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TCC - Medicina do Esporte e da Atividade Física - Turma 02059 2PG

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5 
 
 
 
Aluno: ROBERTO FREIRE FERREIRA 
 
O TREINAMENTO EXCESSIVO E SUAS 
RELAÇÕES COM LESÕES NO JOELHO 
 
 Trabalho de conclusão de Curso 
apresentado à Central de Extensão e Pós-
Graduação Lato Sensu da Universidade 
Gama Filho como requesito parcial para a 
conclusão do Curso de Pós Graduação no 
curso de Medicina do Esporte e da 
Atividade Física. 
 
 
RESUMO 
 
 
Um dos fatores, que estimulam a saúde das 
pessoas são os exercícios físicos, ao lado 
da boa alimentação, da higiene, da vida em 
ambiente saudável, do sono e da 
recuperação adequada dos esforços físicos 
e mentais. Importante consideração é a que 
os benefícios do exercício são comuns à 
todos os tipos de atividades físicas, desde 
que os esforços não sejam excessivos em 
relação à condição física da pessoa. As 
adaptações fisiológicas e a 
supercompensação requerem do 
treinamento períodos suficientes de 
recuperação. Baseada nestas afirmativas, 
esta revisão literária tem como objetivo, 
analisar as causas e as conseqüências do 
 
 
treinamento físico excessivo 
(Supertreinamento) que levam a lesões na 
articulação do joelho, após a prática 
incorreta de uma atividade física, que 
talvez a pessoa que a pratica não conheça 
os reais cuidados que ela precisa, para 
prevenir o acontecimento de lesões. O 
treinamento intenso e repetitivo de uma 
modalidade esportiva proporciona a 
hipertrofia muscular e a diminuição da 
flexibilidade, causando desequilíbrio entre 
a musculatura agonista e antagonista, 
favorecendo a instalação de alterações 
posturais. Além disso, o excesso de 
treinamento pode causar lesões, como 
microtraumas devidos ao atrito contínuo 
entre duas ou mais estruturas, e levar a 
quadros de condromalacia, tendinites, 
bursites, lombalgias e até fraturas. 
 
Palavras-Chave: lesões, treinamento, 
joelho. 
 
 
 
 
 
 
 
 
6 
 
INTRODUÇÃO 
 
O futebol é um dos esportes mais 
populares do mundo, praticado, segundo o 
boletim da Fédération Internationale de 
Football Association – FIFA, por mais de 
60.000.000 de pessoas em mais de 150 
países. 
Como esporte, o futebol tem 
sofrido muitas mudanças nos últimos anos, 
principalmente em função das exigências 
físicas cada vez maiores, o que obriga os 
atletas a trabalharem perto de seus limites 
máximos de exaustão, com maior 
predisposição às lesões. 
É consenso que, em nível mundial, 
o chamado futebol arte está dando lugar ao 
futebol-força. 
No Brasil, tem sido difícil atingir 
um ponto de equilíbrio entre o preparo e 
exigências ao atleta. Por um lado, temos o 
avanço da medicina desportiva, levando a 
melhor conhecimento da fisiologia do 
esforço e permitindo protocolos 
específicos para cada atleta, de acordo com 
suas características. 
Em contrapartida, temos o excesso 
de jogos e treinamentos, que colocam o 
atleta nos limites de ocorrência de lesões 
musculares e osteoarticulares. 
O atleta é um indivíduo que, antes 
de qualquer lesão, nada apresentava, 
geralmente considerado um modelo de 
saúde, razão pela qual aceita com 
dificuldade a condição de trocar seu 
treinamento físico pelo departamento 
médico. Em algumas situações, frente às 
lesões em atletas profissionais, o médico 
deve ter conduta exemplar, pois, em alguns 
esportes, podem-se sofrer pressões para o 
não afastamento ou volta mais precoce do 
atleta em tratamento. 
No futebol, a estatística passou a ter 
grande importância na avaliação do grau 
de sobrecarga de treinamentos e excesso de 
jogos em função do número e tipos de 
lesões. 
Em 1952, foi o primeiro a reportar 
relação com lesões traumáticas no futebol 
em 4.000 jogos/10 anos. Em 1978, 
realizaram o primeiro estudo prospectivo 
das lesões no futebol na literatura norte-
americana. Também em 1978, dois 
campeonatos noruegueses e concluíram 
que 56% das lesões ocorrem durante a 
partida, 2/3 das quais nos membros 
inferiores, e as contusões são as mais 
comuns Em 1980, 1.272 jogadores 
profissionais e classificaram suas lesões de 
acordo com a idade e localização 
anatômica. 
Em 1989, associaram as lesões no 
futebol ao uso de calçados inadequados, 
bem como ao tipo de gramado ou solo 
utilizado. 
7 
 
