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TEXTO - COMPREENSÃO E INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS pt 3

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SISTEMA DE ENSINO
TEXTO
Compreensão e Interpretação de Textos 
- Parte III
Livro Eletrônico
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TEXTO
Compreensão e Interpretação de Textos - Parte III
Prof. Fernando Moura 
Aula 7 – Estilística Textual: Figuras de Linguagem ...........................................3
Aula 8 – Texto e Modalizadores Discursivos ..................................................17
Aula 9 – Texto Verbal e Não Verbal: Charge .................................................24
Aula 10 – Vícios de Linguagem ...................................................................27
Resumo ...................................................................................................36
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Compreensão e Interpretação de Textos - Parte III
Prof. Fernando Moura 
Aula 7 – Estilística Textual: Figuras de Linguagem
Olá, amigo(a) aluno(a)! Seja bem-vindo(a) a mais uma aula!
Hoje, trataremos de um tópico que, às vezes, está explícito no programa; outras 
vezes, está implícito no tópico “Tipologia Textual” ou “Compreensão e interpreta-
ção de textos de gêneros variados”. Por quê, Fernando Moura? Porque o estudo de 
tipos e gêneros textuais envolve duas modalidades importantes: texto não literário 
(predomínio da denotação) e texto literário (predomínio da conotação). Quando 
falamos em conotação, diversas figuras de linguagem importantes emergem.
Quer ver? Visitemos uma prova para o cargo de procurador do TCU. Leia o texto 
seguinte.
A moralidade pública consiste em uma esfera de que todos os seres humanos parti-
cipam, na medida em que cada sistema moral, a fim de revelar sua unilateralidade, 
precisa ser confrontado com outros. Segue-se a necessidade de que todos os seres 
humanos sejam incluídos no seu âmbito.
(José Arthur Gianotti. Moralidade pública e moralidade privada).
Questão 1 (CEBRASPE) Em relação ao texto acima, julgue o item que se segue.
Tanto do ponto de vista estilístico e sintático como do ponto de vista semântico, ad-
mite-se como correta e adequada ao contexto a substituição de “consiste em uma” 
(l. 1) por constitui-se como uma.
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Compreensão e Interpretação de Textos - Parte III
Prof. Fernando Moura 
Certo.
Trata-se de item certo. Quanto o autor afirma que “A moralidade pública consiste 
em uma esfera”, ele compara, conotativamente, a moralidade pública com uma 
“esfera”. A moralidade pública é (como) uma esfera. Isso é metáfora, figura de 
linguagem muito importante. Por isso, também é correto registrar “A moralidade 
pública constitui-se como uma esfera”. Ao se explicitar o conectivo “como”, carac-
teriza-se um tipo especial de metáfora que recebe o nome de símile ou comparação 
metafórica.
Quer entender melhor esse universo da estilística e das figuras de linguagem? 
Mãos à obra!
Preliminarmente, entenda que a Estilística é a ciência que estuda o conjunto de 
uma obra literária, por meio da análise de aspectos formais e de conteúdo. Nesse 
sentido, todos os níveis estruturais da língua (textual, fraseológico, morfológico e 
fonológico) devem ser estudados cuidadosamente, a fim de que se faça essa aná-
lise com bastante segurança.
Por ora, façamos um estudo das principais figuras de linguagem, termo que 
designa, em linguística, a extensão ou o desvio do sentido próprio das palavras.
Comecemos com as figuras de palavras ou tropos.
1) Comparação metafórica ou símile: figura de linguagem literária que con-
siste em estabelecer uma relação de qualidade entre dois elementos de um enun-
ciado para destacar a semelhança entre eles. Exemplos:
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Compreensão e Interpretação de Textos - Parte III
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I – Ele come tal qual um touro.
II – A moça punha os olhos no alto como os santos e os espantados.
Observe que, na símile, os conectivos comparativos estão explícitos.
2) Metáfora: figura de linguagem literária que consiste em substituir a realida-
de que se pretende descrever por imagem que a recorda e enriquece. Constitui, na 
verdade, uma comparação implícita. Exemplos:
I – Murcharam-lhe os entusiasmos da mocidade.
(Murcharam-lhe, assim como murcham as flores, os entusiasmos da mocidade.)
II – Sempre sou eu a estrela matutina.
(Sempre sou eu como a estrela matutina.)
III – A noite é um manto negro sobre o mundo.
(A noite é como um manto negro sobre o mundo.)
Observe que, na metáfora, o conectivo comparativo fica logicamente implícito.
3) Catacrese: nome dado à figura de sintaxe que consiste no emprego de uma 
palavra no sentido analógico e não em seu sentido próprio. Exemplos:
I – Embarcou naquele avião gigantesco. (Embarcar significa, na verdade, “entrar 
em um barco”. Com o passar do tempo, seu significado se ampliou e hoje dizemos 
“embarcar num ônibus, num trem, num avião”.)
II – Enterrou-lhe a faca no peito.
III – Houve manifestações no coração da cidade.
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Compreensão e Interpretação de Textos - Parte III
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4) Metonímia: figura ou recurso de linguagem que consiste em designar um 
objeto mediante menção a outro diretamente ligado a ele, por causa, efeito ou 
contiguidade, entre outros.
A metonímia baseia-se, portanto, numa relação lógica de significado entre dois 
termos. Vejamos exemplos importantes.
a) autor → obra
Ela detesta ler Machado de Assis.
(Na verdade, “os livros de Machado de Assis”.)
b) conteúdo → continente
Bebeu dois copos cheios.
(Na verdade, não bebeu os copos. Bebeu o conteúdo dos copos.)
O mundo podia gritar lá fora... (M. Colasanti)
c) causa → efeito
Abriu uma torneira do banheiro para lavar o sono do rosto. (L. F. Veríssimo)
(Na verdade, “a aparência de quem acordou”, “os vestígios do sono”.)
d) inventor → invento; descobridor 1 descoberta
Graham Bell permitiu que a humanidade se comunicasse melhor.
(Na verdade, “o invento de Graham Bell, o telefone”.)
e) símbolo → coisa simbolizada
Nunca abandones a cruz. (cruz = símbolo da religião)
f) lugar→ produto feito no lugar
Tomei um champanhe geladíssimo.
(Champanhe é o nome de uma região na França onde se originou esse tipo de 
vinho.)
g) instrumento → pessoa que o utiliza
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Ele é uma grande raquete.
(Eleé um grande jogador de tênis.)
�Existe um tipo especial de metonímia chamado de sinédoque, que se baseia em 
outras relações (a parte do todo).
�Exemplo: Ganhei meu pão honestamente.
�Nesse caso, substitui-se a ideia mais ampla (alimento) por uma palavra de signi-
ficado menos abrangente (pão), mas que mantém com a primeira uma relação de 
significado.
5) Perífrase/Antonomásia: recurso verbal que consiste em exprimir em mais 
palavras o que poderia ser dito em poucas. Permite conhecer um objeto por suas 
qualidades ou usos e não pelo seu próprio nome. Serve para variar a expressão, 
sublinhar a harmonia da frase, encobrir alusões vulgares ou suavizar ideias desa-
gradáveis. Também conhecido como circunlóquio. Exemplos:
a) A humanidade agradece ao gênio da lâmpada. (em lugar de Tomas Edson)
b) O Redentor. (em lugar de Cristo)
c) Criador dos seres. (em lugar de Deus)
d) Poeta dos Escravos. (em lugar de Castro Alves)
e) Cidade maravilhosa. (em lugar de Rio de Janeiro)
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Gostou? Vejamos, agora, as figuras de pensamento.
1) Antítese: figura de retórica em que uma palavra, ideia ou proposição con-
tradiz ou se opõe deliberadamente à anterior. Exemplos:
a) “Nasce o sol e não dura mais que um dia
Em tristes sombras morre a formosura.” (G. de Matos)
b) “A casa que ele fazia.
