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Fatores motivacionais em praticante de jiu-jitus

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ANDERSON DIAS ARAÚJO 
MATHEUS SOUSA DE ALMEIDA 
 
 
 
 
 
 
FATORES MOTIVACIONAIS DE ADULTOS PRATICANTES 
DE JIU-JITSU 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Campo Grande/MS 
2020 
 
 
 
 
 
 
ANDERSON DIAS ARAÚJO 
MATHEUS SOUSA DE ALMEIDA 
 
 
 
 
 
 
FATORES MOTIVACIONAIS DE ADULTOS PRATICANTES 
DE JIU-JITSU 
 
 
Trabalho de Conclusão de Curso em forma de artigo 
científico apresentado ao Curso de Educação Física 
Bacharelado do Centro Universitário UNIGRAN 
CAPITAL, como requisito parcial para obtenção do 
título de bacharelado 
 
Professor(a): Rodrigo Aranda Serra orientador(a): 
Esp. Anderson Volpato de Paiva 
 
 
 
 
 
Campo Grande/MS 
2020 
 
 
 
 
 
 
ANDERSON DIAS ARAÚJO 
MATHEUS SOUSA DE ALMEIDA 
 
 
 
 
 
FATORES MOTIVACIONAIS DE ADULTOS PRATICANTES 
DE JIU-JITSU 
 
 
 
BANCA EXAMINADORA 
 
 Esp. Anderson Volpato de Paiva 
 orientador 
 
________________________________________________________________ 
Prof.(ª) titulação e nome do(a) professor(a) convidado(a) 
 
________________________________________________________________ 
Prof.(ª) titulação e nome do(a) professor(a) convidado(a) 
 
 
 
Campo Grande/MS 
2020 
 
 
AGRADECIMENTOS 
 
Agradeço primeiramente aos meus professores que me passaram seus conhecimentos e 
me guiaram para ser um excelente profissional nestes 4 anos, agradeço a minha mãe por esta 
ao meu lado sempre em todas situações, sem o apoio dela não estaria onde estou, agradeço 
aos meus amigos e colegas de sala de aula que me ajudaram nesta jornada. 
 
 
Anderson Dias Araújo 
 
_________________________ 
 
 
 
Agradeço primeiramente aos meus professores que ao longo dessa jornada passaram 
seus conhecimentos além de guiar para ser um excelente profissional, agradeço aos meus pais 
que me apoiaram nesta jornada que comecei, agradeço minha namorada que sempre esteve do 
meu lado me incentivando, agradeço aos meus colegas de sala de aula que além de ajudarem e 
serem ajudados criamos uma história juntos neste 4 anos que se passaram. 
 
 
Matheus Sousa De Almeida 
 
____________________________ 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................... 6 
2 FUNDAMENTAÇAO TEORICA ........................................................................ 10 
2.1 HISTÓRIA DO JIU-JITSU ........................................................................... 10 
2.2 LUTA ........................................................................................................... 12 
2.3 BENEFICIOS DO JIU-JITSU ....................................................................... 14 
2.4 MOTIVAÇÃO .............................................................................................. 15 
2.5 MOTIVAÇÃO INTRÍSECA E EXTRÍNSECA ............................................ 15 
3 METODOLOGIA ................................................................................................ 17 
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO .......................................................................... 18 
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................... 21 
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 22 
 
 
 
 
6 
 
FATORES MOTIVACIONAIS DE ADULTOS PRATICANTES 
DE JIU-JITSU 
 
Anderson Dias Araújo1 
Matheus Sousa De Almeida2 
Esp. Anderson Volpato de Paiva 3 
 
RESUMO 
 
O objetivo principal deste estudo foi descobrir quais são os fatores motivacionais que levam 
pessoas adultos a praticarem o jiu-jitsu e como objetivos específicos classificar os fatores 
motivacionais apontados nesta pesquisa. Trata-se de um resumo bibliográfico e irá abranger 
publicações em relação ao tema de estudo, foram selecionados os sites Scientific Eletronic 
Library Online (Scielo) e Google Acadêmico e na Biblioteca digital de Teses e Dissertações. 
Foram utilizados para a pesquisa nos sites os seguintes descritores: Fatores Motivacionais, 
Jiu-Jitsu, Motivação. Os trabalhos selecionados foram as pesquisas publicadas entre os anos 
2000 a 2020 em português e inglês (tradução livre). Dos resultados avaliados foram 
considerados o total de 06 amostras finais que correspondiam aos objetivos, sendo eles 
Motivação, Jiu-Jitsu, Fatores Motivacionais, Pratica de esportes. A pesquisa mostrou que 
existem vários fatores motivacionais que levam as pessoas a praticarem o jiu-jitsu, como 
controle emocional, melhora na saúde e aptidão física, sensação de bem estar e 
competitividade. 
 
Palavras-chave: Fatores Motivacionais, Jiu-Jitsu, Motivação. 
 
 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
O jiu-jitsu atua na área psicológica fortalece a sensação de segurança através dos 
ensinamentos da defesa pessoal, com a aplicação de estrangulamentos, chaves e articulações, 
imobilizações e quedas e traz como filosofia uma maneira de viver de forma equilibrada e 
saudável de acordo com os princípios de eficiência, paciência e controle. São princípios 
como ser alimentar bem, de forma saudável, ser honesto/respeitoso, trabalhar duro, ser um 
atleta eticamente correto, permitir que os impulsos passem antes de agir, (GRACIE, 2008). 
 
