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DEPEN-Agente-Federal-de-Execucoes-Penais-2-Simulado-pos-edital-COMPLETO

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DEPEN – AGENTE FEDERAL DE EXECUÇÕES PENAIS
DEPARTAMENTO PENITENCIÁRIO NACIONAL
• Nas questões a seguir, marque, para cada uma, a única opção correta, de acordo com o respectivo comando. Para as devidas 
marcações, use a Folha de Respostas, único documento válido para a correção da sua prova.
• Em seu caderno de prova, caso haja opção(ões) constituída(s) pela estrutura Situação hipotética:... seguida de Assertiva:..., os 
dados apresentados como situação hipotética deverão ser considerados premissa(s) para o julgamento da assertiva proposta.
• Eventuais espaços livres – identificados ou não pela expressão “Espaço livre” – que constarem deste caderno de prova pode-
rão ser utilizados para rascunhos.
 � Baseado no formato de prova
 � aplicado pela banca Cebraspe
CONHECIMENTOS BÁSICOS
LÍNGUA PORTUGUESA
(MÁRCIO WESLEY)
Texto para responder aos itens de 1 a 13.
1 A pena capital chegou ao Brasil pouco depois de 
Cabral. Naquela época não existiam julgamentos: as exe-
cuções, geralmente, eram sumárias. No início do século 
16, quem recebia sentenças de morte eram principalmente 
5 índios, piratas, traficantes, hereges e invasores franceses 
– naquela época, a maioria da população podia ser encai-
xada em (pelo menos) uma dessas categorias. Ainda no 
ano de sua fundação, em 1549, Salvador foi palco de uma 
execução exemplar, ordenada pelo seu governador e fun
10 dador, Tomé de Souza. Um índio matou um português e, 
como punição, foi amarrado à boca de um canhão. Quando 
o projétil foi disparado, o condenado se despedaçou no ar, 
na frente de uma plateia composta por colonos e nativos.
 � Os colonos portugueses não estavam imunes à pena ca
15 pital, embora ter uma boa posição social ajudasse bastante. 
Nos assassinatos, por exemplo, se o acusado fosse um fidalgo, 
as Ordenações Filipinas diziam que o caso devia ser bem ana-
lisado antes de se optar pela pena de morte. Mesmo assim, 
tornaram-se comuns as execuções de “homens bons”. Ter o 
20 pescoço cortado era o principal método usado para executar 
nobres e membros da elite. Morrer na forca era algo vergo-
nhoso, destinado à ralé. Mas a violência das leis nem sempre 
era aplicada na prática. Os condenados podiam apelar ao rei 
– que, com seu “direito de graça”, muitas vezes os perdoava.
25 A partir do século 18, Portugal começou a intervir mais na 
política da colônia. O principal foco de fiscalização era Minas 
Gerais, por causa dos metais preciosos descobertos por lá. O 
crescimento da opressão levou a revoltas, quase sempre puni-
das exemplarmente. Em casos como o do mineiro Tiradentes, 
30 não bastava para as autoridades que o réu fosse enforcado 
e esquartejado. A sentença do inconfidente foi a de “morte 
para sempre”, o que significava matar também sua memória: 
derrubar sua casa, salgar o terreno para que nada mais cres-
cesse por lá e declarar infames todos os seus descendentes.
35 Se ficasse provado que o escravo tinha matado ou ferido 
gravemente seu senhor ou alguém da família dele, a única pena 
possível era a de morte. Essa rigidez decorria do medo gerado 
por uma série de revoltas escravas acontecidas entre 1807 e 
1835, cujos ápices foram a Insurreição de Carrancas, de 1833, 
40 em Minas (que acabou com o enforcamento de 12 escravos), 
e a Rebelião dos Malês, de 1835, na Bahia (que resultou no 
fuzilamento de quatro negros). Se até os últimos anos do 
Brasil Colônia os escravos foram minoria entre os executados 
em nome da lei, eles passaram a ser maioria durante o Império.
Trechos selecionados de: https://aventurasnahistoria.uol.com.
br/noticias/reportagem/historia-brasil-teve-pena-de-morte-por-
-mais-de-300-anos.phtml, com adaptações.
A respeito da tipologia, dos significados e das ideias presentes no 
texto, julgue os itens abaixo.
1 Pode-se depreender do texto que, no Brasil colonial, a maio-
ria da população estava sujeita a receber sentença de morte.
2 Infere-se do último parágrafo que a Proclamação da Indepen-
dência é marco temporal do início de uma fase com penas 
mais rigorosas para os escravos negros no Brasil.
3 Por abordar acontecimentos históricos do Brasil em torno da 
aplicação da pena de morte, o texto caracteriza-se, predomi-
nantemente, como narrativo.
4 O uso de aspas em “homens bons” (L.19) alude a pessoas que 
foram condenadas à pena de morte, mas que depois tiveram a 
inocência descoberta.
5 O pronome “os” em “os perdoava” (L.24) retoma contextual-
mente os delitos que o rei, às vezes, perdoava e, assim, livra-
va o réu da pena de morte.
Acerca dos aspectos linguísticos e das informações do texto, 
julgue os itens a seguir.
6 Os dois-pontos da linha 2 podem ser correta e coerentemente 
substituídos por vírgula seguida de “e”.
7 Alguns vocábulos do primeiro parágrafo sugerem o enforca-
mento como um espetáculo público.
8 Na linha 2, a forma verbal “existiam” pode ser corretamente 
substituída por havia, sem prejuízo semântico nem alteração 
sintática.
9 Preserva-se a correção gramatical e as informações do texto, 
caso se substitua “cujos ápices foram” (L.39) por cujo ápice foi.
https://aventurasnahistoria.uol.com.br/noticias/reportagem/historia-brasil-teve-pena-de-morte-por-mais-de-300-anos.phtml
https://aventurasnahistoria.uol.com.br/noticias/reportagem/historia-brasil-teve-pena-de-morte-por-mais-de-300-anos.phtml
https://aventurasnahistoria.uol.com.br/noticias/reportagem/historia-brasil-teve-pena-de-morte-por-mais-de-300-anos.phtml
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10 A supressão da vírgula logo antes de “de 1833” (L.39) e de 
“de 1835” (L.41) preserva a correção gramatical, mas altera 
as informações do texto.
11 A forma verbal “bastava” (L.30) apresenta textualmente um 
sujeito indeterminado.
12 O valor explicativo dos dois-pontos da linha 32 admite sua 
substituição por vírgula, sem alteração semântica do texto.
13 A locução verbal “tinha matado” (L.35) pode ser corretamen-
te substituída por matara, sem prejuízo semântico nem sintá-
tico para o período.
Julgue os itens 14 e 15 a seguir, em consonância com a 3ª edição 
do Manual de Redação da Presidência da República (MRPR) e 
com o Decreto n. 9.758, de 11/4/2019.
14 Nas correspondências oficiais, a linguagem deve manter cla-
reza e impessoalidade, além de manter opções tradicionais 
que constituem um padrão oficial de linguagem.
15 Princípios da Constituição Federal como os da publicidade 
e da impessoalidade, que norteiam a administração pública, 
orientam também atributos da comunicação oficial, a exem-
plo da clareza, concisão, formalidade e uniformidade.
ÉTICA NO SERVIÇO PÚBLICO
(KATIA LIMA/ GUSTAVO SCATOLINO)
16 Ética e cidadania são conceitos interrelacionados, mas a cida-
dania se refere ao conjunto de direitos e deveres. Quanto mais 
consciência e acesso as pessoas têm a seus deveres e direitos, 
mais éticas costumam ser.
17 Servidor público para fins de apuração de falta ética tem 
grande amplitude e alcança inclusive pessoas que estejam li-
gadas a órgãos públicos em serviços voluntários, sem receber 
remuneração.
18 Em razão da prática de atos previstos na Lei n. 12.846/2013, 
a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, por 
meio das respectivas Advocacias Públicas ou órgãos de re-
presentação judicial, ou equivalentes, e o Ministério Público, 
poderão ajuizar ação com vistas à aplicação da sanção de dis-
solução compulsória da pessoa jurídica.
RACIOCÍNIO LÓGICO 
(MARCELO LEITE)
Em um presídio, trabalham 40 agentes penitenciários: 28 do sexo 
masculino e 12 do sexo feminino. Com base no texto, julgue os 
itens a seguir: 
19 Considerando que apenas um homem e somente uma mulher 
sejam escolhidos para formarem uma equipe, a quantidade de 
equipes distintas que pode ser formada é igual a 336.
20 Caso o diretor desse presídio tivesse que escolher dois agen-
tes penitenciários, a chance de que esses dois agentes tenham 
sexo distinto é inferior a 1/2.
21 Considerando que, no presídio citado no texto, entre os 40 
agentes penitenciários, 22 são formados em direito e 24 fa-
lam inglêsfluentemente, e que seis não são formados em di-
reito nem falam inglês fluentemente, então a quantidade de 
agentes que são formados em direito, porém não falam inglês 
fluentemente, é igual a 12.
22 Em uma competição esportiva, realizada entre os agentes pe-
nitenciários, um atleta ganhou medalhas em todas as compe-
tições que disputou. A proporção entre as medalhas de ouro, 
prata e bronze conquistadas pelo atleta é 2:3:4, respectiva-
mente. Considerando que o atleta disputou 72 competições, 
então ganhou 32 medalhas de bronze.
23 O valor pago pela prestação do apartamento de Lúcia corres-
ponde a 40% do salário bruto dela. Caso o valor dessa pres-
tação seja reajustado em 10%, mas não haja aumento em seu 
salário, o valor da prestação com o reajuste corresponderá a 
50% do salário bruto de Lúcia.
24 A conclusão do argumento “Paulo será aprovado no concurso 
do Depen, pois ele é esforçado e disciplinado” é “Paulo é 
esforçado e disciplinado”.
INFORMÁTICA 
(FABRÍCIO MELO)
Sobre conhecimentos relacionados ao Windows 10, em português, 
configuração padrão, julgue o próximo item.
25 O acesso às ferramentas de Configurações pode se dar por 
meio da combinação de teclas WINDOWS + I.
Sobre Convergência de rede e noções de voz sobre IP (VOIP e 
telefonia IP), julgue o item.
26 RTP (Real-time Transport Protocol) é um protocolo de redes 
utilizado em aplicações de tempo real, como, por exemplo, 
entrega de dados áudio ponto a ponto, como Voz sobre IP.
DEPEN – AGENTE FEDERAL DE EXECUÇÕES PENAIS
Sobre conceitos relacionados a segurança da informação, backup e 
Sistemas de armazenamento em disco e sistemas de replicação de 
dados, julgue o próximo item.
27 No becape diferencial, a recuperação dos dados é mais com-
plexa que o Incremental, pois é necessário, primeiro um beca-
pe completo e depois todos os becapes diferenciais.