Na literatura brasileira, Carazzato et 
al. (1992) estudaram e compararam lesões 
no futebol de campo e salão sob o aspecto 
do diagnóstico e localização anatômica das 
lesões. 
Pedrinelli em 1994, pesquisou 354 
lesões traumáticas em 150 jogadores de 
futebol profissional, ressaltando a faixa 
etária, localização da lesão, posição do 
atleta e etiologia. 
Concluiu que as lesões mais 
frequentes ocorrem nos membros 
inferiores, sem contato, predominando as 
contusões. 
Os movimentos realizados no 
futebol são muito variados, exigindo, em 
média, mudanças inesperadas a cada seis 
segundos. 
Há vários estudos sobre a 
incidência de lesões no futebol e os 
números encontrados são às vezes bem 
diferentes, pois é grande a quantidade de 
variáveis. Por essa razão, preocupados com 
o problema, realizamos estudo 
epidemiológico das lesões no futebol em 
nosso meio. 
Existem muitas variáveis 
relacionadas às lesões no futebol. Assim, 
dividimos essas variáveis em dois grupos 
intrínsecas – inerentes ao esporte em si, 
como corridas curtas e longas, saltos, 
mudanças rápidas de movimento, 
cabeceios, etc.; e 2) extrínsecas – em que 
se avaliam as condições do campo, tipo de 
chuteira, condições físicas e de saúde, 
sexo, quantidade de jogos, treinos, 
motivação, etc. 
O futebol de salão (futsal) é um 
esporte em ascensão mundial, atraindo 
cada vez mais adeptos. Devido à facilidade 
de encontrar espaços para sua prática, o 
que não é muito freqüente com relação ao 
futebol de campo ele é um dos esportes 
mais difundidos no Brasil, sendo jogado 
por mais de 12 milhões de brasileiros, 
segundo dados da Confederação Brasileira 
de Futebol de Salão – CBFS. 
O futsal satisfaz as exigências do 
Comitê Olímpico Internacional para sua 
inclusão como modalidade olímpica. 
Com o aumento da popularidade do 
futsal, o número de crianças e adolescentes 
que praticam o esporte tem crescido 
significativamente. 
As lesões resultantes de sua prática 
têm crescido e se tornado objeto de 
interesse de profissionais da área da saúde. 
O Brasil tem grande tradição nesse esporte, 
sendo este praticado por meninos e 
meninas desde idades muito precoces. 
Na Federação Paulista de Futsal 
estão inscritas categorias que envolvem 
crianças desde os cinco anos de idade 
(categoria iniciação I). Porém, a idade 
8 
 
ideal para o início da prática competitiva 
desse esporte seria a partir dos 14 anos e, 
apesar dos benefícios que esta pode trazer, 
o seu início em idades precoces e indevidas 
pode resultar em lesões e desequilíbrios 
osteomioarticulares. Assim, poderiam 
surgir alterações posturais e no 
crescimento e desenvolvimento dessas 
crianças. 
O treinamento intenso e repetitivo 
de uma modalidade esportiva proporciona 
a hipertrofia muscular e a diminuição da 
flexibilidade, causando desequilíbrio entre 
a musculatura agonista e antagonista, 
favorecendo a instalação de alterações 
posturais 
Além disso, o excesso de 
treinamento pode causar lesões decorrentes 
do superuso, como microtraumas devidos 
ao atrito contínuo entre duas ou mais 
estruturas, e levar a quadros de 
condromalacia, tendinites, bursites, 
lombalgias e até fraturas. 
Diante do contexto descrito 
anteriormente, tem-se por objetivo no 
presente estudo investigar a relação 
existente entre o treinamento excessivo e a 
incidência de lesões sofridas por estes 
atletas durante a prática esportiva. 
Investigar essa relação é de grande 
importância na identificação dos fatores de 
risco na prática do futsal, facilitando uma 
futura elaboração de programas de 
prevenção dessas lesões. 
O joelhoé uma articulação de 
extrema importância, sendo composto 
pelos ossos da coxa (fêmur) e da perna 
(tíbia), além da patela (antigamente 
chamada de rótula). A junção desses ossos 
depende de estruturas de suporte, como 
ligamentos, a cápsula da articulação e os 
meniscos, que garantem a estabilidade da 
mesma. 
Os meniscos são pequenas 
estruturas em forma de disco, que possuem 
as funções de absorção de impactos, 
permitir que os ossos se articulem 
adequadamente e aumento da estabilidade 
da articulação. Em cada joelho 
encontramos dois meniscos. 
Os ligamentos são estruturas que 
funcionam também para dar estabilidade à 
articulação, limitando alguns movimentos 
e impedindo que os ossos saiam de seu 
lugar normal. 
As lesões de joelho são bastante 
comuns em indivíduos que praticam 
esportes, e que estão submetidos a 
exercícios que levam a impacto importante 
nessa articulação. O sofrimento crônico da 
articulação pode levar a dor, desgaste, 
problemas para andar, entre outros. Por 
isso, é importante que as pessoas que 
pretendem praticar exercícios procurem 
orientação médica/fisioterapêutica antes e 
9 
 