Sendo a sua liberdade.
Era a sua escravidão”. (V. Morais)
2) Ironia: recurso de expressão que consiste em dar a entender, com um tom 
de zombaria, o contrário do que se está dizendo. Por isso, muitas vezes, só pode 
ser percebida quando se considera o contexto. Exemplos:
a) O rapaz tem a sutileza de um elefante.
b) Cem quilos? Você está macérrima!!!
c) “... o velho começou a ficar com aquela cor de uma bonita tonalidade cadavéri-
ca.” (S. Ponte Preta)
3) Eufemismo: figura de pensamento empregada para expressar ideias desa-
gradáveis e chocantes por meio de palavras brandas e suaves. Exemplos:
a) Collor tomou emprestado dinheiro dos cofres públicos e esqueceu-se de devol-
ver. (Em lugar de roubou)
b) Nos fizeram varrer calçadas, limpar o que faz todo cão...(J.C. Melo Neto). (Em 
lugar de fezes)
c) Seu tio, infelizmente, partiu desta para outra melhor. (Em lugar de morreu)
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4) Gradação: figura que significa, em linguística, a enumeração de termos em 
ordem ascendente ou decrescente.
a) “Ide, correi, voai, que por vós chama o rei, a pátria, o mundo, a glória.”
b) O ar que queima os seus pulmões sadios, férreos, heroicos... (L. Aranha)
5) Apóstrofe: figura de retórica que se produz quando o narrador se interrom-
pe e dirige a palavra a pessoa presente ou ausente. Consiste em uma invocação ou 
interpelação e geralmente aparece como termo desligado da frase. Exemplos:
a) Menino, sai! Eu te odeio!
b) Não fala, seu moço!... (G. Rosa)
c) Deus! Ó Deus! Onde estás que não respondes?! (C. Alves)
6) Prosopopeia: figura de linguagem que consiste em humanizar animais e 
coisas inanimadas ou dar voz a pessoas mortas, ausentes ou fictícias. Exemplos:
a) O vento beijou-lhe os cabelos.
b) “Andorinha lá fora está dizendo: – Passei o dia à toa, à toa!”
7) Oxímoro ou paradoxo: tipo de antítese em que duas ideias antagônicas, 
as quais se excluem mutuamente, aparecem simultaneamente em uma única cons-
trução sintática. Exemplos:
a) “Buscas a vida, eu, a morte.” (Caetano Veloso)
b) “Amor é fogo que arde sem se ver
É ferida que dói e não se sente
É um contentamento descontente
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É dor que desatina sem doer.” (Camões)
Bom demais! Vejamos, também, as figuras de construção ou de sintaxe. 
Ânimo, caro(a) aluno(a)!
1) Anástrofe: figura gramatical que se caracteriza pela inversão da ordem di-
reta dos termos sintáticos de uma oração. Exemplos:
a) “Entre as nuvens do amor, ela dormia.” (Ordem direta: Ela dormia entre as 
nuvens do amor.)
b) “Dos laranjas hão de cair os pomos...” (A. Guimaraens)
(Ordem direta: Hão de cair os pomos dos laranjas)
2) Elipse: figura de linguagem que consiste na omissão de uma ou mais pala-
vras que, no entanto, se subentendem, sem prejudicar o sentido da frase. Exem-
plos:
a) Enfrentamos muitos obstáculos. (Nós)
b) Na terra, tanta guerra, tanto engano. (Na terra, há tanta guerra, há tanto engano)
3) Zeugma: forma de elipse que consiste em fazer participar de dois ou mais 
enunciados um termo expresso em apenas um deles. Exemplos:
a) “Eu vou de carro, você [vai] de bicicleta.”
b) Enfrentamos diversos problemas sociais, especialmente os de saúde. (proble-
mas)
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4) Silepse: figura de linguagem que consiste na concordância sintática das pa-
lavras de acordo com seu sentido, e não segundo as regras usuais da sintaxe. Pode 
ser de gênero, número ou pessoa gramatical. Exemplos:
a) São Paulo está fria nesses tempos. (O adjetivo “fria” concorda com o termo 
subentendido “cidade”.)
b) Nem tudo tinham os antigos, nem tudo temos os modernos. (M. Assis)
(Observe que o verbo da segunda oração – “temos” – não concorda com o sujeito 
“modernos”, mas com o pronome “nós”, que fica subentendido, pois o autor colo-
cou-se entre os modernos. Entendeu? Em vez de se concordar com o que está 
explícito, concorda-se com o que está logicamente implícito. Isso é silepse. )
Entenda melhor, amigo(a):
a) silepse de gênero:
Vossa Majestade é muito bondoso.
Sua Santidade estava abatido.
b) silepse de número:
Coisa curiosa é aquela gente. Divertem-se com tão pouco!
O grupo Vestido de Espaço prova o sabor do sucesso: gravaram o primeiro 
programa Globo de Ouro. (Folha de S. Paulo)
c) silepse de pessoa:
Brasileiros e latino-americanos fazemos a crítica.
Os intelectuais somos vaidosos.
5) Pleonasmo: figura de linguagem que consiste em empregar na frase um ou 
mais vocábulos desnecessários para seu pleno sentido, mas com os quais se dá, 
estilisticamente, ênfase ou vigor à expressão. Exemplos:
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a) “Quando commeus olhos eu quis ver de perto.”
b) Perdoe-me pelo divino amor de Deus!
c) Ao pobre cão, não lhe devo nada.
6) Anacoluto: figura de linguagem em que dois termos, o antecedente e o 
relativo, encontram-se ligados apenas pelo sentido, sem nexo sintático preciso. 
Também chamada frase quebrada. Exemplos:
a) “Meu pai, não admito que falem dele.”
b) “Eles, o seu único desejo é exterminar-nos”. (Garret)
c) “Morrer, não morre a terra, nem a família, nem as raças.” (Idem)
7) Polissíndeto: figura que consiste na repetição constante de uma conjunção 
coordenativa entre orações ou termos coordenados entre si. Exemplos:
a) E foge, e volta, e vacila, e treme, e canta.
b) Não havia ricos, nem pobres, nem furtos, nem injustiças. (C. Cascudo)
8) Hipérbato: figura de linguagem que consiste na inversão da ordem sintática 
habitual dos termos de uma oração com finalidade expressiva. Apresenta uma al-
teração mais forte do que aquela que ocorre na anástrofe. Exemplo:
a) “Ouviram do Ipiranga as margens plácidas
De um povo heroico o brado retumbante.”
(Ordem direta: As margens plácidas do Ipiranga ouviram o brado retumbante de 
um povo heroico.)
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9) Anáfora: figura que consiste na repetição de uma ou mais palavras no início 
de duas ou mais frases, de membros de uma frase ou de versos distintos, com o 
objetivo de reforçar uma ideia ou estabelecer simetria estilística. Exemplos:
a) “Grande no pensamento, grande na ação, grande na glória, grande no infortúnio, 
ele morreu desconhecido e só.”
b) “Nada quero, nada fiz, nada farei.
Passa o Rei com seu cortejo.
Passa o Deus no seu andor. (M. Quintana)
10) Aliteração: recurso retórico, em prosa e verso, que consiste no uso deli-
berado de vocábulos em que se repete algum som, com o objetivo de aumentar o 
efeito expressivo da composição, imprimindo-lhe ritmo. Exemplos:
a) “Acho que a chuva ajuda a gente a se ver.” (Caetano Veloso)
b) “Fulge um fino fulgor na fina face...” (M. Jubim)
c) “Viola violeta violenta violada
Óbvia vertigem...” (A. Prado)
11) Assíndeto: recurso retórico que consiste em eliminar as conjunções coor-
denativas entre os elementos de uma frase ou as partes da oração, para ressaltar 
efeitos expressivos. Exemplos:
a) “Amor é dado de graça,
é semeado no vento,
na cachoeira, no eclipse...” (C.D. Andrade)
(...na cachoeira e no eclipse)
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Compreensão e Interpretação de Textos - Parte III
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b) “Um tio deu-lhe outra vez um canário, o carinho foi demais, o passarinho morreu.” 