Sobre o Power BI, julgue o item.
28 No Power BI Desktop, você pode publicar um relatório (um 
arquivo .pbix) do seu computador local no serviço do Power 
BI. Os relatórios do Power BI também podem ir para a outra 
direção: Você pode baixar um relatório do serviço do Power 
BI para o Power BI Desktop. A extensão de um relatório do 
Power BI, em ambos os casos, é. pbix.
29 Em Banco de Dados, cada coluna formada por uma lista orde-
nada de linhas representa um registro, ou tupla. Os registros 
não precisam conter informações em todas as linhas, podendo 
assumir valores nulos quando assim se fizer necessário.
Sobre conceitos relacionados ao Microsoft Office e Libre Office, 
julgue o item.
30 Tanto no Microsoft Excel como no Libre Office Calc, a fór-
mula =MÉDIA(A1:A5) irá retornar a média aritmética do in-
tervalo de células de A1 até A5.
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
DIREITO CONSTITUCIONAL 
(ARAGONÊ FERNANDES)
Com relação às formas e sistemas de governo, julgue os itens.
31 A adoção do sistema presidencialista de governo diz respeito 
à concentração das funções de Chefe de Estado e de Chefe de 
Governo numa só figura, que pode ser o Presidente da Repú-
blica ou o Monarca.
32 Uma das características principais da forma republicana de 
governo é a responsabilidade perante o povo.
Julgue o item seguinte, relativo à segurança pública.
33 A proteção da segurança viária foi prevista pelo constituinte 
originário, sendo exercida para a preservação da ordem pú-
blica e da incolumidade das pessoas e do seu patrimônio nas 
vias públicas.
No tocante aos direitos sociais, direitos políticos, partidos polí-
ticos e direitos da nacionalidade, analise os itens que se seguem.
34 A lei que alterar o processo eleitoral entra em vigor na data de 
sua publicação, mas não se aplica à eleição que aconteça em 
até um ano da data de sua vigência.
35 Os militares que estejam em atividade há mais de dez anos 
podem se candidatar a mandato eletivo, ficando agregados 
à autoridade superior e, se eleitos, passam automaticamente 
para a inatividade no ato da posse.
36 Por trazer vulnerabilidade dos trabalhadores nas negociações 
coletivas, foi declarada a inconstitucionalidade da lei federal 
que tornou facultativo o pagamento de contribuição sindical.
Julgue o item que se segue relativo aos direitos e garantias funda-
mentais, e à sua interpretação conforme a orientação jurispruden-
cial dominante.
37 A quebra do sigilo telefônico é possível às CPIs.
38 Os direitos de terceira geração ou dimensão possuem caráter 
coletivo, metaindividual, transindividual, difusos e coletivos.
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DIREITO PENAL 
GERAL E ESPECIAL
(WALLACE)
39 Considerando as disposições do Código Penal, bem como 
o entendimento jurisprudencial dominante, julgue o item 
subsecutivo.
Considera-se legítima defesa recíproca aquela em que dois 
agentes agem em legítima defesa um contra o outro.
40 Considerando as disposições do Código Penal, bem como 
o entendimento jurisprudencial dominante, julgue o item 
subsecutivo.
Situação hipotética: Um policial, ao ser atacado por um pi-
tbull que fugira do cercado do vizinho e, percebendo que o 
ataque do animal iria retirar-lhe a vida, acaba por matá-lo. 
Assertiva: Nessa situação, pode-se afirmar que o policial agi-
ra em legítima defesa.
41 Considerando as disposições do Código Penal, bem como 
o entendimento jurisprudencial dominante, julgue o item 
subsecutivo.
A retratação do agente nos crimes de calúnia, injúria ou difa-
mação prescinde de aceite pelo ofendido.
42 Considerando as disposições do Código Penal, bem como 
o entendimento jurisprudencial dominante, julgue o item 
subsecutivo.
O delito de participação em suicídio será qualificado se o sui-
cídio se consumar.
43 Considerando as disposições do Código Penal, bem como 
o entendimento jurisprudencial dominante, julgue o item 
subsecutivo.
O delito de participação em suicídio, previsto no artigo 122 
do Código Penal, também engloba a conduta de participação 
em automutilação.
44 Considerando as disposições do Código Penal, bem como 
o entendimento jurisprudencial dominante, julgue o item 
subsecutivo.
Para aplicação do arrependimento posterior, é prescindível a 
aceitação da vítima em relação à reparação do dano ou resti-
tuição da coisa.
45 Considerando as disposições do Código Penal, bem como 
o entendimento jurisprudencial dominante, julgue o item 
subsecutivo.
A tentativa inidônea ocorre quando o agente já praticou todos 
os atos executórios, mas, mesmo assim, o delito não se consu-
ma por circunstâncias alheias à vontade do agente.
46 Considerando as disposições do Código Penal, bem como 
o entendimento jurisprudencial dominante, julgue o item 
subsecutivo.
A desistência voluntária pressupõe a voluntariedade do agen-
te em impedir o resultado após praticar atos capazes de con-
sumar o delito.
47 Considerando as disposições do Código Penal, bem como 
o entendimento jurisprudencial dominante, julgue o item 
subsecutivo.
Situação hipotética: Mário, utilizando-se de uma faca para 
ameaçar o dono de um mercadinho, subtraiu-lhe alguns itens 
alimentícios para levar ao seu filho que chorava com fome. 
Logo depois, arrependido, volta ao mercadinho e devolve 
os bens alimentícios subtraídos. Assertiva: Nessa situação, 
pode-se afirmar que é cabível a incidência do arrependimento 
posterior.
DIREITO PROCESSUAL PENAL 
(ÉRICO PALAZZO)
Súmula Vinculante 14 do STF: “É direito do defensor, no inte-
resse do representado, ter acesso amplo aos elementos de prova 
que, já documentados em procedimento investigatório realizado 
por órgão com competência de polícia judiciária, digam respeito 
ao exercício do direito de defesa”.
Sobre o tema, julgue a assertiva a seguir:
48 Com a edição da Súmula Vinculante 14 do STF, é possível 
afirmar que o inquérito policial deixou de ser sigiloso.
No dia 20/04/2019, Mateus Pereira cometeu o homicídio de Flávio 
Figueiredo por motivo fútil, uma vez que este flertou com Mariana 
Pereira, sua irmã. Logo após o crime, em eficaz investigação, a 
polícia consegue identificar Mateus Pereira como o autor do 
delito, empreende perseguição, conseguedetê-lo e apresentá-lo à 
Delegacia de Polícia.
49 Em que pese Mateus Pereira não ter sido detido durante a 
execução do crime ou quando acabara de cometê-lo, é possí-
vel afirmar que ele foi preso em flagrante delito, na modali-
dade que a doutrina denomina como flagrante impróprio ou 
imperfeito.
50 Suponha que, durante o interrogatório, Mateus Pereira, desas-
sistido por advogado, mas alertado de seu direito de perma-
necer em silêncio, confessa espontaneamente o crime. Nessa 
hipótese, é possível afirmar que a confissão fere o princípio 
no nemo tenetur se detegere.
DEPEN – AGENTE FEDERAL DE EXECUÇÕES PENAIS
51 Na hipótese de que Mateus Pereira não tivesse sido pronta-
mente detido pela polícia e fosse decretada sua prisão tempo-
rária pela autoridade judiciária, a duração dessa segregação 
cautelar teria o prazo de 30 (trinta) dias, prorrogável por igual 
período em caso de extrema e comprovada necessidade. 
52 A autoridade policial somente poderá conceder fiança nos ca-
sos de infração cuja pena privativa de liberdade máxima não 
seja superior a 4 (quatro) anos. 
53 O acordo de não persecução penal pode ser concedido quan-
do o investigado confessar a prática da infração penal e que 
esta tenha pena máxima de 4 anos.
Com relação à prisão domiciliar julgue as assertivas a seguir.
54 Poderá o juiz substituir a prisão preventiva pela domiciliar 
quando o agente for maior de 70 anos.
55 A prisão preventiva deve ser substituída pela prisão domici-
liar, se a agente for gestante, ainda que ela tenha praticado 
tráfico de drogas.
DIREITO ADMINISTRATIVO 
(RICARDO BLANCO)
56 Na teoria do risco administrativo, não se admitem as exclu-
dentes de responsabilidade.
57 Na teoria do risco administrativo, não cabe responsabilidade 
civil do Estado por ato omissivo.
58 As entidades de direito privado respondem pela teoria subje-
tiva, independentemente de ser prestadora de serviço público 
ou exploradora de atividade econômica.
59 A responsabilidade objetiva independe de dolo ou culpa, po-
rém deve ser demonstrado o nexo causal, o dano e ação do 
agente público.
60 No poder regulamentar, o chefe do executivo pode editar de-
cretos para modificar a lei.
61 No poder disciplinar, o Estado está autorizado a aplicar san-
ções nos seus agentes e nos particulares que tenham algum 
vínculo de subordinação com a administração.
62 A avocação de competência deriva do poder disciplinar.
63 O Detran aplicando uma multa a um particular que cometeu 
infração de trânsito está no exercício do poder de polícia.
DIREITOS HUMANOS 
E PARTICIPAÇÃO SOCIAL 
(THIAGO MEDEIROS)
Julgue os itens abaixo de acordo com o Decreto n. 7.037/2009.
64 O Programa Nacional dos Direitos Humanos (PNDH-3) pre-
vê pena de detenção para particulares que violarem as normas 
de direitos humanos previstas no documento.
65 O Programa Nacional dos Direitos Humanos (PNDH-3) é um 
documento dividido em eixos orientadores, diretriz, objetivos 
estratégicos e ações programáticas, sendo que uma de suas 
diretrizes prevê expressamente a garantia da igualdade na 
diversidade.
Julgue os itens abaixo de acordo com a Constituição Federal e a 
Declaração Universal dos Direitos Humanos.
66 A Constituição Federal e a Declaração Universal dos Direitos 
Humanos asseguram, expressamente, que todo ser humano 
tem direito à liberdade de locomoção e residência dentro das 
fronteiras de cada Estado.
67 A Constituição Federal e a Declaração Universal dos Direi-
tos Humanos asseguram, expressamente, a livre manifesta-
ção do pensamento sendo vedado, em ambos documentos, o 
anonimato. 
68 De acordo com as Regras de Mandela, o confinamento soli-
tário prolongado refere-se ao confinamento solitário por mais 
de 360 dias consecutivos.
69 Os procedimentos de entrada e revista para visitantes não de-
vem ser degradantes. Revistas em partes íntimas do corpo não 
devem ser utilizadas em crianças.
70 As unidades prisionais podem livremente optar por instalar 
uma biblioteca para uso de todas as categorias de presos.
71 Quando as circunstâncias permitirem, o preso deve ser au-
torizado a ir ver, sob escolta ou sozinho, o funeral de paren-
te próximo.
