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Aula-09-Contabilidade-AFRFB-Estrutura-Conceitual-Basica-v2

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Aula 09 
Curso: Contabilidade p/ AFRFB 
Professor: Feliphe Araújo 
 
 
 
Curso: Contabilidade Geral e Avançada p/ AFRFB 
Teoria e Questões comentadas 
Prof. Feliphe Araújo - Aula 09 
 
 
Prof. Feliphe Araújo 2 de 72 
www.exponencialconcursos.com.br 
 
Sumário 
1 - INTRODUÇÃO ................................................................................. 3 
2- Estrutura Conceitual Básica ............................................................. 4 
2.1 - Considerações iniciais ................................................................... 5 
2.2 - Finalidade e Status ....................................................................... 6 
2.3 - Alcance ....................................................................................... 7 
3 - Objetivo do relatório contábil-financeiro de propósito geral ........... 7 
3.1 - Perfomance financeira refletida pelo regime de competência .............. 9 
4 – Características qualitativas da informação contábil-financeira útil
 .......................................................................................................... 11 
4.1 - Características Qualitativas Fundamentais ..................................... 11 
4.1.1. Relevância ............................................................................ 11 
4.1.2. Representação Fidedigna ........................................................ 12 
4.2 - Características Qualitativas de Melhoria ........................................ 13 
4.2.1. Comparabilidade .................................................................... 13 
4.2.2. Verificabilidade ...................................................................... 14 
4.2.3. Tempestividade ..................................................................... 15 
4.2.4. Compreensibilidade ................................................................ 15 
4.3 - Restrição de custo na elaboração e divulgação de relatório contábil-
financeiro útil .................................................................................... 16 
5 - Elementos das Demonstrações Contábeis ..................................... 17 
5.1 - Ativos ....................................................................................... 18 
5.2 - Passivos .................................................................................... 19 
5.3 - Patrimônio Líquido ...................................................................... 20 
5.4 - Perfomance ............................................................................... 21 
5.5 - Receitas .................................................................................... 22 
5.6 - Despesas .................................................................................. 22 
6 - Reconhecimento dos elementos das Demonstrações Contábeis ... 23 
6.1 - Reconhecimento de ativos ........................................................... 24 
6.2 - Reconhecimento de passivos ....................................................... 24 
6.3 - Reconhecimento de receitas ........................................................ 24 
Aula 09 – 1. Estrutura Conceitual para Elaboração e Divulgação de 
Relatório Contábil-Financeiro aprovado pelo Conselho Federal de 
Contabilidade (CFC). 
 
 
 
Curso: Contabilidade Geral e Avançada p/ AFRFB 
Teoria e Questões comentadas 
Prof. Feliphe Araújo - Aula 09 
 
 
Prof. Feliphe Araújo 3 de 72 
www.exponencialconcursos.com.br 
6.4 - Reconhecimento de despesas ...................................................... 25 
7 - Mensuração dos elementos das Demonstrações Contábeis ........... 27 
8 - Conceitos de capital e manutenção de capital .............................. 30 
9 - Resumo da Aula ............................................................................ 33 
10 – Questões comentadas ................................................................ 40 
11 – Lista de exercícios ..................................................................... 61 
12 - GABARITO .................................................................................. 72 
 
 
 
Olá queridos alunos e alunas, 
 Sejam bem-vindos a nossa nona aula do curso de Contabilidade Geral e 
Avançada para AFRFB. 
 E como vão os estudos? Espero que você esteja conseguindo absorver o 
conteúdo da nossa disciplina e bater as suas metas de estudo. 
Hoje falaremos sobre a Estrutura Conceitual para Elaboração e 
Divulgação de Relatório Contábil-Financeiro aprovado pelo Conselho 
Federal de Contabilidade (CFC). 
Esse assunto vem sendo muito cobrado pelas bancas recentemente, 
principalmente a literalidade da norma, a famosa decoreba. Para facilitar a 
absorção do conhecimento e resolução das questões no dia da prova, vou 
esquematizar e dá dicas de palavras que identifiquem a assertiva correta. 
Como a ESAF explorou muito pouco esse tópico nas suas últimas 
provas, irei comentar também questões de outras bancas tradicionais como 
FCC, CESPE, FGV etc. 
 Qualquer dúvida e/ou esclarecimentos, estarei a disposição no Fórum e 
no e-mail feliphe.araujo@exponencialconcursos.com.br. Não deixe de nos 
procurar, tirando suas dúvidas, e nos ajudando a aprimorar o nosso curso. 
 Como de praxe, colocamos uma lista de exercícios ao final da aula para 
aqueles que queiram tentar resolver as questões, antes de ver os 
comentários. Treinar é preciso. 
Vamos começar a nossa aula! 
Conte comigo e Firmeza nos Estudo (FÉ)! 
Um forte abraço, Feliphe Araújo. 
 
1 - INTRODUÇÃO 
 
 
 
Curso: Contabilidade Geral e Avançada p/ AFRFB 
Teoria e Questões comentadas 
Prof. Feliphe Araújo - Aula 09 
 
 
Prof. Feliphe Araújo 4 de 72 
www.exponencialconcursos.com.br 
 
A Estrutura Conceitual para Elaboração e Divulgação de Relatório 
Contábil-Financeiro (Pronunciamento Técnico CPC 00) foi elaborada pelo 
Comitê de Pronunciamentos Contábeis - CPC e aprovada pela Comissão de 
Valores Imobiliários - CVM (Deliberação CVM nº 675/11) e pelo Conselho 
Federal de Contabilidade - CFC (Resolução CFC nº 1.374/11). 
O Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC) é uma entidade 
autônoma, criada pela Resolução CFC nº 1.055/05, e tem como objetivo "o 
estudo, o preparo e a emissão de Pronunciamentos Técnicos sobre 
procedimentos de Contabilidade e a divulgação de informações dessa 
natureza, para permitir a emissão de normas pela entidade reguladora 
brasileira, visando à centralização e uniformização do seu processo de 
produção, levando sempre em conta a convergência da Contabilidade 
Brasileira aos padrões internacionais". 
O Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC) foi idealizado a partir da 
união de esforços e comunhão de objetivos das seguintes entidades: 
 Associação Brasileira das Companhias Abertas - ABRASCA; 
 Associação dos Analistas e Profissionais de Investimento do Mercado de 
Capitais - APIMEC NACIONAL; 
 Bolsa de Valores de São Paulo - BOVESPA; 
 Conselho Federal de Contabilidade - CFC; 
 Fundação Instituto de Pesquisas Contábeis, Atuariais e Financeiras - 
FIPECAFI; 
 Instituto dos Auditores Independentes do Brasil - IBRACON. 
 
 
 
A adoção de orientações técnicas do CPC pelas entidades reguladoras 
é regulamentada pelo artigo 10-A da Lei 6.385/76, incluído pelo artigo 5º da 
Lei 11.638/07, que estabelece: 
Art. 10-A. A Comissão de Valores Mobiliários, o Banco Central do Brasil e demais órgãos 
e agências reguladoras poderão celebrar convênio com entidade que tenha por objeto o 
estudo e a divulgação de princípios, normas e padrões de contabilidade e de auditoria, 
podendo, no exercício de suas atribuições regulamentares, adotar, no todo ou em parte, os 
pronunciamentos e demais orientações técnicas emitidas. 
Fundamentos para 
criação do CPC
necessidade de convergência internacional das 
normas contábeis (redução de custos na elaboração 
de relatórios contábeis, redução de riscos etc)
centralização na emissão de normasdessa natureza 
(antigamente, no Brasil, diversas entidades o faziam)
representação e processos democráticos na 
produção dessas informações
2- Estrutura Conceitual Básica 
 
 
 
 
Curso: Contabilidade Geral e Avançada p/ AFRFB 
Teoria e Questões comentadas 
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Pela leitura do artigo acima, constatamos que os pronunciamentos 
técnicos do CPC não vinculam obrigatoriamente as orientações do CFC e 
demais órgãos e entidades reguladores e fiscalizadores. Assim, os 
pronunciamentos somente se tornam obrigatórios para as empresas 
quando convertidos em normas pelos órgãos (CVM, CFC, BACEN etc.). 
A estrutura conceitual básica (CPC 00), aprovada pela Deliberação 
CVM nº 675/11 e pela Resolução CFC nº 1.374/11, é utilizada como fonte de 
conceitos básicos para a elaboração e interpretação dos pronunciamentos 
técnicos emitidos pelo CPC, bem como na preparação e utilização das 
demonstrações contábeis das entidades. 
 
 
2.1 - Considerações iniciais 
As demonstrações contábeis são elaboradas e apresentadas para 
usuários externos em geral. Governos, órgãos reguladores ou 
autoridades tributárias, por exemplo, podem determinar especificamente 
exigências para atender a seus próprios interesses. Essas exigências, no 
entanto, não devem afetar as demonstrações contábeis elaboradas 
segundo esta Estrutura Conceitual. 
Demonstrações contábeis elaboradas dentro do que prescreve esta 
Estrutura Conceitual objetivam fornecer informações que sejam úteis na 
tomada de decisões econômicas e avaliações por parte dos usuários em 
geral, não tendo o propósito de atender finalidade ou necessidade específica 
de determinados grupos de usuários. 
 