(P.M. Campos)
A espada
A inteligência, o direito, a religião são os três poderes legítimos do mundo. Eles 
representam, cada vez um per si, o eu humano, a sociedade humana, e o destino 
humano, e, associados, as três expressões da humanidade: a sua evolução mental, 
a sua existência na superfície da terra, o misterioso fim do seu desenvolvimento. 
Diante deles a força, nas eras não bárbaras, se reduz a uma entidade subalterna, 
cuja intervenção não valerá nunca senão pelos serviços de que a sua obediência for 
capaz. Para a constituir numa organização geral, a civilização adotou, como sím-
bolo, a espada, coeva das primeiras idades históricas, outrora senhora dos povos 
escravizados, mas hoje, nas mãos dos povos livres, criatura das suas leis, depen-
dência da sua administração, instrumento dos seus governos.
Fora daí a espada não é a ordem, mas a opressão, não é a tranquilidade, mas o ter-
ror, não é a disciplina, mas a anarquia, não é a moralidade, mas a corrupção, não é 
a economia, mas a bancarrota, não é a ciência, mas a incapacidade, não é a defesa 
nacional, mas a ruína militar, a invasão e o desmembramento. Isto é, e não poderia 
deixar de ser: porquanto com o domínio da espada se estabelece necessariamente 
o governo da irresponsabilidade, o jubileu dos estados de sítio, a extinção da ordem 
jurídica, a subalternização da justiça à força.
(Rui Barbosa. Escritos e discursos seletos. Rio de Janeiro: Nova Aguiar, 1995)
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Compreensão e Interpretação de Textos - Parte III
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Questão 2 (CEBRASPE) Considerando a tipologia do texto e as relações discursi-
vas nele presentes, julgue os seguintes itens.
a) A inteligência, o direito e a religião, como poderes legítimos, constituem a ideia 
central do texto.
b) O texto é, na sua totalidade, descritivo-argumentativo.
c) De acordo com o texto, a inteligência está para a pessoa e o direito para a so-
ciedade assim como a religião está para o destino do homem.
d) O texto considera a inteligência, o direito e a religião, isoladamente, como forças 
da humanidade.
e) A espada como símbolo da força, nas eras bárbara e civilizada, tem significados 
diferentes.
Certo, Certo, Certo, Errado, Certo.
a) Certo. A inteligência, o direito e a religião, como poderes legítimos, constituem 
a ideia central do texto. Lembre-se de que a “espada” é símbolo de “poder”. Esses 
são os três poderes com os quais o autor trabalha para construir a sua tese.
b) Certo. O texto é, na sua totalidade, descritivo-argumentativo. Ao mesmo tempo 
em que o autor faz um levantamento das características da espada (símbolo de po-
der), ele defende a tese de que não se deve usar a força (o poder) para promover 
a subalternização da justiça.
c) Certo. De acordo com o primeiro parágrafo, por meio da expressão “cada vez 
um per si”, que quer dizer “respectivamente”, o autor mostra que a inteligência 
está para a pessoa e o direito para a sociedade assim como a religião está para o 
destino do homem.
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d) Errado. O texto considera a inteligência, o direito e a religião, associados, 
como forças da humanidade.
e) Certo. A espada como símbolo da força, nas eras bárbara (escravização, subal-
ternização, servidão, obediência) e civilizada (liberdade, leis, governo), tem signi-
ficados diferentes. Percebeu?
Questão 3 (CEBRASPE) Do ponto de vista da coerência e da coesão, julgue os 
itens a seguir, relativos ao texto.
a) O pronome “Eles” (l. 1) refere-se a “poderes legítimos do mundo” (l. 1).
b) Na linha 3, as duas ocorrências do pronome possessivo “sua” têm “inteligência” 
(l. 1) como referente.
c) A expressão “Fora daí” (l. 8) recupera a afirmação anterior, iniciada em “nas 
mãos dos povos livres” (l. 7).
d) No primeiro período do último parágrafo, as repetições da conjunção “mas” ser-
vem à ênfase na apresentação de antíteses.
e) A expressão “Isto é” (l. 10) introduzvários esclarecimentos a respeito do con-
teúdo do parágrafo anterior.
Certo, Errado, Certo, Certo, Errado.
a) Certo. De fato, o pronome “Eles” (l. 1) refere-se a “poderes legítimos do mun-
do” (l. 1).
b) Errado. Na linha 3, as duas ocorrências do pronome possessivo “sua” têm “hu-
manidade” (l. 3) como referente.
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c) Certo. A expressão “Fora daí (das mãos dos povos livres)” (l. 8) recupera a afir-
mação anterior, iniciada em “nas mãos dos povos livres” (l. 7). Cuidado!
d) Certo. No primeiro período do último parágrafo, as repetições da conjunção 
“mas” servem à ênfase na apresentação de antíteses. O autor constrói oposições 
ou incompatibilidades semânticas.
e) Errado. A expressão “Isto é” (l. 10) introduz vários esclarecimentos a respeito 
do conteúdo do período anterior (e não do parágrafo anterior).
Percebeu? Qualquer banca executora de concursos públicos exigirá o domínio de 
cada parte do texto no tocante à sua estrutura linguística, tipológica, organizacio-
nal, discursiva, coesiva. Você precisa mostrar que possui todas essas habilidades 
internalizadas. Rumo à aprovação! Mantenha o foco!
Aula 8 – Texto e Modalizadores Discursivos
Olá, querido (a) aluno(a)! Nesta aula, trataremos de assunto sério: modaliza-
dores discursivos. Estes estão presentes nos textos de tipos e gêneros variados. 
Estão presentes, até mesmo, na sua prova de conhecimentos específicos. Fique 
atento a certos verbos auxiliares, advérbios e locuções adverbiais. Eles trazem 
aspectos interpretativos fundamentais. Observe o seguinte texto apresentado pela 
FCC (analista).
Em um marco estritamente institucionalista, pode-se dizer que república é 
uma forma de governo que se distingue da forma monárquica. Tal distinção deve-se 
ao fato de que o fundamento do poder nas repúblicas não está associado a governo 
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unipessoal e à sucessão dinástica, tal como nas monarquias, invariavelmente go-
vernadas por casas reais. Ainda que, ao longo do século 20 − e mesmo no início do 
21 −, o termo “república” tenha sido utilizado na autodenominação de regimes po-
líticos autoritários, de modo geral a ideia contemporânea de república aproxima-se 
da de democracia, visto que está associada à soberania popular, exercida por meio 
da participação em eleições regulares, livres, competitivas e extensivas a todos os 
postos politicamente relevantes. A tais traços devem ser acrescentadas a distinção 
e a separação entre teologia e política.
(LESSA, Renato. República/Republicanismo. In: Dicionário de políticas públicas. Orgs. Geraldo 
DiGiovanni e Marco Aurélio Nogueira. 2. ed. São Paulo: Editora Unesp/Fundap)
No texto, destaquei algumas expressões importantes:
a) “Em um marco estritamente institucionalista”: locução adverbial que tem 
o valor de “institucionalmente” e restringe o que será dito posteriormente;
b) “pode-se dizer”: verbo auxiliar que traduz a ideia de possibilidade (diferente de 
“deve-se dizer”);
c) “invariavelmente” e “devem”: advérbio e verbo auxiliar que estão no campo da certeza.
Obs.: � Entendeu? Então, vejamos a questão proposta.