DEPEN – AGENTE FEDERAL DE EXECUÇÕES PENAIS
LEGISLAÇÃO ESPECIAL
(DIEGO FONTES)
72 É inviável a suspensão condicional do processo para qualquer 
dos crimes previstos na Lei n. 9.455/1997 (Lei de Tortura). 
73 O crime de tortura, na modalidade omissiva, trata-se de 
crime comum.
74 O reincidente específico em tráfico ilícito de entorpecentes 
e drogas afins poderá pleitear o livramento condicional após 
cumprir dois terços da sua pena privativa de liberdade.
75 Nos termos da Lei n. 11.343/2006, independentemente de 
autorização judicial, a autoridade policial deverá proceder 
de forma a garantir a imediata destruição da plantação – que 
poderá ser queimada –, devendo preservar apenas quantidade 
suficiente da droga para a realização de perícia.
76 Pratica crime de abuso de autoridade o agente público que 
não comunica, imediatamente, a prisão de determinada pes-
soa e o local onde se encontra à sua família ou à pessoa por 
ele indicada, pelo fato de uma forte tempestade ter danificado 
torres de comunicação telefônica e ter inviabilizado o trânsito 
de veículos dentro da cidade.
77 Comete crime de abuso de autoridade o membro do Minis-
tério Público que, com o intuito de prejudicar o investigado, 
procede à persecução penal sem justa causa fundamentada. 
78 Para a configuração do tráfico internacional de arma de fogo, 
acessório ou munição, não basta apenas a procedência estran-
geira do artefato, sendo necessária a comprovação da interna-
cionalidade da ação.
79 Nos termos da Lei n. 12.850/2013, na hipótese de não ser ce-
lebrado o acordo por iniciativa do celebrante, esse não poderá 
se valer de nenhuma das informações ou provas apresentadas 
pelo colaborador exclusivamente em seu desfavor.
80 Nos termos da Lei n. 12.850/2013, nenhuma tratativa sobre 
colaboração premiada deve ser realizada sem a presença de 
advogado constituído ou defensor público. 
CONHECIMENTOS 
COMPLEMENTARES
EXECUÇÃO PENAL
(DIEGO FONTES/ RAFAEL OLIVEIRA/ 
EDUARDO GALANTE)
81 A pena privativa de liberdade será executada em forma pro-
gressiva com a transferência para regime menos rigoroso, a 
ser determinada pelo juiz, quando, além da comprovação de 
boa conduta carcerária, o preso tiver cumprido ao menos 50% 
da pena, se o apenado for condenado pela prática de crime 
hediondo ou equiparado, se for primário.
82 A decisão do juiz que determinar a progressão de regime será 
sempre motivada e precedida de manifestação do Ministério 
Público e do defensor.
83 As faltas disciplinares no âmbito da Execução Penal classifi-
cam-se em leves, médias e graves. A legislação local especifi-
cará as médias e as graves, bem assim as respectivas sanções.
84 Poderá ser atribuído horário especial de trabalho aos presos 
designados para os serviços de conservação e manutenção do 
estabelecimento penal.
85 Segundo a jurisprudência do STJ, a prática de nova infração 
penal no curso do livramento condicional dá ensejo à confi-
guração de falta grave, devendo ser aberto Processo Admi-
nistrativo Disciplinar para sua apuração e posterior aplicação 
das consequências inerentes ao cometimento de falta grave. 
86 Nos termos da Lei de Execução Penal, o mesmo conjunto 
arquitetônico não poderá abrigar estabelecimentos penais de 
destinação diversa, ainda que devidamente isolados.
87 No Centro de Observação, realizar-se-ão os exames gerais e 
o criminológico, cujos resultados serão encaminhados ao Juiz 
da Execução.
88 Segundo a jurisprudência do STJ, é possível o cumprimento 
de pena em prisão domiciliar até que surja vaga em estabele-
cimento prisional com as condições necessárias ao adequado 
cumprimento da pena em regime aberto.
89 Incumbe ao Conselho Nacional de Política Criminal e Peni-
tenciária supervisionar os patronatos, bem como a assistência 
aos egressos
90 O STF estabeleceu o direito à saída da cela por 2 horas diá-
rias parabanho de sol como prerrogativa inafastável de todos 
aqueles que compõem o universo penitenciário brasileiro, 
DEPEN – AGENTE FEDERAL DE EXECUÇÕES PENAIS
mesmo em favor daqueles sujeitos ao regime disciplinar di-
ferenciado.
De acordo com a Portaria Interministerial MJ/SEDH n. 4.226/2010, 
julgue os itens abaixo:
91 Em toda e qualquer situação, sem exceções, deverão ser es-
timulados e priorizados técnicas e instrumentos de menor 
potencial ofensivo pelos agentes de segurança pública, de 
acordo com a especificidade da função operacional e sem se 
restringir às unidades especializadas.
92 Definem-se como armas de menor potencial ofensivo as ar-
mas projetadas e/ou empregadas, especificamente, com a fi-
nalidade de conter, debilitar ou incapacitar temporariamen-
te pessoas, preservando vidas e minimizando danos à sua 
integridade.
Nos termos do Plano Nacional de Política Criminal e Penitenciária 
(2020-2023), julgue os itens a seguir.
93 No tocante à capacitação dos atores responsáveis pela repres-
são, como exemplo pode ser citado o que tem sido histori-
camente feito no âmbito da Polícia Judiciária da União – a 
Polícia Federal brasileira, e mais recentemente na Secretaria 
Nacional de Segurança Pública (SENASP) do MJSP, com o 
advento do exitoso Programa Fortalecimento das Polícias Ju-
diciárias (PFPJ). 
94 O Programa Fortalecimento das Polícias Judiciárias estabe-
leceu eixos principais, a saber: a) Macrocriminalidade Endó-
gena; b) Crime Organizado e Narcotráfico; c) Criminalidade 
Violenta contra Mulher; d) Corrupção Política e Policial; e, e) 
Desenvolvimento Institucional e Orgânico. 
95 No âmbito internacional, pode-se citar como precursor do tra-
balho cooperativo entre as nações, aquele desenvolvido pelo 
United Nations Office on Drugs and Crime (UNODC, 2019), 
que baseia as suas ações nas convenções internacionais liga-
das ao controle de drogas, crime organizado, violência contra 
as minorias, corrupção e terrorismo.
96 Para que o operador treinado e qualificado na arte de inves-
tigar crimes tenha sucesso, necessário se faz que o órgão ao 
qual esteja vinculado, invista em: a) ambiente de trabalho 
saudável à luz da legislação trabalhista; b) equipamentos de 
ponta sintonizados com a evolução tecnológica; c) meios 
materiais eficazes como, por exemplo, viaturas modernas e 
seguras, armamento com calibres compatíveis com o grau de 
enfrentamento; e, d) recursos financeiros de rápida alocação.
97 Um grande empecilho enfrentado pelos operadores da inves-
tigação policial diz respeito à dificuldade em pesquisar e con-
firmar dados dos investigados em tempo hábil, bem como o 
compartilhamento dessas informações entre os órgãos, não 
somente os congêneres da área de segurança e justiça, mas 
também com aqueles que dão o suporte necessário nos gran-
des casos, a exemplo da Receita Federal, Conselho de Con-
trole de Atividades Financeiras (COAF), Controladoria-Geral 
da União (CGU) etc.
98 Todo o trabalho do aparelho preventivo visa a provar a exis-
tência do crime e a sua autoria para que haja a efetiva conde-
nação dos envolvidos na prática dos ilícitos. 
99 As chamadas Delegacias de Combate ao Crime Organizado 
devem ser vistas como de suma importância para o enfren-
tamento da impunidade e transformadas em Unidades Espe-
ciais, com efetivo policial devidamente treinado para que, 
mediante investigação séria e focada, cumpram os mandados 
de prisão em aberto, baseado no Banco Nacional de Manda-
dos de Prisão (CNJ, 2018a).
100 Não há como pensar em um sistema penal e penitenciário jus-
to sem que a fase de investigação penal, primeiro passo da 
persecução penal, funcione de forma célere e eficiente. 
DEPARTAMENTO PENITENCIÁRIO 
NACIONAL
(DEUSDEDY SOLANO/ DIEGO FONTES/ 
GILCIMAR RODRIGUES/ RODRIGO CARDOSO)
101 De acordo com a Lei n. 11.671/2008 e o Decreto n. 6.877/2009, 
que regulamenta a referida lei, analise a seguinte situação hi-
potética e julgue o item.
O juiz da execução penal que exerce sua jurisdição na Vara 
de Execuções Penais e Medidas Alternativas do TJDFT, após 
a fiscalização periódica na penitenciária do Distrito Federal 
e análise do prontuário de cumprimento da pena de três con-
denados, entendeu que tais presos devem ser transferidos e 
incluídos em estabelecimentos penais de segurança máxima. 
Neste caso, conforme expresso na lei de regência, é corre-
to afirmar que o juiz de origem, de ofício, poderá elaborar 
requerimento e encaminhá-lo ao juiz federal, independente-
mente de provocação por parte da autoridade administrativa, 
do Ministério Público ou do preso.
Analise as assertivas a seguir e julgue os itens de acordo com a 
Lei n. 11.671/2008 e o Decreto 6.877/2009, que regulamenta a 
referida lei.
102 O Departamento Penitenciário Nacional (Depen) tem compe-
tência para indicar o estabelecimento penal mais adequado, 
opinar sobre a pertinência da inclusão ou da transferência e 
solicitar diligências complementares, inclusive histórico cri-
minal do preso.
DEPEN – AGENTE FEDERAL DE EXECUÇÕES PENAIS
103 O processo de inclusão e de transferência, de caráter excep-
cional e temporário, terá início mediante requerimento dos 
legitimados. Constarão dos autos do processo de inclusão ou 
de transferência, além da decisão do juízo de origem sobre as 
razões da excepcional necessidade da medida os documentos 
elencados no decreto regulamentar.
Tratando-se de preso provisório, são necessários os seguintes 
documentos: cópia das decisões nos incidentes do proces-
so de execução que impliquem alteração da pena e regime 
a cumprir; prontuário (contendo, pelo menos, cópia da sen-
tença ou do acórdão, da guia de recolhimento, do atestado 
de pena a cumprir, do documento de identificação pessoal e 
do comprovante de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas 
(CPF), ou, no caso desses dois últimos, seus respectivos nú-
meros) e prontuário médico.
 
104 Conforme define a Lei n. 11.671/2008, que dispõe sobre a 
transferência e inclusão de presos em estabelecimentos pe-
nais federais de segurança máxima, é correto afirmar que as 
decisões relativas à transferência ou à prorrogação da perma-
nência do preso em estabelecimento penal federal de seguran-
ça máxima, à concessão ou à denegação de benefícios prisio-
nais ou à imposição de sanções ao preso federal poderão ser 
tomadas por órgão colegiado de juízes, na forma das normas 
de organização interna dos tribunais. 