Relatório Contábil-
Financeiro
Demonstrações 
Contábeis 
Informações fornecidas 
pelas demonstrações 
contábeis que 
satisfazem a necessidade 
comum da maioria dos 
seus usuários
decidir quando comprar, manter ou vender 
instrumentos patrimoniais
avaliar a administração da entidade quanto à 
responsabilidade que lhe tenha sido conferida e quanto à 
qualidade de seu desempenho e de sua prestação de 
contas
avaliar a capacidade de a entidade pagar seus 
empregados e proporcionar-lhes outros benefícios
avaliar a segurança quanto à recuperação dos recursos 
financeiros emprestados à entidade
determinar políticas tributárias
determinar a distribuição de lucros e dividendos
elaborar e usar estatísticas da renda nacional
regulamentar as atividades das entidades
 
 
 
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2.2 - Finalidade e Status 
 
 
Esta Estrutura Conceitual não é um Pronunciamento Técnico 
propriamente dito e, portanto, não define normas ou procedimentos para 
qualquer questão particular sobre aspectos de mensuração ou divulgação. Sua 
preocupação é com questões de caráter geral sobre relatórios contábil-
financeiros. Aspectos específicos devem ser tratados em pronunciamentos 
técnicos emitidos com essa finalidade. 
Nada nesta Estrutura Conceitual substitui qualquer Pronunciamento 
Técnico, Interpretação ou Orientação. Havendo conflito entre o estabelecido 
na Estrutura Conceitual e nos Pronunciamentos Técnicos, Interpretações e 
Orientações, estes devem prevalecer sobre a Estrutura Conceitual. 
Agora, vamos ver como esse assunto é cobrado nas provas. 
Finalidade da 
Estrutura 
Conceitual
dar 
suporte 
ao desenvolvimento de novos Pronunciamentos 
Técnicos, Interpretações e Orientações e à 
revisão dos já existentes, quando necessário;
à promoção da harmonização das 
regulações, das normas contábeis e dos 
procedimentos relacionados à apresentação 
das demonstrações contábeis;
aos reguladores nacionais;
auxiliar
os responsáveis pela elaboração das 
demonstrações contábeis na aplicação dos 
Pronunciamentos Técnicos, interpretações e 
Orientações, e no tratamento de assuntos que 
ainda não tenham sido objeto desses 
documentos;
os auditores independentes a formar sua 
opinião sobre a conformidade das 
demonstrações contábeis com os 
Pronunciamentos Técnicos, interpretações e 
Orientações;
os usuários das demonstrações contábeis 
na interpretação de informações nelas 
contidas, elaboradas em conformidade com os 
Pronunciamentos Técnicos, nterpretações e 
Orientações;
proporcionar aos interessados informações sobre o enfoque 
adotado na formulação dos Pronunciamentos Técnicos, das 
interpretações e das Orientações.
 
 
 
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 (CESPE/Analista Judiciário – TRE-RJ/2012) O Conselho 
Federal de Contabilidade e o Comitê de Pronunciamentos Contábeis são 
responsáveis pela elaboração das normas contábeis comumente aceitas. Sobre 
essas normas, julgue o item que se segue. 
A estrutura conceitual estabelecida pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis 
não constitui uma norma propriamente dita nem define normas ou 
procedimentos de qualquer espécie. 
Resolução: 
Acabamos de ver na nossa aula que a Estrutura Conceitual não é um 
Pronunciamento Técnico propriamente dito e, portanto, não define normas 
ou procedimentos. 
Gabarito: Certo. 
 
2.3 - Alcance 
 
 
 Agora, vamos analisar de forma detalhada cada item que a Estrutura 
Conceitual aborda. 
 
 
O objetivo do relatório contábil-financeiro de propósito geral é 
fornecer informações contábil-financeiras acerca da entidade que reporta 
essa informação (reporting entity) que sejam úteis a investidores 
existentes e em potencial, a credores por empréstimos e a outros 
credores, quando da tomada decisão ligada ao fornecimento de recursos 
para a entidade. Essas decisões envolvem comprar, vender ou manter 
participações em instrumentos patrimoniais e em instrumentos de dívida, e a 
oferecer ou disponibilizar empréstimos ou outras formas de crédito. 
Segue algumas características do relatório contábil-financeiro de 
propósito geral: 
Esta Estrutura 
Conceitual 
aborda (alcance)
o objetivo da elaboração e divulgação de relatório 
contábil-financeiro
as características qualitativas da informação 
contábil-financeira útil;
a definição, o reconhecimento e a mensuração dos 
elementos a partir dos quais as demonstrações 
contábeis são elaboradas; e
os conceitos de capital e de manutenção de capital.
3 - Objetivo do relatório contábil-financeiro de propósito geral 
 
 
 
 
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As informações contidas no relatório contábil-financeiro de 
propósito geral são utilizadas pelos investidores e credores para tomar 
decisões, respectivamente, relacionadas a comprar, vender ou manter 
instrumentos patrimoniais (ações) e instrumentos de dívida (por exemplo, 
debêntures) e relacionadas a oferecer ou disponibilizar empréstimos ou outras 
formas de crédito. 
Os relatórios contábil-financeiros de propósito geral não atendem e 
não podem atender a todas as informações de que os usuários primários 
necessitam. Esses usuários precisam considerar informação pertinente de 
outras fontes, como, por exemplo, condições econômicas gerais e 
expectativas, eventos políticos e clima político, e perspectivas e panorama 
para a indústria e para a entidade. 
O Conselho Federal de Contabilidade, na produção de suas normas, 
procurar proporcionar um conjunto de informações que atenda às 
necessidades do número máximo de usuários primários. Porém, isso 
Relatório 
contábil-
financeiro de 
propósito geral
destinam-se principalmente aos usuários primários 
(investidores existentese em potencial, credores por 
empréstimos e outros credores), sem hierarquia de 
prioridade
não são direcionados primariamente a outros 
interessados, como, por exemplo, órgãos reguladores e 
membros do público que não sejam usuários primários
a rigor, fornecem informação para auxiliar investidores, 
credores por empréstimo e outros credores, existentes e 
em potencial, a estimarem o valor da entidade que 
reporta a informação
não são elaborados para se chegar ao valor da entidade 
que reporta a informação
são baseados em estimativas, julgamentos e modelos 
e não em descrições ou retratos exatos 
fornecem informação acerca da posição patrimonial e 
financeira da entidade, ou seja, sobre os recursos 
econômicos da entidade (ativos) e reivindicações conta 
a entidade (passivos) 
fornecem informação sobre efeitos da transações e 
outros eventos que alteram os recursos econômicos
da entidade e reivindicações conta ela 
(receitas e despesas) 
 
 
 
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não impede que a entidade que reporta a informação preste informações 
adicionais que sejam mais úteis a um subconjunto particular de 
usuários primários. 
A administração da entidade que reporta a informação está também 
interessada em informação contábil-financeira sobre a entidade. Contudo, 
a administração não precisa apoiar-se em relatórios contábil-financeiros de 
propósito geral uma vez que é capaz de obter a informação contábil-financeira 
de que precisa internamente. 
 
3.1 - Perfomance financeira refletida pelo regime de competência 
O regime de competência retrata com propriedade os efeitos de 
transações e outros eventos e circunstâncias sobre os recursos econômicos 
e reivindicações da entidade que reporta a informação nos períodos em que 
ditos efeitos são produzidos, ainda que os recebimentos e pagamentos 
em caixa derivados ocorram em períodos distintos. 
Assim, o regime de competência fornece melhor base de avaliação da 
performance (resultado da empresa) passada e futura da entidade do que a 
informação puramente baseada em entradas e saídas de caixa. 
Vamos praticar futuros AFRFB!!!!! 
 (UEPA/SEFAZ-PA/2013) De acordo com os fundamentos 
previstos na Resolução CFC 1.374/11, que estabelece a estrutura conceitual 
básica da contabilidade, assinale as proposições abaixo em Verdadeiro ou 
Falso, e em seguida, indique a opção que contem a sequência correta. 
( ) As informações contidas nos relatórios contábil-financeiros se destinam 
primariamente aos seguintes usuários externos: investidores, financiadores e 
outros credores, respeitando essa hierarquia de prioridade. 
( ) O regime de competência retrata com propriedade os efeitos de transações 
e outros eventos e circunstâncias sobre os recursos econômicos e 
reivindicações da entidade que reporta a informação nos períodos em que 
ditos efeitos são produzidos, ainda que os recebimentos e pagamentos em 
caixa derivados ocorram em períodos distintos. 
( ) Relatórios contábil-financeiro de propósito geral não são elaborados para se 
chegar ao valor da entidade que reporta a informação; a rigor, fornecem 
informação para auxiliar investidores, credores por empréstimo e outros 
credores, existentes e em potencial, a estimarem o valor da entidade que 
reporta a informação. 
( ) Usuários primários individuais têm diferentes, e possivelmente conflitantes 
desejos e necessidades de informação, por isso o Conselho Federal de 
Contabilidade, ao levar à frente o processo de produção de suas normas, irá 
procurar proporcionar um conjunto de informações que atenda às 
 
 
 
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necessidades do número máximo de usuários primários. Contudo, a 
concentração em necessidades comuns de informação não impede que a 
entidade que reporta a informação preste informações adicionais que sejam 
mais úteis a um subconjunto particular de usuários primários. 
A sequência correta é: 
a) F, F, V, F 
b) F, V, F, V 
c) F, V, V, V 
d) V, F, F, V 
e) V, V, F, F 
Resolução: 
Essa questão demonstra como as bancas vêm cobrando nas provas a 
Estrutura Conceitual básica (CPC 00), ou seja, a pura LITERALIDADE. Assim, 
vou buscar por meio de esquemas e dicas que você, meu aluno, entenda a 
essência dos conceitos. 
I. Falso. As informações contidas nos relatórios contábil-financeiros se 
destinam primariamente aos seguintes usuários externos: investidores, 
financiadores e outros credores, sem hierarquia de prioridade. 
II. Verdadeiro. Pura decoreba. Vimos que o regime de competência retrata 
com propriedade os efeitos de transações e outros eventos e 
circunstâncias sobre os recursos econômicos e reivindicações da entidade que 
reporta a informação nos períodos em que ditos efeitos são produzidos, 
ainda que os recebimentos e pagamentos em caixa derivados ocorram em 
períodos distintos. 
III. Verdadeiro. 
 
