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FOLHA DE ROSTO ORIENTATIVA PARA PROVA OBJETIVA LEIA AS ORIENTAÇÕES COM CALMA E ATENÇÃO! INSTRUÇÕES GERAIS ● Atenção ao tempo de duração da prova, que já inclui o preenchimento da folha de respostas. ● Cada uma das questões da prova objetiva está vinculada ao comando que imediatamente a antecede e contém orientação necessária para resposta. Para cada questão, existe apenas UMA resposta válida e de acordo com o gabarito. ● Faltando uma hora para o término do simulado, você receberá um e-mail para preencher o cartão- resposta, a fim de avaliar sua posição no ranking. Basta clicar no botão vermelho de PREENCHER GABARITO, que estará no e-mail, ou acessar a página de download da prova. Você deve fazer o cadastro em nossa plataforma para participar do ranking. Não se preocupe: o cadastro é grátis e muito simples de ser realizado. – Se a sua prova for estilo Certo ou Errado (CESPE/CEBRASPE): marque o campo designado com o código C, caso julgue o item CERTO; ou o campo designado com o código E, caso julgue o item ERRADO. Se optar por não responder a uma determinada questão, marque o campo “EM BRANCO”. Lembrando que, neste estilo de banca, uma resposta errada anula uma resposta certa. Obs.: Se não houver sinalização quanto à prova ser estilo Cespe/Cebraspe, apesar de ser no estilo CERTO e ERRADO, você não terá questões anuladas no cartão-resposta em caso de respostas erradas. – Se a sua prova for estilo Múltipla Escolha: marque o campo designado com a letra da alternativa escolhida (A, B, C, D ou E). É preciso responder a todas as questões, pois o sistema não permite o envio do cartão com respostas em branco. ● Uma hora após o encerramento do prazo para preencher o cartão-resposta, você receberá um e-mail com o gabarito para conferir seus acertos e erros. Caso você seja aluno da Assinatura Ilimitada, você receberá, com o gabarito, a prova completa comentada – uma vantagem exclusiva para assinantes, com acesso apenas pelo e-mail e pelo ambiente do aluno. Em caso de solicitação de recurso para alguma questão, envie para o e-mail: treinodificil_jogofacil@grancursosonline.com.br. Nossa ouvidoria terá até dois dias úteis para responder à solicitação. Desejamos uma excelente prova! 11º SIMULADO PRF – POLÍCIA RODOVIÁRIA FEDERAL PRF – POLÍCIA RODOVIÁRIA FEDERAL • Nas questões a seguir, marque, para cada uma, a única opção correta, de acordo com o respectivo comando. Para as devidas marcações, use a Folha de Respostas, único documento válido para a correção da sua prova. • Em seu caderno de prova, caso haja opção(ões) constituída(s) pela estrutura Situação hipotética:... seguida de Assertiva:..., os dados apresentados como situação hipotética deverão ser considerados premissa(s) para o julgamento da assertiva proposta. • Eventuais espaços livres – identificados ou não pela expressão “Espaço livre” – que constarem deste caderno de prova pode- rão ser utilizados para rascunhos. � Baseado no formato de prova � aplicado pela banca Cebraspe BLOCO I LÍNGUA PORTUGUESA LUCAS LEMOS Um Apólogo � Era uma vez uma agulha, que disse a um novelo de linha: � – Por que está você com esse ar, toda cheia de si, toda enrolada, para fingir que vale alguma cousa neste mundo? � – Deixe-me, senhora. � – Que a deixe? Que a deixe, por quê? Porque lhe digo que está com um ar insuportável? Repito que sim, e falarei sempre que me der na cabeça. � – Que cabeça, senhora? A senhora não é alfinete, é agu- lha. Agulha não tem cabeça. Que lhe importa o meu ar? Cada qual tem o ar que Deus lhe deu. Importe-se com a sua vida e deixe a dos outros. � – Mas você é orgulhosa. � – Decerto que sou. � – Mas por quê? � – É boa! Porque coso. Então os vestidos e enfeites de nossa ama, quem é que os cose, senão eu? � – Você? Esta agora é melhor. Você é que os cose? Você ignora que quem os cose sou eu e muito eu? � – Você fura o pano, nada mais; eu é que coso, prendo um pedaço ao outro, dou feição aos babados... � – Sim, mas que vale isso? Eu é que furo o pano, vou adiante, puxando por você, que vem atrás obedecendo ao que eu faço e mando... � – Também os batedores vão adiante do imperador. � – Você é imperador? � – Não digo isso. Mas a verdade é que você faz um pa- pel subalterno, indo adiante; vai só mostrando o caminho, vai fazendo o trabalho obscuro e ínfimo. Eu é que prendo, ligo, ajunto... � Estavam nisto, quando a costureira chegou à casa da ba- ronesa. Não sei se disse que isto se passava em casa de uma baronesa, que tinha a modista ao pé de si, para não andar atrás dela. Chegou a costureira, pegou do pano, pegou da agulha, pegou da linha, enfiou a linha na agulha, e entrou a coser. Uma e outra iam andando orgulhosas, pelo pano adiante, que era a melhor das sedas, entre os dedos da costureira, ágeis como os galgos de Diana – para dar a isto uma cor poética. E dizia a agulha: � – Então, senhora linha, ainda teima no que dizia há pou- co? Não repara que esta distinta costureira só se importa co- migo; eu é que vou aqui entre os dedos dela, unidinha a eles, furando abaixo e acima... � A linha não respondia; ia andando. Buraco aberto pela agulha era logo enchido por ela, silenciosa e ativa, como quem sabe o que faz, e não está para ouvir palavras loucas. A agulha, vendo que ela não lhe dava resposta, calou-se tam- bém, e foi andando. E era tudo silêncio na saleta de costura; não se ouvia mais que o plic-plic-plic-plic da agulha no pano. Caindo o sol, a costureira dobrou a costura, para o dia se- guinte. Continuou ainda nessa e no outro, até que no quarto acabou a obra, e ficou esperando o baile. � Veio a noite do baile, e a baronesa vestiu-se. A costu- reira, que a ajudou a vestir-se, levava a agulha espetada no corpinho, para dar algum ponto necessário. E enquanto com- punha o vestido da bela dama, e puxava de um lado ou outro, arregaçava daqui ou dali, alisando, abotoando, acolchetando, a linha para mofar da agulha, perguntou-lhe: � – Ora, agora, diga-me, quem é que vai ao baile, no corpo da baronesa, fazendo parte do vestido e da elegância? Quem é que vai dançar com ministros e diplomatas, enquanto você volta para a caixinha da costureira, antes de ir para o balaio das mucamas? Vamos, diga lá. � Parece que a agulha não disse nada; mas um alfinete, de cabeça grande e não menor experiência, murmurou à pobre agulha: � – Anda, aprende, tola. Cansas-te em abrir caminho para ela e ela é que vai gozar da vida, enquanto aí ficas na caixi- nha de costura. Faze como eu, que não abro caminho para ninguém. Onde me espetam, fico. � Contei esta história a um professor de melancolia, que me disse, abanando a cabeça: � – Também eu tenho servido de agulha a muita linha ordinária! Machado de Assis. "Para Gostar de Ler - Volume 9 - Contos", Editora Ática - São Paulo, 1984, pág. 59. Considerando as informações contidas no texto, julgue os itens seguintes conforme a Língua Portuguesa. 1 Conclui-se adequadamente do texto que a agulha faz apenas o que lhe compete, pois não coopera e não trabalha em equipe. 2 O discurso indireto utilizado no decorrer do texto contribui para dar “vida” aos personagens. 1 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50 55 60 65 70 https://www.pensador.com/autor/machado_de_assis/ 11º SIMULADO PRF – POLÍCIA RODOVIÁRIA FEDERAL 3 Na visão da senhora linha, a agulha exerce um papel secun- dário na situação relatada. 4 Está evidente, no texto, que as personagens vivem um confli- to narrado pelo professor de melancolia. 