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Resumo de Coluna vertebral e relações clínicas - Anatomia

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Durante o desenvolvimento embrionário do SNC, a partir da vesícula única do encéfalo primitivo são formadas três outras vesículas: prosencéfalo (encéfalo anterior), mesencéfalo (encéfalo médio) e romboencéfalo (encéfalo posterior). Posteriormente o prosencéfalo divide-se em telencéfalo e diencéfalo e o Romboencéfalo divide-se em metencéfalo e mielencéfalo. O Mesencéfalo não sofre divisão. Todas as divisões do SNC se definem na 6ª semana de vida fetal.
	REFLEXOS
	INERVAÇÃO
	NÍVEL DE INTEGRAÇÃO
(Centro reflexógeno)
	MUSCULO 
	Estilorradial 
	Nervo radial
	C5-C6
	Braquilorradial
	Bicipital
	Nervo musculo cutâneo 
	C5-C6
	Bíceps braquial
	Tricipital 
	Nervo radial
	C7-C8
	Tríceps braquial
	Flexores dos dedos
	Nervo mediano e ulnar
	C8-T1
	Flexor superficial dos dedos
	Aquileu
	Nervo tibial
	L5 A S2
	Gastrocnêmico soleo 
	Patelar 
	Nervo femoral
	L2-L4
	Quadríceps femoral
	Adutores da coxa
	Nervo obturador
	L2-L4
	Adutor magno 
Adutor longo
Adutor curto
	Costo abdominal
	Nervos intercostais
Nervo ilioinguinal
Nervo íleo hipogastrico
	T5-T12
L1
L1
	