 
IV. Verdadeiro. Vimos na nossa aula que o Conselho Federal de Contabilidade, 
na produção de suas normas, procurar proporcionar um conjunto de 
informações que atenda às necessidades do número máximo de 
usuários primários. Porém, isso não impede que a entidade que reporta a 
informação preste informações adicionais que sejam mais úteis a um 
subconjunto particular de usuários primários. Gabarito: Letra C. 
Relatório 
contábil-
financeiro de 
propósito geral
a rigor, fornecem informação para auxiliar investidores, 
credores por empréstimo e outros credores, existentes e 
em potencial, a estimarem o valor da entidade que 
reporta a informação
não são elaborados para se chegar ao valor da entidade 
que reporta a informação
 
 
 
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Vamos agora estudar o capítulo 3 do Pronunciamento Técnico CPC 00, 
que trata da Características Qualitativas da Informação Contábil-Financeira 
Útil. Esta serve para melhorar a qualidade das informações aos usuários das 
Demonstrações Contábeis. 
PRESTE BEM ATENÇÃO NESSE TÓPICO, porque ele é muito cobrado nas 
provas e de maneira bem fácil. 
Ao longo de toda a Estrutura Conceitual, os termos características 
qualitativas e restrição irão se referir a características qualitativas da 
informação contábil-financeira útil e à restrição da informação 
contábil-financeira útil. 
Se a informação contábil-financeira é para ser útil, ela precisa ser 
relevante e representar com fidedignidade o que se propõe a representar. 
A utilidade da informação contábil-financeira é melhorada se ela for 
comparável, verificável, tempestiva e compreensível. 
 
4.1 - Características Qualitativas Fundamentais 
As características qualitativas fundamentais são relevância e 
representação fidedigna. 
A informação precisa concomitantemente ser relevante e representar 
com fidedignidade a realidade reportada para ser útil. Nem a 
representação fidedigna de fenômeno irrelevante, tampouco a 
representação não fidedigna de fenômeno relevante auxiliam os usuários a 
tomarem boas decisões. 
 
 
4.1.1. Relevância 
Informação contábil-financeira relevante é aquela capaz de fazer 
diferença nas decisões que possam ser tomadas pelos usuários. 
A informação contábil-financeira é capaz de fazer diferença nas decisões 
se tiver valor preditivo, valor confirmatório ou ambos. 
Características 
Qualitativas
Fundamentais
relevância 
capaz de fazer diferença nas 
decisões que possam ser tomadas 
pelos usuários
representação
fidedigna
representar um fenômeno relevante, 
com fidegnidade
(completa, neutra e livre deerros)
4 – Características qualitativas da informação contábil-
financeira útil 
 
 
 
 
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A informação contábil-financeira tem valor preditivo se puder ser 
utilizada pelos usuários para predizer futuros resultados. 
A informação contábil-financeira tem valor confirmatório se 
retroalimentar – servir de feedback – avaliações prévias (confirmá-las 
ou alterá-las). 
O valor preditivo e o valor confirmatório da informação contábil-
financeira estão inter-relacionados. A informação que tem valor 
preditivo muitas vezes também tem valor confirmatório. Por exemplo, a 
informação sobre receita para o ano corrente, a qual pode ser utilizada como 
base para predizer receitas para anos futuros, também pode ser comparada 
com predições de receita para o ano corrente que foram feitas nos anos 
anteriores. Os resultados dessas comparações podem auxiliar os usuários a 
corrigirem e a melhorarem os processos que foram utilizados para fazer tais 
predições. 
A materialidade é um aspecto de relevância específico de cada 
entidade. Por isso, não há como determinar um valor uniforme que possa 
considerar se a informação é material ou não. Isso vai depender da estrutura 
de cada entidade. 
A informação é material se a sua omissão ou sua divulgação 
distorcida (misstating) puder influenciar decisões que os usuários tomam 
com base na informação contábil-financeira acerca de entidade específica que 
reporta a informação. 
 
4.1.2. Representação Fidedigna 
Os relatórios contábil-financeiros representam um fenômeno econômico 
em palavras e números. Para ser útil, a informação contábil-financeira não 
tem só que representar um fenômeno relevante, mas tem também que 
representar com fidedignidade o fenômeno que se propõe representar. 
Para ser representação perfeitamente fidedigna, a realidade retratada 
precisa ter três atributos. Ela tem que ser completa, neutra e livre de 
erro. É claro, a perfeição é rara, se de fato alcançável. O objetivo é maximizar 
referidos atributos na extensão que seja possível. 
Para ser completa, a informação deve conter o necessário para que o 
usuário compreenda o fenômeno que está sendo retratado, incluindo todas as 
descrições e explicações necessárias. 
Para ser neutra, a informação deve estar livre de viés na seleção ou na 
apresentação, não podendo ser distorcida para mais ou para menos. 
Para ser livre de erros, o processo para obtenção da informação deve 
ter sido selecionado e aplicado livre de erros ou omissões. Lembrando que ser 
livre de erros não significa total exatidão. 
 
 
 
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 (CESPE/Perito Criminal-Área 1 – PF/2013) Julgue o 
item seguinte, de acordo com os princípios de contabilidade e as normas do 
Conselho Federal de Contabilidade (CFC). 
Relevância e comparabilidade são características qualitativas fundamentais da 
informação contábil-financeira útil, pois tornam a informação capaz de fazer a 
diferença nas decisões tomadas pelos usuários. ( ) Certo ou ( ) Errado. 
Resolução: 
Acabamos de ver que as características qualitativas fundamentais são 
relevância e representação fidedigna. Ainda, somente a informação 
relevante é capaz de fazer diferença nas decisões que possam ser tomadas 
pelos usuários. Gabarito: Errado. 
 
4.2 - Características Qualitativas de Melhoria 
Comparabilidade, verificabilidade, tempestividade e 
compreensibilidade são características qualitativas que melhoram a 
utilidade da informação que é relevante e que é representada com 
fidedignidade. 
As características qualitativas de melhoria podem também auxiliar 
a determinar qual de duas alternativas que sejam consideradas equivalentes 
em termos de relevância e fidedignidade de representação deve ser usada 
para retratar um fenômeno. 
Entretanto, não são capazes tornar a informação útil se esta 
informação não for relevante ou não tiver representação fidedigna. 
 
 
4.2.1. Comparabilidade 
As decisões de usuários implicam escolhas entre alternativas, como, por 
exemplo, vender ou manter um investimento, ou investir em uma entidade ou 
Características 
Qualitativas de 
Melhoria
Comparabilidade
verificabilidade
compreensibilidade 
tempestividade 
 
 
 
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noutra. Consequentemente, a informação acerca da entidade que reporta 
informação será mais útil caso possa ser comparada com informação 
similar sobre outras entidades e com informação similar sobre a mesma 
entidade para outro período ou para outra data. 
Comparabilidade é a característica qualitativa que permite que os 
usuários identifiquem e compreendam similaridades dos itens e diferenças 
entre eles. Diferentemente de outras características qualitativas, a 
comparabilidade não está relacionada com um único item. A comparação 
requer no mínimo dois itens. 
Consistência, embora esteja relacionada com a comparabilidade, não 
significa o mesmo. Consistência refere-se ao uso dos mesmos métodos 
para os mesmos itens, tanto de um período para outro considerando a 
mesma entidade que reporta a informação, quanto para um único período 
entre entidades. Comparabilidade é o objetivo; a consistência auxilia a 
alcançar esse objetivo. 
Comparabilidade não significa uniformidade. Para que a informação 
seja comparável, coisas iguais precisam parecer iguais e coisas diferentes 
precisam parecer diferentes. A comparabilidade da informação contábil- 
financeira não é aprimorada ao se fazer com que coisas diferentes pareçam 
iguais ou ainda ao se fazer coisas iguais parecerem diferentes. 
 