5 Quanto à tipologia do texto, ele é essencialmente narrativo, sinalizado por personagens que são seres inanimados repre- sentando tipos humanos. 6 Em “mas um alfinete, de cabeça grande e não menor ex- periência, murmurou à pobre agulha” (l. 63 e 65), ocorre o acento grave devido à fusão de preposição “a”, exigida pelo termo “murmurou”, com artigo “a” que acompanha a pala- vra feminina. 7 Em “Então, senhora linha, ainda teima no que dizia há pou- co?” (l. 39-40), as vírgulas que isolam “senhora linha” são provocadaspor uma opção estilística do autor. 8 Em “Estavam nisto, quando a costureira chegou à casa da ba- ronesa.” (l. 30-31), usou-se adequadamente o acento indica- tivo de crase antes da palavra casa, assim como em Quando chegamos à casa, ainda sentíamos enjoo em nosso corpo. 9 Em “dizia há pouco?” (l. 39-40), o sujeito da forma verbal destacada é conhecido como sujeito indeterminado. 10 Em “A agulha, vendo que ela não lhe dava resposta, calou-se também” (l. 46-47), o pronome “lhe” exerce a função sintáti- ca idêntica ao do seguinte exemplo: “Colocou-lhe no dedo a aliança prometida”. 11 Em “Importe-se com a sua vida e deixe a dos outros” (l. 10- 11), a partícula “se” exerce a função de índice de indetermi- nação do sujeito. 12 Em “Eu é que furo o pano” (l. 21), o vocábulo “que” desem- penha a função de conjunção integrante. 13 Em “A linha não respondia; ia andando” (l. 43), as formas verbais em destaque nos sugerem uma ação habitual. 14 O deslocamento da partícula “lhe”, em “Deus lhe deu” (l. 10), para depois do verbo – escrevendo-se “deu-lhe” – prejudica- ria a correção gramatical do texto. 15 No trecho “Estavam nisto, quando a costureira chegou à casa da baronesa.” (l. 30-31), a vírgula logo após o termo “nisto” poderia ser eliminada sem prejuízo para a correção gramati- cal do período no qual ela aparece. RACIOCÍNIO LÓGICO-MATEMÁTICO MARCELO LEITE O quadro a seguir apresenta os resultados das ações da Polícia Rodoviária Federal (PRF) durante o ano de 2020. Com base nas informações anteriores, julgue os itens a seguir: 16 O quantitativo de veículos automotores recuperados em 2020 representa aumento de 1,25% em relação ao ano de 2019. Assim, nesse ano foram recuperados mais de 7.980 veículos. 17 Considere que a quantidade de armas apreendidas pela PRF, a partir de 2015 até 2020, formam a sequência (a1, a2, a3, ..., a6), cuja lei de formação é dada por an = a1. bn-1. Caso b5 seja igual a 3, então em 2015 foram apreendidas mais de 675 armas. 18 Imagine que toda a maconha apreendida em 2020 pela PRF será transportada para uma mesma incineradora; conside- re que serão utilizados caminhões os quais transportam até 3.000 kg de maconha, sendo que cada veículo fará apenas uma única viagem. Então, para realizar o transporte completo dessa droga, serão utilizados 224 caminhões. 19 Considere que a terça parte das armas citadas foi apreendi- da no estado de São Paulo, enquanto a metade do restante foi apreendida na região Centro-Oeste e as demais na região Norte do Brasil. Assim, a quantidade de armas apreendidas na região Norte é superior a 670. 20 Em 2020, a PRF fez um estudo em relação à quantidade de veículos automotores recuperados e constatou uma projeção futura de que, a partir desse ano, a cada ano subsequente, ocorreria aumento constante de 230 carros recuperados. Com base nessa situação hipotética, é correto concluir que a proje- ção de carros recuperados em 2030 será igual a 10.170. 11º SIMULADO PRF – POLÍCIA RODOVIÁRIA FEDERAL 21 A tabela a seguir representa a quantidade de armas apreendi- das, em milhares, pela PRF nos últimos quatro anos. Considerando que a média de armas apreendidas nesses qua- tro anos é igual a 6.575 armas por ano, então em 2019 foram apreendidas mais de 6.300 armas. 22 Considere que, se 18 Policiais Rodoviários trabalharem du- rante seis horas por dia, eles conseguem abordar 324 veícu- los. Caso a essa equipe de Policiais sejam adicionados mais dois agentes tão eficientes quanto os demais, então, ao traba- lharem durante oito horas por dia, esses 20 Policiais aborda- rão mais de 470 veículos. 23 Sabe-se que os eventos A e B são independentes e que P(A) = 1/2 e P(B) = 2/5, então P(A∪ B) = 90%. INFORMÁTICA JEFERSON BOGO 24 Jeferson Bogo, Agente da PRF, está utilizando um compu- tador com o sistema operacional Windows 10 – configura- ção padrão, idioma português Brasil. Ele está com vários programas abertos, incluindo documentos ainda não salvos. Como está saindo para realizar patrulhamento na rodovia, o que pode demorar muito tempo, deseja desligar o computa- dor sem precisar se preocupar em perder as informações dos programas. Para isso, ele pode usar a opção Hibernar. 25 Jeferson Bogo, Agente da PRF, está na sua seção de trabalho, onde está navegando na Internet com o browser Microsoft Edge, configuração padrão – idioma português Brasil. Ao di- gitar um URL na barra de endereços e acessar o site desejado, percebe que o site não é legítimo, apesar de ele mesmo ter digitado o URL. Nesse caso, é provável que ele esteja sendo vítima de um tipo de phishing. 26 Jeferson Bogo, Agente da PRF, está editando uma planilha usando o Excel 2019 – configuração padrão, idioma portu- guês Brasil, conforme a imagem a seguir, que mostra parte da planilha. Na célula “C19”, ele pode ter digitado a função =SOMASE(A1:A15;B19;B1:B15), para obter o total de aci- dentes conforme a “BR” digitada na célula “B19”. 27 Ao assinar digitalmente uma mensagem, todo o seu conte- údo é criptografado, com o uso do algoritmo hash. O que garante, ao destinatário, entre outras propriedades, que a mensagem não foi alterada, ou seja, está inalterada, por meio da comparação do resumo gerado pelo remetente e do que é gerado pelo destinatário. 28 Jeferson Bogo, Agente da PRF, está configurando uma LAN na sua seção. Os computadores serão conectados entre si para troca de arquivos e compartilhamento de equipamentos fí- sicos, como a impressora, por exemplo, e todos usarão um mesmo modem para conexão à Internet. Nesse caso, todos navegarão na Internet usando o IP atribuído ao modem. Isso é possível graças a um serviço chamado: NAT (Network Address Translation). 29 Jeferson Bogo, Agente da PRF, está usando um computador com sistema operacional Linux, distribuição Ubuntu, e está logado como “root”. Ele precisa alterar as permissões de um arquivo chamado “PRF_2021” para que o dono possa ter to- das as permissões, e os demais, somente a permissão de leitu- ra. Para executar esse procedimento, no terminal, é suficiente que ele digite: chmod 744 PRF_2021 e tecle Enter. 11º SIMULADO PRF – POLÍCIA RODOVIÁRIA FEDERAL FÍSICA HÉRICO AVOHAI Uma viatura da PRF parte do repouso da origem de uma rodovia, com aceleração constante igual a 2 m/s2 e começa a perseguir um veículo suspeito, localizado no km 0,5, que se movimenta com velocidade constante igual a 5 m/s. Ambos se deslocam numa rodovia reta e plana, no mesmo sentido. Com base no texto e nos princípios da cinemática, julgue os itens a seguir: 30 A viatura da PRF alcançará o veículo suspeito aos 25s. 31 A velocidade com a que viatura da PRF alcança o veículo suspeito é superior a 150 km/h. 32 O gráfico a seguir, da posição em função do tempo, represen- ta a perseguição descrita. Na figura seguinte, dois blocos estão ligados entre si por uma corda de massa desprezível. O bloco A está sobre uma superfície plana e tem massa igual a 10 kg; já o bloco B tem massa igual a 8 kg. Considerando a aceleração e a gravidade iguais a 10 m/s2, a super- fície sem atrito e a polia ideal, julgue os itens a seguir. 