O ligamento longitudinal anterior é uma faixa larga e espessa de tecido conjuntivo denso que une as faces anteriores dos corpos das vértebras e dos discos intervertebrais, amarrando-os, desde o arco anterior do atlas até a face pélvica do sacro. Atua reforçando o contorno anterior dos discos intervertebrais, durante o levantamento de objetos pesados e limitando a extensão da coluna, fato que é  particularmente importante na região lombar, onde o peso do corpo tende a acentuar a curvatura normal da região.
O ligamento longitudinal posterior é uma faixa de tecido conjuntivo denso que une as faces posteriores dos corpos de todas vértebras e discos pré-sacrais e portanto está localizado na parede anterior do canal vertebral e termina na face superior do canal sacral. Ele é largo e espesso na região cervical e, gradualmente, torna-se estreito e delgado nas regiões torácica e lombar. Nestas regiões estreita-se ao nível dos corpos das vértebras; fixando-se em suas bordas superior e inferior, mas na porção média do corpo une-se ao mesmo por tecido conjuntivo frouxo. Ao nível dos discos, o ligamento expande-se bilateralmente e insere nos mesmos, sendo esta a parte mais fraca do ligamento e de pouco valor para a proteção dos discos lombares. Atua limitando o movimento de flexão da coluna.
	RAIZ NERVOSA
	MOVIMENTO
	L2
	Flexão de quadril
	L3
	Extensão de joelho
	L4
	Dorsiflexão de tornozelo
	L5
	Extensão do hálux
	S1
	Plantiflexão do tornozelo, eversão do tornozelo e extensão do quadril
	S2
	Flexão do joelho
	C1-C2
	Flexão do pescoço 
	C3
	Flexão lateral do pescoço 
	C4
	Elevação do ombro
	C5
	Abdução do braço 
	C6
	Flexão do cotovelo e extensão do punho
	C7
	Extensão do cotovelo e flexão do punho
	C8
	Extensão e desvio ulnar do polegar
	T1
	Abdução do quinto dedo (mindinho)
	Atlas (C1)
	Ossos em forma de anel
Face articular superior articula-se com o osso occipital
Duas massas laterais com faces articulares
Ausência de corpo e de processo espinhoso
C1 gira nas fases articulares de C2
Artéria vertebral segue no sulco do arco posterior
	Axis C2
	O dente projeta-se superiormente
Vertebra cervical mais forte
	C3 a C7
	Grande forame vertebral triangular 
Forame transverso pelo qual passa a artéria vertebral
	C3 a C5
	Processo espinhoso bífido curto
	C6 a C7
	Processo espinhoso longo
	CC7
	Vertebra proeminente
Raízes nervosas sob risco de compressão 
	Vertebras Torácicas 
	Corpo em forma de coração
Fóveas costais para articulação com as costelas
Pequeno forame vertebral circular
Processo transverso longo que tem faces para articulação com as constelas em T1=T10
Processos espinhosos longos, que se inclinam posteriormente e se sobrepõem a vertebra subjacente
	Sacro 
	Osso grande que transmite o peso do corpo para a pelve
5 vertebras fundidas com a fusão se completando na puberdade 
4 pares de forames sacrais nas faces dorsal e pélvica 
Hiato sacral, a abertura do forame sacral
	Cóccix 
	Co1 não é fundida
Co2 – Co4 fundidas 
Ausência de pedículos, laminas e processos espinhosos
Remanescente da cauda embrionária 
A coluna vertebral forma o eixo central do corpo humano, realçando a natureza segmentar de todos os vertebrados; a coluna vertebral é composta de 33 vértebras, distribuídas:
• Vértebras cervicais: total de sete vértebras, sendo a primeira denominada atlas (C1) e a segunda denominada áxis (C2)
• Vértebras torácicas: total de 12 vértebras, cada uma destas articulando-se com um par de costelas
• Vértebras lombares: total de cinco vértebras (são grandes a fim de suportar o peso do corpo)
• Sacro: cinco vértebras fundidas
• Cóccix: total de quatro vértebras, com a primeira vértebra coccígea geralmente livre, e a segunda, terceira e quarta vértebras fundidas (um remanescente embriológico da cauda embrionária 
 Coluna vertebral no plano sagital: 
• Curvatura cervical (lordose cervical): adquirida secundariamente quando a criança passa a ser capaz de suportar o peso de sua própria cabeça
• Curvatura torácica (cifose torácica): uma curvatura primária presente no feto
• Curvatura lombar (lordose lombar): adquirida secundariamente quando a criança assume a postura ereta
• Curvatura sacral: uma curvatura primária presente no feto 
Uma vértebra típica apresenta várias características consistentes:
• Corpo vertebral: porção que suporta o peso e que tende a aumentar de tamanho à medida que o segmento da coluna vai ficando mais baixo
• Arco vertebral: projeção formada por pedículos e lâminas pares
• Processos transversos: extensões laterais a partir da união dos pedículos e lâminas
