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11º PRF-Policia-Rodoviaria-Federal-11-Simulado-propaganda 09-01-21

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Prévia do material em texto

FOLHA DE ROSTO ORIENTATIVA PARA PROVA OBJETIVA
LEIA AS ORIENTAÇÕES COM CALMA E ATENÇÃO!
INSTRUÇÕES GERAIS
● Atenção ao tempo de duração da prova, que já inclui o preenchimento da folha de respostas. 
● Cada uma das questões da prova objetiva está vinculada ao comando que imediatamente a 
antecede e contém orientação necessária para resposta. Para cada questão, existe apenas UMA 
resposta válida e de acordo com o gabarito. 
● Faltando uma hora para o término do simulado, você receberá um e-mail para preencher o cartão-
resposta, a fim de avaliar sua posição no ranking. Basta clicar no botão vermelho de PREENCHER 
GABARITO, que estará no e-mail, ou acessar a página de download da prova. Você deve fazer o 
cadastro em nossa plataforma para participar do ranking. Não se preocupe: o cadastro é grátis e 
muito simples de ser realizado.
– Se a sua prova for estilo Certo ou Errado (CESPE/CEBRASPE): 
marque o campo designado com o código C, caso julgue o item CERTO; ou o campo designado 
com o código E, caso julgue o item ERRADO. Se optar por não responder a uma determinada 
questão, marque o campo “EM BRANCO”. Lembrando que, neste estilo de banca, uma resposta 
errada anula uma resposta certa. 
Obs.: Se não houver sinalização quanto à prova ser estilo Cespe/Cebraspe, apesar de ser no 
estilo CERTO e ERRADO, você não terá questões anuladas no cartão-resposta em caso de 
respostas erradas.
– Se a sua prova for estilo Múltipla Escolha: 
marque o campo designado com a letra da alternativa escolhida (A, B, C, D ou E). É preciso 
responder a todas as questões, pois o sistema não permite o envio do cartão com respostas 
em branco.
● Uma hora após o encerramento do prazo para preencher o cartão-resposta, você receberá um e-mail 
com o gabarito para conferir seus acertos e erros. Caso você seja aluno da Assinatura Ilimitada, você 
receberá, com o gabarito, a prova completa comentada – uma vantagem exclusiva para assinantes, 
com acesso apenas pelo e-mail e pelo ambiente do aluno.
Em caso de solicitação de recurso para alguma questão, envie para o e-mail:
treinodificil_jogofacil@grancursosonline.com.br. 
Nossa ouvidoria terá até dois dias úteis para responder à solicitação.
Desejamos uma excelente prova!
11º SIMULADO PRF – POLÍCIA RODOVIÁRIA FEDERAL 
PRF – POLÍCIA RODOVIÁRIA FEDERAL
• Nas questões a seguir, marque, para cada uma, a única opção correta, de acordo com o respectivo comando. Para as devidas 
marcações, use a Folha de Respostas, único documento válido para a correção da sua prova.
• Em seu caderno de prova, caso haja opção(ões) constituída(s) pela estrutura Situação hipotética:... seguida de Assertiva:..., os 
dados apresentados como situação hipotética deverão ser considerados premissa(s) para o julgamento da assertiva proposta.
• Eventuais espaços livres – identificados ou não pela expressão “Espaço livre” – que constarem deste caderno de prova pode-
rão ser utilizados para rascunhos.
� Baseado no formato de prova
� aplicado pela banca Cebraspe
BLOCO I
LÍNGUA PORTUGUESA
LUCAS LEMOS
Um Apólogo
 � Era uma vez uma agulha, que disse a um novelo de linha:
 � – Por que está você com esse ar, toda cheia de si, toda 
enrolada, para fingir que vale alguma cousa neste mundo?
 � – Deixe-me, senhora.
 � – Que a deixe? Que a deixe, por quê? Porque lhe digo 
que está com um ar insuportável? Repito que sim, e falarei 
sempre que me der na cabeça.
 � – Que cabeça, senhora? A senhora não é alfinete, é agu-
lha. Agulha não tem cabeça. Que lhe importa o meu ar? Cada 
qual tem o ar que Deus lhe deu. Importe-se com a sua vida e 
deixe a dos outros.
 � – Mas você é orgulhosa.
 � – Decerto que sou.
 � – Mas por quê?
 � – É boa! Porque coso. Então os vestidos e enfeites de 
nossa ama, quem é que os cose, senão eu?
 � – Você? Esta agora é melhor. Você é que os cose? Você 
ignora que quem os cose sou eu e muito eu?
 � – Você fura o pano, nada mais; eu é que coso, prendo um 
pedaço ao outro, dou feição aos babados...
 � – Sim, mas que vale isso? Eu é que furo o pano, vou 
adiante, puxando por você, que vem atrás obedecendo ao que 
eu faço e mando...
 � – Também os batedores vão adiante do imperador.
 � – Você é imperador?
 � – Não digo isso. Mas a verdade é que você faz um pa-
pel subalterno, indo adiante; vai só mostrando o caminho, 
vai fazendo o trabalho obscuro e ínfimo. Eu é que prendo, 
ligo, ajunto...
 � Estavam nisto, quando a costureira chegou à casa da ba-
ronesa. Não sei se disse que isto se passava em casa de uma 
baronesa, que tinha a modista ao pé de si, para não andar atrás 
dela. Chegou a costureira, pegou do pano, pegou da agulha, 
pegou da linha, enfiou a linha na agulha, e entrou a coser. 
Uma e outra iam andando orgulhosas, pelo pano adiante, que 
era a melhor das sedas, entre os dedos da costureira, ágeis 
como os galgos de Diana – para dar a isto uma cor poética. E 
dizia a agulha:
 � – Então, senhora linha, ainda teima no que dizia há pou-
co? Não repara que esta distinta costureira só se importa co-
migo; eu é que vou aqui entre os dedos dela, unidinha a eles, 
furando abaixo e acima...
 � A linha não respondia; ia andando. Buraco aberto pela 
agulha era logo enchido por ela, silenciosa e ativa, como 
quem sabe o que faz, e não está para ouvir palavras loucas. 
A agulha, vendo que ela não lhe dava resposta, calou-se tam-
bém, e foi andando. E era tudo silêncio na saleta de costura; 
não se ouvia mais que o plic-plic-plic-plic da agulha no pano. 
Caindo o sol, a costureira dobrou a costura, para o dia se-
guinte. Continuou ainda nessa e no outro, até que no quarto 
acabou a obra, e ficou esperando o baile.
 � Veio a noite do baile, e a baronesa vestiu-se. A costu-
reira, que a ajudou a vestir-se, levava a agulha espetada no 
corpinho, para dar algum ponto necessário. E enquanto com-
punha o vestido da bela dama, e puxava de um lado ou outro, 
arregaçava daqui ou dali, alisando, abotoando, acolchetando, 
a linha para mofar da agulha, perguntou-lhe:
 � – Ora, agora, diga-me, quem é que vai ao baile, no corpo 
da baronesa, fazendo parte do vestido e da elegância? Quem 
é que vai dançar com ministros e diplomatas, enquanto você 
volta para a caixinha da costureira, antes de ir para o balaio 
das mucamas? Vamos, diga lá.
 � Parece que a agulha não disse nada; mas um alfinete, 
de cabeça grande e não menor experiência, murmurou à 
pobre agulha:
 � – Anda, aprende, tola. Cansas-te em abrir caminho para 
ela e ela é que vai gozar da vida, enquanto aí ficas na caixi-
nha de costura. Faze como eu, que não abro caminho para 
ninguém. Onde me espetam, fico.
 � Contei esta história a um professor de melancolia, que 
me disse, abanando a cabeça:
 � – Também eu tenho servido de agulha a muita linha 
ordinária!
Machado de Assis. "Para Gostar de Ler - Volume 9 - Contos", 
Editora Ática - São Paulo, 1984, pág. 59.
Considerando as informações contidas no texto, julgue os itens 
seguintes conforme a Língua Portuguesa.
1 Conclui-se adequadamente do texto que a agulha faz apenas o 
que lhe compete, pois não coopera e não trabalha em equipe.
2 O discurso indireto utilizado no decorrer do texto contribui 
para dar “vida” aos personagens.
1
5
10
15
20
25
30
35
40
45
50
55
60
65
70
https://www.pensador.com/autor/machado_de_assis/
11º SIMULADO PRF – POLÍCIA RODOVIÁRIA FEDERAL 
3 Na visão da senhora linha, a agulha exerce um papel secun-
dário na situação relatada.