33 A aceleração do sistema é menor que 5 m/s2. 34 A tração na corda tem módulo maior que 45 N. ÉTICA KÁTIA LIMA Maurício, servidor público federal, estava de férias e fez diversas postagens ofensivas em rede social sobre a conduta antiética do gestor do setor onde trabalha. Segundo Maurício, o gestor desviava servidor público e estagiários para trabalhos diversos, fora das atribuições do cargo ou da atividade de estágio, para fins pessoais. O gestor ainda manifestava claramente preferencias por determi- nados colaboradores em detrimento de outros, o que gerava vários conflitos. Maurício usou as redes sociais porque, segundo ele, não havia outra forma de denunciar, já que não sabia se havia comissão de ética no órgão em que trabalha. Tendo o texto hipotético anterior como referência e à luz do Decreto n. 1.171/1994, julgue os itens a seguir. 35 A ética no serviço públicoprescinde de meios éticos, sendo absolutamente justificáveis os seus fins. 36 Ao desviar servidores das atribuições do cargo, o gestor de Maurício cometeu desvio ético passível da penalidade de censura. 37 Maurício não cometeu desvio ético ao fazer postagens em relação ao gestor nas redes sociais, já que estava de férias e, portanto, fora do expediente normal de trabalho. 38 O servidor não pode permitir que simpatias, como demons- tradas pelo gestor de Maurício, interfiram no trato com cole- gas hierarquicamente superiores ou inferiores. 39 Todos os órgãos públicos devem ter Comissão de Ética cons- tituída, mas, caso a instituição onde Maurício trabalha não tivesse uma, ele poderia oferecer denúncia sobre o caso ao superior do gestor da unidade. GEOPOLÍTICA KLEBER CAVERNA Reduzir custos com logística é uma tarefa que exige bastante conhecimento do gestor. Para ter sucesso, é preciso estudar as van- tagens de cada um dos modais de transporte utilizados no Brasil. Sobre esse tema, julgue: 40 O transporte rodoviário é o mais utilizado no Brasil, sendo responsável por cerca de 75% da distribuição, e esse modal conduz de insumos a produtos industrializados, sendo indi- cado e vantajoso para a logística de grandes, médias e cur- tas distâncias, devido à simplicidade para contratar pessoal, à flexibilidade para definir rotas e ao fato de ele poder ser combinado com outros modais, como o ferroviário e o aéreo. 11º SIMULADO PRF – POLÍCIA RODOVIÁRIA FEDERAL 41 Os modais de transporte apresentam características comple- mentares que, quando reunidas, podem ser utilizadas para otimizar o envio de mercadorias de um local para outro, e, embora exista o predomínio do modelo rodoviário no Brasil, há potencial para o desenvolvimento de alternativas que vi- sem o aprimoramento logístico do país. Observe a charge a seguir: Https://viatrolebus.com.br É fato que o ser humano, em sua jornada, deixa vestígios enquanto caminha, sendo estes benéficos ou maléficos, e os impactos cau- sados por meios de transportes terrestres proporcionam concei- tos de grande relevância na vida da sociedade, pois, em casos de poluição do ar, em diversas ocasiões, temos a saúde prejudicada. Muitas vezes, isso ocorre sem uma maior percepção imediata sobre o assunto, pois, entre os poluentes do ar, existem diversas partículas inaláveis na fumaça emitidas pelos veículos, compostas por dióxido de enxofre, dióxido de nitrogênio, ozônio, monóxido de carbono e dióxido de carbono, por exemplo. Essas substâncias podem prejudicar seriamente a saúde do indivíduo, desencade- ando diversas consequências negativas para o corpo. Disponível em: < https://www.aedb.br/seget/arquivos/artigos19/23728204.pdf> Sobre esse tema e assuntos correlatos, julgue: 42 As rodovias são grandes vetores de poluição por metais pesados e afetam diretamente a acumulação do Hg no perfil dos solos, nas águas, nas plantas e na fauna, e, dessa forma, contribuem para a biogeoacumulação desses metais nos ecossistemas. 43 Verifica-se a existência de poluição dos solos por componen- tes dos automóveis, seja o pneu, o combustível utilizado ou óleo derramado nas vias; nesse sentido, os estudos desses po- luentes têm despertado interesse devido à importância de se compreender o comportamento desses metais nos ecossiste- mas devido à toxidade deles para animais, micro-organismos, plantas e para a saúde humana. Leia o texto a seguir: As chuvas podem até ser, atualmente, uma boa notícia para as regiões cujos reservatórios se encontram em estado calamitoso de estiagem, mas, para o segmento de transportes em geral, não é algo bem-vindo. Em aeroportos, rodovias e mesmo ferrovias e portos, chuvas pesadas e condições climáticas desafiadoras são sempre um entrave para se manter em dia o cronograma. As operadoras e empresas de transportes trabalham com medidas contingenciais para esses casos, mas o proprietário da carga também deve, sempre que for possível, tentar trabalhar com folga e prazos seguros para evitar perdas e prejuízos decorrentes de fenômenos climáticos. Fonte: https://blog.cargobr.com/clima-transporte/adaptado O clima brasileiro é bastante diversificado e suas inter-relações com os transportes são evidentes. Sobre esse tema e assuntos cor- relatos, julgue: 44 O Brasil tem cerca de 93% de seu território localizado no hemisfério austral, o restante encontra-se no hemisfério me- ridional; isso significa que o território está na zona intertropi- cal do planeta, com exceção da região sul. 45 No verão, as massas de ar mEa, mEc, mTa e a mTc são as que mais influenciam o clima brasileiro, sendo elas quentes e, em sua maioria, possuindo muita umidade, fazendo com que essa estação seja bastante quente e úmida, ao passo que, no inverno, a interferência dessas massas diminui, e a mPa passa a atuar mais sobre o país, provocando quedas nas tem- peraturas do Brasil. HISTÓRIA DA PRF ALKINDER NASCIMENTO 46 A Polícia Rodoviária Federal, hoje integrante da estrutura do Ministério da Justiça e Segurança Pública, já teve sua es- trutura organizacional pertencente ao Departamento Nacio- nal de Infraestrutura de Transportes (DNER), e este, quando da sua criação, em 1937, integrava o Ministério da Viação e Obras Públicas. 47 A Polícia Rodoviária Federal atua em suas atividades ordi- nárias com o apoio de grupos especializados cujos integran- tes passam por cursos de capacitação específicos. Sobre esse tema, é correto afirmar que a cinotecnia é a atividade especia- lizada de operações aéreas. 11º SIMULADO PRF – POLÍCIA RODOVIÁRIA FEDERAL 48 Uma das atividades marcantes e que trazem grande visibi- lidade à Polícia Rodoviária Federal são as operações com motocicletas e, por conseguinte, os serviços de escolta, de batedor e de motopoliciamento, atividades que passaram a ser desempenhadas pela PRF somente quando da realização dos grandes eventos esportivos a partir de 2007. 49 São notórios o apoio e o envolvimento da Polícia Rodoviá- ria Federal aos grandes eventos esportivos, como a Copa do Mundo de Futebol em 2014 e as Olimpíadas de 2016. Além desses eventos esportivos, outro que recebeu apoio da ins- tituição, embora não seja de cunho esportivo, foi a Jornada Mundial da Juventude, realizada no Rio de Janeiro em 2013. 50 Um dos ambientes mais operados para o desenvolvimento de atividades criminosas é a rodovia, contudo, a atuação da Po- lícia Rodoviária Federal limita-se às atividades de trânsito, sendo o combate à criminalidade de competência da Polícia Militar dos estados e do Distrito Federal. BLOCO II RESOLUÇÕES CONTRAN ESTÊVÃO GONÇALO Julgue os itens a seguir com base nas resoluções do CON- TRAN em vigor: 51 Segundo a Resolução n. 349/2010, caso seja necessário trans- portar, em automóvel, carga indivisível, admite-se que esta seja levada sobre o teto do veículo, respeitado o limite de altura máximo estabelecido na Resolução n. 210/2006, que define as dimensões permitidas para os veículos automotores. 