor Wilson de Matos Silva Filho 
Pró-Reitor de Administração Wilson de Matos Silva Filho 
Pró-Reitor de EAD William Victor Kendrick de Matos Silva 
Presidente da Mantenedora Cláudio Ferdinandi
NEAD - NÚCLEO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
NEAD - Núcleo de Educação a Distância
Av. Guedner, 1610, Bloco 4 - Jardim Aclimação - Cep 87050-900 
Maringá - Paraná | unicesumar.edu.br | 0800 600 6360
As imagens utilizadas neste livro foram 
obtidas a partir do site shutterstock.com
C397 CENTRO UNIVERSITÁRIO DE MARINGÁ. Núcleo de Educação 
a Distância; BOECHATO, Andréia Moreira da Fonseca; PARDO, Paulo
 
 Economia e mercado. Andréia Moreira Da Fonseca Boechato; 
Paulo Pardo 
 Maringá-Pr.: UniCesumar, 2018. 
 48 p.
“Pós-graduação Universo - EaD”.
 1. Economia. 2. Mercado. 3. EaD. I. Título.
ISBN - 978-85-459-0038-2
CDD - 22 ed. 332
CIP - NBR 12899 - AACR/2
01
02
03
04
sumário
06| EVOLUÇÃO DA ECONOMIA BRASILEIRA
17| CRESCIMENTO ECONÔMICO
25| DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO
30| SITUAÇÃO ECONOMIA E FINANCEIRA DO BRASIL
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
 • Mostrar a evolução da economia brasileira.
 • Entender os planos de estabilidade econômica das décadas de 1980 e 1990.
 • Definir crescimento econômico e suas fontes.
 • Caracterizar desenvolvimento econômico.
 • Estudar a situação econômica e financeira da economia brasileira.
PLANO DE ESTUDO
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade:
 • Evolução da economia brasileira
 • Crescimento econômico
 • Desenvolvimento econômico
 • Situação econômica e financeira do Brasil
CONJUNTURA ECONÔMICA BRASILEIRA
INTRODUÇÃO
introdução
Olá, caro(a) aluno(a), seja bem-vindo(a) ao nosso material de estudo da disci-
plina Economia e Mercado. Nesta unidade, iremos discutir alguns temas muito 
interessantes e que fazem parte do nosso dia a dia. Iniciaremos mostrando a 
evolução da economia brasileira, ou seja, analisaremos a história econômica do 
nosso país para entender os motivos que fizeram com que a nossa economia, 
e consequentemente, a sociedade (não podemos separar economia da socie-
dade, já que economia influencia totalmente a vida da população) chegasse 
da forma que estamos hoje. 
Na segunda e terceira aulas, veremos a diferença entre crescimento e de-
senvolvimento econômico. Sabemos que um país, como o caso do Brasil, está 
entre as dez maiores economia do mundo, mas a população ainda é muito 
carente. Este fato é explicado pela diferença entre crescimento e desenvolvi-
mento econômico, que são conceitos totalmente diferentes. Um país pode 
crescer sem desenvolver, desenvolver se crescer, crescer e desenvolver e nem 
crescer e nem desenvolver. Mas o que faz com que esses fatos aconteçam? Isto 
discutiremos nesta unidade.
Para finalizar nossa unidade, veremos como está a situação econômica do 
Brasil. Aqui, apresentarei a você alguns conceitos e dados e você poderá tirar 
suas próprias conclusões. Então após esta unidade, você será capaz de anali-
sar a situação econômica brasileira e me dizer que estamos melhores ou piores 
que há alguns anos atrás.
Um forte abraço,
Profª Me. Andréia Moreira da Fonseca Boechat
Pós-Universo 6
Evolução
da economia 
brasileira
Pós-Universo 7
A história econômica brasileira teve início em 1500, quando o Brasil foi descoberto e 
está até hoje em constante mudança. Como você sabe, a economia brasileira passou 
por diversas fases e esta aula explorará, resumidamente, já que estamos falando em 
mais de 500 anos de história, todas estas etapas. Para isto, dividi a aula em quatro 
partes: A crise de 1929 e o processo de industrialização, a década perdida (1980) 
e os planos de combate a inflação, o plano real e os governos Fernando Henrique 
Cardoso e Lula.
A CRISE DE 1929 E OPROCESSO DE 
INDUSTRIALIZAÇÃO
Até 1930 a economia brasileira era agroexportadora com modelo de desenvolvimen-
to voltado para fora, que segundo Gremaud et al. (2011) é uma economia baseada 
na produção e exportação de produtos primários, tais como açúcar, café, borracha, 
entre outros (dependia do período histórico, os chamados ciclos da economia bra-
sileira), o que acarretou, segundo os mesmos autores, elevada vulnerabilidade, alta 
concentração de renda, comportamento cíclico dos preços das exportações. Estas 
consequências são em razão da dependência da economia brasileira ao mercado 
internacional.
Apesar de todos os problemas citados acima, a economia brasileira, via produção 
de café, continuava sendo rentável e diversas políticas econômicas eram voltadas 
para esta atividade e com isto, a produção só aumentava. Porém, em 1929, dois pro-
blemas ocorreram: superprodução e economia mundial em crise, o que acarretou a 
conhecida Crise de 29 ou queda da bolsa de valores de Nova Iorque. Com isto tudo, o 
preço do café reduzia cada vez mais, pois a oferta era muito maior do que demanda, 
aumentando cada vez mais a crise econômica brasileira. 
Então, em 1930 a economia brasileira passou por um momento de ruptura, tra-
zendo a necessidade da industrialização, que passou a ser prioridade do governo e a 
única forma de superar a crise e o subsenvolvimento. A partir desse momento, surge 
o processo de substituição de importações (PSI), que durou até a década de 
1960 e foi sendo feita por etapas.
Rosângela Farias
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Rosângela Farias
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Rosângela Farias
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Rosângela Farias
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Rosângela Farias
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Rosângela Farias
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Pós-Universo 8
De acordo com Gremaud et al. (2007), as principais características do PSI foi:
 • Industrialização fechada, ou seja, era voltada para o mercado interno e não 
para exportação.
 • Dependia de medidas que protegem a indústria nacional dos concorren-
tes externo.
 • Passou por sequências, primeiro iniciava o estrangulamento externo ( queda 
do valor das exportações e mesma demanda por importações) que gerava 
crise cambial. O governo tomava medidas para proteger a indústria nacio-
nal, com isto o investimento aumentava, substituindo parte da produção 
que antes era importada, por produção nacional, aumentava assim a renda 
e a demanda, gerando um novo estrangulamento externo em outro setor. 
E assim sucessivamente.
Os mesmo autores citam que os bens de consumo não duráveis, como roupas, ali-
mentos e bebidas, foram os primeiros a ser industrializados, seguidos por bens de 
consumo duráveis (eletrodomésticos, automóveis etc.), bens intermediários (ferro, 
aço etc.) e bens de capital (máquinas e equipamentos).
Frentes às crises cambiais geradas durante o PSI, o governo brasileiro adotou di-
versas medidas para proteger a indústria nacional (mesmo que sem querer), como:
a. Desvalorização real do câmbio, o que aumentava o preço dos produtos 
importados, incluindo em matéria-prima, máquinas e equipamentos, ne-
cessários à produção.
b. Controle de câmbio, ou seja, licenças para importações.
c. Taxas múltiplas de câmbio, em outras palavras uma taxa de câmbio para 
cada setor.
d. Elevação das tarifas aduaneiras.
E claro, algumas dificuldades, apesar de todas as medidas adotadas pelo Estado, sur-
giram, tais como:
a. Tendência ao desequilíbrio externo.
b. Aumento da participação do Estado.
Rosângela Farias
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Rosângela Farias
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Pós-Universo 9
c. Aumento do grau de concentração derenda.
d. d) Escassez de fontes de financiamento.