105 Conforme descreve a Lei n. 11.671/2008 e o Decreto n. 
6.877/2009, que regulamenta a referida lei, serão incluídos 
em estabelecimentos penais federais de segurança máxima 
aqueles para quem a medida se justifique no interesse da segu-
rança pública ou do próprio preso, condenado ou provisório. 
São consideradas situações de interesse da segurança pública, 
entre outras, ter, o preso, desempenhado função de liderança ou 
participado de forma relevante em organização criminosa ou 
estar submetido ao Regime Disciplinar Diferenciado – RDD.
106 Analise a seguinte situação hipotética e julgue o item.
Carmilo foi preso em flagrante delito e, durante o inquérito, 
fez acordo de colaboração premiada auxiliando no desman-
telamento parcial da organização criminosa violenta da qual 
participava, gerando para ele uma imediata situação de risco 
atual e iminente, que ameaça sua segurança física (vida e in-
tegridade), pois já há uma “recompensa” da organização cri-
minosa para qualquer dos outros presos que conseguir atentar 
contra a vida de Carmilo. 
Nesse caso, conforme descrevem a Lei n. 11.671/2008 e o 
Decreto n. 6.877/2009, pode-se afirmar que, diante da situ-
ação de extrema necessidade, a inclusão e a transferência de 
Carmilo poderão ser realizadas sem a prévia instrução dos 
autos.
107 Considera-se como imprescindível à preservação da ordem 
pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio, para 
os fins de cooperação federativa no âmbito da segurança pú-
blica, as atividades de inteligência de Estado.
108 A cooperação federativa no âmbito da Lei n. 11.473/2007 
compreende operaçõesconjuntas, transferências de recursos 
e desenvolvimento de atividades de capacitação e qualifica-
ção de profissionais, no âmbito do Ministério da Justiça e Se-
gurança Pública.
109 Se forem insuficientes os convênios firmados entre a União e 
os entes federados para suprir a previsão do efetivo da Força 
Nacional de Segurança Pública (FNSP), e em face da necessi-
dade de excepcional interesse público, as atividades coopera-
ção federativa no âmbito do Ministério da Justiça e Seguran-
ça Pública poderão ser desempenhadas em caráter voluntário, 
entre outros, por militares e por servidores das atividades-
-meio dos órgãos de segurança pública e dos órgãos de perí-
cia criminal da União, dos Estados e do Distrito Federal que 
tenham passado para a inatividade há menos de cinco anos. 
110 Os integrantes da Secretaria Nacional de Segurança Públi-
ca, incluídos os da Força Nacional de Segurança Pública, os 
da Secretaria de Operações Integradas e os do Departamento 
Penitenciário Nacional que venham a responder a inquérito 
policial ou a processo judicial em função do seu emprego nas 
atividades e nos serviços no âmbito da cooperação federativa 
tratado na Lei n. 11.473/2007 serão representados judicial-
mente pela Procuradoria da Fazenda Nacional.
111 O servidor civil ou militar vitimado durante as atividades de 
cooperação federativa tratadas pela Lei n. 11.473/2007, bem 
como o Policial Federal, o Policial Rodoviário Federal, o Po-
licial Civil e o Policial Militar, em ação operacional conjunta 
com a Força Nacional de Segurança Pública, farão jus, no 
caso de invalidez incapacitante para o trabalho, à indenização 
no valor de R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais), e seus depen-
dentes, ao mesmo valor, no caso de morte.
112 Anualmente, será realizada a previsão do efetivo da Força 
Nacional de Segurança Pública pelo Ministério da Justiça e 
Segurança Pública.
113 A Ouvidoria Nacional dos Serviços Penais não faz parte da 
Estrutura Organizacional do Depen.
114 É competência da Assessoria de Informações Estratégicas 
monitorar e elaborar relatórios gerenciais e implementar me-
todologia para estabelecimento de indicadores. 
115 A Ouvidoria Nacional de Serviços Penais tem como compe-
tência elaborar manuais de correição e disciplina, bem como 
realizar correições e inspeções ordinárias e extraordinárias. 
DEPEN – AGENTE FEDERAL DE EXECUÇÕES PENAIS
116 Ao Serviço de Comunicação Social compete manter atualiza-
do o Portal de Comunicação próprio do Depen. 
Com fundamento na Lei n. 11.907/2009, julgue os seguintes itens.
117 O servidor integrante das carreiras da área Penitenciária 
Federal cedido a outro órgão ou entidade deixa de receber 
a GDAPEN ou a GDAPEF enquanto durar a cessão, con-
forme o caso.
118 A jornada de trabalho dos integrantes das Carreiras de Es-
pecialista em Assistência Penitenciária, Técnico de Apoio à 
Assistência Penitenciária e Agente Penitenciário Federal é de 
quarenta horas semanais. Nos casos aos quais se aplique o 
regime de trabalho por plantões, a jornada de trabalho será de 
até cento e noventa e duas horas mensais.
Com fundamento no Decreto n. 6.049/2007, julgue os itens abaixo.
119 O poder disciplinar é discricionário, logo, permite sanção 
disciplinar sem expressa e anterior previsão legal quando, 
no caso concreto, o agente tiver que intervir de maneira 
coercitiva.
120 Dependendo da infração disciplinar cometida, o diretor do esta-
belecimento penal federal poderá determinar, em ato motivado, 
como medida cautelar administrativa, o isolamento preventivo 
do preso, por período não superior a dez dias.
DEPEN – AGENTE FEDERAL DE EXECUÇÕES PENAIS
PROVA DISCURSIVA
(TEREZA CAVALCANTI)
Consciente de que muitas instalações penitenciárias existentes no mundo foram concebidas primordialmente para presos do sexo mascu-
lino, enquanto o número de presas tem aumentado significativamente ao longo dos anos, Reconhecendo que uma parcela das mulheres 
infratoras não representa risco à sociedade e, tal como ocorre com todos os infratores, seu encarceramento pode dificultar sua reinserção 
social, (...) 
7. Convida os Estados-membros a considerarem as necessidades e realidades específicas das mulheres presas ao desenvolver leis, pro-
cedimentos, políticas e planos de ação relevantes e a se inspirarem, conforme seja apropriado, nas Regras de Bangkok.
Conselho Nacional de Justiça. Regras de Bangkok: regras das Nações Unidas para o tratamento de mulheres presas e medidas 
não privativas de liberdade para mulheres infratoras. Brasília, 2016 (com adaptações).
El País: Que diferenças você observa entre um presídio masculino e um feminino? 
Drauzio Varella: A diferença fundamental é que essas mulheres todas têm filhos. É muito raro encontrar alguma sem filhos. O homem, 
quando está preso, pode até estar preocupado com os filhos dele — alguns nem aí, né?! —, mas ele sabe que tem uma mulher cuidando 
das crianças: uma irmã, uma tia, a mãe... Mas gravidez indesejada é problema para a mulher, não para os homens, porque eles simples-
mente abandonam. A mulher vai pra cadeia e perde o controle da família. Ela sabe que as crianças vão ficar desprotegidas: as pessoas 
abusam de criança com a mãe presa. E os filhos muitas vezes são espalhados. Imagina três irmãos, acostumados a ficarem juntos, e, 
quando a mãe é presa, vai cada um para um lado. Imagina a dor dessas crianças. E a mulher sabe disso, sabe que quem está causando 
isso é ela, que ela foi a responsável pela separação. Ainda que de forma involuntária, foi algo provocado pelo crime que ela cometeu.
Drauzio Varella. Entrevista. Internet: brasil.elpais.com
Considerando que os textos precedentes têm caráter unicamente motivador, redija um texto dissertativo-argumentativo a respeito do 
seguinte tema 
A REALIDADE PRISIONAL FEMININA NO BRASIL: É POSSÍVEL DEVOLVER A DIGNIDADE À MULHER PRESA 
PARA QUE ELA EXERÇA SEU PAPEL NA SOCIEDADE? 
Em seu texto, posicione-se claramente em relação à pergunta constante no tema [valor: 1,00 ponto] e aborde os seguintes aspectos: 
• O encarceramento como reparação social pelo crime cometido e oportunidade de reintegração social; [valor: 6,00 pontos] 
• O atendimento das demandas específicas das mulheres; [valor: 6,00 pontos]
• A garantia da segurança da presa nas unidades prisionais. [valor: 7,00 pontos] 
SIMULADO PREPARATÓRIO PARA CONCURSO PÚBLICO
DEPARTAMENTO PENITENCIÁRIO NACIONAL
AGENTE FEDERAL DE EXECUÇÕES PENAIS 
GABARITO
Item 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15
Gabarito C C C E E C C E C C E E E E C
Item 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30
Gabarito C C C C C E C E E C C E C E C
Item 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 41 42 43 44 45
Gabarito C C E C E E C C E E E C C C E
Item 46 47 48 49 50 51 52 53 54 55 56 57 58 59 60
Gabarito E E E C E C C E E C E E E C E
Item 61 62 63 64 65 66 67 68 69 70 71 72 73 74 75
Gabarito C E C E C E E E C E C E E E C
Item 76 77 78 79 80 81 82 83 84 85 86 87 88 89 90
Gabarito E C C E C E C E C E E E C E C
Item 91 92 93 94 95 96 97 98 99 100 101 102 103 104 105
Gabarito E C C E E C C E E C E C E C C
Item 106 107 108 109 110 111 112 113 114 115 116 117 118 119 120
Gabarito C E C E E E C E C E C C C E C
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DEPEN – AGENTE FEDERAL DE EXECUÇÕES PENAIS
CONHECIMENTOS BÁSICOS
LÍNGUA PORTUGUESA
(MÁRCIO WESLEY)
Texto para responder aos itens de 1 a 13.
1 A pena capital chegou ao Brasil pouco depois de 
Cabral. Naquela época não existiam julgamentos: as exe-
cuções, geralmente, eram sumárias. No início do século 
16, quem recebia sentenças de morte eram principalmente 
5 índios, piratas, traficantes, hereges e invasores franceses 
– naquela época, a maioria da população podia ser encai-
xada em (pelo menos) uma dessas categorias. Ainda no 
ano de sua fundação, em 1549, Salvador foi palco de uma 
execução exemplar, ordenada pelo seu governador e fun
10 dador, Tomé de Souza. Um índio matou um português e, 
como punição, foi amarrado à boca de um canhão. Quando 
o projétil foi disparado, o condenado se despedaçouno ar, 
na frente de uma plateia composta por colonos e nativos.
 � Os colonos portugueses não estavam imunes à pena ca
15 pital, embora ter uma boa posição social ajudasse bastante. 
