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ANDERSON DIAS ARAÚJO MATHEUS SOUSA DE ALMEIDA FATORES MOTIVACIONAIS DE ADULTOS PRATICANTES DE JIU-JITSU Campo Grande/MS 2020 ANDERSON DIAS ARAÚJO MATHEUS SOUSA DE ALMEIDA FATORES MOTIVACIONAIS DE ADULTOS PRATICANTES DE JIU-JITSU Trabalho de Conclusão de Curso em forma de artigo científico apresentado ao Curso de Educação Física Bacharelado do Centro Universitário UNIGRAN CAPITAL, como requisito parcial para obtenção do título de bacharelado Professor(a): Rodrigo Aranda Serra orientador(a): Esp. Anderson Volpato de Paiva Campo Grande/MS 2020 ANDERSON DIAS ARAÚJO MATHEUS SOUSA DE ALMEIDA FATORES MOTIVACIONAIS DE ADULTOS PRATICANTES DE JIU-JITSU BANCA EXAMINADORA Esp. Anderson Volpato de Paiva orientador ________________________________________________________________ Prof.(ª) titulação e nome do(a) professor(a) convidado(a) ________________________________________________________________ Prof.(ª) titulação e nome do(a) professor(a) convidado(a) Campo Grande/MS 2020 AGRADECIMENTOS Agradeço primeiramente aos meus professores que me passaram seus conhecimentos e me guiaram para ser um excelente profissional nestes 4 anos, agradeço a minha mãe por esta ao meu lado sempre em todas situações, sem o apoio dela não estaria onde estou, agradeço aos meus amigos e colegas de sala de aula que me ajudaram nesta jornada. Anderson Dias Araújo _________________________ Agradeço primeiramente aos meus professores que ao longo dessa jornada passaram seus conhecimentos além de guiar para ser um excelente profissional, agradeço aos meus pais que me apoiaram nesta jornada que comecei, agradeço minha namorada que sempre esteve do meu lado me incentivando, agradeço aos meus colegas de sala de aula que além de ajudarem e serem ajudados criamos uma história juntos neste 4 anos que se passaram. Matheus Sousa De Almeida ____________________________ SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................... 6 2 FUNDAMENTAÇAO TEORICA ........................................................................ 10 2.1 HISTÓRIA DO JIU-JITSU ........................................................................... 10 2.2 LUTA ........................................................................................................... 12 2.3 BENEFICIOS DO JIU-JITSU ....................................................................... 14 2.4 MOTIVAÇÃO .............................................................................................. 15 2.5 MOTIVAÇÃO INTRÍSECA E EXTRÍNSECA ............................................ 15 3 METODOLOGIA ................................................................................................ 17 4 RESULTADOS E DISCUSSÃO .......................................................................... 18 5 CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................... 21 REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 22 6 FATORES MOTIVACIONAIS DE ADULTOS PRATICANTES DE JIU-JITSU Anderson Dias Araújo1 Matheus Sousa De Almeida2 Esp. Anderson Volpato de Paiva 3 RESUMO O objetivo principal deste estudo foi descobrir quais são os fatores motivacionais que levam pessoas adultos a praticarem o jiu-jitsu e como objetivos específicos classificar os fatores motivacionais apontados nesta pesquisa. Trata-se de um resumo bibliográfico e irá abranger publicações em relação ao tema de estudo, foram selecionados os sites Scientific Eletronic Library Online (Scielo) e Google Acadêmico e na Biblioteca digital de Teses e Dissertações. Foram utilizados para a pesquisa nos sites os seguintes descritores: Fatores Motivacionais, Jiu-Jitsu, Motivação. Os trabalhos selecionados foram as pesquisas publicadas entre os anos 2000 a 2020 em português e inglês (tradução livre). Dos resultados avaliados foram considerados o total de 06 amostras finais que correspondiam aos objetivos, sendo eles Motivação, Jiu-Jitsu, Fatores Motivacionais, Pratica de esportes. A pesquisa mostrou que existem vários fatores motivacionais que levam as pessoas a praticarem o jiu-jitsu, como controle emocional, melhora na saúde e aptidão física, sensação de bem estar e competitividade. Palavras-chave: Fatores Motivacionais, Jiu-Jitsu, Motivação. 1 INTRODUÇÃO O jiu-jitsu atua na área psicológica fortalece a sensação de segurança através dos ensinamentos da defesa pessoal, com a aplicação de estrangulamentos, chaves e articulações, imobilizações e quedas e traz como filosofia uma maneira de viver de forma equilibrada e saudável de acordo com os princípios de eficiência, paciência e controle. São princípios como ser alimentar bem, de forma saudável, ser honesto/respeitoso, trabalhar duro, ser um atleta eticamente correto, permitir que os impulsos passem antes de agir, (GRACIE, 2008). 