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1 Escola Senai Roberto Simonsen Sistema de Elevação de Cargas (Rosca sem Fim) Airton Carneiro do Rego Bruno dos Santos Silva Diego Ulisses da Silva Eduardo Miranda de Lucena Felipe da Silva Santos Gerson Ronaldo Yujra Espejo Jonnathan Teixeira Dias Técnico em Mecânica Turma 4MA São Paulo, 2015 2 Airton Carneiro do Rego Bruno dos Santos Silva Diego Ulisses da Silva Eduardo Miranda de Lucena Felipe da Silva Santos Gerson Ronaldo Yujra Espejo Jonnathan Teixeira Dias Sistema de Elevação de Cargas (Rosca sem Fim) São Paulo, 2015 Trabalho de conclusão do curso técnico em mecânica no Senai “Roberto Simonsen”, realizado sob a orientação dos professores Richter e Wander. 3 Airton Carneiro do Rego Bruno dos Santos Silva Diego Ulisses da Silva Eduardo Miranda de Lucena Felipe da Silva Santos Gerson Ronaldo Yujra Espejo Jonnathan Teixeira Dias Sistema de Elevação de Cargas (Rosca sem Fim) Aprovado pela banca examinadora em 07 de dezembro de 2015 BANCA EXAMINADORA Professor Joaquim Richter _______________________________________________________________ Professor Wander Pires _______________________________________________________________ Professor Coordenado Antônio Carlos Teixeira Álvares Trabalho de conclusão do curso técnico em mecânica no Senai “Roberto Simonsen”, realizado sob a orientação dos professores Richter e Wander 4 Dedicamos este trabalho aos nossos professores, familiares, amigos e a coordenadoria do Senai, por ter nos dado essa oportunidade de adquirir conhecimento. 5 Agradecimento Agradecemos aos professores por terem tido paciência conosco no decorrer da nossa jornada nesses dois anos de curso. Ao pessoal da coordenadoria e ao espaço que o Senai oferece. Aos familiares que nos incentivaram a não desistir de finalizar o curso, agradecemos as nossas mães por terem feito a gente nascer, agradecemos a Deus por suas glórias. 6 “Eu posso não ter ido para onde eu pretendia ir, mas eu acho que acabei terminando onde eu pretendia estar”. Douglas Adams 7 Resumo Este projeto tem como objetivo mostrar o funcionamento de um sistema de elevação de cargas com um redutor de rosca sem fim no qual será acionado por um motor elétrico onde o motor é acoplado no redutor e este acoplado em um tambor com cabo de aço a fim de elevar uma determinada carga. O projeto aborda praticamente todas as matérias e assuntos ensinados durante o decorrer do curso sendo necessário usar tudo o que foi aprendido pelo grupo para assim desenvolvermos o projeto com sucesso. Palavras chave: Sistema de elevação, Redutor de rosca sem fim, Motor, Cabo de Aço, Acoplado, Carga 8 Abstract This project aims to show the operation of a cargo lift system with a worm reducer in which will be driven by an electric motor where the motor is coupled to the gear unit and this coupled in a barrel with steel cable in order to raise a load. The project covers practically all materials and subjects taught during the course of the course and must use what has been learned by the group so as to develop the project successfully. Keywords: lifting system, worm reducer, Motor, Steel Cable, Coupled, Load 9 Lista de Ilustrações Figura 1 - Gancho com Trava de Segurança Figura 2 - Construção de Cabo de Aço Figura 3 - Rolamento de Esferas Figura 4 - Rolamento de Rolo Cilíndrico Figura 5 - Rolamento de Rolos Cônicos Figura 6 - Acoplamento Elástico Figura 7 - Acoplamento de Engrenagens Figura 8 - Retentor Figura 9 - Aplicação da Chaveta Figura 10 - Croqui do Projeto Figura 11 - Gancho do Projeto Figura 12 - Composição do Cabo de Aço Figura 13 - Sentido da Torção do Cabo Figura 14 - Tambor e cabo Figura 15 - Tambor Figura 16 - Diâmetros do Tambor Figura 17 - Esforços no Conjunto do Tambor Figura 18 - Reação de Apoio nos Mancais Figura 19 - Momentos no Tambor Figura 20 - Momento Fletor no Tambor Figura 21 - Rolamento Selecionado 10 Figura 22 - Mancais Bipartido Selecionado Figura 23 - Espessura da Chapa do Tambor Figura 24 - Croqui da Vista Frontal e Lateral do Projeto Figura 25 - Desenhos para Dimensões do Motor Figura 26 - Esforços no Eixo e Mancais da Rosca sem Fim Figura 27 - Esforços no Eixos e Mancais da Coroa Figura 28 - Eixo Rosca sem Fim Figura 29 - Comprimento da Rosca sem Fim Figura 30 - Dimensões da Coroa Figura 31 - Distância entre os centros das Peças Figura 32 - Croqui do Ângulo de Pressão Frontal Figura 33 - Momentos no Sem Fim Figura 34 - Momentos na Coroa Figura 35 - Croqui da Chaveta da Coroa Figura 36 - Croqui da Chaveta do Motor Figura 37 - Solda no Projeto Figura 38 - Modos de Prender o Cabo Figura 39 - Formar Correta Para Prender o Cabo de Aço 11 Lista de tabelas Tabela 1 - Bronze liga Tabela 2 - Gancho Olhal Tabela 3 - Fator de Segurança para o Gancho e Cabo de Aço Tabela 4 - Cabos de Aço Tabela 5 - Módulos de Elasticidade Tabela 6 - Diâmetros para Tambores Tabela 7 - Propriedades Mecânicas dos Aços Tabela 8 - Catálogo de Rolamentos SKF - Rolamento Rígido de Esferas de uma Carreira Tabela 9 - Caixas de mancal Bipartidas Tabela 10 - Dados do Motor Tabela 11 - Dimensões da Carcaça do Motor Tabela 12 - Características e fórmulas do redutor coroa/rosca sem fim Tabela 13 - Velocidades de Deslizamento do Parafuso sem Fim Tabela 14 - Tensão Admissível do SAE 65 Tabela 15 - Fator de Concentração de Carga Tabela 16 - Fator Dinâmico de Carga Tabela 17 - Ângulo de Atrito Tabela 18 - Dureza do Material do sem Fim Tabela 19 - Ângulo de Pressão Normal Tabela 20 - Ângulo de Pressão Normal(2) Tabela 21 - Distribuição de Esforços Sobre os Mancais e Eixos Tabela 22 - Rolamento Selecionado Tabela 23 - Rolamento Cônico Selecionado Tabela 24 - Material das Chavetas 12 Tabela 25 - Chavetas Tabela 26 - Grau de resistência dos parafusos (N/mm²) Tabela 27 - Valores nominais para Parafusos segundo sua Classe de Resistência Tabela 28 - Limites de Tração e Escoamento e Dureza Tabela 29 - Parafusos Selecionados Tabela 30 - Parafusos Allen – Sextavado Interno sem Cabeça Tabela 31 - Rosca Métrica ISO 724 de uso geral Tabela 32 - Rosca Grossa Tabela 33 - Contatora Selecionada Tabela 34 - Dados do Fusível Selecionado(1) Tabela 35 - Dados do Fusível Selecionado(2) Tabela 36 - Relé Térmico Tabela 37 - Dimensão do Grampo Adotado Tabela 38 - Uso de Grampos para Cabos de Aço Tabela 39 - Sapatilha para Cabos de Aço Tabela 40 - Retentores Tabela 41 - Arruelas de Pressão Tabela 42 - Olhal Tabela 43 - Cintas de Elevação Tabela 44 - Acoplamento Elástico Tabela 45 - Óleo Lubrificante Para o Redutor Tabela 46 - Graxa Lubrificante Tabela 47 – Custos do Projeto Tabela 48 – Custos do Protótipo Tabela 49 – Custos do Projeto x Custos do Protótipo 13 Lista de abreviaturas e siglas H = altura de trabalho Δh = Altura da carga a ser elevada Fs = Fator de segurança Q = Carga/CT = Carga de trabalho Lc = Comprimento do Cabo CRM = Carga de Ruptura mínima FS = Fator de segurança Creal = Carga real Øcabo = Diâmetro do cabo f e k = Fatores de multiplicação em fator do cabo(anexo-tabela 8) Ec = Módulo de elasticidade do cabo(Ec<Eaço) Eaço = Módulo de elasticidade do aço Øarame = Diâmetro do arame Am = Área metálica do arame Ft = Carga atuante do cabo Fu = Carga efetiva do cabo “F” = Fator de construção do cabo Vs = Velocidade de subida/descida tf = Tonelada força Fmc = Fator de multiplicação do cabo W = Pesopor unidade de comprimento 14 Fte = Carga de tração total = tração simples estática ΔL = Deformação elástica do cabo de aço(alongamento) Øtambor = Diâmetro do tambor Pt = Perímetro do tambor Lt = Comprimento do tambor FT(t) = Força tangencial do tambor Cs = Coeficiente de segurança Fh = Força horizontal Fv = Força vertical Ƞ = Rendimento Ƞsist. = Rendimento do sistema ∑Fh = Somatória dos momentos de força horizontal ∑Fu = Somatória dos momentos de força vertical ∑MA = Somatória dos momentos em “A” ∑MB = Somatória dos momentos em “B” RA = Reação do Mancal “A” RB = Reação do Mancal “B” MTt = Momento torçor do tambor Mit = Momento ideal no tambor rt = Raio do tambor л = pi(constante trigonométrica) Øet = Diâmetro do eixo do tambor P = Carga no rolamento 15 Ces = Espessura da chapa(mm) Øic = Diâmetro interno da chapa Øec = Diâmetro externo da chapa Wf = Secção de forma Rpm = Rotação por minuto i = Relação de transmissão r = Raio Pu = Potência CV = cavalos Pm = Potência do motor Te = Torque de entrada M = Módulo T = Passo Mn = Módulo normal Tn = Passo normal 𝛼 = Ângulo da hélice (DIN 687) Zc = Número de dentes da coroa Nesf = Número de entradas do sem fim H = Avanço do sem fim Ødpsf = Diâmetro primitivo do sem fim Øoc = Diâmetro primitivo da Coroa hc = Altura da cabeça do dente hp = Altura do pé do dente 16 h = Altura total do dente Øisf = Diâmetro interno do sem fim Øec = Diâmetro externo da coroa(aprox.) Øcc = Diâmetro da cabeça