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AVALIAÇÃO-NEUROPSICOLÓGICA-INFANTIL-1

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AVALIAÇÃO NEUROPSICOLÓGICA 
INFANTIL 
 
 
 
 
 
2 
 
Sumário 
NOSSA HISTÓRIA .......................................................................................... 3 
Avaliação Neuropsicológica Infantil ................................................................. 4 
Aspectos Históricos, Teóricos e Técnicos da Avaliação Neuropsicológica 
Infantil ..................................................................................................................... 5 
Entrevista de avaliação neuropsicológica .................................................... 7 
Avaliação neuropsicológica na criança - indicações e contribuições ......... 13 
Testes utilizados ..................................................................................... 15 
Memória.................................................................................................. 18 
Linguagem .............................................................................................. 19 
Atenção .................................................................................................. 20 
Funções Executivas ............................................................................... 20 
Lobos frontais ......................................................................................... 21 
Elaboração do laudo, relatório ou parecer neuropsicológico ..................... 24 
Devolução dos resultados da avaliação neuropsicológica ......................... 26 
REFERÊNCIAS ............................................................................................. 28 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 
 
NOSSA HISTÓRIA 
 
 
A nossa história inicia com a realização do sonho de um grupo de 
empresários, em atender à crescente demanda de alunos para cursos de 
Graduação e Pós-Graduação. Com isso foi criado a nossa instituição, como 
entidade oferecendo serviços educacionais em nível superior. 
A instituição tem por objetivo formar diplomados nas diferentes áreas de 
conhecimento, aptos para a inserção em setores profissionais e para a participação 
no desenvolvimento da sociedade brasileira, e colaborar na sua formação contínua. 
Além de promover a divulgação de conhecimentos culturais, científicos e técnicos 
que constituem patrimônio da humanidade e comunicar o saber através do ensino, 
de publicação ou outras normas de comunicação. 
A nossa missão é oferecer qualidade em conhecimento e cultura de forma 
confiável e eficiente para que o aluno tenha oportunidade de construir uma base 
profissional e ética. Dessa forma, conquistando o espaço de uma das instituições 
modelo no país na oferta de cursos, primando sempre pela inovação tecnológica, 
excelência no atendimento e valor do serviço oferecido. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 
 
Avaliação Neuropsicológica Infantil 
 
A Avaliação Neuropsicológica Cognitiva Infantil se refere à utilização desses 
procedimentos técnicos aplicados à compreensão do processamento cognitivo 
infantil, ou seja, ao modo como as crianças internalizam e evocam as informações. 
Desse modo, a avaliação é bastante utilizada para diagnosticar casos de: 
 Dificuldades atencionais; 
 Agressividade; 
 Transtornos ou dificuldades na aprendizagem e hiperatividade; 
 Transtornos no humor; 
 Rebaixamento na autoestima; 
 Dificuldades na socialização; 
 Transtornos alimentares; 
 Dentre outros construtos. 
Ao lado disso, favorece o diagnostico precoce de alterações no 
desenvolvimento, como o Transtorno do Espectro Autista (TEA) e demais atrasos no 
desenvolvimento global, favorecendo práticas interventivas interdisciplinares mais 
precoces e, consequentemente, mais eficazes. 
Para a realização de uma AN infantil é importante verificar os objetivos 
específicos, identificar a presença ou ausência de transtornos do desenvolvimento e 
cognitivos e dificuldades na obtenção de habilidades. Desta forma, é necessário ter 
uma atenção especial para buscar na história de vida da criança, se houve um 
comprometimento cerebral, idade do inicio, tipos de tratamentos realizados, assim 
como a gravidade e do próprio processo de 
desenvolvimento da função. A avaliação é 
construída de forma a ser sensível para uma 
gama de sinais cognitivo-comportamentais 
apresentadas no desenvolvimento típico da 
 
 
 
 
 