1 Anderson Dias Araújo do curso de Educação Física, e-mail: anderson391138@gmail.com 
2 Matheus Sousa De Almeida do curso de Educação Física, email: matheuusousa@outlook.com 
3 Esp. Anderson Volpato de Paiva do curso de Educação Física da UNIGRAN CAPITAL, Rua Abrão Júlio 
Rahe, 325, Campo Grande – MS, e-mail: Anderson.paiva@unigran.br 
7 
 
Segundo Da Costa (2006), o jiu-jitsu é uma modalidade que a cada dia mais cresce 
no País, é uma arte marcial que não tem um biotipo físico específico, ou seja, são golpes 
adaptados de acordo com sua estrutura física. Este esporte é um combate corpo a corpo onde 
os indivíduos precisam realizar diversos movimentos como saltar, empurrar, agarrar, fazer 
força, entre outros movimentos, e além de usarem estes movimentos os praticantes devem 
usar sua parte cognitiva, como se fosse um jogo de xadrez, onde o mesmo deverá prever os 
próximos movimentos do seu adversário evitando receber algum golpe. 
Além de aprender a autodefesa, os praticantes procuram esta atividade por motivos 
de desafios e novidades, pois se sente atraídos por sua pratica importante na conquista da 
competência e domínio do comportamento humano demostrando esforço para provar a sua 
competência nesse domínio, também pelos fatores que podem proporciona a sua satisfação 
como saúde, competitividade, sociabilidade, prazer, estética e o controle de estresse. 
O profissional de Educação Física possui um papel valioso dentro das modalidades 
de lutas, como trabalhar tanto seu preparo físico como psicológico, prescrever treinamentos 
que resultara na melhora da sua dificuldade na prática esportiva. Com métodos que ajudaram 
a superar e estimular seu desenvolvimento dentro da modalidade, onde deverá realizar 
algum treinamento que torna ele capaz de executar a parte que o mesmo esteja com 
dificuldades, mostrando a sua capacidade de realizar a atividade, com isso mostrando que o 
mesmo é competente e aumentando seu nível de satisfação. 
Vários estudos mostram que formas mais autodeterminadas corresponde a um 
aumento na participação na educação física, promove um efeito emocional positivo, 
aumenta a concentração, eleva o esforço, aumenta o interesse com tarefas desafiadoras e 
diminui a infelicidade, e o aborrecimento. (FERNANDES; VASCONCELOS-RAPOSO, 
2005). 
Abordagem psicológica sobre a motivação, que se preocupa com as causas e as 
consequências da forma como o ser humano regula seu comportamento. A autodeterminaçãoe um regulador para formas intrinsicamente motivadas passam pela satisfação de três 
necessidades psicológica básica competência, autonomia e relacionamento (PIRES, 2010). 
A motivação do sujeito não está diretamente relacionada com os fatores do 
envolvimento social, uma vez que estes fatores são mediados por três necessidade 
psicológicas básicas fundamentais ao desenvolvimento humano, autonomia, competência e 
relacionamento. São estas necessidades que determina a regulação do comportamento dos 
sujeitos, que assenta num continuum motivacional que oscila entre as formas menos e mais 
8 
 
autodeterminadas, que corresponde a desmotivação, motivação intrínseca e a motivação 
extrínseca. (RYAN & DECI, 2000 apud PIRES, 2010, p.7). 
As grandes partes das atividades iniciadas são por um impulso que os seres humanos 
possuem que são chamados de motivação. Esta motivação é um conjunto de fatores que 
altera o estado motivacional da pessoa, regula e sustenta as ações de cada indivíduo, pois é 
um processo que influencia a mesma a iniciar uma atividade e sua manutenção, onde 
ocorrera uma maior persistência ao longo do tempo (HARTER et al 1981; apud PANSERA 
et al, 2016, p.314). 
Os fatores internos são chamados de intrínseca, é um importante mediador do 
engajamento e conquista ( AMES, 1992a, 1992b apud PANSERA et al ,2016, p.314) 
potencializando o processo de aprendizagem nos indivíduos na preferência de desafios e 
curiosidade , ou seja, pessoas motivadas nesta área buscam determinadas atividades pela sua 
satisfação e não pela a recompensa ou pressões externas que são dadas a elas, são pessoas 
menos ansiosa, efetua as atividades escolhidas por acharem desafiadoras, interessantes que 
possui um nível de aprendizagem, e faz determinada atividade por prazer e não por 
obrigação ( PAIVA & BORUNCHOVITCH, 2010) 
Já os fatores externos ou como são chamados, extrínseca, dentro desta motivação 
podemos encontrar a regulação integrada, regulação identificada, a introversão e a regulação 
externa. Para o entendimento desses conceitos, é necessário explicar o que é a interiorização: 
é o processo pelo qual as pessoas aceitam os valores e os processos reguladores 
estabelecidos por um contexto social. (MURCIA; COLL, 2006). 
São pessoas que tem visão o que determinada atividade pode 
dar em troca por realiza-la, ou seja, estes indivíduos procuram 
determinada atividade por ter um objetivo em mente com por 
exemplo virar famoso, ganhar dinheiro entre outros, eles são 
motivados não pela atividade em si, mas sim por recompensas 
externas que podem ganhar (NEVES et al, 2004 apud PACHECO, 
2010, p.14). 
Segundo Deci & Ryan (2000), eles dizem que possui o ramo da desmotivação que 
são características de ausência dos estados autodeterminante da motivação, podendo 
acarretar o indivíduo a o desinteresse e abandono da atividade. A partir destas ideias de 
motivação, o presente estudo buscou através de um direcionamento, neste caso voltado para 
jiu-jítsu, se basear no IMPRAF – 126, Inventário de Motivação à Prática Regular de 
Atividade Física de Barbosa e Balbinotti (2006), para entender os principais fatores 
motivacionais que leva um praticante de jiu-jítsu. 
9 
 