52 Com relação à Resolução n. 360/2010, a habilitação obti- da em país estrangeiro por brasileiro respeitará os mesmos critérios da habilitação de condutor estrangeiro, desde que comprovada a residência fixa no país de habilitação por, pelo menos, seis meses, quando expedido o documento. 53 Segundo a Resolução n. 360/2010, a Habilitação Internacio- nal para Dirigir expedida no Brasil não substitui a Carteira Nacional de Habilitação, portanto, no caso da suspensão do direito de dirigir, somente a CNH será recolhida para cumpri- mento da penalidade. Julgue os itens a seguir com base nas resoluções do CONTRAN e tomando por referência, quando necessário, a imagem adiante: 54 Pela imagem, é possível observar que o caminhão teve seu conjunto de suspensão traseiro alterado. Nesse caso, a varia- ção máxima do ângulo em relação a um plano horizontal de- verá ser de, no máximo, dois graus. 55 Ainda com base na alteração da suspensão, a oficina respon- sável pelo serviço deverá fazer constar em tarjeta própria,afi- xada ao veículo, preferencialmente na longarina, o ângulo de inclinação produzido. 56 Caso o proprietário do veículo da imagem tenha interesse em incluir um segundo eixo direcional, este deverá utilizar um eixo novo, com nota fiscal, ou preencher atestado de conformidade, garantindo-se que o eixo está de acordo com as normas técnicas metrológicas e é de procedência lícita, caso usado. 57 Cor “fantasia” é atribuída ao veículo em que não é possível distinguir uma cor predominante, que ocupe área superior a 50% do veículo, excluídas as áreas envidraçadas. Julgue os itens a seguir com base nas resoluções do CONTRAN: 58 Situação hipotética: Oliveira, Policial Rodoviário Federal, em patrulhamento observou um veículo estacionado regular- mente, porém com o alarme disparado, perturbando as pes- soas nas proximidades. Após algum tempo, o alarme seguiu em funcionamento, e o proprietário não apareceu. Assertiva: nesse caso, Oliveira poderá autuar o veículo com base na Re- solução n. 624/2016, por utilizar som audível na parte exter- na, com perturbação do sossego público. 59 Para que veículos prestadores de serviço com emissão so- nora de publicidade possam produzir som audível pelo lado externo do veículo sem que cometam infração de trânsito, deverão portar autorização emitida pelo órgão ou entidade local competente. 11º SIMULADO PRF – POLÍCIA RODOVIÁRIA FEDERAL 60 Mesmo sem nota fiscal, o veículo novo poderá transitar pela via pública quando se tratar do deslocamento de pátios inter- nos para externos das montadoras e fabricantes ou empresas de transporte, no caso do regime tributário especial, quan- do ainda não houver sido emitida nota fiscal e limitado ao raio de 10 quilômetros, acompanhado de relação de produção onde conste o número de identificação veicular. 61 Quanto ao transporte de sólidos a granel, admite-se o uso de cordas para o transporte de cana-de-açúcar ou para fixa- ção de lonas. 62 Todo veículo automotor elétrico com cabine fechada, pos- suindo eixo dianteiro e traseiro, dotado de quatro rodas, com massa em ordem de marcha superior a 400kg, excluídas as baterias, não será considerado quadriciclo, deixando, assim, de estar abarcado pelas normas da Resolução n. 573/2015. 63 Apesar de o quadriciclo de carroceria aberta ser comanda- do por meio de guidão e o condutor e o passageiro estarem obrigados a usar capacetes nos mesmos moldes dos destina- dos a motociclistas, a habilitação do condutor deverá ser na categoria B. 64 Quanto ao parcelamento de débitos dos veículos, as diferen- ças de valores a serem cobrados por conta do próprio parcela- mento ficam a cargo do titular do cartão de crédito que aderir à modalidade. Já os encargos financeiros são de responsabili- dade do órgão arrecadador. 65 Um condutor que tenha recebido autuações de diversas enti- dades de trânsito diferentes, caso deseje parcelar os valores, deverá, necessariamente, procurar cada órgão autuador e re- alizar a negociação individualmente, uma vez que, apesar da possibilidade de convênio entre os órgãos, no caso do uso do cartão de crédito, a autorização emitida pelo DENATRAN é individual, correspondendo a cada ente exclusivamente. 66 O documento que dá início ao processo administrativo para imposição de punição em decorrência de alguma infração à legislação de trânsito é o Ofício de Abertura. 67 O auto de infração registrado em sistema eletrônico de pro- cessamento de dados por meio de detecção com imagens de- verá, sempre, ser referendado pela autoridade de trânsito, ou seu agente. 68 No caso de infração de responsabilidade do condutor em que este não tenha sido identificado, a Notificação de Autuação somente será emitida após a emissão do Formulário de Iden- tificação do Condutor Infrator que, não sendo preenchido e entregue em tempo hábil, será considerado o proprietário ou o principal condutor, se houver, o infrator. CÓDIGO DE TRÂNSITO BR PAULO SÉRGIO Considerando os conceitos e definições previstos na Lei n. 9.503/1997 – Código de Trânsito Brasileiro (CTB) e suas altera- ções, julgue os itens a seguir. 69 Trânsito é a movimentação e imobilização de veículos, pes- soas e animais nas vias terrestres. Já estacionamento é a imo- bilização de veículos por tempo superior ao necessário para embarque ou desembarque de passageiros. 70 O catadióptrico é um dispositivo de reflexão e refração da luz utilizado na sinalização de vias e veículos, também conheci- do como “olho-de-gato”. 71 CAPACIDADE MÁXIMA DE TRAÇÃO – CMT é o peso máximo transmitido ao pavimento pela combinação de um caminhão-trator mais seu semirreboque ou do caminhão mais o seu reboque ou reboques. 72 Segundo o Código de Trânsito Brasileiro (CTB), ar alveolar é o aparelho destinado à medição do teor alcoólico no ar alveo- lar. Já o etilômetro é o ar expirado pela boca de um indivíduo, originário dos alvéolos pulmonares. 73 Balanço traseiro é a distância entre o plano vertical passan- do pelos centros das rodas traseiras extremas e o ponto mais recuado do veículo, considerando-se todos os elementos rigi- damente fixados ao mesmo. Considerando a composição e competências dos órgãos e entida- des componentes do Sistema Nacional de Trânsito (SNT) previstas no Código de Trânsito Brasileiro – CTB, julgue os itens a seguir. 74 Compete ao CONTRAN criar as Câmaras Temáticas e esta- belecer as diretrizes para o funcionamento dos CETRAN e CONTRANDIFE. 75 Compete ao órgão máximo executivo de trânsito da União expedir a Permissão para Dirigir, a Carteira Nacional de Ha- bilitação, os Certificados de Registro e o de Licenciamento Anual mediante delegação aos órgãos executivos dos estados e do Distrito Federal. 11º SIMULADO PRF – POLÍCIA RODOVIÁRIA FEDERAL 76 Compete às Polícias Militares dos estados e do DF realizar o patrulhamento ostensivo, executando operações relacionadas com a segurança pública, com o objetivo de preservar a or- dem, a incolumidade das pessoas, o patrimônio da União e o de terceiros. 77 Compete à Polícia Rodoviária Federal, no âmbito das ro- dovias e estradas federais, fiscalizar o nível de emissão de poluentes e ruído produzidos pelos veículos automotores ou pela sua carga, de acordo com o estabelecido no Código de Trânsito Brasileiro, além de dar apoio, quando solicitado, às ações específicas dos órgãos ambientais. 