5 
criança, para distinguir se é uma desordem do processamento neuropsicológico. 
Segundo Silver et al. (2006) uma AN pode ser composta por: 
a) Uma ou mais entrevistas clínicas e observações da criança e, se possível, 
entrevista com familiares/responsáveis, avaliação escolar e/ou registros médicos, 
avaliações psicológicas e/ou neuropsicológicas anteriores. 
b) Aplicação de instrumentos neuropsicológicos, que avaliem áreas do 
funcionamento cerebral, que inclua: atenção, funções executivas, memória, 
linguagem, funcionamento sensório-perceptivo, habilidades visuoespaciais, 
habilidades motoras finas, habilidades intelectuais, desempenho acadêmico e 
funcionamento comportamental e emocional. 
Uma AN clássica em crianças em idade escolar é referente aos principais 
domínios cognitivos, tais como: capacidade intelectiva; atenção; funções executivas, 
que incluem planejamento, flexibilidade, organização e inibição; habilidades 
específicas, como matemática e leitura; aprendizagem e memória; linguagem; 
habilidades visuoespaciais; coordenação motora; afetividade, comportamento e 
habilidades sociais (Silver et al., 2006; Oliveira et al., 2015). 
 
Aspectos Históricos, Teóricos e Técnicos da Avaliação 
Neuropsicológica Infantil 
 
A neuropsicologia é uma área que utiliza conhecimentos de disciplinas 
acadêmicas que configuram as áreas das neurociências, como a neurofisiologia, 
neuroanatomia, neurofarmacologia e neuroquímica, e de atuação profissional do 
psicólogo, como psicologia clínica, psicopatologia, psicologia experimental, 
psicometria e psicologia cognitiva. A neuropsicologia é o estudo das relações entre 
o cérebro e o comportamento, que investiga as alterações cognitivas e 
comportamentais que se associam às lesões cerebrais. 
A neuropsicologia é uma especialidade dentro do campo mais amplo da 
psicologia clínica. Dentro desta especialidade, por meio de utilização de testes e 
entrevistas, pode ser realizada a avaliação neuropsicológica, que estuda a 
 
 
 
 
 
6 
repercussão de disfunções cerebrais sobre o comportamento e a cognição, 
fornecendo informações sobre o potencial cognitivo global, qualificando a natureza 
funcional de déficits observados através da análise comparativa e qualitativa dos 
resultados obtidos, permitindo a comparação com indivíduos da mesma idade, sexo 
e escolaridade. 
A avaliação neuropsicológica (AN) é uma avaliação sistemática das relações 
entre cérebro e comportamento. Para Zillmer, Spiers e Culbertson (2008), a 
avaliação neuropsicológica é um método empírico de exame que se aplica a vários 
contextos, consiste então, em um exame sensível para avaliar a integridade do 
funcionamento cerebral, explicita dificuldades psicológicas ou neurológicas. Do 
mesmo modo é considerado um exame útil nos serviços de diagnóstico e em 
ambientes de pesquisa clínica quando estão envolvidos aspectos cognitivos e 
comportamentais. A AN agrega fatores etiológicos de desempenho, fatores 
emocionais e comportamentais, que servem 
como base para o desenvolvimento de 
intervenções eficazes. Torna-se indispensável o 
profissional possuir um bom conhecimento 
sobre o desenvolvimento e o funcionamento 
típico e atípico do cérebro e os padrões de 
desempenho cognitivos envolvidos nos diversos 
tipos de disfunção cerebral. 
O conhecimento inclui condições sutis como a deficiência de aprendizagem 
clássica (por exemplo, discalculia e dislexia), além de dificuldades de aprendizagem 
não verbais, que são conhecidos por terem desenvolvimento com etiologias 
neurológicas (Zeffiro & Eden, 2000). Demais condições são as síndromesgenéticas, 
defeitos estruturais do sistema nervoso central, exposição tóxicas, como a 
exposição ao chumbo, ou outras lesões do cérebro que pode ocorrer durante ou 
depois da gravidez e do parto, além do funcionamento comportamental/emocional. 
Este tipo de avaliação, sistematicamente, avalia todos os domínios cerebrais, 
com uma compreensão de como estes domínios se relacionam entre si e 
influenciam nas habilidades da criança, principalmente os efeitos na área escolar. 
 
 
 
 
 
7 
Estes domínios incluem: capacidade cognitiva, atenção, aprendizagem, memória, 
linguagem, capacidade visuoespacial, capacidade sensório-motora, funções 
executivas e processos sociais e emocionais. 
 