durante essa prática, de forma a evitar 
complicações futuras. 
Se gosta de praticar desporto, é 
conveniente que conheça bem os sintomas 
de uma possível lesão para adequar o 
treino às suas limitações. 
O joelho, articulação intermédia do 
membro inferior, tem provavelmente o 
papel mais importante da locomoção 
humana e as suas lesões são muito 
frequentes, nomeadamente na prática 
desportiva. “O joelho é uma articulação 
complexa e crucial, sendo um alvo fácil 
para as lesões, uma vez que é a articulação 
mais vulnerável no corpo de um atleta. 
Embora nem sempre sejam evidentes as 
causas dos sintomas agudos ou crónicos 
das patologias do joelho, a obtenção de 
uma boa história clínica, a realização de 
um exame clínico adequado e os métodos 
de investigação poderá permitir a 
diferenciação entre sinovite, ruptura de 
ligamentos ou de menisco, lesão 
osteocondral ou outras”. 
Por isso, atente às manifestações 
como “dor, perda da amplitude normal dos 
movimentos, edema e mobilidade anormal 
(instabilidade) ”. 
Para o ajudar, vamos tentar expor-
lhe as principais lesões comuns nos 
desportistas para o caso de algum dia se 
ver confrontado com essa dor. De acordo 
com os especialistas, todas as lesões 
podem ser combatidas com o tempo 
suficiente e um diagnóstico correcto. 
Lesões traumáticas do joelho 
• Fraturas 
• Luxação da rótula 
Lesões ligamentares 
• Lesões ligamentares de predomínio 
interno – ligamento colateral interno 
• Lesões ligamentares de predomínio 
central – ligamento cruzado anterior 
• Lesões ligamentares de predomínio 
central – ligamento cruzado 
posterior 
• Lesões meniscais 
• Referência a uma torção do joelho 
sem flectido, com dor súbita e 
impotência funcional 
• Dor localizada na interlinha, interna 
ou externa. 
• Derrame intra-articular (seroso) 
• Impedimento doloroso para a carga 
completa e para a marcha sem 
claudicação 
• A palpação revela dor máxima 
exatamente na interlinha interna ou 
externa do joelho (não acima ou 
abaixo) 
• Menisco interno: dor à varização 
forçada da articulação (pressão forte 
no joelho, exercida de dentro para 
fora), sem dor à valgização (pressão 
10 
 
forte no joelho, exercida de fora para 
dentro) 
• Menisco externo: dor à valgização 
forçada da articulação, sem dor à 
varização 
 
 
 
Figura 1: Estrutura do joelho. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
OBJETIVOS 
 
O principal objetivo do presente 
trabalho é apresentar e discutir as 
principais lesões no joelho causadas por 
treinamento excessivo no esporte. 
 
METODOLOGIA 
 
Trata-se de uma pesquisa 
bibliográfica que busca explicar um 
problema a partir de referências teóricas 
publicadas em artigos, teses e livros. Pode 
ser realizada independentemente ou como 
parte da pesquisa descritiva ou 
experimental, mas em ambos os casos, 
buscam conhecer e analisar contribuições 
científicas existentes sobre um 
determinado assunto (Gil, 2002). A 
pesquisa terá como abordagem teórica uma 
análise qualitativa dos dados, diante da 
complexidade que representa o problema e 
da dinâmica do sujeito com o mundo, 
utilizando coleta de dados de artigos 
disponíveis sobre lesões no joelho 
causadas por treinamento excessivo. 
Para a formulação dos objetivos da 
revisão bibliográfica, primeiramente, 
selecionamos o tópico a ser revisado, 
recaindo a escolha sobre lesões no joelho 
11 
 
causadas por treinamento excessivo. Serão 
pesquisados artigos publicados em 
periódicos nacionais e internacionais. 
Como se trata de uma pesquisa de revisão 
de artigos científicos, acerca da temática 
lesões no joelho causadas por treinamento 
excessivo, serão pesquisados todos os 
artigos na comunidade científica confiável 
disponível. 
Diante dos artigos que serão 
encontrados, criaremos um banco de 
dados, o qual será empregado um processo 
de análise e comparação dos títulos, 
segundo lesões no joelho causadas por 
treinamento excessivo. Adotando um 
caráter interpretativo, o qual se refere aos 
dados obtidos. 
Para a análise dos dados foi 
comparado e discutido os dados extraídos 
previamente dos artigos científicos 
(Cooper 1989). As informações extraídas 
foram analisadas e interpretadas, quanto as 
suas divergências e convergências, sendo 
explicitadas através dos relatos no presente 
trabalho. 
 