A justificativa nada mais é do que “convencer o outro”. É importante o pesquisador 
colocar-se na posição de alguém alheio à pesquisa para analisar os motivos pelos quais seria 
levado a ler um determinado estudo. Assim, é importante realizar também conexões do seu 
tema a outras pesquisas, bibliografias, descobertas recentes, em função de que a importância 
do tema a ser trabalho, cresce à medida que consigamos ligá-lo ao mundo externo. 
Descrever o objetivo da pesquisa. É aquilo que se quer com a pesquisa. A apresentação dos 
objetivos varia em função da natureza do projeto. Nos objetivos da pesquisa, cabe identificar 
claramente o problema e apresentar sua delimitação. Assim, deve-se sempre utilizar verbos 
no infinitivo para iniciar os objetivos: Dentre os praticantes de jiu-jitsu, os fatores 
motivacionais são divididos em intrínsecos e extrínsecos, que levam os indivíduos a 
aderirem ou permanecerem na prática, tendo em conta que cada fator motivacional é 
responsável por objetivos diferentes: alguns usuários buscam vitórias e fama, e outros 
procuram melhorara do seu condicionamento físico e motor. 
A escolha desta pesquisa foi identificar quais são os fatores motivacionais que levam 
indivíduos a praticar jiu-jitsu e buscando também comparar resultados de qual motivação é 
mais predominante para a inicialização da prática. 
Os pesquisadores possuem interesse neste assunto, pois um deles é praticante de jiu-
jitsu, e ambos acharam interessante saber o motivo pelo qual um indivíduo leva a começar a 
praticar esta arte marcial. Sabendo estes pontos podemos melhorar o desempenho da equipe 
durante a prática desta modalidade, tanto para a saúde, quanto para campeonatos. 
Com os dados adquiridos através da pesquisa dos fatores motivacionais, por meio de 
um questionário, o treinador terá um melhor entendimento para trabalhar com os alunos, 
planejando e prescrevendo treinamentos estratégicos e individuais, melhorando o 
desenvolvimento do aluno durante a prática e diminuindo a taxa de desinteresse e abandono 
da modalidade. 
Tem como objetivo descobrir quais são os fatores motivacionais que levam 
praticantes adultos, de ambos os sexos, a realização da modalidade de Jiu-Jitsu. Sendo 
assim, classificar os fatores motivacionais apontados pelos entrevistados, dentro dos fatores 
apontados pelo IMPRAF-126 (BARBOSA & BALBINOTTI 2006) – saúde, 
competitividade, estética, sociabilidade, controle de estresse e prazer. 
 
 
10 
 
2 FUNDAMENTAÇAO TEORICA 
 
 
2.1 HISTÓRIA DO JIU-JITSU 
 
O jiu-jitsu tem seus primeiros registros na Índia, a mais de três mil anos, onde 
monges budistas, que por não poderem utilizar-se de armas – facas, lanças ou arco e flecha- 
por norma da religião, teriam desenvolvido técnicas de defesa pessoal na busca de se 
defender de saques, roubos e agressões muito comum em suas grandes peregrinações. 
Entretanto, essas técnicas não poderiam usar violência com esses ladrões e agressores, para 
isto os monges estudaram vários movimentos que fossem compatíveis com seu biotipo 
franzino. 
A forma encontrada foi a luta de curta distância, onde eram 
aplicadas técnicas de estrangulamentos e chaves de articulações, a 
fim de imobilizar o agressor. As vantagens desta técnica eram que os 
golpes não necessitavam de força, por usar a força do adversário 
contra ele mesmo, e principalmente por não se utilizar de socos e 
chutes não ia contra a religião dos monges, sendo estes então 
capacitados a se defender (GRACIE, 2008 apud PACHECO, 2010, 
p.19). 
Assim nasceu o Jiu-jitsu, com o espírito de defesa que é a sua essência. A aplicação 
de leis físicas, movimentos de forças em equilíbrio, centro de gravidade e estudos 
minuciosos dos centros vitais do corpo humano, propiciaram aos seus criadores fazerem do 
Jiu-Jitsu uma arte e depois uma ciência de luta. Com o Budismo, o Jiu-Jitsu atingiu o Ceilão, 
Birmânia (hoje Myanmar) e o Tibet, depois toda a China, chegando finalmente ao Japão, 
onde tomou grande impulso, emigrando em seguida para o Ocidente (GUIMARÃES, 2006) 
O Jiu-Jitsu tornou-se a partir da segunda metade do século XVI a mais importante 
arte marcial japonesa, baseando-se nos fundamentos da flexibilidade, segundo os quais 
fracos e pequenos poderiam derrubar os grandes e fortes. Por isso o Jiu-Jitsu era chamado 
pelos japoneses de ´´arte suave´´, ou seja, a técnica de defesa pessoal que, com um mínimo 
de esforço, sem necessidade de força bruta, permite ao mais fraco defender-se e derrotar o 
adversário mais forte, utilizando a própria força do mesmo. Por volta de 1880, surgiu um 
estilo diferente de Jiu-Jitsu. O jovem Jigoro Kano (1860-1938), professor de Jiu-Jitsu e, 
mais tarde funcionário do Ministério da Cultura do Japão,em seus primeiros anos de 
treinamento do Jiu-Jitsu desenvolveu alguns golpes e sua atenção se voltou para uma 
reforma do Jiu-Jitsu. Através da criação de novas técnicas baseadas em princípios científicos 
11 
 