Entrevista de avaliação neuropsicológica 
 
A entrevista inicial, que tem por objetivo coletar informações, pode ser 
realizada através de um protocolo semiestruturado com solicitações da história 
pregressa. 
De forma geral, o primeiro contato é realizado por telefone, com indicação da 
escola, do neurologista, do pediatra, do psicólogo, do fonoaudiólogo, ou até por 
conta dos pais, dependendo do conhecimento da família sobre as dificuldades da 
criança. 
As entrevistas, normalmente incluem o nascimento e desenvolvimento (abuso 
ou negligência, experiências da infância, história de viagens, curso dos sintomas 
cognitivos ou neurológicos, desempenho acadêmico, uso de substâncias na 
gestação, funcionamento emocional, características de personalidade, dinâmica 
familiar, relações interpessoais, circunstâncias legais, perspectivas do paciente 
sobre a doença e tratamento, motivação) e observações de sinais não verbais 
neurocomportamentais com informações de várias fontes. 
Utiliza-se instrumentos de AN padronizados, em que os domínios avaliados 
incluam habilidades intelectuais (QI), habilidades acadêmicas (aritmética, leitura, 
ortografia,), atenção (curto prazo, seletivo, e sustentada), flexibilidade mental, 
inibição da resposta, resolução de problemas, raciocínio, compreensão da 
linguagem, fluência verbal, vocabulário receptivo e expressivo, confronto de 
nomeação, memória verbal e visual (aprendizagem, recordação facilidade de 
formatos de reconhecimento), habilidades visuoespaciais, velocidade e integração 
visuomotora, velocidade de processamento cognitivo, habilidades motoras (força, 
velocidade e destreza) e estado emocional (Michels, Tiu, & Graver, 2010). 
 
 
 
 
 
8 
 
 
 
 
 
 
9 
 
 
 
 
 
 
10 
 
 
 
 
 
11 
 
 
 
 
 
 
12 
 
 
 
 
 
 
13 
 
Avaliação neuropsicológica na criança - indicações e 
contribuições 
 
A avaliação neuropsicológica é recomendada em qualquer caso onde exista 
suspeita de uma dificuldade cognitiva ou comportamental de origem neurológica. 
Ela pode auxiliar no diagnóstico e tratamento de diversas enfermidades 
neurológicas, problemas de desenvolvimento infantil, comprometimentos 
psiquiátricos, alterações de conduta, entre outros. A contribuição deste exame na 
criança é extensiva ao processo de ensino-aprendizagem, pois nos permite 
estabelecer algumas relações entre as funções corticais superiores, como a 
linguagem, a atenção e a memória, e a aprendizagem simbólica (conceitos, escrita, 
leitura, etc.). 
O modelo neuropsicológico das 
dificuldades da aprendizagem busca reunir 
uma amostra de funções mentais 
superiores envolvidas na aprendizagem 
simbólica, as quais estão, obviamente, 
correlacionadas com a organização 
 
 
 
 
 
14 
funcional do cérebro. Sem essa condição, a aprendizagem não se processa 
normalmente, e, neste caso, podemos nos deparar com uma disfunção ou lesão 
cerebral. Ao fornecer subsídios para investigar a compreensão do funcionamento 
intelectual da criança, a neuropsicologia pode instrumentar diferentes profissionais, 
tais como médicos, psicólogos, fonoaudiólogos e psicopedagogos, promovendo 
uma intervenção terapêutica mais eficiente. 
O conjunto dos instrumentos utilizados nos possibilita uma avaliação global 
das capacidades da criança, bem como das dificuldades encontradas por ela em 
seu desempenho dia a dia. Não se trata de rotular ou enquadrar a criança como 
integrante de grupos problemáticos, e sim de evitar que tais dificuldades possam 
impedir o desenvolvimento saudável da criança. Ainda quanto à avaliação em 
crianças, torna-se importante salientar algumas questões, entre elas o fato de o 
desenvolvimento cerebral ter características próprias a cada faixa etária. 
Portanto, dentro desse padrão de funcionamento cerebral, é importante a 
elaboração de provas de acordo com o processo maturacional do cérebro. Por 
exemplo, quando se fala de imaturidade na infância, esta não deve ser entendida 
unicamente como deficiência, devido às peculiaridades do desenvolvimento cerebral 
na infância. Diferentemente do adulto, o cérebro da criança está ainda em 
desenvolvimento, tendo características próprias que garantem uma diferenciação e 
especificidade de funções. 
Segundo Antunha (1987), as baterias de testes neuropsicológicos adaptados 
para crianças são em número bastante reduzido. Devem contemplar: a organização 
e o desenvolvimento do sistema nervoso da criança; a variabilidade dos parâmetros 
de desenvolvimento entre crianças da mesma idade; a estreita ligação entre o 
desenvolvimento físico, neurológico e a emergência progressiva de funções corticais 
superiores. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
15 
Testes utilizados 
 