• Processos articulares: duas faces articulares superiores e duas faces articulares inferiores para articulação
• Processos espinhosos: projeção que se estende posteriormente a partir da união de duas lâminas
• Incisuras vertebrais: estruturas superiores e inferiores que formam os forames intervertebrais quando as vértebras estão articuladas
• Forames intervertebrais: atravessados por raízes de nervos espinais e vasos associados
• Forame vertebral (canal): formado a partir do arco vertebral e do corpo da vértebra, o forame contém a medula espinal e suas coberturas meníngeas
• Forames transversários: aberturas existentes nos processos transversos das vértebras cervicais que transmitem os vasos vertebrais
Podem ocorrer curvaturas da coluna acentuadas, congênitas ou adquiridas. A escoliose é uma curvatura lateral e rotacional da região torácica ou lombar da coluna, mais comum em adolescentes do gênero feminino. A “corcunda” é uma cifose acentuada da região torácica da coluna, geralmente proveniente de má postura ou osteoporose. Pode ocorrer lordose lombar acentuada em virtude de fraqueza dos músculos do tronco ou obesidade, embora também seja comumente observada nos últimos meses de gravidez.
A região cervical da coluna é composta de sete vértebras. As duas primeiras vértebras cervicais são únicas e denominadas atlas (C1) e áxis (C2). A primeira vértebra (C1) segura a cabeça no pescoço, recebendo este nome por causa do deus “Atlas”, que segurou o mundo sobre seus ombros. A vértebra áxis (C2) é o ponto de articulação no qual a cabeça gira sobre o pescoço,
fornecendo um eixo de rotação. A região cervical é uma porção bastante móvel da coluna, permitindo flexão e extensão, assim como rotação e inclinação lateral. 
OBS: O estresse ou as mudanças relacionadas à idade podem levar à desidratação dos discos intervertebrais. Neste processo, o núcleo pulposo central cria uma hérnia através do anel fibroso; se a hérnia for posterolateral – o tipo mais comum – pode ocorrer compressão do nervo espinal ou de sua raiz, enquanto estas estruturas atravessam o forame intervertebral.
ACIDENTES OSSEOS 
Os acidentes ósseos aparecem nos locais de fixação dos tendões, ligamentos e fáscia. Outras formações estão relacionadas com as articulações, a passagem dos tendões e a propiciação de maior alavanca.
Crista: crista do osso (p. ex., crista ilíaca) 
Epicôndilo: proeminência superior ou adjacentea um côndilo (p. ex., epicôndilo lateral do úmero) 
Fóvea: área plana lisa, geralmente coberta por cartilagem, onde um osso articula-se com outro (p. ex., fóvea costal superior no corpo de uma vértebra para articulação com uma costela) 
Forame: passagem através de um osso (p. ex., forame obturado) Fossa: área oca ou deprimida (p. ex., fossa infraespinal da escápula) 
Sulco: depressão ou escavação alongada (p. ex., sulco do nervo radial do úmero) 
Cabeça: extremidade articular grande e redonda (p. ex., cabeça do úmero) Linha: elevação linear (p. ex., linha para o músculo sóleo na tíbia) 
Maléolo: processo arredondado (p. ex., maléolo lateral da fíbula) Incisura: entalhe na margem de um osso (p. ex., incisura isquiática maior) 
Protuberância: projeção do osso (p. ex., protuberância occipital externa) Espinha: processo semelhante a um espinho (p. ex., espinha da escápula) 
Processo espinhoso: parte que se projeta semelhante a um espinho (p. ex., processo espinhoso de uma vértebra) 
Trocanter: elevação arredondada grande (p. ex., trocanter maior do fêmur) 
Tróclea: processo articular semelhante a uma roda ou processo que atua como roldana (p. ex., tróclea do úmero) 
Tubérculo: proeminência pequena e elevada (p. ex., tubérculo maior do úmero 
Tuberosidade ou túber: grande elevação arredondada (p. ex., túber isquiático, tuberosidade ilíaca)
TRANSSECÇÃO DA MEDULA ESPINAL (perda de toda a sensibilidade e dos movimentos voluntários abaixo do nível da lesão)
	C1 – C3
	Ausencia de função abaixo da cabeça, é necessário o uso de ventilador para respirar
	C4- C5
	Tetraplegia (ausência de função dos membros superiores e inferiores), há respiração normal
	C6- C8
	Perda da função dos membros inferiores associada a perda da função da mão, grau variável da perda da função dos membros superiores. Se alimenta sozinho e impulsiona a cadeira de rodas
	T1 – T9
	Paraplegia (paralisia de ambos os membros inferiores)
	T10 – L1
	Algumas funções dos músculos da coxa, permitindo caminhar com próteses na perna
	L2- L3
	Há preservação da maior parte da função muscular da perna; pode ser necessário usar órteses para caminhar