 
 
 
 
CAPI – CARACTERÍSTICAS DAS 
LESÕES NO JOELHO 
 
A alteração do nível da atividade 
esportiva após lesões ligamentares do 
joelho é um dos aspectos mais importantes 
no tratamento de atletas. Porém, a 
repercussão que esses problemas causam 
na vida esportiva de seus portadores varia 
muito com o tipo de instabilidade, com a 
associação de outras lesões e com o seu 
tratamento. 
Quando se trata de instabilidade 
anterior, Mariani, Puddu & Ferretti 
mostram como a insuficiência do 
ligamento cruzado anterior (LCA) piora o 
desempenho, levando o paciente a 
modificar ou abandonar a atividade 
esportiva. Por outro lado, Sommerlath, 
Odensten & Lysholm defendem que a 
lesão parcial do LCA não repercute de 
maneira grave na atividade esportiva dos 
desportistas. 
A insuficiência do ligamento 
cruzado posterior (LCP), no entanto, 
mostra-se ainda mais controversa. 
Clancy diz que a instabilidade 
funcional não é o principal sintoma da 
insuficiência isolado da LCP, sendo suas 
características mais frequentes a dor, 
especialmente após a atividade, e derrame 
causado por alteração da cartilagem. 
12 
 
Hughston & col., num seguimento de cinco 
a 16 anos após o tratamento cirúrgico de 
lesões agudas do LCP, mostraram que 16 
de 20 pacientes evoluíram bem, retornando 
aos esportes recreativos sem limitações, 
dificuldades, dor ou falseios. Dandy & 
Pulsey mostraram no seguimento de 20 
pacientes com queixas no joelho por lesão 
do LCP que somente três não conseguiram 
manter a atividade esportiva. Já Camanho 
& Gali de 25 pacientes com instabilidade 
posterior isolada não tratada, encontraram 
17 pacientes com dor às atividades diárias 
e 16 pacientes com dificuldades com 
rampas e escadas (resultados regulares e 
pobres, segundo Hughston. Torg & col. 
mostram que as alterações da atividade 
esportiva e a incapacidade trazida pela 
instabilidade posterior será maior se a 
instabilidade posterior for multidirecional 
ao invés de unidirecional. 
O joelho é uma das maiores e a 
mais complexa articulação do corpo 
humano. É composto por três ossos: o 
fêmur, a tíbia e a patela. Esses ossos 
formam duas articulações, a tíbio-femoral 
e a femoro-patelar, que funcionalmente 
não podem ser consideradas separadas, já 
que há entre elas uma relação mecânica. A 
articulação é constituída também por 
cápsula (invólucro fibroso), sinovial 
(membrana que envolve internamentea 
articulação), dois meniscos (cartilagens 
fibrosas localizadas entre o fêmur e a tíbia, 
que agem como amortecedores); os 
ligamentos colaterais lateral e medial, e os 
cruzados anterior e posterior. 
Esse conjunto age de modo 
sincronizado para propiciar os movimentos 
normais do joelho, que são flexão, 
extensão e discreta rotação. 
 O joelho é também uma das 
articulações mais lesionadas do corpo 
humano. Isso se deve às suas importantes 
funções de sustentação e movimentação do 
corpo e ainda pelo fato de a maioria dos 
esportes praticados em posição ortostática 
submeterem os joelhos a estresse. 
Atualmente, cerca de 4 milhões de 
pessoas necessitam de tratamento para as 
enfermidades do joelho nos Estados 
Unidos e no Canadá. No Brasil, não ha 
estatísticas confiáveis sobre este 
tema. Desportistas despreparados são as 
vítimas mais frequentes dessas lesões. 
Diversas são as lesões traumáticas 
que podem acometer o joelho. Sua 
gravidade depende da intensidade do 
trauma e das estruturas lesionadas. O 
prognóstico dependerá da gravidade da 
lesão, da precocidade e precisão 
diagnósticas, e de como são tratadas. 
Destaque-se a importância, no que tange ao 
prognóstico, da atitude da vítima desde o 
primeiro momento após o trauma. Procurar 
um serviço médico especializado é a 
13 
 