Questão 1 (FCC/ADAPTADA) Considerado o parágrafo 1, é correto afirmar:
a) nele estão delineadas as formas de governo “república” e “monarquia” como 
definidas em dicionário especializado, o que implica precisão terminológica e con-
ceitual de valor generalizante e atemporal.
c) no período inicial, compreende-se não só que a mencionada concepção de “re-
pública” está condicionada a um certo contexto, mas também que o autor evita 
apresentar de modo categórico esse conceito.
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d) a oração introduzida pela locução visto que (linha 5) exprime uma circuns-
tância que existe, mas que não é suficiente para realizar a aproximação citada no 
segmento imediatamente anterior.
Letra c.
a) Errada. Nele está delineada a forma de governo “república” como definida em 
dicionário especializado (República/Republicanismo. In: Dicionário de políticas pú-
blicas). A “monarquia” é apresentada, no verbete, como oposição a “república”. 
Lembre-se de que, ao dizer o que é “república”, o autor se utiliza da função meta-
linguística.
c) Certa. No período inicial, compreende-se não só que a mencionada concepção 
de “república” está condicionada a um certo contexto (“Em um marco estrita-
mente institucionalista”), mas também que o autor evita apresentar de modo 
categórico esse conceito (“pode-se dizer”: trata-se de um conceito possível).
d) Errada. A oração introduzida pela locução visto que (linha 5) exprime uma cir-
cunstância que existe (causa: a ideia contemporânea de república está associada à 
soberania popular) e é suficiente para realizar a aproximação citada no segmento 
imediatamente anterior (consequência: de modo geral a ideia contemporânea de 
república aproxima-se da de democracia).
Boa questão! Exige concentração e domínio de vários aspectos que explicitarei 
nesta aula. Veja mais um parágrafo do texto e outra questão interessante.
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Ainda que, ao longo do século 20 − e mesmo no início do 21 −, o termo “república” 
tenha sido utilizado na autodenominação de regimes políticos autoritários, de modo ge-
ral a ideia contemporânea de república aproxima-se da de democracia, visto que está 
associada à soberania popular, exercida por meio da participação em eleições regulares, 
livres, competitivas e extensivas a todos os postos politicamente relevantes.
Questão 2 (FCC) Afirma-se com correção sobre o que se tem acima (parágrafo 1):
a) Os travessões, por isolarem uma correção do que se afirmou anteriormente, não 
poderiam ser substituídos por parênteses.
b) O uso das aspas em “república” indica que a palavra deve ser considerada um neolo-
gismo, pois, a partir do século 20, passou a ser empregada com um específico sentido.
c) A circunstância manifestada por de modo geral incide diretamente sobre a ex-
pressão a ideia contemporânea de república.
d) Em a ideia contemporânea de república aproxima-se da de democracia, ocorre uma 
elipse obrigatória, pois a redundância, ao prejudicar a clareza, seria inaceitável.
e) O emprego da palavra politicamente exemplifica a ocorrência de advérbio com 
valor restritivo.
Letra e.
a) Errada. Os travessões, por isolarem uma inclusão, uma extensão do que se 
afirmouanteriormente, poderiam ser substituídos por parênteses.
b) Errada. O uso das aspas em “república” indica ênfase, destaque à palavra que 
se quer explicar.
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c) Errada. A circunstância manifestada por de modo geral incide diretamente 
sobre toda a oração “a ideia contemporânea de república aproxima-se da de de-
mocracia”.
d) Errada. Em a ideia contemporânea de república aproxima-se da (ideia) de de-
mocracia, ocorre uma elipse. A repetição da palavra “ideia” não constituiria redun-
dância, tampouco prejudicaria a clareza. Repetir é forma de coesão lexical. Repetir 
exaustiva e desnecessariamente é que pode ser problema para um texto.
e) Certa. O emprego da palavra politicamente (quer dizer: do ponto de vista 
político) exemplifica a ocorrência de advérbio com valor restritivo. Não é do ponto 
de vista social, ou biológico, ou jurídico. É do ponto de vista estritamente político.
Percebeu o que o examinador quer que você enxergue no texto? Então, passe-
mos ao entendimento dos modalizadores discursivos.
Primeiramente, há os modalizadores epistêmicos, que se caracterizam por 
expressar uma avaliação do falante sobre o valor de verdade e as condições de 
verdade da sentença. Esse processo subdivide-se em três tipos: asseverativos, 
quase-asseverativos e delimitadores ou restritivos.
1. Modalizadores epistêmicos asseverativos: apresenta-se o conteúdo pro-
posicional como uma afirmação (por realmente, naturalmente, obviamente, 
por exemplo) ou negação (por de jeito nenhum, de forma/maneira nenhuma, 
por exemplo). Essa avaliação evidencia alto grau de adesão do falante à proposi-
ção e não dá margens a dúvidas, o que gera enfatização do conteúdo da sentença. 
Exemplos:
Naturalmente, esse pensamento é científico.
Sem dúvida, Obama é um grande orador.
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Deve-se definir “república” como forma de governo que...
Outros exemplos: realmente, evidentemente, efetivamente, claro, certo, lógico, 
indubitavelmente, de jeito nenhum, deve buscar.
2. Modalizadores epistêmicos quase-asseverativos: expressam uma ava-
liação sobre o conteúdo proposicional como quase certo, como hipótese (relativi-
zação) dependente de confirmação. Nesse caso, expressa-se baixa adesão ao con-
teúdo da sentença, o que confere a ela possibilidade ou eventualidade epistêmica. 
Exemplos:
Talvez ele apresente hoje uma justificativa pertinente.
Possivelmente, haverá mais ataques terroristas na Europa.
Pode-se conceituar “república” como forma de governo que...
Outros exemplos: provavelmente, eventualmente, possível, pode representar.
3. Modalizadores epistêmicos delimitadores ou restritivos: estabelecem 
limites em que o conteúdo da sentença deve ser entendido. Exemplos:
Particularmente, acho o recurso intempestivo.
Teoricamente, os EUA são o país mais forte nesse sentido.
Outros exemplos: geograficamente, politicamente, biologicamente, do ponto de 
vista jurídico, sob uma perspectiva sociológica, do nosso ponto de vista.
Há, também, os modalizadores deônticos. Por meio deles, a sentença passa 
a ser entendida como um estado de coisas que deva acontecer obrigatoriamente. 
Expressam, além da noção de obrigação, proibição, permissão e volição. Exemplos:
O texto, necessariamente, contemplou as solicitações.
Ele, obrigatoriamente, tem de voltar a Portugal.
Por fim, existem os modalizadores discursivos subjetivos ou afetivos, que 
expressam os sentimentos que a sentença provoca no locutor. Exemplos:
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Felizmente, a polícia estava no local do crime.
Eu fiquei feliz porque ela abandonou o cargo.
Chegou a guerra, lamentavelmente.
Exercer essa profissão é pouco provável, sinceramente.
Francamente, o STF não agiu corretamente.
Infelizmente, esse comportamento é típico dos políticos brasileiros.
Acho que fui bem claro, caro(a) aluno(a). Fique atento(a)! Há muitos vocábulos 
e expressões que evidenciam a intenção de quem redige, e isso exige cuidados 
quanto à compreensão e à interpretação. O examinador avaliará a percepção que 
você, na qualidade de candidato(a), tem de todos esses elementos.
Um aluno disse-me que esta aula mudou muito a vida dele! Espero, na verdade, 
que todas as nossas aulas mudem sua visão de TEXTO e que você aufira êxito em 
todas as questões interpretativas.
Abraço forte!
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Aula 9 – Texto Verbal e Não Verbal: Charge
Olá, amante da língua portuguesa! Seja bem-vindo (a) a mais uma aula impor-
tante. Muitas instituições executoras de concursos públicos apresentam as char-
ges, a fim de testar diversas habilidades do(a) candidato(a).
As charges são formas de ilustração que têm por finalidade satirizar, por meio de 
caricatura, algum acontecimento atual com uma ou mais personagens envolvidas. 