da coroa Øic = Diâmetro interno da coroa B = Largura útil da coroa Bo = Largura da coroa Lsf = Comprimento do sem fim Lnsf = Comprimento mínimo do sem fim C = Distância entre centros Tg = tangente q* = número de módulos de mercadoria do diâmetro primitivo do sem fim FTc = Força tangencial da coroa FTsf = Força tangencial do sem fim Mfmáx. = Momento fletor máximo adm. = Tensão admissível 𝜎esc = tensão de escoamento r = raio PIa = esforço axial no mancal I Plr = Esforço radial no mancal I PIIa = Esforço axial no mancal II PIIr = Esforço radial no mancal II PITg = Esforço tangencial no mancal I 17 PIITg = Esforço tangencial no mancal II Pa = Esforço axial do sem fim rpsf = Raio do diâmetro primitivo do sem fim Ls = Comprimento total entre os mancais LI e LII = Comprimento do mancal até a metade da rosca sem fim PIIIa = esforço axial no mancal III PIIlr = Esforço radial no mancal III PIVa = Esforço axial no mancal IV PIVr = Esforço radial no mancal IV PIIITg = Esforço tangencial no mancal III PIVTg = Esforço tangencial no mancal IV rpc = Raio do diâmetro primitivo da coroa Lr = Comprimento total entre os mancais da coroa LIII e LIV = Comprimento do mancal até a metade da largura da coroa PLI = Força de reação no mancal I PLII = Força de reação no mancal II PLIII = Força de reação no mancal III PLIV = Força de reação no mancal IV 𝜎esm = Tensão de esmagamento 𝜎cis = Tensão de cisalhamento Lesm = Comprimento do esmagamento MTm = Momento torçor do motor Mfmáx = Momento fletor máximo 18 Mic = Momento ideal da coroa Øec = Diâmetro do eixo da coroa EspT = Espessura da chapa do Tambor Øit = Diâmetro interno do Tambor LRT = Limite de Resistência à Tração LE = Limite de Escoamento HR”B” = Dureza Rockwell “B” HR”C” = Dureza Rockwell “C” As = Área resistiva F = Força A = Área 19 Gráfico de gantt 20 Sumário 1.0 Introdução .................................................................................................................... 23 1.1 Objetivo ........................................................................................................................... 23 1.2 Justificativa ..................................................................................................................... 23 2.0 Desenvolvimento ........................................................................................................ 23 2.1 Redutor de Velocidade ................................................................................................. 23 2.2 Parafuso de Rosca sem Fim ........................................................................................ 24 2.3 Gancho com Trava de Segurança .............................................................................. 24 2.4 Cabo de Aço ................................................................................................................... 25 2.5 Rolamento Fixo de uma Carreira de Esferas ............................................................ 28 2.6 Rolamento de Rolos Cilíndricos .................................................................................. 29 2.7 Rolamento de Rolos Cônicos ...................................................................................... 30 2.8 Mancais Bipartidos ........................................................................................................ 31 2.9 Chapas Finas para o Tambor ...................................................................................... 32 2.10 Acoplamento Elástico ................................................................................................. 32 2.11 Acoplamento de Engrenagens .................................................................................. 33 2.12 Retentores .................................................................................................................... 34 2.13 Chaveta ......................................................................................................................... 35 3.0 Materiais ............................................................................................................................. 36 3.1 Aço SAE 1020 ................................................................................................................ 36 3.2 Aço SAE 1045 ................................................................................................................ 37 3.3 Aço SAE 1050 ................................................................................................................ 38 3.4 Aço SAE 1060 ................................................................................................................ 39 3.5 Bronze Liga SAE 65 ...................................................................................................... 39 3.6 Ferro Fundido ................................................................................................................. 39 4.0 Tratamento Térmico ........................................................................................................ 40 4.1 Têmpera .......................................................................................................................... 40 4.2 Revenimento ................................................................................................................... 41 4.3 Recozimento ................................................................................................................... 42 5.0 Memorial de Cálculos ..................................................................................................... 43 5.1 Especificações do Projeto ............................................................................................ 43 5.2 Cálculos Gancho ............................................................................................................ 45 5.3 Cálculos do Cabo de Aço ............................................................................................. 47 5.4 Cálculos do Tambor do Cabo de Aço ......................................................................... 52 5.5 Cálculo dos Momentos do Tambor ............................................................................. 55 215.6 Cálculo do Diâmetro do Eixo do Tambor – Øet ........................................................ 60 5.7 Seleção de Rolamentos do Tambor ........................................................................... 61 5.8 Rolamentos e Mancais Adotados do Tambor ........................................................... 62 5.9 Cálculo da Espessura da Chapa do Tambor - EspT ................................................ 64 5.10 Cálculo da Potência Útil do Motor - (Pu) .................................................................. 65 5.11 Cálculo do Rendimento da Transmissão do Sistema (Ƞsist.) .............................. 66 5.12 Cálculo da Potência do Motor- (Pm) ........................................................................ 67 5.13 Cálculo da Relação de Transmissão(Redução) = i ................................................ 68 5.14 Torque de Entrada do Redutor = (Momento torçor - Mtsf) .................................... 69 5.15 Diagrama de Esforços com Medidas ........................................................................ 69 5.16 Cálculos da Rosca sem Fim com Duas Entradas .................................................. 71 5.17 Cálculos da Coroa ....................................................................................................... 80 5.18 Fatores de Carga ......................................................................................................... 85 5.19 Força Tangencial do Sem Fim (FTsf) ....................................................................... 86 5.20 Velocidade de Deslizamento Entre a Coroa e Sem Fim – Vdsf ........................... 86 5.21 Ângulo de Atrito da Coroa (𝜌) .................................................................................... 87 5.22 Coeficiente de Atrito (𝜇) .............................................................................................. 87 5.23 Rendimento par Coroa e Sem Fim ........................................................................... 87 5.24 Materiais da Rosca sem Fim e Coroa ...................................................................... 88 5.25 Fator de Atuação da Carga – K* ............................................................................... 89 5.26 Pressão Máxima de Contato – 𝜎mc .......................................................................... 90 5.27 Ângulo de Pressão Normal – 𝛼o ............................................................................... 