O Processo de Industrialização brasileira teve o auge durante o governo Juscelino 
Kubitschek (1956-1960) com o plano de metas, que tinha como slogan crescer “50 anos 
em 5”. O objetivo do plano de metas era estabelecer bases industriais, para isto, houve 
aumento dos investimentos estatais em infraestrutura, estímulo ao aumento da produ-
ção de bens intermediários e incentivo à introdução dos setores de consumo duráveis e 
de capital. Porém, com um rápido crescimento surgiu diversos problemas que, segundo 
Gremaund et al. (2007), estavam relacionados à questão do financiamento, que foi feito 
via emissão de moeda (gerou inflação) e aumento da concentração de renda.
Chegamos às décadas de 1960 e 1970, no qual diversas mudanças ocorreram, 
tanto em termos sociais quanto político (regime militar). De 1961 a 1973, houve mo-
mentos de crises econômicas como no início da década, alterações institucionais, o 
que contribuiu para a recuperação econômica, fazendo com que a economia bra-
sileira crescesse, segundo a Academia Pearson (2011), à taxa média de 8% ao ano. 
Durante os governos militares, diversos planos foram criados, como o PAEG (Plano 
de Ação Econômica do Governo), que tinha como objetivos o combate à inflação 
e a retomada do crescimento econômico e o milagre econômico, que não foi um 
plano e sim um período que durou de 1968 a 1973, que foi caracterizado por altas 
taxas de crescimento econômico, como citei acima (8% ao ano) e taxa de inflação 
em torno, segundo Gremaund et al. (2011), de 15% a 20% ao ano. Durante o Milagre 
econômico, surgiram os planos de desenvolvimento, como o PND (Plano Nacional 
de Desenvolvimento).
O Milagre econômico teve fim em 1973, graças com primeiro choque do petróleo. 
Neste período, o Brasil começa a passar por dificuldades, o que provocou aumento 
da dívida. Para piorar a situação, em 1979 acontece o segundo choque do petró-
leo e elevação da taxa de juros internacional, aumentando assim, o endividamento 
externo brasileiro, além de desequilíbrios externos e aumentos do déficit público, 
aumentando as pressões inflacionárias, que chegou, neste período, a 77% ao ano.
Rosângela Farias
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Rosângela Farias
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Pós-Universo 10
A DÉCADA PERDIDA (1980) E SEUS 
PLANOS DE COMBATE À INFLAÇÃO
Choque do petróleo em 1979, elevação da taxa de juros no mercado internacional, 
aumento da dívida externa, redução dos preços das commodities e perdas de divisas, 
acarretou recessão, desemprego, inflação e queda da renda per capita e diversos 
planos econômicos de combate à inflação surgiram durante a década de 1980, que 
ficou conhecida como a “década perdida”. 
Como o foco da nossa disciplina Economia e Mercado não é a história da eco-
nomia brasileira e sim mostrar a você as bases da situação econômica hoje no nosso 
país, farei um breve resumo dos planos de estabilização econômica.
Do final da década de 1980 ao início da década de 1990, seis planos econômi-
cos foram criados, cruzado, Bresser, Verão, Collor I e Collor II e Real. Abaixo mostrarei 
as principais medidas de cada plano, com exceção do Plano Real, que será discuti-
do no próximo item.
1) Plano Cruzado (1986)
As principais medidas foram: 
 • Substituição da moeda para Cruzado.
 • Definição de regras de conversão de preços e salários.
 • Congelamento de preços.
 • Taxa de Câmbio fixa.
 • Criação da Tablita.
 • Política monetária e fiscal → não foram estabelecidas regras.
Os resultados foram queda inicial da inflação, em decorrência do congelamento de 
preços, crescimento inicial da economia que gerou pressões sobre o setor de bens 
de consumo; problemas na balança comercial e nas contas externas. Para conter a 
demanda, foi lançado o Cruzadinho, mas não houve resultados favoráveis. E posterior-
mente, foi lançado o Cruzado II, que tinha como objetivo controlar o déficit público.
Rosângela Farias
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Pós-Universo 11
Balança Comercial é o total exportado menos o total importado de bens 
durante um período de tempo.
atenção
2) Plano Bresser (1987)
Foi um plano de caráter de emergência em decorrência do fracasso do plano Cruzado 
e das altas taxas de inflação. As principais medidas foram:
 • Congelamento de salários por três meses.
 • Congelamento de preços por três meses.
 • Congelamento de aluguéis.
 • Mudança da base do Índice de preços ao consumidor.
 • Desvalorização cambial em 9,5%.
 • Tablita para contratos financeiros pré-fixados.
 • Criação da Unidade Referencial de Preços (URP).
O resultado inicial foi a queda da inflação.
3) Verão (1989)
Tinha, assim como os demais, como objetivo principal o combate à inflação que não 
foi atingindo e teve como principais medidas:
 • Controle da demanda → elevação da taxa de juros e redução dos gastos 
do governo.
 • Desindexação da economia → congelamento dos preços e criação no 
Cruzado Novo.
 • Os salários eram convertidos pela média dos últimos 12 meses.
Rosângela Farias
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Pós-Universo 12
 • Desvalorização do cruzado em 18%.
 • Adoção da taxa de câmbio fixa.
4) Collor I (1990)
Para este plano que foi tão polêmico, a causa da inflação era por causa do aumento 
da demanda e por isto, a única solução era reduzir a demanda. Para isto, tomou como 
medidas:
 • Reforma monetária.
 • Reforma administrativa e fiscal.
 • Redução drástica da liquidez → bloqueio dos depósitos à vista, da poupan-
ça, das aplicações e fundos de curto prazo.
 • Congelamento de preços e desindexação dos salários.
 • Regime cambial flutuante.
 • Abertura Comercial.
O resultado inicial foi uma redução no Produto Interno Bruto (PIB) e não impactou 
na taxa de inflação.
5) Collor II (1991)
O objetivo principal desse plano foi eliminar o overnight e outras formas de indexa-
ção, através dos seguintes mecanismos:
 • Overnight foi substituído pelo Fundo da Aplicação Financeira (FAF).
 • Congelamento de preços e salários.
 • Criação da Taxa Referencial (TR).
 • Bloqueio do orçamento de diversos ministérios, dos recursos para 
investimento.
Rosângela Farias
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Rosângela Farias
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Pós-Universo 13
Como você percebeu, todos os planos econômicos tinham como objetivo princi-
pal combater a inflação, que estava cada vez mais alta. E como medida em comum, 
podemos verificar o congelamento. Porém, todos esses planos não atingiram o 
objetivo.
O PLANO REAL
O Plano Real foi lançado em 1994, durante o Governo Itamar Franco com o seu 
Ministro da Fazenda Fernando Henrique Cardoso, e tinha como objetivo, assim como 
os demais planos, o combate à inflação que foi considerada inercial, como a causa, 
e deveria ser combatida com uma reforma monetária.
Inflação inercial é uma espécie de memória inflacionária, ou seja, se antes 
teve inflação, hoje terá também.
atenção
A situação econômica da época era diferente do final de década de 1980, pois no início 
de 1990 houve um processo de abertura comercial que aumentou a concorrência 
e possibilidade de financiamento externo. Além da existência de reservas cambiais.
Rosângela Farias
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Pós-Universo 14
O plano foi dividido em três fases:
1ª) Ajuste fiscal prévio → corte nos gastos;
 → aumento de impostos (IPMF);
 → redução das transferências do governo federal
2ª) Indexação da economia → sistema bi-monetário;
 → conversão dos preços e rendimentos;
 → URV com paridade 
3ª) Reforma monetária → troca da URV pelo Real
O impacto positivo que o plano Real gerou foi:
 • Redução rápida da inflação.
 • Valorização cambial → real e nominal.
 • Entrada de recursos externos.
 • Abertura comercial.
 • Crescimento da economia.
 • Aumento do poder aquisitivo.
 • Recomposição dos mecanismos de crédito.
 • Demanda reprimida.
