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PROGRAMA CULTIVANDO ÁGUA BOA MENSAGEM DE APOIO P184 Palumbo, Hermes Neri. Nossas Brasileirinhas - As Abelhas nativas./Hermes Neri Palumbo. —Curitiba, 2015 69p.:il. 1. Abelhas Indígenas sem ferrão. 2. Abelhas Nativas. 3. Estudo das abelhas nativas. 4. Vida e criação das abelhas nativas. 5. Técnicas e manejo das abelhas nativas. 6. Predadores abelhas nativas. 7. Produto das abelhas nativas. 8. Aproveitamento do Mel. 9. Perspectivas da Meliponicultura no Brasil. I. Palumbo, Hermes Neri. Titulo. CDU: 638.1 Sumário Apresentação e Agradecimentos 7 1. Abelhas indígenas sem ferrão 11 2. Estudo das abelhas 12 3. Aspectos da meliponicultura no Brasil 19 4. Abelhas sem ferrão - diferenças básicas com Apis 19 5. Biologia da Apis e Meliponinae 20 6. Distribuição Geográ�ca 21 7. A vida das abelhas indígenas 22 8. A criação das abelhas indígenas 31 9. Técnicas para criar meliponídeos 35 10. Técnicas de manejo 43 11. Predadores 47 12. Os produtos das abelhas 51 13. O aproveitamento do mel 54 14. As perspectivas da meliponicultura no Brasil 60 Anexos 60 Bibliogra�a 71 9 Apresentação e Agradecimentos Hermes Neri Palumbo 10 Nossas brasileirinhas As abelhas nativas 11 1. Abelhas indígenas sem ferrão Figura 1: Mandaçaia (Melípona quadrifasciata) na lor de margaridão. 12 2. Estudo das abelhas a. Morfologia externa Figura 2: O corpo da abelha é formado por três partes. Cabeça: 13 Figura 3: Olhos da abelha. A abelha não pisca, por isso tem olhar ixo. A posição dos olhos e o número de omatídeos fazem com que enxergue simultaneamente para todos os lados. O número de omatídeos varia: • Operária - 6.300 • Rainha - 3.000 • Zangão - 13.000 A abelha possui duas antenas divididas em segmentos com cavidades olfativas, e pêlos sensitivos. Tem por função o sentido do tato, da audição e até do gosto. As cavidades olfativas são responsáveis pela percepção dos odores. Figura 4:Pedicelo 14 • • • • • Figura 5: Lingua. Tórax: 15 Figura 6: Asas com detalhes dos Hámulos | Figura 7: Perna - Detalhe da corbícula na 3ª perna Abdômen: 16 b. Morfologia interna Figura 8: Abelha - Disposição dos órgãos internos Ref.: Legenda 01 Aorta 02 Coração 03 Saco traqueal 04 Bolsa melífera 05 Vaso dorsal 06 Intestino 07 Glândulas de veneno 08 Ferrão 09 Unhas para aderir às superfícies rugosas 10 Estigmas 11 Glândios nervosos 12 Ventosas para aderir às paredes lisas 13 Esôfago 14 Aparelho bucal 15 Faringe 16 Gânglios nervosos que funcionam como cérebro 17 • • • Aparelho digestivo: Aparelho circulatório: Aparelho nervoso: Aparelho respiratório: 18 Ciclo evolutivo de algumas espécies de abelhas Espécie Ovo até adulto Apis mellifera (M. compressipes) (M. quadrifasciata) Divisão do trabalho em alguns Meliponídeos e Apis (M. quadrifasciata) (M. scutelaris) Apis mellifera 19 A longevidade varia de acordo com a espécie: • • • 3. Aspectos da meliponicultura no Brasil Meleiros: 20 4. Abelhas sem ferrão - diferenças básicas com Apis Gênero Apis Gênero Melípona 5. Biologia da Apis e Meliponinae Apis Meliponinae 21 6. Distribuição Geográ�ca Figura 9: Origem e distribuição dos Meliponídeos nos continentes 22 NOME VULGAR NOME CIENTÍFICO 1 - TRIBO MELIPONINI Melípona bicolor Melípona marginata Melípona quadrifasciata, quadrifasciata 2 - TRIBO TRIGONINI Tetragonisca angustula, angustula. Nannotrigona testaceicornis Scaptotrigona postica Scaptotrigona xanthotricha Scaptotrigona bipuntacta Trigona spinipes Oxitrigona tataíra 7. A vida das abelhas indígenas • Ninhos internos: 23 Figura 10: Ninho de Mirim (Plebeia sp) em oco de árvore. Figura 10A: Entrada de ninho de Jataí (Tetragonisca angustula) em espaço vazio de embalagem. Figura 10B: Entrada de ninho de Jataí da Terr (Paratrigona subnuda). 