90 5.28 Ângulo de Pressão Frontal – 𝛼of .............................................................................. 91 5.29 Esforço Normal de Engrenamento ( Pn) .................................................................. 92 5.30 Esforço Axial do Sem Fim (Pasf) .............................................................................. 92 5.31 Esforço Radial (Pr) ...................................................................................................... 93 5.32 Distribuição de Esforços Sobre Mancais e Eixos ................................................... 93 5.33 Reações de Apoio dos Mancais I, II, III e IV ........................................................... 98 5.34 Momentos do Sem Fim ............................................................................................. 100 5.35 Cálculo do Diâmetro do Eixo do Sem Fim ............................................................. 101 5.36 Cálculo do Rolamento do Sem Fim ........................................................................ 101 5.37 Seleção do Rolamento Adotado do Sem Fim ....................................................... 102 5.38 Momentos da Coroa .................................................................................................. 103 5.39 Cálculo do Diâmetro do Eixo da Coroa – Øec ...................................................... 104 5.40 Cálculo da Capacidade de Carga do Rolamento da Coroa (Cr) ........................ 105 5.41 Seleção de Rolamento Adotado da Coroa ............................................................ 106 22 5.42 Cálculo da Chaveta da Coroa.................................................................................. 107 5.43 Chaveta do Motor ...................................................................................................... 109 5.44 Chaveta do Sem Fim ................................................................................................ 110 5.45 Dimensionamento dos Parafusos da Flange da Coroa ....................................... 111 5.46 Dimensionamento Parafuso da Flange da Rosca sem Fim................................ 112 5.47 Cálculo do tipo de solda utilizado no projeto ......................................................... 117 5.48 Cálculos dos Elementos Elétricos ........................................................................... 118 5.49 Elementos Adotados ................................................................................................. 122 6.0 Plano de Manutenção do Redutor ............................................................................. 128 7.0 Lubrificação .................................................................................................................... 129 7.1 Lubrificação do Redutor .............................................................................................. 129 7.2 Lubrificação do Cabo de Aço ..................................................................................... 131 8.0 Eletrodo E6020 ............................................................................................................... 132 9.0 Forma de prender o Cabo de Aço ao Tambor e Gancho .................................... 134 10.0 Reciclagem do Óleo Lubrificante ............................................................................ 135 11.0 Segurança ..................................................................................................................... 136 12.0 Custos de Projeto e Protótipo .................................................................................. 139 Conclusão .............................................................................................................................. 142 23 1.0 Introdução 1.1 Objetivo Esta monografia tem como objetivo documentar os processos necessários para confeccionar um sistema de elevação de carga que utiliza um redutor de rosca sem fim. A mesma contém cálculos, informações e desenhos técnico para a construção do produto apresentado. 1.2 Justificativa Este sistema de elevação de carga foi desenvolvido para auxiliar no levantamento de cargas de no máximo duas toneladas e em uma altura de até três metros. O sistema utiliza um gancho preso a um cabo de aço para içar a carga. 2.0 Desenvolvimento 2.1 Redutor de Velocidade Redutor de velocidade é um dispositivo mecânico que reduz a velocidade (rotação) de um acionador. Seus principais componentes são basicamente: Eixos de entrada e saída, rolamentos, engrenagens e carcaça. O redutor de velocidade é utilizado quando é necessária a adequação da rotação do acionador para a rotação requerida no dispositivo a ser acionado. Devido às leis da física, quando há redução da rotação, aumenta-se o torque disponível. Existem diversos tipos e configurações de redutores de velocidade, sendo os mais comuns os redutores de velocidade por engrenagens. Essas engrenagens, por sua vez, podem ser cilíndricas ou cônicas. Pode-se ainda 24 utilizar o sistema coroa e rosca sem fim. Já os dentes das engrenagens podem ser retos ou helicoidais. 2.2 Parafuso de Rosca sem Fim O parafuso de rosca sem fim, ou parafuso sem fim é um tipo de engrenagem da mecânica clássica onde o movimento circular gerado pelo parafuso movimenta uma coroa ou um pinhão teoricamente sem fim, pois ao contráriode mover a contra-parte, ela gira, mantendo movimento circular. A terminologia também é erroneamente utilizada para definir qualquer sistema que utilize essa técnica. Como parte de um sistema de engrenagens, essa técnica pode reduzir as rotações, permitindo maior torque Utilizando sistemas helicoidais, existem três tipos básicos de engrenagens de rosca sem fim, o que as diferencia uma das outras são o ângulo do dente da engrenagem em relação a sua base e a distância entre as roscas no parafuso. São descritas utilizações desde a Mecânica Newtoniana para este sistemas. São utilizados em qualquer sistema onde se pretende precisão e torque, como embreagens, cravelhas de instrumentos de corda, relógios, sistemas de elevadores e indústria geral. 2.3 Gancho com Trava de Segurança O Gancho com Trava de Segurança proporciona grande resistência mecânica com peso e dimensões reduzidas nos processos de movimentação e Elevação de Cargas. Este Gancho é um produto versátil, utilizado como principal acessório em diversos conjuntos como lingas, laços e outros. A carga de trabalho é marcada 25 em relevo na peça e é forjado em Aço Carbono com acabamento em pintura epóxi vermelha. Proporcionando grande resistência mecânica com peso e dimensões reduzidas, o gancho olhal é um produto versátil, utilizado como principal acessório em diversos conjuntos como línguas, laços e outros. Forjado em aço carbono 1045, com trava de segurança. Acabamento em pintura epóxi vermelha, galvanizado ou bicromatizado. Figura 1 – Gancho com trava de segurança 2.4 Cabo de Aço Cabo de aço é um tipo de corda feita de vários arames de aço enrolados em forma de hélice. Quando foi inventado, era comum a utilização de ferro forjado na fabricação destes arames, porém nos dias de hoje o aço é o material utilizado para a fabricação deste produto. Historicamente, o cabo de aço evoluiu das correntes de aço, uma vez que as mesmas apresentaram falhas para diversas utilizações. A flexibilidade do cabo de aço faz com que ele se torne peça essencial para a funcionalidade de guindastes e elevadores, assim como seu uso em gruas, e principalmente em sistemas de elevação de cargas. 