 E como problemas, podemos citar:
 • Déficit Comercial.
 • Endividamento Externo.
 • Financiamento com reservas.
 • Excesso de importações de bens de consumo.
 • Entrada de capital no curto prazo.
Finalmente,depois de anos de altas taxas de inflação e estagnação econômica, o 
Brasil volta a crescer. Claro, que de 1994 para cá muitas crises mundiais aconteceram, 
Rosângela Farias
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Pós-Universo 15
e afetaram direta ou indiretamente, o nosso país. Porém, hoje temos taxas de inflação 
relativamente baixas, melhorias nos indicadores econômicos, somos competitivos 
em diversos setores.
É importante a economia estar estabilizada e o governo sempre se preocu-
par com o crescimento econômico e com a taxa de inflação baixa, mas não 
podemos esquecer do lado social.
reflita
Governos Fernando Henrique 
Cardoso e Lula
O grande ponto do primeiro governo Fernando Henrique Cardoso foi o lançamento 
do Plano Real. Já o segundo mandato foi baseado em três pilares: taxa de câmbio flu-
tuante, metas de inflação, no qual foi utilizada a taxa de juros com instrumento para 
reduz as altas da inflação e superávit primário, em função do aumento da carga tribu-
tária. Para atingir os objetivos, as principais medidas foram o aumento das despesas, 
redução do investimento, criação da lei de responsabilidade fiscal e reforma tributária.
As principais consequências foram: redução do déficit comercial em U$$ 5 bilhões 
de dólares; redução das importações; aumento da dívida pública; crescimento eco-
nômico médio de 2,1%; bom desempenho do setor agrícola.
Em 2003 Lula assume seu primeiro mandato e em 2008 o segundo. A situação 
brasileira em 2002, ano anterior à eleição era baixo crescimento econômico; aumento 
da dívida pública; desvalorização cambial; redução das importações. E as principais 
medidas para combater os problemas foram renovação do acordo com o Fundo 
Monetário Internacional (FMI), aumento da taxa SELIC, aumento da taxa de juros real, 
aumento das metas do superávit primário para 4,25% do PIB.
As consequências das medidas adotadas foram: superávit comercial; redução da 
inflação (abaixo da meta); aumento das exportações; redução da dívida externa e da 
pública; redução do risco-país; crescimento médio de 2,6% a.a.; melhoria do setor in-
dustrial; aumento do crédito.
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Rosângela Farias
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Pós-Universo 16
Relação da carga tributária/PIB durante os governos FHC e Lula 
Ano Carga Carga 
tributária/PIB
1998 29,33
1999 31,64
2000 32,84
2001 33,68
2002 35,84
2003 3554
2004 36,80
2005 37,82
2006 38,80
Fonte: Gremaud, Vasconcellos e Toneto Júnior (2011)
fatos e dados
Pós-Universo 17
Crescimento 
econômico
Pós-Universo 18
Crescimento econômico é uma meta que todos os países procuram atingir, pois 
quanto maior for a produção, maior será o número de empregos, maior será a renda 
nacional, e com isto, haverá uma melhora na qualidade de vida da população.
Então, crescimento econômico pode ser definido como o aumento do Produto 
Interno Bruto (PIB) per capita. Neste sentido, Passos e Nogami (2012) define cresci-
mento econômico como o ato ou efeito de crescer.
Para um país crescer diversos fatores são essenciais, como o estoque de capital (K), 
a força de trabalho (N) e o tempo (t). Então, de acordo com Passos e Nogami (2012), 
o modelo macroeconômico que expressa o crescimento econômico é:
Y = f (K,N,t)
Crescimento econômico pode ser definido como o aumento do Produto 
Interno Bruto (PIB) per capita.
quadro resumo
Além dos fatores citados acima, ainda temos:
a. Crescimento populacional – aumento da população desloca a curva de 
possibilidades de produção da sociedade, afetando, diretamente, o cres-
cimento econômico. E também aumenta a quantidade de mão de obra 
disponível, e claro, aumento da demanda.
b. Acumulação de capital ou estoque de fatores de produção – É o 
aumento da quantidade do fator de produção capital na economia, como, 
máquinas, equipamentos, edificações etc, já que são fundamentais para 
produzir bens e serviços. Quanto maior for o estoque dos fatores de pro-
dução, maior será a produção e portanto, maior o crescimento econômico.
c. Progresso tecnológico – É o grande responsável pela transformação dos 
processos tradicionais, pois permite mudanças significativas na forma e na 
quantidade de fatores de produção utilizados no processo produtivo. De 
acordo com Passos e Nogami (2012), o progresso tecnológico é resultado 
de um conjunto de fatores, como educação, volume de pesquisas alocadas 
para a pesquisa, grau de aptidão e qualificação da mão de obra, entre outros.
A Academia Pearson (2011) acrescenta que a capacidade de crescimento de 
uma economia depende de dois elementos:
Rosângela Farias
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Rosângela Farias
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Pós-Universo 19
1. Estoque dos fatores de produção - Os fatores de produção são trabalho, 
capital e recursos naturais ou terra. Quanto maior for o estoque dos fatores 
de produção, ou seja, quanto maior for a quantidade disponível, maior será 
o crescimento econômico.
Antigamente, o principal fator de produção era recursos naturais ou terra e tra-
balho, hoje, o estoque capital se tornou a mais importante fonte de crescimento 
econômico. Mas o que significa estoque de capital? Quais fatores estão incluídos?
Quando falamos em estoque de capital, segundo a Academia Pearson (2011), 
estamos nos referindo aos bens de capital, como estradas, edifícios, equi-
pamentos, máquinas, fábricas, que adquirimos durante o ano e está ligado, 
diretamente, aos investimentos. Investimento esses que são originários do 
dinheiro da poupança dos países. Neste sentido, percebemos que quando 
falamos em investimento, falamos em poupança também, seja interna (riqueza 
do próprio país) ou externa (financiamento estrangeiro do investimento). 
Lembrando que, quando um país pega um empréstimo, mesmo que seja 
para aumentar seu estoque de capital, ele pagará juros e neste caso, o capital 
sairá bem mais caro. Esta situação pode ser ilustrada conforme figura 01.
Terra Trabalho Capital+ +
Poupança interna
Poupança externa
Investimento
Investimento (mais caro)
FATORES DE PRODUÇÃO
=
=
Figura 01 - Relação entre fatores de produção, poupança e investimento
Fonte: Academia Pearson (2011)
Rosângela Farias
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Pós-Universo 20
 Conforme pode ser visto na figura 01, temos três fatores de produção, terra, 
trabalho e capital. Para aumentar o estoque de capital é necessário fazer in-
vestimento. Esses investimentos são feitos através do dinheiro da poupança, 
seja ela interna ou externa. Através da poupança externa, o investimento é 
mais caro do que pela poupança interna.
2. Produtividade dos fatores de produção – é quanto cada fator de pro-
dução é capaz de produzir e são dois fatores que ajudam a produtividade 
aumentar: progresso tecnológico e educação da força de trabalho.
Para melhor entendimento da produtividade dos fatores de produção, 
suponha a seguinte situação: você irá investir no ramo de pesca e tem duas 
opções de barcos, um tradicional, que custa R$ 5 mil e pesca por dia meia 
tonelada de peixes e o outro, mais moderno, que custa R$ 8 mil e que pesca 
três toneladas de peixes por dia. Qual dos dois barcos você iria comprar? 
Para responder a esta pergunta, é necessário verificar a produtividade de 
cada barco (ACADEMIA PEARSON, 2011).
Barco Tradicional – capital/produto= $5000/500kg = R10/kg.
Barco moderno – capital/produto = $8000/3000kh = $ 2,66/kg.
Então, a produtividade do barco tradicional é de R$10,00 reais o quilo do 
peixe, ou seja, cada quilo custa R$10,00 reais para pescar. Já o barco moderno, 
o quilo do peixe sai da R$2,66 reais. Neste caso, apesar do barco moderno 
ser mais caro em princípio, sua produtividade é bem maior.