A palavra é de origem francesa e significa carga ─ exagera traços do caráter de 
alguém ou de algo para torná-lo burlesco. Muito utilizadas em críticas políticas no 
Brasil. Não confundir com cartoon (ou cartum), que é palavra de origem inglesa, 
pois, ao contrário da charge, que sempre é crítica contundente, o cartum retrata si-
tuações mais corriqueiras do dia a dia da sociedade. Mais do que simples desenho, 
a charge é crítica político-social em que o artista expressa graficamente sua visão 
sobre determinadas situações cotidianas por meio do humor e da sátira. Trata-se 
de gênero textual importante.
Nesse contexto, as charges envolvem o texto verbal e (ou) o texto não verbal. 
A linguagem verbal corresponde ao uso da escrita ou da fala como meio de comu-
nicação. A linguagem não verbal consiste no uso de imagens, figuras ou desenhos 
(caso das charges). E, no nosso cotidiano, ainda se percebem símbolos, danças, 
posturas corporais, pinturas, músicas, mímicas, esculturas e gestos como meios de 
comunicação.
Vejamos a seguinte proposta.
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https://www.infoescola.com/artes/mimica/
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A charge de Nani fazuma crítica severa por meio da linguagem não verbal. Disponível em 
http://www.chargeonline.com.br/doano.htm
Questão 1 Por meio do uso da linguagem não verbal, que pode muitas vezes sur-
gir como principal recurso de comunicação em uma charge, o chargista Nani faz 
referência ao seguinte evento:
a) Primavera Árabe.
b) Ataques de 11 de setembro nos Estados Unidos.
c) Violência nas cidades do Brasil.
d) Conflito entre Israel e Palestina.
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Letra d.
A resposta é a opção “d”. Por meio da análise dos recursos gráficos adotados pelo 
chargista, pode-se afirmar que ele faz referência aos conflitos entre Israel e Pales-
tina, ocorridos na Faixa de Gaza. Note o lançamento de mísseis e a destruição em 
ambos os lados, características do confronto. Não há elementos suficientes confir-
madores das outras opções. Nesse cenário de destruição, a morte se faz presente.
Vejamos outra questão.
 
As charges podem fazer uma crítica social, cultural ou política. Disponível em: 
http://tv-video-edc.blogspot.com
Questão 2 A charge revela uma crítica aos meios de comunicação, em especial à 
internet, porque
a) questiona a integração das pessoas nas redes virtuais de relacionamento.
b) considera as relações sociais como menos importantes que as virtuais.
c) enaltece a pretensão do homem de estar em todos os lugares ao mesmo tempo.
d) descreve com precisão as sociedades humanas no mundo globalizado.
e) concebe a rede de computadores como espaço mais eficaz para a construção de 
relações sociais.
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Letra a.
A resposta é a opção “a”. De fato, no mundo contemporâneo, muitas pessoas pre-
ferem a interação social por meio das redes sociais. Isso porque a internet possi-
bilita a conexão com maior número de pessoas em diferentes locais do mundo. Em 
razão dessa preferência, prejudica-se e desumaniza-se o contato entre as pessoas. 
O chargista constrói sua crítica com criatividade. Destaque-se o uso da linguagem 
coloquial, com a quebra de paralelismo: “(no) Facebook”, “Você está.../... rara-
mente te vejo”. Essa variação linguística é permissão do gênero textual.
Fique atento(a) a todos os detalhes. Uma vaga no serviço público terá de ser sua. 
Na próxima aula, trataremos dos vícios de linguagem. Força, foco e fé. Dará certo! 
Rumo à aprovação e ao sucesso!
Aula 10 – Vícios de Linguagem
Tudo bem, estudioso(a) da língua?
Depois de estudar os conceitos de texto literário (predomínio da conotação) e 
texto não literário (predomínio da denotação) e as relações discursivas envolvidas, 
é importante entender os vícios de linguagem. Estão presentes em diversos textos: 
às vezes, de maneira estilística, proposital, expressiva; outras vezes, de maneira 
viciosa, espúria, inadequada.
Chama-se de vício de linguagem o modo de falar ou escrever que contraria 
as normas de uma língua. A infração à norma só recebe o nome de vício quando se 
torna frequente e habitual na expressão de um indivíduo ou de um grupo.
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Observe a comparação seguinte.
I – Fragmento de um poema (texto literário):
Na messe, que enlourece, estremece a quermesse... (Eugênio de Castro)
II – Trecho em prosa retirado de redação de aluno (texto não literário):
Infelizmente, geralmente a pessoa só se preocupa com o que sente.
Nos dois casos, ocorre o eco. No entanto, apenas o segundo constitui um defei-
to (vício de fato), pois o eco não tem finalidade estilística e acaba comprometendo 
a leitura da frase. Cria uma sequência desagradável de sons. Entendeu? Alguns 
tipos e gêneros textuais serão mais exigentes.
Estudemos, então, os vícios de linguagem mais comuns.
1. Arcaísmo: consiste no emprego de palavras ou construções que já caíram 
em desuso, que pertencem ao passado da língua e não entram mais em seu uso 
normal.
Convidou-os mui polidamente a cear. (Folha de S. Paulo) → mui = muito
Aurélia, que se dirigia ao seu toucador, sentou-se a uma escrivaninha... (José de 
Alencar) → toucador = penteadeira
2. Anfibologia ou ambiguidade: ocorre quando uma mensagem apresenta 
mais de um sentido. Geralmente, resulta da disposição inadequada das palavras 
na frase.
Encontrei-o preocupado. (Quem estava preocupado: eu ou ele?)
A menina viu o incêndio da loja. (A menina estava na loja e viu o incêndio, ou viu 
a loja incendiar-se?)
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3. Barbarismo: é todo erro que diz respeito à forma da palavra.
3.1. Cacoépia → erro de pronúncia:
Formas incorretas: esteje, seje, fidagal.
Formas corretas: esteja, seja, figadal.
Quando o erro se deve ao deslocamento do acento tônico, recebe o nome de 
silabada:
Formas incorretas: interim, rúbrica, gratuito.
Formas corretas: ínterim, rubrica, gratuito.
3.2. Cacografia → qualquer erro de grafia:
Formas incorretas: encima, em baixo, derrepente, auto-defesa, super ministro.
Formas corretas: em cima, embaixo, de repente, autodefesa, superministro.
3.2. Estrangeirismo → emprego de palavras ou expressões estrangeiras ainda 
não adaptadas ao idioma nacional:
O exame antidoping obrigatório continua longe do tênis. (Thales de Menezes)
A divisão de merchandising da Rede Globo deu um belo presente à Casa dos Artis-
tas. (Maria Lúcia Rangel)
4. Cacófato: é a palavra inconveniente, descabida, ridícula ou obscena que re-
sulta da união de duas outras ou de partes de outras palavras vizinhas.
Na vez passada falei com você. (na vespa assada)
Ela tinha muito dinheiro. (é latinha)
Essas palavras saíram da boca dela. (cadela)
5. Colisão: é a sequência de sons consonantais iguais, da qual resulta efeito 
acústico desagradável.
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Você não conhece muito bem a sede desse partido de centro... (Isto É/Senhor)
6. Eco: é a rima em prosa. Constitui-se defeito quando o texto não é prosa li-
terária.
A reação da população do Varjão foi de pura emoção.
7. Hiato: é o acúmulo de vogais que produz um efeito acústico desagradável.Gusdesteu, vá à aula.
8. Anacoluto: é a quebra na estrutura sintática de uma frase.
A imprensa, tanto nos países desenvolvidos como nos países em desenvolvimento, 
o papel da notícia é informar o cidadão.
Percebeu a quebra na estrutura lógica do enunciado? Inicia-se uma afirmação 
sobre “A imprensa” que não é concluída.