26 A torção do cabo de aço nada mais é do que o modo de dizer para qual lado os arames foram torcidos na fabricação do cabo de aço. Esquerda, ou direita. Para determinar a torção do cabo de aço, basta olhar o cabo de uma certa distância e notar se os arames parecem estar sendo torcidos na direção que um relógio flui, e verá que é um cabo com torção à direita. Em caso contrário, será um cabo de aço com torção à esquerda. Existe ainda as formas de torções: regular e lang. No cabo de aço de torção regular os arames que formam as pernas são torcidos em sentido oposto à torção das pernas. Por consequência se tornam mais manuseáveis e com boa resistência ao desgaste pela fricção das pernas internas. Já o cabo de aço de torção lang os arames que formam as pernas são torcidos no mesmo sentido da torção das pernas. Por consequência são mais flexíveis e resistentes à abrasão. Porém o cabo de aço de torção lang estão mais sujeitos à amassamentos e distorções. Além das pernas do cabo de aço, que são formadas por arames torcidos, existe a alma do cabo de aço, que é a parte central do cabo. Esta alma pode ser de fibra (natural ou sintética) chamada de AF quando de fibra natural e de AFA para alma de fibra sintética, ou de aço (formada também por arames) chamada de AA (alma de aço constituída por uma perna) ou AACI (alma constituída por um outro cabo independente). A alma de fibra dá uma maior flexibilidade ao cabo de aço, porém menor resistência à tração, enquanto a alma de aço dá uma maior resistência à tração, porém menor flexibilidade. Figura 2 – Construção de cabo de Aço 27 Todos os cabos devem ser inspecionados visualmente pelo operador ou outra pessoa responsável, no início de cada turno de trabalho. A observação visual tem por objetivo detectar danos no cabo de aço que possam causar riscos durante o uso: • Distorções no cabo, tais como: dobras ou nós, amassamentos, alongamento do passo, gaiola de passarinho, perna fora de posição ou alma saltada; • Corrosão em geral; • Pernas rompidas ou cortadas; • Número, distribuição e tipo de ruptura dos arames visíveis. Deve-se tomar muito cuidado ao inspecionar trechos do cabo que estão sujeitos a rápida deterioração tais como nas extremidades das flanges do tambor, nos pontos de cruzamento e entrada do tambor e em pontas vivas.No caso de se detectar um dano no cabo de aço, o mesmo deverá ser retirado do serviço ou submetido a uma inspeção periódica. Na inspeção periódica a frequência das inspeções deve ser determinada por uma pessoa qualificada e deve estar baseada em fatores tais como: a expectativa de vida do cabo determinada pela experiência anterior ou em instalações similares; agressividade do meio ambiente; relação entre a carga usual de trabalho e a capacidade máxima do equipamento, frequência de operações e exposição a trancos. As inspeções não precisam necessariamente ser realizadas em intervalos iguais, e devem ser mais frequentes quando se aproxima o final da vida útil do cabo de aço. As inspeções periódicas devem ser realizadas por uma pessoa qualificada. Esta inspeção deve abranger o comprimento total do cabo de aço. Os arames externos das pernas devem estar visíveis ao inspetor durante a inspeção. Qualquer dano no cabo que resulte em perda significativa da resistência original, deverá ser registrado e considerado risco, implicando na continuidade do uso do cabo, tais como: • Todos os itens listados em inspeção frequente; 28 • Corrosão acentuada ou arames rompidos junto aos terminais; • Terminais mal instalados, desgastados, tortos, trincados ou com corrosão acentuada; • Redução do diâmetro do cabo abaixo do seu diâmetro nominal, devido à deterioração da alma, corrosão interna / externa ou desgaste dos arames externos; Devem ser tomados cuidados especiais para se inspecionar trechos do cabo de aço que possam sofrer deterioração muito rápida, conforme: • Trechos em contato com roletes de apoio, polias equalizadoras ou outras polias onde o percurso do cabo é limitado; • Trechos do cabo junto ou próximo aos terminais onde possam aparecer arames oxidados ou rompidos; • Trechos sujeitos a flexões alternadas; • Trechos do cabo que normalmente ficam escondidos durante a inspeção visual, tais como as partes que ficam sobre as polias. Obs.: Para que se possa obter dados para decidir o momento adequado da substituição de um cabo de aço, deve ser mantido um registro de todas as inspeções periódicas realizadas. Neste registro deverão constar os pontos de deterioração listados anteriormente. 2.5 Rolamento Fixo de uma Carreira de Esferas Atendendo a um extenso campo de utilização, os rolamentos fixos de uma carreira de esferas estão entre os tipos mais representativos da mecânica industrial e uma variedade particularmente grande de aplicações. Nos rolamentos fixos de uma carreira de esferas o canal da pista tanto no anel interno como no anel externo apresentam um perfil lateral em arco, com raio ligeiramente maior que o das esferas. Além da carga radial, permitem o apoio da carga axial em ambos os sentidos. O torque de atrito é pequeno, sendo os 29 mais adequados para aplicações que requerem baixo ruído e vibração, e em locais de alta velocidade de rotação. Os rolamentos fixos de uma carreira de esferas estão presentes nas versões aberta, blindada com placas de aço tipo ZZ, vedada com proteção de borracha tipo DDU e com anel de retenção no anel externo tipo NR. Geralmente, as gaiolas utilizadas para esses rolamentos de esferas são as do tipo prensadas de aço, mas temos os rolamentos fixos de esferas com gaiolas maciças de latão, guiadas pelas esferas.Figura 3 – Rolamento de Esferas 2.6 Rolamento de Rolos Cilíndricos Rolamentos de rolos cilíndricos são rolamentos de construção simples em que os rolos de forma cilíndrica estão em contato linear com a pista. Possuem uma grande capacidade de carga, principalmente, apoiando a carga radial. Como o atrito entre os corpos rolantes e o rebordo do anel é reduzido, os rolamentos de rolos cilíndricos são adequados para altas rotações. Há os seguintes tipos de rolamentos de rolos cilíndricos: NU, NJ, NUP, N e NF para os de uma carreira, e os tipos NNU e NN para os rolamentos de duas carreiras, sendo que, o anel interno e o anel externo são separáveis em ambos os tipos. Os tipos de rolamentos de rolos cilíndricos que não têm o rebordo no anel interno ou no anel externo permitem o movimento relativo entre ambos na direção axial e são utilizados como rolamentos de lado livre. Os rolamentos de rolos cilíndricos que 30 possuem rebordos nos dois lados de um dos anéis, interno ou externo, e um rebordo no outro anel, podem apoiar a carga axial de certo grau em um sentido. Os rolamentos de duas carreiras de rolos cilíndricos têm alta rigidez em relação à carga radial e são usados principalmente em fusos de máquinas- ferramentas. Nos rolamentos de rolos cilíndricos as gaiolas normalmente usadas são as prensadas de aço e as usinadas de latão. Há também uma quantidade pequena com gaiolas de poliamida. Figura 4 – Rolamento de Rolo Cilíndrico 2.7 Rolamento de Rolos Cônicos Os rolamentos de rolos cônicos têm pistas de anel interno e externo cônicas e rolos cônicos. Eles são adequados para suportar cargas combinadas, ou seja, cargas axiais e radiais atuando simultaneamente. As linhas de projeção das pistas convergem em um ponto comum no eixo do rolamento para oferecer movimento rolante autêntico e baixo atrito. A capacidade de carga axial de rolamentos de rolos cônicos torna-se maior à medida que se aumenta o ângulo de contato α. O tamanho do ângulo está relacionado ao fator de cálculo e: quanto maior o valor de e, maior será o ângulo de contato. É comum ajustar um rolamento de uma carreira de rolos cônicos contra um segundo rolamento de rolos cônicos. http://www.visaorolamentos.com.br/imagens/produtos/rolamentos-rolos-conicos/rolamentos-rolos-conicos-01.jpg 31 Os rolamentos de uma carreira de rolos cônicos são separáveis, ou seja, o anel interno com conjunto de gaiola e rolos (cone) pode ser montado separadamente do anel externo (capa). Figura 5 – Rolamento de Rolos Cônicos 2.8 Mancais Bipartidos O princípio destes mancais está no alojamento bipartido. Por padrão, são produzidos em ferro fundido cinzento, em conformidade com a norma DIN EN 1561, e se encontram disponíveis em vários tamanhos. Mediante solicitação, para cargas especialmente altas, os mancais podem ser produzidos em outros materiais, tais como o ferro fundido nodular; e isto, com o mesmo tamanho. Cada mancal pode alojar rolamentos de diversos diâmetros e larguras. Trata-se essencialmente de rolamentos auto compensadores de rolos. Todavia, o fator essencial é o tipo de aplicação. Por exemplo, para velocidades elevadas, os rolamentos auto compensadores de esferas podem ser adequados, enquanto os rolamentos auto compensadores de rolos se adaptam especialmente às solicitações axiais e radiais significativas. A diversidade dos rolamentos, aliada aos numerosos elementos de vedação, proporciona uma ampla escolha de concepção que constitui a gama padrão SNR. Os diâmetros do eixo variam entre 20 e 160 mm (cotas especiais mediante solicitação). Os 32 rolamentos de furo cônico são montados sobre o eixo com a ajuda de uma bucha de aperto. Em contrapartida, os rolamentos de furo cilíndrico são montados diretamente no eixo por interferência. Existe uma grande variedade de opções de vedação de mancal, dado o grande número de aplicações práticas. Os fatores mais importantes são as velocidades e condições ambientais extremas. 2.9 Chapas Finas para o Tambor São Produtos planos laminados de aço com largura superior a 500mm, sendo classificados como chapas finas (espessuras inferior ou igual a 5mm). As Chapas finas atendem às principais aplicações do mercado transformador de aço, como indústria automobilística, construção civil, autopeças, tubos, vasilhames, relaminação, implementos agrícolas e outras. Devido à sua composição química e propriedades mecânicas, os produtos de aços laminados a quente são destinados para aplicação de uso geral, estampagem, estrutural, estrutural de boa conformabilidade, estrutural de alta resistência mecânica e à corrosão atmosférica, tubos, relaminação entre outras. Os produtos de aços laminados a frio (chapa fina a frio) são encontrados nos segmentos: automotivo, construção civil, linhas brancas e eletroeletrônicos em diversas aplicações, desde qualidade comercial até qualidade estampagem extra profunda especial. 