decisão mais acertada. É fundamental, 
ainda, que as orientações do especialista 
sejam praticadas para que se chegue ao 
melhor resultado terapêutico. 
O joelho pode sofrer as seguintes 
lesões ortopédicas: contusões, entorses, 
lesões meniscais, ligamentares e capsulares 
(mais frequentes); sub-luxações, luxações, 
lesões de cartilagem articular e fraturas. As 
lesões neurológicas e vasculares ao nível 
do joelho são mais raras que as citadas. 
As contusões são de menor 
gravidade e evoluem bem com tratamentos 
medicamentosos, ortopédicos e 
fisioterápicos. As lesões meniscais, em sua 
maioria, evoluem para tratamento 
cirúrgico. As lesões ligamentares, que 
comprometem a estabilidade do joelho, 
devem merecer atenção especial. Se não 
tratadas adequadamente, deixam seqüelas 
importantes. Os ligamentos mais 
lesionados são o cruzado anterior (LCA) e 
o colateral medial (LCM) – a associação 
dessas lesões com a do menisco medial é 
comum. 
As lesões do LCA decorrem de 
mudança de direção, arrancadas ou freadas 
rápidas durante as corridas, saltos, e uso de 
calçado inadequado; as do LCM, dos 
traumas na face lateral do joelho (esses 
tipos estão mais relacionadas a esportes 
como futebol, judô e karatê). O despreparo 
físico é fator importante de risco para a 
integridade dos joelhos. 
Os ligamentos colateral lateral 
(LCL) e cruzado posterior (LCP) são 
lesionados mais raramente, mas também 
recebem tratamento cirúrgico.O LCL é 
lesionado por trauma na face medial e/ou 
por rotação forçada do joelho. O LCP 
decorre de trauma na região anterior da 
parte superior da perna e ainda por trauma 
indireto (que não incidem diretamente no 
joelho). 
O joelho traumatizado pode ser 
tratado, como as demais articulações 
móveis (diartroses), por métodos 
incruentos (sem cirurgia) ou cruentos 
(cirúrgicos). Os meios não cirúrgicos são 
os medicamentos, os métodos ortopédicos 
e a fisioterapia. A literatura americana 
oferece uma sigla que facilita o 
aprendizado dessa abordagem terapêutica 
no que se refere ao tratamento não 
operatório: P.R.I.C.E,. P de proteção 
(contensão com imobilizadores mais ou 
menos firmes, dependendo do tipo de 
lesão); R de repouso (absoluto ou relativo); 
I de ice (o gelo deve ser usado 4 a 5 vezes 
por dia durante 15 a 20 minutos); C de 
compressão (através de uma bandagem 
elástica ou joelheira, com cuidado para não 
provocar obstrução vascular) e E de 
elevação (manter o membro lesionado 
14 
 
elevado para evitar ou reduzir o edema 
pós-traumático). 
Não se devem subestimar as lesões 
traumáticas, muito menos aquelas que 
acometem o joelho. Procurar um 
ortopedista experiente é a atitude mais 
segura nesses casos. Lesões aparentemente 
simples podem trazer danos importantes 
para a articulação a médio e a longo 
prazos. As dores crônicas do joelho levam 
à atrofia muscular, que aumentam a 
instabilidade articular e, 
consequentemente, o risco de lesões. 
A prevenção dessas lesões deve ser 
feita através de preparo físico adequado 
(destaque-se a necessidade de uma 
musculatura da coxa ágil e coordenada), 
aquecimento prévio, obediência às normas 
de segurança do esporte, como uso de 
equipamentos de proteção e a escolha de 
locais seguros para essas práticas. 
O joelho é uma articulação 
do corpo humano e de outros mamíferos. 
Formada pela extremidade distal do fêmur, 
pela extremidade proximal da tíbia (e pela 
patela (rótula). 
O joelho ainda 
possui ligamentos que estabilizam a 
articulação, auxiliados 
pelos meniscos (interno ou medial e 
externo ou lateral), que estabilizam o 
joelho, e amortecem os impactos sobre 
as cartilagens. 
A chave para uma articulação de 
joelho saudável é a estabilidade da 
articulação. A configuração óssea, os 
meniscos, os ligamentos, a cápsula e os 
músculos que cercam a articulação do 
joelho produzem a sua estabilidade. 
Os ligamentos são os 
estabilizadores primários para a translação 
anterior e posterior, angulação vara e 
valga, e para a rotação interna e externa da 
articulação do joelho. O ligamento cruzado 
anterior (LCA) é a restrição predominante 
ao deslocamento tibial anterior, pois aceita 
75% da força em extensão completa e um 
adicional de 10% (até 90.º) de flexão do 
joelho. Com esses dados fica evidente que 
o LCA é o mais exigido no dia a dia de 
uma pessoa saudável, que pratica esporte 
por lazer ou profissão. 
O joelho é uma articulação 
sinovial complexa. Na verdade ele possui 
duas articulações separadas: 
 
• A articulação fêmoro-patelar consiste 
na patela, um osso sesamóide que 
reside no interior do tendão do 
músculo anterior da coxa (músculo 
quadríceps femoral), e na superfície 
patelar na frente do fêmur, na qual ele 
desliza. 
• A articulação fêmoro-tibial liga o 
fêmur (osso da coxa) à tíbia, o 
15 
 
principal osso da perna. A articulação é 
banhada por um fluido sinovialviscoso, 
que está contido dentro da membrana 
sinovial, ou cápsula articular. 
 