9. Pleonasmo ou tautologia: é o emprego de palavras ou expressões de sig-
nificado semelhante que não acrescentam nada ao que já foi dito e, por isso, tor-
nam-se inúteis na frase.
O carpinteiro subiu para cima.
Veja, agora, uma lista de tautologias (pleonasmos) a que você deverá estar 
atento(a).
autoavaliação de si mesmo
elo de ligação
acabamento final
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certeza absoluta
número exato
quantia exata
sugiro, conjecturalmente,
nos dias 8, 9 e 10 inclusive
como prêmio extra
juntamente com
em caráter esporádico
expressamente proibido
terminantemente proibido
em duas metades iguais
destaque excepcional
sintomas indicativos
há anos atrás
vereador da cidade
relações bilaterais entre dois países
outra alternativa
detalhes minuciosos
a razão é porque
interromper de uma vez
anexo(a) junto a carta
de sua livre escolha
superavit positivo
vandalismo criminoso
todos foram unânimes
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a seu critério pessoal
palavra de honra
conviver junto
exultar de alegria
encarar de frente
comprovadamente certo
fato real
multidão de pessoas
amanhecer o dia
criação nova
retornar de novo
frequentar constantemente
empréstimo temporário
compartilhar conosco
surpresa inesperada
completamente vazio
colocar algo em seu respectivo lugar
escolha opcional
continua a permanecer
passatempo passageiro
atrás da retaguarda
planejar antecipadamente
repetir outra vez
sentido significativo
voltar atrás
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abertura inaugural
pode possivelmente ocorrer
a partir de agora
última versão definitiva
obra-prima principal
gritar/bradar bem alto
propriedade característica
comparecer em pessoa
colaborar com uma ajuda / auxílio
matriz cambiante
com absoluta correção / exatidão
demasiadamente excessivo
individualmente inigualável
abusar demais
exceder em muito
preconceito intolerante
medidas extremas de último caso
autorização uxória da esposa
Tenho certeza de que você já usou alguns desses pleonasmos. Relaxe. Muitas 
vezes, por descuido ou desconhecimento, fazemos registros equivocados.
9. Solecismo: é o nome dado às construções que infringem as normas de sin-
taxe.
9.1. Solecismo de concordância:
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Abreu garante que não há problemas com o abastecimento. Os que haviam estão 
sendo resolvidos. (Veja) (...os que havia...)
9.2. Solecismo de regência:
Este é o prefeito que a cidade precisa. (Este é o prefeito de que a cidade precisa)
9.3. Solecismo de colocação:
Me faça um favor? (Faça-me um favor?)
Questão 1 (CETRO) Leia a oração abaixo.
Joana foi à Prefeitura Municipal para resolver algumas pendências.
Assinale a opção que apresenta o mesmo vício de linguagem da oração acima.
a) Fazem dois anos que não volto a minha terra natal.
b) Não encontraram-me em casa.
c) O show era gratuíto.
d) Possuem um elo de ligação muito forte.
Letra d.
Em “Joana foi à Prefeitura Municipal para resolver algumas pendências”, há pleo-
nasmo ou tautologia. Basta registrar “Prefeitura”, uma vez que o vocábulo “Munici-
pal” é desnecessário, redundante. Vejamos o vício presente em cada opção.
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a) Errada. Solecismo de concordância. Forma correta: “Faz dois anos que não vol-
to a minha terra natal”. O verbo “fazer”, no enunciado, indica tempo decorrido e, 
portanto, é impessoal.
b) Errada. Solecismo de colocação. Forma correta: “Não me encontraram em 
casa”. O advérbio constitui fator de próclise (atrai o pronome átono).
c) Errada. Silabada. O correto é “O show era gratuito”.
d) Certa. Pleonasmo ou tautologia. O correto é: “Possuem um elo muito forte”.
Percebeu, caro(a) aluno(a), como a compreensão e a interpretação de qual-
quer texto depende de múltiplos conhecimentos? Não se trata de atos simples. 
Há necessidade do domínio de diversos aspectos da gramática, da estilística, da 
teoria literária, da lingüística textual. Desconfie de alguém que diz: “Sou ótimo em 
interpretação de textos!”. Será? Treinar, treinar, treinar, é fundamental. Por isso, 
apresentarei para você uma lista de questões comentadas, a fim de você aplicar 
todos os conhecimentos assimilados até aqui. A determinação e a disciplina o (a) 
levarão ao topo.
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RESUMO
Caro(a) aluno(a), veja agora tópicos e conceitos importantes do nosso Curso de 
Compreensão e Interpretação de Textos que devem ficar bem registrados no seu 
arquivo mental. Tente resgatar, mentalmente, exemplos e situações textuais discu-
tidos durante cada aula.
1. Sinonímia – ocorre quando os vocábulos estão no mesmo campo semântico.
2. Hiperonímia – ocorre quando a segunda expressão mantém com a primeira 
uma relação todo/parte.
3. Hiponímia – ocorre quando a segunda expressão mantém com a primeira 
uma relação de parte/todo.
4. Metonímia – ocorre quando a segunda expressão mantém com a primeira 
uma relação de contiguidade semântica.
5. Elipse/Zeugma – ocorre quando a segunda expressão fica logicamente su-
bentendida em relação à primeira.
6. Elemento coesivo anafórico – apresenta referente anteposto.
7. Elemento coesivo catafórico – apresenta referente posposto.
8. Elemento coesivo endofórico – apresentareferente interno (dentro do 
texto).
9. Elemento coesivo exofórico – apresenta referente externo (fora do texto).
10. Elemento dêitico – evidencia a presença do emissor no enunciado (marca 
de quem redige ou fala): este país, este século, hoje, agora, ultimamente, recen-
temente, ontem, no próximo ano e outros.
11. Elemento vicário – palavra que, como verdadeiro pronome, se põe em 
lugar de uma oração inteira.
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12. Narração: modalidade em que se conta um fato, fictício ou não, que ocor-
reu num determinado tempo e lugar, envolvendo certos personagens. Refere-se a 
objetos do mundo real. Há uma relação de anterioridade e posterioridade.
13. Descrição: texto em que se faz retrato por escrito de lugar, pessoa, 
animal ou objeto. A classe de palavras mais utilizada nessa produção é o 
adjetivo, pela sua função caracterizadora. Numa abordagem mais abstra-
ta, podem-se até descrever sensações ou sentimentos. Não há relação de 
anterioridade e posterioridade. Significa “criar” com palavras a imagem 
do objeto descrito. É comum a inserção de trechos descritivos em textos 
narrativos e dissertativos.
14. Dissertação: é o mesmo que desenvolver ou explicar um assunto, discorrer 
sobre ele. Assim, o texto dissertativo pertence ao grupo dos textos expositivos, 
como o texto de apresentação científica, o relatório, o texto didático, o artigo 
enciclopédico. Quando o texto, além de explicar, também persuade o interlocutor 
e modifica seu comportamento com tese ou postura ideológica, temos texto 
dissertativo-argumentativo. Quando apenas apresenta informações sobre assuntos, 
expõe ideias, explica, não faz defesa de uma ideia, temos texto dissertativo-
expositivo.
15. Injunção (texto injuntivo): é instrucional, apresenta ordens, orien-
tações. Os verbos são, na sua maioria, empregados no modo imperativo ou no 
infinitivo. Ex: receitas culinárias, manuais, leis, convenções, regras. “Tome dois 
comprimidos apenas”.
16. Predição (texto preditivo): é aquele que apresenta previsões, ou seja, an-
tecipa o futuro. Ex.: Amanhã, haverá pancadas de chuva na região Nordeste. / O 
Brasil de 2018 enfrentará problemas sociais graves.