2.10 Acoplamento Elástico Os acoplamentos elásticos são compostos por dois cubos simétricos de ferro fundido cinzento, e um elemento elástico alojado entre eles, de borracha sintética de elevada resistência a abrasão. Esta configuração torna apto ao acoplamento ser torcionalmente elástico e flexível em todas as direções, 33 absorvendo vibrações, choques, desalinhamentos radiais, axiais e angulares; protegendo desta forma os equipamentos acoplados. Estes acoplamentos permitem trabalho em posição horizontal e vertical, desde que corretamente fixados, e aceitam reversões de movimentos. Podem ser usados em temperaturas de –20 a 80C. Em função de sua forma construtiva simples, dispensam cuidados e ferramentas especiais para sua montagem, tornando este trabalho rápido e fácil. Não necessitam manutenção e nem lubrificação. Figura 6 – Acoplamento Elástico 2.11 Acoplamento de Engrenagens Acoplamentos de engrenagens são rígidos de maneira torcida e são fornecidos em dois modelos - completamente flexível e flexível/rígido. Um acoplamento completamente flexível é composto por dois cubos com uma engrenagem externa e duas buchas externas com uma engrenagem interna. É um acoplamento universal para todo tipo de aplicações e acomoda todos os desalinhamentos possíveis (angular, compensado e combinado), além de grandes momentos axiais. Máquinas, rolamentos, vedações e eixos, portanto, não estão sujeitos a forças adicionais, às vezes de magnitude considerável, que surgem do inevitável desalinhamento geralmente associado a acoplamentos de eixo rígido. Um acoplamento flexível/rígido é composto por uma metade de engrenagem flexível e uma metade rígida. Isto não acomoda o posicionamento paralelo de 34 eixos, mas acomoda desalinhamento angular. Este tipo de acoplamento é usado primariamente para aplicativos de "eixo flutuante". Figura 7 – Acoplamento de Engrenagens 2.12 Retentores Os retentores têm a função principal de reter óleos, graxas e outros tipos de fluídos, que devem ser contidos no interior de uma máquina, evitando também a entrada de impurezas do meio externo como por exemplo: terra, areia, poeira, etc. Utilizados nos mais variados segmentos, os retentores estão presentes no dia- a-dia de todos nós. Desde carros, caminhões, ônibus, motocicletas, máquinas agrícolas, até eletrodomésticos, aviões e máquinas industriais. Praticamente tudo que se movimenta mecanicamente tem retentores, sem os quais, os rolamentos não giram o mundo. Os retentores têm a função principal de reter óleos, graxas e outros tipos de fluídos, que devem ser contidos no interior de uma máquina, evitando também a entrada de impurezas do meio externo como por exemplo: terra, areia, poeira, etc. Utilizados nos mais variados segmentos, os retentores estão presentes no dia- a-dia de todos nós. Desde carros, caminhões, ônibus, motocicletas, máquinas agrícolas,até eletrodomésticos, aviões e máquinas industriais. Praticamente 35 tudo que se movimenta mecanicamente tem retentores, sem os quais, os rolamentos não giram o mundo. Figura 8 – Retentor 2.13 Chaveta É um elemento que se interpõe numa cavidade de um eixo e de uma peça (polia, engrenagem), tendo por finalidade ligar os dois elementos mecânicos para a transmissão de torque. 36 Figura 9 – Aplicação da Chaveta 3.0 Materiais 3.1 Aço SAE 1020 Aço SAE 1020 é um dos aços ao carbono mais comum utilizado como aço para cementação com excelente relação custo benefício comparado com aços mais ligados para o mesmo propósito. Possui excelente plasticidade e soldabilidade. Após cementação é beneficiado, mas possui menor capacidade de endurecimento. Aplicações dos aços SAE 1020, É utilizado em componentes mecânicos de uso como engrenagens, eixos, virabrequins, eixos-comando, pinos guia, anéis de engrenagem, colunas, catracas, capas.Condições de fornecimento do aço sae 1020, Barras Laminadas Sem Acabamento Mecânico, Barras Laminadas Trefiladas, Barras Laminadas Descascadas Polidas, Barras Laminadas Retificadas, Barras Forjadas, Barras Laminadas Trefiladas com comprimento fixo (trefila própria). 37 Aços SAE 1020 são aços carbonos de ligas metálicas constituídas basicamente de ferro, carbono, silício e manganês, apresentando também outros elementos inerentes ao processo de fabricação, em percentuais controlados. O aço carbono SAE 1020 é um dos aços mais utilizados, devido a sua baixa temperabilidade, excelente forjabilidade e soldabilidade, porém sua usinagem é relativamente pobre. Este tipo de aço sae 1020 pode ser aplicado de diversas formas com cementação com excelente relação custo benefício comparado com aços utilizados para o mesmo propósito. A microestrutura presente neste aço no seu estado normalizado éperlita fina e ferrita. 3.2 Aço SAE 1045 O aço sae 1045 é um aço para beneficiamento com temperabilidade baixa, ou seja, baixa penetração de dureza na seção transversal, não se recomendando seu uso para seções superiores a 60 mm. Possui uma boa relação entre resistência mecânica e resistência à fratura. É utilizado em geral com durezas de 180 a 300 HB. Para grandes seções utilizar o tratamento térmico de normalização. É utilizado na fabricação de componentes de uso geral onde seja necessária uma resistência mecânica superior à dos aços de baixo carbono convencionais. Aplicado principalmente em eixos em geral, pinos, cilindros, ferrolho, parafusos, grampos, braçadeiras, pinças, cilindros, pregos, colunas, entre outros. O aço sae 1045 possui composição química de Carbono (0,43% - 0,50%), Silício (0,15% - 0,35%), Magnésio (0,30% - 0,60%), Fósforo (0,03% máx) e Enxofre (0,05% máx.) e é utilizado na fabricação de peças para indústria mecânica em geral. 38 3.3 Aço SAE 1050 O aço 1050 nada mais é do que um aço de médio teor de carbono com boas propriedades mecânicas e tenacidade bem como boas usinabilidade e soldabilidade quando laminado a quente ou normalizado. Entre as finalidades do aço 1050, envolvem aplicações de eixos, peças forjadas, engrenagens comuns, engrenagens, componentes estruturais e de máquinas, virabrequim, entre outros que, resumindo, é um aço próprio para construção mecânica, do tipo carbono. Os Aços sae 1050 em que são especificados somente os teores de carbono, silício, manganês, fósforo e enxofre, sendo observados os teores de Silício (Si): 0,60% máximo; Manganês (Mn): 1,65% máximo; Carbono (C): superior ou igual a 0,30% e igual ou inferior a 0,50%. Os aços classificados como médio carbono são os da série SAE 1031 ao aço sae 1050. O aço sae 1050 possui Carbono (C): aço com teor de carbono acima de 0,50%. Os aços classificados como alto carbono são os da série SAE 1055 ao SAE 1095. Aço sae 1050 tem como Usos Comuns: Serras, instrumentos de cutelaria, ferramentas e implementos agrícolas os utilizam em larga escala. O mesmo acontece com o setor de relaminação, com enfoque na indústria automobilística. O aço sae 1050 é muito útil por ser forte e o uso humano requer este tipo de material. Resumindo, os aços sae 1050 são aços próprios para construção mecânica, do tipo carbono, o aço sae 1050 tem como característica médio carbono com vasta aplicação. Os aço sae 1050 podem ser aplicados como bielas, pratos de mola, braço de direção, anéis de juntas, ferramentas manuais, comando de válvulas semi-eixos, eixos, motor, motor de partida, alternador, juntas homocineticas, etc. Vemos o aço sae 1050 muito forte na indústria automobilística. 39 3.4 Aço SAE 1060 O aço sae 1060 tem como característica a Boa combinação de dureza e tenacidade quando tratado má soldabilidade e boa usinabilidade. Utilizado em peças que necessitem de certa resistência ao desgaste após têmpera e revenimento o aço sae 1060 tem como principal aplicação para ferramentas manuais e eixos de transmissão para automóveis e como meios de têmpera podem ser feitos em óleo ou água. 3.5 Bronze Liga SAE 65 As ligas de CuSn possuem Excelente propriedade mecânica, dureza tenaz e boa resistência ao desgaste, à corrosão e à fadiga superficial, necessitam de boa lubrificação para cargas elevadas. Indicadas pra mancais e coroas com elevado pico de carga e velocidade relativamente baixas. Tabela 1 – Bronze liga 3.6 Ferro Fundido O ferro fundido é o que chamamos de uma liga ternária. Isso quer dizer que ele é composto de três elementos: ferro, carbono (2 a 4.5%) e silício (1 a 3%). Existe ainda o ferro fundido ligado, ao qual outros elementos de liga são acrescentados para dar alguma propriedade especial à liga básica. 