O escavamento atrás do joelho é 
conhecido como fossa poplítea. 
Em esportes que impões muito impacto 
nos joelhos, especialmente forças de 
torção, é comum o rompimento de um ou 
mais ligamentos ou cartilagens do joelho. 
O ligamento cruzado anterior é 
frequentemente rompido como um 
resultado de uma rápida mudança na 
direção durante uma corrida ou como um 
resultado de algum outro tipo de 
movimento de torção violento. Ele também 
pode ser rompido com a extensão forçada 
além de sua amplitude normal, ou como 
resultado de forças sendo aplicadas 
lateralmente. 
As lesões ligamentares podem ocorrer 
como um resultado da força que faz com 
que a articulação exceda sua amplitude de 
movimento (ADM) normal. Uma pancada 
no aspecto lateral da articulação do joelho 
ou da tíbia pode causar um estresse em 
valgo que resulta no rompimento dos 
ligamentos impedindo movimento em 
valgo. Da mesma forma a hiperextensão 
forçada do joelho pode causar rompimento 
dos ligamentos posteriores. 
Embora forças excessivas possam 
causar rupturas ligamentares, força de 
baixa magnitude pode também causar 
rompimentos em ligamentos enfraquecidos 
pela idade, doença, imobilização, 
esteróides ou insuficiência vascular. 
Devido a esses problemas, um 
fortalecimento dos músculos desta 
complexa articulação, com a devida 
orientação postural, fará com que as 
pessoas sejam cautelosas e mais seguras na 
prática dos esportes tais como futebol, 
basquete e atletismo. 
Antes do advento da artroscopia, os 
pacientes que faziam cirurgia para um 
LCA necessitavam de pelo menosnove 
meses de reabilitação. Com as técnicas 
atuais de reconstrução do LCA, estes 
pacientes podem hoje estar caminhando 
sem dificuldades em duas semanas, e 
praticando esportes em poucos meses. 
O joelho é uma articulação formada 
pelas extremidades ósseas da coxa (fêmur), 
da perna (tíbia e fíbula), e a patela (rótula). 
Os ligamentos, tendões, meniscos e 
músculos são elementos que também 
participam na estrutura do joelho. 
As superfícies ósseas são cobertas 
por cartilagem (substância semelhante a 
uma gelatina endurecida) e ajudam no 
amortecimento. 
O amortecimento é auxiliado pelos 
meniscos, que também têm a função de 
16 
 
proporcionar uma melhor estabilidade ao 
joelho. 
Os meniscos possuem uma 
consistência semelhante à cartilagem e se 
situam acima da cartilagem da perna ao 
nível do joelho. 
Temos dois meniscos, o medial (do lado de 
dentro do joelho) e o lateral (do lado de 
fora do joelho). 
Os ligamentos cruzados (anterior e 
posterior) e os ligamentos colaterais 
(medial e lateral) são estruturas 
semelhantes a cordões fibrosos que 
conectam o osso da coxa aos da perna, 
proporcionando estabilidade (firmeza) ao 
joelho. 
Para dar movimento ao joelho existem 
vários músculos. Em especial, o músculo 
quadríceps (músculo anterior da coxa) se 
conecta a patela através do tendão 
quadricipital e a patela, por sua vez, se 
conecta a perna por meio do ligamento 
patelar para estender a perna. 
 
 
 
 
 
 
 
CAP. II - TIPOS DE LESÕES 
 
2.1. LESÕES DE MENISCO 
 
As lesões de menisco são raras na 
infância, ocorrendo principalmente no final 
da adolescência, com pico na terceira e 
quarta décadas de vida. A principal causa é 
o trauma ("acidentes agudos") da 
articulação, porém, após os 50 anos de vida 
deve-se principalmente a artrite do joelho. 
O menisco pode apresentar vários tipos de 
lesão: rupturas parcial, total e complexas. 
Além disso, a ruptura do menisco pode 
ocorrer sozinha ou associada à ruptura de 
ligamento. 
O indivíduo, geralmente, conta uma 
história de queda, rotação do joelho ou 
outro trauma, sente dor no joelho, 
apresenta-se mancando e a articulação 
mostra crepitações (barulhos, estalos) e 
limitação do movimento (o joelho não 
consegue se mover em todas as direções na 
amplitude normal). 
Nos casos de lesões leves e em que 
o paciente não está sentindo nenhum 
sintoma, não é necessária cirurgia. Já nos 
casos de dor persistente, pode ser realizado 
um exame chamado artroscopia. Nesse 
exame, um aparelho é introduzido na 
articulação e permite que o médico veja 
diretamente as lesões presentes. Durante o 
17 
 