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Pós-Universo 21
PRODUTO INTERNO BRUTO (PIB)
Produto Interno Bruto (PIB) e ProdutoNacional Bruto (PNB) são conceitos diferentes, 
apesar de muitas vezes sendo confundidos. Enquanto no primeiro é calculado tudo 
que é produzido dentro do território nacional, independente da produção ter sido 
por empresas nacionais ou estrangeiras. O segundo, PNB, contabiliza tudo que foi 
produzido por empresas nacionais, independente de elas estarem localizadas dentro 
ou fora do território nacional. Esta é a única ou principal, diferença entre PIB e PNB.
Produto Interno Bruto (PIB) e Produto Nacional Bruto (PNB) são concei-
tos diferentes.
atenção
Então, a Academia Pearson (2011) define Produto Interno Bruto de um país como o 
valor total dos bens e serviços destinados ao consumo final, produzido dentro do 
país em determinado período de tempo. Segundo o mesmo autor, podemos calcular 
PIB por três maneiras, ou como os economistas chamam, por três diferentes óticas, 
produção, despesa e renda.
01) Ótica da produção 
É a forma mais básica de calcular o PIB e é feita através da seguinte fórmula:
PIB= valor bruto da produção – consumo intermediário + impostos
Para melhor entender estas expressão, a Academia Pearson (2011) apresenta um 
exemplo. Suponha que um determinado país, no qual chamaremos de país A, produza 
cinco bens primários: ovos, leite, manteiga, trigo e bananas e um bem para consumo 
final, que é uma torta de banana e as quantidades produzidas no ano T, são apre-
sentadas no quadro 01.
Rosângela Farias
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Pós-Universo 22
Bens primários Quantidade Valor unitário Valor total
Ovos 30.000 unidades $0,01/unidade $300
Leite 3.500 litros $0,50/litro $1.750
Manteiga 1.000 quilos $1,00/quilo $1.000
Trigo 5.000 quilos $0,50/quilo $2.500
Bananas 5.000 quilos $0,10/quilo $500
Valor total (bens primários) $6.050
Bem final Quantidade Valor unitário Valor total
Tortas de bananas 10.000unidades $1,00/unidade $10.000
Valor total (bem final) $10.000
Quadro 01 – Produção do país A no ano T
Fonte: Academia Pearson (2011)
Além dos dados do quadro 01, os produtores pagam 10% de impostos ($1.000 sobre 
a produção total de tortas). Calculando o PIB pela ótica da produção:
PIB= $16.050 - $6050 + $1.000
PIB = $11.000
Onde: $16.050 = $10.000 - $ 60.50.
Então, o país A tem uma Produção Interna Bruta no ano T de $11.000, já que é o 
valor do consumo final.
2) Ótica da despesa
Também conhecida como ótica da demanda e do dispêndio, leva em consideração 
o consumo dos bens e serviços finais, conforme expressão abaixo.
PIB = consumo das famílias + consumo do governo + investimentos+ 
variação de estoque + exportações - importações
Onde: Consumo das famílias = bens duráveis, não duráveis e serviços
Consumo do governo = despesas de consumo final (bens públicos)
Investimento = todo o capital fixo, como máquinas, edifícios etc.
Variação do estoque = como o nome já diz, é a diferença entre o total de mer-
cadorias do início e do final do ano em análise.
Pós-Universo 23
3) Ótica da renda
Para o cálculo do PIB pela ótica da renda, é levada em consideração a remuneração 
dos fatores de produção, ou seja, a renda.
PIB= salários + impostos+ lucro das empresas+ juros + aluguéis
Onde: salários = remuneração das famílias;
Impostos = remuneração do governo
Lucro das empresas e juros = remuneração do capital
Aluguel= remuneração dos recursos naturais ou terra.
Podemos concluir que, independente da ótima que o PIB é calculado, o valor 
final deverá ser o mesmo, já que incluímos apenas os bens finais. 
PIB é o valor total dos bens e serviços destinados ao consumo final, produ-
zido dentro do país em determinado período de tempo.
quadro resumo
Para finalizar a discussão sobre PIB é importante diferenciar o PIB per capita do PIB 
em valores absolutos. O primeiro diz respeito ao PIB total dividido pela população. 
Este é o PIB mais verdadeiro. Já o PIB em valores absolutos, indica apenas o peso da 
economia no cenário mundial, ou seja, a contribuição do país para o total de rique-
zas do mundo.
O Brasil é uma das maiores economias do mundo em termos de PIB em 
valores absolutos, mas não em termos de PIB per capita.
reflita
Pós-Universo 24
A tabela abaixo mostra o PIB brasileiro em milhões de 1990 até 2012.
Data PIB - R$ (milhões) 
1990 11,5488
1991 60,2860
1992 640,9588
1993 14.097,1142
1994 349.204,6790
1995 705.640,8921
1996 843.965,6313
1997 939.146,6169
1998 979.275,7489
1999 1.064.999,7118
2000 1.179.482,0000
2001 1.302.136,0000
2002 1.477.822,0000
2003 1.699.948,0000
2004 1.941.498,0000
2005 2.147.239,0000
2006 2.369.484,0000
2007 2.661.344,0000
2008 3.032.203,0000
2009 3.239.404,0000
2010 3.770.084,8720
2011 4.143.013,3380
2012 4.402.537,1094
Fonte: IBGE (2013)
fatos e dados
Pós-Universo 25
Desenvolvimento 
econômico
Pós-Universo 26
Após entender o conceito de crescimento econômico, na aula 3 iremos discutir outro con-
ceito, que é o de desenvolvimento econômico que pode ser definido como o aumento 
do PIB per capita com melhorias na qualidade de vida da população. Passos e Nogami 
(2012) acrescem que desenvolvimento econômico implica envolve, além do aumento 
da quantidade de bens e serviços produzidos durante um tempo, mudanças de caráter 
qualitativo. Os mesmos autores observam que o desenvolvimento econômico deve ser 
analisado com base em indicadores que reflitam na qualidade de vida da população.
Desenvolvimento econômico é o aumento do Produto Interno bruto per 
capita com melhorias na qualidade de vida da população.
quadro resumo
Os indicadores que devem ser analisados para verificar o desenvolvimento econô-
mico de uma nação são, segundo Passos e Nogami (2012):
 • Nível de estoque de capital per capita.
 • Taxas de mortalidade e natalidade
 • Esperança de vida ao nascer
 • Índice de analfabetismo e padrões educacionais
 • Taxa de desemprego e produtividade da mão de obra.
 • Distribuição da renda.
 • Participação do setor primário no produto nacional.
 • Porcentagem da população atuando na agricultura.
 • Potencial científico e tecnológico.
 • Grau de dependência externa.
 • Condições sanitárias.
Rosângela Farias
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Pós-Universo 27
De acordo com os mesmo autores, o Banco Mundial agregam os indicadores citados 
acima, em três grandes grupos:
a. Vitais – estão incluídos neste grupo a esperança de vida ao nascer, a taxa 
de mortalidade infantil, estrutura etária da população e taxa média anual 
de crescimento populacional;
b. Econômicos – estão incluídos os fatores estruturais, como força de trabalho, 
recursos naturais, capital, estrutura da produção e estrutura da distribuição 
de renda e fatores relacionados à disponibilidade de bens e serviços, como 
renda per capita, bens básicos de consumo, bens produtivos e insumos, 
serviços básicos e serviços sociais.
c. Sociais – estão incluídos a estrutura social, mobilidade social, representa-
ção no sistema política, participação social e sistema de concentração da 
propriedade.
 Então, posso sintetizar os fatores que devem ser analisados em três grupos:
1. Distribuição de renda – O grau de concentração de renda de um país 
pode ser medido através do Índice de Gini, que mostra a diferença entre 
os rendimentos entre os mais pobres e os mais ricos. Este índice varia de 
zero a um, sendo quanto mais próximo de zero, menos é a concentração 
de renda e quanto mais próximo de um, maior é a concentração de renda.