Os processos espinhosos e transversos são locais de fixação dos músculos profundos do dorso e servem como alavancas, facilitando os músculos que fixam ou mudam a posição das vértebras. Os processos articulares estão em aposição aos processos correspondentes de vértebras adjacentes (superiores e inferiores) a eles, formando as articulações dos processos articulares (zigapofisárias). Por meio de sua participação nessas articulações, esses processos determinam os tipos de movimentos permitidos e restritos entre as vértebras adjacentes de cada região. Os processos articulares também ajudam a manter alinhadas as vértebras adjacentes, particularmente evitando o deslizamento anterior de uma vértebra sobre outra. Em geral, a sustentação de peso pelos processos articulares é apenas temporária, como quando uma pessoa que está em posição fletida se levanta, e unilateral, quando há flexão lateral das vértebras cervicais até seu limite. Entretanto, os processos articulares inferiores da vértebra L V sustentam peso mesmo na postura ereta.
VÉRTEBRAS CERVICAIS
O tamanho menor reflete o fato de sustentarem menos peso do que as vértebras inferiores maiores. Embora os discos intervertebrais cervicais sejam mais finos do que aqueles das regiões inferiores, são relativamente espessos em comparação ao tamanho dos corpos vertebrais que unem. A espessura relativa dos discos intervertebrais, a orientação quase horizontal das faces articulares e a pequena massa corporal adjacente dão à região cervical a maior amplitude e variedade de movimento de todas as regiões vertebrais.
As vértebras que têm forames em seus processos transversos são vértebras cervicais.
À medida que a coluna vertebral desce, os corpos aumentam de tamanho em relação ao aumento da sustentação de peso. O tamanho do canal vertebral modifica-se em relação ao diâmetro da medula espinal.
A característica marcante das vertebras cervicais é o Forame Transverso. Porem em C7 os forames são menores do que nas outras vértebras cervicais, e algumas vezes estão ausentes.
Os processos transversos das vértebras cervicais terminam lateralmente em duas projeções: um tubérculo anterior e um tubérculo posterior. Os tubérculos dão fixação a um grupo de músculos cervicais laterais (levantadores da escápula e escalenos). Os ramos anteriores dos nervos espinais cervicais seguem inicialmente sobre os processos transversos nos sulcos do nervo espinal entre os tubérculos. Os tubérculos anteriores da vértebra C6 são chamados de tubérculos caróticos porque as artérias carótidas comuns podem ser comprimidas nesse local, no sulco entre o tubérculo e o corpo, para controlar o sangramento desses vasos. O sangramento pode continuar em vista das múltiplas anastomoses de ramos distais da artéria carótida com ramos adjacentes e contralaterais, porém com menor intensidade. C 7 é uma vértebra saliente caracterizada por um processo espinhoso longo. Em função desse processo saliente, C VII é chamada de vértebra proeminente.
A vértebra C I, também denominada atlas, é singular porque não tem corpo nem processo espinhoso. Esse osso anular tem um par de massas laterais que ocupam o lugar de um corpo, sustentando o peso do crânio globoso, de maneira semelhante à forma como Atlas, da mitologia grega, sustentava o peso do mundo sobre seus ombros
COMPLICAÇÕES DAS RAIZES NERVOSAS
São trinta e um pares de nervos espinhais correlacionando-se com a coluna vertebral. São nervos curtos e que se dispõem dentro dos forames intervertebrais. Cada nervo espinhal se divide em porções anterior e posterior conectando-se com a medula espinhal via raízes nervosas ventrais e dorsais. As raízes ventrais distribuem-se sobre cada lado numa cadeia longitudinal à região ântero-lateral da medula enquanto as dorsais distribuem-se bilateralmente em sua região póstero-lateral. Estas raízes dividem-se em inúmeros e pequenos ramos denominadas radículas, fazendo conexão com a medula espinhal. As raízes dorsais são formadas apenas for fibras sensitivas dos nervos espinhais para a medula, enquanto que as vertebrais transportam principalmente fibras motoras e algumas poucas sensitivas.
Região Cervical
São oito pares cervicais. Os nervos espinhais colocam-se sobre a vértebra cervical do seu número correspondente. A uma exceção a esta disposição no 8º nervo cervical, que emerge abaixo da 7ª vértebra cervical.
Ramos dorsais cervicais
Os ramos dorsais dos nervos cervicais com exceção do 1º dividem-se em ramificações medial e lateral. Todas estas ramificações inervam músculos, mas apenas as medianas de C2 a C4 e algumas de C5 inervam áreas cutâneas.