Estão relacionados a seguir alguns testes utilizados na avaliação 
neuropsicológica, descrevendo-se, de maneira sucinta, as potencialidades de cada 
teste ou bateria como instrumento de ajuda na investigação neuropsicológica. 
Inteligência 
Os testes de inteligência para crianças medem primariamente habilidades 
essenciais ao desempenho acadêmico. Entre eles, o de Stanford-Binet4 foi o 
primeiro nos Estados Unidos. Adaptado das escalas originais de BinetSimon, 
baseia-se maciçamente no desempenho verbal e cobre desde os 2 anos até a idade 
adulta (23 anos), fornecendo uma idade mental e um quociente de inteligência (QI). 
O padrão-ouro internacional para a quantificação das capacidades 
intelectuais são as escalas Wechsler de inteligência, subdivididas pela faixa de 
idade. Essas escalas consistem em uma série de perguntas e respostas 
padronizadas que medem o potencial do indivíduo em áreas intelectuais diferentes, 
como o nível de informação sobre assuntos gerais, a interação com o meio 
ambiente e a capacidade de solucionar problemas cotidianos. 
O teste WPPSI5 (do inglês Wechsler Preschool and Primary Scale of 
Intelligence - Escala de Inteligência Wechsler para Pré-Escolares e Primário) é uma 
versão para crianças menores das escalas Wechsler, permitindo avaliar a 
inteligência de crianças entre 4 e 6,5 anos. É constituída por seis subtestes verbais 
e cinco de natureza manipulativa. Normalmente, a aplicação de cinco subtestes de 
cada uma das subescalas (verbal e de execução) é suficiente para uma análise 
fidedigna. A escala também permite recolher algumas informações sobre a 
organização do comportamento da criança. 
O WISC-III6 (Wechsler Intelligence Scale for ChildrenIII - Escala de 
Inteligência Wechsler para Crianças-III) é a escala mais usada para avaliar a 
inteligência de crianças cobrindo as idades de 6 anos a 16 anos, 11 meses e 30 
dias. Fornece escores nas escalas verbal e de execução, bem como um QI de 
escala total. Inclui muitos tipos de tarefas, oportunizando a observação das 
dificuldades da criança e de suas habilidades. É importante salientar que crianças 
 
 
 
 
 
16 
com dificuldades motoras em geral são penalizadas neste teste, que não deve ser 
usado quando tal deficiência estiver presente. 
O subteste Cubos do WISC-III (Figura 1) visa averiguar a capacidade de 
análise, síntese e planejamento de coordenadas vísuo-espaciais e a praxia 
construtiva. Pede-se ao sujeito que reproduza, com cubos de faces coloridas, 
desenhos que lhe sãomostrados. Para cada modelo é estipulado um prazo limite 
para execução. Embora o QI não seja uma medida para localizar disfunções 
cerebrais, o resultado de QI contribui para dar maiores informações sobre o nível 
geral de funcionamento do paciente e, assim, servir de referência para outras 
funções mais específicas, como memória, linguagem, etc. Tanto o Stanford-Binet 
como o WISC-III e o WIPPSI são administrados individualmente a cada sujeito. 
 