O Índice de Gini brasileiro ocupa a oitava posição entre os piores país do mundo, 
ou seja, o Brasil é considerado um país com alta concentração de renda.
2. Índice de Desenvolvimento Humano – medido pelo índice de desen-
volvimento humano(IDH). Este índice, o ID, foi criado no início de década 
de 1990 pela ONU e tem como objetivo medir o grau de desenvolvimen-
to do país. Este índice varia de zero a um e quanto mais próximo de um, 
maior é o desenvolvimento do país.
O cálculo do IDH é feito através de uma média aritmética de três indicadores: 
indicador de renda (PIB per capita), um indicador que mede asaúde da po-
pulação como expectativa de vida ao nascer e indicador que mostra o nível 
educacional do país (este é uma média ponderada da taxa de alfabetização 
de adultos e taxa de matrículas.) Souza (2007) acrescenta que:
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Rosângela Farias
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Pós-Universo 28
IDH ≤ 0,499 – país com baixo desenvolvimento humano
0,500 ≤ IDH ≥ 0,799 – país com médio desenvolvimento humano
IDH ≥ 0,800 – país com alto desenvolvimento humano 
Para conhecer um pouco mais sobre o Índice de Desenvolvimento Humano 
(IDH), acesse <www.pnud.org.br/IDH/DH.aspx>.
saiba mais 
3. Desenvolvimento sustentável – A preservação do meio ambiente, ou 
seja, produzir de forma sustentável, é um fator que ajuda um país a se 
desenvolver.
Até aqui, discutimos os fatores que ajudam um país a se desenvolver. Agora, iremos 
discutir os fatores, que segundo Passos e Nogami (2012 apud SANDRONI,1999), re-
tardam ou prejudicam o desenvolvimento econômico. São eles:
 • Dificuldade de integrar a população na economia nacional em razão dentre 
outros fatores, por um sistema ineficiente de transporte.
 • Isolamento social, cultural ou econômico, como barreiras linguísticas e 
religiosas.
 • Dificuldade de encaminhamento do excedente potencial da economia 
para os setores primários.
 • Desperdício de recursos que poderiam ser investidos para aplicar a produção.
“O desenvolvimento econômico ou a melhoria dos padrões de vida é um 
dos quatro grandes objetivos políticos a que se propõem as sociedades na-
cionais modernas, ao lado da segurança, da liberdade, e da justiça social”.
(BRESSER-PEREIRA, 2006, p. 20)
reflita
Rosângela Farias
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Pós-Universo 29
Em relação aos indicadores brasileiros, pode-se verificar uma melhoria nos últimos 
anos. Segundo Gremaud et al. (2007), enfatizam que precisam ser destacados três 
aspectos em relação aos índices brasileiros:
a. Evolução, positiva, em diversos indicadores, incluindo aumento da espe-
rança de vida e redução da taxa de analfabetismo.
b. Disparidade entre regiões brasileiras e classes sociais, ou seja, cada região 
e cada classe econômica apresenta resultados diferentes.
c. Comparando os indicadores brasileiros com os demais países, verifica-se 
que o Brasil ocupa uma posição intermediária entre os países desenvolvi-
dos e os subdesenvolvidos.
O quadro mostra o ranking do IDH global no ano de 2012.
Ranking IDH global País IDH 2012
1 Noruega 0,955
2 Austrália 0,938
3 Estados Unidos 0,937
4 Países Baixos 0,921
5 Alemanha 0,920
6 Nova Zelândia 0,919
7 Irlanda 0,916
8 Suécia 0,916
9 Suíça 0,913
10 Japão 0,912
85 Brasil 0,730
Fonte: PNUD/ONU (2013)
fatos e dados
Pós-Universo 30
Situação economia
e financeira do Brasil
Pós-Universo 31
 Nesta última aula, agora que você já sabe um pouco da história econômica brasileira 
e como a economia “chegou até aqui”, discutiremos algumas variáveis macroeco-
nômicas e apresentarei a você, através de dados reais, a evolução destas variáveis e 
como elas afetam e são afetadas pelo ambiente econômico.
INFLAÇÃO
Um tema muito discutido na economia brasileira nas últimas décadas e que voltou a 
pauta de discussão foi a inflação. Vimos na aula 1 desta unidade, quando discutimos 
sobre a evolução histórica da economia brasileira, que a década de 1980, conhecida 
como a “década perdida”, foi uma década marcada por altas taxas de inflação e 
por planos econômicos que fracassaram de combate. Após o lançamento do plano 
Real em 1994, a inflação deixou de ser uma grande preocupação do governo 
brasilei-ro, digo grande preocupação, pois apesar da taxa de inflação estar baixa, o 
governo não pôde, simplesmente, abandoná-la. Porém, nos últimos dois anos, o 
tema voltou a ser discutido, pois apesar da taxa ainda ser considerada aceitável, 
ela não poderá passar da meta estipulada. 
Somente fazendo uma introdução ao tema, já citei diversas palavras/conceitos, 
talvez desconhecido a você, como inflação e meta de inflação. Certo? Então vamos 
discutir cada um?
Como falamos em inflação estamos nos referindo ao aumento contínuo e ge-
neralizado de preços. Isto mesmo, as palavras “contínuo” e “generalizado” estão em 
negrito por serem diferenciais entre um aumento de preços momentâneo e o que de 
fato caracteriza inflação. Então, a inflação só acontece quando os preços, da maioria 
dos produtos, aumentam e este aumento não é interrompido. 
Inflação pode ser definida como o aumento contínuo e generalizado de preços.
quadro resumo
Por exemplo, os aumentos de preço de um único bem, no caso dos imóveis na 
cidade do Rio de Janeiro, aumentaram no ano de 2014 em função da copa do mundo. 
Este fato não é caracterizado como inflação, pois na situação hipotética citada, o preço 
de apenas um bem aumentou durante certo período de tempo e não da economia 
como um todo. 
Rosângela Farias
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Rosângela Farias
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Pós-Universo 32
Além da inflação, de acordo com a Academia Pearson (2011), ainda temos outros 
conceitos relacionados, como: deflação, que é o oposto da inflação, é quando há 
uma redução contínua e generalizada de preços. Esta situação ocorreu nos Estados 
Unidos durante a crise de 1929; hiperinflação, que é quando a taxa de inflação au-
mentada cada vez mais; inflação baixa, de até 5% ao ano, inflação moderada, que 
está acima de 5% ao ano e a inflação crônica, é quando está acima de 10% ao ano. 
É importante observar que os valores apresentados são discutíveis.
A tabela a seguir mostra a evolução da taxa oficial de inflação entre 2002 e 
2013, que é calculada pelo Instituto Brasileiro de geografia e Estatística (IBGE).
Ano Taxa de inflação (IPCA)
2002 12,53%
2003 9,3%
2004 7,6%
2005 5,69%
2006 3,14%
2007 4,46%
2008 5,9%
2009 4,31%
2010 5,91%
2011 6,5%
2012 5,84%
2013 5,77%*
Fonte: Banco Central – séries históricas (2013)
*Prevista
fatos e dados
Agora que você já sabe o que significa realmente inflação, você saberia me dizer as 
possíveis causas do aumento de preços? São três causas principais, de acordo com 
a Academia Pearson (2011), na prática fica difícil diferenciar cada uma:
Rosângela Farias
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Pós-Universo 33
a. Inflação de demanda – acontece quando a demanda por bens e servi-
ços é maior do que a oferta. Nesse caso, funciona muito bem a famosa lei 
da economia da demanda e oferta. Então, quando a economia está aque-
cida, os preços tendem a subir, pois as pessoas estão com mais dinheiro e 
tendem a demandar mais bens e serviços, pode assim, gerar inflação. Para 
solucionar este problema, o governo pode utilizar a política monetária, au-
mentando as taxa de juros, dificultando o crédito e reduzindo a demanda.
b. Inflação de oferta ou custos – acontece quando o preço de um fator 
de produção pode ser trabalho, capital ou recursos naturais, aumenta e 
as empresas repassam o aumento de preços para o preço final dos bens e 
serviços. Como exemplo podemos citar o petróleo, que quando o preço 
aumenta, diversos produtos, incluindo gasolina e transporte público, au-
mentam também.
c. Inflação inercial – aconteceu no Brasil na década de 1980 é quando os 
agentes econômicos, em razão de já vir acontecendo inflação, aumentam 
o preço dos bens e serviços antecipadamente. É uma espécie de memória 
inflacionária.