4 Está evidente, no texto, que as personagens vivem um confli-
to narrado pelo professor de melancolia.
5 Quanto à tipologia do texto, ele é essencialmente narrativo, 
sinalizado por personagens que são seres inanimados repre-
sentando tipos humanos.
6 Em “mas um alfinete, de cabeça grande e não menor ex-
periência, murmurou à pobre agulha” (l. 63 e 65), ocorre o 
acento grave devido à fusão de preposição “a”, exigida pelo 
termo “murmurou”, com artigo “a” que acompanha a pala-
vra feminina.
7 Em “Então, senhora linha, ainda teima no que dizia há pou-
co?” (l. 39-40), as vírgulas que isolam “senhora linha” são 
provocadaspor uma opção estilística do autor.
8 Em “Estavam nisto, quando a costureira chegou à casa da ba-
ronesa.” (l. 30-31), usou-se adequadamente o acento indica-
tivo de crase antes da palavra casa, assim como em Quando 
chegamos à casa, ainda sentíamos enjoo em nosso corpo.
9 Em “dizia há pouco?” (l. 39-40), o sujeito da forma verbal 
destacada é conhecido como sujeito indeterminado. 
10 Em “A agulha, vendo que ela não lhe dava resposta, calou-se 
também” (l. 46-47), o pronome “lhe” exerce a função sintáti-
ca idêntica ao do seguinte exemplo: “Colocou-lhe no dedo a 
aliança prometida”.
11 Em “Importe-se com a sua vida e deixe a dos outros” (l. 10-
11), a partícula “se” exerce a função de índice de indetermi-
nação do sujeito.
12 Em “Eu é que furo o pano” (l. 21), o vocábulo “que” desem-
penha a função de conjunção integrante.
13 Em “A linha não respondia; ia andando” (l. 43), as formas 
verbais em destaque nos sugerem uma ação habitual.
14 O deslocamento da partícula “lhe”, em “Deus lhe deu” (l. 10), 
para depois do verbo – escrevendo-se “deu-lhe” – prejudica-
ria a correção gramatical do texto.
15 No trecho “Estavam nisto, quando a costureira chegou à casa 
da baronesa.” (l. 30-31), a vírgula logo após o termo “nisto” 
poderia ser eliminada sem prejuízo para a correção gramati-
cal do período no qual ela aparece.
RACIOCÍNIO LÓGICO-MATEMÁTICO
MARCELO LEITE
O quadro a seguir apresenta os resultados das ações da Polícia 
Rodoviária Federal (PRF) durante o ano de 2020.
Com base nas informações anteriores, julgue os itens a seguir:
16 O quantitativo de veículos automotores recuperados em 2020 
representa aumento de 1,25% em relação ao ano de 2019. 
Assim, nesse ano foram recuperados mais de 7.980 veículos.
17 Considere que a quantidade de armas apreendidas pela PRF, a 
partir de 2015 até 2020, formam a sequência (a1, a2, a3, ..., a6), 
cuja lei de formação é dada por an = a1. bn-1. Caso b5 seja igual 
a 3, então em 2015 foram apreendidas mais de 675 armas.
18 Imagine que toda a maconha apreendida em 2020 pela PRF 
será transportada para uma mesma incineradora; conside-
re que serão utilizados caminhões os quais transportam até 
3.000 kg de maconha, sendo que cada veículo fará apenas 
uma única viagem. Então, para realizar o transporte completo 
dessa droga, serão utilizados 224 caminhões.
19 Considere que a terça parte das armas citadas foi apreendi-
da no estado de São Paulo, enquanto a metade do restante 
foi apreendida na região Centro-Oeste e as demais na região 
Norte do Brasil. Assim, a quantidade de armas apreendidas 
na região Norte é superior a 670.
20 Em 2020, a PRF fez um estudo em relação à quantidade de 
veículos automotores recuperados e constatou uma projeção 
futura de que, a partir desse ano, a cada ano subsequente, 
ocorreria aumento constante de 230 carros recuperados. Com 
base nessa situação hipotética, é correto concluir que a proje-
ção de carros recuperados em 2030 será igual a 10.170.
11º SIMULADO PRF – POLÍCIA RODOVIÁRIA FEDERAL 
21 A tabela a seguir representa a quantidade de armas apreendi-
das, em milhares, pela PRF nos últimos quatro anos.
Considerando que a média de armas apreendidas nesses qua-
tro anos é igual a 6.575 armas por ano, então em 2019 foram 
apreendidas mais de 6.300 armas.
22 Considere que, se 18 Policiais Rodoviários trabalharem du-
rante seis horas por dia, eles conseguem abordar 324 veícu-
los. Caso a essa equipe de Policiais sejam adicionados mais 
dois agentes tão eficientes quanto os demais, então, ao traba-
lharem durante oito horas por dia, esses 20 Policiais aborda-
rão mais de 470 veículos.
23 Sabe-se que os eventos A e B são independentes e que P(A) = 
1/2 e P(B) = 2/5, então P(A∪ B) = 90%.
INFORMÁTICA
JEFERSON BOGO
24 Jeferson Bogo, Agente da PRF, está utilizando um compu-
tador com o sistema operacional Windows 10 – configura-
ção padrão, idioma português Brasil. Ele está com vários 
programas abertos, incluindo documentos ainda não salvos. 
Como está saindo para realizar patrulhamento na rodovia, o 
que pode demorar muito tempo, deseja desligar o computa-
dor sem precisar se preocupar em perder as informações dos 
programas. Para isso, ele pode usar a opção Hibernar. 
25 Jeferson Bogo, Agente da PRF, está na sua seção de trabalho, 
onde está navegando na Internet com o browser Microsoft 
Edge, configuração padrão – idioma português Brasil. Ao di-
gitar um URL na barra de endereços e acessar o site desejado, 
percebe que o site não é legítimo, apesar de ele mesmo ter 
digitado o URL. Nesse caso, é provável que ele esteja sendo 
vítima de um tipo de phishing. 
26 Jeferson Bogo, Agente da PRF, está editando uma planilha 
usando o Excel 2019 – configuração padrão, idioma portu-
guês Brasil, conforme a imagem a seguir, que mostra parte 
da planilha. Na célula “C19”, ele pode ter digitado a função 
=SOMASE(A1:A15;B19;B1:B15), para obter o total de aci-
dentes conforme a “BR” digitada na célula “B19”.
27 Ao assinar digitalmente uma mensagem, todo o seu conte-
údo é criptografado, com o uso do algoritmo hash. O que 
garante, ao destinatário, entre outras propriedades, que a 
mensagem não foi alterada, ou seja, está inalterada, por meio 
da comparação do resumo gerado pelo remetente e do que é 
gerado pelo destinatário. 
28 Jeferson Bogo, Agente da PRF, está configurando uma LAN 
na sua seção. Os computadores serão conectados entre si para 
troca de arquivos e compartilhamento de equipamentos fí-
sicos, como a impressora, por exemplo, e todos usarão um 
mesmo modem para conexão à Internet. Nesse caso, todos 
navegarão na Internet usando o IP atribuído ao modem. Isso 
é possível graças a um serviço chamado: NAT (Network 
Address Translation). 
29 Jeferson Bogo, Agente da PRF, está usando um computador 
com sistema operacional Linux, distribuição Ubuntu, e está 
logado como “root”. Ele precisa alterar as permissões de um 
arquivo chamado “PRF_2021” para que o dono possa ter to-
das as permissões, e os demais, somente a permissão de leitu-
ra. Para executar esse procedimento, no terminal, é suficiente 
que ele digite: chmod 744 PRF_2021 e tecle Enter. 
11º SIMULADO PRF – POLÍCIA RODOVIÁRIA FEDERAL 
FÍSICA
HÉRICO AVOHAI
Uma viatura da PRF parte do repouso da origem de uma rodovia, 
com aceleração constante igual a 2 m/s2 e começa a perseguir um 
veículo suspeito, localizado no km 0,5, que se movimenta com 
velocidade constante igual a 5 m/s. Ambos se deslocam numa 
rodovia reta e plana, no mesmo sentido.
Com base no texto e nos princípios da cinemática, julgue os 
itens a seguir:
30 A viatura da PRF alcançará o veículo suspeito aos 25s.
31 A velocidade com a que viatura da PRF alcança o veículo 
suspeito é superior a 150 km/h.