1º ramo dorsal (nervo suboccipital):
Nasce do 1º nervo espinhal (C1) e emerge superiormente ao arco posterior do atlas e inferiormente a artéria vertebral. Inervam músculos que limitam esta área.
2º ramo dorsal:
Origina-se do 2º nervo espinhal (C2). O seu ramo medial comunica-se com o nervo occipital menor para inervar a pele do couro cabeludo até abóbada craniana e o ramo lateral inerva os músculos posteriores do pescoço.
3º ramo dorsal
Origina-se do 3º nervo espinhal (C3), dividi-se em dois ramos lateral e mediano. O maior deles é denominado 3º nervo occipital, tem sido implicado em síndromes dolorosas da cabeça.
Trevor-Jones (1964) encontraram este nervo comprimido por osteófitos da articulação C2/C3 em três pacientes com cefaléias grave.
Os ramos de C4 a C8 originam-se de seus nervos espinhais respectivos, dividem-se em ramos medial e lateral. Os mediais de C4 e C5 inervam pele, enquanto os ramos laterais de C4 a C8 inervam os músculos posteriores do pescoço.
Ramos ventrais cervicais
Servem a uma área mais ampla do corpo que os ramos dorsais.
Nas regiões cervicais, lombares e sacral existem plexos que são redes entrelaçadas de nervos que surgem a partir dos ramos ventrais.
Existem dois plexos: cervical e braquial.
Plexo Cervical (C1, C2, C3, C4 ).
São divididos em dois grupos: Superficiaisou cutaneos e profundos. Superficiais são distribuídos a pele e os profundos são distribuídos na maior parte para os músculos. O principal nervo profundo é o frênico que supre o diafragma. Os outros ramos profundos do plexo cervical são distribuídos a um grupo de músculos ligados a coluna vertebral que funcionam como flexores da cabeça e do pescoço.
Plexo Braquial (C5, C6, C7, C8, T1 ). É derivado dos ramos ventrais dos nervos C5, C6, C7, C8, assim como T1 e fornecem o suprimento nervoso completo dos membros superiores.
Os importantes nervos que surgem dos fascículos do plexo braquial são:
– Fascículo Lateral:
* Músculo cutâneo – supre os músculos bíceps braquial, coracobraquial e braquial, formam o suprimento sensitivo da pele do lado externo do antebraço.
* Mediano – supre os músculos flexores do punho (exceto o músculo flexor ulnar do carpo) e a maior parte dos flexores e abdutores dos dedos e polegar (possui um feixe medial proveniente do fascículo medial)
– Fascículo Medial:
* Ulnar – Inerva o flexor ulnar do carpo e a metade medial do flexor profundo dos dedos, assim como os da mão, exceto aqueles inervados pelo mediano. Se lesado, ele originará uma sensação de alfinetadas e agulhadas na área de sua distribuição sensitiva, a pele da face medial do cotovelo, punho e mão.
– Fascículo Posterior:
* Axilar – Inerva o redondo menor e termina inervando o deltóide e a pele sobre ele.
* Radial – É como uma aspiral ao redor da parte posterior do úmero, inerva o tríceps braquial. Ele inerva todos os músculos da parte posterior do antebraço (braquiorradial, ancôneo, extensor radial longo do carpo, extensor dos dedos, etc), e ramos sensitivos servem a pele da parte posterior do antebraço e da mão.
OBS – O nervo radial se encontra bem próximo ao úmero e pode ser seriamente lesado em fraturas da parte mediana do osso.
Dor Radicular (Dor das raízes nervosas)
A dor radicular pode ser devida a combinação de compressão e inflamação. A dor aguda radicular é grave e é com freqüência descrita como nauseante, em queimação. A sua distribuição é claramente demarcada na área de dermatomo correspondente a raiz nervosa afetada. A dor pode ser acompanhada por parestesias, sinais neurológicos de sensibilidade cutânea alterada, potencia muscular reduzida e ausência ou diminuição dos reflexos.
Dor referida somática cervical é distribuída na cabeça, na parede torácica ou nas extremidades superiores. A estimulação nociceptivas dos ligamentos interespinhosos, músculos na região cervical produz dor referida. As estimulações dos níveis cervicais superiores (C1 a C3) pode produzir dor referida na cabeça e na área occipital, já estimulação nos níveis mais inferiores, dor nas extremidades superiores.
Região Torácica
Ramos dorsais mediais
Cada um emerge entre articulações e margens mediais dos ligamentos costotransversais superior e músculo intratransverso. Os seis ramos superiores passam entre e inervam os músculos: semiespinhal do tórax e multifídeo, perfurando os rombóides e o trapézio alcançando a pele próxima dos processos espinhosos. Os seis ramos inferiores inervam principalmente os músculos: multifídeo e o longíssimo do tórax e pele da região mediana.
Ramos dorsais laterais