exame, pode ser feito o tratamento, com 
retirada da parte rompida do menisco. A 
recuperação total da função do joelho 
ocorre em 4-6 semanas. 
As lesões de algumas partes do 
menisco não precisam ser retiradas, pois 
elas recebem bastante sangue da 
circulação, e isso facilita a cicatrização da 
ruptura. Já as grandes rupturas exigem o 
reparo. Em alguns casos, é necessário 
também a reconstrução de um ligamento 
do joelho, para ajudar na estabilização da 
articulação e impedir que o joelho adquira 
uma movimentação anormal. 
Sabe-se que a retirada do menisco, 
em idade precoce, está associada a um 
risco maior de osteoartrite em idade mais 
jovem. Uma alternativa, que previne essa 
complicação, é o transplante de menisco, 
que leva a bons resultados. No futuro, 
outros tratamentos poderão permitir a 
regeneração do menisco. 
 
 
2.2. LESÕES DE LIGAMENTOS 
 
Os ligamentos trabalhem em 
conjunto com os meniscos, e 
freqüentemente nas lesões agudas, ocorre 
comprometimento de mais de uma 
estrutura. Nas lesões de ligamentos, 
podemos observar estiramento com ou sem 
instabilidade do joelho ou ruptura completa 
do mesmo. 
Essas lesões acontecem muito 
comumente em atividades esportivas, 
quando o pé está fortemente apoiado no 
chão e a perna sofre uma rotação brusca. O 
indivíduo pode sentir o estiramento/ruptura 
do ligamento, e é incapaz de continuar a 
atividade que estava praticando. Alguns 
ligamentos são lesados mais 
frequentemente do que outros, e cada um 
requer um tipo específico de tratamento. 
O paciente apresenta forte dor e 
pode mostrar também espasmos 
musculares. Em alguns casos, há 
derramamento de sangue dentro do espaço 
da articulação, uma situação chamada 
hemartrose. O médico sempre deve 
pesquisar uma possível lesão de menisco 
associada. Existe também a possibilidade 
de o comprometimento do ligamento ser 
crônico e o indivíduo conta que o joelho às 
vezes não completa o movimento. 
Freqüentemente, nesses casos, esses 
pacientes não procuram o médico logo que 
os sintomas iniciam-se, mas quando 
surgem outros sintomas como fraqueza 
muscular e piora da capacidade para andar. 
O tratamento indicado, como já 
dissemos, vai depender do ligamento 
lesado e da gravidade da lesão. Pode ser 
necessária reconstrução cirúrgica, 
especialmente em atletas. O processo de 
18 
 
reabilitação, após a cirurgia, é de extrema 
importância para garantir a mobilidade 
completa da articulação. A grande maioria 
dos casos atinge recuperação completa ou 
quase completa da movimentação normal 
do joelho. 
 
 
 
 
 
 
2.3. DESLOCAMENTO DE PATELA 
 
O deslocamento de patela é uma 
importante causa de hemartrose e deve 
sempre ser pesquisado nos casos de trauma 
agudo do joelho. Essa lesão ocorre quando 
o joelho está dobrado e a perna sofre uma 
força de "rotação para fora". É mais 
comum em mulheres, na segunda década 
de vida. 
O indivíduo relata que a patela 
(rótula) deslocou "para fora", ou então 
pode falar que o restante do joelho 
deslocou "para dentro". Porém, 
geralmente, o deslocamento só é 
visualizado na hora em que ocorre, pois a 
redução (ou seja, a volta da patela para seu 
lugar normal) ocorre quando a pessoa 
estica a perna. Quando o médico examina 
o joelho, o paciente vai queixar dor e 
desconforto quando a patela é 
movimentada ou quando o joelho é 
dobrado. 
Existem várias formas de 
tratamento para essa lesão, incluindo 
imobilização imediata associada a 
exercícios para fortalecimento muscular, 
imobilização com gesso por 6 semanas 
seguida de reabilitação, cirurgia, etc. É 
importante que se faça um estudo da 
presença de possíveis fatores 
predisponentes. Se o deslocamento ocorrer 
novamente, é necessário fazer um 
realinhamento da patela. 
 