 
 
 
 
 
 
Quando o paciente não apresenta condições de expressar-se verbalmente, 
usam-se os testes Matrizes Progressivas de Raven7 e Escala de Maturidade Mental 
Colúmbia8, que avaliam a inteligência geral e estimam a capacidade de raciocínio 
geral de crianças de uma forma não-verbal. O objetivo do teste Matrizes 
Progressivas de Raven (Figura 2) é descobrir as relações que existem entre as 
figuras e imaginar qual das oito figuras apresentadas completaria o sistema. 
Tradicionalmente, a inteligência está relacionada com as habilidades acadêmicas, 
porém existem outros tipos de inteligência (como, por exemplo, a caracterizada pela 
capacidade de relacionar idéias complexas, formar conceitos abstratos, derivar 
implicações lógicas através de regras gerais) que, muitas vezes, não é possível 
mensurar através dos testes convencionais. A este respeito, Prime salienta que, 
 
 
 
 
 
17 
nas abordagens da inteligência, duas são tratadas como fundamentais: a 
inteligência cristalizada (que prioriza o conhecimento) e a inteligência fluida (que 
prioriza o raciocínio). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A primeira se refere à profundidade das informações adquiridas via 
escolarização e geralmente é usada na resolução de problemas semelhantes ao 
que se aprendeu no passado (como nos testes tradicionais de inteligência). A 
segunda se refere à capacidade de processamento cognitivo, ou seja, a capacidade 
geral de processar informações ou as operações mentais realizadas quando se 
resolvem problemas relativamente novos. Com o propósito de avaliar a inteligência 
de uma forma global, foi padronizada para a população brasileira a bateria de 
provas de raciocínio (BPR-5)11, a qual oferece estimativas do funcionamento 
cognitivo geral e das habilidades do indivíduo em cinco áreas específicas: raciocínio 
abstrato, verbal, espacial, numérico e mecânico. 
Este instrumento auxilia os examinadores a tomarem decisões sustentadas 
na avaliação das aptidões e raciocínio geral, tais como, por exemplo, na avaliação 
das dificuldades de aprendizagem. É organizado em duas formas: 
A) para estudantes da 6ª à 8ª série do ensino fundamental; 
B) para alunos da 1ª à 3ª série do ensino médio. 
 
 
 
 
 
18 
Memória 
 
Para esta função, são utilizados instrumentos que avaliam a capacidade de 
aprendizado de funções de memória, como, por exemplo, o Teste de Aprendizado 
Auditivo Verbal de Rey (Rey Auditory Verbal Learning Test - RAVLT) e o Teste de 
Aprendizado Visual de Desenhos de Rey (Rey Visual Design Learning Test - 
RVDLT)12. 
Os testes que envolvem aprendizado, isto é, a repetida exposição ao material 
a ser recordado, são mais sensíveis para detectar prejuízos de memória do que 
testes apresentados somente uma vez. No teste de Aprendizado Auditivo Verbal de 
Rey (Figura 3), lê-se a lista de palavras para o examinando, pausadamente, cinco 
vezes consecutivas. Após cada uma das vezes em que são apresentadas as 15 
palavras, o sujeito deve fazer a evocação do material, sem precisar seguir a mesma 
ordem de apresentação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
19 
O WRAML (do inglês Wide Range Assessment of Memory and Learning 
Short Form)13 é um instrumento psicométrico destinado a avaliar a capacidade de 
aprender e memorizar ativamente vários tipos de informação em pacientes na faixa 
etária de 5 a 17 anos (memória visual, aprendizado verbal, memória para histórias). 
 
Linguagem 
 
Um dos testes mais utilizados para a avaliação da linguagem é o Boston 
Naming Test14, que utiliza figuras de objetos para avaliar a capacidade de 
reconhecimento e nomeação. É empregado em crianças com dificuldades de 
compreensão ou produção de palavras ou 
material verbal escrito. Pode ser usado a partir 
dos 6 anos de idade. 
Também são utilizados o Teste de 
Fluência verbal (FAS, do inglês Verbal Fluency), 
testes de compreensão, como o Teste de 
Token15, compreensão de textos, escrita e 
leitura. A avaliação inclui, ainda, os seguintes 
tópicos: órgãos fonoarticulatórios, hábitos orais e desenvolvimento da linguagem. 
Algumas particularidades precisam ser respeitadas e levadas em conta quando se 
avalia uma criança com lesão cerebral. 
Cabe ao profissional ter clareza dos propósitos, conhecimentos, habilidade e 
adequação das técnicas e instrumentos de investigação a serem utilizados, como 
também ter conhecimento das possíveis alterações e limitações decorrentes da 
lesão cerebral, para que não sejam cometidos equívocos ao concluir-se a avaliação 
neuropsicológica. Em muitas das crianças com lesão cerebral, encontram-se 
alterados os canais formais de expressão e comunicação com o meio. Sendo assim, 
o profissional por vezes precisa criar estratégias a fim de que a criança possa se 
comunicar e, então, interagir e melhor entender o que se passa com ela. 
Devemos auxiliar a criança a nos mostrar seu potencial e a comunicar-se 
utilizando recursos que lhe possibilitem compreender o que está sendo solicitado, a 
 