78 Compete à Polícia Rodoviária Federal, no âmbito das rodo- vias e estradas federais, vistoriar veículos que necessitem de autorização especial para transitar e estabelecer os re- quisitos técnicos a serem observados para a circulação des- ses veículos. Com base na Lei n. 9.503, de 23 de setembro de 1997 – Código de Trânsito Brasileiro (CTB), julgue os itens a seguir. 79 Os usuários das vias terrestres devem se abster de obstruir o trânsito ou torná-lo perigoso, atirando, depositando ou abandonando na via objetos ou substâncias, ou nela criando qualquer outro obstáculo. Atirar do veículo ou abandonar na via objetos ou substâncias constitui infração média, e não há previsão de remoção do veículo nesse caso. 80 O condutor de veículo só poderá fazer uso de buzina, desde que em toque breve, para fazer as advertências necessárias a fim de evitar acidentes e dentro das áreas urbanas, quando for conveniente advertir a um condutor que se tem o propósito de ultrapassá-lo. 81 Os condutores de motocicletas, motonetas e ciclomotores só poderão circular nas vias utilizando capacete de segurança, com viseira ou óculos protetores, segurando o guidão com as duas mãos e usando jaqueta de couro reforçada e sapatos específicos já regulamentados pelo CONTRAN. 82 É proibido aos ciclos e aos ciclomotores transitarem em vias de trânsito rápido ou rodovias, salvo onde houver acostamen- to ou faixas de rolamento próprias. Considerando o capítulo XV do Código de Trânsito Brasileiro (CTB), que versa sobre as infrações de trânsito, julgue os itens seguintes. 83 Utilizar a via para depósito de mercadorias, materiais ou equipamentos, sem autorizaçãodo órgão ou entidade de trân- sito com circunscrição sobre a via, é considerado infração grave com a penalidade de multa e a medida administrativa de remoção da mercadoria ou do material. A penalidade e a medida administrativa incidirão exclusivamente sobre a pes- soa jurídica responsável. 84 Deixar de sinalizar qualquer obstáculo à livre circulação, à segurança de veículo e pedestres, tanto no leito da via ter- restre como na calçada, ou obstaculizar a via indevidamente constitui infração gravíssima com penalidade de multa, agra- vada em até cinco vezes, a critério da autoridade de trânsito, conforme o risco à segurança. 85 Não é proibido dirigir o veículo descalço, mas dirigir o veícu- lo com o braço do lado de fora deste ou usando calçado que não se firme nos pés ou que comprometa a utilização dos pe- dais é considerado infração média com a penalidade de multa. 86 Usar qualquer veículo para, deliberadamente, interromper, restringir ou perturbar a circulação na via sem autorização do órgão ou entidade de trânsito com circunscrição sobre ela é considerado infração gravíssima com a penalidade de multa (20 vezes) e suspensão do direito de dirigir por 12 (doze) meses, com a medida administrativa de remoção do veículo. Sendo que se aplica a multa agravada em 60 (sessenta) vezes aos organizadores da referida conduta. 87 A suspensão do direito de dirigir e a cassação da CNH são medidas administrativas que podem ser aplicadas pela autori- dade de trânsito e seus agentes, de acordo com o previsto no Código de Trânsito Brasileiro. Quanto aos crimes de trânsito previstos na Lei n. 9.503/1997 – Código de Trânsito Brasileiro (CTB), julgue os itens a seguir. 88 Juliano, ao se envolver em um acidente de trânsito sem víti- ma, resolveu se afastar do local para fugir à responsabilidade pelos danos causados. Nessa situação, Juliano cometeu crime de trânsito com previsão de pena de detenção de 06 (seis) meses a 01 (um) ano ou multa. 11º SIMULADO PRF – POLÍCIA RODOVIÁRIA FEDERAL 89 A concentração igual ou superior a 6 decigramas de álcool por litro de sangue ou igual ou superior a 0,3 miligrama de ál- cool por litro de ar alveolar aferida por equipamento hábil na condução de veículo automotor constitui crime de trânsito e acarreta ao infrator as penas de detenção, de seis meses a três anos, multa e suspensão ou proibição de se obter a permissão ou a habilitação para dirigir veículo automotor. Nesse caso, o CONTRAN disporá sobre a equivalência entre os distintos testes de alcoolemia ou toxicológicos para efeito de caracte- rização do referido crime, e poderá ser empregado qualquer aparelho homologado pelo Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia – INMETRO – para se determinar o previsto no Código de Trânsito Brasileiro em relação ao crime citado. 90 Se da prática do crime de participar, na direção de veículo automotor, em via pública, de corrida, disputa ou competição automobilística resultar lesão corporal de natureza grave, e as circunstâncias demonstrarem que o agente quis o resultado ou assumiu o risco de produzi-lo, a pena privativa de liber- dade é de reclusão, de 03 (três) a 06 (seis) anos, sem prejuízo das outras penas previstas no Código de Trânsito Brasileiro. BLOCO III DIREITO ADMINISTRATIVO RAPHAEL SPYERE 91 A criação de empresas estatais é expressão da descentraliza- ção administrativa, que implica a criação de pessoas jurídicas com atribuições previstas em lei e em seus atos constitutivos. Um Policial Rodoviário Federal, em horário de expediente e a ser- viço, ao desviar de um animal que fazia a travessia na estrada e que surgiu inesperadamente, colidiu a viatura que conduzia com um veículo que trafegava em sentido contrário, ocasionando a morte do condutor desse automóvel. Sobre a responsabilidade civil da Administração Pública e de seus agentes, julgue as asser- tivas subsecutivas. 92 Se comprovado que o condutor do veículo na ocasião do evento conduzia seu veículo na contramão, e que tal fato, ex- clusivamente, ocasionou a colisão com a viatura da polícia, deverá a responsabilidade da União ser elidida por adoção da Teoria do Risco Administrativo. 93 Em razão de sua responsabilidade civil subjetiva, o Policial Rodoviário Federal será obrigado a ressarcir os danos causa- dos, desde que se comprove que ele agiu com dolo ou culpa. 94 Segundo entendimento do Supremo Tribunal Federal, even- tual ação judicial de indenização deverá ser demandada con- tra a Polícia Rodoviária Federal, e não diretamente contra o Policial Rodoviário, já que este deverá responder regressiva- mente perante a Fazenda Pública. 95 O Poder Judiciário não tem competência para apreciar o mé- rito em si dos atos discricionários exarados pela Administra- ção Pública. Todavia, isso não significa que os atos discri- cionários escapam de apreciação judicial quanto ao princípio da juridicidade. DIREITO CONSTITUCIONAL RICARDO BLANCO Julgue os itens a seguir segundo o entendimento do STF. 96 O brasileiro nato, quaisquer que sejam as circunstâncias e a natureza do delito, não pode ser extraditado, pelo Brasil, a pedido de governo estrangeiro, pois a Constituição da Repú- blica, em cláusula que não comporta exceção, impede, em ca- ráter absoluto, a efetivação da entrega extradicional daquele que é titular, seja pelo critério do jus soli, seja pelo critério do jus sanguinis, de nacionalidade brasileira primária ou origi- nária. Esse privilégio constitucional, que beneficia, sem ex- ceção, o brasileiro nato (CF, art. 5º, LI), não se descaracteriza pelo fato de o Estado estrangeiro, por lei própria, haver-lhe reconhecido a condição de titular de nacionalidade originária pertinente a esse mesmo Estado (CF, art. 12, § 4º, II, a). 