 
4.2.2. Verificabilidade 
A verificabilidade ajuda a assegurar aos usuários que a informação 
representa fidedignamente o fenômeno econômico que se propõe 
representar. A verificabilidade significa que diferentes observadores, cônscios 
e independentes, podem chegar a um consenso, embora não cheguem 
necessariamente a um completo acordo, quanto ao retrato de uma realidade 
econômica em particular ser uma representação fidedigna. 
A verificação pode ser direta ou indireta. Verificação direta 
significa verificar um montante ou outra representação por meio de 
observação direta, como, por exemplo, por meio da contagem de caixa. 
Comparabilidade não 
significa o mesmo que
Consistência
uso dos mesmos métodos 
para os mesmos itens
Uniformidade
Usar o mesmo método de 
comparação 
 
 
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Verificação indireta significa checar os dados de entrada do modelo, fórmula 
ou outra técnica e recalcular os resultados obtidos por meio da aplicação da 
mesma metodologia. Um exemplo é a verificação do valor contábil dos 
estoques por meio da checagem dos dados de entrada (quantidades e custos) 
e por meio do recálculo do saldo final dos estoques utilizando a mesma 
premissa adotada no fluxo do custo (por exemplo, utilizando o método PEPS). 
 
4.2.3. Tempestividade 
Tempestividade significa ter informação disponível para 
tomadores de decisão a tempo de poder influenciá-los em suas 
decisões. Em geral, a informação mais antiga é a que tem menos utilidade. 
Contudo, certa informação pode ter o seu atributo tempestividade prolongado 
após o encerramento do período contábil, em decorrência de alguns usuários, 
por exemplo, necessitarem identificar e avaliar tendências.4.2.4. Compreensibilidade 
Classificar, caracterizar e apresentar a informação com clareza e 
concisão torna-a compreensível. 
Certos fenômenos são inerentemente complexos e não podem ser facilmente 
compreendidos. A exclusão de informações sobre esses fenômenos dos 
relatórios contábil-financeiro pode tornar a informação constante em 
referidos relatórios mais facilmente compreendida. Contudo, referidos 
relatórios seriam considerados incompletos e potencialmente 
distorcidos (misleading). 
Relatórios contábil-financeiros são elaborados para usuários que têm 
conhecimento razoável de negócios e de atividades econômicas e que revisem 
e analisem a informação diligentemente. Por vezes, mesmo os usuários bem 
informados e diligentes podem sentir a necessidade de procurar ajuda de 
consultor para compreensão da informação sobre um fenômeno econômico 
complexo. 
 (FEPESE/Adaptada/AFRE - SC/2010) São características 
qualitativas das demonstrações contábeis: 
a) relevância, tempestividade, confiabilidade, comparabilidade e neutralidade. 
b) comparabilidade, continuidade, relevância, primazia da essência. 
c) materialidade, compreensibilidade, relevância, confiabilidade. 
d) compreensibilidade, relevância, representação fidedigna, comparabilidade. 
e) confiabilidade, compreensibilidade, comparabilidade, integridade. 
 
 
 
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Resolução: Lembrar que as características qualitativas foram divididas em 
duas categorias: 
1. Características qualitativas fundamentais: 
 relevância; e 
 representação fidedigna. 
2. Características qualitativas de melhoria: 
 comparabilidade; 
 verificabilidade; 
 tempestividade; e 
 compreensibilidade. 
Gabarito: Letra D. 
 
4.3 - Restrição de custo na elaboração e divulgação de relatório 
contábil-financeiro útil 
O custo de gerar a informação é uma restrição sempre presente na 
entidade no processo de elaboração e divulgação de relatório contábil-
financeiro. O processo de elaboração e divulgação de relatório contábil-
financeiro impõe custos, sendo importante que ditos custos sejam 
justificados pelos benefícios gerados pela divulgação da informação. 
Assim, é necessário ponderar a relação do custo-benefício da 
informação, para que o benefício gerado pela divulgação da informação 
justifique os seus custos. 
 (ESAF/AFC - Contábil - STN/2013) A empresa Patrimônio 
S.A. efetuou a depreciação utilizando os percentuais fiscais, ainda que 
soubesse que a vida econômica do bem era maior do que as taxas fiscais. A 
decisão foi tomada em função das dificuldades em controlar as duas 
depreciações, o que levaria a empresa a ter custos de controle não 
suportáveis pelo porte e situação financeira da empresa, inviabilizando o 
negócio. Referida situação: 
a) afeta diretamente a neutralidade na apresentação de uma demonstração 
contábil fidedigna, não sendo possível considerar a demonstração fidedigna. 
b) altera a demonstração contábil de forma material, impedindo o 
reconhecimento como uma demonstração contábil fidedigna. 
c) permite considerar a demonstração contábil fidedigna, uma vez que o custo 
para geração de uma informação com melhor qualidade não justificaria o 
benefício. 
d) atende ao princípio da prudência, visto que a decisão de adotar a 
depreciação que atribui maior valor ao resultado permite a geração de uma 
demonstração conservadora mais fidedigna. 
 
 
 
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e) distorce a possibilidade do usuário em analisar a demonstração contábil, 
sendo necessário o ajuste para considerá-la fidedigna. 
Resolução: 
Sabemos que a Contabilidade, nos casos de depreciação de bens do 
ativo imobilizado, leva em consideração a vida econômica do bem, ou seja, 
por quanto tempo o bem pode ser utilizado pela empresa. Assim, a 
Contabilidade não deve levar em consideração as exigências do fisco. Para 
atender esta, o contador deverá fazer ajustes em livros auxiliares. 
Porém, cabe à administração da empresa, sem ferir os Princípios e 
Convenções, bem como as normas constantes da Legislação Comercial e 
Fiscal, estabelecer uma relação custo-benefício, para decidir sobre a adoção de 
um sistema contábil mais apurado e detalhado, evitando o desperdício de 
tempo e dinheiro para controlar elementos e mutações patrimoniais de 
pequena expressão em relação ao conjunto do Patrimônio. 
Nesse caso, como o custo para geração de uma informação com melhor 
qualidade não justificaria o benefício, permite-se considerar a demonstração 
contábil fidedigna, mesmo sem utilizar a forma correta de depreciação. 
Gabarito: Letra C. 
 
 
Conforme a premissa subjacente da continuidade, as demonstrações 
contábeis normalmente são elaboradas tendo como premissa que a entidade 
está em atividade e irá manter-se em operação por um futuro previsível. 
Desse modo, parte-se do pressuposto de que a entidade não tem a 
intenção, nem tampouco a necessidade, de entrar em processo de 
liquidação ou de reduzir materialmente a escala de suas operações. 
Por outro lado, se existir a intenção ou necessidade de liquidação, 
ou seja, de a empresa descontinuar suas operações, as demonstrações 
contábeis podem ter que ser elaboradas em bases diferentes e, nesse caso, a 
base de elaboração utilizada deve ser divulgada. 
Continuando a nossa aula, vamos abordar agora os elementos das 
demonstrações contábeis. 
As demonstrações contábeis retratam os efeitos patrimoniais e 
financeiros das transações e outros eventos, por meio do grupamento 
dos mesmos em classes amplas de acordo com as suas características 
econômicas. Essas classes amplas são denominadas de elementos das 
demonstrações contábeis. 
Os elementos diretamente relacionados à mensuração da posição 
patrimonial e financeira no balanço patrimonial são os ativos, os passivos e 
o patrimônio líquido. Estes são definidos como segue: 
5 - Elementos das Demonstrações Contábeis 
 
 
 
 
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 (a) ativo é um recurso controlado pela entidade como resultado de 
eventos passados e do qual se espera que fluam futuros benefícios 
econômicos para a entidade; 
(b) passivo é uma obrigação presente da entidade, derivada de 
eventos passados, cuja liquidação se espera que resulte na saída de 
recursos da entidade capazes de gerar benefícios econômicos; 
(c) patrimônio líquido é o interesse residual nos ativos da entidade 
depois de deduzidos todos os seus passivos. 
 
A demonstração das mutações na posição financeira 
(Demonstração dos Fluxos de Caixa, por exemplo) usualmente reflete os 
elementos da demonstração do resultado e as alterações nos elementos do 
balanço patrimonial. 
NÃO VÁ PARA A PROVA SEM MEMORIZAR AS DEFINIÇÕES ACIMA. 
 
5.1 - Ativos 
 
 
Os benefícios econômicos futuros incorporados a um ativo podem fluir 
para a entidade de diversas maneiras. Por exemplo, o ativo pode ser: 
 (a) usado isoladamente ou em conjunto com outros ativos na produção 
de bens ou na prestação de serviços a serem vendidos pela entidade; 
Ativo
Recursos controlado
pela entidade
O controle dos recursos 
pela entidade não 
significa, 
necessariamente, que 
ela tenha a propriedade 
jurídica de determinado 
bem ou direito, pois 
devemos levar em 
consideração a Primazia 
da Essência sobre a 
Forma. Assim, no caso 
do arrendamento 
financeiro, que o 
comprador não tem a 
propriedade, mas possui 
o controle do bem, este 
deve ser contabilizado 
como Ativo. 
Resultadode 
eventos passados
O ativo refere-se a 
algo que já 
aconteceu. Assim, 
quando adquirimos 
matéria-prima para a 
produção, devemos 
registrar no ativo. 
Diferentemente, 
quando temos apenas 
a intenção de adquirir 
a matéria-prima, não 
registramos essa 
operação no ativo.
Futuros benefícios
econômicos para a 
entidade
Para registrar um 
ativo, a empresa 
necessita que o bem 
resulte em futuros 
benefícios econômicos 
para a entidade. Por 
exemplo, quando 
gera ingressos de 
disponibilidades ou é 
utilizado nas 
atividades 
operacionais da 
entidade.
 