24 • Ninhos externos: Trigona spinipes Figura 11: Entrada do ninho de Irapuá. Figura 11A: Ninho de Irapuá construído sobre galhos. • Ninhos semi externos: (Partamona helleri) Figura 12: Na natureza. Figura 12A: Em caixa racional. 25 Arquitetura dos ninhos: Figura 13: Todos os Meliponídeos sociais tem basicamente esta estrutura em seus ninhos. A estrutura do ninho é comum as diferentes espécies, e é formada por: • Entrada: que pode se apresentar como um tubo de cera; como uma pequena saliência com um furo no centro; como um buraco com raias concêntricas de barro. Qualquer que seja o tipo de entrada, no interior do ninho existe outro tubo (túnel) que varia de tamanho e largura, e vai até a base dos discos de cria. • Discos de cria; • Potes de pólen; • Potes de mel; • Invólucro (camada de cera iníssima que cobre os discos de cria); • Batume (limite do ninho feito com própolis, barro e cera); • Cerume (mistura de cera e própolis) usado na confecção dos potes de pólen e mel; • Pilastras ou colunas; • Depósito de lixo; 26 Ciclo de Vida Postura: Como apenas uma rainha é usada na enxameação, se constitui em um verdadeiro seguro de vida, investido pelas abelhas para garantir a sua sobrevivência. Só após três a dez dias da morte ou retirada da Rainha é que as abelhas se dão conta que estão órfãs. Na tribo meliponini param de matar e expulsar rainhas virgens. Ao aceitar uma delas, esta faz o vôo nupcial e após o acasalamento com um só macho volta à colmeia. A partir de sua volta entra em processo de superalimentação, fornecido pelas operárias. As operárias constroem as células de cria abastecendo-as com pólen, mel e secreção das glândulas exócrinas até ¾ do volume das mesmas. A rainha põe os ovos sob este liquido larval e após, as operárias lacram a célula. Metamorfose: 27 Desenvolvimento da abelha nativa de ovo a adulto: Determinação do sexo: Determinação de castas: 28 Enxameação: Este conhecimento é básico para o entendimento do processo de captura de enxames e/ou multiplicação Comunicação e defesa: Bombus sp Tetragonisca angustula Plebéia mosquito T. angustula Nannotrigona testaceicornis M. quadrifaciata M. scutelaris M. compressipes M. subnitida M. bicolor 29 Defesa: Scaptotrigona postica Melipona seminigra Lestremellita limão Partamona testácea Trigona hipógea Oxytrigona tataíra Melipona quadrifasciata Partamona testácea Melipona quadrifasciata Melipona scutellaris Lestrimellita limão 30 Figura 15: Revoada em torno do “inimigo”. Pilhagem: Lestremellita limao 31 8. A criação das abelhas indígenas Diversão, ensino, pesquisa, interesse na comercialização de produtos da colmeia, atividade de polinização, preservação de espécies nativas. Critérios para a seleção de espécies a serem criadas Hábitos indesejáveis: Agressividade: Espécies pilhadoras: 32 Capacidade de polinização das diversas espécies. Número de colmeias por meliponário Importante Figura 16: Características do local ideal. 33 Importante: • • • Água disponível Umidade Temperatura ideal Proteção contra frio Necessidade de calor 34 Proteção contra os ventos Espaçamento e orientação das colmeias Figura 17: Meliponário estabelecido. Figura 17A: Meliponário em expansão 35 Tetragonisca angustula Pintura das colmeias Importante Depósito de materiais 9. Técnicas para criar meliponídeos 1. Quando se tratar de Meliponini Melipona quadrifasciata Lepeletier • • • • 2. Quando se tratar de um Trigonini Tetragonisca angustula, angustula Latreile • 36 • • realeira • 3. Materiais necessários para transferir um ninho de toco para uma caixa padrão: • • • • • • • • • • • • • • • • • Como proceder com uma colmeia de Jataí: a. b. b1. b2. b3. c. 37 Figura 18: Detalhes dos cortes em toco. d. e. f. Importante Tenha certeza de que a rainha foi transferida. 