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http://pt.wikipedia.org/wiki/Texto
http://pt.wikipedia.org/wiki/Retrato
http://pt.wikipedia.org/wiki/Lugar
http://pt.wikipedia.org/wiki/Pessoa
http://pt.wikipedia.org/wiki/Animalia
http://pt.wikipedia.org/wiki/Objeto
http://pt.wikipedia.org/wiki/Adjetivo
http://pt.wikipedia.org/wiki/Função
http://pt.wikipedia.org/wiki/Sentimento
http://pt.wikipedia.org/wiki/Modo_imperativo
http://pt.wikipedia.org/wiki/Infinitivo
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17. Texto epistolar: apresenta a estrutura de carta. Por isso, observe, com 
cuidado, epístolas em versos, cartas pessoais, cartas comerciais (essas últimas or-
ganizadas em parágrafos).
18. Texto expressivo ou subjetivo: centralizado no sujeito emissor, quando 
este revela e dá vazão a seus sentimentos ou demonstra suas opiniões ou sensa-
ções a respeito de algum assunto ou pessoa. Nele prevalece a 1ª pessoa do singu-
lar (eu), as interjeições, as exclamações ou os adjetivos carregados de subjetivida-
de e diminutivos. É a linguagem das biografias, das memórias, das poesias líricas.
19. Texto panfletário: texto denuncista, com tom, muitas vezes, crítico, sen-
sacionalista, exagerado. Ex.: Mulheres do Brasil, é hora de lutarmos contra a desi-
gualdade e a exploração!
20. Alegorias: correspondem a cadeias metafóricas e manifestam-se, espe-
cialmente, por meio de fábulas, apólogos e parábolas.
•	 A fábula é texto alegórico muito comum na literatura infantil. A linguagem 
utilizada é simples e tem como diferencial o uso de personagens animais com 
características humanas. Durante a fábula, é feita analogia entre a realidade 
humana e a situação vivida pelas personagens, com o objetivo de ensinar 
algo ou provar alguma verdade estabelecida - lição moral. Ex.: conversa en-
tre o lobo e o cordeiro.
•	 O apólogo é gênero alegórico que ilustra ensinamento de vida por meio de 
situações semelhantes aos reais e envolve especialmente objetos, seres ina-
nimados ou irracionais, que também assumem ações humanas. Ex.: conver-
sa entre a linha e a agulha.
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•	 A parábola é narração alegórica que se utiliza de situações, pessoas ou coi-
sas para comparar a ficção com a realidade e, por meio dessa comparação, 
transmitir lição de sabedoria. A parábola transmite lição ética por meio de 
prosa metafórica, de linguagem simbólica. Ex.: parábola do semeador.
21. Charges: são formas de ilustração que têm por finalidade satirizar, por 
meio de caricatura, algum acontecimento atual com uma ou mais personagens en-
volvidas. A palavra é de origem francesa e significa carga ─ exagera traços do ca-
ráter de alguém ou de algo para torná-lo burlesco. Muito utilizadas em críticas po-
líticas no Brasil. Não confundir com cartoon (ou cartum), que é palavra de origem 
inglesa, pois, ao contrário da charge, que sempre é crítica contundente, o cartum 
retrata situações mais corriqueiras do dia a dia da sociedade. Mais do que simples 
desenho, a charge é crítica político-social em que o artista expressa graficamente 
sua visão sobre determinadas situações cotidianas por meio do humor e da sátira.
22. Crônica: é uma narrativa histórica que expõe os fatos seguindo uma ordem 
cronológica. A palavra crônica deriva do grego “chronos”, que significa “tempo”. 
Nos jornais e nas revistas, a crônica é narração curta escrita pelo mesmo autor e 
publicada em seção habitual do periódico, na qual se relatam fatos do cotidiano e 
outros assuntos relacionados a arte, esporte, ciência e outros.
A crônica argumentativa consiste em tipo mais moderno de crônica, no qual o 
cronista expressa o seu ponto de vista em relação a um problema da sociedade. 
Nesse caso específico, a ironia e o sarcasmo são frequentemente usados como 
instrumentos para transmitir opinião e abordar determinado assunto. Na crônica 
humorística, o cronista escreve o texto com visão irônica e bem-humorada dos 
acontecimentos.
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23. Quanto ao foco narrativo ─ a posição escolhida pelo narrador para desen-
cadear os fatos ─, podem-se caracterizar três tipos básicos de narrador.
a) Narrador-personagem: 1ª pessoa/ O narrador participa dos fatos explicitados.
b)Narrador-observador: 3ª pessoa/ O narrador apenas observa os fatos explicitados.
c) Narrador-onisciente: 3ª pessoa/ Sabe tudo: além de observar os fatos 
explicitados, conhece intrinsecamente as personagens.
24. No tocante aos tipos de Discurso, podem-se caracterizar três tipos essenciais.
a) Discurso direto
Características:
•	 fala fiel dos interlocutores ou das personagens;
•	 frequentemente, um verbo dicendi (falar, dizer, responder, afirmar, indagar, 
perguntar e outros);
•	 na ausência do verbo dicendi, um sinal de pontuação: dois pontos, travessão, 
aspas ou mudança de linha.
b) Discurso indireto
Características:
•	 fala não visível das personagens, mas explicitada pelo narrador (numa ora-
ção subordinada substantiva);
•	 verbo dicendi;
•	 frequentemente, terceira pessoa na oração subordinada substantiva.
c) Discurso indireto livre ou semi-indireto
Características:
•	 falta do verbo dicendi, dois pontos, travessão ou aspas;
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•	 fala não visível das personagens, cuja voz parece confundir-se com a do nar-
rador;
•	 períodos livres (sem elo subordinativo).
25. Metáfora: comparação com valor conotativo.
26. Catacrese: é o nome dado à figura de sintaxe que consiste no emprego de 
uma palavra no sentido analógico e não em seu sentido próprio.
27. Metonímia: substituição que se baseia numa relação lógica de significado 
entre dois termos.
Ex.: Ela detesta ler Clarice Lispector.
28. Perífrase/Antonomásia: mais palavras em vez de menos (circunlóquio).
29. Antítese: é a figura de retórica em que uma palavra, ideia ou proposição 
contradiz ou se opõe deliberadamente à anterior.
30. Oxímoro ou paradoxo: tipo de antítese em que duas ideias antagônicas, 
as quais se excluem mutuamente, aparecem simultaneamente em uma única cons-
trução sintática.
31. Ironia: é um recurso de expressão que consiste em dar a entender o con-
trário do que se está dizendo.
32. Eufemismo: é uma figura de pensamento empregada para expressar ideias 
desagradáveis e chocantes por meio de palavras brandas e suaves.
33. Prosopopeia: é uma figura de linguagem que consiste em humanizar ani-
mais e coisas inanimadas ou dar voz a pessoas mortas, ausentes ou fictícias.
34. Modalizadores epistêmicos asseverativos: traduzem afirmação, cer-
teza (realmente, naturalmente, obviamente, por exemplo) ou negação (de jeito 
nenhum, de forma/maneira nenhuma, por exemplo).
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35. Modalizadores epistêmicos quase-asseverativos: traduzem hipótese 
(relativização).
36. Modalizadores epistêmicos delimitadores ou restritivos: traduzem 
limites (juridicamente, historicamente, do ponto de vista da Geografia).
37. Modalizadores deônticos: traduzem obrigatoriedade.
38. Modalizadores discursivos subjetivos ou afetivos: traduzem sentimentos.
39. Conquanto: elemento de coesão sequencial que traduz concessão (= embora)
40. Porquanto: elemento de coesão sequencial que traduz causa ou explicação 
(= porque)
41. Contanto que: elemento de coesão sequencial que traduz condição (= 
desde que, caso)
42. Ao ler o texto, explore a estrutura diafórica e defina dois campos importantes:
a) Campo Semântico – sublinhe sempre as palavras cujos significados, inicialmente, 
são desconhecidos. O contexto, muitas vezes, vai ajudá-lo a identificar os sinônimos 
dessas palavras. Tente buscar a acepção que melhor se ajuste ao contexto.
b) Campo Lexical – em cada parágrafo, investigue quais as palavras-chave 
que constituem o núcleo da ideia apresentada pelo autor. Você definirá, assim, 
os lexemas essenciais, que são palavras ou expressões de significação mais im-
portante naquele parágrafo. Uma vez definidos esses lexemas, procure chegar a 
uma síntese, à palavra ou expressão que constitui o núcleo da ideia defendida pelo 
autor durante todo o texto. Nesse momento, surge o arquilexema.