 
 
 
 
20 
representar o que compreende e/ou quer realizar (através de gestos, mímicas, fala, 
expressão gráfica ou ação). 
 
Atenção 
 
É uma função que possibilita a pessoa a manter o foco e as informações no 
cérebro durante a realização de tarefas, ignorando demais distratores menos 
relevantes que possam interferir na finalização do trabalho. A atenção seletiva 
refere- -se à capacidade de prestar atenção em alguns estímulos e 
concomitantemente ignorar outros. Atenção dividida refere-se à distribuição de 
recursos disponíveis na atenção para coordenar a performance de mais de uma 
atividade simultaneamente (Sternberg, 2008). A 
atenção é considerada uma base para que 
diferentes processos cognitivos possam funcionar de 
forma adequada. 
Os principais instrumentos para avaliar a 
atenção são: Subteste Dígitos Ordem Direta, 
Códigos, Aritmética do WISC-IV (Wechsler, 2013) e 
D2-Teste de Atenção Concentrada. Também pode 
ser utilizada Bateria Psicológica para Avaliação da Atenção (BPA), que tem como 
objetivo avaliar a capacidade geral de atenção, além avaliar de forma 
individualizada tipos de atenção específicos: atenção concentrada (AC); atenção 
dividida (AD) e atenção alternada (AA). 
 
Funções Executivas 
 
É um conjunto de habilidades cognitivas e 
processos críticos do comportamento e pensamento 
complexo. Tais funções complexas avaliam organização, 
planejamento e utilização de estratégias de resolução de 
problemas, que inclui o automonitoramento, analisar e 
 
 
 
 
 
21 
modular o comportamento, de acordo com a demanda. As funções executivas 
abrangem adaptação a situações novas, que vão além do conhecimento adquirido, 
que desenvolvem novas formas e recursos de pensar, cumprindo uma função 
importante na capacidade de aprender novos conteúdos. 
Os instrumentos mais utilizados para avaliação das funções executivas em 
crianças são: Compreensão de provérbios para abstração-raciocínio; Torre de 
Londres, que avalia planejamento; Controled Word test, que avalia a fluência verbal; 
Five-Point Test, para fluência de desenhos; Trail Making Test, que avalia a 
flexibilidade mental; Wisconsin Card Sorting Test (WCST) para avaliar a flexibilidade 
mental, formação de conceitos, solução de problemas, abstração-raciocínio; Tarefas 
Go-No go, que avaliam modulação-inibição de resposta; Stroop, que mede 
modulaçãoinibição de resposta; Teste de Raven, que avalia abstração-raciocínio; 
California Verbal LearningTest-Children’s Version (CVLT-C), que mensura a 
aprendizagem verbal e memória. Além destes, na literatura são mencionadas as 
Escalas de Inteligência Wechsler, como Sequência de Números e Letras (SNL), 
Aritmética (AR), Semelhanças (SM) e Dígitos Ordem Inversa. 
 
Lobos frontais 
 
Nos últimos anos, cresceu muito o interesse pelas funções do lobo frontal. É 
nessa parte do cérebro que se encontram as maiores diferenças entre os seres 
humanos e seus antepassados na evolução. 
Os lobos frontais constituem uma das maiores regiões do encéfalo, com 
funções ainda pouco conhecidas, embora nos últimos anos tenham se acumulado 
importantes conhecimentos sobre suas atividades. Agora se sabe que é no lobo 
frontal que se situam as habilidades humanas mais complexas, como o 
planejamento de ações sequenciais, a padronização de comportamentos sociais e 
motores, parte do comportamento automático emocional e da memória. 
Para a adequada avaliação das funções frontais (funções executivas), é 
necessário ter conhecimento das etapas evolutivas desta estrutura, isto é, do seu 
processo de maturação, o que é particularmente importante quando avaliamos uma 
 