e de adaptação de algumas outras do Jiu-Jitsu, ele acabou desenvolvendo um novo sistema a 
que chamou de Kodokan Judô. Enquanto o Jiu-Jitsu continuou sendo uma arte marcial, um 
método de defesa, com aprendizado liberado somente para adultos, o judô foi um pouco 
mais além e passou a ser um esporte, já que as técnicas do Jiu-Jitsu que Kano considerava 
perigosas foram suprimidas dos campeonatos para facilitar o acesso dos jovens, que não 
podiam praticar o Jiu-Jitsu. Outra diferença entre o judô e o Jiu-Jitsu é a aplicação do 
´kuzushi´, uma teoria desenvolvida por Kano durante seu treinamento de Jiu-Jitsu, que 
consistia no seguinte princípio: ´´usando um mínimo de força, é possível jogar o oponente 
ao chão se você fizer com que ele se desequilibre forçando-o a sair de sua postura´´, em 
outros termos, utilizando a força do adversário para se vencer uma luta (GUIMARÃES, 
2006). 
 
Porem devido a escassa a veiculação em mídias o jeito encontrado por 
Jigoro Kano para a disseminação do judô foi levar seus alunos mais 
experientes para diversas partes do mundo, onde eles poderiam iniciar a 
transmissão dos conhecimentos de judô (FPJ, 2010 apud PACHECO, 2010, 
p.21). 
 
Dentro destes discípulos estava Mitsuyo Maeda (1878-1941), mais conhecido como 
Conde Koma que veio ao Brasil em 1914 em sua Turnê Mundial de Judô, ao chegar ao 
Brasil onde ficou até o fim de sua vida, Maeada possuía graduação de faixa preta sexto dan, 
pesava 75 quilos e media 1,60m e queria fundar uma colônia no norte do Brasil, em Belém 
do Pará. Pois naquela época ele não estava sendo bem vindo no EUA, um diplomata 
brasileiro ajudou os japoneses com terras e gado. O diplomata era Gastão Gracie, filho de 
James Gracie, escocês que chegou ao Brasil em 1870, estabelecendo-se como banqueiro no 
Rio de Janeiro (GUIMARÃES, 2006). 
Gastão tinha cinco filhos o mais velho chamado Carlos Gracie (1902-1994), que 
tinha um comportamento acelerado, foi levado pelo Gastão para ver uma aula de Conde 
Koma. Carlos, encantado pelo que tinha observado, pediu para o pai que deixasse aprender 
aquela luta, assim Gastão foi falar com Conde Koma. Koma muito agradecido a Gastão 
aceitou Carlos como seu aprendiz (GRACIE, 2008 apud PACHECO, 2010, p.21) 
Os ensinamentos de Koma a Carlos foi aperfeiçoada por ele mesmo daí surgiram 
novas técnicas sem fugir dos fundamentos da luta, transformando-a numa espécie de xadrez 
humano, com base em alavancas na qual um homem fraco poderia derrotar um homem forte, 
desenvolvendo assim o ´´Gracie Jiu-jitsu´´. Por outro lado, Carlos teria ensinado a Hélio 
12 
 
Gracie toda a sua técnica na tradição oral surgida na relação com Koma. Porém, Hélio 
Gracie é frequentemente considerado o criador efetivo do Gracie Jiu-Jitsu, que devido a seu 
físico franzino, derrotava os adversários com sua técnica. Segundo Hélio, Carlos foi o maior 
difusor do Jiu-Jitsu, porém ele, devido a sua dedicação, era o melhor entre os irmãos. Ele era 
incansável e não se cansava por não usar força, apenas técnica. Hélio transformou o Jiu-Jitsu 
dando-lhe uma forma mais agressiva. No final da década a família Gracie mudou-se para o 
Rio de Janeiro e, em 1930, Carlos Gracie, com 28 anos abriu a primeira academia de Jiu-
Jitsu daquela cidade, no Bairro do Flamengo. Neste estágio, Hélio acabou por se transformar 
em grande campeão em lutas em estádios e praças públicas, com Carlos atuando como seu 
manager. George Gracie e seu irmão Hélio eram os principais lutadores da família. George 
Gracie foi o iniciador do vale-tudo ao derrotar o homem mais forte do Rio de Janeiro na 
época, Tico Soledade, campeão absoluto de levantamento de peso e queda de braço, além de 
ser conhecido por sua valentia (GUIMARÃES, 2006). 
 