43. Na coesão lexical ou reiteração léxica, a coesão entre elementos léxicos 
sucessivos é feita por meio da simples repetição ou da substituição léxica.
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44. Léxico é o conjunto de vocábulos de uma língua. Alguém domina todos 
eles? Não. A parte que cada um domina recebe o nome de vocabulário. Por isso, 
o examinador, frequentemente, testa a parte do léxico que você domina. Entendeu?
45. Na coesão gramatical, a coesão entre elementos léxicos sucessivos é 
feita por meio de operadores lógicos oferecidos pela língua: pronomes, numerais, 
advérbios pronominais e outros.
46. Ambiguidade – Chama-se ambiguidade ─ ou anfibologia ─ a duplicidade 
de sentidos de uma construção fraseológica. Por interferir diretamente na clareza 
do texto, constitui vício de linguagem.
47. Arcaísmos – Trata-se de termos, expressões ou construções sintáticas cujo 
uso raramente é observado na língua atual. Nesse caso, tendem a deixar o texto 
obscuro ou conferem a ele estilo pretensioso.
48. Argumento de autoridade - Fazer uso do argumento de autoridade con-
siste em invocar o pensamento de uma autoridade. Busca-se, portanto, a opinião 
de alguém cujo saber é notório e socialmente reconhecido.
49. Coerência - É o substrato lógico do texto. É o conjunto de relações sintá-
tico-semânticas que unem as partes de um texto e permitem perfeita compreen-
são. O texto é coerente quando não há incompatibilidade entre as suas partes.
50. Coesão - É a ligação de natureza gramatical (sintático-semântica) e lexical 
entre as partes de uma sentença ou de um texto. Falta coesão a um texto quando 
as ideias estão “soltas”, não se relacionam.
51. Coloquialismo – O coloquialismo corresponde ao uso de variante linguísti-
ca falada em situações de informalidade. Observa-se nas dimensões fonética, mor-
fológica, sintática e (ou) semântica. Ex.: Registro coloquial: Na minha casa, tem 
cinco pessoas. / Registro culto: Na minha casa, há/existem cinco pessoas.
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52. Função conativa ou apelativa - Enfatiza o receptor da mensagem. É a 
função que caracteriza, por exemplo, os textos publicitários, em que é frequente o 
uso dos verbos no modo imperativo.
53. Função emotiva - Privilegia o emissor da mensagem. Centrada na primei-
ra pessoa do discurso, caracteriza os textos marcadamente líricos, em que o poeta 
exprime seus sentimentos e emoções.
54. Função fática - Centrada no canal de comunicação, aparece nos textos em que sepreserva a situação de comunicação, independentemente do conteúdo a ser transmitido.
55. Função metalinguística - Destaca o código de comunicação. É a função 
que se verifica nos dicionários e nas gramáticas, obras em que a língua é usada 
para explicitar a si própria.
56. Função poética – Manifesta-se nos textos em que se organiza, de maneira 
especial, a mensagem. Nesse sentido, empregam-se os recursos de estilo. Lembre-
-se de que todo e qualquer texto, em versos ou em prosa, em que se note a preo-
cupação com o modo de dizer algo, com a construção, evidencia a função poética.
57. Função referencial - Dá ênfase ao referente (contexto) e privilegia a infor-
mação. Está presente, na verdade, em todos os textos, especialmente os científicos 
e noticiosos.
58. Neologismo - É a palavra nova, que surge em geral para denominar um 
novo objeto, conceito ou prática. Na maior parte das vezes, não é uma palavra to-
talmente nova, mas uma adaptação de termos já existentes segundo os processos 
usuais da língua. Ex.: desnatureza, internéticos.
59. Perífrase - É um rodeio, uma espécie de circunlóquio, por meio do qual se 
substitui um termo por uma expressão ou frase. Pode útil para evitar repetições 
desnecessárias.
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60. Pleonasmo ou tautologia - Corresponde a uma figura de linguagem que 
se caracteriza pela expressão redundante e enfática de uma ideia. É importante 
distinguir as situações em que seu uso é estilístico daquelas em que é vicioso. São 
normalmente apreciados os pleonasmos sintáticos (aqueles em que se repete, em 
geral, um termo), como, por exemplo, “A mim me parece que o recurso é intem-
pestivo”, “Aos seus algozes, Cristo perdoou-lhes”, e os enfáticos, como “Vi com 
meus próprios olhos”, “Riu seu riso engraçado”. Condenam-se, entretanto, as es-
truturas seguintes (viciosas): “autoavaliação de mim mesmo”, “subir para cima”, 
“há cinco anos atrás”.
61. Polissemia – É a multiplicidade de sentidos de uma palavra. É um fenô-
meno bastante comum e, geralmente, origina-se dos usos figurados (metáfora, 
metonímia, analogia etc.) ou de empréstimo de significado que a palavra tem em 
outra língua.
62. Refutação ou contra-argumentação – Trata-se de procedimento de con-
testação ou réplica dos argumentos contrários. É parte fundamental de textos ar-
gumentativos. Podem-se refutar os argumentos contrários a uma tese de diversas 
maneiras ─ em geral, pela desqualificação do seu autor (contestação de argumento 
de autoridade) ou pela desvalorização de seu conteúdo.
63. Semântica - Parte da gramática que estuda a significação das palavras.
64. Silogismo – É raciocínio dedutivo que se organiza com base em duas pre-
missas que conduzem a uma conclusão. A primeira delas é a premissa maior, de 
caráter universal; a segunda é a premissa menor, de caráter particular. Entre elas, 
deve haver um termo comum (que esteja no sujeito da primeira e no predicado da 
segunda), chamado termo médio.
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65. Eufonia – Trata-se do som agradável ao ouvido, numa sucessão harmonio-
sa de vogais e consoantes: “Vou agora” (em vez de “Vou-me já); “Fé em demasia 
é bom” (em vez de “Fé demais é bom).
66. Cacofonia - Trata-se de som desagradável, proveniente da união das síla-
bas finais de uma palavra com as iniciais da seguinte: “Vou-me já”; “Fé demais é 
bom”; “Lá tinha uma pessoa”; “Velocidade controlada por radar”.
67. Polifonia – No discurso, polifonia corresponde à manifestação de várias 
vozes, simultaneidade de várias opiniões em um mesmo texto.
68. Estrofe - Nome dado a cada grupo de versos que compõem um poema. 
De acordo com o número de versos que contêm, as estrofes recebem os seguintes 
nomes: dístico, terceto, quarteto ou quadra, quinteto, sexteto ou sextilha, sétima, 
oitava, nona, décima ou década.
69. Onomatopeia - Gramaticalmente, é palavra cuja formação procura repro-
duzir certos sons ou ruidoso.
Ex.: “tic-tac”, “tilintar” e outros.
70. Paródia - Composição literária cujo objetivo é imitar, com intenção satírica 
ou cômica, o tema ou o estilo de uma outra obra.
71. Soneto - Tipo de composição poética de forma fixa, com quatorze versos 
distribuídos em duas estrofes de quatro versos (quartetos) e duas estrofes de três 
versos (tercetos).
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	Aula 8 – Texto e Modalizadores Discursivos
	Aula 9 – Texto Verbal e Não Verbal: Charge
	Aula 10 – Vícios de Linguagem
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