32 O gráfico a seguir, da posição em função do tempo, represen-
ta a perseguição descrita.
Na figura seguinte, dois blocos estão ligados entre si por uma corda 
de massa desprezível. O bloco A está sobre uma superfície plana 
e tem massa igual a 10 kg; já o bloco B tem massa igual a 8 kg. 
Considerando a aceleração e a gravidade iguais a 10 m/s2, a super-
fície sem atrito e a polia ideal, julgue os itens a seguir.
33 A aceleração do sistema é menor que 5 m/s2.
34 A tração na corda tem módulo maior que 45 N.
ÉTICA
KÁTIA LIMA
Maurício, servidor público federal, estava de férias e fez diversas 
postagens ofensivas em rede social sobre a conduta antiética do 
gestor do setor onde trabalha. Segundo Maurício, o gestor desviava 
servidor público e estagiários para trabalhos diversos, fora das 
atribuições do cargo ou da atividade de estágio, para fins pessoais. 
O gestor ainda manifestava claramente preferencias por determi-
nados colaboradores em detrimento de outros, o que gerava vários 
conflitos. Maurício usou as redes sociais porque, segundo ele, não 
havia outra forma de denunciar, já que não sabia se havia comissão 
de ética no órgão em que trabalha.
Tendo o texto hipotético anterior como referência e à luz do 
Decreto n. 1.171/1994, julgue os itens a seguir.
35 A ética no serviço públicoprescinde de meios éticos, sendo 
absolutamente justificáveis os seus fins.
36 Ao desviar servidores das atribuições do cargo, o gestor 
de Maurício cometeu desvio ético passível da penalidade 
de censura.
37 Maurício não cometeu desvio ético ao fazer postagens em 
relação ao gestor nas redes sociais, já que estava de férias e, 
portanto, fora do expediente normal de trabalho.
38 O servidor não pode permitir que simpatias, como demons-
tradas pelo gestor de Maurício, interfiram no trato com cole-
gas hierarquicamente superiores ou inferiores.
39 Todos os órgãos públicos devem ter Comissão de Ética cons-
tituída, mas, caso a instituição onde Maurício trabalha não 
tivesse uma, ele poderia oferecer denúncia sobre o caso ao 
superior do gestor da unidade.
GEOPOLÍTICA
KLEBER CAVERNA
Reduzir custos com logística é uma tarefa que exige bastante 
conhecimento do gestor. Para ter sucesso, é preciso estudar as van-
tagens de cada um dos modais de transporte utilizados no Brasil. 
Sobre esse tema, julgue:
40 O transporte rodoviário é o mais utilizado no Brasil, sendo 
responsável por cerca de 75% da distribuição, e esse modal 
conduz de insumos a produtos industrializados, sendo indi-
cado e vantajoso para a logística de grandes, médias e cur-
tas distâncias, devido à simplicidade para contratar pessoal, 
à flexibilidade para definir rotas e ao fato de ele poder ser 
combinado com outros modais, como o ferroviário e o aéreo.
11º SIMULADO PRF – POLÍCIA RODOVIÁRIA FEDERAL 
41 Os modais de transporte apresentam características comple-
mentares que, quando reunidas, podem ser utilizadas para 
otimizar o envio de mercadorias de um local para outro, e, 
embora exista o predomínio do modelo rodoviário no Brasil, 
há potencial para o desenvolvimento de alternativas que vi-
sem o aprimoramento logístico do país.
Observe a charge a seguir:
Https://viatrolebus.com.br
É fato que o ser humano, em sua jornada, deixa vestígios enquanto 
caminha, sendo estes benéficos ou maléficos, e os impactos cau-
sados por meios de transportes terrestres proporcionam concei-
tos de grande relevância na vida da sociedade, pois, em casos de 
poluição do ar, em diversas ocasiões, temos a saúde prejudicada. 
Muitas vezes, isso ocorre sem uma maior percepção imediata 
sobre o assunto, pois, entre os poluentes do ar, existem diversas 
partículas inaláveis na fumaça emitidas pelos veículos, compostas 
por dióxido de enxofre, dióxido de nitrogênio, ozônio, monóxido 
de carbono e dióxido de carbono, por exemplo. Essas substâncias 
podem prejudicar seriamente a saúde do indivíduo, desencade-
ando diversas consequências negativas para o corpo.
Disponível em: < https://www.aedb.br/seget/arquivos/artigos19/23728204.pdf>
Sobre esse tema e assuntos correlatos, julgue:
42 As rodovias são grandes vetores de poluição por metais pesados 
e afetam diretamente a acumulação do Hg no perfil dos solos, 
nas águas, nas plantas e na fauna, e, dessa forma, contribuem 
para a biogeoacumulação desses metais nos ecossistemas.
43 Verifica-se a existência de poluição dos solos por componen-
tes dos automóveis, seja o pneu, o combustível utilizado ou 
óleo derramado nas vias; nesse sentido, os estudos desses po-
luentes têm despertado interesse devido à importância de se 
compreender o comportamento desses metais nos ecossiste-
mas devido à toxidade deles para animais, micro-organismos, 
plantas e para a saúde humana.
Leia o texto a seguir:
As chuvas podem até ser, atualmente, uma boa notícia para as 
regiões cujos reservatórios se encontram em estado calamitoso de 
estiagem, mas, para o segmento de transportes em geral, não é algo 
bem-vindo. Em aeroportos, rodovias e mesmo ferrovias e portos, 
chuvas pesadas e condições climáticas desafiadoras são sempre 
um entrave para se manter em dia o cronograma. As operadoras 
e empresas de transportes trabalham com medidas contingenciais 
para esses casos, mas o proprietário da carga também deve, sempre 
que for possível, tentar trabalhar com folga e prazos seguros para 
evitar perdas e prejuízos decorrentes de fenômenos climáticos.
Fonte: https://blog.cargobr.com/clima-transporte/adaptado
O clima brasileiro é bastante diversificado e suas inter-relações 
com os transportes são evidentes. Sobre esse tema e assuntos cor-
relatos, julgue:
44 O Brasil tem cerca de 93% de seu território localizado no 
hemisfério austral, o restante encontra-se no hemisfério me-
ridional; isso significa que o território está na zona intertropi-
cal do planeta, com exceção da região sul.
45 No verão, as massas de ar mEa, mEc, mTa e a mTc são as 
que mais influenciam o clima brasileiro, sendo elas quentes 
e, em sua maioria, possuindo muita umidade, fazendo com 
que essa estação seja bastante quente e úmida, ao passo que, 
no inverno, a interferência dessas massas diminui, e a mPa 
passa a atuar mais sobre o país, provocando quedas nas tem-
peraturas do Brasil.
HISTÓRIA DA PRF
ALKINDER NASCIMENTO
46 A Polícia Rodoviária Federal, hoje integrante da estrutura 
do Ministério da Justiça e Segurança Pública, já teve sua es-
trutura organizacional pertencente ao Departamento Nacio-
nal de Infraestrutura de Transportes (DNER), e este, quando 
da sua criação, em 1937, integrava o Ministério da Viação e 
Obras Públicas.
47 A Polícia Rodoviária Federal atua em suas atividades ordi-
nárias com o apoio de grupos especializados cujos integran-
tes passam por cursos de capacitação específicos. Sobre esse 
tema, é correto afirmar que a cinotecnia é a atividade especia-
lizada de operações aéreas.
11º SIMULADO PRF – POLÍCIA RODOVIÁRIA FEDERAL 
48 Uma das atividades marcantes e que trazem grande visibi-
lidade à Polícia Rodoviária Federal são as operações com 
motocicletas e, por conseguinte, os serviços de escolta, de 
batedor e de motopoliciamento, atividades que passaram a 
ser desempenhadas pela PRF somente quando da realização 
dos grandes eventos esportivos a partir de 2007.
49 São notórios o apoio e o envolvimento da Polícia Rodoviá-
ria Federal aos grandes eventos esportivos, como a Copa do 
Mundo de Futebol em 2014 e as Olimpíadas de 2016. Além 
desses eventos esportivos, outro que recebeu apoio da ins-
tituição, embora não seja de cunho esportivo, foi a Jornada 
Mundial da Juventude, realizada no Rio de Janeiro em 2013.
50 Um dos ambientes mais operados para o desenvolvimento de 
atividades criminosas é a rodovia, contudo, a atuação da Po-
lícia Rodoviária Federal limita-se às atividades de trânsito, 
sendo o combate à criminalidade de competência da Polícia 
Militar dos estados e do Distrito Federal.
