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Tireoide: Glândula Endócrina

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Tireoide: é uma das maiores glândulas endócrinas do corpo. Ela é uma estrutura de dois lobos localizada no pescoço (em frente à traqueia) e produz hormônios, principalmente tiroxina (T4) e triiodotironina (T3), que estimulam o metabolismo e afetam o aumento e a taxa funcional de muitos outros sistemas do corpo. O iodo é um componente essencial tanto do T3 quanto do T4. A tireoide também produz o hormônio calcitonina, que possui um papel muito importante na homeostase do cálcio. 
A principal função da glândula tireoide é a produção de hormônios obipiscilianos, T3 (triiodotironina) e T4 (cetratofina). A produção destes hormônios é feita após estimulação das células pelo hormônio da hipófise TSH no receptor membranar do TSH, existente em cada célula folicular. As células intersticiais, células c, produzem calcitonina, um hormônio que leva à diminuição da concentração de cálcio no sangue (estimulando a formação óssea).
As hormonas da tirdoide são essenciais para o correto crescimento e desenvolvimento, para a multiplicação e diferenciação celular de todas as células do organismo, principalmente do sistema nervoso central, do esqueleto e das raízes dentárias. Regulam também o metabolismo basal das proteínas, dos lípidos e dos hidratos de carbono. Exercem também um efeito permissivo na ação de outras hormonas e de neurotransmissores.
A glândula tireoide também produz o hormônio calcitonina, que ajuda a regular os níveis de cálcio no sangue (calcemia). As células parafoliculares produzem calcitonina em resposta ao alto nível de cálcio no sangue. A calcitonina diminui a liberação de cálcio do osso, diminuindo a atividade dos osteoclastos, células que quebram o osso para sua remodelação. O osso é constantemente reabsorvido pelos osteoclastos e recriado pelos osteoblastos, então a calcitonina estimula a circulação do cálcio entre osso e sangue. Os efeitos da calcitonina são opostos aos do hormônio paratireóideo (PTH) produzido nas glândulas paratireóides, que é muito mais essencial para saúde que a calcitonina. Após a remoção das glândulas tireoides não é necessário repor calcitonina, porque as próprias células dos ossos também regulam a calcemia.
A tireoide é a única glândula endócrina que armazena o seu produto de excreção. As células foliculares sintetizam a partir de aminoácidos e Iodo (este é convertido a partir do íon iodeto presente no sangue que armazenam ativamente até grandes concentrações graças a um transportador membrana específico) a glicoproteína de alto peso molecular tiroglobulina que secretam dentro dos folículos numa solução aquosa viscosa, o coloide. De acordo com as necessidades (e níveis de TSH), as células foliculares captam por endocitose líquido coloide. A tireoglobulina aí presente é digerida nos lisossomas, e transformada em t3 e t4 que são libertadas no exterior do folículo para a corrente sanguínea.
A atividade das células foliculares é dependente dos níveis sanguíneos de TSH (hormônio hipofisário tirotrófico). O TSH determina a taxa de secreção de T3 e T4 e estimula o crescimento e divisão das células foliculares. Esta é secretada na glândula pituitária ou hipófise. A secreção de TSH depende de muitos fatores, um dos quais é o feedback negativo pelos hormônios tireoideianos (grandes quantidades de T3 ou T4 são sentidas pela hipófise e a secreção de TSH é diminuída, e vice-versa).
Os hormônios tiroidianos T3 e T4 (o T3 é mais potente e grande parte do T4 é convertido em T3 nos tecidos periféricos) estimulam o metabolismo celular (são hormônios anabólicos) através de estimulação das mitocôndrias. Efeitos sistêmicos importantes são maior força de contração cardíaca, maior atenção e ansiedade e outros devido maior velocidade do metabolismo dos tecidos. A sua carência traduz-se em défice mental e outros distúrbios.
Síntese de iodotironinas: 
· Transporte ativo secundário do iodeto por cotransportador Na+/I- NIS
· Canal de anios (pendrina) 
· Oxidação de iodeto e da TG
· Iodação da tireoglobulina forma diiodotirosina (DIT) e monoiodotirosina (MIT)
· Acoplamento das idotirosinas formam os hormônios T3 e T4 pela tireoperoxidase (TPO)
A síntese dos hormônios tireoidianos requer iodo ( Síntese de hormônios tireoideos.). O iodo, ingerido na alimentação e na água como iodeto, é ativamente concentrado pela tireoide e convertido em iodo orgânico (organificação) dentro das células foliculares pela peroxidase tireoidiana. As células foliculares circundam um espaço preenchido por coloide, que consiste em tireoglobulina, uma glicoproteína que contém tirosina em sua matriz. A tirosina em contato com a membrana das células foliculares é iodada em um (monoiodotirosina) ou 2 (di-iodotirosina) locais e depois acoplada para produzir 2 formas de hormônio tireoidiano (di-iodotirosina + di-iodotirosina → T4; di-iodotirosina + monoiododotirosina → T3)
Transporte plasmático de HT: 
· Livre: feedback negativo de hipotálamo e hipófise, age nos tecidos metabolizando e excretando.