Corre no intervalo de ligamentos e músculos antes de se inclinarem posteriormente sobre o lado medial do levantador das costelas. Aumenta inferiormente correndo através dos músculos: longíssimos do tórax, com intervalo para este músculo e o iliocostal, inervando ambos os levantadores das costelas. O 5º e 6º inferiores possuem ramos cutâneos que perfundem o serrátil posteroinferior e o longíssimo do dorso. O 12º envia um filamento medialmente ao longo da crista ilíaca depois passa para a região anterior glútea.
Ramos ventrais
Os onze primeiros formam os nervos intercostais que são distribuídos pela parede do tórax e abdômen. T1 ( o menor ) corre o espaço intercostal, perfura a parede do tórax na frente do músculo serrátil anterior, suprindo a pele das axilas. De T2 a T6, prosseguem de modo segmentar nos espaços intercostais e suprem os músculos: intercostais, serrátil posterior e superior e transverso do tórax. T7 e T8 passam pelo transverso do abdômen, perfura o obliquo internoposterior ao reto abdominal. T9, T10 e T11 passam entre as digitações do diafragma, transverso do abdômen e obliquo interno.
O 12º nervo torácico abaixo das ultimas costelas é o maior e forma o nervo subcostal, suprindo os músculos piramidais, abdominais, perfura o obliquo interno e externo e fica cinco centímetros atrás da espinha ilíaca antero superior, que supre pele da região glútea e alcança o trocanter maior do fêmur.
Lesões das raízes torácicas
As lesões das raízes dorsais apresentam sintomatologia típica, no caso da lesão irritativa (exemplo compressão) ocorre dor radicular ( radiculalgia ) que se distribuem pelo dermatomo. Todas as condições normais que aumentam a pressão intracraniana exacerbam a dor (tosse, espirro, esforço, ato de defecação) que se distribuem pelo dermatomo.
No caso de lesões destrutivas temos hipoestesias ou anestesias dolorosas praticamente “cobre” o dermatomo, sendo que a sensibilidade tátil é preservada devido à suplência fornecida por raízes adjacentes. A doença do corpo vertebral degeneração de um disco ou doença das articulações intervertebrais afetam a raiz e o forame intervertebral causando: dor, sensibilidade cutânea diminuída e fraqueza muscular.
Dor visceral – dor referida para dermatomo.
Se houver infecção nas vísceras abdominais, os gânglios torácicos inferiores mandam informações para que a musculatura abdominal entre em contração a favor de sua proteção.
Região Lombar
Direção das raízes
A direção e o comprimento das raízes variam de acordo com o nível médio segmentar. No início do desenvolvimento, a medula espinhal e a coluna vertebral óssea apresentam o mesmo tamanho. Neste estágio, cada nervo espinhal corre transversalmente ao seu forâmen intervertebral. Contudo, devido ao crescimento desproporcional da parte óssea e dos elementos neurais, a medula espinhal, no adulto, termina no nível do disco L1/ L2. Conseqüentemente, para os nervos permanecerem ligados aos seus segmentos medulares respectivos e emergirem através dos forames intervertebrais correspondentes, o comprimento e a obliqüidade das raízes nervosas aumentam caudalmente, de modo que as raízes lombares superiores percorrem nove centímetros e as lombares inferiores 16 centímetros antes de imergirem através dos forames intervertebrais. O grupo de raízes nervosas abaixo da 1ª vértebra lombar é denominado cauda eqüina.
Comprometimentos
Compressão – As raízes nervosas podem ser comprimidas ao longo de seu curso através do canal vertebral, canais radiculares ou nos forames intervertebrais. A causa mais comum de compressão de raiz nervosa na coluna lombar é o disco, quer através do seu abaulamento, quer através de extrusão de uma massa de material nuclear. Porém a protusão discal não é a única causa. A presença de osteófitos de uma articulação apofisária, um ligamento amarelo hipertrofiado, espondilolistesi, infecções vertebrais, neoplasmas, lesões traumáticas da coluna vertebral podem causar compressão nas raízes nervosas. É duvidoso que a compressão por si só seja responsável pelos sintomas que acompanham as lesões das raízes nervosas. A inflamação é uma possibilidade de modo que trauma repetido em uma raiz nervoso torna a fibrosada e isquêmica podendo resultar em dor, quando ela é estirada. O edema vascular causa pressão devido à inflamação. Com a compressão da raiz nervosa as veias radiculares são também obstruídas e o edema resultante pode interferir na condução nervosa. A inflamação crônica com fibrose reativa causada por traumas repetitivos pode resultar em isquemia da raiz nervosa proporcionando parestesias de nervos periféricos. A compressão das fibras motoras causa enfraquecimento ou, às vezes, paralisias dos músculos que elas inervam, e a compressão de fibras sensorial causa parestesias e interrompimento num determinado dermatomo.