Nos assassinatos, por exemplo, se o acusado fosse um fidalgo, 
as Ordenações Filipinas diziam que o caso devia ser bem ana-
lisado antes de se optar pela pena de morte. Mesmo assim, 
tornaram-se comuns as execuções de “homens bons”. Ter o 
20 pescoço cortado era o principal método usado para executar 
nobres e membros da elite. Morrer na forca era algo vergo-
nhoso, destinado à ralé. Mas a violência das leis nem sempre 
era aplicada na prática. Os condenados podiam apelar ao rei 
– que, com seu “direito de graça”, muitas vezes os perdoava.
25 A partir do século 18, Portugal começou a intervir mais na 
política da colônia. O principal foco de fiscalização era Minas 
Gerais, por causa dos metais preciosos descobertos por lá. O 
crescimento da opressão levou a revoltas, quase sempre puni-
das exemplarmente. Em casos como o do mineiro Tiradentes, 
30 não bastava para as autoridades que o réu fosse enforcado 
e esquartejado. A sentença do inconfidente foi a de “morte 
para sempre”, o que significava matar também sua memória: 
derrubar sua casa, salgar o terreno para que nada mais cres-
cesse por lá e declarar infames todos os seus descendentes.
35 Se ficasse provado que o escravo tinha matado ou ferido 
gravemente seu senhor ou alguém da família dele, a única pena 
possível era a de morte. Essa rigidez decorria do medo gerado 
por uma série de revoltas escravas acontecidas entre 1807 e 
1835, cujos ápices foram a Insurreição de Carrancas, de 1833, 
40 em Minas (que acabou com o enforcamento de 12 escravos), 
e a Rebelião dos Malês, de 1835, na Bahia (que resultou no 
fuzilamento de quatro negros). Se até os últimos anos do 
Brasil Colônia os escravos foram minoria entre os executados 
em nome da lei, eles passaram a ser maioria durante o Império.
Trechos selecionados de: https://aventurasnahistoria.uol.com.
br/noticias/reportagem/historia-brasil-teve-pena-de-morte-por-
-mais-de-300-anos.phtml, com adaptações.
A respeito da tipologia, dos significados e das ideias presentes no 
texto, julgue os itens abaixo.
1 Pode-se depreender do texto que, no Brasil colonial, a maio-
ria da população estava sujeita a receber sentença de morte.
Certo. 
Linhas 4 a 7.
2 Infere-se do último parágrafo que a Proclamação da Indepen-
dência é marco temporal do início de uma fase com penas 
mais rigorosas para os escravos negros no Brasil.
Certo. 
É o que se lê, sobretudo, nas últimas três linhas do texto.
3 Por abordar acontecimentos históricos do Brasil em torno da 
aplicação da pena de morte, o texto caracteriza-se, predomi-
nantemente, como narrativo.
Certo. 
Estão presentes os elementos essenciais da narração: sequência 
temporal (do descobrimento do Brasil até pouco depois da In-
dependência), espaço, ação e personagens, o que marca a pre-
dominância da narração. Além disso, a prevalência de verbos 
no pretérito perfeito e no imperfeito do indicativo, com muitos 
advérbios de lugar e de tempo, reforça a característica narrati-
va. Paralelamente, os fatos históricos são comentados e expli-
cados, o que caracteriza secundariamente trechos de dissertação 
expositiva.
4 O uso de aspas em “homens bons” (L.19) alude a pessoas que 
foram condenadas à pena de morte, mas que depois tiveram a 
inocência descoberta.
Errado.
Refere-se ironicamente aos colonos portugueses, tidos como 
fidalgos e menos suscetíveis ao rigor da pena, passíveis até de 
perdão do rei, diferentemente da maioria da população referida 
no primeiro parágrafo.
5 O pronome “os” em “os perdoava” (L.24) retoma contextual-
mente os delitos que o rei, às vezes, perdoava e, assim, livra-
va o réu da pena de morte.
Errado. 
Retoma “os condenados” (L.23). O rei, às vezes, perdoava 
os condenados. É verdade que o texto incorreu em erro nesse 
trecho: a norma de regência informa que o verbo “perdoar” é 
transitivo indireto com a pessoa e transitivo direto com a coisa 
perdodada. Sendo assim, a redação correta deveria ser “muitas 
vezes lhes perdoava” (perdoava os condenados). PORÉM, essa 
questão nõ perguntou sobre correçã gramatical, mas sim sobre 
o entendimento do texto, conforme relações lógicas de leitura 
dentro do mesmo período (linhas 23-24).
https://aventurasnahistoria.uol.com.br/noticias/reportagem/historia-brasil-teve-pena-de-morte-por-mais-de-300-anos.phtml
https://aventurasnahistoria.uol.com.br/noticias/reportagem/historia-brasil-teve-pena-de-morte-por-mais-de-300-anos.phtml
https://aventurasnahistoria.uol.com.br/noticias/reportagem/historia-brasil-teve-pena-de-morte-por-mais-de-300-anos.phtml
DEPEN – AGENTE FEDERAL DE EXECUÇÕES PENAIS
Acerca dos aspectos linguísticos e das informações do texto, 
julgue os itens a seguir.
6 Os dois-pontos da linha 2 podem ser correta e coerentemente 
substituídos por vírgula seguida de “e”.
Certo. 
Os dois-pontos ocorreram entre fatos sequenciais: o primeiro 
fato é a inexistência de julgamentos; o segundo é a forma das 
execuções. A sequência de fatos pode ser somada coerentemen-
te pela conjunção aditiva “e”. Como são orações com sujeitos 
diferentes, então cabe corretamente a vírgula antes do “e”.
7 Alguns vocábulos do primeiro parágrafo sugerem o enforca-
mento como um espetáculo público.
Certo. 
As palavras “palco” (L.8) e “plateia” (L.13) formam um campo 
semântico de espetáculo público em teatro fechado ou aberto.
8 Na linha 2, a forma verbal “existiam” pode ser corretamente 
substituída por havia, sem prejuízo semântico nem alteração 
sintática.
Errado. 
São três perguntas: (1) corretamente substituída, (2) sem preju-
ízo semântico, (3) nem alteração sintática. Resposta (1): é cor-
reto, sim, escrever havia, em 3ª pessoa singular, porque ocorre 
como verbo sem sujeito, quando no lugar de “existiam”. Res-
posta (2): é verdade que fica sem prejuízo semântico, isto é, não 
muda o sentido. Resposta (3): é falso dizer que não ocorre alte-
ração sintática. Explico: no original, a forma verbal “existiam” 
tem o sujeito “julgamentos”; na nova redação, a forma verbal 
“havia” não tem sujeito, mas, sim, objeto direto “julgamentos”; 
então, foi alterada a análise sintática. Cuidado: alteração sin-
tática não significa erro gramatical, mas somente mudança de 
análise sintática. Quando se trata de erro, chama-se “prejuízo 
sintático” ou “prejuízo gramatical”.
9 Preserva-se a correção gramatical e as informações do tex-
to, caso se substitua “cujos ápices foram” (L.39) por cujo 
ápice foi.
Certo. 
O plural em “cujos” ocorria para concordar com “ápices”. Ao 
escrever no singular ápice, deveremos escrever cujo. Em segui-
da a forma verbal “foram” passará para foi, porque seu sujeito 
é agora o singular “ápice”. Cuidado: o referente de “cujos” e de 
cujo continua sendo o trecho que ele substitui: revoltas escra-
vas. Trata-se de pronome relativo. Pronome relativo substitui 
termo anterior. O sentido pode ser traduzido como “os ápices 
das revoltas escravas” (cada revolta tem seu ápice evidenciado 
pelo plural “ápices”) ou como “o ápice das revoltas escravas” 
(cada revolta continua tendo seu ápice, agora evidenciado pela 
informação posterior, com as datas dos ápices).
10 A supressão da vírgula logo antes de “de 1833” (L.39) e de 
“de 1835” (L.41) preserva a correção gramatical, mas altera 
as informações do texto.
Certo. 
Com as vírgulas, esses trechos (“de 1833” e “de 1835”) são 
locuções adjetivas explicativas: uma qualifica “Insurreição de 
Carranca”, a outra qualifica “Rebelião dos Malês”. Sem as vír-
gulas, esses trechos são locuções adjetivas restritivas. Cuidado: 
o sentido de tempo não garante que se trata de locuções ad-
verbiais, pois não se relacionam com verbo, mas, sim, com os 
nomes das insurreições ou rebeliões. A vírgula pode ser retirada 
sem erro, mas o sentido muda e a análise sintática também. O 
sentido original é de uma única Insurreição de Carranca, que 
ocorreu em 1833, e de uma única Rebeliãodos Malês, que ocor-
reu em 1835. Sem as vírgulas retiradas pela questão, o sentido 
passa a ser de uma entre outras insurreições de Carranca em 
datas diferentes de 1833, e uma entre outras rebeliões dos Ma-
lês em datas diferentes de 1835. Com as vírgulas, esses trechos 
têm função de predicativo; sem as vírgulas, esses trechos têm 
função de adjunto adnominal.
11 A forma verbal “bastava” (L.30) apresenta textualmente um 
sujeito indeterminado.
Errado. 
O sujeito é a oração: “que o réu fosse enforcado e esquarteja-
do” (L.33). Perguntemos: O que é que não bastava? Resposta: 
que o réu fosse enforcado e esquartejado. Trata-se de sujeito 
oracional, também chamado de oração subordinada substantiva 
subjetiva.
12 O valor explicativo dos dois-pontos da linha 32 admite sua 
substituição por vírgula, sem alteração semântica do texto.
Errado. 
Os dois-pontos permitem aí distinguir o trecho posterior como 
explicação do anterior. Note que existe verbo na oração ante-
rior aos dois-pontos (matar também sua memória), e existem 
orações posteriores aos dois-pontos (derrubar sua casa, salgar o 
terreno... E declarar...). Com a troca dos dois-pontos por vírgu-
la, o leitor passa a perceber como uma única enumeração inicia-
da em “matar sua memória”, e não como enumeração original 
iniciada em “derrubar sua casa”. Isso retira o caráter explicativo 
original e passa ao caráter de simples enumeração.
13 A locução verbal “tinha matado” (L.35) pode ser corretamen-
te substituída por matara, sem prejuízo semântico nem sintá-
tico para o período.
Errado. 
O sentido e o tempo verbal são os mesmos (pretérito mais-que-
-perfeito simples “matara” e pretérito mais-que-perfeito com-
posto “tinha matado”). Porém, haverá prejuízo sintático (erro 
gramatical) para o período. Note que estava escrito “tinha mata-
do ou ferido”. Ao escrever “matara”, será preciso substituir “fe-
DEPEN – AGENTE FEDERAL DE EXECUÇÕES PENAIS
rido” por “ferira”. Explico: havia originalmente duas locuções 
verbais: tinha matado, tinha ferido (na segunda locução, estava 
subentendido “tinha”). Se escrevêssemos “matara ou ferido”, 
ficaria evidente o erro. Correção: matara ou ferira. 