BLOCO II
RESOLUÇÕES CONTRAN
ESTÊVÃO GONÇALO
Julgue os itens a seguir com base nas resoluções do CON-
TRAN em vigor:
51 Segundo a Resolução n. 349/2010, caso seja necessário trans-
portar, em automóvel, carga indivisível, admite-se que esta 
seja levada sobre o teto do veículo, respeitado o limite de 
altura máximo estabelecido na Resolução n. 210/2006, que 
define as dimensões permitidas para os veículos automotores.
52 Com relação à Resolução n. 360/2010, a habilitação obti-
da em país estrangeiro por brasileiro respeitará os mesmos 
critérios da habilitação de condutor estrangeiro, desde que 
comprovada a residência fixa no país de habilitação por, pelo 
menos, seis meses, quando expedido o documento.
53 Segundo a Resolução n. 360/2010, a Habilitação Internacio-
nal para Dirigir expedida no Brasil não substitui a Carteira 
Nacional de Habilitação, portanto, no caso da suspensão do 
direito de dirigir, somente a CNH será recolhida para cumpri-
mento da penalidade.
Julgue os itens a seguir com base nas resoluções do CONTRAN 
e tomando por referência, quando necessário, a imagem adiante:
54 Pela imagem, é possível observar que o caminhão teve seu 
conjunto de suspensão traseiro alterado. Nesse caso, a varia-
ção máxima do ângulo em relação a um plano horizontal de-
verá ser de, no máximo, dois graus.
55 Ainda com base na alteração da suspensão, a oficina respon-
sável pelo serviço deverá fazer constar em tarjeta própria,afi-
xada ao veículo, preferencialmente na longarina, o ângulo de 
inclinação produzido.
56 Caso o proprietário do veículo da imagem tenha interesse 
em incluir um segundo eixo direcional, este deverá utilizar 
um eixo novo, com nota fiscal, ou preencher atestado de 
conformidade, garantindo-se que o eixo está de acordo com 
as normas técnicas metrológicas e é de procedência lícita, 
caso usado.
57 Cor “fantasia” é atribuída ao veículo em que não é possível 
distinguir uma cor predominante, que ocupe área superior a 
50% do veículo, excluídas as áreas envidraçadas.
Julgue os itens a seguir com base nas resoluções do CONTRAN:
58 Situação hipotética: Oliveira, Policial Rodoviário Federal, 
em patrulhamento observou um veículo estacionado regular-
mente, porém com o alarme disparado, perturbando as pes-
soas nas proximidades. Após algum tempo, o alarme seguiu 
em funcionamento, e o proprietário não apareceu. Assertiva: 
nesse caso, Oliveira poderá autuar o veículo com base na Re-
solução n. 624/2016, por utilizar som audível na parte exter-
na, com perturbação do sossego público.
59 Para que veículos prestadores de serviço com emissão so-
nora de publicidade possam produzir som audível pelo lado 
externo do veículo sem que cometam infração de trânsito, 
deverão portar autorização emitida pelo órgão ou entidade 
local competente.
11º SIMULADO PRF – POLÍCIA RODOVIÁRIA FEDERAL 
60 Mesmo sem nota fiscal, o veículo novo poderá transitar pela 
via pública quando se tratar do deslocamento de pátios inter-
nos para externos das montadoras e fabricantes ou empresas 
de transporte, no caso do regime tributário especial, quan-
do ainda não houver sido emitida nota fiscal e limitado ao 
raio de 10 quilômetros, acompanhado de relação de produção 
onde conste o número de identificação veicular.
61 Quanto ao transporte de sólidos a granel, admite-se o uso 
de cordas para o transporte de cana-de-açúcar ou para fixa-
ção de lonas.
62 Todo veículo automotor elétrico com cabine fechada, pos-
suindo eixo dianteiro e traseiro, dotado de quatro rodas, com 
massa em ordem de marcha superior a 400kg, excluídas as 
baterias, não será considerado quadriciclo, deixando, assim, 
de estar abarcado pelas normas da Resolução n. 573/2015.
63 Apesar de o quadriciclo de carroceria aberta ser comanda-
do por meio de guidão e o condutor e o passageiro estarem 
obrigados a usar capacetes nos mesmos moldes dos destina-
dos a motociclistas, a habilitação do condutor deverá ser na 
categoria B.
64 Quanto ao parcelamento de débitos dos veículos, as diferen-
ças de valores a serem cobrados por conta do próprio parcela-
mento ficam a cargo do titular do cartão de crédito que aderir 
à modalidade. Já os encargos financeiros são de responsabili-
dade do órgão arrecadador.
65 Um condutor que tenha recebido autuações de diversas enti-
dades de trânsito diferentes, caso deseje parcelar os valores, 
deverá, necessariamente, procurar cada órgão autuador e re-
alizar a negociação individualmente, uma vez que, apesar da 
possibilidade de convênio entre os órgãos, no caso do uso do 
cartão de crédito, a autorização emitida pelo DENATRAN é 
individual, correspondendo a cada ente exclusivamente.
66 O documento que dá início ao processo administrativo para 
imposição de punição em decorrência de alguma infração à 
legislação de trânsito é o Ofício de Abertura.
67 O auto de infração registrado em sistema eletrônico de pro-
cessamento de dados por meio de detecção com imagens de-
verá, sempre, ser referendado pela autoridade de trânsito, ou 
seu agente.
68 No caso de infração de responsabilidade do condutor em que 
este não tenha sido identificado, a Notificação de Autuação 
somente será emitida após a emissão do Formulário de Iden-
tificação do Condutor Infrator que, não sendo preenchido e 
entregue em tempo hábil, será considerado o proprietário ou 
o principal condutor, se houver, o infrator.
CÓDIGO DE TRÂNSITO BR
PAULO SÉRGIO
Considerando os conceitos e definições previstos na Lei n. 
9.503/1997 – Código de Trânsito Brasileiro (CTB) e suas altera-
ções, julgue os itens a seguir.
69 Trânsito é a movimentação e imobilização de veículos, pes-
soas e animais nas vias terrestres. Já estacionamento é a imo-
bilização de veículos por tempo superior ao necessário para 
embarque ou desembarque de passageiros. 
70 O catadióptrico é um dispositivo de reflexão e refração da luz 
utilizado na sinalização de vias e veículos, também conheci-
do como “olho-de-gato”.
71 CAPACIDADE MÁXIMA DE TRAÇÃO – CMT é o peso 
máximo transmitido ao pavimento pela combinação de um 
caminhão-trator mais seu semirreboque ou do caminhão mais 
o seu reboque ou reboques.
72 Segundo o Código de Trânsito Brasileiro (CTB), ar alveolar é 
o aparelho destinado à medição do teor alcoólico no ar alveo-
lar. Já o etilômetro é o ar expirado pela boca de um indivíduo, 
originário dos alvéolos pulmonares. 
73 Balanço traseiro é a distância entre o plano vertical passan-
do pelos centros das rodas traseiras extremas e o ponto mais 
recuado do veículo, considerando-se todos os elementos rigi-
damente fixados ao mesmo.
Considerando a composição e competências dos órgãos e entida-
des componentes do Sistema Nacional de Trânsito (SNT) previstas 
no Código de Trânsito Brasileiro – CTB, julgue os itens a seguir.
74 Compete ao CONTRAN criar as Câmaras Temáticas e esta-
belecer as diretrizes para o funcionamento dos CETRAN e 
CONTRANDIFE.
75 Compete ao órgão máximo executivo de trânsito da União 
expedir a Permissão para Dirigir, a Carteira Nacional de Ha-
bilitação, os Certificados de Registro e o de Licenciamento 
Anual mediante delegação aos órgãos executivos dos estados 
e do Distrito Federal.
11º SIMULADO PRF – POLÍCIA RODOVIÁRIA FEDERAL 
76 Compete às Polícias Militares dos estados e do DF realizar o 
patrulhamento ostensivo, executando operações relacionadas 
com a segurança pública, com o objetivo de preservar a or-
dem, a incolumidade das pessoas, o patrimônio da União e o 
de terceiros.
77 Compete à Polícia Rodoviária Federal, no âmbito das ro-
dovias e estradas federais, fiscalizar o nível de emissão de 
poluentes e ruído produzidos pelos veículos automotores ou 
pela sua carga, de acordo com o estabelecido no Código de 
Trânsito Brasileiro, além de dar apoio, quando solicitado, às 
ações específicas dos órgãos ambientais.