 
 
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(b) trocado por outros ativos; 
(c) usado para liquidar um passivo; ou 
(d) distribuído aos proprietários da entidade. 
 
Vale lembrar que muitos ativos, como, por exemplo, itens do 
imobilizado, têm forma física. Porém, a forma física não é essencial para a 
existência de ativo. Assim sendo, as patentes e os direitos autorais, por 
exemplo, são considerados ativos, caso deles sejam esperados que benefícios 
econômicos futuros fluam para a entidade e caso eles sejam por ela 
controlados, mesmo sem possuir existência física. 
Por outro lado, muitos ativos, como, por exemplo, contas a receber e 
imóveis, estão associados a direitos legais, incluindo o direito de propriedade. 
No entanto, ao determinar a existência do ativo, o direito de propriedade 
não é essencial. Assim, por exemplo, um imóvel objeto de arrendamento 
mercantil será um ativo, caso a entidade controle os benefícios econômicos 
que são esperados que fluam da propriedade. 
 
 
 
5.2 - Passivos 
 
Não é essencial para 
existência de um ativo
Forma Física Direito de Propriedade
Passivo
Obrigação
presente da 
entidade
▪ Uma obrigação é 
presente quando a 
existência da dívida 
não depende de 
evento futuro. Assim, 
o passivo resulta de 
evento já ocorrido, 
como o financiamento 
de veículo e a 
aquisição de 
mercadorias
Derivada de 
eventos
passados
▪ Os eventos passados 
é que são 
classificados como 
passivos, tais como a 
aquisição de 
mercadorias. Eventos 
fututros não 
configuram passivo
Liquidação se 
espera saída de 
recursos capazes de 
gerar benefícios 
econômicos
▪ O passivo será 
liquidado com 
recursos capazes de 
gerar benefícios 
econômicos 
▪ A liquidação será 
feita por meio de 
pagamento em caixa 
(diminuição do ativo), 
transferência de 
ativos (como bens ou 
mercadorias) ou 
substituição por outra 
obrigação, dentre 
outras
 
 
 
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A liquidação de uma obrigação presente pode ocorrer de diversas 
maneiras, como, por exemplo, por meio de: 
(a) pagamento em caixa; 
(b) transferência de outros ativos; 
(c) prestação de serviços; 
(d) substituição da obrigação por outra; ou 
(e) conversão da obrigação em item do patrimônio líquido. 
 
A obrigação pode também ser extinta por outros meios, tais como pela 
renúncia do credor ou pela perda dos seus direitos. 
 
5.3 - Patrimônio Líquido 
Embora o patrimônio líquido seja definido como algo residual (ATIVO 
– PASSIVO), ele pode ter subclassificações no balanço patrimonial. Por 
exemplo, na sociedade por ações, recursos aportados pelos sócios, reservas 
resultantes de retenções de lucros e reservas representando ajustes para 
manutenção do capital podem ser demonstrados separadamente. 
O montante pelo qual o patrimônio líquido é apresentado no balanço 
patrimonial depende da mensuração dos ativos e passivos. Normalmente, 
o montante agregado do patrimônio líquido somente por coincidência 
corresponde ao valor de mercado agregado das ações da entidade ou da 
soma que poderia ser obtida pela venda dos seus ativos líquidos numa base de 
item-por-item, ou da entidade como um todo, tomando por base a premissa 
da continuidade. 
Vamos praticar futuros Auditores Fiscais da RFB!!!!! 
 (ESAF/Inspetor – CVM/2010) Aponte abaixo a opção que 
contém uma assertiva incorreta. 
a) Ativo é um recurso controlado pela entidade como resultado de eventos 
passados e do qual se espera que resultem futuros benefícios econômicos para 
a entidade. 
b) Passivo é uma obrigação presente da entidade, derivada de eventos já 
ocorridos, cuja liquidação se espera que resulte em saída de recursos capazes 
de gerar benefícios econômicos para a entidade. 
c) Patrimônio Líquido é o valor residual dos ativos da entidade depois de 
deduzidos todos os resultados. 
 
 
 
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d) Muitos ativos têm uma substância física. Entretanto, substância física não é 
essencial à existência de um ativo. 
e) Muitos ativos estão ligados a direitos legais, inclusive a direito de 
propriedade. Ao determinar a existência de um ativo, entretanto, o direito de 
propriedade não é essencial. 
Resolução: 
Analisando item a item: 
a) Correta. Perfeita definição para ativo, conforme CPC 00. 
b) Correta. Redação literal da definição de passivo do CPC 00. 
c) Incorreta. Patrimônio líquido é o interesse residual nos ativos da 
entidade depois de deduzidos todos os seus passivos, e não os resultados. 
d) Correta. A substância física não é essencial à existência de um ativo, 
como é o caso dos bens classificados no Intangível. 
e) Correta. Muitos ativos, como, por exemplo, contas a receber e imóveis, 
estão associados a direitos legais, incluindo o direito de propriedade. No 
entanto, ao determinar a existência do ativo, o direito de propriedade 
não é essencial. Gabarito: Letra C. 
 
5.4 - Perfomance 
O resultado é frequentemente utilizado como medida de performance 
ou como base para outras medidas, tais como o retorno do investimento ou o 
resultado por ação. Os elementos diretamente relacionados com a 
mensuração do desempenho na demonstração do resultado são as 
receitas e as despesas. 
Os elementos de receitas e despesas são definidos como segue: 
 
 
 
DESPESAS
São decréscimos nos benefícios econômicos durante o 
período contábil, sob a forma de saída de recursos ou 
redução de ativos ou assunção de passivos, que resultam 
em decréscimo do patrimônio líquido e que não estejam 
relacionados com distribuição aos detentores dos 
instrumentos patrimoniais.
RECEITAS
Receitas são aumentos nos benefícios econômicos
durante o período contábil sob a forma de entrada de 
recursos ou aumento de ativos ou diminuição de passivos, 
que resultam em aumentos do patrimônio líquido e que 
não estejam relacionados com a contribuição dos 
detentores dos instrumentos patrimoniais;
 
 
 
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5.5 - Receitas 
A definição de receita abrange tanto receitas propriamente ditas 
quanto ganhos. A receita surge no curso das atividades usuais da 
entidade e é designada por uma variedade de nomes, tais como vendas, 
honorários, juros, dividendos, royalties, aluguéis. 
A receita também pode resultar da liquidação de passivos. Por 
exemplo, a entidade pode fornecer mercadorias e serviços ao credor por 
empréstimo em liquidação da obrigação de pagar o empréstimo. 
Ganhos representam outros itens que se enquadram na definição de 
receita e podem ou não surgir no curso das atividades usuais da 
entidade, representando aumentos nos benefícios econômicos. Ganhos 
incluem, por exemplo, aqueles que resultam da venda de ativos não 
circulantes (veículos, terrenos, imóveis etc.).5.6 - Despesas 
A definição de despesas abrange tanto as perdas quanto as despesas 
propriamente ditas que surgem no curso das atividades usuais da 
entidade. As despesas que surgem no curso das atividades usuais da 
entidade incluem, por exemplo, o custo das vendas, salários e depreciação. 
Geralmente, tomam a forma de desembolso ou redução de ativos como caixa 
e equivalentes de caixa, estoques e ativo imobilizado. 
A definição de despesas também inclui as perdas não realizadas. Por 
exemplo, as que surgem dos efeitos dos aumentos na taxa de câmbio de 
moeda estrangeira com relação aos empréstimos da entidade a pagar em tal 
moeda. 
Perdas representam outros itens que se enquadram na definição de 
despesas e podem ou não surgir no curso das atividades usuais da entidade, 
representando decréscimos nos benefícios econômicos. Perdas incluem, 
por exemplo, as que resultam de sinistros como incêndio e inundações, 
assim como as que decorrem da venda de ativos não circulantes. 
 (FCC/Contadoria - TRF 2ª Região/2012) De acordo com 
o disposto na Estrutura Conceitual da Contabilidade atualmente vigente em 
nosso país, 
a) um recurso, para ser contabilizado como ativo, precisa obrigatoriamente ser 
de propriedade formal da entidade. 
b) uma obrigação futura e que não é resultado de eventos passados pode ser 
contabilizada como um passivo da entidade. 
 