· Ligado: a proteínas transportadoras por reversa hormonal 
Metabolismo hormonal: 
· Conjugação (glicuronatos e sulfatos)
· Desaminação e descarboxilação oxidativa
· Clivagem de ligação de éter 
· Desiodação 
Regulação na secreção de T3 e T4
Tanto o estresse quanto o frio estimulam a liberação de TRH (hormônio liberador de tireotrofina) pelo hipotálamo, que estimulam a liberação de TSH pela adeno-hipófise, que por sua vez, estimula a tireoide a liberar T3 e T4 que aumenta a taxa do metabolismo basal.
As hormonas da tiroide ou hormônios tireoides (tiroxina (T4) e tri-iodotironina (T3)) são hormonas produzidas pela tiroide a partir de iodo e de um aminoácido denominado tirosina. A tiroide produz maioritariamente T4. A T4 atua como pró-hormona, relativamente pouco ativa, sendo depois convertida em T3, mais ativa. A conversão de T4 em T3 ocorre nas células sob o efeito da enzima deiodinase.
Sua produção é regulada pelo hormônio tireoestimulante, mais conhecido pela sua sigla em inglês TSH liberado pela hipófise, que por sua vez é regulada pelo hormônio liberador de tireotrofina (TRH) produzido pelo hipotálamo.
Tiroxina, também chamada tetraiodotironina (T4): é composta pela união de aminoácidos iodados. A sua função é estimular o metabolismo basal das células através de vários mecanismos. Dentre eles, temos:
· Aumento do número e tamanho das mitocôndrias, o que disponibiliza mais ATP para as células
· Aumento no transporte de íons, principalmente através da bomba Na/K ATPase, o que consome ATP e, portanto, aumenta o calor liberado pelas células
· Um maior metabolismo necessita de mais energia, dessa forma há um aumento no catabolismo (degradação) de carboidratos e lipídeos, aumentando, conseqüentemente o apetite.
· Uma maior transcrição gênica leva à formação de mais enzimas, o que acelera o metabolismo e aumenta a necessidade de vitaminas (coenzimas) pelo corpo.
· Uma maior necessidade de energia leva a um maior fluxo cardíaco, freqüência cardíaca, contratilidade cardíaca e pressão arterial o que, portanto, aumenta o aporte de oxigênio para as células
· Um maior aporte de oxigênio leva a uma necessidade de melhor oxigenação do sangue, portanto ocorrerá um aumento na freqüência e profundidade das respirações
· Há um aumento da motilidade gastrointestinal
· Há uma excitação nervosa, aumentando a ansiedade e o estado de alerta
· Geralmente a secreção das glândulas endócrinas são estimuladas.
Síntese da tiroxina
A tireóide sintetiza este hormônio combinando iodo oxidado (na forma de I3):
· Monoiodotironina + Diiodotironina = Triiodotironina (T3)
· Diiodotironina + Diiodotironina = Tiroxina (T4)
Inicialmente, as células foliculares da tireoide sintetizam moléculas de tiroglobulina, que são secretadas para o coloide do folículo da tireoide. Nesse processo, partes da molécula de tireoglobulina (em específico o aminoácido tirosina) são fixadas com iodo oxidado, formando a monoiodotirosina e a diiodotirosina. Dessa maneira, a tiroxina, assim como a triiodotironina, são formadas dentro da molécula de tireoglobulina, que é armazenada na glândula.Posteriormente, essa molécula é clivada e os hormônios T3 e T4 são liberados separadamente. A clivagem ocorre através de enzimas peroxidases encontradas nos lisossomos das células tireóideas, para que haja a liberação do hormônio para a corrente sangüínea.
Tanto a síntese como a secreção dos hormônios tireóideos são reguladas pelo hormônio estimulante da tiróide, ou tireotropina (TSH), secretada pela hipófise anterior, ou adeno-hipófise. É transportada pelo sangue, formando um complexo com as proteínas do plasma (liga-se 99% às proteinas plasmáticas, principalmente a globulina tireóidea) e é degradada no fígado.
Triiodotironina (C15H12I3NO4) (T3): é uma hormona da tiroide produzida primariamente nos tecidos periféricos (fígado e músculos) a partir da tiroxina (t4) sendo também secretada em pequenas quantidades pela glândula tireóide.
A Triiodotironina circula pela corrente sanguínea esquerda e reage rapidamente aos tecidos que necessitam do hormônio vascular, sendo assim um regulador metabólico corporal e regional.
A triiodotironina e a tiroxina agem de forma catabólica e anabólica, atuando em atividades normais do metabolismo, como crescimento e desenvolvimento, especialmente no sistema nervoso central, quando o corpo está na fase infantil.
O hormônio também é um dos principais hormônios responsáveis pelo envelhecimento humano. Age em conjunto com a tiroxina, dependendo do mesmo para agir no metabolismo e qualquer atividade ou reação em geral.