Ok, você já sabe o que significa inflação, conhece as possíveis causas da inflação, e 
sabe que a inflação prejudica a economia. Mas você sabe me dizer exatamente quais 
são os pontos da economia que são prejudicados quando há um aumento no preço 
dos bens e serviços? Passos e Nogami (2012) citam que inflação impacta: na distri-
buição de renda, já como a inflação reduz o poder aquisitivo, algumas classes sociais 
tendem a sofrer mais com esta redução; na alocação de recursos, pois altera o perfil 
dos investidores, em outras palavras, aumento dos investimentos de curto prazo e 
redução dos de longo prazo; balanço de Pagamentos, pois com o aumento dos 
preços dos bens e serviços internos, fica caro exportare pode facilitar as importa-
ções (preços dos produtos estrangeiros podem ficar mais baratos que os nacionais), 
gerando déficit comercial. Neste caso, o governo desvalorizará a moeda, ficando caro 
importar, inclusive produtos essenciais, como petróleo, aumentando os custos das 
empresas e os preços finais.
E como o governo sabe que existe inflação? Através dos índices de preços, como 
o Índice de Preços ao Consumidor e Índice de Preço ao Consumidor Amplo, que 
são calculados por diversas instituições, como o IBGE e a Fundação Getúlio Vargas. 
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Rosângela Farias
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Pós-Universo 34
Segundo a Academia Pearson (2011), o cálculo dos Índices de Preço do Consumidor 
são feitos, basicamente, da seguinte sequência:
1º) Definição da população – alvo, ou seja, a camada social que pretende pesquisar.
2ª) Seleção de algumas amostras (famílias), dentro da população-alvo.
3ª)Acompanhamento, durante um ano, do padrão de consumo da família.
4ª) Cada produto consumido, receberá um peso de acordo com o gasto da família 
com aquele item.
5ª) Seleção dos estabelecimentos onde as famílias adquiriram os produtos e verifi-
ca-se os preços.
O Índice de preços oficial, ou seja, que o governo, através do Banco Central se baseia 
para escolher a política monetária, é o IPCA ( Índice de Preços ao Consumidor Amplo), 
elaborado pelo IBGE. Este também é o índice que o governo se baseia para definir a 
meta de inflação para o ano. 
As metas de inflação, segundo Passos e Nogami (2012), surgiram em 1999 e são 
definidas todos os anos pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), mediante propos-
ta do Ministro da Fazenda. Essas metas são púbicas e asseguradas o cumprimento 
pelo Banco Central, através das políticas monetárias que são elaboradas durante o 
ano, para que a meta seja atingida.
Para conhecer um pouco mais e acompanhar as metas de inflação, acesse: 
<http://www.bcb.gov.br/?sismetas>.
saiba mais 
BALANÇO DE PAGAMENTOS
Como sabemos, um país capitalista realiza diversas transações com o resto do mundo, 
transações estas que envolvem a compra e venda de bens e serviços, de ativos, pa-
gamentos de dívida, doações, entre outras. Então, todas as transações econômicas 
entre países são contabilizadas no chamado balanço de pagamentos. Mas o que é 
balanço de pagamentos?
Pós-Universo 35
Balanço de pagamentos pode ser definido como um resumo contábil das tran-
sações econômicas que um país faz com o resto do mundo, durante um período 
de tempo, em geral, um ano e mostra a situação econômica e financeira do país, in-
cluindo as reservas cambiais. Além de ser um instrumento de decisão das políticas 
públicas do governo e medir os efeitos dessas políticas. 
Balanço de pagamentos é o registro contábil das transações entre residen-
tes e não residentes, durante certo período de tempo. 
quadro resumo
O Balanço de Pagamento brasileiro é elaborado pelo Banco Central de acordo com as 
normas do Fundo Monetário Internacional (FMI) e tem uma nova estrutura desde 2001: 
1. Transações Correntes
1.1 Balança Comercial
1.2 Serviços
1.3 Rendas
1.4 Transferências Unilaterais
Saldo em transações correntes (déficit ou superávit)
2. Conta Capital
3. Conta Financeira
Saldo em conta capital e financeira
4. Erros e Omissões
5. Saldo (déficit ou superávit)
Saldo do Balanço de Pagamentos (déficit ou superávit)
Fonte: Fundo Monetário Internacional (2001)
 • Onde:
Balança Comercial – exportações e importações.
Serviços – viagens, transportes, seguros, informações etc.
Rendas – salários e ordenados, rendas de investimentos.
Transferências unilaterais – Donativos, manutenção de residentes no país.
Conta Capital – transferência de patrimônio.
Conta financeira – Investimentos diretos e em carteira; derivativos, outros 
investimentos; 
Rosângela Farias
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Pós-Universo 36
Os saldos em transação corrente e do balanço de pagamentos também tem signifi-
cado. Saldo positivo, ou seja, superávit em transações correntes, significa que o país 
honra seus compromissos externos e consegue impedir ou amenizar crises cambiais. 
Já o saldo negativo, déficit, significa que o país está vulnerável às crises cambiais. O 
saldo no balanço de pagamentos influencia as reservas cambiais. Superávit, temos 
aumento das reservas, déficit, temos redução das reservas.
É importante lembrar que as reservas cambiais é a quantidade de dinheiro que 
o país tem e é composta por dólares, ouro, euro etc. 
O Saldo do Balanço de Pagamentos afeta, diretamente, o nível de re-
servas cambiais.
atenção
Para conhecer mais sobre o Balanço de Pagamentos brasileiro, acesse:
<http://www.bcb.gov.br/?SERIEBALPAG>.
saiba mais 
BRASIL REGISTROU SUPERÁVIT COMERCIAL DE US$ 507 MILHÕES
A Balança Comercial de um país é calculada pela diferença entre o total expor-
tado e o total importado em um determinado período e é uma das variáveis 
que influenciam o crescimento do Produto Interno Bruto. No caso brasilei-
ro, em abril de 2014, as exportações brasileiras foram US$ 19,724 milhões, 
5,2% a mais do que mesmo período de 2013, o que equivale a US$ 986,2 
milhões em média por dia. Já as importações foram de US$ 19,218 bilhões, 
2,2% menor do que em abril do ano passado. Com isto, a balança comer-
cial fechou com superávit de US$ 507 milhões, revertendo déficit anterior.
Texto baseado em: <http://www.mdic.gov.br/sitio/interna/noticia.php?a-
rea=5&noticia=13144>. Acesso em: 03 maio de 2014.
saiba mais 
Pós-Universo 37
O MERCADO DE TRABALHO
Um dos objetivos da macroeconomia é estudar o mercado de trabalho e uma das 
funções do governo é oferecer condições que assegure o emprego para a popula-
ção, ou seja, manter a taxa de desemprego mais baixa possível. A importância do 
emprego é tão grande, pois é com ele que se aumenta a riqueza do país, através 
da produção e do salário recebido que as pessoas demandam mais bens e serviços, 
fazendo com que a economia “gire”. E claro, não podemos esquecer que o mercado 
de trabalho influencia as classes sociais e a distribuição de renda.
Agora que você já sabe a importância do trabalho para a economia e para a so-
ciedade, eu te pergunto: O que é desemprego? Como é medido?