 
 
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c) as receitas são aumentos de ativos ou diminuições de passivos que tem 
como consequência aumentos do patrimônio líquido, resultantes de transações 
da entidade com seus sócios ou acionistas. 
d) o valor do patrimônio líquido de uma entidade com fins lucrativos não pode 
ser menor que zero. 
e) toda despesa implica uma diminuição do patrimônio líquido, mas nem toda 
diminuição do patrimônio líquido resulta de uma despesa. 
Resolução: 
a) Incorreta. Vimos que o direito de propriedade não é essencial para 
existência do ativo. 
b) Incorreta. O passivo é uma obrigação presente da entidade, derivada 
de eventos passados, cuja liquidação se espera que resulte na saída de 
recursos da entidade capazes de gerar benefícios econômicos. 
c) Incorreta. Receitas são aumentos nos benefícios econômicos durante o 
período contábil, sob a forma da entrada de recursos ou do aumento de 
ativos ou diminuição de passivos, que resultam em aumentos do 
patrimônio líquido, e que não estejam relacionados com a contribuição 
dos detentores dos instrumentos patrimoniais (sócios ou acionistas); 
d) Incorreta. É nítido que o Patrimônio Líquido pode ser menor do que zero. 
Basta que o Passivo da entidade seja maior que o seu Ativo. Se uma 
determinada entidade apresentar consequentes prejuízos, poderá ficar com o 
patrimônio negativo, situação chamada de “passivo a descoberto”. 
e) Correta. As despesas resultam em decréscimo do patrimônio líquido. 
Porém, a recíproca não é verdadeira. Podemos ter situações de diminuição do 
Patrimônio Líquido sem que haja uma despesa, por exemplo, na distribuição 
de dividendos a partir de reservas de lucro. 
Gabarito: Letra E. 
 
 
Reconhecimento é o processo que consiste na incorporação ao 
balanço patrimonial ou à demonstração do resultado de item que se enquadre 
na definição de elemento e que satisfaça os seguintes critérios de 
reconhecimento: 
(a) for provável que algum benefício econômico futuro associado ao 
item flua para a entidade ou flua da entidade; e 
(b) o item tiver custo ou valor que possa ser mensurado com 
confiabilidade (a informação é confiável quando ela é completa, neutra e 
livre de erro). 
6 - Reconhecimento dos elementos das Demonstrações 
Contábeis 
 
 
 
 
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O reconhecimento envolve a descrição do item, a mensuração do 
seu montante monetário e a sua inclusão no balanço patrimonial ou na 
demonstração do resultado. Os itens que satisfazem os critérios de 
reconhecimento devem ser reconhecidos no balanço patrimonial ou na 
demonstração do resultado. A falta de reconhecimento de tais itens não é 
corrigida pela divulgação das práticas contábeis adotadas nem tampouco pelas 
notas explicativas ou material elucidativo. 
 
6.1 - Reconhecimento de ativos 
 
 
Um ativo não deve ser reconhecido no balanço patrimonial quando 
os gastos incorridos não proporcionarem a expectativa provável de 
geração de benefícios econômicos para a entidade além do período 
contábil corrente. Ao invés disso, tal transação deve ser reconhecida como 
despesa na demonstração do resultado. 
 
6.2 - Reconhecimento de passivos 
 
 
6.3 - Reconhecimento de receitas 
 
Um ativo deve ser 
reconhecido no balanço 
patrimonial
quando for provável que benefícios 
econômicos futuros dele provenientes fluirão 
para a entidade; e
seu custo ou valor puder ser mensurado com 
confiabilidade.
Um passivo deve ser 
reconhecido no balanço 
patrimonial
quando for provável que uma saída de recursos 
detentores de benefícios econômicos seja exigida 
em liquidação de obrigação presente; e
o valor pelo qual essa liquidação se dará puder 
ser mensurado com confiabilidade.
A receita deve ser 
reconhecida na 
demonstração do resultado
quando resultar em aumento nos benefícios 
econômicos futuros relacionado com aumento
de ativo ou com diminuição de passivo; e
puder ser mensurado com confiabilidade.
 
 
 
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Na prática, o reconhecimento da receita ocorre simultaneamente 
com o reconhecimento do aumento nos ativos ou da diminuição nos passivos 
(por exemplo, o aumento líquido nos ativos originado da venda de bens e 
serviços ou o decréscimo do passivo originado do perdão de dívida a ser 
paga). 
 
6.4 - Reconhecimento de despesas 
 
 
Na prática, o reconhecimento da despesa ocorre simultaneamente 
com o reconhecimento de aumento nos passivos ou de diminuição nos 
ativos (por exemplo, a alocação por competência de obrigações trabalhistas 
ou da depreciação de equipamento). 
As despesas devem ser reconhecidas na demonstração do resultado 
com base na associação direta entre elas e os correspondentes itens de 
receita. Esse processo, usualmente chamado de confrontação entre 
despesas e receitas (regime de competência), envolve o reconhecimento 
simultâneo ou combinado das receitas e despesas que resultem 
diretamente ou conjuntamente das mesmas transações ou outros eventos. 
Por exemplo, os vários componentes de despesas que integram o custo 
das mercadorias vendidas devem ser reconhecidos no mesmo momento em 
que a receita derivada da venda das mercadorias é reconhecida. 
Quando se espera que os benefícios econômicos sejam gerados ao longo 
de vários períodos contábeis e a associação com a correspondente receita 
somente possa ser feita de modo geral e indireto, as despesas devem ser 
reconhecidas na demonstração do resultado com base em procedimentos de 
alocação sistemática e racional. Muitas vezes isso é necessário ao reconhecer 
despesas associadas com o uso ou o consumo de ativos, tais como itens do 
imobilizado, ágio pela expectativa de rentabilidade futura (goodwill), marcas e 
patentes. Em tais casos, a despesa é designada como depreciação ou 
amortização. Esses procedimentos de alocação destinam-se a reconhecer 
despesas nos períodos contábeis em que os benefícios econômicos associados 
a tais itens sejam consumidos ou expirem. 
As despesas devem ser 
reconhecidas na 
demonstração do resultado
quando resultarem em decréscimonos 
benefícios econômicos futuros, relacionado 
com o decréscimo de um ativo ou o aumento de 
um passivo; e
puder ser mensurado com confiabilidade.
 
 
 
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A despesa deve ser reconhecida imediatamente na demonstração do 
resultado quando o gasto não produzir benefícios econômicos futuros ou 
quando, e na extensão em que, os benefícios econômicos futuros não se 
qualificarem, ou deixarem de se qualificar, para reconhecimento no balanço 
patrimonial como ativo. Por exemplo, um bem do imobilizado que for 
considerado imprestável, seu valor contábil deve ser reconhecido diretamente 
no resultado, como despesa. 
A despesa também deve ser reconhecida na demonstração do resultado 
nos casos em que um passivo é incorrido sem o correspondente 
reconhecimento de ativo, como no caso de passivo decorrente de garantia de 
produto. 
 (FCC/Analista - MPE-AP/2012) No Balanço patrimonial ou 
demonstração do resultado 
a) um Ativo deve ser reconhecido quando for provável que benefícios 
econômicos futuros dele provenientes fluirão para a entidade e seu custo ou 
valor puder ser mensurado com confiabilidade. 
b) um Ativo deve ser reconhecido quando os gastos incorridos não 
proporcionarem a expectativa provável de geração de benefícios econômicos 
para a entidade além do período contábil corrente. 
c) um Ativo deve ser reconhecido quando for provável que uma saída de 
recursos detentores de benefícios econômicos seja exigida em liquidação de 
obrigação presente e o valor pelo qual essa liquidação se dará puder ser 
mesurado com confiabilidade. 
d) as despesas devem ser reconhecidas quando resultarem em acréscimo nos 
benefícios econômicos futuros, relacionado com o acréscimo de um ativo ou 
decréscimo de um passivo, e puder ser mensurado com confiabilidade. 
e) a receita deve ser reconhecida quando resultar em redução dos benefícios 
econômicos futuros relacionado com redução de ativo ou com acréscimo de 
passivo e puder ser mensurado com confiabilidade. 
Resolução: 
Essa questão cobrou a pura literalidade do CPC 00. Difícil memorizar tudo isso. 
Porém, preste atenção nas partes mais importantes, que estarão destacadas 
na questão. Analisando cada item temos: 
a) Correta. Perfeita definição da maneira como o ativo é reconhecido no 
balanço patrimonial. 
b) Incorreta. Pura decoreba da norma. Um Ativo não deve ser reconhecido 
quando os gastos incorridos não proporcionarem a expectativa provável de 
geração de benefícios econômicos para a entidade além do período contábil 
corrente. 
 
 
 
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c) Incorreta. Um Ativo Passivo deve ser reconhecido quando for provável que 
uma saída de recursos detentores de benefícios econômicos seja exigida em 
liquidação de obrigação presente e o valor pelo qual essa liquidação se dará 
puder ser mesurado com confiabilidade. 
d) Incorreta. As despesas devem ser reconhecidas quando resultarem em 
acréscimo decréscimo nos benefícios econômicos futuros, relacionado com o 
acréscimo decréscimo de um ativo ou decréscimo aumento de um passivo, 
e puder ser mensurado com confiabilidade. 
e) Incorreta. A receita deve ser reconhecida quando resultar em redução 
aumento dos benefícios econômicos futuros relacionado com redução 
aumento de ativo ou com acréscimo diminuição de passivo e puder ser 
mensurado com confiabilidade. Gabarito: Letra A. 
 