38 g. Figura19: Uso do “chupa-cabra” para aspirar abelhas. h. i. j. k. a. b. c. d. 39 e. f aumentar seu plantel anualmente. Caixa isca Como fazer: • • • • • • • • Em vez de caixa isca de madeira, podemos usar um método ainda mais simples: • • 40 Figura 20: Componentes necessários a construção da isca. Figura 20A: Corte da parte anterior da garrafa PET, junte as partes e cole com �ta crepe. • Figura 20B: Após o corte e colagem, enrolar a garrafa em lona plástica preta. Figura 20C: Enrolar e colar com �ta adesiva, deixando só o gargalo descoberto. • 41 Figura 20D: Colar a boca da garrafa com um pedaço de cera �no da espécie da abelha que se pretende capturar. • Importante Caixas racionais - Modelos Figura 21: Caixa com recheio de cepilho. | Figura 21A: Detalhe de caixa com recheio de cepilho. 42 Figura 21B Caixa didática. Figura 21C: Caixa de Eucalipto para Tubuna. (Scaptotrigona bipunctata). Figura 21D: Diferentes modelos de caixas. Lauráceas Anacardiaceae Aquifoliaceae Rutaceae 43 Espécie Altura Largura Espessura Buraco/ Entrada 2,0 10. Técnicas de manejo Importante 44 Importante • • • • Importante Importante 45 Ingredientes: • • • • • • Modo de Preparar: Importante Como ajudar no desenvolvimento de colônias fracas 46 a. b. c. 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. Revisão, Vistorias e ou Inspeções. • • • • • • • • 47 O que se deve observar • • • • Importante 48 11. Predadores Baratas Barbeiros Traças Bacillus thurigiensis Forídeos Figura 22: Moscas adultas de forídeos rondando entrada de Mandaçaia. 49 Figura 23: Larvas das moscas em ninho de meliponídeos. Por isso é recomendado muito cuidado quando da captura de novas colônias e principalmente na transferência para as caixas Importante 50 Formigas Importante Marimbondos Aranhas Ácaros Lagartixas Aves Piena caiena 51 Mamíferos Eira barbeira Abelhas ladras Lestremellita limão Figura 24: Ninho de abelha Iratim ou Limão. Figura 24A: Ataque de abelha Limão em ninho de Mirim instalada em toco original. 52 12. Os produtos das abelhas Mel Apis mellifera Figura 25: Mel de Jataí após processamento Pólen Figura 26: Potes de pólen. | Figura 26A: Pólen sem invólucro de cera. 53 Figura 26B: Pólen recém colhido. Cera Figura 27: A cera é parte constituinte do ninho. Figura 27A: Cera processada de potes, lamelas e discos de cria. Própolis 54 Figura 28: Própolis de defesa. Figura 28A: Produção abundante de geoprópolis em ninho de Mandaçaia 13. O aproveitamento do mel • • • • Importante • • • • • • • 55 Materiais necessários para a colheita e pasteurização do mel Fig. 29 - Materiais utilizados na colheita higiênica • • • • • • • • • • Colheita do mel 56 a. b. c. d. e. f. g. Figura 30: Mel colhido após transferência colônia de toco para caixa racional Figura 30A: Mel sendo colhido de melgueira madura de caixa racional. 57 Figura 30B: Mel sendo colhido de caixa racional. Processamento do mel: h. i. Figura 31: Filtro Poliéster 35G. | Figura 31A: Mel sendo �ltrado. 