2.4. LESÕES DE TENDÃO MUSCULAR 
 
A ruptura de tendões dos músculos 
da coxa e da patela pode resultar de uma 
contração muscular excêntrica, como 
ocorre, por exemplo, quando um atleta 
tropeça e tenta não cair. 
A ruptura do tendão do músculo 
quadríceps (músculo da coxa) ocorre mais 
freqüentemente após os 40 anos de idade. 
Geralmente, o tendão apresenta algumas 
alterações degenerativas, o que reforça a 
hipótese de que tendões normais não se 
rompem. Raramente, ocorre nos dois 
19 
 
membros inferiores. A principal 
característica é que o paciente não 
consegue esticar a perna e, quando isso é 
tentado, observa-se a formação de um 
"buraco" logo acima da patela. O 
tratamento é cirúrgico. 
A ruptura do tendão da patela 
ocorre em indivíduos com menos de 40 
anos de idade. O paciente não consegue 
esticar a perna, ativamente. A patela 
encontra-se deslocada para cima e pode-se 
sentir um defeito abaixo dela. O tratamento 
também é cirúrgico. 
 
 
CAP. III - MANOBRAS QUE AJUDAM 
O DIAGNÓSTICO 
 
3.1.ROTAÇÃO LATERAL DO JOELHO 
 
• Dor no lado interno do joelho com a 
realização desta manobra pode 
indicar lesão do ligamento colateral 
medial ou do ligamento coronário 
medial 
• Dor no lado lateral do joelho com a 
mesma manobra sugere lesão do 
tendão poplíteo (tendinopatia – 
“tendinite”) 
• Limitação do movimento (rotação 
lateral) é típica das aderências 
ligamentares do ligamento colateral 
medial 
• Amplitude do movimento aumentadaresulta de frouxidão das estruturas 
ligamentares do compartimento 
medial e do ligamento cruzado 
anterior 
 
3.2. ROTAÇÃO MEDIAL DO JOELHO 
 
• Dor na região lateral geralmente 
indica lesão do ligamento coronário 
lateral 
• Uma amplitude aumentada do 
movimento significa frouxidão dos 
ligamentos cruzados anterior e 
posterior e da porção dorsolateral da 
cápsula articular 
 
3.3. FLEXÃO DO JOELHO 
 
• Diversas condições conduzem à 
limitação da flexão do joelho: lesões 
capsulares, aderências ligamentares, 
desarranjo interno, condições extra 
articulares. 
 
3.4. EXTENSÃO DO JOELHO 
 
• Limitação da extensão, com 
sensação final espástica, em 
combinação com limitação da flexão 
indica artrite aguda 
20 
 
• Limitação discreta, não dolorosa, 
com crepitação é típica da artrose 
• Uma limitação de 10 a 30 graus, 
com bloqueio elástico, é evidência 
de deslocamento meniscal 
• Dor no final da amplitude do 
movimento é com frequência sinal 
de pequeno problema ligamentar 
 
Stress em valgo (pressão forte no 
joelho, exercida de fora para dentro, com a 
perna elevada e em extensão) 
 
• Dor medial durante a manobra é 
típica do estiramento do ligamento 
colateral medial 
• Amplitude aumentada em 30 graus 
de flexão é típica da ruptura 
ligamentar no compartimento medial 
• Amplitude aumentada em extensão 
significa provável lesão do 
ligamento cruzado posterior. 
Stress em varo (pressão forte no joelho, 
exercida de dentro para fora, com a perna 
elevada e em extensão) 
 
• Dor lateral significa lesão do 
ligamento colateral lateral 
• Dor medial pode indicar corpo livre 
ou menisco medial impactado 
• Amplitude aumentada em 30 graus 
em flexão é típica de ruptura do 
ligamento colateral lateral 
• Amplitude aumentada na extensão 
completa significa provável ruptura 
do ligamento cruzado posterior 
 
Teste de gaveta anterior ( traccionar a 
tíbia para diante, na posição deitada, com o 
joelho flectido e a outra mão sobre o joelho 
para estabilizar a coxa) 
 
• A dor é indicativa de pequena lesão 
do ligamento cruzado anterior 
• O aumento da amplitude é observado 
nas rupturas do ligamento cruzado 
anterior e/ou da cápsula posterior 
 
Teste de gaveta posterior (empurrar a 
tíbia para trás, na posição deitada, com o 
joelho flectido) 
 
 
 
4. CONCLUSÃO 
 
O joelho como articulação 
intermédia do membro inferior tem assim 
um papel importante principalmente a 
nível motor e deve ser tido em atenção 
quando é afetado fisicamente. 
É importante saber lidar com as 
lesões causadas no joelho, sobretudo se for 
desportista, pois uma lesão no joelho sem o 
21 
 
devido tratamento pode ser fatal para a 
vida do lesado. 
Caso aconteça alguma vez a ser 
vítima de uma lesão no joelho deve 
procurar saber o seu diagnóstico e procurar 
um especialista, de forma a tratar o mais 
rapidamente possível da lesão. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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