Muitas pessoas vão responder que o desemprego é a falta de emprego. Está 
correto, mas temos outras definições mais completas. A Academia Pearson (2011) 
nos diz que para definir desemprego é necessário conhecer os critérios pelos quais 
uma pessoa é considerada economicamente ativa e os motivos que a tornaram 
ocupada (empregada) e desocupada (desempregada). Sandroni (2003) acrescen-
ta que desemprego é uma situação de ociosidade involuntária em que uma pessoa 
se encontra. Passos e Nogami (2012) observam que desempregada é aquela pessoa 
que está procurando emprego.
Apenas pessoas que estão, de fato, procurando trabalho são consideradas 
desempregadas.
atenção
 Segundo Passos e Nogami (2012), temos quatro tipos de desemprego:
1. Desemprego estrutural – são decorrentes de mudanças estruturais na 
economia, como mudança tecnológica, padrão de demanda dos consu-
midores, que no longo prazo alteram o mercado de mercado, eliminando 
alguns postos de trabalho e criando outros. Em geral, este tipo de desem-
prego ocorre quando as pessoas não são qualificadas. Por isto, é importante 
qualificar a mão de obra.
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Pós-Universo 38
2. Desemprego Friccional – também chamado de natural, é caracterizado 
por pessoas que estão desempregadas momentaneamente, decorrente, 
por exemplo, de mudança voluntária de emprego, ou demissão ou primei-
ro emprego.
3. Desemprego cíclico – também chamado de desemprego involuntário, 
acontece em fases de recessão da economia. Nestas fases, o governo reduz 
o gasto, o que afeta diretamentea demanda (diminui) diminuindo a pro-
dução e gerando desemprego.
4. Desemprego sazonal – muito comum na agricultura e no turismo, o de-
semprego sazonal acontece em determinadas épocas, por exemplo, baixa 
temporada ou entre safras
No Brasil, temos três principais pesquisas que verificam o mercado de trabalho, como 
a Pesquisa Mensal de Empregos (PME), Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED) e 
a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), sendo a última mais utilizada 
no meio acadêmico dos pesquisadores sobre mercado de trabalho. Cada pesquisa 
tem uma metodologia própria.
Para saber um pouco mais sobre o PNAD, como metodologia e dados, acesse: 
<http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/pesquisas/pesquisa_resultados.
php?id_pesquisa=40>.
saiba mais 
Mas como é calculada a taxa de desemprego? A taxa de desemprego é, segundo 
Passos e Nogami (2012), o percentual de pessoas desocupadas/desempregadas na 
semana de referência da pesquisa com procura no período de referência de 30 dias 
em relação à população economicamente ativa (PEA) na semana de referência. Ficou 
complicado, certo? Vamos ver pela fórmula:
Taxa de desemprego =
População desocupada
População economicamente ativa
x100
O valor achado mostra a relação percentual de pessoas que estão procurando traba-
lho nos últimos 30 dias e que não exerceram atividade remunerada nos últimos 7 dias.
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Rosângela Farias
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Pós-Universo 39
O gráfico abaixo mostra a evolução histórica da taxa de desemprego entre 
2003 e 2012.
DESEMPREGO RECORDE
Evolução da taxa média anual de desocupação
12,4
9,9 10
7,9 8,1
6,7
6
14
12
10
8
6
4
2
0
2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012
9,3
11,5
5,5
fatos e dados
atividades de estudo
1. Um dos motivos que o Plano Cruzado fracassou foi em razão a duração excessiva do 
congelamento de preços, que provocou um crescimento descontrolado da demanda. 
Porém, este plano deixou algumas lições. A partir desta afirmação, escolha a alterna-
tiva que melhor descreve as lições deixadas pelo Plano Cruzado.
a) Necessidade de controlar a demanda, maior atenção às contas externas, possibili-
dade de congelamento por tempo indefinido e cuidado com o descongelamento.
b) Necessidade de controlar a oferta, maior atenção às contas internas, impossibilida-
de de congelamento por tempo indefinido e cuidado com o descongelamento.
c) Necessidade de controlar a demanda, maior atenção às contas externas, impossibi-
lidade de congelamento por tempo indefinido e cuidado com o descongelamento.
d) Necessidade de controlar a demanda, maior atenção às contas internas, possibili-
dade de congelamento por tempo indefinido e cuidado com o descongelamento.
2. O Plano Real foi lançado em 1994 pelo presidente Fernando Henrique Cardoso com 
objetivo de combater a inflação. Assim como nos planos anteriores, a inflação foi con-
siderada inercial, a diferença principal foi o mecanismo de combate: foi deixado de 
lado o congelamento de preços e foi feita uma reforma monetária. Além do contex-
to econômico que o Brasil estava era outro, ou seja, existência de reservas, abertura 
comercial e possibilidade de financiamento externo. O plano foi divido em três fases. 
Em relação ao plano Real, marque a alternativa correta:
I) A primeira fase foi o ajuste fiscal, que teve como uma das medidas o corte de gastos.
II) Foi adotado o sistema bi-monetário tendo a URV com paridade.
III) Houve reforma monetária durante a terceira fase do plano.
IV) Uma medida diferente do Plano Real em relação aos demais Planos econômicos 
foi o não congelamento de preços e salários.
a) Somente as alternativas I e II estão corretas.
b) Somente as alternativas I, III, IV estão corretas.
c) Somente as alternativas II e IV estão corretas.
d) Toda as alternativas estão corretas.
atividades de estudo
3. Vimos que Produto Interno Bruto e Produto Nacional Bruto são conceitos diferen-
tes. Em relação a principal diferença entre PIB e PNB, marque a alternativa correta:
a) O PIB mostra o total produzido dentro do território nacional e PNB o total produ-
zido por empresas nacionais.
b) O PIB mostra o total produzido por empresas nacionais e o PNB o total produzi-
do dentro do território nacional.
c) Tanto o PIB quanto o PNB calculam o total produzido por empresas nacionais. A 
diferença é que no PIB a empresa pode ser localizada em qualquer país e o no 
PNB não.
d) O PIB é calculado através do preço final dos bens e serviços. Já o PNB considera 
o custo produtivo.
4. Discutimos nesta aula que o Produto Interno Bruto (PIB) pode ser calculado por três 
óticas: produção, despesa e renda e independente da forma como é calculado, o 
valor deverá ser o mesmo. Marque a alternativa correta que explica o motivo que o 
valor é o mesmo, independente da ótica que o PIB é calculado. 
a) É utilizado o preço dos fatores de produção.
b) É utilizado os bens e serviços finais
c) É utilizado a mão de obra.
d) É utilizado o valor de mercado, ou seja, o preço de venda dos bens e serviços.
atividades de estudo
5. O índice de desenvolvimento humano, que foi criado pela ONU, mede o grau de de-
senvolvimento de um país. Em relação ao IDH, marque a alternativa correta:
I) Criado no início da década de 1990.
II) Varia de zero a um.
III) É calculado pela média aritmética de três outros índices.
IV) É subdividido em três faixas de valores que mostra que um país tem baixo, médio 
ou alto desenvolvimento econômico.
a) Somente as alternativas I e II estão corretas.
b) Somente as alternativas I, III, IV estão corretas.
c) Somente as alternativas II e IV estão corretas.
d) Todas as alternativas estão corretas.
6. Sabemos que o Brasil é uma das maiores economia do mundo, mas na prática vemos 
que a população ainda é muito carente. Então, podemos chegar a conclusão que 
um país pode ter crescimento econômico e não ser desenvolvido. Para o Brasil se 
desenvolver mais, é necessário a melhoria de alguns fatores. Em relação aos fatores 
que afetam o desenvolvimento econômico, marque a alternativa correta:
I) Melhor distribuição de renda 
II) Melhorias na saúde, educação e infraestrutura.
III) Preservação do meio ambiente.