78 Compete à Polícia Rodoviária Federal, no âmbito das rodo-
vias e estradas federais, vistoriar veículos que necessitem 
de autorização especial para transitar e estabelecer os re-
quisitos técnicos a serem observados para a circulação des-
ses veículos.
Com base na Lei n. 9.503, de 23 de setembro de 1997 – Código de 
Trânsito Brasileiro (CTB), julgue os itens a seguir.
79 Os usuários das vias terrestres devem se abster de obstruir 
o trânsito ou torná-lo perigoso, atirando, depositando ou 
abandonando na via objetos ou substâncias, ou nela criando 
qualquer outro obstáculo. Atirar do veículo ou abandonar na 
via objetos ou substâncias constitui infração média, e não há 
previsão de remoção do veículo nesse caso. 
80 O condutor de veículo só poderá fazer uso de buzina, desde 
que em toque breve, para fazer as advertências necessárias a 
fim de evitar acidentes e dentro das áreas urbanas, quando for 
conveniente advertir a um condutor que se tem o propósito 
de ultrapassá-lo.
81 Os condutores de motocicletas, motonetas e ciclomotores só 
poderão circular nas vias utilizando capacete de segurança, 
com viseira ou óculos protetores, segurando o guidão com 
as duas mãos e usando jaqueta de couro reforçada e sapatos 
específicos já regulamentados pelo CONTRAN. 
82 É proibido aos ciclos e aos ciclomotores transitarem em vias 
de trânsito rápido ou rodovias, salvo onde houver acostamen-
to ou faixas de rolamento próprias.
Considerando o capítulo XV do Código de Trânsito Brasileiro 
(CTB), que versa sobre as infrações de trânsito, julgue os itens 
seguintes.
83 Utilizar a via para depósito de mercadorias, materiais ou 
equipamentos, sem autorizaçãodo órgão ou entidade de trân-
sito com circunscrição sobre a via, é considerado infração 
grave com a penalidade de multa e a medida administrativa 
de remoção da mercadoria ou do material. A penalidade e a 
medida administrativa incidirão exclusivamente sobre a pes-
soa jurídica responsável.
84 Deixar de sinalizar qualquer obstáculo à livre circulação, à 
segurança de veículo e pedestres, tanto no leito da via ter-
restre como na calçada, ou obstaculizar a via indevidamente 
constitui infração gravíssima com penalidade de multa, agra-
vada em até cinco vezes, a critério da autoridade de trânsito, 
conforme o risco à segurança.
85 Não é proibido dirigir o veículo descalço, mas dirigir o veícu-
lo com o braço do lado de fora deste ou usando calçado que 
não se firme nos pés ou que comprometa a utilização dos pe-
dais é considerado infração média com a penalidade de multa.
86 Usar qualquer veículo para, deliberadamente, interromper, 
restringir ou perturbar a circulação na via sem autorização do 
órgão ou entidade de trânsito com circunscrição sobre ela é 
considerado infração gravíssima com a penalidade de multa 
(20 vezes) e suspensão do direito de dirigir por 12 (doze) 
meses, com a medida administrativa de remoção do veículo. 
Sendo que se aplica a multa agravada em 60 (sessenta) vezes 
aos organizadores da referida conduta.
87 A suspensão do direito de dirigir e a cassação da CNH são 
medidas administrativas que podem ser aplicadas pela autori-
dade de trânsito e seus agentes, de acordo com o previsto no 
Código de Trânsito Brasileiro. 
Quanto aos crimes de trânsito previstos na Lei n. 9.503/1997 – 
Código de Trânsito Brasileiro (CTB), julgue os itens a seguir. 
88 Juliano, ao se envolver em um acidente de trânsito sem víti-
ma, resolveu se afastar do local para fugir à responsabilidade 
pelos danos causados. Nessa situação, Juliano cometeu crime 
de trânsito com previsão de pena de detenção de 06 (seis) 
meses a 01 (um) ano ou multa.
11º SIMULADO PRF – POLÍCIA RODOVIÁRIA FEDERAL 
89 A concentração igual ou superior a 6 decigramas de álcool 
por litro de sangue ou igual ou superior a 0,3 miligrama de ál-
cool por litro de ar alveolar aferida por equipamento hábil na 
condução de veículo automotor constitui crime de trânsito e 
acarreta ao infrator as penas de detenção, de seis meses a três 
anos, multa e suspensão ou proibição de se obter a permissão 
ou a habilitação para dirigir veículo automotor. Nesse caso, 
o CONTRAN disporá sobre a equivalência entre os distintos 
testes de alcoolemia ou toxicológicos para efeito de caracte-
rização do referido crime, e poderá ser empregado qualquer 
aparelho homologado pelo Instituto Nacional de Metrologia, 
Qualidade e Tecnologia – INMETRO – para se determinar 
o previsto no Código de Trânsito Brasileiro em relação ao 
crime citado.
90 Se da prática do crime de participar, na direção de veículo 
automotor, em via pública, de corrida, disputa ou competição 
automobilística resultar lesão corporal de natureza grave, e 
as circunstâncias demonstrarem que o agente quis o resultado 
ou assumiu o risco de produzi-lo, a pena privativa de liber-
dade é de reclusão, de 03 (três) a 06 (seis) anos, sem prejuízo 
das outras penas previstas no Código de Trânsito Brasileiro.
BLOCO III
DIREITO ADMINISTRATIVO
RAPHAEL SPYERE
91 A criação de empresas estatais é expressão da descentraliza-
ção administrativa, que implica a criação de pessoas jurídicas 
com atribuições previstas em lei e em seus atos constitutivos.
Um Policial Rodoviário Federal, em horário de expediente e a ser-
viço, ao desviar de um animal que fazia a travessia na estrada e 
que surgiu inesperadamente, colidiu a viatura que conduzia com 
um veículo que trafegava em sentido contrário, ocasionando a 
morte do condutor desse automóvel. Sobre a responsabilidade 
civil da Administração Pública e de seus agentes, julgue as asser-
tivas subsecutivas.
92 Se comprovado que o condutor do veículo na ocasião do 
evento conduzia seu veículo na contramão, e que tal fato, ex-
clusivamente, ocasionou a colisão com a viatura da polícia, 
deverá a responsabilidade da União ser elidida por adoção da 
Teoria do Risco Administrativo.
93 Em razão de sua responsabilidade civil subjetiva, o Policial 
Rodoviário Federal será obrigado a ressarcir os danos causa-
dos, desde que se comprove que ele agiu com dolo ou culpa.
94 Segundo entendimento do Supremo Tribunal Federal, even-
tual ação judicial de indenização deverá ser demandada con-
tra a Polícia Rodoviária Federal, e não diretamente contra o 
Policial Rodoviário, já que este deverá responder regressiva-
mente perante a Fazenda Pública.
95 O Poder Judiciário não tem competência para apreciar o mé-
rito em si dos atos discricionários exarados pela Administra-
ção Pública. Todavia, isso não significa que os atos discri-
cionários escapam de apreciação judicial quanto ao princípio 
da juridicidade.
DIREITO CONSTITUCIONAL
RICARDO BLANCO
Julgue os itens a seguir segundo o entendimento do STF.
96 O brasileiro nato, quaisquer que sejam as circunstâncias e a 
natureza do delito, não pode ser extraditado, pelo Brasil, a 
pedido de governo estrangeiro, pois a Constituição da Repú-
blica, em cláusula que não comporta exceção, impede, em ca-
ráter absoluto, a efetivação da entrega extradicional daquele 
que é titular, seja pelo critério do jus soli, seja pelo critério do 
jus sanguinis, de nacionalidade brasileira primária ou origi-
nária. Esse privilégio constitucional, que beneficia, sem ex-
ceção, o brasileiro nato (CF, art. 5º, LI), não se descaracteriza 
pelo fato de o Estado estrangeiro, por lei própria, haver-lhe 
reconhecido a condição de titular de nacionalidade originária 
pertinente a esse mesmo Estado (CF, art. 12, § 4º, II, a).
11º SIMULADO PRF – POLÍCIA RODOVIÁRIA FEDERAL 
97 Sem autorização judicial ou fora das hipóteses legais, é ilícita 
a prova obtida mediante abertura de carta, telegrama, pacote 
ou meio análogo.
98 É ilícita a prova consistente em gravação ambiental realizada 
por um dos interlocutores sem o conhecimento do outro.