40 Dependendo da quantidade de cada elemento e da maneira como o material é resfriado ou tratado termicamente, o ferro fundido será: • Cinzento; • Branco; • Maleável; • Nodular. O que determina a classificação em cinzento ou branco é a aparência da fratura do material depois que ele resfriou. E essa aparência, por sua vez, é determinada pela forma como o carbono se apresenta depois que a massa metálica solidifica. E ele se apresenta sob duas formas: como cementita (Fe3C) ou como grafita, um mineral de carbono usado, por exemplo, na fabricação do lápis. Entre os ferros fundidos, o cinzento (2,5% - 4,0%) é o mais comum, devido às suas características como baixo custo (em geral é fabricado a partir de sucata); elevada usinabilidade, devida à presença de grafite livre em sua microestrutura Alta fluidez na fundição, permitindo a fundição de peças com paredes finas e complexas; e facilidade de fabricação, já que não exige equipamentos complexos para controle de fusão e solidificação. 4.0 Tratamento Térmico 4.1 Têmpera Têmpera é um processo de tratamento térmico de aços para aumentar a dureza e a resistência dos mesmos. A têmpera tem duas etapas: aquecimento e esfriamento rápido. O aquecimento tem como objetivo obter a organização dos cristais do metal, numa fase chamada austenitização. O esfriamento brusco visa obter a estrutura martensita. 41 Na têmpera o aquecimento é superior à temperatura crítica, que é de 727ºC. O objetivo é conduzir o aço a uma fase, na qual se obtém o melhor arranjo possível dos cristais do aço, para obter a futura dureza. Após dessa fase o aço pode ser submetido a outras fases, dependendo das necessidades. A temperatura nessa fase é temperatura de austenização. Cada aço tem sua composição, a temperatura de varia de aço para aço. A têmpera é obtida em temperaturas diferentes, o que depende da composição do aço da peça e dos seus objetivos. Portanto, a têmpera de uma dada peça leva em consideração muitos fatores. O próprio tempo de exposição da peça na temperatura de austenização é considerado quando se faz a sua têmpera. Cada aço tem uma temperaturade austenização, e que é aquela que proporciona o máximo de dureza. Essa temperatura é obtida dentro de fornos, os quais podem ser por chama ou por indução elétrica. Dependendo das exigências do cliente, a austenização, e conseqüentemente a têmpera, vai ocorrer apenas na superfície da peça ou em toda ela. A segunda etapa da têmpera é o resfriamento, o qual deve ser brusco, em óleo ou água. A rapidez do resfriamento é importante para impedir que o aço mude para fase diferente daquela que se obteve na temperatura de austenização (obter estrutura martensítica). Quase sempre, após a têmpera, a peça é submetida ao revenimento. 4.2 Revenimento Revenimento é aplicado nos aços para corrigir a tenacidade e a dureza excessiva, conseguindo o aumento da tenacidade dos aços. Revenimento é o reaquecimento das peças temperadas, a temperaturas abaixo da linha inferior de transformação do aço. Dependendo da temperatura resulta em pequena ou grande transformação da estrutura martensítica. 42 Na faixa de 140°C e 200°C não há alterações expressivas num aço, a dureza cai para 58 a 60 RC dependendo da composição do aço. O revenimento, nesta faixa de temperatura mudou pouco o aço. Na faixa de 210°C e 260°C as tensões são alteradas, e começa a baixar a dureza, e não teve nenhuma modificação na estrutura consideravel. O revenimento inicia a alteração da estrutura. Na faixa de 270°C e 360°C começa a precipitação de carbonetos finos. O revenimento já faz mudanças maiores na estrutura. Na faixa de 370°C e 730°C a transformação na estrutura é maior. Conforme a temperatura de revenimento é maior, a Cementita precipitada fica mais grossa e se tornam visíveis numa matriz férrica. A 730°C o revenimento pode levar a uma queda da dureza significativa. Aços altamente ligados apresentam um comportamento diferente no revenimento, pois na faixa de 500°C e 600°C apresentam precipitação de carboneto de liga (endurecimento secundário). O processo de revenimento é feito para atender as especificações de dureza dos clientes. 4.3 Recozimento Recozimento é um processos de tratamento térmicos dos aços. O processo se da pelo aquecimento das peças, e o tempo em temperatura é calculado em função do tamanho da peça ou do lote, e o resfriamento em velocidades e condições adversas. Nos processos térmicos, o recozimento reduzir a dureza para ter uma maior usinabilidade das peças que irão ser construídas, existem alguns processos que necessitam de atmosfera controlada ou proteção, elas são mantidas em temperaturas relativamente baixas entre 550°C e 900°C. A temperatura é estipulada pelo tipo do aço que pode ser consultado em uma tabela do fabricante. 43 O resfriamento é feito de maneira lenta, dentro do forno que foi aquecido ou na temperatura ambiente ou em caixas. 5.0 Memorial de Cálculos 5.1 Especificações do Projeto Dados: A - Projeto redutor rosca sem fim para elevação de carga com as seguintes características: Carga Q = 2 toneladas (industrial); Altura de trabalho H = 3 metros; Velocidade de subida/descida (Vs = 0,2m/s); Içado por cabo de aço; Enrolado por tambor preso em mancais; Tambor acoplado em redutor rosca sem fim; Redutor acionado por um motor elétrico; 44 B - Desenho esquemático Figura 10 - Croqui do Projeto 2 TONELADAS 3 M ET R O S BASE 45 5.2 Cálculos Gancho Gancho adotado: MODELO: REF. GT – 1000 com carga de trabalho = 1000000N Tabela 2 – Gancho Olhal Q = carga de trabalho 20000N FS = Fator de segurança 5 FS . Q 5 . 20000 = 100000N (carga a ser suportada) 46 Tabela 3 – Fator de Segurança para o Gancho e Cabo de Aço Figura 11 – Gancho do Projeto 47 5.3 Cálculos do Cabo de Aço Tabela 4 – Cabos de Aço Øcabo = 13 (adotado) A - Fator de segurança do cabo de aço = 5 (Tabela 3) Onde: CT = carga de trabalho 20000N CRM = carga de ruptura mínima 100000N FS = fator de segurança FS = 𝐶𝑅𝑀 𝐶𝑇 FS = 100000𝑁 20000𝑁 FS = 5 B - Carga de ruptura mínima do cabo de aço(CRM) Onde: CRM = carga de ruptura mínima FS = fator de segurança [5] 48 CT = carga de trabalho [20000N] CRM = FS . CT CRM = 5 . 20000 CRM = 100000N C - Cálculo para dimensionar o cabo de aço do projeto. Onde: Q = 20000N; Tipo de aplicação = Guindaste; FS = fator de segurança 5 Carga real = CT carga transportada x FS Carga real = 20000N x 5 Carga real = 100000N Cabo de aço adotado: (tabela 4) – CableMax cabos de aço(cargas rupturas- resistências em cabos de aço). Figura 12 – Composição do Cabo de Aço 49 Figura 13 – Sentido da Torção do Cabo D - Cálculo do diâmetro do arame do cabo - Øarame Onde: Øcabo = Dc = diâmetro do cabo [mm] Øarame = diâmetro do arame [mm] Am = área metálica [mm²] F e K = fatores de multiplicação em função do cabo (tabela 5) Ec = módulo de elasticidade do cabo (N/mm²) - (Ec < Eaço) - (Tabela 5) w = peso por unidade de comprimento [N/m] Ft = carga atuante no cabo – tração [N/m] Cabo f k Ec (N/mm²) AA(alma de aço) 6x7 6x19 6x37 0,38 0,395 0,400 0,111 0,067 0,048 102969,825 - 112776,475 98066,5 - 107873,15 93163,175 - 102969,825 Tabela 5 – Módulos de Elasticidade 50 Øarame ≅ K . Øcabo Øarame ≅ 0,039 . 12,7mm Øarame ≅ 0,5mm Øarame ≅ 0,5mm E - Cálculo da área metálica do cabo - (Am) Onde: Am = Área metálica3 (anexo 28 – catálogo CIMAF) Øcabo = diâmetro do cabo 12,7mm(0,0127m) “F” = Fator de construção do cabo[adimensional] (tabela 5) = 0.410 Am = F . Øcabo² Am = 0,410 x 12,7mm² Am = 66,128mm² F - Cálculo de peso por unidade de comprimento do cabo – (W) Onde: F = fator de multiplicação (tabela 5) Øcabo = Diâmetro do cabo12,7mm(0,0127m) W = Peso por unidade de comprimento(N/m) W = F x (Øcabo²) x 10−2 W = 0,410 x (0,0127m²) x 10−2 51 W = 0,410 x 1,6129 x 0,01 W = 6,612 x 9,8[N] W = 64,841N/m G - Cabo submetido à tração simples estática – (Fte) Analisando-se a figura abaixo, observa-se que a carga de tração total atuante no cabo de aço pode ser determinada pela seguinte expressão: Fte = carga de tração total atuante Q = Carga (20000N) Δh = altura a ser erguida a carga (3metros) W = peso por unidade de comprimento (64,841N/m) Fte = Q + Pcabo Fte = P + w x L Fte = Q + w x L Fte = 20000N +64,841N/m x 3m Fte =20194,523N/m Figura 14 – Tambor e cabo 52 5.4 Cálculos do Tambor do Cabo de Aço Tabela 6 – Diâmetros para Tambores A - Diâmetros indicados para Tambores - Øtambor (tabela 6) Material = Aço 1020 Øcabo = diâmetro do cabo 12,7mm Øtambor = diâmetro do tambor 31 x Øcabo (cabo) – calcula-se 31 vezes o diâmetro do cabo (tabela 6) Øcabo = Diâmetro do cabo 1/2” = 12,7mm Øtambor = Øcabo . 31 Øtambor = 12,7. 