11º SIMULADO PRF – POLÍCIA RODOVIÁRIA FEDERAL 97 Sem autorização judicial ou fora das hipóteses legais, é ilícita a prova obtida mediante abertura de carta, telegrama, pacote ou meio análogo. 98 É ilícita a prova consistente em gravação ambiental realizada por um dos interlocutores sem o conhecimento do outro. Julgue os itens segundo a CF. 99 Via de regra, o primo do Governador é inelegível no estado de atuação do Chefe do Poder Executivo estadual. 100 A Polícia Ferroviária Federal, órgão permanente, organiza- do e mantido pela União e estruturado em carreira, destina- -se, na forma da lei, ao patrulhamento ostensivo das ferro- vias federais. DIREITO PENAL ÉRICO PALAZZO 101 O crime de reingresso de estrangeiro expulso é classificado como de mão própria. Todavia, pode ser praticado por brasi- leiro que preste auxílio para reingresso do estrangeiro. 102 A denunciação caluniosa pode ser praticada por agente que dá causa à instauração de processo administrativo discipli- nar por imputar infração ético-disciplinar a alguém que sabe ser inocente. 103 A falsificação de cartão de crédito ou débito configura o de- lito de estelionato. 104 A subtração de veículos automotores que venham a ser transportados para outro estado configura uma qualificadora no crime de furto e uma causa de aumento de pena no cri- me de roubo. LEI N. 13.869/2019 DIEGO FONTES 105 Constitui infração de menor potencial ofensivo o fato de o responsável pelas investigações antecipar, por meio de comu- nicação, inclusive rede social, atribuição de culpa, antes de concluídas as apurações e formalizada a acusação. 106 O crime previsto no art. 9º da Lei n. 13.869/2019, consistente em decretar medida de privação de liberdade em manifesta desconformidade com as hipóteses legais, é crime material que se consuma tão somente após o cumprimento da decisão judicial abusiva. DIREITO PROCESSUAL PENAL RAFAEL DE OLIVEIRA 107 Cláudio foi vítima de suposto crime, oportunidade em que compareceu a uma Delegacia próxima à sua residência, onde requereu a abertura de inquérito policial para apuração do fato. A autoridade policial entendeu que o fato não se tratava de crime e indeferiu o requerimento de Cláudio. De acordo com o CPP, Cláudio deverárecorrer ao Promotor de Justiça, o qual, caso entendendo plausível o recurso, requisitará à au- toridade policial a instauração do procedimento. 108 Pitágoras, réu primário, foi preso por porte de arma de fogo de uso restrito. Após a prisão chegar ao conhecimento do Magistrado Sócrates, este concedeu a liberdade provisória ao réu, uma vez que, para receber a privação de liberdade, Pitágoras devia, cumulativamente, integrar organização cri- minosa e ser reincidente. De acordo com o CPP, agiu corre- tamente o Magistrado. 109 O Código de Processo Penal considera indício a circuns- tância conhecida e provada, que, tendo relação com o fato, autorize, por indução, concluir-se a existência de outra ou outras circunstâncias. 110 De acordo com o CPP, a acareação será admitida entre acu- sados, entre acusado e testemunha, entre testemunhas, entre acusado ou testemunha e a pessoa ofendida, e entre as pes- soas ofendidas, sempre que divergirem, em suas declarações, sobre fatos ou circunstâncias relevantes. LEGISLAÇÃO ESPECIAL DOUGLAS VARGAS Considerando as previsões contidas na Lei n. 5.553/1968, a qual dispõe sobre a apresentação e o uso de documentos de identifica- ção pessoal, julgue o item a seguir: 111 A nenhuma pessoa física ou jurídica, de direito público ou privado, é lícito reter qualquer documento de identificação pessoal, ainda que apresentado por fotocópia autenticada ou pública-forma. Nesse contexto, é correto afirmar que a reten- ção de comprovante de naturalização não possui o condão de configurar o ato ilícito em estudo, haja vista que o referido documento não se equipara ao documento de identificação pessoal, diferentemente do que ocorre, por exemplo, com o comprovante de quitação do serviço militar e a carteira de identidade de estrangeiro. 11º SIMULADO PRF – POLÍCIA RODOVIÁRIA FEDERAL Considerando as previsões contidas na Lei n. 11.343/2006 – Lei de Tóxicos e a jurisprudência relacionada ao tema, julgue o item a seguir: 112 A quantidade de drogas ilícitas apreendidas em determinado contexto fático é, por si só, fator determinante para con- cluir se as substâncias se destinavam ao consumo pessoal do portador. Considerando as previsões contidas na Lei n. 9.605/1998 sobre os crimes contra o meio ambiente, julgue o item a seguir: 113 Jesse Pinkman deixou de cumprir obrigação de relevante interesse ambiental, obrigação essa estabelecida contratual- mente. Nesse contexto, é correto afirmar que mesmo que a conduta de Pinkman tenha sido praticada na forma culposa, será possível a sua responsabilização criminal, haja vista que o referido delito prevê, expressamente, a forma culposa para sua prática. Considerando as previsões contidas na Lei n. 9.455/1997, a qual define os crimes de tortura em nosso ordenamento jurídico, julgue os itens a seguir: 114 No delito de tortura, aumenta-se a pena caso o delito seja praticado mediante sequestro, ou causando lesão corporal de natureza grave, ou contra criança, gestante, pessoa com defi- ciência, adolescente ou maior de 60 anos. Por sua vez, se da tortura resultar morte, há a ocorrência de modalidade quali- ficada do delito, desde que o agente não se encontre movido pelo dolo de matar, ato em que haverá, na verdade, homicídio qualificado pela tortura. 115 Prevê o Estatuto do Desarmamento que aos residentes em áreas rurais, maiores de 21 (vinte e um) anos que compro- vem depender do emprego de arma de fogo para prover sua subsistência alimentar familiar será concedido pela Polícia Federal o porte de arma de fogo, na categoria caçador para subsistência, de uma arma de uso permitido, de tiro simples, com 1 (um) ou 2 (dois) canos, de alma lisa e de calibre igual ou inferior a 16 (dezesseis), desde que o interessado com- prove a efetiva necessidade e apresente, em requerimento, os documentos previstos em lei. DIREITOS HUMANOS LUCIANO FAVARO Desde 1989, o Brasil é signatário da Convenção contra a Tortura e Outros Tratamentos ou Penas Cruéis, Desumanos ou Degradan- tes, um importante tratado internacional de direitos humanos. Essa convenção internacional foi incorporada ao ordenamento jurídico brasileiro por intermédio do Decreto n. 40, de 15 de fevereiro de 1991. Sobre o direito de não submissão à tortura nem a tratamento desumano ou degradante, julgue os itens a seguir, considerando o disposto na Constituição da República Federativa do Brasil, de 1988 – CRFB/1988 e a Política Nacional de Direitos Humanos. 116 Tendo em vista a característica da limitabilidade dos direitos humanos, admite-se – tal qual se verifica com a aplicação de penas de morte – a relativização do direito de não submissão à tortura se se tratar do caso de guerra declarada, nos termos estabelecidos na CRFB/1988. 117 A referida convenção internacional possui estatuto de emenda constitucional, tendo em vista que os tratados internacionais de direitos humanos possuem essa hierarquia se aprovados, em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, por três quintos dos votos dos respectivos membros. 118 O combate à violência institucional, com ênfase na erradica- ção da tortura e na redução da letalidade policial e carcerária, é uma diretriz da atual política nacional de direitos humanos. 