 
 
 
 
22 
criança. A avaliação do lobo frontal é, em geral, mais difícil de ser realizada, pois 
envolve funções mais complexas e pouco conhecidas. 
Entre as diversas funções dos lobos frontais estão a plasticidade do 
pensamento, a capacidade de julgamento, a habilidade de produzir ideias 
diferentes, a organização da informação, a capacidade de dar respostas adequadas 
aos estímulos, de estabelecer e trocar estratégias e de planejar uma ação. Essas 
habilidades podem ser avaliadas através do teste de fluência verbal, fluência para 
desenhos, Wisconsin Card Sort Test (WCST)16, Trail Making Test17 e Stroop 
Test18, que avaliam a capacidade de manter a atenção concentrada e de não sofrer 
interferências de respostas não-exigidas no momento. 
No teste Trail, a tarefa do sujeito na parte A (Figura 4) é ligar, com o lápis, 
círculos consecutivamente numerados, distribuídos aleatoriamente em uma folha de 
papel; na parte B (Figura 5), existem, além dos números, também letras impressas 
na folha de resposta, e a seqüência a ser ligada deve intercalar as duas séries, 
números e letras (1-A, 2-B, 3-C). A tarefa deve ser realizada o mais rapidamente 
possível. 
 
 
 
 
 
O WCST avalia a função executiva do lobo frontal. Mede a modulação de 
respostas impulsivas, a direção do comportamento, as habilidades em desenvolver 
e manter uma estratégia na solução de um problema, apesar das mudanças de 
contingência, a flexibilidade, o planejamento, a organização, a ineficiência de 
conceitualização inicial e a dificuldade em encontrar soluções para problemas 
cotidianos, bem como o nível de perseveração, que vem a ser o problema que 
muitas pessoas têm de ficar remoendo um mesmo assunto ou repetindo um mesmo 
comportamento motor. Pode ser aplicado a partir dos 6 anos de idade. 
 
 
 
 
 
23 
Diversos subtestes da Escala de Inteligência Wechsler (WISC III e WPPSI) 
também auxiliam na investigação de disfunções frontais, tais como analogias, 
compreensão, códigos, etc. Lobos parieto-occipitais As funções relacionadas às 
habilidades vísuo-espaciais, organização vísuo-espacial (percepção) e 
planejamento são avaliados pelo teste de cópia da Figura Complexa de Rey-
Osterrieth19, enquanto que habilidades percepto-vísuo-espaciais são avaliadas pelo 
teste de Hooper Visual Organization. 
As figuras de Rey (Figura 6) objetivam avaliar a atividade perceptiva e a 
memória, verificando o modo como o sujeito apreende os dados perceptivos que lhe 
são apresentados e o que foi conservado espontaneamente pela memória. A 
testagem é composta de duas etapas: a 
primeira é a cópia da figura, e a segunda 
é a recordação da mesma após 30 
minutos. A avaliação também pode ser 
realizada através do subteste Cubos das 
escalas Wechsler. 
O Bayley II21 é um teste 
destinado à avaliação do 
desenvolvimento de crianças nas idades 
de 1 a 42 meses. O teste é dividido em 
três escalas: motora, mental e de comportamento, com quociente de desempenho 
para cada área. As três escalas são consideradas complementares, tendo cada uma 
sua importância na avaliação da criança.A escala mental avalia aspectos 
relacionados com o desenvolvimento cognitivo e com a capacidade de comunicação 
(capacidade de discriminar formas, atenção, habilidade motora fina, compreensão 
de instruções, nomeação, resolução de problemas e habilidades sociais). A escala 
motora avalia o grau de coordenação corporal (aspectos como sentar, levantar, 
caminhar, subir e descer escadas) e motricidade fina das mãos e dedos. A escala 
comportamental permite avaliar aspectos qualitativos do comportamento da criança 
durante o teste, tais como atenção, compreensão de orientações, engajamento 
frente às tarefas, regulação emocional, entre outros. O material do teste é atraente e 
de fácil utilização. Também existe o Bayley Infant Neurodevelopment Screener 
 
 
 
 
 
24 
BINS, que é uma versão simplificada, usada para triagem de desenvolvimento em 
crianças de 3 a 24 meses, assim como o Denver II22. 
 