31 Øtambor = 393,7mm Øtambor = 400mm (adotado) Figura 15 - Tambor 53 B - Cálculo do perímetro do tambor- Pt Material = Aço 1020 LaminadoOnde: 𝜋 = constante trigonométrica Øtambor = diâmetro do tambor 400mm Pt = Perímetro do tambor Pt = π . Øtambor 𝑃𝑡 = 𝜋 . 400mm Pt = 1256mm Tabela 7 – Propriedades Mecânicas dos Aços Figura 16 – Diâmetros do Tambor 54 C - Cálculo do comprimento do cabo de aço em volta do tambor – Lct Lembrando que ao ser preso deve-se dar no mínimo 2 voltas do cabo no tambor por segurança (foram usadas 3 voltas). Onde: Lct = Comprimento do cabo do tambor Pt = perímetro do tambor (1256mm) Pt x 3(voltas no tambor) 1256mm x 3(voltas no tambor) = 3768mm Lct = 3768mm 3 voltas de segurança) D - Cálculo do comprimento do tambor – Lt Onde: Lt = comprimento aproximado do tambor Øcabo = diâmetro do cabo de aço(12,7mm) N° de voltas do cabo no tambor ≅ 8 voltas(mínimo) O comprimento do tambor aproximado será o número de voltas multiplicado pelo diâmetro do cabo. Logo: Lt = 8 X 12,7 = 101,6mm (aprox.) Lt(adotado) = 120mm 55 5.5 Cálculo dos Momentos do Tambor A - Força tangencial do tambor – FTt Figura 17 – Esforços no Conjunto do Tambor FTt = Força tangencial no tambor Q = Carga Cs = Coeficiente de segurança(5) FTt = 20000N x 5 = 100000N FTt = 100000N FTt = Q x Cs 56 B - Diagrama de esforços e reações nos eixos e mancais do tambor Onde: FTt = Força tangencial no tambor Q = Carga RA = Reação de apoio do mancal A RB = Reação de apoio do mancal B Figura 18 – Reação de Apoio nos Mancais C - Somatória dos momentos tambor − ∑ 57 FTt = 100000N Fh = força horizontal Fv = força vertical ∑ 𝐹ℎ = somatória das forças horizontais ∑ 𝐹𝑣 = somatória das força verticais ∑ 𝑀𝐴= somatória dos momentos MA ∑ 𝑀𝐵 = somatória dos momentos MB Figura 19 – Momentos no Tambor ∑ 𝐹𝑣 = 0 RA + RB = FTt logo: RA + RB = 100000N ∑ 𝐹ℎ = 0 ∑ 𝑀𝐴 = (-RB . 364) + (FTt . 182) RB = 100000𝑁 . 182 364 = 18200000 364 = 50000N RB = 50000N ∑ 𝑀𝐵 = (RA . 364) + (FTt . 182) Ra = 100000𝑁 .182 364 = 18200000 364 = 50000N RA = 50000N D - Momento Fletor máximo(tambor) – Mfmáx Onde: FTt = Força tangencial do tambor 100000N Mfmáx. = Momento fletor máximo RA = Reação de apoio do mancal A [50000N] 58 RB = Reação de apoio do mancal B [50000N] Figura 20 – Momento Fletor no Tambor Será usado RA = 50000N logo: 50000 . 182 = 5500000N Mfmáx.(tambor)= 9100000N E - Momento torçor(tambor) – MTt Onde: MTt = momento torçor do tambor FTt = força tangencial do tambor(100000N) Øtambor = diâmetro do tambor(0,4m) FTt = 2 . 𝑀𝑇𝑡 Ø𝑡𝑎𝑚𝑏𝑜𝑟 100000 = 2 . 𝑀𝑇𝑡 0,4𝑚 MT = 100000 . 0,4 2 MTt(tambor) = 20000N.m 59 F - Momento ideal(tambor) – Mi Onde: MTt = momento torçor tambor = 20000N.m Mfmáx. = momento fletor máximo 9100000N Mi = √𝑀𝑇𝑡2 + 𝑀𝑓𝑚á𝑥. ² Mi = √20000² + 9100000² Mi = 9100000N G - Rpm do tambor – Rpm Onde: 𝜋 = Constante trigonométrica (3,14) r = Raio do tambor (0,2m) Vs = velocidade de subida/descida (0,2m) Logo: rpm(tambor) = 𝑉𝑠 . 60 2 .𝜋 . 𝑟 rpm = 0,2 . 60 2 .𝜋 . 0,2 = 9,55 rpm(tambor) = 10 rpm = rpm da coroa 60 5.6 Cálculo do Diâmetro do Eixo do Tambor – Øet Tabela 7 - Propriedades Mecânicas dos Aços Material utilizado aço AISI 1060– recozido 𝜎adm. = tensão admissível do material 𝜎e = tensão de escoamento do material (485Mpa) = 485N/mm² Cs = coeficiente de segurança = 5 Mi = momento ideal do tambor = 9100000N Onde: 𝜎adm = 𝜎𝑒 𝐶𝑠 𝜎adm. = 485 5 𝜎adm. = 97N/mm² Øeixo ≥ √ 32 . 𝑀𝑖 π .σ 3 D(eixo) ≥ √ 32 . 9100000 π .97 3 D(eixo) ≥ √ 291200000 304,6 3 Øeixo ≥ 98,5mm 61 5.7 Seleção de Rolamentos do Tambor Cálculo da capacidade de carga do rolamento do tambor Onde: Cr = capacidade de carga do rolamento Lh = unidade em horas do equipamento(25000hs) Nt = rotação do eixo do tambor(10rpm) P = carga no rolamento ( Ra = 50000N) Cr ≥ [√ 𝑙ℎ . 𝑁𝑡 . 60 1000000 3 ] . P Cr ≥ [√ 25000 . 10. 60 1000000 3 ] . 50000 Cr ≥ [√ 15000000 1000000 3 ] . 50000 Cr ≥ 2,47 . 50000 Cr ≥ 123500[N] Cr(adotado) ≥ 156000[N] 62 5.8 Rolamentos e Mancais Adotados do Tambor A - Rolamentos adotado para o tambor Tabela 8 - Catálogo de Rolamentos SKF - Rolamento Rígido de Esferas de uma Carreira Rolamento rígido de esferas fixo de uma carreira – Cod. 6226 d = 130mm D = 230mm B = 40mm r = 3mm Figura 21 – Rolamento Selecionado 63 B - Caixa de mancal adotado para o tambor Tabela 9 - Caixas de mancal Bipartidas Caixa de mancais do tambor - Caixas de mancal bipartidas, série SNL para rolamentos em uma bucha de fixação com vedações padrão. Modelo SNL 526 Figura 22 – Mancais Bipartido Selecionado 64 5.9 Cálculo da Espessura da Chapa do Tambor - EspT Figura 23 – Espessura da Chapa do Tambor Material- aço 1020 espessura 3mm(adotado) Onde: EspT = espessura da chapa do tambor 𝜎adm.= tensão admissível do material MTt = momento torçor do tambor(20000N) Wf = secção da forma Øtambor = 400mm Øit = diâmetro interno do tambor 𝜎esc. = tensão de escoamento(280N/mm²) Fs = fator de segurança(5) 𝜎adm. = 𝜎𝑒 𝐹𝑠 𝜎adm. = 280 5 𝜎adm. = 56N/mm² Wf = 𝑀𝑇𝑡 𝜎𝑎𝑑𝑚. Wf = 20000 . 1000 56𝑁/𝑚𝑚² Wf = 20000000𝑁.𝑚𝑚 56 𝑁/𝑚𝑚² 65 Wf = 357142,9mm³ Wf = 𝜋 . (Ø𝑡𝑎𝑚𝑏𝑜𝑟4− Ø𝑖𝑡4) 32 . 𝐷 357142,9 mm³= 𝜋 . (4004− Ø𝑖𝑡4) 32 . 400 1455131083 = (4004 − Ø𝑖𝑡4) - 2,414486892 = − Ø𝑖𝑡 Øit = 394,19mm EspT= 3 mm (adotado) 5.10 Cálculo da Potência Útil do Motor - (Pu) Onde: Pu = potência útil do motor Q = carga(20000N) Vs = velocidade de subida/descida (0,2m/s) Pu = 0,2 . 2000 75 Pu = 5,33CV x-1 x-1 Pu = 𝑉𝑠 . 𝑄 75 66 5.11 Cálculo do Rendimento da Transmissão do Sistema (Ƞsist.) Figura 10 – Croqui do Projeto Figura 24 – Croqui da Vista Frontal e Lateral do Projeto Onde: Ƞredutor = 0,82 (Anexo 13) Ƞmancais de rolamento do tambor = 0,99%(par) Ƞmancais de rolamento do sem fim = 0,99%(par) Rolamentos do sem fim Rolamentos da coroa 67 Ƞmancais de rolamento da coroa = 0,99%(par) Ƞacoplamento = 0,99% - 2 unid. Sendo um na entrada e um na saída Ƞsistema = 0,82 x 0,99 x 0,99² = 0,787 Ƞsistema = 0,787% 5.12 Cálculo da Potência do Motor- (Pm) Tabela 10 – Dados do Motor Onde: Pu = potência útil do motor(5,33CV) Ƞsist.= 0,787% Pm = 5,33 0,787 Pm = 6,77CV Pm(adotado)= 7,5CV Pm = 𝑃𝑢 Ƞsist. 68 Figura 25 – Desenhos para Dimensões do Motor Tabela 11 –Dimensões da Carcaça do Motor 5.13 Cálculo da Relação de Transmissão(Redução) = i i = Relação de transmissão do sistema = (Redução) Rotação do motor adotado = 1200rpmRpm da coroa = 10 (saída) i = 1200𝑟𝑝𝑚(𝑚𝑜𝑡𝑜𝑟) 10𝑟𝑝𝑚(𝑡𝑎𝑚𝑏𝑜𝑟) i = 1: 120 Redução = 𝑟𝑝𝑚(𝑒𝑛𝑡𝑟𝑎𝑑𝑎) 𝑟𝑝𝑚(𝑠𝑎𝑖𝑑𝑎) 69 5.14 Torque de Entrada do Redutor = (Momento torçor - Mtsf) Onde: MTsf = momento torçor do sem fim (entrada) MTt = momento torçor do tambor [20000Nm] - saída (i)= redução do redutor [1:120] MTsf = 𝑀𝑇(𝑡𝑎𝑚𝑏𝑜𝑟) 𝑖 MTsf(motor) = 20000 120 = 166,67Nm MTsf(motor) = 167 Nm 5.15 Diagrama de Esforços com Medidas A - Eixo e mancais da rosca sem fim Onde: PIa = esforço axial no mancal I Plr = Esforço radial no mancal I PIIa = Esforço axial no mancal II PIIr = Esforço radial no mancal II PITg = Esforço tangencial no mancal I PIITg = Esforço tangencial no mancal II Pa = Esforço axial do sem fim rpsf = Raio do diâmetro primitivo do sem fim Ls = Comprimento total entre os mancais LI e LII = Comprimento do mancal até a metade da rosca sem fim 70 PLI = Força de reação no mancal I PLII = Força de reação no mancal II Figura 26 – Esforços no Eixo e Mancais da Rosca sem Fim B - Eixos e mancais da Coroa Onde: PIIIa = esforço axial no mancal III PIIlr = Esforço radial no mancal III PIVa = Esforço axial no mancal IV PIVr = Esforço radial no mancal IV PIIITg = Esforço tangencial no mancal III PIVTg = Esforço tangencial no mancal IV rpc = Raio do diâmetro primitivo da coroa Lr = Comprimento total entre os mancais da coroa LIII e LIV = Comprimento do mancal até a metade da largura da coroa 71 PLI = Força de reação no mancal I PLII = Força de reação no mancal II PLIII = Força de reação no mancal III PLIV = Força de reação no mancal IV Figura 27 – Esforços no Eixos e Mancais da Coroa 5.16 Cálculos da Rosca sem Fim com Duas Entradas Denominação Símbolo Fórmula Módulo M M = t / 𝜋 Passo do sem fim t T = m . 𝜋 Módulo normal Mn Mn = m . 𝑐𝑜𝑠λ Passo normal Tn Tn = Mn . 𝜋 Ângulo da hélice λ Tg λ= 𝑀 . 𝑁𝑒𝑠𝑓 ∅𝑒𝑠𝑓 N° de dentes da coroa Zc Zc = ∅𝑝𝑐 𝑀 Nesf = 𝐻 𝑡 72 N° de entradas do sem fim Nesf Avanço do sem fim H H = Nesf . t Diâmetro primitivo do sem fim Øpsf Øpsf = 𝑀𝑛 .𝑁𝑒𝑠𝑓 𝑠𝑒𝑛𝜆 Diâmetro primitivo da coroa Øpc Øpc = M . Zc Altura da cabeça do dente hc λ < 15°hk = M λ ≥ 15°hk = Mn Altura do pé do dente hp λ < 15°hf = 1,2 . M λ ≥ 15°hf = 1,2 . Mn Altura total do dente h λ < 15°h = 2,2 . M λ ≥ 15°h = 2,2 . Mn Diâmetro externo do sem fim Øesf Øesf = dpsf + 2 . hc Diâmetro interno do sem fim Øisf Øisf = dpsf - 2 . hf Diâmetro da cabeça da coroa(aprox.) Øcc Øcc = Øpc + 2.hc Diâmetro externo da coroa(externo) Øec Øec = dcc + m Diâmetro interno da coroa Øic Øic = Øpc – 2 . hp Largura útil da coroa B B = 2 . M . √ dpsf M + 1 73 Largura da coroa Bo Bo ~ b + m Comprimento do sem fim L L = 2 . (1 + √𝑍𝑐) . 