Julgue os itens 14 e 15 a seguir, em consonância com a 3ª edição 
do Manual de Redação da Presidência da República (MRPR) e 
com o Decreto n. 9.758, de 11/4/2019.
14 Nas correspondências oficiais, a linguagem deve manter cla-
reza e impessoalidade, além de manter opções tradicionais 
que constituem um padrão oficial de linguagem.
Errado. 
Segundo o MRPR, a linguagem deve ser clara e impessoal. Po-
rém, não fica presa a opções tradicionais e não existe um padrão 
oficial de linguagem. O que existe é o uso da língua portuguesa 
em seu padrão gramatical culto – não se trata de um padrão de 
linguagem oficial do serviço público. Além disso, a redação ofi-
cial não é contrária à evolução da língua, mas apenas impõe cer-
tos parâmetros ao uso que se faz da língua, de maneira diversa 
daqueles da literatura, do texto jornalístico, da correspondência 
particular etc.
15 Princípios da Constituição Federal como os da publicidade 
e da impessoalidade, que norteiam a administração pública, 
orientam também atributos da comunicação oficial, a exem-
plo da clareza, concisão, formalidade e uniformidade.
Certo. 
O artigo 37 da Constituição Federal estabelece, entre outros, 
os princípios da publicidade e da impessoalidade para a admi-
nistração pública. Esses princípios aplicam-se também a toda 
comunicação oficial. Assim, o caráter público e impessoal da 
comunicação oficial exige linguagem clara e concisa, além de 
texto formal com uniformidade de tratamento e de formatação. 
ÉTICA NO SERVIÇO PÚBLICO
(KATIA LIMA/ GUSTAVO SCATOLINO)
16 Ética e cidadania são conceitos interrelacionados, mas a cida-
dania se refere ao conjunto de direitos e deveres. Quanto mais 
consciência e acesso as pessoas têm a seus deveres e direitos, 
mais éticas costumam ser.
Certo. 
Ética e cidadania são conceitos interrelacionados e cidadania 
se refere ao conjunto de direitos e deveres das pessoas. Quanto 
mais acesso a direitos e consciência de deveres, mais ético um 
país tende a ser. 
17 Servidor público para fins de apuração de falta ética tem 
grande amplitude e alcança inclusive pessoas que estejam li-
gadas a órgãos públicos em serviços voluntários, sem receber 
remuneração.
Certo. 
Está previsto no capítulo 2 do Código de Ética.
18 Em razão da prática de atos previstos na Lei n. 12.846/2013, 
a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, por 
meio das respectivas Advocacias Públicas ou órgãos de re-
presentação judicial, ou equivalentes, e o Ministério Público, 
poderão ajuizar ação com vistas à aplicação da sanção de dis-
solução compulsória da pessoa jurídica.
Certo.
Fundamento:
Art. 19. Em razão da prática de atos previstos no art. 5º desta 
Lei, a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, por 
meio das respectivas Advocacias Públicas ou órgãos de repre-
sentação judicial, ou equivalentes, e o Ministério Público, po-
derão ajuizar ação com vistas à aplicação das seguintes sanções 
às pessoas jurídicas infratoras:
I – perdimento dos bens, direitos ou valores que representem 
vantagem ou proveito direta ou indiretamente obtidos da infra-
ção, ressalvado o direito do lesado ou de terceiro de boa-fé;
II – suspensão ou interdição parcial de suas atividades;
III – dissolução compulsória da pessoa jurídica;
IV – proibição de receber incentivos, subsídios, subvenções, 
doações ou empréstimos de órgãos ou entidades públicas e de 
instituições financeiras públicas ou controladas pelo poder pú-
blico, pelo prazo mínimo de 1 (um) e máximo de 5 (cinco) anos.
RACIOCÍNIO LÓGICO 
(MARCELO LEITE)
Em um presídio, trabalham 40 agentes penitenciários: 28 do sexo 
masculino e 12 do sexo feminino. Com base no texto, julgue os 
itens a seguir: 
19 Considerando que apenas um homem e somente uma mulher 
sejam escolhidos para formarem uma equipe, a quantidade de 
equipes distintas que pode ser formada é igual a 336.
Certo.
O total de equipes que podem ser formadas será dada por:
1 homem e 1 mulher = 28 possibilidades x 12 possibili-
dades = 336.
20 Caso o diretor desse presídio tivesse que escolher dois agen-
tes penitenciários, a chance de que esses dois agentes tenham 
sexo distinto é inferior a 1/2.
Certo.
De acordo com o texto, são 40 agentes penitenciários. Desses, 
28 são homens e 12 são mulheres. Como o item quer a chance 
de que esses dois agentes escolhidos sejam de sexo distinto, ou 
seja, 1º homem e 2º mulher ou 1º mulher e 2º homem.
P(1º homem e 2º mulher ou 1º mulher e 2º homem) = 
DEPEN – AGENTE FEDERAL DE EXECUÇÕES PENAIS
 
21 Considerando que, no presídio citado no texto, entre os 40 
agentes penitenciários, 22 são formados em direito e 24 fa-
lam inglês fluentemente, e que seis não são formados em di-
reito nem falam inglês fluentemente, então a quantidade de 
agentes que são formados em direito, porém não falam inglês 
fluentemente, é igual a 12.
Errado.
22 – x + x + 24 – x + 6 = 40
52 – x = 40
52 – 40 = x
12 = x
Então, a quantidade de agentes penitenciários com formação 
em direito e que não falam inglês fluentemente é igual a 10.
22 Em uma competição esportiva, realizada entre os agentes pe-
nitenciários, um atleta ganhou medalhas em todas as compe-
tições que disputou. A proporção entre as medalhas de ouro, 
prata e bronze conquistadas pelo atleta é 2:3:4, respectiva-
mente. Considerando que o atleta disputou 72 competições, 
então ganhou 32 medalhas de bronze.
Certo.
De acordo com o texto, a proporção entre as quantidades de me-
dalhas de ouro, prata e bronze é 2:3:4 respectivamente, isto é:
Medalhas de ouro (MO) será igual a 2 partes do total 
de medalhas.
Medalhas de prata (MP) será igual a 3 partes do total 
de medalhas.
Medalhas de bronze (MB) será igual a 4 partes do total 
de medalhas.
Assim, teremos:
MO + MP + MB = 72
2P + 3P + 4P = 72
9P = 72
P = 8
Como o examinador quer saber a quantidade de medalhas de 
bronze, então:
MB = 4.P =4.8 = 32 medalhas de bronze.
23 O valor pago pela prestação do apartamento de Lúcia corres-
ponde a 40% do salário bruto dela. Caso o valor dessa pres-
tação seja reajustado em 10%, mas não haja aumento em seu 
salário, o valor da prestação com o reajuste corresponderá a 
50% do salário bruto de Lúcia.
Errado.
O aumento da prestação corresponderá a 10% de 40% = 
 4%, assim o novo valor da prestação corres-
ponderá a 40% + 4% = 44% do salário bruto de Lúcia.
24 A conclusão do argumento “Paulo será aprovado no concurso 
do Depen, pois ele é esforçado e disciplinado” é “Paulo é 
esforçado e disciplinado”.
Errado.
O “pois” apresentado no argumento é EXPLICATIVO, isto é, 
representa o SE. No argumento o “pois” explicativo é indicati-
vo de premissas. Assim, tudo que está após o “pois” representa 
as premissas, e o que está antes é a conclusão. Logo, teremos:
Premissas: Paulo é esforçado e disciplinado.
Conclusão: Paulo será aprovado no concurso do Depen.
INFORMÁTICA 
(FABRÍCIO MELO)
Sobre conhecimentos relacionados ao Windows 10, em português, 
configuração padrão, julgue o próximo item.
25 O acesso às ferramentas de Configurações pode se dar por 
meio da combinação de teclas WINDOWS + I.
Certo.
Configurações é um ambiente novo, lançado a partir do Windo-
ws 8, que deverá futuramente substituir o Painel de Controle.
Sobre Convergência de rede e noções de voz sobre IP (VOIP e 
telefonia IP), julgue o item.
26 RTP (Real-time Transport Protocol) é um protocolo de redes 
utilizado em aplicações de tempo real, como, por exemplo, 
entrega de dados áudio ponto a ponto, como Voz sobre IP.
Certo.
O protocolo RTP está presente na camada de transporte (cama-
da 4) e é destinado a aplicações de tempo real.
DEPEN – AGENTE FEDERAL DE EXECUÇÕES PENAIS
Sobre conceitos relacionados a segurança da informação, backup e 
Sistemas de armazenamento em disco e sistemas de replicação de 
dados, julgue o próximo item.
27 No becape diferencial, a recuperação dos dados é mais com-
plexa que o Incremental, pois é necessário, primeiro um beca-
pe completo e depois todos os becapes diferenciais.
Errado.
Características do becape Incremental.
Sobre o Power BI, julgue o item.
28 No Power BI Desktop, você pode publicar um relatório (um 
arquivo .pbix) do seu computador local no serviço do Power 
BI. Os relatórios do Power BI também podem ir para a outra 
direção: Você pode baixar um relatório do serviço do Power 
BI para o Power BI Desktop. A extensão de um relatório do 
Power BI, em ambos os casos, é. pbix.
Certo.
De acordo com a própria desenvolvedora, Microsoft.
29 Em Banco de Dados, cada coluna formada por uma lista orde-
nada de linhas representa um registro, ou tupla. Os registros 
não precisam conter informações em todas as linhas, podendo 
assumir valores nulos quando assim se fizer necessário.
Errado.
Cada linha formada por uma lista ordenada de colunas repre-
senta um registro, ou tupla. Os registros não precisam conter 
informações em todas as colunas, podendo assumir valores nu-
los quando assim se fizer necessário.
Sobre conceitos relacionados ao Microsoft Office e Libre Office, 
julgue o item.
30 Tanto no Microsoft Excel como no Libre Office Calc, a fór-
mula =MÉDIA(A1:A5) irá retornar a média aritmética do in-
tervalo de células de A1 até A5.
Certo.
O uso do sinal de dois-pontos “:” representa intervalo nas fun-
ções tanto do Excel como do Calc.
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
DIREITO CONSTITUCIONAL 
(ARAGONÊ FERNANDES)
Com relação às formas e sistemas de governo, julgue os itens.
31 A adoção do sistema presidencialista de governo diz respeito 
à concentração das funções de Chefe de Estado e de Chefe de 
Governo numa só figura, que pode ser o Presidente da Repú-
blica ou o Monarca.
Certo.