119 O direito que as pessoas humanas possuem de não serem submetidas à tortura nem a tratamento desumano ou degra- dante insere-se na classificação de direito humano de segun- da geração. Concernente ao histórico dos direitos humanos, julgue o item subsequente: 120 Pela Convenção de Genebra, de 1864, que teve por finalida- de melhorar a sorte dos militares nos exércitos em campanha, inaugurou-se o denominado direito internacional humanitário. SIMULADO PREPARATÓRIO PARA CONCURSO PÚBLICO POLÍCIA RODOVIÁRIA FEDERAL POLICIAL RODOVIÁRIO FEDERAL GABARITO Item 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 Gabarito C E C E C C E E E E E E C C C C E C C E Item 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 Gabarito E C E C C C E C C C C E C E E C E C C E Item 41 42 43 44 45 46 47 48 49 50 51 52 53 54 55 56 57 58 59 60 Gabarito C C C E C C E E C E E C E C E E C E C C Item 61 62 63 64 65 66 67 68 69 70 71 72 73 74 75 76 77 78 79 80 Gabarito C E C E E E C E C C E E C C C E C E C E Item 81 82 83 84 85 86 87 88 89 90 91 92 93 94 95 96 97 98 99 100 Gabarito E C E C C C E C C E C C C E C C C E E C Item 101 102 103 104 105 106 107 108 109 110 111 112 113 114 115 116 117 118 119 120 Gabarito C C E C C E E E C C E E C E E E E C E C https://questoes.grancursosonline.com.br 11º SIMULADO PRF – POLÍCIA RODOVIÁRIA FEDERAL BLOCO I LÍNGUA PORTUGUESA LUCAS LEMOS Um Apólogo � Era uma vez uma agulha, que disse a um novelo de linha: � – Por que está você com esse ar, toda cheia de si, toda enrolada, para fingir que vale alguma cousa neste mundo? � – Deixe-me, senhora. � – Que a deixe? Que a deixe, por quê? Porque lhe digo que está com um ar insuportável? Repito que sim, e falarei sempre que me der na cabeça. � – Que cabeça, senhora? A senhora não é alfinete, é agu- lha. Agulha não tem cabeça. Que lhe importa o meu ar? Cada qual tem o ar que Deus lhe deu. Importe-se com a sua vida e deixe a dos outros. � – Mas você é orgulhosa. � – Decerto que sou. � – Mas por quê? � – É boa! Porque coso. Então os vestidos e enfeites de nossa ama, quem é que os cose, senão eu? � – Você? Esta agora é melhor. Você é que os cose? Você ignora que quem os cose sou eu e muito eu? � – Você fura o pano, nada mais; eu é que coso, prendo um pedaço ao outro, dou feição aos babados... � – Sim, mas que vale isso? Eu é que furo o pano, vou adiante, puxando por você, que vem atrás obedecendo ao que eu faço e mando... � – Também os batedores vão adiante do imperador. � – Você é imperador? � – Não digo isso. Mas a verdade é que você faz um pa- pel subalterno, indo adiante; vai só mostrando o caminho, vai fazendo o trabalho obscuro e ínfimo. Eu é que prendo, ligo, ajunto... � Estavam nisto, quando a costureira chegou àcasa da ba- ronesa. Não sei se disse que isto se passava em casa de uma baronesa, que tinha a modista ao pé de si, para não andar atrás dela. Chegou a costureira, pegou do pano, pegou da agulha, pegou da linha, enfiou a linha na agulha, e entrou a coser. Uma e outra iam andando orgulhosas, pelo pano adiante, que era a melhor das sedas, entre os dedos da costureira, ágeis como os galgos de Diana – para dar a isto uma cor poética. E dizia a agulha: � – Então, senhora linha, ainda teima no que dizia há pou- co? Não repara que esta distinta costureira só se importa co- migo; eu é que vou aqui entre os dedos dela, unidinha a eles, furando abaixo e acima... � A linha não respondia; ia andando. Buraco aberto pela agulha era logo enchido por ela, silenciosa e ativa, como quem sabe o que faz, e não está para ouvir palavras loucas. A agulha, vendo que ela não lhe dava resposta, calou-se tam- bém, e foi andando. E era tudo silêncio na saleta de costura; não se ouvia mais que o plic-plic-plic-plic da agulha no pano. Caindo o sol, a costureira dobrou a costura, para o dia se- guinte. Continuou ainda nessa e no outro, até que no quarto acabou a obra, e ficou esperando o baile. � Veio a noite do baile, e a baronesa vestiu-se. A costu- reira, que a ajudou a vestir-se, levava a agulha espetada no corpinho, para dar algum ponto necessário. E enquanto com- punha o vestido da bela dama, e puxava de um lado ou outro, arregaçava daqui ou dali, alisando, abotoando, acolchetando, a linha para mofar da agulha, perguntou-lhe: � – Ora, agora, diga-me, quem é que vai ao baile, no corpo da baronesa, fazendo parte do vestido e da elegância? Quem é que vai dançar com ministros e diplomatas, enquanto você volta para a caixinha da costureira, antes de ir para o balaio das mucamas? Vamos, diga lá. � Parece que a agulha não disse nada; mas um alfinete, de cabeça grande e não menor experiência, murmurou à pobre agulha: � – Anda, aprende, tola. Cansas-te em abrir caminho para ela e ela é que vai gozar da vida, enquanto aí ficas na caixi- nha de costura. Faze como eu, que não abro caminho para ninguém. Onde me espetam, fico. � Contei esta história a um professor de melancolia, que me disse, abanando a cabeça: � – Também eu tenho servido de agulha a muita linha ordinária! Machado de Assis. "Para Gostar de Ler - Volume 9 - Contos", Editora Ática - São Paulo, 1984, pág. 59. Considerando as informações contidas no texto, julgue os itens seguintes conforme a Língua Portuguesa. 1 Conclui-se adequadamente do texto que a agulha faz apenas o que lhe compete, pois não coopera e não trabalha em equipe. Certo. Com base na leitura do texto na íntegra, nota-se que a agulha fica no seu posto sem se importar com os outros, fazendo ape- nas aquilo que lhe convém; por isso, o item está correto. 2 O discurso indireto utilizado no decorrer do texto contribui para dar “vida” aos personagens. Errado. No decorrer do texto, identificamos apenas um discurso direto, que é marcado pelo uso de travessões. 3 Na visão da senhora linha, a agulha exerce um papel secun- dário na situação relatada. Certo. Conforme o trecho “Mas a verdade é que você faz um papel subalterno, indo adiante; vai só mostrando o caminho, vai fa- zendo o trabalho obscuro e ínfimo”, o item está correto. 1 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50 55 60 65 70 https://www.pensador.com/autor/machado_de_assis/ 11º SIMULADO PRF – POLÍCIA RODOVIÁRIA FEDERAL 4 Está evidente, no texto, que as personagens vivem um confli- to narrado pelo professor de melancolia. Errado. O narrador do texto contou a história a um professor de melan- colia que afirmou ter servido de agulha a muita linha ordinária. Isso significa que o item está incorreto. 5 Quanto à tipologia do texto, ele é essencialmente narrativo, sinalizado por personagens que são seres inanimados repre- sentando tipos humanos. Certo. Como se pode perceber, no texto identificamos uma linha tem- poral; um encadeamento de ações que marcam a trajetória dos personagens. Por isso, podemos afirmar que se trata de um texto predominantemente narrativo, assinalando o item como correto. 6 Em “mas um alfinete, de cabeça grande e não menor ex- periência, murmurou à pobre agulha” (l. 63 e 65), ocorre o acento grave devido à fusão de preposição “a”, exigida pelo termo “murmurou”, com artigo “a” que acompanha a pala- vra feminina. Certo. No período “mas um alfinete, de cabeça grande e não menor experiência, murmurou à pobre agulha”, o emprego do sinal indicativo de crase ocorre devido à fusão de preposição “a” exigida pelo termo “murmurou” com a presença de artigo defi- nido “a” que antecede a palavra “agulha”. Dessa forma, o item está correto. 7 Em “Então, senhora linha, ainda teima no que dizia há pou- co?” (l. 39-40), as vírgulas que isolam “senhora linha” são provocadas por uma opção estilística do autor. Errado. No trecho “Então, senhora linha, ainda teima no que dizia há pouco?”, as vírgulas foram empregadas para marcar o vocativo “senhora linha”. Entenda que o papel do vocativo é chamar o interlocutor; por essa razão, a alternativa está incorreta. 