Elaboração do laudo, relatório ou parecer neuropsicológico 
 
Os resultados da avaliação neuropsicológica são analisados do ponto de 
vista quantitativo e qualitativo, ou seja, dos resultados quantitativos dos 
instrumentos de avaliação, assim como comportamento no momento da avaliação e 
das entrevistas. Tem como base as informações oriundas de outras fontes, além da 
criança e da família e/ou quem cuida, da escola e profissionais envolvidos com a 
criança. Se o avaliador for psicólogo, deverá utilizar a resolução de Conselho 
Federal de Psicologia (CFP, 007/2003), que orienta como elaborar documentos 
psicológicos, e, de acordo com a resolução, o laudo emitido por psicólogo deve ser, 
no mínimo, assim estruturado: 
 
 
 
 
 
25 
 
 
 
 
 
 
26 
Devolução dos resultados da avaliação neuropsicológica 
 
Como já mencionado, em um laudo e/ou relatório de uma AN explora-se, 
além da avaliação acadêmica, outras áreas de habilidades motoras, problemas 
emocionais e comportamentais, habilidades sociais e dificuldades nas funções 
executivas. 
Ao avaliar a área cognitiva, devido a criança apresentar um baixo 
desempenho escolar, não se esquecer dos aspectos emocionais, comportamentais, 
familiares, porque a criança pode apresentar falhas acadêmicas devido a questões 
de ordem emocional, por exemplo. Além de sempre destacar os pontos fortes no 
relatório, também abordar as necessidades emocionais, que podem não ser óbvias, 
principalmente se a criança não demonstra dificuldades comportamentais na escola. 
Na devolução dos resultados, na prática clínica, após a realização do processo de 
avaliação neuropsicológica, o psicólogo conclui com um relatório e/ou laudo por 
escrito com a interpretação dos resultados quantitativos e qualitativos. E, sempre 
que possível também acompanhada por devolutiva verbal ao paciente avaliado. A 
forma de realizar a devolutiva dos resultados vai depender da forma e conteúdo do 
resultado (Jurado & Pueyo, 2012). 
Desta forma, devem ser realizadas as devolutivas dos resultados, para a 
criança, de forma mais simples, para os pais e/ou cuidadores, para a escola, e 
profissionais envolvidos com a criança. Assim que a AN da criança for concluída, 
marcar uma reunião com os pais para discutir os resultados encontrados e 
observações, e explicar as recomendações, lendo o laudo frase por frase e 
explicando cada uma delas para que, caso tenham dúvidas, possam ser 
esclarecidas. 
Essa entrevista de devolução dos resultados deve equipar os pais na 
interpretação do laudo neuropsicológico. Solicitar autorização dos pais/responsáveis 
para o psicólogo fazer a devolução para a equipe educacional da criança e outros 
profissionais que já estejam envolvidos com ela. Esta etapa permiteque o os 
profissionais possam entender o funcionamento da criança para auxiliar na busca de 
estratégias de atendimento e/ou estimulação e/ou reabilitação neuropsicológica. 
 
 
 
 
 
27 
Além disso, ao fornecer uma cópia do parecer para a escola, para os casos de 
inclusão escolar, evidenciando forças e fraquezas identificadas, essa beneficiará a 
criança principalmente para o trabalho em conjunto. 
A devolutiva é realizada aproximadamente duas semanas após o término da 
avaliação, para o avaliador ter condições de analisar o caso e elaborar o laudo. No 
momento da devolutiva, é entregue o laudo com a exposição de todos os achados e 
informações sobre o funcionamento cognitivo da criança, assim como aspectos 
emocionais e estilo de aprendizagem, seus pontos fortes e fracos. Trata-se de um 
momento que visa contribuir para enriquecer a percepção dos pais para com seu 
filho e contribuir para os procedimentos médicos, além de oferecer sugestões para o 
desenvolvimento e reabilitação das áreas que se encontram comprometidas. 
 
 
 
 
 
 
 
28 
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