 
2.2 LUTA 
 
A luta de jiu-jitsu será detalhada com destino a possível entendimento das ações dos 
lutadores durante as lutas. As lutas são divididas em três categorias, peso, faixa e idade 
(GRACIE, 2018) 
 
 
Tabela 1: Categorias de peso adulto. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: CBJJ, 2018 
GALO Até 55 kg 
PLUMA De 55 a 61 kg 
PENA De 61 a 67 kg 
LEVE De 67 a 73 kg 
MÉDIO De 73 a 79 kg 
MEIO-PESADO De 79 a 85 kg 
PESADO De 85 a 91 kg 
SUPERPESADO De 91 a 97 kg 
PESADISSIMO Acima de97 kg 
13 
 
 
 
Tabela 2: Categoria de idade (CBJJ, 2018). 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: CBJJ, 2018 
 
 
Tabela 3: Tempo de luta por graduação 
 
 
 
 
 
 
Fonte: CBJJ, 2018 
 
O início de uma luta de jiu-jitsu acontecera dentro de um tatame onde a área de 
combate terá sua dimensão de no mínimo 64 m2 e 36 m2 será a área de segurança, dentro do 
tatame terá 2 lutadores com roupas adequadas a modalidade, Kimono e faixa, e um arbitro. 
Do lado de fora localiza-se uma mesa onde os mesários anotaram as pontuações e cuidaram 
do tempo da luta (CBJJ, 2018). 
A luta começara em pé onde o arbitro dará um sinal de início, ambos lutadores 
realizaram técnicas de quedas a fim de desequilibrar o oponente levando ele ao chão, onde a 
luta terá continuação, os mesmo iram aplicar golpes afim de obter uma vantagem em cima 
do seu oponente, demostrando superioridade ao arbitro. É determinado um vencedor quando 
ocorre finalização do adversário ou alcançar maior número de pontos realizados durante a 
luta. Esta pontuação é feita através de quedas, raspagem e joelho na barriga (2 pontos), 
passagem de guarda (3 pontos), montadas e pega pela costa (4 pontos). Se houver empate 
PRÉ-MIRIM De 4 a 6 anos 
MIRIM De 7 a 9 anos 
INFANTIL De 10 a 12 anos 
INFANTO-JUVENIL De 13 a 15 anos 
JUVENIL De 16 a 17 anos 
ADULTO De 18 a 29 anos 
MASTER De 30 a 35 anos 
SENIOR Acima de 36 anos 
BRANCA 5 minutos 
AZUL 6 minutos 
ROXA 7 minutos 
MARROM 8 minutos 
PRETA 10 minutos 
14 
 
em pontuação, o arbitro irar analisar as vantagens ( são golpes que o lutador encaixa , 
porem o adversário consegue escapar, sendo assim o arbitro ver como um perigo para 
desistência do oponente, dando a ele a vantagem por executar o golpe), mesmo assim se 
persistir o empate nas vantagens o arbitro analisara as quantias de punição, se os mesmos 
tiverem com empate nos pontos, vantagens, punições cabe ao arbitro ou aos árbitros, que são 
três , vendo qual foi o mais ofensivo durante a luta e o qual conseguiu chegar mais perto de 
uma possível desistência do oponente (CBJJ, 2018). 
 
 
2.3 BENEFICIOS DO JIU-JITSU 
 
A pratica de jiu-jitsu pode ser desenvolvidas inúmeros objetivos para o praticante, 
entrando, esta modalidade pode proporcionar saúde física, mental e bem-estar, Nisto 
destaca-se fatores relativos a composição corporal, observado que esta pratica habitua ter 
impactos direto nesta peça essencial para um perfil de aptidão física de domínio e definição 
na categoria de peso, então indivíduos que pratica jiu-jitsu com bastante frequência tende a 
ter perda de peso ( DEL VECCHIO et al. 2007 apud FERREIRA et al 2018, p.68). 
Desta forma, podemos referir o jiu-jitsu brasileiro como uma atividade que auxilia de 
uma formapositiva de uma adesão do perfil de praticantes ao participar por um longo tempo 
afim de obterem uma aptidão física de aprendizes de esporte de luta, além de adquirirem 
flexibilidade e demais componentes como aprimorar a composição corporal , massa 
muscular , massa óssea e massa residual ( FERREIRA et al, 2018). 
Segundo Ferreira (2018), diz que Miranda (2010) ressalta que os benefícios para 
indivíduos que praticam o jiu-jitsu incluem aspectos físicos, psicológicos, de autoestima e 
bem-estar, além de contribuir para uma melhora nos fatores relacionados, competitividade, 
concentração, espírito de competitividade e superação, sendo ainda enumerados outros 
benefícios como; Diminui o stress; defesa pessoal, tanto para homens quanto para mulheres; 
desinibe os tímidos e acalma os agitados e ansiosos; aumenta a autoestima, autoconfiança e 
desenvolve o caráter (esporte de conquista individual); trabalha e define o corpo, como os 
braços, abdômen e quadril, tanto em homens quanto em mulheres; aumenta a resistência do 
organismo; acelera o metabolismo; melhora a capacidade cardiovascular e respiratória; 
aumenta a flexibilidade; aumenta a coordenação motora; aumenta os reflexos. 
15 
 
Desta forma entendemos que a prática de jiu-jitsu é eficaz em vários aspectos, sendo 
uma grande contribuidor para fatores relacionados na melhora do desempenho funcional, 
assim formando um praticante que será capaz de ter um desempenho de atleta de um alto 
rendimento (FERREIRA, 2018). 
 
 
2.4 MOTIVAÇÃO 
 
A motivação em si é um impulso interno que faz nos seres humanos tomar atitudes 
para agir, e como é uma coisa interna de cada indivíduo só eles podem sentir (TODOROV & 
MOREIRA 2005). 
Dentre dos fatores motivacionais encontrados em um indivíduo, que seriam as 
motivações intrínseco e extrínseco, afirmam que a motivação pode se categorizar em uma 
forma mais global, considerando continuum de forma mais autodeterminante para a menos 
autodeterminante, intrínsecos, extrínsecos e desmotivação, podemos dizer o que levam os 
indivíduos a aderirem ou permanecerem na prática, tendo em conta que cada um desses 
fatores possui um objetivo diferente (DECI & RYAN, 1985 apud FERNANDES et al, 2005, 
p.386). 
 
