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Aula 9_ Desnutrição infantil e Síndrome da Realimentação (1)

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DESNUTRIÇÃO 
INFANTIL
Profª Drª Myrella Lira
myrellacariryl@gmail.com
DESNUTRIÇÃO
Definição
• A desnutrição corresponde a uma doença de natureza clínico-social 
multifatorial, cujas raízes se encontram na pobreza. Quando ocorre na 
primeira infância, está associada à maior mortalidade, à recorrência 
de doenças infecciosas, a prejuízos no desenvolvimento psicomotor, ao 
menor aproveitamento escolar e à menor capacidade produtiva na 
idade adulta.
Prevalência de baixo peso e baixa estatura no Brasil
DESNUTRIÇÃO
• Mais prevalente nas regiões Norte e Nordeste
• Acomete 1/3 das crianças com idade inferior a cinco anos
 Baixo nível sócio econômico
 Baixa estimulação
 Desajuste familiar
 Saneamento básico: ausente ou inadequado de alimentos
 Baixo peso ao nascer
 Processo infecciosos
 Abandono ao aleitamento materno
 Baixa escolaridade da mãe
 Fraco vínculo mãe-filho
Fatores de Risco
Quanto a Etiologia a Desnutrição é Classificada como:
Ingestão alimentar inadequada. Primária
Outras doenças que levam a baixa ingestão alimentar, redução da absorção 
kkkkkou uso inadequado de nutrientes e/ou necessidades nutricionais 
aumentadas (infecções, doenças crônicas). 
Quimioterapia, radioterapia, cirurgias.
Secundária
Terciária
Quanto aos Índices utilizados para classificar a Desnutrição Infantil:
• Peso/Idade (P/I)
• Estatura/Idade (E/I)
• Peso/Estatura (P/E)
• IMC para idade
Classificação da Desnutrição Infantil
Quanto a intensidade:
• LEVE  ocorre comprometimento ponderal e estatural
• MODERADA  ocorre maior comprometimento do sistema
imunológico e neuropsicomotor
• GRAVES Marasmo e Kwashiorkor
Classificação da Desnutrição Infantil
Quanto ao tempo de instalação:
• DESNUTRIÇÃO AGUDA 
- Criança é desnutrida
- Déficit de peso para idade (diagnóstico)
- Déficit de peso para altura
- Não afeta a altura alcançada
• DESNUTRIÇÃO CRÔNICA
- Criança foi e é desnutrida
- Redução de peso e altura para idade
- Afeta o crescimento
• DESNUTRIÇÃO PREGRESSA
- Criança foi, mas não é desnutrida
- Redução de altura para idade, mas não de peso para idade
Classificação da Desnutrição Infantil
Graus de Desnutrição:
• Grau zero = P10 a P90, normalidade
• Grau I = P3 a P10, desnutrição leve
• Grau II = < OU = P3, desnutrição moderada
• Grau IV = < P3, desnutrição grave
Classificação da Desnutrição Infantil
KWASHIORKOR
Tipos de Desnutrição Infantil
Albumina < 3 g/Dl; Transferrina < 180mg/dL; Linfócitos < 1500 
mm³
Diagnóstico
Deficiência proteica, com gordura corporal geralmente normal, 
predomina em crianças acima de 2 anos, hipoalbuminemia, 
edema, esteatose hepática, hepatomegalia, falta de apetite, cabelo 
descolorido (sinal de bandeira), lesões na pele, redução da função 
imune. 
Sinais 
Clínicos
MARASMO
Tipos de Desnutrição Infantil
Peso < 80% do ideal ou perda de peso > 10% do habitual nos 
últimos seis meses com redução da massa muscular;
DCT < 15 cm e ingestão crônica deficiente de energia
Diagnóstico
Deficiência de energia e proteínas, predomina em crianças 
menores de um ano, deficiência acentuada do crescimento, perda 
marcante de tecido muscular e adiposo, ausência de edema, 
fraqueza generalizada, sente fome, cabelo escasso, quebradiço, 
descolorido, irritadiça, redução na TMB, temperatura corporal e 
frequência cardíaca. 
Sinais 
Clínicos
KWASHIORKOR-MARASMÁTICO
Tipos de Desnutrição Infantil
Peso < 60% do ideal; albumina < 3 g/dLDiagnóstico
Deficiência de energia e proteínas, atinge crianças entre um e 
dois anos, combinação dos sinais de marasmo e kwashiorkor, pode 
haver edema e despigmentação do cabelo, lesões na pele, anorexia, 
esteatose hepática, risco de infecção. 