Dor Radicular x Lesão Osteopática
Uma lesãoosteopática vertebral não pode ser causada de uma irradiação radicular, já que uma lesão osteopática é uma lesão fisiológica. 
– Dores osteopáticas são sempre muito difusas.
– Dores radiculares são muito precisas e seguem o trajeto do nervo.
Dores Ciáticas
Podem ter duas origens:
– Origem radicular – 98% provocadas por hérnia discal. Apresentam Lasegue positiva e freqüentemente uma paresia muscular discreta no território do nervo em questão.
– Falsa Ciática – menos conhecida e talvez a mais frequente. O nervo ciático é formado pelos nervos sacrais que saem da coluna pelos forames sacrais anteriores. Enfim, o nervo ciático sai da cavidade pélvica para chanfradura ciática maior, exatamente sob o bordo inferior do piriforme. Então esse músculo sempre envolvido nos problemas dos sacros comprime o ciático em suas contraturas. As dores são irradiadas e semelhantes a da hérnia discal, sendo que o sinal de Lasegue é negativo e não há paresia muscular.
Dor Referida
É aquela dor sentida em um sítio diferente daquele relacionado ao dano tecidual. Na coluna lombar é mais comumente distribuída sobre a área das nádegas, podendo se estender até o pé. Estimulação nociceptivas das estruturas interespinhosas e músculos dorsais produzem não apenas lombalgia, mas também dor referida e aumento da sensibilidade nas extremidades inferiores. A tração da dura-máter pode produzir dor nas nádegas e coxas, uma vez que a porção anterior da dura-máter é inervada sendo assim sensível à dor. A característica da dor é com freqüência descrita como profunda e difusa.
Ramos dorsais Lombares
Os ramos dorsais dos nervos lombares L1 a L4 correm para baixo e medialmente para se dividirem em ramos medial e lateral, a cada nível. O ramo dorsal de L5 é maior e passa sobre a asa do osso sacral. Os ramos laterais inervam o eretor da coluna. Os ramos laterais de L1 a L3 limitam nervos cutâneos que inervam a pele da região glútea podendo se estender até o nível do trocanter maior.
Termos anatômicos:
Termos de relação
Anterior / Ventral / Frontal: na direção da frente do corpo.
Posterior / Dorsal: na direção das costas .
Superior / Cranial: na direção da parte superior do corpo.
Inferior / Caudal: na direção da parte inferior do corpo.
Medial: mais próximo do plano sagital mediano (linha sagital mediana.
Lateral: mais afastado do plano sagital mediano (linha sagital mediana).
Mediano: Exatamente sobre o eixo sagital mediano.
Intermédio: entre medial e lateral.
Médio: estrutura ou órgão interposto entre um superior e um inferior ou entre anterior e posterior.
Termos de comparação:
Proximal: próximo da raiz do membro. Na direção do tronco.
Distal: afastado da raiz do membro. Longe do tronco ou do ponto de inserção.
Superficial: significa mais perto da superfície do corpo.
Profundo: significa mais afastado da superfície do corpo.
Homolateral / Ipsilateral: do mesmo lado do corpo ou de outra estrutura.
Contralateral: do lado oposto do corpo ou de outra estrutura.
Termos de Movimento
Flexão: curvatura ou diminuição do ângulo entre os ossos ou partes do corpo.
 Extensão: endireitar ou aumentar o ângulo entre os ossos ou partes do corpo.
Adução: movimento na direção do plano mediano em um plano coronal.
 Abdução: afastar-se do plano mediano no plano coronal.
Rotação Medial: traz a face anterior de um membro para mais perto do plano mediano.
Rotação Lateral: leva a face anterior para longe do plano mediano.
Retrusão: movimento de retração (para trás) como ocorre na retrusão da mandíbula e no ombro.
Protrusão: movimento dianteiro (para frente) como ocorre na protrusão da mandíbula e no ombro.
Dorsi-flexão (flexão dorsal): movimento de flexão na articulação do tornozelo, como acontece quando se caminha morro acima ou se levantam os dedos do solo.
Planti-flexão (flexão plantar): dobra o pé ou dedos em direção à face plantar, quando se fica em pé na ponta dos dedos.
Durante o desenvolvimento embrionário do SNC, a partir da vesícula única do encéfalo primitivo 
são formadas três outras vesículas: prosencéfalo (encéfalo anterior), mesencéfalo (encéfalo médio) 
e romboencéfalo (encéfalo posterior). Posteriormente o 
prosencéfalo divide
-
se em telencéfalo e 
diencéfalo e o Romboencéfalo divide
-
se em metencéfalo e mielencéfalo. O Mesencéfalo não sofre 
divisão. Todas as divisões do SNC se definem na 6ª semana de vida fetal.
 