 
2.5 MOTIVAÇÃO INTRÍSECA E EXTRÍNSECA 
 
Segundo Deci e Ryan (2000) o indivíduo que usa os intrínseco como fator 
motivacional, refere-se a execução da atividade no qual o prazer e inerente ao indivíduo não 
sendo necessária recompensas ou pressão externas para que o indivíduo cumpra seu objetivo 
ou desafio, o simples fato da participação já o satisfaz, essa motivação e a base para o 
crescimento, integridade psicológica e coesão social representando o potencial positivo da 
natureza humana. 
A motivação intrínseca como é específica de um indivíduo, onde o mesmo realiza a 
prática de uma atividade física por vontade própria, nesta motivação possui uma subdivisão 
em três partes, para saber, para realizar e para experimentar. A motivação intrínseca “para 
saber”, é aquela em que se deseja ter uma experiência e também aprender uma atividade; a 
motivação intrínseca “para realizar”, é a satisfação de se movimentar e executar uma 
16 
 
atividade; e a motivação intrínseca “para experiência”, se relaciona com o que ocorre de fato 
em uma atividade e o que ela pode proporciona e estimula (BRIÈRE et al., 1995 apud 
GRACIE, 2018, p.18). 
A motivação extrínseca é subdividida em quatro outras partes, regulação externa, 
regulação introjeta, regulação identificada e regulação integrada a primeira e a regulação 
externa, é a menos emancipada, onde o indivíduo age para adquirir recompensa ou de evitar 
punições (LENS, MATOS, & VANSTEENKISTE, 2008, p. 19), a segunda é a regulação 
introjeta, onde a pessoa sofre uma pressão externa, ocasionando uma pressão interna como a 
culpa e ansiedade (LENS, MATOS, & VANSTEENKISTE, 2008, p. 19). A terceira é a mais 
autônoma que as anteriores, ela chamada de regulação identificada, é onde a pessoa 
inconscientemente tenha adotado, mesmo que tenha um incentivo externo para realizar 
determinada coisa (LENS, MATOS, & VANSTEENKISTE, 2008, p. 19). A quarta parte é 
chamada de regulação integrada, onde a uma ligação com o comportamento os valores das 
pessoas e seus objetivos. É a parte da motivação extrínseca mais soberana, mesmo que o 
foco esteja nas recompensas ao executar determinada atividade (GUIMARÃES& 
BZUNECK, 2008, p. 103). Já desmotivação, como o próprio nome diz, é caracterizada pela 
ausência de motivação, ou seja, a pessoa não apresenta intenção nem comportamento 
proativo e, ainda, “Em tal situação, observa-se desvalorização da atividade e falta de 
percepção de controle pessoal.” (GUIMARÃES& BZUNECK, 2008, p. 103). 
Para que o esporte tenha um excelente progresso é preciso que haja estudos na área 
da psicologia do esporte, pois através destes estudos os profissionais de educação física 
poderão alcançar um recurso para classificar e conduzir de forma individualizada para cada 
atleta assim melhorando sua performance, elevando sua competitividade e desenvolvendo o 
próprio autoconhecimento. 
A psicologia do esporte e do exercício consiste no estudo científico de pessoas e seus 
comportamentos em atividades esportivas e atividades físicas e na aplicação prática desse 
conhecimento, onde procuram entender e ajudar atletas de elite, crianças, indivíduos física e 
mentalmente incapacitados, idosos e praticantes em geral a alcançar o máximo de 
participação e desempenho, satisfação pessoal e desenvolvimento mediante as atividades 
(WEINBERG e GOULD 2001). 
Na modalidade de jiu-jitsu possui poucos estudos na área de motivação (GRACIE, 
2018), mas academicamente foram encontrados estudos com temas de motivação, fatores 
17 
 
motivacionais e tempo de reação, motivação e caracterização sociodemográfico de atletas 
iniciantes. 
No estudo de Pacheco (2010), onde ele realizou uma pesquisa com 40 indivíduos de 
ambos sexo de uma academia de jiu-jitsu, onde o que mais motivou na pratica desta 
modalidade foi a questão de ter uma saúde melhor seguindo pelo prazer, então neste estudo 
as pessoas foram motivadas a praticar pelo simples motivo de realizar manutenção de sua 
saúde. 
Em estudo de Gracie (2018) que teve 432 respondentes, sendo 75,5% homens, onde 
um questionário chamado IMPRAF-126 foi utilizado para verificar qual fatores 
motivacionais leva o indivíduo a praticar jiu-jitsu, com isso o fator que predominou foi o 
prazer, então neste estudos os praticantes eram mais focados em atingir seu nível de prazer 
do que a própria atividade pode fornece para seu desenvolvimento na saúde. 
Já o estude Andrade et al (2014) foi utilizado 11 atletas de jiu-jitsu do sexo 
masculino, os praticantes apresentaram um grande índice de autodeterminação, porém não 
teve uma correspondência significativa com o tempo de reação (TR). Também foi observado 
que o TR foi bem menor para jovens do que para o grupo de maior idade. 
O Profissional de Educação Física tem como objetivo de estudo e de aplicação o 
movimento do corpo humano com foco em diferentes modalidades, no jiu-jitsu, o professor 
e fundamental para o crescimento da motivação intrínseca, porque e a partir do feedback 
proposto pelo profissional de Educação física que o aluno vai desenvolver seu senso de 
competência, e através desses estímulos do profissional o aluno ganhara em motivação 
interna (GUIMARÃES & BRORUCHOVITCH 2004). 
 