Julgue os itens segundo a CF.
99 Via de regra, o primo do Governador é inelegível no estado 
de atuação do Chefe do Poder Executivo estadual.
100 A Polícia Ferroviária Federal, órgão permanente, organiza-
do e mantido pela União e estruturado em carreira, destina-
-se, na forma da lei, ao patrulhamento ostensivo das ferro-
vias federais.
DIREITO PENAL
ÉRICO PALAZZO
101 O crime de reingresso de estrangeiro expulso é classificado 
como de mão própria. Todavia, pode ser praticado por brasi-
leiro que preste auxílio para reingresso do estrangeiro. 
102 A denunciação caluniosa pode ser praticada por agente que 
dá causa à instauração de processo administrativo discipli-
nar por imputar infração ético-disciplinar a alguém que sabe 
ser inocente. 
103 A falsificação de cartão de crédito ou débito configura o de-
lito de estelionato.
104 A subtração de veículos automotores que venham a ser 
transportados para outro estado configura uma qualificadora 
no crime de furto e uma causa de aumento de pena no cri-
me de roubo.
LEI N. 13.869/2019
DIEGO FONTES
105 Constitui infração de menor potencial ofensivo o fato de o 
responsável pelas investigações antecipar, por meio de comu-
nicação, inclusive rede social, atribuição de culpa, antes de 
concluídas as apurações e formalizada a acusação.
106 O crime previsto no art. 9º da Lei n. 13.869/2019, consistente 
em decretar medida de privação de liberdade em manifesta 
desconformidade com as hipóteses legais, é crime material 
que se consuma tão somente após o cumprimento da decisão 
judicial abusiva.
DIREITO PROCESSUAL PENAL
RAFAEL DE OLIVEIRA
107 Cláudio foi vítima de suposto crime, oportunidade em que 
compareceu a uma Delegacia próxima à sua residência, onde 
requereu a abertura de inquérito policial para apuração do 
fato. A autoridade policial entendeu que o fato não se tratava 
de crime e indeferiu o requerimento de Cláudio. De acordo 
com o CPP, Cláudio deverárecorrer ao Promotor de Justiça, 
o qual, caso entendendo plausível o recurso, requisitará à au-
toridade policial a instauração do procedimento.
108 Pitágoras, réu primário, foi preso por porte de arma de fogo 
de uso restrito. Após a prisão chegar ao conhecimento do 
Magistrado Sócrates, este concedeu a liberdade provisória 
ao réu, uma vez que, para receber a privação de liberdade, 
Pitágoras devia, cumulativamente, integrar organização cri-
minosa e ser reincidente. De acordo com o CPP, agiu corre-
tamente o Magistrado.
109 O Código de Processo Penal considera indício a circuns-
tância conhecida e provada, que, tendo relação com o fato, 
autorize, por indução, concluir-se a existência de outra ou 
outras circunstâncias.
110 De acordo com o CPP, a acareação será admitida entre acu-
sados, entre acusado e testemunha, entre testemunhas, entre 
acusado ou testemunha e a pessoa ofendida, e entre as pes-
soas ofendidas, sempre que divergirem, em suas declarações, 
sobre fatos ou circunstâncias relevantes.
LEGISLAÇÃO ESPECIAL
DOUGLAS VARGAS
Considerando as previsões contidas na Lei n. 5.553/1968, a qual 
dispõe sobre a apresentação e o uso de documentos de identifica-
ção pessoal, julgue o item a seguir:
111 A nenhuma pessoa física ou jurídica, de direito público ou 
privado, é lícito reter qualquer documento de identificação 
pessoal, ainda que apresentado por fotocópia autenticada ou 
pública-forma. Nesse contexto, é correto afirmar que a reten-
ção de comprovante de naturalização não possui o condão de 
configurar o ato ilícito em estudo, haja vista que o referido 
documento não se equipara ao documento de identificação 
pessoal, diferentemente do que ocorre, por exemplo, com o 
comprovante de quitação do serviço militar e a carteira de 
identidade de estrangeiro.
11º SIMULADO PRF – POLÍCIA RODOVIÁRIA FEDERAL 
Considerando as previsões contidas na Lei n. 11.343/2006 – 
Lei de Tóxicos e a jurisprudência relacionada ao tema, julgue o 
item a seguir:
112 A quantidade de drogas ilícitas apreendidas em determinado 
contexto fático é, por si só, fator determinante para con-
cluir se as substâncias se destinavam ao consumo pessoal 
do portador. 
Considerando as previsões contidas na Lei n. 9.605/1998 sobre os 
crimes contra o meio ambiente, julgue o item a seguir:
113 Jesse Pinkman deixou de cumprir obrigação de relevante 
interesse ambiental, obrigação essa estabelecida contratual-
mente. Nesse contexto, é correto afirmar que mesmo que a 
conduta de Pinkman tenha sido praticada na forma culposa, 
será possível a sua responsabilização criminal, haja vista 
que o referido delito prevê, expressamente, a forma culposa 
para sua prática. 
Considerando as previsões contidas na Lei n. 9.455/1997, a qual 
define os crimes de tortura em nosso ordenamento jurídico, julgue 
os itens a seguir:
114 No delito de tortura, aumenta-se a pena caso o delito seja 
praticado mediante sequestro, ou causando lesão corporal de 
natureza grave, ou contra criança, gestante, pessoa com defi-
ciência, adolescente ou maior de 60 anos. Por sua vez, se da 
tortura resultar morte, há a ocorrência de modalidade quali-
ficada do delito, desde que o agente não se encontre movido 
pelo dolo de matar, ato em que haverá, na verdade, homicídio 
qualificado pela tortura.
115 Prevê o Estatuto do Desarmamento que aos residentes em 
áreas rurais, maiores de 21 (vinte e um) anos que compro-
vem depender do emprego de arma de fogo para prover sua 
subsistência alimentar familiar será concedido pela Polícia 
Federal o porte de arma de fogo, na categoria caçador para 
subsistência, de uma arma de uso permitido, de tiro simples, 
com 1 (um) ou 2 (dois) canos, de alma lisa e de calibre igual 
ou inferior a 16 (dezesseis), desde que o interessado com-
prove a efetiva necessidade e apresente, em requerimento, os 
documentos previstos em lei.
DIREITOS HUMANOS
LUCIANO FAVARO
Desde 1989, o Brasil é signatário da Convenção contra a Tortura 
e Outros Tratamentos ou Penas Cruéis, Desumanos ou Degradan-
tes, um importante tratado internacional de direitos humanos. Essa 
convenção internacional foi incorporada ao ordenamento jurídico 
brasileiro por intermédio do Decreto n. 40, de 15 de fevereiro de 
1991. Sobre o direito de não submissão à tortura nem a tratamento 
desumano ou degradante, julgue os itens a seguir, considerando 
o disposto na Constituição da República Federativa do Brasil, de 
1988 – CRFB/1988 e a Política Nacional de Direitos Humanos.
116 Tendo em vista a característica da limitabilidade dos direitos 
humanos, admite-se – tal qual se verifica com a aplicação de 
penas de morte – a relativização do direito de não submissão 
à tortura se se tratar do caso de guerra declarada, nos termos 
estabelecidos na CRFB/1988.
117 A referida convenção internacional possui estatuto de emenda 
constitucional, tendo em vista que os tratados internacionais 
de direitos humanos possuem essa hierarquia se aprovados, 
em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, por 
três quintos dos votos dos respectivos membros.
118 O combate à violência institucional, com ênfase na erradica-
ção da tortura e na redução da letalidade policial e carcerária, 
é uma diretriz da atual política nacional de direitos humanos.
119 O direito que as pessoas humanas possuem de não serem 
submetidas à tortura nem a tratamento desumano ou degra-
dante insere-se na classificação de direito humano de segun-
da geração.
Concernente ao histórico dos direitos humanos, julgue o item 
subsequente:
120 Pela Convenção de Genebra, de 1864, que teve por finalida-
de melhorar a sorte dos militares nos exércitos em campanha, 
inaugurou-se o denominado direito internacional humanitário.