De fato, é possível o cruzamento dos conceitos de forma e de 
sistema de governo, de modo a termos as combinações: repúbli-
ca presidencialista; república parlamentarista; monarquia presi-
dencialista; e monarquia parlamentarista. No presidencialismo, 
adotado por nós desde 1963, as funções de Chefe de Estado e de 
Chefe de Governo estão reunidas em uma figura.
32 Uma das características principais da forma republicana de 
governo é a responsabilidade perante o povo.
Certo.
A palavra república vem de res publica, ou seja, coisa pública. 
O governante está sujeito a responder por crime comum e por 
crime de responsabilidade.
Julgue o item seguinte, relativo à segurança pública.
33 A proteção da segurança viária foi prevista pelo constituinte 
originário, sendo exercida para a preservação da ordem pú-
blica e da incolumidade das pessoas e do seu patrimônio nas 
vias públicas.
Errado.
A segurança viária foi introduzida pela EC n. 82/2014, e não 
pelo constituinte originário.
No tocante aos direitos sociais, direitos políticos, partidos polí-
ticos e direitos da nacionalidade, analise os itens que se seguem.
34 A lei que alterar o processo eleitoral entra em vigor na data de 
sua publicação, mas não se aplica à eleição que aconteça em 
até um ano da data de sua vigência.
Certo.
Esse é o princípio da anterioridade eleitoral, previsto no artigo 
16 da CF. Lembre-se de que a expressão “a lei” deve ser enten-
dida como “a norma”, o que abrange emendas à Constituição e 
as outras espécies normativas.
DEPEN – AGENTE FEDERAL DE EXECUÇÕES PENAIS
35 Os militares que estejam em atividade há mais de dez anos 
podem se candidatar a mandato eletivo, ficando agregados 
à autoridade superior e, se eleitos, passam automaticamente 
para a inatividade no ato da posse.
Errado.
O item estava indo bem, mas no fim trocou as bolas. O militar 
com mais de dez anos, se eleito, vai para a inatividade no ato da 
diplomação, e não na posse.
36 Por trazer vulnerabilidade dos trabalhadores nas negociações 
coletivas, foi declarada a inconstitucionalidade da lei federal 
que tornou facultativo o pagamento de contribuição sindical.
Errado.
A contribuição federativa, paga pelos trabalhadores filiados ao 
sindicato, sempre foi facultativa. Por outro lado, a contribuição 
sindical era obrigatória e se tornou facultativa com a Reforma 
Trabalhista do ano de 2017. A um questionamento sobre o fim 
da cobrança, o STF confirmou a constitucionalidade da lei, con-
firmando o fim da obrigatoriedade. Agora, caso o trabalhador 
queira pagar a contribuição sindical, ele precisará ir ao sindica-
to e manifestar o seu desejo.
Julgue o item que se segue relativo aos direitos e garantias funda-
mentais, e à sua interpretação conforme a orientação jurispruden-
cial dominante.
37 A quebra do sigilo telefônico é possível às CPIs.
Certo.
Sigilo telefônico é o mesmo que sigilo dos dados telefônicos. 
Sigilo de dados fiscais, telefônicos e bancários pode ser afasta-
do por CPI. Por outro lado, as comissões não podem quebrar o 
sigilo das comunicações telefônicas (escuta, grampo, intercep-
tação). Isso porque esse sigilo é coberto pela cláusula de reserva 
de jurisdição.
38 Os direitos de terceira geração ou dimensão possuem caráter 
coletivo, metaindividual, transindividual, difusos e coletivos.
Certo.
Meio ambiente, direito do consumidor, preocupações com apo-
sentadoria ou água potável são encarados dentro da ideia da 
fraternidade/solidariedade, típicos de direito de terceira geração 
ou dimensão.
DIREITO PENAL 
GERAL E ESPECIAL
(WALLACE)
39 Considerando as disposições do Código Penal, bem como 
o entendimento jurisprudencial dominante, julgue o item 
subsecutivo.
Considera-se legítima defesa recíproca aquela em que dois 
agentes agem em legítima defesa um contra o outro.
Errado.
Essa situação, incabível juridicamente, trata-se da legítima de-
fesa recíproca. A legítima defesa sucessiva se trata da situação 
em que a vítima, ao agir em legítima defesa, se excede e passa 
a ser agressor, e o agressor inicial, vítima do excesso, age em 
legítima defesa contra o excesso.
40 Considerando as disposições do Código Penal, bem como 
o entendimento jurisprudencial dominante, julgue o item 
subsecutivo.
Situação hipotética: Um policial, ao ser atacadopor um pi-
tbull que fugira do cercado do vizinho e, percebendo que o 
ataque do animal iria retirar-lhe a vida, acaba por matá-lo. 
Assertiva: Nessa situação, pode-se afirmar que o policial agi-
ra em legítima defesa.
Errado.
A situação se trata de estado de necessidade, e não de legítima 
defesa. Seria legítima defesa se o animal estivesse sendo esti-
mulado por seu dono.
41 Considerando as disposições do Código Penal, bem como 
o entendimento jurisprudencial dominante, julgue o item 
subsecutivo.
A retratação do agente nos crimes de calúnia, injúria ou difa-
mação prescinde de aceite pelo ofendido.
Errado.
Embora não se exija o aceite para a retratação nos crimes contra 
a honra, não é cabível a retratação no crime de injúria.
42 Considerando as disposições do Código Penal, bem como 
o entendimento jurisprudencial dominante, julgue o item 
subsecutivo.
O delito de participação em suicídio será qualificado se o sui-
cídio se consumar.
DEPEN – AGENTE FEDERAL DE EXECUÇÕES PENAIS
Certo.
Conforme artigo 122, § 2º, do Código Penal, as penas da parti-
cipação em suicídio serão de reclusão de 2 a 6 anos se o suicídio 
se consumar (qualificadora).
43 Considerando as disposições do Código Penal, bem como 
o entendimento jurisprudencial dominante, julgue o item 
subsecutivo.
O delito de participação em suicídio, previsto no artigo 122 
do Código Penal, também engloba a conduta de participação 
em automutilação.
Certo.
Com a redação dada pela Lei n. 13.968/2019, o artigo 122 do 
Código Penal passou a prever a seguinte conduta: “induzir ou 
instigar alguém a suicidar-se ou a praticar automutilação ou 
prestar-lhe auxílio material para que o faça”.
44 Considerando as disposições do Código Penal, bem como 
o entendimento jurisprudencial dominante, julgue o item 
subsecutivo.
Para aplicação do arrependimento posterior, é prescindível a 
aceitação da vítima em relação à reparação do dano ou resti-
tuição da coisa.
Certo.
Para aplicação do instituto do arrependimento posterior, não é 
necessário, ou seja, é prescindível a aceitação da vítima.
45 Considerando as disposições do Código Penal, bem como 
o entendimento jurisprudencial dominante, julgue o item 
subsecutivo.
A tentativa inidônea ocorre quando o agente já praticou todos 
os atos executórios, mas, mesmo assim, o delito não se consu-
ma por circunstâncias alheias à vontade do agente.
Errado.
O conceito trazido na questão é de tentativa perfeita ou acaba-
da, e não de tentativa inidônea (crime impossível).
46 Considerando as disposições do Código Penal, bem como 
o entendimento jurisprudencial dominante, julgue o item 
subsecutivo.
A desistência voluntária pressupõe a voluntariedade do agen-
te em impedir o resultado após praticar atos capazes de con-
sumar o delito.
Errado.
A realização voluntária de atos para impedir o resultado, após a 
prática de atos capazes de consumar o delito, é denominada de 
arrependimento eficaz, e não desistência voluntária.
47 Considerando as disposições do Código Penal, bem como 
o entendimento jurisprudencial dominante, julgue o item 
subsecutivo.
Situação hipotética: Mário, utilizando-se de uma faca para 
ameaçar o dono de um mercadinho, subtraiu-lhe alguns itens 
alimentícios para levar ao seu filho que chorava com fome. 
Logo depois, arrependido, volta ao mercadinho e devolve 
os bens alimentícios subtraídos. Assertiva: Nessa situação, 
pode-se afirmar que é cabível a incidência do arrependimento 
posterior.
Errado.
O arrependimento posterior não é cabível nos crimes com vi-
olência ou grave ameaça.
DIREITO PROCESSUAL PENAL 
(ÉRICO PALAZZO)
Súmula Vinculante 14 do STF: “É direito do defensor, no inte-
resse do representado, ter acesso amplo aos elementos de prova 
que, já documentados em procedimento investigatório realizado 
por órgão com competência de polícia judiciária, digam respeito 
ao exercício do direito de defesa”.
Sobre o tema, julgue a assertiva a seguir:
48 Com a edição da Súmula Vinculante 14 do STF, é possível 
afirmar que o inquérito policial deixou de ser sigiloso.
Errado.
A doutrina entende que o inquérito policial não perdeu a carac-
terística do sigilo, a qual será aplicável ao inquérito policial, 
a depender da diligência investigatória realizada. Assim, pro-
cedimentos que exigem sigilo só devem ser disponibilizados e 
documentados no inquérito policial após sua realização. Como 
exemplo, temos a interceptação telefônica e a busca e apreen-
são, as quais, por sua natureza, exigem o sigilo até serem finali-
zadas. Vide, ainda, artigo 20 do CPP.
No dia 20/04/2019, Mateus Pereira cometeu o homicídio de Flávio 
Figueiredo por motivo fútil, uma vez que este flertou com Mariana 
Pereira, sua irmã. Logo após o crime, em eficaz investigação, a 
polícia consegue identificar Mateus Pereira como o autor do 
delito, empreende perseguição, consegue detê-lo e apresentá-lo à 
Delegacia de Polícia.
49 Em que pese Mateus Pereira não ter sido detido durante a 
execução do crime ou quando acabara de cometê-lo, é possí-
vel afirmar que ele foi preso em flagrante delito, na modali-
dade que a doutrina denomina como flagrante impróprio ou 
imperfeito.
DEPEN – AGENTE FEDERAL DE EXECUÇÕES PENAIS
Certo.
Trata-se da hipótese do artigo 302, III, CPP: “Considera-se em 
flagrante delito quem é perseguido, logo após, pela autoridade, 
pelo ofendido ou por qualquer pessoa, em situação que faça 
presumir ser autor da infração”.
50 Suponha que, durante o interrogatório, Mateus Pereira, desas-
sistido por advogado, mas alertado de seu direito de perma-
necer em silêncio, confessa espontaneamente o crime. Nessa 
hipótese, é possível afirmar que a confissão fere o princípio 
no nemo tenetur se detegere.
Errado.
O princípio do nemo tenetur se detegere estabelece que o inves-
tigado (ou indiciado, ou réu) não é obrigado a produzir prova 
contra si mesmo, de forma que ele tem o direito de permane-
cer em silêncio durante o interrogatório e de não se incriminar. 
Entretanto, a confissão espontânea é, também, um direito do 
investigado. Não há qualquer desrespeito ao princípio do nemo 
tenetur se detegere.