REFLEXOS
 
INERVAÇÃO
 
NÍVEL DE INTEGRAÇÃO
 
(Centro re
flexógeno)
 
MUSCULO 
 
Estilorradial 
 
Nervo radial
 
C5
-
C6
 
Braquilorradial
 
Bicipital
 
Nervo musculo cutâneo 
 
C5
-
C6
 
Bíceps braquial
 
Tricipital 
 
Nervo radial
 
C7
-
C8
 
Tríceps braquial
 
Flexores dos dedos
 
Nervo mediano e ulnar
 
C8
-
T1
 
Flexor superficial dos 
dedos
 
Aquileu
 
Nervo tibial
 
L5 A S2
 
Gastrocnêmico soleo 
 
Patelar 
 
Nervo femoral
 
L2
-
L4
 
Quadríceps femoral
 
Adutores da coxa
 
Nervo obturador
 
L2
-
L4
 
Adutor magno 
 
Adutor longo
 
Adutor curto
 
Costo abdominal
 
Nervos intercostais
 
Nervo ilioinguinal
 
Nervo íleo 
hipogastrico
 
T5
-
T12
 
L1
 
L1
 
 
O ligamento longitudinal anterior é uma faixa larga e espessa de tecido conjuntivo denso que une as 
faces anteriores dos corpos das vértebras e dos discos intervertebrais, amarrando
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os, desde o arco 
anterior do atlas até a face 
pélvica do sacro. Atua reforçando o contorno anterior dos discos 
intervertebrais, durante o levantamento de objetos pesados e limitando a extensão da coluna, fato que 
é
 
particularmente importante na região lombar, onde o peso do corpo tende a acentuar a c
urvatura 
normal da região.
 
O ligamento longitudinal posterior é uma faixa de tecido conjuntivo denso que une as faces posteriores 
dos corpos de todas vértebras e discos pré
-
sacrais e portanto está localizado na parede anterior do 
canal vertebral e termina 
na face superior do canal sacral. Ele é largo e espesso na região cervical e, 
gradualmente, torna
-
se estreito e delgado nas regiões torácica e lombar. Nestas regiões estreita
-
se ao 
nível dos corpos das vértebras; fixando
-
se em suas bordas superior e inferi
or, mas na porção média do 
corpo une
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se ao mesmo por tecido conjuntivo frouxo. Ao nível dos discos, o ligamento expande
-
se 
bilateralmente e insere nos mesmos, sendo esta a parte mais fraca do ligamento e de pouco valor para a 
proteção dos discos lombares. 
Atua limitando o movimento de flexão da coluna.
 
 
Durante o desenvolvimento embrionário do SNC, a partir da vesícula única do encéfalo primitivo 
são formadas três outras vesículas: prosencéfalo (encéfalo anterior), mesencéfalo (encéfalo médio) 
e romboencéfalo (encéfalo posterior). Posteriormente o prosencéfalo divide-se em telencéfalo e 
diencéfalo e o Romboencéfalo divide-se em metencéfalo e mielencéfalo. O Mesencéfalo não sofre 
divisão. Todas as divisões do SNC se definem na 6ª semana de vida fetal. 
REFLEXOS INERVAÇÃO NÍVEL DE INTEGRAÇÃO 
(Centro reflexógeno) 
MUSCULO 
Estilorradial Nervo radial C5-C6 Braquilorradial 
Bicipital Nervo musculo cutâneo C5-C6 Bíceps braquial 
Tricipital Nervo radial C7-C8 Tríceps braquial 
Flexores dos dedos Nervo mediano e ulnar C8-T1 Flexor superficial dos 
dedos 
Aquileu Nervo tibial L5 A S2 Gastrocnêmico soleo 
Patelar Nervo femoral L2-L4 Quadríceps femoral 
Adutores da coxa Nervo obturador L2-L4 Adutor magno 
Adutor longo 
Adutor curto 
Costo abdominal Nervos intercostais 
Nervo ilioinguinal 
Nervo íleo hipogastrico 
T5-T12 
L1 
L1 
 
O ligamento longitudinal anterior é uma faixa larga e espessa de tecido conjuntivo denso que une as 
faces anteriores dos corpos das vértebras e dos discos intervertebrais, amarrando-os, desde o arco 
anterior do atlas até a face pélvica do sacro. Atua reforçando o contorno anterior dos discos 
intervertebrais, durante o levantamento de objetos pesados e limitando a extensão da coluna, fato que 
é particularmente importante na região lombar, onde o peso do corpo tende aacentuar a curvatura 
normal da região. 
O ligamento longitudinal posterior é uma faixa de tecido conjuntivo denso que une as faces posteriores 
dos corpos de todas vértebras e discos pré-sacrais e portanto está localizado na parede anterior do 
canal vertebral e termina na face superior do canal sacral. Ele é largo e espesso na região cervical e, 
gradualmente, torna-se estreito e delgado nas regiões torácica e lombar. Nestas regiões estreita-se ao 
nível dos corpos das vértebras; fixando-se em suas bordas superior e inferior, mas na porção média do 
corpo une-se ao mesmo por tecido conjuntivo frouxo. Ao nível dos discos, o ligamento expande-se 
bilateralmente e insere nos mesmos, sendo esta a parte mais fraca do ligamento e de pouco valor para a 
proteção dos discos lombares. Atua limitando o movimento de flexão da coluna.

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