SIMULADO PREPARATÓRIO PARA CONCURSO PÚBLICO
POLÍCIA RODOVIÁRIA FEDERAL
POLICIAL RODOVIÁRIO FEDERAL
GABARITO
Item 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20
Gabarito C E C E C C E E E E E E C C C C E C C E
Item 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40
Gabarito E C E C C C E C C C C E C E E C E C C E
Item 41 42 43 44 45 46 47 48 49 50 51 52 53 54 55 56 57 58 59 60
Gabarito C C C E C C E E C E E C E C E E C E C C
Item 61 62 63 64 65 66 67 68 69 70 71 72 73 74 75 76 77 78 79 80
Gabarito C E C E E E C E C C E E C C C E C E C E
Item 81 82 83 84 85 86 87 88 89 90 91 92 93 94 95 96 97 98 99 100
Gabarito E C E C C C E C C E C C C E C C C E E C
Item 101 102 103 104 105 106 107 108 109 110 111 112 113 114 115 116 117 118 119 120
Gabarito C C E C C E E E C C E E C E E E E C E C 
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11º SIMULADO PRF – POLÍCIA RODOVIÁRIA FEDERAL 
BLOCO I
LÍNGUA PORTUGUESA
LUCAS LEMOS
Um Apólogo
 � Era uma vez uma agulha, que disse a um novelo de linha:
 � – Por que está você com esse ar, toda cheia de si, toda 
enrolada, para fingir que vale alguma cousa neste mundo?
 � – Deixe-me, senhora.
 � – Que a deixe? Que a deixe, por quê? Porque lhe digo 
que está com um ar insuportável? Repito que sim, e falarei 
sempre que me der na cabeça.
 � – Que cabeça, senhora? A senhora não é alfinete, é agu-
lha. Agulha não tem cabeça. Que lhe importa o meu ar? Cada 
qual tem o ar que Deus lhe deu. Importe-se com a sua vida e 
deixe a dos outros.
 � – Mas você é orgulhosa.
 � – Decerto que sou.
 � – Mas por quê?
 � – É boa! Porque coso. Então os vestidos e enfeites de 
nossa ama, quem é que os cose, senão eu?
 � – Você? Esta agora é melhor. Você é que os cose? Você 
ignora que quem os cose sou eu e muito eu?
 � – Você fura o pano, nada mais; eu é que coso, prendo um 
pedaço ao outro, dou feição aos babados...
 � – Sim, mas que vale isso? Eu é que furo o pano, vou 
adiante, puxando por você, que vem atrás obedecendo ao que 
eu faço e mando...
 � – Também os batedores vão adiante do imperador.
 � – Você é imperador?
 � – Não digo isso. Mas a verdade é que você faz um pa-
pel subalterno, indo adiante; vai só mostrando o caminho, 
vai fazendo o trabalho obscuro e ínfimo. Eu é que prendo, 
ligo, ajunto...
 � Estavam nisto, quando a costureira chegou àcasa da ba-
ronesa. Não sei se disse que isto se passava em casa de uma 
baronesa, que tinha a modista ao pé de si, para não andar atrás 
dela. Chegou a costureira, pegou do pano, pegou da agulha, 
pegou da linha, enfiou a linha na agulha, e entrou a coser. 
Uma e outra iam andando orgulhosas, pelo pano adiante, que 
era a melhor das sedas, entre os dedos da costureira, ágeis 
como os galgos de Diana – para dar a isto uma cor poética. E 
dizia a agulha:
 � – Então, senhora linha, ainda teima no que dizia há pou-
co? Não repara que esta distinta costureira só se importa co-
migo; eu é que vou aqui entre os dedos dela, unidinha a eles, 
furando abaixo e acima...
 � A linha não respondia; ia andando. Buraco aberto pela 
agulha era logo enchido por ela, silenciosa e ativa, como 
quem sabe o que faz, e não está para ouvir palavras loucas. 
A agulha, vendo que ela não lhe dava resposta, calou-se tam-
bém, e foi andando. E era tudo silêncio na saleta de costura; 
não se ouvia mais que o plic-plic-plic-plic da agulha no pano. 
Caindo o sol, a costureira dobrou a costura, para o dia se-
guinte. Continuou ainda nessa e no outro, até que no quarto 
acabou a obra, e ficou esperando o baile.
 � Veio a noite do baile, e a baronesa vestiu-se. A costu-
reira, que a ajudou a vestir-se, levava a agulha espetada no 
corpinho, para dar algum ponto necessário. E enquanto com-
punha o vestido da bela dama, e puxava de um lado ou outro, 
arregaçava daqui ou dali, alisando, abotoando, acolchetando, 
a linha para mofar da agulha, perguntou-lhe:
 � – Ora, agora, diga-me, quem é que vai ao baile, no corpo 
da baronesa, fazendo parte do vestido e da elegância? Quem 
é que vai dançar com ministros e diplomatas, enquanto você 
volta para a caixinha da costureira, antes de ir para o balaio 
das mucamas? Vamos, diga lá.
 � Parece que a agulha não disse nada; mas um alfinete, 
de cabeça grande e não menor experiência, murmurou à 
pobre agulha:
 � – Anda, aprende, tola. Cansas-te em abrir caminho para 
ela e ela é que vai gozar da vida, enquanto aí ficas na caixi-
nha de costura. Faze como eu, que não abro caminho para 
ninguém. Onde me espetam, fico.
 � Contei esta história a um professor de melancolia, que 
me disse, abanando a cabeça:
 � – Também eu tenho servido de agulha a muita linha 
ordinária!
Machado de Assis. "Para Gostar de Ler - Volume 9 - Contos", 
Editora Ática - São Paulo, 1984, pág. 59.
Considerando as informações contidas no texto, julgue os itens 
seguintes conforme a Língua Portuguesa.
1 Conclui-se adequadamente do texto que a agulha faz apenas o 
que lhe compete, pois não coopera e não trabalha em equipe.
Certo.
Com base na leitura do texto na íntegra, nota-se que a agulha 
fica no seu posto sem se importar com os outros, fazendo ape-
nas aquilo que lhe convém; por isso, o item está correto.
2 O discurso indireto utilizado no decorrer do texto contribui 
para dar “vida” aos personagens.
Errado.
No decorrer do texto, identificamos apenas um discurso direto, 
que é marcado pelo uso de travessões.
3 Na visão da senhora linha, a agulha exerce um papel secun-
dário na situação relatada.
Certo.
Conforme o trecho “Mas a verdade é que você faz um papel 
subalterno, indo adiante; vai só mostrando o caminho, vai fa-
zendo o trabalho obscuro e ínfimo”, o item está correto.
1
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15
20
25
30
35
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50
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60
65
70
https://www.pensador.com/autor/machado_de_assis/
11º SIMULADO PRF – POLÍCIA RODOVIÁRIA FEDERAL 
4 Está evidente, no texto, que as personagens vivem um confli-
to narrado pelo professor de melancolia.
Errado.
O narrador do texto contou a história a um professor de melan-
colia que afirmou ter servido de agulha a muita linha ordinária. 
Isso significa que o item está incorreto.
5 Quanto à tipologia do texto, ele é essencialmente narrativo, 
sinalizado por personagens que são seres inanimados repre-
sentando tipos humanos.
Certo.
Como se pode perceber, no texto identificamos uma linha tem-
poral; um encadeamento de ações que marcam a trajetória dos 
personagens. Por isso, podemos afirmar que se trata de um texto 
predominantemente narrativo, assinalando o item como correto.
6 Em “mas um alfinete, de cabeça grande e não menor ex-
periência, murmurou à pobre agulha” (l. 63 e 65), ocorre o 
acento grave devido à fusão de preposição “a”, exigida pelo 
termo “murmurou”, com artigo “a” que acompanha a pala-
vra feminina.
Certo.
No período “mas um alfinete, de cabeça grande e não menor 
experiência, murmurou à pobre agulha”, o emprego do sinal 
indicativo de crase ocorre devido à fusão de preposição “a” 
exigida pelo termo “murmurou” com a presença de artigo defi-
nido “a” que antecede a palavra “agulha”. Dessa forma, o item 
está correto.
7 Em “Então, senhora linha, ainda teima no que dizia há pou-
co?” (l. 39-40), as vírgulas que isolam “senhora linha” são 
provocadas por uma opção estilística do autor.
Errado.
No trecho “Então, senhora linha, ainda teima no que dizia há 
pouco?”, as vírgulas foram empregadas para marcar o vocativo 
“senhora linha”. Entenda que o papel do vocativo é chamar o 
interlocutor; por essa razão, a alternativa está incorreta.
8 Em “Estavam nisto, quando a costureira chegou à casa da ba-
ronesa.” (l. 30-31), usou-se adequadamente o acento indica-
tivo de crase antes da palavra casa, assim como em Quando 
chegamos à casa, ainda sentíamos enjoo em nosso corpo.