 
Mensuração é o processo que consiste em determinar os montantes 
monetários por meio dos quais os elementos das demonstrações contábeis 
devem ser reconhecidos e apresentados no balanço patrimonial e na 
demonstração do resultado. Esse processo envolve a seleção da base 
específica de mensuração. 
Um número variado de bases de mensuração é empregado em 
diferentes graus e em variadas combinações nas demonstrações contábeis. 
Essas bases incluem o que segue: 
(a) Custo histórico. Os ativos são registrados pelos montantes pagos 
em caixa ou equivalentes de caixa ou pelo valor justo dos recursos entregues 
para adquiri-los na data da aquisição. Os passivos são registrados pelos 
montantes dos recursos recebidos em troca da obrigação ou, em algumas 
circunstâncias (como, por exemplo, imposto de renda), pelos montantes em 
caixa ou equivalentes de caixa se espera serão necessários para liquidar o 
passivo no curso normal das operações. 
Custo histórico: É a base de mensuração mais utilizada pelas 
empresas na elaboração das demonstrações contábeis. 
(b) Custo corrente. Os ativos são mantidos pelos montantes em caixa 
ou equivalentes de caixa que teriam de ser pagos se esses mesmos ativos ou 
ativos equivalentes fossem adquiridos na data do balanço. Os passivos são 
reconhecidos pelos montantes em caixa ou equivalentes de caixa, não 
descontados, que se espera seriam necessários para liquidar a obrigação 
na data do balanço. 
Custo corrente: É o valor do ativo ou do passivo na data fechamento 
das demonstrações contábeis (balanço). 
 
7 - Mensuração dos elementos das Demonstrações Contábeis 
 
 
8 - Conceitos de capital e manutenção de capital7 - 
Mensuração dos elementos das Demonstrações Contábeis 
 
 
 
 
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(c) Valor realizável (valor de realização ou de liquidação). Os ativos 
são mantidos pelos montantes em caixa ou equivalentes de caixa que 
poderiam ser obtidos pela sua venda em forma ordenada. Os passivos 
são mantidos pelos seus montantes de liquidação, isto é, pelos montantes em 
caixa ou equivalentes de caixa, não descontados, que se espera serão pagos 
para liquidar as correspondentes obrigações no curso normal das operações. 
Valor realizável: É o valor obtido com a venda do ativo no curso 
normal das operações, deduzidos das despesas necessárias para concretizá-la. 
Por exemplo, se a empresa tem uma máquina no valor de R1.000,00, e as 
despesas necessárias para vendê-la são de R$ 50,00, o valor realizável desse 
bem é R$ 950,00. No caso do passivo, é o valor que será desembolsado, não 
descontados a valor presente, para liquidar as obrigações. 
(d) Valor presente. Os ativos são mantidos pelo valor presente, 
descontado, dos fluxos futuros de entradas líquidas de caixa que se 
espera seja gerado pelo item no curso normal das operações. Os passivos 
são mantidos pelo valor presente, descontado, dos fluxos futuros de saídas 
líquidas de caixa que se espera serão necessários para liquidar o passivo 
no curso normal das operações. 
Valor presente: É o valor do ativo ou passivo na data da operação, 
deduzido dos juros ou encargos financeiros embutidos nos valores das 
compras e das vendas, quando feitas a prazo. Por exemplo, se a empresa 
compra uma máquina por R$ 120.000,00 em 10 parcelas de R$ 12.000,00, 
com juros de R$ 20.000,00, o valor presente dessa máquina é R$ 100.000,00 
(120.000,00 – 20.0000,00). 
 
O custo histórico é normalmente combinado com outras bases de 
mensuração. Por exemplo, os estoques são geralmente mantidos pelo 
menor valor entre o custo e o valor líquido de realização, os títulos e 
valores mobiliários negociáveis podem em determinadas circunstâncias ser 
mantidos a valor de mercado e os passivos decorrentes de pensões são 
mantidos pelo seu valor presente. Ademais, em algumas circunstâncias, 
determinadas entidades usam a base de custo corrente como resposta à 
incapacidade de o modelo contábil de custo histórico enfrentar os efeitos das 
mudanças de preços dos ativos não monetários.Curso: Contabilidade Geral e Avançada p/ AFRFB 
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Esquematizando: 
Bases de Mensuração 
 Ativo Passivo 
Custo 
Histórico 
Valor na data da aquisição Valor recebido ou valor para liquidar o 
passivo no curso normal das operações 
Custo 
Corrente 
Valor para adquirir na data do 
balanço/demonstrações contábeis 
Valor, não descontado, para liquidar a 
obrigação na data do 
balanço/demonstrações contábeis 
Valor 
Realizável 
Valor obtido pela venda de forma 
ordenada 
Valor, não descontado, para liquidar as 
obrigações no curso normal das 
operações da entidade 
Valor 
Presente 
Valor presente, descontado, do 
fluxo futuro de entradas líquidas 
de caixa esperado no curso normal 
das operações 
Valor presente, descontado, do fluxo 
futuro de saídas liquidas de caixa 
esperado para liquidar o passivo no 
curso normal das operações 
 
 (FGV/MPE-MS/2012) Relacione os fatores das variações 
dos componentes patrimoniais apresentados à direita, com suas respectivas 
definições. 
1. Custo corrente ( ) É o valor pelo qual um ativo pode ser trocado entre 
partes conhecedoras, dispostas a isso, em uma 
transação sem favorecimentos 
2. Valor realizável ( ) Os ativos são descontados do fluxo futuro de 
entrada líquida de caixa que se espera seja gerado pelo 
item no curso normal das operações da Entidade 
3. Valor presente ( ) Os ativos são mantidos pelos valores em caixa ou 
equivalentes de caixa, os quais poderiam ser obtidos 
pela venda em uma forma ordenada 
4. Valor justo ( ) Os ativos são reconhecidos pelos valores em caixa 
ou equivalentes de caixa, os quais teriam de ser pagos 
se esses ativos ou ativos equivalentes fossem adquiridos 
na data ou no período das demonstrações contábeis 
 
Assinale a alternativa que mostra a relação correta, de cima para baixo. 
a) 1, 3, 2 e 4. 
b) 1, 4, 2 e 3. 
c) 4, 2, 3 e 1. 
d) 2, 4, 3 e 1. 
e) 4, 3, 2 e 1. 
Resolução: Analisando item a item: 
(4) Valor justo é o valor pelo qual um ativo pode ser trocado entre partes 
conhecedoras, dispostas a isso, em uma transação sem favorecimentos. 
 
 
 
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(3) Falou que os ativos e passivos são descontados do fluxo futuro, 
lembre-se da base de mensuração Valor Presente. 
(2) Falou que o ativo foi obtido pela venda de forma ordenada, lembre-se 
do Valor Realizável. 
(1) Quando mencionar que o ativo é reconhecido pelo valor na “data do 
balanço” ou “data das demonstrações contábeis” ou “período de 
reporte”, lembre-se da base de mensuração Custo Corrente. 
 
 
O conceito de capital financeiro (ou monetário) é adotado pela 
maioria das entidades na elaboração de suas demonstrações contábeis. De 
acordo com o conceito de capital financeiro, tal como o dinheiro investido ou 
o seu poder de compra investido, o capital é sinônimo de ativos líquidos ou 
patrimônio líquido da entidade. Segundo o conceito de capital físico, tal 
como capacidade operacional, o capital é considerado como a capacidade 
produtiva da entidade baseada, por exemplo, nas unidades de produção 
diária. 
 
 
 
Os conceitos de capital financeiro e físico dão origem aos seguintes 
conceitos de manutenção de capital: 
(a) Manutenção do capital financeiro. De acordo com esse conceito, o 
lucro é considerado auferido somente se o montante financeiro (ou dinheiro) 
dos ativos líquidos no fim do período exceder o seu montante financeiro (ou 
dinheiro) no começo do período, depois de excluídas quaisquer distribuições 
aos proprietários e seus aportes de capital durante o período. A manutenção 
do capital financeiro pode ser medida em qualquer unidade monetária 
nominal ou em unidades de poder aquisitivo constante. 
(b) Manutenção do capital físico. De acordo com esse conceito, o lucro 
é considerado auferido somente se a capacidade física produtiva (ou 
capacidade operacional) da entidade (ou os recursos ou fundos necessários 
para atingir essa capacidade) no fim do período exceder a capacidade física 
Conceito de 
capital financeiro
(ou monetário) 
capital é sinônimo 
de ativos líquidos ou 
patrimônio líquido da 
entidade
Conceito de 
capital físico
(ou operacional)
capital é 
considerado como a 
capacidade produtiva 
da entidade 
8 - Conceitos de capital e manutenção de capital 
 
 
 
9 - Resumo da Aula8 - Conceitos de capital e manutenção de 
capital 
 
 
 
 
 