 
3 METODOLOGIA 
 
Este estudo constitui-se em uma revisão de literatura de natureza descritiva, com 
abordagem qualitativa, por meio da qual se pretende observar, registrar, analisar, classificar 
e interpretar os dados encontrados. A pesquisa bibliográfica tem sua base em material já 
elaborado constituído principalmente de livros, artigos científicos, dissertação ou teses. Por 
isso, foram selecionados os sites Scientific Eletronic Library Online (Scielo) e Google 
Acadêmico e na Bibliotecadigital de Teses e Dissertações. Foram utilizados para a pesquisa 
nos sites os seguintes descritores: “Motivação”, “Atividade Física” e “Jiu-Jitsu”. 
18 
 
Os trabalhos selecionados foram as pesquisas publicadas entre os anos 2000 a 2020, 
em português e inglês. Os elementos de exclusão foram trabalhos publicados fora do período 
delimitado e em outros idiomas que não fossem o português e o inglês. 
 
 
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO 
 
Para a composição dos resultados deste estudo, foi realizado levantamento 
bibliográfico por meio de pesquisas publicadas nos bancos de dados e dos descritores já 
citados anteriormente. Os resultados obtidos totalizaram 65 estudos. Após triagem pela 
leitura dos resumos e introdução, foram excluídos 59 por não apresentarem pesquisas 
compatíveis com a investigação pretendida. Os 06 restantes foram lidos na íntegra para 
análise e composição deste artigo. O Quadro 1 ilustra as pesquisas selecionadas, com os 
autor(res), ano de produção, e o título. 
 
 
Quadro 1 – Principais dados bibliográficas que corresponderam aos objetivos dessa revisão. 
AUTOR ANO Titulo do artigo 
PACHECO, C. C. K. 2010 Motivação no Jiu-Jitsu. 
GRACIE, Ranna Botelho 2018 Fatores Motivadores Da Prática De Jiu-Jítsu: 
Um estudo comparativo entre academia. 
FREITAS, Fabiano Oliveira, 
et al. 
2018 A real motivação dos atletas amadores do jiu 
jitsu: do iniciante ao graduado, do atleta de 
academia ao competidor 
SOUZA, D. G.; 
CHEREGUINI, P. A.C.; 
SOUZA, L. 
2013 Motivação de competidores de artes marciais 
mistas (m.m.a). 
19 
 
CAZZETO, F.F. 2010 Jiu-jitsu brasileiro e vale-tudo: o uso de novas 
tecnologias no ensino de luta e artes-marciais 
WONG, Lydia. 2014 Motivação a prática regular de atividade 
física: Um estudo com praticantes femininos 
de Aikido. 
Fonte: ARAUJO e ALMEIDA (2020) 
 
Pacheco (2010) onde aborda o tema Motivação no Jiu-jitsu, onde utiliza o Inventario 
de Motivação á Pratica Regular de Atividade Física ou Esportiva (IMPRAFE-132) que 
aborda seis dimensões da motivação que são relacionada a pratica regular da atividade física, 
que são; Controle de estresse; Saúde; Sociabilidade; Competitividade; Estética; e Prazer, 
como meio de pesquisa. O questionário será respondido por 40 indivíduos que pratica jiu-
jitsu, de ambos sexos, da faixa etária de 13 e 53 anos, o método de avaliação é de acordo 
com a escala de Likert, que é desde ``Este item não representa um motivo que me levaria a 
realizar uma atividade física regular`` (1) até `` É por esse motivo que eu pratico atividade 
física`` (7). 
Gracie (2018) que aborda o tema Fatores Motivacionais da Pratica Jiu-Jitsu: Um 
Estudo Comparativo Entre Academias, no qual utiliza o inventário de Motivação para a 
Prática Regular de Atividade Física (IMPRAF-126) que aborda as seis dimensões da 
motivação como meio de pesquisa, o questionário foi aplicado em três academias através de 
envio digital como e-mail, perfis dos alunos e professores, grupos online e perfis das redes 
sociais das academias, além dela aborda um questionário para identificar a motivação da 
pessoa que continua a realizar a pratica do jiu-jitsu, também incluiu questões a respeito de 
mensurar a lealdade do aluno à academia de jiu-jítsu; O grau de importância de atributos 
como horário, mensalidade, ambiente agradável, questões a respeito do que poderia 
melhorar na sua academia e questões que sobre quanto tempo pratica jiu-jitsu, este 
questionário tiverem métodos de avaliação através da escala de Likert, que é graduada em 
sete pontos, 1 (discordo totalmente) a 7 (concordo totalmente). 
Freitas et al (2018) onde aborda um tema A Real Motivação de Atletas Amadores de 
Jiu-Jitsu: Do Iniciante ao Graduado, do Atleta ao Competidor. Na pesquisa foi utilizado um 
questionário baseado no Inventário de Motivação para Prática Desportiva Gaya e Cardoso 
20 
 