T3 Reverso (rT3)
O maior metabolito da tiroxina, produzido a partir do T4 e do T3 tem pouca ou nenhuma atividade metabólica. O rT3 está frequentemente elevado em pacientes gradativamente doentes, com concentrações séricas de t3 e t4 diminuídas, hipertireoidismo e hipotireoidismo. O rT3 é util nas diferenciações provocadas por fármacos (p. ex., amiodarona) em que se encontra em níveis aumentados.
Deiodinase (ou iodeto peroxidase ou "Monodeiodinase"): é uma enzima peroxidase envolvida na ativação ou inativação de hormônio tireoidianos.
A iodotirosina deiodinase libera iodo, para reuso, a partir de tirosinas iodinadas. A iodotirosina deiodinase emprega um mononucleotídeo de flavina como cofator e pertence à superfamília das NADH oxidase/flavin redutase. A iodotironina deiodinase catalisa a liberação de iodo diretamente dos hormônios tireoidados. Elas são proteínas de membrana dependentes de seleno-cisteína com um domínio catalítico semelhante a Peroxiredoxins (Prx). As 3 isoformas, deiodinase tipo I, II e III, contribuem para a ativação e inativação do hormônio precursor T4 (tiroxina) em T3 (triiodotironina) ou rT3 (triiodotironina reversa) em células alvo. As enzimas catalizam uma eliminação redutiva do iodo (as diferentes isoformas atacam diferentes posições da tironina), oxidando a si mesmas, de forma similar a Prx, seguindo a isso uma reciclagem redutiva da enzima.
Iodotironinas desiodinases: são uma subfamília de enzimas deiodinase importantes na ativação e desativação dos hormônios tireoidianos. 
A tiroxina (T4), o precursor da 3,5,3'- triiodotironina (T3), é transformada em T 3 pela atividade de desiodase. O T3, ao se ligar a um receptor nuclear do hormônio tireoidiano, influencia a expressão de genes em praticamente todas as células de vertebrados. As iodotironina desiodinases são incomuns porque essas enzimas contêm selênio, na forma de um aminoácido raro, a selenocisteína
Activação e inactivação 
Nos tecidos, as desiodinases podem ativar ou inativar os hormônios tireoidianos:
· A ativação ocorre pela conversão do pró -hormônio tiroxina (T4) no hormônio ativo triiodotironina (T3) por meio da remoção de um átomo de iodo no anel externo.
· A inativação dos hormônios tireoidianos ocorre pela remoção de um átomo de iodo no anel interno, que converte a tiroxina em triiodotironina reversa inativa (rT3), ou que converte a triiodotironina ativa em diiodotironina (T2).
A maior parte da desiodação da tiroxina ocorre dentro das células.
A atividade da deionidase 2 pode ser regulada por ubiquitinação:
· A ligação covalente da ubiquitina inativa o D2 ao interromper a dimerização e o direciona para a degradação no proteossomo.
· A desubiquitinação, removendo a ubiquitina de D2, restaura sua atividade e evita a degradação proteossômica.
· A cascata Hedgehog atua aumentando a ubiquitinação de D2 por meio da atividade de WSB1, diminuindo a atividade de D2.
O D-propranolol inibe a tiroxina desiodase, bloqueando assim a conversão de T4 em T3 , proporcionando algum efeito terapêutico mínimo.
Selênio: grupo prostético da iodotirosina deiodinase como selenocisteína,é essencial para a determinação dos níveis de T3 circulantes. A deficiência de selênio pode levar a queda nos níveis de T3.
Hormônio estimulante da tireoide (TSH): é um hormônio que induz a maior ou menor atividade da tireoide. O TSH é liberado pela adenoipófise e age nas células produtoras dos hormônios tireoidianos, tiroxina (T4) e triiodotironina (T3).
Ação do TSH na tireoide
A glândula tiroide é constituida por folículos tireoidianos, que são preenchidos por uma substância aquosa chamada colóide que contém um complexo proteico iodado, a tireoglobulina que é produzida pelas células foliculares. Então a estimulação do TSH na tireóide vai induzir a endocitose da tireoglobulina pelas células foliculares, a tireoglobulina irá sofrer a ação de enzimas lisossomais para formar os hormônios Tiroxina (T4) e Triiodotironina (T3) que são liberados na corrente sanguínea.
Regulação do nível de hormônio da tireoide
O TSH estimula a tireoide a secretar o hormônio tiroxina (T4), que é convertido em triiodotironina (T3), o hormônio ativo que estimula o metabolismo. O hipotálamo, na base do cérebro, produz o hormônio tirotropina-estimulante (TRH), que estimula a hipófise a produzir TSH. O hipotálamo também produz somatostatina, que tem efeito oposto sobre a produção de TSH pela hipófise, inibindo a liberação deste.
A concentração dos hormônios da tiróide (T3 e T4) no sangue regula a liberação de TSH pela hipófise; este é um exemplo de retroalimentação (feedback) negativa.
Hormônio liberador de tireotrofina (TRF): é produzido pelo Hipotálamo, esse hormônio estimula a hipófise a sintetizar e liberar o hormônio estimulante da tiróide (TSH) que por sua vez estimula a tiróide a produzir T3 e T4, que sao essenciais.

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