51 Na hipótese de que Mateus Pereira não tivesse sido pronta-
mente detido pela polícia e fosse decretada sua prisão tempo-
rária pela autoridade judiciária, a duração dessa segregação 
cautelar teria o prazo de 30 (trinta) dias, prorrogável por igual 
período em caso de extrema e comprovada necessidade. 
Certo. 
As hipóteses de prisão temporária estão dispostas na Lei n. 
7.960/1989. Ademais, a Lei n. 8.072/1990, art. 2º, § 4º, deter-
mina que o prazo de prisão temporária dos crimes hediondos 
será de 30 dias, prorrogável por igual período. O homicídio 
qualificado pelo motivo fútil é uma hipótese de crime hediondo.
52 A autoridade policial somente poderá conceder fiança nos ca-
sos de infração cuja pena privativa de liberdade máxima não 
seja superior a 4 (quatro) anos. 
Certo. 
Trata-se do exato teor do art. 322 do CPP.
53 O acordo de não persecução penal pode ser concedido quan-
do o investigado confessar a prática da infração penal e quan-
do esta tiver pena máxima de 4 anos.
Errado.
O acordo de não persecução penal, previsto no art. 28-A do CPP, 
se aplica às infrações penais que não envolvam violência ou 
grave ameaça e que tenham PENA MÍNIMA inferior a 4 anos.
Com relação à prisão domiciliar julgue as assertivas a seguir.
54 Poderá o juiz substituir a prisão preventiva pela domiciliar 
quando o agente for maior de 70 anos.
Errado.
Vide art. 318, I, CPP, o qual exige que o agente seja maior 
de 80 anos.
55 A prisão preventiva deve ser substituída pela prisão domici-
liar, se a agente for gestante, ainda que ela tenha praticado 
tráfico de drogas.
Certo.
O art. 318-A do CPP determina a substituição da prisão preven-
tiva pela domiciliar quando a mulher for gestante. Essa substi-
tuição não é obrigatória caso a gestante tenha praticado crime 
que envolva violência ou grave ameaça a pessoa ou se ela tiver 
cometido crime contra seu filho ou dependente. O delito de trá-
fico de drogasnão entra em qualquer dessas hipóteses, deven-
do, portanto, ser concedida a prisão domiciliar a essa gestante.
DIREITO ADMINISTRATIVO 
(RICARDO BLANCO)
56 Na teoria do risco administrativo, não se admitem as exclu-
dentes de responsabilidade.
Errado.
Por essa teoria, o Estado pode alegar culpa exclusiva da vítima, 
motivo de força maior e caso fortuito como excludente de res-
ponsabilidade.
57 Na teoria do risco administrativo, não cabe responsabilidade 
civil do Estado por ato omissivo.
Errado.
Admite-se essa responsabilidade, porém se adota a teoria 
subjetiva.
58 As entidades de direito privado respondem pela teoria subje-
tiva, independentemente de ser prestadora de serviço público 
ou exploradora de atividade econômica.
Errado.
As prestadoras de serviço público respondem pela teoria obje-
tiva e as exploradoras de atividade econômica respondem pela 
a teoria subjetiva.
59 A responsabilidade objetiva independe de dolo ou culpa, po-
rém deve ser demonstrado o nexo causal, o dano e ação do 
agente público.
Certo.
Para se caracterizar a responsabilidade objetiva, deve existir o 
nexo, o dano e a ação ou ato comissivo do agente, tendo em 
vista que ela independe de dolo ou culpa.
DEPEN – AGENTE FEDERAL DE EXECUÇÕES PENAIS
60 No poder regulamentar, o chefe do executivo pode editar de-
cretos para modificar a lei.
Errado.
O decreto editado pelo chefe do executivo deve complementar 
e nunca alterar uma lei.
Art. 84 da CF. Compete privativamente ao Presidente da 
República:
IV – sancionar, promulgar e fazer publicar as leis, bem como 
expedir decretos e regulamentos para sua fiel execução.
61 No poder disciplinar, o Estado está autorizado a aplicar san-
ções nos seus agentes e nos particulares que tenham algum 
vínculo de subordinação com a administração.
Certo.
Para ter disciplina, deve existir subordinação com a administração.
62 A avocação de competência deriva do poder disciplinar.
Errado.
Deriva do poder hierárquico, segundo o qual o superior 
pode avocar competência do subordinado (art. 15 da Lei n. 
9.784/1999).
63 O Detran aplicando uma multa a um particular que cometeu 
infração de trânsito está no exercício do poder de polícia.
Certo.
A penalidade aplicada sem subordinação é poder de polícia 
e a penalidade aplicada na relação de subordinação é poder 
disciplinar.
DIREITOS HUMANOS 
E PARTICIPAÇÃO SOCIAL 
(THIAGO MEDEIROS)
Julgue os itens abaixo de acordo com o Decreto n. 7.037/2009.
64 O Programa Nacional dos Direitos Humanos (PNDH-3) pre-
vê pena de detenção para particulares que violarem as normas 
de direitos humanos previstas no documento.
Errado. 
O Decreto n. 7.037/2009 não possui natureza jurídica de nor-
ma penal incriminadora. Não há nenhuma previsão de pena no 
documento.
65 O Programa Nacional dos Direitos Humanos (PNDH-3) é um 
documento dividido em eixos orientadores, diretriz, objetivos 
estratégicos e ações programáticas, sendo que uma de suas 
diretrizes prevê expressamente a garantia da igualdade na 
diversidade.
Certo. 
É o teor da diretriz 10 “Garantia da igualdade na diversidade” 
do eixo orientador n. 3 “Universalizar direitos em um contexto 
de desigualdades”.
Julgue os itens abaixo de acordo com a Constituição Federal e a 
Declaração Universal dos Direitos Humanos.
66 A Constituição Federal e a Declaração Universal dos Direitos 
Humanos asseguram, expressamente, que todo ser humano 
tem direito à liberdade de locomoção e residência dentro das 
fronteiras de cada Estado.
Errado. 
A DUDH prevê no art. XIII o direito a locomoção e residência 
dentro das fronteiras de cada Estado, porém, na CF, não consta 
nenhuma previsão expressa acerca do direito de residência.
67 A Constituição Federal e a Declaração Universal dos Direi-
tos Humanos asseguram, expressamente, a livre manifesta-
ção do pensamento sendo vedado, em ambos documentos, o 
anonimato. 
Errado. 
A CF prevê no art. 5º, IV, a livre manifestação do pensamento, 
sendo vedado o anonimato. Porém, na DUHD, não consta ne-
nhuma previsão acerca da limitação da opinião, expressão ou 
pensamento pelo anonimato.
68 De acordo com as Regras de Mandela, o confinamento soli-
tário prolongado refere-se ao confinamento solitário por mais 
de 360 dias consecutivos.
Errado.
De acordo com a Regra 44: […] o confinamento solitário refe-
re-se ao confinamento do preso por 22 horas ou mais, por dia, 
sem contato humano significativo. O confinamento solitário 
prolongado refere-se ao confinamento solitário por mais de 15 
dias consecutivos.
69 Os procedimentos de entrada e revista para visitantes não de-
vem ser degradantes. Revistas em partes íntimas do corpo não 
devem ser utilizadas em crianças.
Certo. 
De acordo com a Regra 60.2: Os procedimentos de entrada e 
revista para visitantes não devem ser degradantes […]. Revistas 
em partes íntimas do corpo devem ser evitadas e não devem ser 
utilizadas em crianças.
70 As unidades prisionais podem livremente optar por instalar 
uma biblioteca para uso de todas as categorias de presos.
DEPEN – AGENTE FEDERAL DE EXECUÇÕES PENAIS
Errado. 
De acordo com a Regra 64: Toda unidade prisional deve ter 
uma biblioteca para uso de todas as categorias de presos, ade-
quadamente provida de livros de lazer e de instrução, e os pre-
sos devem ser incentivados a fazer uso dela.
71 Quando as circunstâncias permitirem, o preso deve ser autoriza-
do a ir ver, sob escolta ou sozinho, o funeral de parente próximo.
Certo.
De acordo com a Regra 70: A administração prisional deve in-
formar imediatamente o preso sobre doença grave ou a morte de 
parente próximo, cônjuge ou companheiro. Quando as circun-
stâncias permitirem, o preso deve ser autorizado a ir ver, sob 
escolta ou sozinho, o parente próximo, o cônjuge ou o compan-
heiro, que esteja gravemente doente ou a participar do funeral 
de tais pessoas.
LEGISLAÇÃO ESPECIAL
(DIEGO FONTES)
72 É inviável a suspensão condicional do processo para qualquer 
dos crimes previstos na Lei n. 9.455/1997 (Lei de Tortura). 
Errado. 
Na modalidade omissiva, em tese, é possível a suspensão con-
dicional do processo, já que a pena mínima é de 1 ano.
73 O crime de tortura, na modalidade omissiva, trata-se de 
crime comum.
Errado.
Em sua modalidade omissiva, trata-se de crime próprio, tendo 
em vista que a Lei exige que o sujeito ativo seja aquele que 
tinha o dever de “evitar ou apurar” a tortura.
74 O reincidente específico em tráfico ilícito de entorpecentes 
e drogas afins poderá pleitear o livramento condicional após 
cumprir dois terços da sua pena privativa de liberdade.
Errado.
Se for reincidente específico em crime hediondo ou a ele equipa-
rado, não terá direito ao livramento condicional (art. 83 do CP).
75 Nos termos da Lei n. 11.343/2006, independentemente de 
autorização judicial, a autoridade policial deverá proceder 
de forma a garantir a imediata destruição da plantação – que 
poderá ser queimada –, devendo preservar apenas quantidade 
suficiente da droga para a realização de perícia.
Certo.
É o teor do art. 32 da Lei.
76 Pratica crime de abuso de autoridade o agente público que 
não comunica, imediatamente, a prisão de determinada pes-
soa e o local onde se encontra à sua família ou à pessoa por 
ele indicada, pelo fato de uma forte tempestade ter danificado 
torres de comunicação telefônica e ter inviabilizado o trânsito 
de veículos dentro da cidade.
Errado.
Veja que houve um fato extraordinário na cidade que impossi-
bilitou a comunicação imediata exigida pela Constituição e pela 
Lei. Não está presente, portanto, o dolo específico exigido no § 
1º do art. 1º da Lei n. 13.869/2019.
77 Comete crime de abuso de autoridade o membro do Minis-
tério Público que, com o intuito de prejudicar o investigado, 
procede à persecução penal sem justa causa fundamentada. 
Certo.
Trata-se do crime previsto no art. 30 da Lei n. 13.869/2019.
78 Para a configuração do tráfico internacional de arma de fogo, 
acessório ou munição, não basta apenas a procedência estran-
geira do artefato, sendo necessária a comprovação

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