8 Em “Estavam nisto, quando a costureira chegou à casa da ba- ronesa.” (l. 30-31), usou-se adequadamente o acento indica- tivo de crase antes da palavra casa, assim como em Quando chegamos à casa, ainda sentíamos enjoo em nosso corpo. Errado. Usar-se-á o sinal indicativo de crase diante das palavras casa, terra e distância somente quando estiverem especificadas. Na frase proposta pelo examinador, usou-se equivocadamente o acento grave, visto que a palavra “casa” não está especificada no texto; por isso, não pode haver o sinal. Sendo assim, o item está incorreto. 9 Em “dizia há pouco?” (l. 39-40), o sujeito da forma verbal destacada é conhecido como sujeito indeterminado. Errado. Na frase “Então, senhora linha, ainda teima no que dizia há pouco?”, observe-se que o verbo “haver” indica um tempo de- corrido, equivalente ao verbo “fazer”. Nessa situação, poder- -se-ia ter a seguinte construção: “faz pouco”. Quando o verbo “haver” ou “fazer” indicar um tempo decorrido, serão conside- rados verbos impessoais, e, nesse caso, o sujeito será inexisten- te. Portanto, o item está errado. 10 Em “A agulha, vendo que ela não lhe dava resposta, calou-se também” (l. 46-47), o pronome “lhe” exerce a função sintáti- ca idêntica ao do seguinte exemplo: “Colocou-lhe no dedo a aliança prometida”. Errado. Na frase “A agulha, vendo que ela não lhe dava resposta, calou- -se também”, o pronome “lhe” desempenha a função sintática de objeto indireto. Veja que “A agulha, vendo que ela não dava resposta a alguém, calou-se também”; afinal, o verbo dar, con- textualmente, será transitivo direto e indireto. Lembre-se de que o objeto indireto é complemento precedido de preposição, e de que o pronome “lhe” desempenhará função de objeto indireto. Já em “Colocou-lhe no dedo a aliança prometida”, o pronome “lhe” desempenha a função de adjunto adnominal, pois indica uma relação de posse. Isso significa que o item está incorreto. 11 Em “Importe-se com a sua vida e deixe a dos outros” (l. 10- 11), a partícula “se” exerce a função de índice de indetermi- nação do sujeito. Errado. No trecho “Importe-se com a sua vida e deixe a dos outros”, o vocábulo “se” desempenha a função de pronome reflexivo, ou seja, ele pratica e sofre a ação ao mesmo tempo. Veja que é para a agulha importar a si mesma com a sua vida. 12 Em “Eu é que furo o pano” (l. 21), o vocábulo “que” desem- penha a função de conjunção integrante. Errado. No trecho “Eu é que furo o pano”, nota-se que a partícula “que” poderia ser eliminada do texto, desde que a forma verbal “É” também fosse retirada simultaneamente. Então, podemos ob- servar que se trata de uma função expletiva; também conhecida como partícula de realce. Por isso, a alternativa está errada. 11º SIMULADO PRF – POLÍCIA RODOVIÁRIA FEDERAL 13 Em “A linha não respondia; ia andando” (l. 43), as formas verbais em destaquenos sugerem uma ação habitual. Certo. No trecho “A linha não respondia; ia andando”, as formas ver- bais “respondia” e “ia” estão conjugadas em pretérito imper- feito do modo indicativo; esse tempo verbal pode indicar três ideias no passado: fato não concluído; fato habitual ou constan- te; fato em realização. No contexto, percebe-se que era apenas um processo habitual, constante no passado. Por essa razão, o item está correto. 14 O deslocamento da partícula “lhe”, em “Deus lhe deu” (l. 10), para depois do verbo – escrevendo-se “deu-lhe” – prejudica- ria a correção gramatical do texto. Certo. Em “Cada qual tem o ar que Deus lhe deu”, ao se deslocar o pronome “lhe” para depois do verbo “deu”, haverá, de fato, um prejuízo para a correção gramatical, haja vista que o pronome relativo “que” é um fator atrativo por mais que exista um sujei- to expresso. Dessa forma, o item está certo. 15 No trecho “Estavam nisto, quando a costureira chegou à casa da baronesa.” (l. 30-31), a vírgula logo após o termo “nisto” poderia ser eliminada sem prejuízo para a correção gramati- cal do período no qual ela aparece. Certo. Há na construção uma oração principal seguida de uma oração subordinada adverbial temporal. Sempre que tivermos essa or- dem, a vírgula será opcional. Caso haja a inversão da ordem das orações, a vírgula será obrigatória. RACIOCÍNIO LÓGICO-MATEMÁTICO MARCELO LEITE O quadro a seguir apresenta os resultados das ações da Polícia Rodoviária Federal (PRF) durante o ano de 2020. Com base nas informações anteriores, julgue os itens a seguir: 16 O quantitativo de veículos automotores recuperados em 2020 representa aumento de 1,25% em relação ao ano de 2019. Assim, nesse ano foram recuperados mais de 7.980 veículos. Certo. Em 2019 Aumento Em 2020 100% 1,25% 101,25% Fazendo a proporcionalidade, teremos: Valor Porcentagem 8.100 101,25% (Em 2020) X 100% (Em 2019) 101,25.X = 810.000 X = 8.000 Portanto, o item é CERTO. 17 Considere que a quantidade de armas apreendidas pela PRF, a partir de 2015 até 2020, formam a sequência (a1, a2, a3, ..., a6), cuja lei de formação é dada por an = a1. bn-1. Caso b5 seja igual a 3, então em 2015 foram apreendidas mais de 675 armas. Errado. A lei de formação é dada por an = a1. bn-1; o termo a6 representa a quantidade de armas apreendidas no ano 2020, cujo valor é igual a 2019 (conforme se demonstra na tabela); e a1 representa a quantidade de armas apreendidas em 2015. Assim, teremos: an = a1. bn-1 a6 = a1. b6-1 a6 = a1. b5 Como b5 = 3, teremos: 2019 = a1.3 a1 = 673 Assim, em 2015 foram apreendidas 673 armas. Portanto, o item é ERRADO. 11º SIMULADO PRF – POLÍCIA RODOVIÁRIA FEDERAL 18 Imagine que toda a maconha apreendida em 2020 pela PRF será transportada para uma mesma incineradora; conside- re que serão utilizados caminhões os quais transportam até 3.000 kg de maconha, sendo que cada veículo fará apenas uma única viagem. Então, para realizar o transporte completo dessa droga, serão utilizados 224 caminhões. Certo. Quantidade de caminhões = = = 223,03. Portanto, para realizar o transporte total da maconha apreendi- da, serão utilizados 224 caminhões. Portanto, o item é CERTO. 19 Considere que a terça parte das armas citadas foi apreendi- da no estado de São Paulo, enquanto a metade do restante foi apreendida na região Centro-Oeste e as demais na região Norte do Brasil. Assim, a quantidade de armas apreendidas na região Norte é superior a 670. Certo. Total de armas apreendidas no ano 2020: 2019 Armas apreendidas em São Paulo: 2019 3 = 673 Armas apreendidas na região Centro-Oeste: 1 2 x 1.346 = 673 Região Norte: Total - São Paulo - região Centro-Oeste: 2019 - 673 - 673 = 673 Portanto, o item é CERTO. 20 Em 2020, a PRF fez um estudo em relação à quantidade de veículos automotores recuperados e constatou uma projeção futura de que, a partir desse ano, a cada ano subsequente, ocorreria aumento constante de 230 carros recuperados. Com base nessa situação hipotética, é correto concluir que a proje- ção de carros recuperados em 2030 será igual a 10.170. Errado. A sequência formada pela quantidade de veículos recuperados forma, nessa ordem, uma Progressão Aritmética (PA): (8.100, 8.330, 8.560,..., a11), sendo que a1 = 8.100 e a razão é igual a 230. Utilizando a fórmula do termo geral, teremos: an = a1 + (n-1).r a11 = a1 + (11 - 1) .r a11 = a1 + 10.r a11 = 8.100 + 10 x 230 a11 = 8.100 + 2.300 a11 = 10.400 Portanto, o item é ERRADO. https://grancursosonline.com.br/assinatura-ilimitada
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