(1998), subdivididas em três categorias: competência desportiva, saúde e amizade/prazer. O 
estudo foi composto por 20 voluntários de ambos sexos, onde os mesmo responderam o 
questionário no local que estava sendo realizado o treino na academia, o critério de 
avaliação foi de Gaya & Cardoso (1998) onde tinham três alternativas de níveis importante 
1- nada importante; 2- pouco importante; 3- muito importante. 
Segundo Souza, Chereguini e Souza (2013) o que determina a motivação é um 
conjunto de fatores e a conduta pessoal do atleta que está ligada a fatores ambientais 
extrínsecos e intrínsecos interno, sendo um desafio e um combustível para obter resultados 
satisfatórios. A atividade física é realizada por causas intrínsecas, em vez de motivação 
extrínseca, embora às vezes fatores externos sejam usados para aumentar motivação 
intrínseca. 
Cazzeto (2010) que o atleta deve focar no conhecimento transmitido pelo treinador 
para obter motivação e colocá-la em pratica. 
Pacheco (2010) afirma que a motivação para pratica do jiu jitsu é a busca por 
desafios, superar obstáculos e também por recompensas materiais. O autor ainda concluiu 
como fator motivacional a melhora na saúde, desempenho físico em realizar atividades do 
dia a dia. 
Em seu trabalho, Wong (2014) concluiu que o que motiva a pratica do esporte é a 
sensação de prazer em superar os limites do corpo e melhorar o condicionameto fisico, a 
motivação é um dos problemas mais interessantes do esporte; entre outros, é a motivação 
que determina a eficácia do treinamento e o desejo de se esforce para a perfeição. 
Grace (2018) menciona que praticantes de jiu jitsu sentem a pressão para estar em 
boa forma por razões estéticas e sentem-se envergonhados quando não estão no seu melhor. 
Entre os motivos mais importantes para a prática dessa atividade, incluem fatores como 
aumento da auto-estima e autoconfiança, a aptidão física está fortemente ligada a 
permanecer saudável e em forma, o que promove ainda mais a motivação para mais 
atividades. 
Freitas (2018) em sua análise do problema de motivação, seus estudos revelaram que 
o aspecto associado à melhoria da saúde e a obtenção de alta aptidão física foi um dos 
principais fatores que influenciam o decisão de praticar jiu jitsu, o autor ainda concluiu que 
o desenvolvimento pessoal, esforço para satisfação individual, felicidade e prazer são 
manifestações individualistas evoluindo sucessivamente determinando independência e 
apoio para o desenvolvimento da motivação de um indivíduo. 
21 
 
Wong (2014) ainda conclui que a relação positiva entre a sensação de saúde e forma 
física, a consciência de si mesmo e de suas realizações aumenta, assim como auto estima, a 
capacidade de se conhecer, portanto, autoconsciência e um senso de identidade, o homem 
aprende sobre si mesmo em várias formas em sua própria existência, também ao superar 
medos e enfrentar um adversário em um esporte de combate. Explorar o mundo e existir no 
mundo são maneiras de aprender o próprio sobre si mesmo. 
Também pode ser considerado um motivador seria o controle auto agressivo, pois o 
jiu jitsu tem um código de conduta ética que tem a agressão como um comportamento 
indigno de quem o pratica, isso confirma relatórios anteriores de que a atividade física 
mostra correlações positivas nos traços de caráter, como temperamento, senso de eficácia de 
ações, autoconfiança e outros. É importante, portanto, lembrar-se da influência dos códigos e 
regras relativos ao jiu jitsu como um motivador e seus construtos. 
 
 
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
Para o entendimento motivacional que leva pessoas a praticarem o Jiu Jitsu, partimos 
do entendimento de que todo comportamento é determinado por suas motivações, de 
maneira que agir supõe que a ação é determinada pelas expectativas e avaliações dos 
resultados e suas consequências. Os esforços do indivíduo em completar uma atividade, 
atingir excelência, superar obstáculos e aperfeiçoar o desempenho, como motivo de 
realização, sendo responsável pela motivação em situaçõesde rendimento e competição. 
Assim, a motivação pode ser considerada orientadora e condutora de atletas à 
realização de suas aspirações, de modo a persistirem nas tarefas e sentirem-se orgulhosos ao 
alcançar os objetivos. 
No Brasil, ainda são raras as publicações de pesquisas que investigam a motivação 
de pessoas praticantes de jiu-jitsu, como ansiedade traço-estado, motivação intrínseca, 
agressividade, determinação, persistência, liderança, extroversão-introversão, entre outros. 
Alguém que se propõe a estudar a motivação de quem pratica esse esporte tem de estar 
ciente de que o tema é amplo, que abrange muitos elementos cujas investigações não foram 
esgotadas e qualquer tipo de avaliação realizada não corresponde à totalidade, mas sim a um 
levantamento de algumas características e tendências que podem ser relevantes ou não. 
22 
 
Por motivação do rendimento entende-se o desejo de melhorar, aperfeiçoar ou 
manter o rendimento em alto nível. O Jiu-jitsu é um esporte ainda pouco explorado em 
termos científicos, as dimensões mais motivadoras no esporte em questão foram prazer, 
saúde e sociabilidade, pode-se afirmar também que o judô é um esporte de características 
filosóficas e educativas que consegue despertar em seus praticantes o prazer, o 
comprometimento e o aprendizado. 
 
 
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https://content.apa.org/doi/10.1037/0003-066X.55.1.68
	1 INTRODUÇÃO
	2 FUNDAMENTAÇAO TEORICA
	2.1 HISTÓRIA DO JIU-JITSU
	2.2 LUTA
	2.3 BENEFICIOS DO JIU-JITSU
	2.4 MOTIVAÇÃO
	2.5 MOTIVAÇÃO INTRÍSECA E EXTRÍNSECA
	3 Metodologia
	4 RESULTADOS E DISCUSSÃO
	5 Considerações finais
	REFERÊNCIAS

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