𝑀 Comprimento min. do sem fim Lmin. Lmín. = ≥ 10 . 𝑀 Relação de transmissão i i = 𝑁𝑠𝑓 𝑁𝑐 Distância entre centro C C = 𝐷𝑜𝑠𝑓+𝐷𝑜𝑐 2 Tabela 12 - Características e fórmulas do redutor coroa/rosca sem fim Material = Aço 1050 temperado e revenido Tabela 13 - Velocidades de Deslizamento do Parafuso sem Fim 74 Figura 28 – Eixo Rosca sem Fim A - Módulo da rosca sem fim – M Onde: M = módulo T = passo adotado(22mm) 𝜋 = Constante trigonométrica M = 22 𝜋 M = 7mm B - Cálculo do Passo da Rosca sem fim – (t) Onde: M = módulo 7mm t = passo 𝜋 = 3,14 T = 7 x 𝜋 T = 22mm C - Cálculo do módulo normal – (Mn) Onde: Mn = módulo normal M = módulo 7mm cosλ - cosseno do ângulo do filete(15°) = (0,965) Mn = 7 . 0,965 Mn = 6,76mm D - Passo normal da rosca sem fim – (Tn) Onde: Tn = Passo normal Mn = m . cosλ Mn = m . cos15º M = 𝑇 𝜋 T = M x 𝜋 75 Mn = módulo normal(6,76mm) Tn = 6,76 . 3,14 Tn = 21,22mm E - Cálculo do Ângulo da hélice da rosca sem fim - λ Onde: Tgλ = ângulo da hélice do sem fim (desenho acima) m = módulo(7) Nesf = nº de entradas do sem fim (2) Øesf = Diâmetro externo da rosca sem fim (66mm) Tg λ= 7 . 2 66 Tg λ= 0,212 λ= 12° Será adotado λ= 15° pois os melhores rendimentos situam-se entre 15° e 20°. F - Cálculo do Avanço da rosca sem fim – (H) Onde: H = avanço do sem fim Nesf = n° de entradas do sem fim (2) T = passo do sem fim (22mm) H = 2 . 22 H = 44mm Tn = Mn . 𝜋 Tg λ= 𝑀 . 𝑁𝑒𝑠𝑓 Ø𝑒𝑠𝑓 H = Nesf .T 76 G - Cálculo do n° de entradas da rosca sem fim - (Nesf) Onde: Nesf = n° de entradas do sem fim H = avanço do sem fim (44mm) T = passo do sem fim (22mm) Nesf = 44 22 Nesf = 2 entradas H - Cálculo do nº de módulos do diâmetro do sem fim – (q*) Onde: q* = n° de módulos do diâmetro primitivo do sem fim Nesf = n°entradas do sem fim (2 entradas) λ = 15° q* = 2 𝑡𝑔𝜆15° q* = 2 0,267 q* = 7,5 I - Cálculo do Diâmetro primitivo da rosca sem fim - (Dpsf) Onde: Øpsf = diâmetro primitivo da rosca sem fim M = módulo (7) q* = n° de módulos do diâmetro do sem fim (7,5) adimensional Nesf = 𝐻 𝑡 q* = 𝑁𝑒𝑠𝑓 𝑡𝑔𝜆15° Øpsf = M . q* 77 Dpsf = 7 .7,5 Dpsf = 52,4mm J - Cálculo do diâmetro interno do sem fim – (Øisf) Onde: Øisf = diâmetro interno do sem fim Øpsf = diâmetro primitivo do sem fim (52,4mm) hp = altura do pé do dente (8,1mm) Øisf = 52,4 - 2 . 8,1 Øisf = 36,2mm K - Recálculo do diâmetro primitivo do sem fim – (Øpsf) Onde: ∅psf = diâmetro primitivo da rosca sem fim Mn = módulo normal (6,76mm) λ = 15° Nesf = n° de entradas do sem fim (2) ∅osf = 6,76 . 2 𝑠𝑒𝑛𝜆(15°) ∅psf = 6,76 . 2 0,258 Øpsf = 52,4mm Øisf = Øpsf - 2 . hp Øpsf = 𝑀𝑛 .𝑁𝑒𝑠𝑓 𝑠𝑒𝑛𝜆15°) 78 L - Cálculo do diâmetro externo da rosca sem fim – (Øesf) Onde: Øesf = diâmetro externo do sem fim Øpsf = diâmetro primitivo do sem fim (52,4mm) hc = altura da cabeça do dente (6,76mm) Øesf = 52,4 + 2 . 6,76 Øesf = 52,4 + 13,52 Øesf = 66mm M - Cálculo do n° de dentes da Coroa (Zc) Onde: Zc = n°de dentes i = relação de transmissão(1:120) Nesf = n° de entradas do sem fim(2) Zc = 1202 Zc = 60 dentes N - Cálculo do comprimento do sem fim - (Lsf) Zc = 𝑖 𝑁𝑒𝑠𝑓 Øesf = Øpsf + 2 . hc 79 Figura 29 – Comprimento da Rosca sem Fim Onde: Zc = n° de dentes da coroa (60) Lsf = comp. do sem fim M = módulo (7) L = 2 . (1 + √60) . 7 L = 2 . 8,74 . 7 L = 122,4mm O - Cálculo do comprimento mínimo do sem fim(Lmsf) Onde: Lmin. = comprimento mínimo do sem fim M = módulo(7) Lmsf ≥ 10 . 7 = 70mm Lmsf ≥ 70mm L = 2 . (1 + √𝑍𝑐) . 𝑀 Lmsf ≥ 10 . M 80 5.17 Cálculos da Coroa Tabela 14 – Tensão Admissível do SAE 65 Material da coroa = Bronze fundido em areia SAE 65 Figura 30 – Dimensões da Coroa h = altura total do dente(14,85mm) hc = altura da cabeça do dente(6,76mm) hp = altura do pé do dente(8,1mm) 81 A - Altura da cabeça do dente da coroa - (hc) Onde: hc = altura da cabeça do dente M = módulo(7) Mn = módulo normal(6,76) *Ângulo do dente adotado λ = 15° (altura da cabeça do dente hc =6,76mm) B - Altura do pé do dente da coroa – (hp) Onde: hp = altura do pé do dente M = módulo(7) Mn = módulo normal(6,76mm) Ângulo adotado λ = 15° C - Altura total do dente – (h) Onde: h = altura do dente M = módulo(7) Mn = módulo normal(6,76) *Ângulo do dente adotado λ = 15°(altura total do dente h = 14,85mm λ < 15° = 1,2 . M λ≥15°= 1,2 . Mn λ < 15° = 1,2 . 7 λ≥15° = 1,2 . 6,76 λ < 15°hp = 8,4mm λ≥15°hp = 8,1 λ < 15°hc = M λ≥15°hc = Mn λ < 15°hc = 7mm λ≥15°hc = 6,76mm λ < 15°h = 2,2 . M λ≥15°h = 2,2 . Mn λ < 15°h = 2,2 . 7 λ≥15°h = 2,2 . 6,76 λ < 15°h = 15,14 λ≥15°h = 14,87 82 D - Cálculo do diâmetro primitivo da coroa – (Øpc) Onde: Øpc = diâmetro primitivo da coroa M = módulo(7) Zc = número de dentes da coroa(6 dentes) Øpc = 7 . 60 Øpc = 420mm E - Cálculo do diâmetro da cabeça da coroa (Øcc) Onde: Øpc = diâmetro primitivo da coroa(420mm) hc = altura da cabeça do dente(6,76mm) Øcc = 420 + 2 . 6,76 Øcc = 433,52mm F - Cálculo do diâmetro externo da Coroa (Øec) Onde: Øcc = diâmetro da cabeça da coroa(433,52mm) M = módulo(7) Øec = 433,52 + 7 Øec = 440,52mm Øpc = M . Zc Øcc = Doc + 2 . hc Øec = Øcc + M 83 G - Cálculo do diâmetro interno da Coroa(Øic) Onde: Øic = diâmetro interno da coroa Øic = diâmetro primitivo da coroa(420mm) hp = altura do pé do dente(6,76mm) Øic = 420 – 2 . 6,76 Øic = 406,5mm H - Cálculo da largura útil da coroa - (B) Onde: B = largura útil da coroa M = módulo(7) Øpsf = diâmetro primitivo do sem fim(52,4mm) B = 2 . 7 . √ 52,4 7 + 1 B = 14 . 2,73 + 1 B = 39,22mm I - Cálculo da largura da coroa – (Bo) Onde: Bo = largura útil (30,5mm) B = largura (39,22mm) M = módulo (7) Bo ≅ 39,22 + 7 Bo = 46,22mm Bo ≅ B + M Øic = Øpc – 2 . hp B = 2 . M . √ Ø𝑝𝑠𝑓 𝑀 + 1 84 J - Distância entre centro – (C) Figura 31 – Distância entre os centros das Peças Onde: C = distância entre centros Øpsf = diâmetro primitivo do sem fim (52,4mm) Øpc = diâmetro primitivo da coroa (420mm) C = 52,4 +420 2 C = 236,2mm K - Força tangencial da coroa (FTc) MTc = momento torçor da coroa (20000N) Øpc = Diâmetro primitivo da coroa (420mm) FTc = 2 . 𝑀𝑇𝑐 Ø𝑝𝑐 FTc = 2 . 20000 0,42𝑚 FTc(coroa) = 95238N C = Ø𝑝𝑠𝑓+Ø𝑝𝑐 2 85 L - Velocidade periférica da coroa - Vpc Vpc = л . Ø𝑝𝑐 . 𝑁𝑐 60 . 1000 Vpc = л . 420 . 10 60 . 1000 Vpc = 13188 60000 Vpc = 0,219m/s 5.18 Fatores de Carga Fator de concentração de carga (Kc) Tabela 15 – Fator de Concentração de Carga Fator dinâmico de carga (Kd) Tabela 16 – Fator Dinâmico de Carga Vtc = velocidade tangencial da cora = 0,219m/s Kd = 1,0 pois Vpc =0,219 ≤ 3m/s Kc = 1 para carga normal Kc = 2 para carga pesada Kd = 1,0 a 1,1 para Vcoroa ≤ 3m/s Kd = 1,1 a 1,2 para Vcoroa > 3m/s 86 5.19 Força Tangencial do Sem Fim (FTsf) MTsf = Momento torçor do sem fim (167N) Øpsf = Diâmetro primitivo do sem fim (0,0524m) FTsf = 2 . 𝑀𝑇𝑠𝑓 Ø𝑝𝑠𝑓 FTsf = 2 . 167 0,0524 FTsf = 6374Nm 5.20 Velocidade de Deslizamento Entre a Coroa e Sem Fim – Vdsf 𝜋 = constante trigonométrica (3,14) Øpsf = Diâmetro primitivo do sem fim(mm) Nsf = rpm do sem fim(1200) = motor adotado de 1200rpm cosl = cosseno do ângulo da hélice(15°) Vdsf = л .Ø𝑝𝑠𝑓 .𝑁𝑠𝑓 60 . 1000 . 𝑐𝑜𝑠𝜆 Vdsf = л .52,4 . 1200 60 . 1000 . 0,965 Vdsf = 197443,2 57900 Vdsf = 3,41m/s 87 5.21 Ângulo de Atrito da Coroa (𝜌) Tabela 17 – Ângulo de Atrito 𝜌 = 1°40’’ 5.22 Coeficiente de Atrito (𝜇) 𝜌 = Ângulo de atrito (1°40’’) 𝜇 = Tg 𝜌 𝜇 = Tg1°40’’ 𝜇 = 0,029 5.23 Rendimento par Coroa e Sem Fim Rendimento do par coroa sem fim será determinado por: Ƞ = 𝑇𝑔𝜆 𝑇𝑔(𝜆 + 𝜌) Ƞ = 𝑇𝑔15° 𝑇𝑔(15° + 1°40′′) Ƞ = 0,267 0,300 Ƞ = 0,89% 88 5.24 Materiais da Rosca sem Fim e Coroa Material da rosca sem fim = Aço 1050 temperado e revenido com 𝜎adm = 17651,97N/cm² (tabela 13 ), Dureza HRC > 45 (Tabela 18) Tabela 13 - Velocidades de Deslizamento do Parafuso sem Fim Tabela 18 - Dureza do Material do sem Fim Material da coroa = Bronze fundido em areia –SAE 65 𝜎adm = 11768N/cm² (tabela 14) 89 Tabela 14 – Tensão Admissível do SAE 65 5.25 Fator de Atuação da Carga – K* K* = Fator de atuação da carga Nac = número de ciclos de aplicação de cargas (1) adimensional Nc = rpm da coroa (10rpm) Nev = número de engrenagens por volta (1) Lh = duração em horas do serviço (250000h) Nac = 60 . Lh . Nc . Nev Nac = 60 . 25000 . 10 . 1 Nac = 15000000 K* = √ 107 Nac 8 K* = √ 10000000 15000000 8 K* = √0,666 8 K* = 0,950 90 5.26 Pressão Máxima de Contato – 𝜎mc K* = Fator de atuação da carga (0,950) Nac = número de ciclos de aplicação de cargas (1) adimensional Lh = duração em horas do serviço (25000h). Nc = rotação da coroa (42rpm). Nev = número de engrenagens por volta (1) adimensional. 𝜎c = pressão admissível de contato na coroa (11768N/cm²) 𝜎mc = 𝜎c . K* 𝜎mc = 11768 N/cm² . 0,950 𝜎mc = 11172N/cm² 5.27 Ângulo de Pressão Normal – 𝛼o 𝛼o = 20° Tabela 19 – Ângulo de Pressão Normal 91 Tabela 20 – Ângulo de Pressão Normal(2) 5.28 Ângulo de Pressão Frontal – 𝛼of Figura 32 – Croqui do Ângulo de Pressão Frontal 𝛼°𝑓 92
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