Errado.
Usar-se-á o sinal indicativo de crase diante das palavras casa, 
terra e distância somente quando estiverem especificadas. Na 
frase proposta pelo examinador, usou-se equivocadamente o 
acento grave, visto que a palavra “casa” não está especificada 
no texto; por isso, não pode haver o sinal. Sendo assim, o item 
está incorreto.
9 Em “dizia há pouco?” (l. 39-40), o sujeito da forma verbal 
destacada é conhecido como sujeito indeterminado. 
Errado.
Na frase “Então, senhora linha, ainda teima no que dizia há 
pouco?”, observe-se que o verbo “haver” indica um tempo de-
corrido, equivalente ao verbo “fazer”. Nessa situação, poder-
-se-ia ter a seguinte construção: “faz pouco”. Quando o verbo 
“haver” ou “fazer” indicar um tempo decorrido, serão conside-
rados verbos impessoais, e, nesse caso, o sujeito será inexisten-
te. Portanto, o item está errado.
10 Em “A agulha, vendo que ela não lhe dava resposta, calou-se 
também” (l. 46-47), o pronome “lhe” exerce a função sintáti-
ca idêntica ao do seguinte exemplo: “Colocou-lhe no dedo a 
aliança prometida”.
Errado.
Na frase “A agulha, vendo que ela não lhe dava resposta, calou-
-se também”, o pronome “lhe” desempenha a função sintática 
de objeto indireto. Veja que “A agulha, vendo que ela não dava 
resposta a alguém, calou-se também”; afinal, o verbo dar, con-
textualmente, será transitivo direto e indireto. Lembre-se de que 
o objeto indireto é complemento precedido de preposição, e de 
que o pronome “lhe” desempenhará função de objeto indireto. 
Já em “Colocou-lhe no dedo a aliança prometida”, o pronome 
“lhe” desempenha a função de adjunto adnominal, pois indica 
uma relação de posse. Isso significa que o item está incorreto.
11 Em “Importe-se com a sua vida e deixe a dos outros” (l. 10-
11), a partícula “se” exerce a função de índice de indetermi-
nação do sujeito.
Errado.
No trecho “Importe-se com a sua vida e deixe a dos outros”, o 
vocábulo “se” desempenha a função de pronome reflexivo, ou 
seja, ele pratica e sofre a ação ao mesmo tempo. Veja que é para 
a agulha importar a si mesma com a sua vida.
12 Em “Eu é que furo o pano” (l. 21), o vocábulo “que” desem-
penha a função de conjunção integrante.
Errado.
No trecho “Eu é que furo o pano”, nota-se que a partícula “que” 
poderia ser eliminada do texto, desde que a forma verbal “É” 
também fosse retirada simultaneamente. Então, podemos ob-
servar que se trata de uma função expletiva; também conhecida 
como partícula de realce. Por isso, a alternativa está errada.
11º SIMULADO PRF – POLÍCIA RODOVIÁRIA FEDERAL 
13 Em “A linha não respondia; ia andando” (l. 43), as formas 
verbais em destaquenos sugerem uma ação habitual.
Certo.
No trecho “A linha não respondia; ia andando”, as formas ver-
bais “respondia” e “ia” estão conjugadas em pretérito imper-
feito do modo indicativo; esse tempo verbal pode indicar três 
ideias no passado: fato não concluído; fato habitual ou constan-
te; fato em realização. No contexto, percebe-se que era apenas 
um processo habitual, constante no passado. Por essa razão, o 
item está correto.
14 O deslocamento da partícula “lhe”, em “Deus lhe deu” (l. 10), 
para depois do verbo – escrevendo-se “deu-lhe” – prejudica-
ria a correção gramatical do texto.
Certo.
Em “Cada qual tem o ar que Deus lhe deu”, ao se deslocar o 
pronome “lhe” para depois do verbo “deu”, haverá, de fato, um 
prejuízo para a correção gramatical, haja vista que o pronome 
relativo “que” é um fator atrativo por mais que exista um sujei-
to expresso. Dessa forma, o item está certo.
15 No trecho “Estavam nisto, quando a costureira chegou à casa 
da baronesa.” (l. 30-31), a vírgula logo após o termo “nisto” 
poderia ser eliminada sem prejuízo para a correção gramati-
cal do período no qual ela aparece.
Certo.
Há na construção uma oração principal seguida de uma oração 
subordinada adverbial temporal. Sempre que tivermos essa or-
dem, a vírgula será opcional. Caso haja a inversão da ordem das 
orações, a vírgula será obrigatória.
RACIOCÍNIO LÓGICO-MATEMÁTICO
MARCELO LEITE
O quadro a seguir apresenta os resultados das ações da Polícia 
Rodoviária Federal (PRF) durante o ano de 2020.
Com base nas informações anteriores, julgue os itens a seguir:
16 O quantitativo de veículos automotores recuperados em 2020 
representa aumento de 1,25% em relação ao ano de 2019. 
Assim, nesse ano foram recuperados mais de 7.980 veículos.
Certo.
Em 2019 Aumento Em 2020
100% 1,25% 101,25%
Fazendo a proporcionalidade, teremos:
Valor Porcentagem
8.100 101,25% (Em 2020)
X 100% (Em 2019)
101,25.X = 810.000
X = 8.000
Portanto, o item é CERTO.
17 Considere que a quantidade de armas apreendidas pela PRF, a 
partir de 2015 até 2020, formam a sequência (a1, a2, a3, ..., a6), 
cuja lei de formação é dada por an = a1. bn-1. Caso b5 seja igual 
a 3, então em 2015 foram apreendidas mais de 675 armas.
Errado.
A lei de formação é dada por an = a1. bn-1; o termo a6 representa 
a quantidade de armas apreendidas no ano 2020, cujo valor é 
igual a 2019 (conforme se demonstra na tabela); e a1 representa 
a quantidade de armas apreendidas em 2015. Assim, teremos:
an = a1. bn-1
a6 = a1. b6-1
a6 = a1. b5
Como b5 = 3, teremos:
2019 = a1.3
a1 = 673
Assim, em 2015 foram apreendidas 673 armas.
Portanto, o item é ERRADO.
11º SIMULADO PRF – POLÍCIA RODOVIÁRIA FEDERAL 
18 Imagine que toda a maconha apreendida em 2020 pela PRF 
será transportada para uma mesma incineradora; conside-
re que serão utilizados caminhões os quais transportam até 
3.000 kg de maconha, sendo que cada veículo fará apenas 
uma única viagem. Então, para realizar o transporte completo 
dessa droga, serão utilizados 224 caminhões.
Certo.
Quantidade de caminhões =
 = = 223,03.
Portanto, para realizar o transporte total da maconha apreendi-
da, serão utilizados 224 caminhões.
Portanto, o item é CERTO.
19 Considere que a terça parte das armas citadas foi apreendi-
da no estado de São Paulo, enquanto a metade do restante 
foi apreendida na região Centro-Oeste e as demais na região 
Norte do Brasil. Assim, a quantidade de armas apreendidas 
na região Norte é superior a 670.
Certo.
Total de armas apreendidas no ano 2020: 2019
Armas apreendidas em São Paulo: 2019
3
 = 673
Armas apreendidas na região Centro-Oeste: 1
2
 x 1.346 = 673
Região Norte: Total - São Paulo - região Centro-Oeste: 2019 - 
673 - 673 = 673
Portanto, o item é CERTO.
20 Em 2020, a PRF fez um estudo em relação à quantidade de 
veículos automotores recuperados e constatou uma projeção 
futura de que, a partir desse ano, a cada ano subsequente, 
ocorreria aumento constante de 230 carros recuperados. Com 
base nessa situação hipotética, é correto concluir que a proje-
ção de carros recuperados em 2030 será igual a 10.170.
Errado.
A sequência formada pela quantidade de veículos recuperados 
forma, nessa ordem, uma Progressão Aritmética (PA): (8.100, 
8.330, 8.560,..., a11), sendo que a1 = 8.100 e a razão é igual a 
230. Utilizando a fórmula do termo geral, teremos:
an = a1 + (n-1).r
a11 = a1 + (11 - 1) .r
a11 = a1 + 10.r
a11 = 8.100 + 10 x 230
a11 = 8.100 + 2.300
a11 = 10.400
Portanto, o item é ERRADO.
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