58 Processo de pasteurização a. b. c. Figura 32: Início da pasteurização do mel dentro de cada vidro mexa o tempo todo. Figura 32A: Mel: detalhe da pasteurização. Figura 32B: Detalhe do mel atingindo 72ºC. 59 d. e. f. g. Figura 32C: Mel após atingir 72ºC sendo duplamente �ltrado com �ltro 35 G. Figura 32D: Mel pronto para envase. h. i. j. 1. Refrigeração: 3. Maturação: Preparo para a comercialização no varejo 60 14. As perspectivas da meliponicultura no Brasil Apis Mellifera • • • • 61 Anexos Anexo I Verniz de Própolis Ingredientes: Modo de preparo: Importante 62 Anexo II Calendário de Plantas melíferas Nome Popular Família Persea americana Curcúbita máxima Luehea paniculata A.cultriformis; A.longifolia; A.decurrens Antigonum leptopus Piptadenia colubrina; P.macrocarpa L Psidium araça Lithraea brasiliensis Vernonia polyanthes Dombeya wallichii; D natalensis Áster Rhododendrum indicum Mimosa scabrella Beijo Impaciens balsamina Euphorbia pulcherrima Bignoniaceae Boldo Iboza riparia Coffea arábica Caliandra twedii; C.selloi; C.longipes. Moquinia polimorpha Verninia difusa Nectandra cuspidate 63 Clethra seabra Baccharis trimera; B. genistelloides Eugenia caryophyllata Citrus medica Heteropteris aceroides Malpigiaceae Begoniaceae Albizzia lebbeck Ilex theezans Coleos sp Euphorbia nillii Dahlia sp Eucalipto Eucalyptus alba Eucalipto Eucalyptus saligna Eucalipto Eucalyptus robusta Eucalipto Eucalyptus citrodora Eucalipto Eucalyptus rostrata Eucalipto Eucalyptus tereiticornis Eucalipto Eucalipto Eucalyptus globulus Emilia Emilia sonchifolia Eclipta alba Dephinium sp. Vicia faba Cajanus indicus 64 Helianthus annus Campomanesia aurea Eugenia brasiliensis Mikania glomerata Myrcia gradilis Crotalária sp. Inga fagifolia; I. edulis e outras Myciaria caulifolia Jasminum azoricum Oleaceae Citrus aurantium Citrus aurantifolia; C.lemon e outros Lipia urticoides Set Cordia hypoleuca Leucaena glauca Pirus malus Tithonia rotundifolia Ocimum sp Solanum americana Solanaceae 65 Impaciens sultani Byrsonima intermedia Cleome spinosa Brassica napobrassica Mesembryanthemum spectabile Prunus persica Archontophoenix cunninghamiana Bidens pilosa Cesalpinia peltophoroides Cuphea mesostyemon Sambucus australis Mimosa pudica Erytrina mulungu Tamarindus indica Citrus reticulata Commelina agrária; Tradescantia sp. Trifolium spp. Alchomea iricurana 66 Thuya occidentalis Tipuana speciosa Acácia iacerans Vermonia scorpioides Spidaceae Baccharis dracunculifolia Vedelia Wedelia paludosa Anexo III Receitas a base de mel de Meliponídeos 67 O mel de meliponídeos para uso geral Mel para queimaduras Bálsamo com mel para os olhos Infecção dos rins Resfriados Tosse Mel para feridas e queimaduras Para limpar a pele Creme facial Creme para as mãos 68 Tratamento das vias respiratórias Anexo IV 69 As principais tarefas a serem executadas nas diversas épocas do ano são: Atividades / Meses J F M A M J J A S O N D de alimento Anexo V No estado do Paraná: Lista parcial das espécies encontradas: Nome popular Plebéia droriana Plebéia emerina Plebéia remota Plebéia saiqui Plebéia nigriceps Plebéia catamarcensis Plebéia wittmanni Plebéia mosquito Plebéia sp Mourella caerulea 70 * Plebéia schwartziana quadripuntacta Nannotrigona testaceicornis Paratrigona subnuda Trigona hyalinata Scaptotrigona bipuntacta Scaptotrigona depilis Scaptotrigona postica Scaptotrigona xanthotricha Trigona spinipes Tetragonisca angustula Lestremelitta limão * Lestremelitta eherhardti Leurotrigona muelleri * Melipona bicolor Melipona marginata obscurior Melipona quadrifasciata, quadrifasciata * Melipona bicolor, bicolor Melipona bicolor schenki Melipona marginata Melipona quadrifasciata anthidioides * Melipona quinquefaciata * Oxitrigona tataira * Cephalotrigona capitata 71 Bibliogra�a 72
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