Sinais 
Clínicos
INGESTÃO INADEQUADA DE NUTRIENTES
ALTERAÇÕES FÍSICAS
ALTERAÇÕES 
HORMONAIS
ALTERAÇÕES 
HEMATOLÓGICAS
ALTERAÇÃO DO SISTEMA IMUNE
DESCOMPENSAÇÃO DAS FUNÇÕES 
ORGÂNICAS
COMA
ÓBITO




Dez passos para recuperação da criança com desnutrição grave
1. Tratar/prevenir hipoglicemia;
2. Tratar/prevenir hipotermia;
3. Tratar/prevenir desidratação e o choque séptico;
4. Corrigir os desequilíbrios de eletrólitos;
5. Tratar infecção;
6. Corrigir as deficiências de micronutrientes;
7. Começar a alimentação cautelosamente;
8. Reconstruir os tecidos perdidos;
9. Prover estimulação sensorial e suporte emocional;
10. Preparar para acompanhamento após a alta hospitalar.
Terapia Nutricional
MS, 2005
Conduta Nutricional
• Recomenda-se um aumento médio de 500 a 1000 kcal.
• Terapia Nutricional Enteral deve-se iniciar 20 kcal/h e aumentar gradativamente até 
que se atinja as necessidades nutricionais.
• Cuidado com a Síndrome da Realimentação!!!
Terapia Nutricional
• A SR foi descrita pela primeira vez após a
Segunda Guerra Mundial em prisioneiros que
apresentaram anormalidades cardiológicas e
neurológicas após o inicio da realimentação
(após terem passado por um longo período
de jejum).
SÍNDROME DA REALIMENTAÇÃO (SR)
Definição:
SÍNDROME DA REALIMENTAÇÃO (SR)
• A Síndrome da Realimentação pode ser definida como uma condição 
potencialmente fatal, em que ocorrem graves distúrbios 
hidroeletrolíticos que podem ocorrer após a reintrodução do suporte 
nutricional (oral, enteral ou parenteral) em um paciente desnutrido.
 A chance do paciente desenvolver SR é proporcional ao seu grau de desnutrição e seus fatores de risco.
Quadro clínico: 
SÍNDROME DA REALIMENTAÇÃO (SR)
DHE
Hiper/hipo
glicemia Hipercapenia/
IRespertória
ICC
após a reintrodução alimentar
FISIOPATOLOGIA DA SR
Jejum
Proteólise
Gliconeogênese
Lipólise
Perda de peso
Depleção de água, vitaminas e minerais
Fase Catabólica
Realimentação
Glicose Liberação de insulina
Fluxo de glicose para célula
Síntese proteica
Fluxo intracelular de P, K, Mg
( extracelular de P, K, Mg Fase Anabólica
Utilização de Tiamina
Caracteristicas clínicas da SR
DHE
Edema
ICC
Hiper/hipo
glicemia IRespiratória
• A reintrodução da dieta deve ser feita com cautela, com reposição de eletrólitos, 
minerais e vitaminas.
• Essa reposição pode ocorrer antes ou em paralelo com o início da dieta. 
• Suplementação: tiamina 200 a 300 mg por dia; complexo B 3 comprimidos por dia; 
polivitamínicos 1 vez por dia, durante no mínimo 10 dias. 
• Paciente de risco moderado: 50% das necessidades diárias, com progressão lenta.
• Paciente de alto risco: iniciar a dieta com 10 Kcal/kg/dia, podendo chegar à meta 
entre o quarto e o sétimo dia.
• Pacientes extremamente desnutridos: 5 Kcal/kg/dia.
Terapia Nutricional da SR
• Redução a nível sérico dos eletrólitos fósforo, potássio e/ou magnésio;
• Disfunção orgânica devido a diminuição dos eletrólitos e/ou tiamina;
• Ocorrendo dentro de 5 dias após a introdução ou aumento substancial da oferta 
energética.
DIAGNÓSTICO DA SR
Segundo o MS o tratamento da criança com desnutrição é dividido em três fases: 
“Manual de atendimento da criança com desnutrição grave em nível hospitalar”
• FASE I – INICIAL/ESTABILIZAÇÃO
• FASE II – REABILITAÇÃO
• FASE III - ACOMPANHAMENTO
Terapia Nutricional na Desnutrição Infantil 
Esta fase compreende as ações descritas nos Passos 1 a 7 e objetiva:
• Tratar os problemas que ocasionem risco de morte; 
• Corrigir as deficiências nutricionais específicas; 
• Reverter as anormalidades metabólicas; e 
• Iniciar a alimentação.
FASE I – INICIAL/ESTABILIZAÇÃO
FASE I – INICIAL/ESTABILIZAÇÃO
• Fase inicial: 1 a 7 dia
• Criança instável pela presença de processos infecciosos e ou alterações 
metabólicas
RECOMENDAÇÃO:
-Oferta hídrica: 120 a 140 ml/kg/dia
- Calorias: 80 a 100 kcal/kg/dia
-Proteína: 1 a 1,5g/kg/dia
- Lactose: 1,3%
- Fracionamento: 2 em 2 horas (dia e noite), em pequenos volumes.
- Administração: por via oral, preferencialmente. Utilizar TN via nasogástrica só 
no caso de a criança não aceitar o equivalente a 80 Kcal/Kg de peso/dia.