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produtiva no início do período, depois de excluídas quaisquer distribuições 
aos proprietários e seus aportes de capital durante o período. 
O conceito de manutenção do capital físico requer a adoção do custo 
corrente como base de mensuração. O conceito de manutenção do capital 
financeiro, entretanto, não requer o uso de uma base específica de 
mensuração. A escolha da base conforme este conceito depende do tipo de 
capital financeiro que a entidade está procurando manter. 
De acordo com o conceito de manutenção do capital financeiro, por 
meio do qual o capital é definido em termos de unidades monetárias 
nominais, o lucro representa o aumento do capital monetário nominal ao 
longo do período. Assim, os aumentos nos preços de ativos mantidos ao longo 
do período, convencionalmente designados como ganhos de estocagem, são, 
conceitualmente, lucros. Entretanto, eles podem não ser reconhecidos como 
tais até que os ativos sejam realizados mediante transação de troca. 
Quando o conceito de manutenção do capital financeiro é definido em 
termos de unidades de poder aquisitivo constante, o lucro representa o 
aumento no poder de compra investido ao longo do período. Assim, somente a 
parcela do aumento nos preços dos ativos que exceder o aumento no nível 
geral de preços é considerada como lucro. O restante do aumento é tratado 
como ajuste para manutenção do capital e, consequentemente, como parte 
integrante do patrimônio líquido. 
De acordo com o conceito de manutenção do capital físico, quando o 
capital é definido em termos de capacidade física produtiva, o lucro 
representa o aumento desse capital ao longo do período. Todas as mudanças 
de preços afetando ativos e passivos da entidade são vistas, nesse conceito, 
como mudanças na mensuração da capacidade física produtiva da entidade. 
Assim sendo, devem ser tratadas como ajustes para manutenção do capital, 
que são parte do patrimônio líquido, e não como lucro. 
 (FCC/ADAPTADA/Analista - Judiciário/2009) Em 
conformidade com o estabelecido pela Resolução CFC n° 1.374/11 o conceito 
financeiro de manutenção do capital, no qual o capital é definido em unidades 
monetárias nominais, o ganho por manutenção e/ou estocagem de ativos, no 
período, só podem ser reconhecidos como lucro 
a) no momento em que ocorrer variação do indexador definido pelo órgão 
regulador. 
b) de acordo com o regime de competência, independente da transferência 
para terceiros. 
c) ao final de cada período verificado pela variação de um indexador definido 
pela entidade. 
d) no momento em que estes ativos forem efetivamente vendidos a terceiros. 
 
 
 
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e) ao final do período examinado, se ocorrer aumento no índice geral de 
preços. 
Resolução: 
Vimos que, de acordo com o conceito de manutenção do capital financeiro, 
no qual o capital é definido em unidades monetárias nominais, os aumentos 
nos preçosde ativos mantidos ao longo do período, convencionalmente 
designados como ganhos de estocagem, são, conceitualmente, lucros. 
Entretanto, eles podem não ser reconhecidos como tais até que os ativos 
sejam realizados mediante transação de troca (vendida a terceiros). 
Assim, no caso da questão, só há lucro quando os ativos foram efetivamente 
vendido a terceiros. 
Gabarito: Letra D. 
 
Por hoje é só. Apresento um resumo com os principais pontos vistos na 
nossa aula para futuras revisões. Bons estudos!!! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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A Estrutura Conceitual não é um Pronunciamento Técnico 
propriamente dito e, portanto, não define normas ou procedimentos para 
qualquer questão particular sobre aspectos de mensuração ou divulgação. 
Nada na Estrutura Conceitual substitui qualquer Pronunciamento 
Técnico, Interpretação ou Orientação. Havendo conflito entre o estabelecido 
na Estrutura Conceitual e nos Pronunciamentos Técnicos, Interpretações e 
Orientações, estes devem prevalecer sobre a Estrutura Conceitual. 
 
 
 
9.1 – Objetivo da elaboração e divulgação de relatório contábil-
financeiro 
O objetivo do relatório contábil-financeiro de propósito geral é 
fornecer informações contábil-financeiras acerca da entidade que reporta 
essa informação (reporting entity) que sejam úteis a investidores 
existentes e em potencial, a credores por empréstimos e a outros 
credores, quando da tomada decisão ligada ao fornecimento de recursos 
para a entidade. 
Informações fornecidas 
pelas demonstrações 
contábeis que 
satisfazem a necessidade 
comum da maioria dos 
seus usuários
decidir quando comprar, manter ou vender 
instrumentos patrimoniais
avaliar a administração da entidade quanto à 
responsabilidade que lhe tenha sido conferida e quanto à 
qualidade de seu desempenho e de sua prestação de 
contas
avaliar a capacidade de a entidade pagar seus 
empregados e proporcionar-lhes outros benefícios
avaliar a segurança quanto à recuperação dos recursos 
financeiros emprestados à entidade
determinar políticas tributárias
determinar a distribuição de lucros e dividendos
elaborar e usar estatísticas da renda nacional
regulamentar as atividades das entidades
9 - Resumo da Aula 
 
 
 
10 – Questões comentadas9 - Resumo da Aula 
 
 
 
 
 
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O regime de competência retrata com propriedade os efeitos de 
transações e outros eventos e circunstâncias sobre os recursos econômicos 
e reivindicações da entidade que reporta a informação nos períodos em que 
ditos efeitos são produzidos, ainda que os recebimentos e pagamentos 
em caixa derivados ocorram em períodos distintos. 
 
 
Relatório 
contábil-
financeiro de 
propósito geral
destinam-se principalmente aos usuários primários 
(investidores existentes e em potencial, credores por 
empréstimos e outros credores), sem hierarquia de 
prioridade
não são direcionados primariamente a outros 
interessados, como, por exemplo, órgãos reguladores e 
membros do público que não sejam usuários primários
a rigor, fornecem informação para auxiliar investidores, 
credores por empréstimo e outros credores, existentes e 
em potencial, a estimarem o valor da entidade que 
reporta a informação
não são elaborados para se chegar ao valor da entidade 
que reporta a informação
são baseados em estimativas, julgamentos e modelos 
e não em descrições ou retratos exatos 
fornecem informação acerca da posição patrimonial e 
financeira da entidade, ou seja, sobre os recursos 
econômicos da entidade (ativos) e reivindicações conta 
a entidade (passivos) 
fornecem informação sobre efeitos da transações e 
outros eventos que alteram os recursos econômicos
da entidade e reivindicações conta ela 
(receitas e despesas) 
9.2 - Características Qualitativas das Demonstrações Contábeis
 
 
 
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Características 
Qualitativas
Fundamentais
Relevância
Capaz de fazer diferença nas decisões que 
possam ser tomadas pelo usuários;
Pode ter valor preditivo, valor confirmatório ou 
ambos;
Representação 
Fidedigna
Completa: a informação deve conter o 
necessário para que o usuário compreenda o 
fenômeno que está sendo retratado
Neutra: a informação deve estar livre de viés 
na seleção ou na apresentação, não podendo 
ser distorcida para mais ou para menos.
Livre de erros: o processo para obtenção da 
informação deve ter sido selecionado e aplicado 
livre de erros ou omissões. Lembrando que ser 
livre de erros não significa total exatidão.
Características 
Qualitativas de
Melhoria
Comparabilidade
é a característica qualitativa que 
permite que os usuários identifiquem
e compreendam similaridades dos 
itens e diferenças entre eles.
a comparabilidade não está relacionada 
com um único item. A comparação 
requer no mínimo dois itens. 
Não significa o mesmo que 
Consistência e Uniformidade.
Verificabilidade
assegurar aos usuários que a 
informação representa
fidedignamente o fenômeno
econômico que se propõe 
representar. 
Tempestividade
significa ter informação disponível
para tomadores de decisão a tempo
de poder influenciá-los em suas 
decisões. 
Compreensibilidade
Classificar, caracterizar e apresentar a 
informação com clareza e concisão
A exclusão de informações complexas 
faz com que os relatórios sejam 
considerados incompletos e 
potencialmente distorcidos 
 
 
 
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O processo de elaboração e divulgação de relatório contábil-financeiro 
impõe custos, sendo importante que ditos custos sejam justificados pelos 
benefícios gerados pela divulgação da informação. 
 
9.3 – A definição, o reconhecimento e a mensuração dos elementos a 
partir dos quais as demonstrações contábeis são elaboradas 
A premissa subjacente da continuidade parte do pressuposto que a 
entidade não tem a intenção, nem tampouco a necessidade, de entrar em 
processo de liquidação ou de reduzir materialmente a escala de suas 
operações. 
Os elementos diretamente relacionados à mensuração da posição 
patrimonial e financeira no balanço patrimonial são os ativos, os passivos e 
o patrimônio líquido. Estes são definidos como segue: 
Ativo é um recurso controlado pela entidade como resultado de 
eventos passados e do qual se espera que fluam futuros benefícios 
econômicos para a entidade; 
Passivo é uma obrigação presente da entidade, derivada de 
eventos passados, cuja liquidação se espera que resulte na saída de 
recursos da entidade capazes de gerar benefícios econômicos; 
Patrimônio líquido é o interesse residual nos ativos da entidade 
depois de deduzidos todos os seus passivos. 
O ativo pode ser: 
(a) usado isoladamente ou em conjunto com outros ativos na produção 
de bens ou na prestação de serviços a serem vendidos pela entidade; 
(b) trocado por outros ativos; 
(c) usado para liquidar um passivo; ou 
(d) distribuído aos proprietários da entidade. 
 
 
A demonstração das mutações na posição financeira (DFC, por exemplo) 
usualmente reflete os elementos da demonstração do resultado e as 
alterações nos elementos do balanço patrimonial. 
Não é essencial para 
existência de um ativo
Forma Física Direito de Propriedade
 
 
 
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