IV) Aumento do estoque dos fatores de produção.
a) Somente as alternativas I e II estão corretas.
b) Somente as alternativas I, III, IV estão corretas.
c) Somente as alternativas II e IV estão corretas.
d) Somente as alternativas I, II e III estão corretas.
atividades de estudo
7. Inflação é definida como o aumento contínuo e generalizado de preços. Em relação 
à inflação, marque a alternativa correta:
I) São três tipos principais de inflação, demanda, custos e inercial.
II) No Brasil, desde 1999 é elaborado a meta de inflação para o ano seguinte.
III) Uma forma de combater a inflação é através do aumento da taxa de juros, para 
reduzir a demanda e os preços.
IV) O IPCA/IBGE é o índice oficial de inflação no Brasil.
a) Somente as alternativas I e II estão corretas.
b) Somente as alternativas I, III, IV estão corretas.
c) Somente as alternativas II, IV, V estão corretas.
d) Toda as alternativas estão corretas.
8. Discutimos o mercado de trabalho e vimos que é importante o estudo do desem-
prego e suas causas, pois afeta toda a economia. Neste sentido, vimos que existem 
quatro tipos de desemprego, friccional, estrutural, sazonal e cíclico. Em relação aos 
tipos de desemprego, marque a alternativa correta:
I) Friccional é aquele causado pela alteração da estrutura da economia, como mu-
danças tecnológicas.
II) Estrutural é o tipo de desemprego natural, pois acontece quando as pessoas 
saem de um trabalho para irem para outro.
III) O desemprego sazonal é mais comum nos setores de agricultura e de turismo.
IV) O cíclico é causado pela redução dos gastos do governo, acontecendo, em geral, 
durante o período de recessão econômica.
a) Somente as alternativas I e II estão corretas.
b) Somente as alternativas I,III, IV estão corretas.
c) Somente as alternativas III e IV estão corretas.
d) Todas as alternativas estão corretas.
resumo
A economia brasileira passou por diversas fases, desde quando o Brasil foi descoberto em 1500. 
Até 1929 a economia era agroexportadora com modelo voltado para fora, ou seja, produzíamos 
e exportávamos um único produto agrícola, que já foi o açúcar, borracha e café. Em 1929, com 
uma superprodução de café e mais a crise mundial, época que ficou conhecida como a Grande 
depressão, o preço do café foi reduzindo, apesar de todas as políticas do governo voltadas ao 
setor, não tínhamos mais mercado consumidor. Então, houve a necessidade de mudar a forma da 
economia e começou a industrialização brasileira. O período compreendido entre 1930 e 1960 
ficou conhecido como Processo de Substituição de Importação.
As décadas de 1960 e 1970, foram décadas de altos e baixos da economia nacional, desde estag-
nação e aumento da dívida externa, até altas taxas de crescimento econômico e de empregos 
e no campo da politica, tivemos o golpe militar. Entramos na década de 1980, década esta que 
ficou conhecida como década perdida em razão das altas taxas de inflação e os inúmeros planos 
de estabilização, foram cinco, antes do plano Real, que procuraram eliminar a inflação, mas que 
fracassaram. O único plano que atingiu o objetivo, redução da inflação, foi o Plano Real, lançado 
em 1994. Apesar de todos os problemas, a economia brasileira se estabilizou e voltou a crescer.
Apesar da economia brasileira ser uma das maiores economias do mundo atualmente, se ana-
lisarmos o Produto Interno Bruto (PIB), chegamos a sétima colocação, estamos, em termos de 
desenvolvimento econômico, entre as piores do mundo. Quando falamos em desenvolvimen-
to, estamos nos referindo a melhoria da qualidade de vida da população, que pode ser medido 
através, por exemplo, do Índice de Gini, que mede a concentração de renda e do Índice de 
Desenvolvimento Humano.
material complementar
Economia Brasileira Contemporânea 
Autor: Amaury P. Gramaud, Marco Antonio S. Vasconcellos e Rudinei 
Toneto Junior
Editora: Atlas
Sinopse: Fornece de maneira clara tanto uma análise histórica como se-
torial do desenvolvimento econômico brasileiro. Desenvolve ainda uma 
parte conceitual em que define as principais variáveis macroeconômicas 
em termos teóricos e examina seu comportamento no caso brasileiro.
Na Web
Para saber um pouco mais sobre o impacto do Plano Real, acesse:
<http://www.fazenda.gov.br/divulgacao/publicacoes/plano-real/plano-real>.
Para entender um pouco mais sobre Produto Nacional Bruto na prática, acesse o site de 
Portugal observatório das desigualdades.
<http://observatorio-das-desigualdades.cies.iscte.pt/index.jsp?page=indicators&id=63>.
Para conhecer um pouco mais sobre a construção do Índice de Preços ao Consumidor, ela-
borado pelo IBGE, assim como os dados das últimas décadas, acesse: <http://www.ibge.gov.
br/home/estatistica/indicadores/precos/inpc_ipca/defaultinpc.shtm>.
referências
ACADEMIA PEARSON. Economia Brasileira. São Paulo: Pearson, 2011.
BRESSER-PEREIRA, L. C. O conceito histórico de desenvolvimento econômico. São Paulo: FGV, 
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senvolvimento.pdf>. Acesso em: 15 dez. 2013.
GIAMBIAGI F. ; ALÉM, A. C. Finanças Públicas: Teoria e Prática no Brasil. Rio de Janeiro: Campus, 
1999. 
GREMAUD, A. P.; VASCONCELLOS, M.A.S.; TONETO JÚNIOR, R. Economia Brasileira Contemporânea, 
São Paulo: Atlas, 2011.
GREMAUD, Amaury Patrick; DIAZ, Maria Dolores Montoya; AZEVEDO, Paulo Furquim de; TONETO 
JÚNIOR, Rudinei. Introdução à Economia. São Paulo: Atlas, 2007.
MANKIW, N.G. Introdução à economia. São Paulo: Cengage Learning, 2009.
MENDES, J. T. G. Economia: Fundamentos e Aplicações. São Paulo: Pearson Hall, 2009.
PASSOS, C.R.M.; NOGAMI, Otto. Princípios de Economia. São Paulo: Cengage Learning, 2012.
Política Fiscal e Dívida Pública – Manoel Carlos de Castro Pires 2008 XIII Prêmio do Tesouro Nacional.
ROMER, D. 2006. Advanced Macroeconomics. Third Edition Boston, McGraw-Hill Irwin.
SANDRONI, Paulo. Novíssimo Dicionário de Economia. 12.ed.São Paulo: Beste Seller, 2003.
SILVA, A.D.B.M, MEDEIROS, O. L. de. Conceitos e estatísticas da dívida pública. Brasília: Tesouro 
Nacional, Disponível em <http://www3.tesouro.gov.br/divida_publica/downloads/Parte%201_4.
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VASCONCELLOS, Marco Antônio S. & GARCIA, Manuel E. Fundamentos de Economia. 3.ed. São 
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http://www.bresserpereira.org.br/papers/2006/06.7-ConceitoHistoricoDesenvolvimento.pdf
http://www3.tesouro.gov.br/divida_publica/downloads/Parte%201_4.pdf
http://www3.tesouro.gov.br/divida_publica/downloads/Parte%201_4.pdf
resolução de exercícios
1. c) Necessidade de controlar a demanda, maior atenção às contas externas, impossibi-
lidade de congelamento por tempo indefinido e cuidado com o descongelamento.
2. d) Toda as alternativas estão corretas.
3. a) O PIB mostra o total produzido dentro do território nacional e PNB o total produ-
zido por empresas nacionais.
4. b) É utilizado os bens e serviços finais
5. d) Todas as alternativas estão corretas.
6. d) Somente as alternativas I, II e III estão corretas.
7. d) Toda as alternativas estão corretas.
8. c) Somente as alternativas III e IV estão corretas.
	Evolução
	da economia brasileira
	Crescimento econômico
	Desenvolvimento econômico
	Situação economia
	e financeira
	do Brasil

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