ESQUEMA PARA ALIMENTAÇÃO UTILIZANDO O PREPARADO ALIMENTAR INICIAL QUE 
OFERECE 100 KCAL/KG/DIA
FASE I – INICIAL/ESTABILIZAÇÃOPREPARADOS ALIMENTARES PARA CRIANÇAS COM DESNUTRIÇÃO GRAVE EM 
TRATAMENTO
FASE I – INICIAL/ESTABILIZAÇÃO
Estas ações estão descritas nos Passos 8 e 9 e objetivam:
• Dar a alimentação intensiva para assegurar o crescimento rápido visando recuperar 
grande parte do peso perdido, ainda quando a criança estiver hospitalizada; 
• Fazer estimulação emocional e física;
• Orientar a mãe ou pessoa que cuida da criança para continuar os cuidados em casa 
e, 
• Realizar a preparação para a alta da criança, incluindo o diagnóstico e o sumário do 
tratamento para seguimento e marcação de consulta, na contra-referência da alta 
hospitalar.
FASE II – REABILITAÇÃO
FASE II – REABILITAÇÃO
• Criança estável e o objetivo é a recuperação ponderoestatural
RECOMENDAÇÃO:
- Transição gradual do preparado inicial para o preparado de crescimento rápido
-Calorias: 1,5 a 2,0x a recomendação para sua idade ou 150 a 220 kcal/kg/dia
-Proteína: 4 a 6g/kg/dia
- Lactose: 3 a 4%
-Ganho de peso: > 10g/Kg/dia
- Fracionamento: 4 em 4 horas
- Crianças menores de 24 meses: se amamentada, oferecendo o preparado alimentar 
de crescimento rápido antes do leite materno.
- Crianças maiores de 24 meses: receber dieta livre adequada para sua idade + o 
preparado alimentar, entre as principais refeições.
Compreende as ações descritas no Passo 10 e objetiva:
• Após a alta, encaminhar para acompanhamento ambulatorial/centro de
recuperação nutricional/atenção básica/comunidade/família para prevenir a
recaída e assegurar a continuidade do tratamento. O Ministério da Saúde está
desenvolvendo protocolos de atenção à saúde da criança com desnutrição nesses
níveis de atenção.
FASE III - ACOMPANHAMENTO
Como tratar as deficiências de micronutrientes?
Deficiência de Vit. A Cegueira
Esquema de tratamento para crianças com manifestações clínicas oculares provocadas pela 
deficiência de Vitamina A.
COMPOSIÇÃO DA MISTURA DE VITAMINAS PARA 1000ML DOS PREPARADOS ALIMENTARES
Tratamento da Deficiência de Outras Vitaminas
• As deficiências mais importantes são de zinco, cobre, magnésio, potássio e ferro;
- A deficiência de potássio afeta a função cardíaca e o esvaziamento gástrico da criança
- O magnésio é essencial para a entrada e retenção do potássio dentro da célula 
- O cobre entra como um componente de enzimas no metabolismo do ferro
- O ferro está relacionado a Anemia grave
• A suplementação com ferro deve ser iniciada quando houver melhora do estado 
geral da criança.
Tratamento da Deficiência de Minerais e Eletrólitos
TRATAMENTO DA DEFICIÊNCIA DE FERRO
• O tratamento com ferro inicia geralmente na segunda semana de tratamento (Fase 
de reabilitação).
• Ferro elementar (3 a 4mg/Kg peso/dia, por via oral).
Tratamento da Deficiência de Minerais e Eletrólitos
A administração de ferro não deve ser iniciada no primeiro dia 
de tratamento para recuperação da criança com desnutrição, 
porque pode piorar a lesão tecidual e a infecção, por facilitar 
o crescimento de bactérias patogênicas.
Tratamento da deficiência de zinco
• Suplementação: Administrar por via oral 1 ml/Kg de peso/dia dessa solução
Tratamento da Deficiência de Minerais e Eletrólitos
Deficiência de Zinco Lesões na pele
Outros minerais
• Cobre 0,2 mg/Kg/dia, via oral.
• 0,3 ml/Kg de peso (máximo de 2ml) de sulfato de magnésio a 50% em dose 
única, via intramuscular.
COMPOSIÇÃO QUÍMICA DA MISTURA DE SAIS ELETRÓLITOS/MINERAIS PARA O PREPARO DA SOLUÇÃO 
DE RESOMAL E PREPARADOS ALIMENTARES
Adicione 20 ml da solução de eletrólitos/sais minerais para completar cada 
1000 ml dos preparados alimentares ou do RESOMAL.
Tratamento da Deficiência de Minerais e Eletrólitos
OFERTA HÍDRICA TOTAL (DIETA, SORO E MEDICAÇÕES)
• Recomendação: 120 e 140 ml/kg/ dia
• Limitar na presença de edema
• Repor perdas hídricas se houver vômitos e diarreia
Tratamento da Deficiência de Minerais e Eletrólitos
CLASSIFICAÇÃO E CONDUTA PARA GANHO DE PESO
Bibliografia

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