1 Anderson Dias Araújo do curso de Educação Física, e-mail: anderson391138@gmail.com 2 Matheus Sousa De Almeida do curso de Educação Física, email: matheuusousa@outlook.com 3 Esp. Anderson Volpato de Paiva do curso de Educação Física da UNIGRAN CAPITAL, Rua Abrão Júlio Rahe, 325, Campo Grande – MS, e-mail: Anderson.paiva@unigran.br 7 Segundo Da Costa (2006), o jiu-jitsu é uma modalidade que a cada dia mais cresce no País, é uma arte marcial que não tem um biotipo físico específico, ou seja, são golpes adaptados de acordo com sua estrutura física. Este esporte é um combate corpo a corpo onde os indivíduos precisam realizar diversos movimentos como saltar, empurrar, agarrar, fazer força, entre outros movimentos, e além de usarem estes movimentos os praticantes devem usar sua parte cognitiva, como se fosse um jogo de xadrez, onde o mesmo deverá prever os próximos movimentos do seu adversário evitando receber algum golpe. Além de aprender a autodefesa, os praticantes procuram esta atividade por motivos de desafios e novidades, pois se sente atraídos por sua pratica importante na conquista da competência e domínio do comportamento humano demostrando esforço para provar a sua competência nesse domínio, também pelos fatores que podem proporciona a sua satisfação como saúde, competitividade, sociabilidade, prazer, estética e o controle de estresse. O profissional de Educação Física possui um papel valioso dentro das modalidades de lutas, como trabalhar tanto seu preparo físico como psicológico, prescrever treinamentos que resultara na melhora da sua dificuldade na prática esportiva. Com métodos que ajudaram a superar e estimular seu desenvolvimento dentro da modalidade, onde deverá realizar algum treinamento que torna ele capaz de executar a parte que o mesmo esteja com dificuldades, mostrando a sua capacidade de realizar a atividade, com isso mostrando que o mesmo é competente e aumentando seu nível de satisfação. Vários estudos mostram que formas mais autodeterminadas corresponde a um aumento na participação na educação física, promove um efeito emocional positivo, aumenta a concentração, eleva o esforço, aumenta o interesse com tarefas desafiadoras e diminui a infelicidade, e o aborrecimento. (FERNANDES; VASCONCELOS-RAPOSO, 2005). Abordagem psicológica sobre a motivação, que se preocupa com as causas e as consequências da forma como o ser humano regula seu comportamento. A autodeterminaçãoe um regulador para formas intrinsicamente motivadas passam pela satisfação de três necessidades psicológica básica competência, autonomia e relacionamento (PIRES, 2010). A motivação do sujeito não está diretamente relacionada com os fatores do envolvimento social, uma vez que estes fatores são mediados por três necessidade psicológicas básicas fundamentais ao desenvolvimento humano, autonomia, competência e relacionamento. São estas necessidades que determina a regulação do comportamento dos sujeitos, que assenta num continuum motivacional que oscila entre as formas menos e mais 8 autodeterminadas, que corresponde a desmotivação, motivação intrínseca e a motivação extrínseca. (RYAN & DECI, 2000 apud PIRES, 2010, p.7). As grandes partes das atividades iniciadas são por um impulso que os seres humanos possuem que são chamados de motivação. Esta motivação é um conjunto de fatores que altera o estado motivacional da pessoa, regula e sustenta as ações de cada indivíduo, pois é um processo que influencia a mesma a iniciar uma atividade e sua manutenção, onde ocorrera uma maior persistência ao longo do tempo (HARTER et al 1981; apud PANSERA et al, 2016, p.314). Os fatores internos são chamados de intrínseca, é um importante mediador do engajamento e conquista ( AMES, 1992a, 1992b apud PANSERA et al ,2016, p.314) potencializando o processo de aprendizagem nos indivíduos na preferência de desafios e curiosidade , ou seja, pessoas motivadas nesta área buscam determinadas atividades pela sua satisfação e não pela a recompensa ou pressões externas que são dadas a elas, são pessoas menos ansiosa, efetua as atividades escolhidas por acharem desafiadoras, interessantes que possui um nível de aprendizagem, e faz determinada atividade por prazer e não por obrigação ( PAIVA & BORUNCHOVITCH, 2010) Já os fatores externos ou como são chamados, extrínseca, dentro desta motivação podemos encontrar a regulação integrada, regulação identificada, a introversão e a regulação externa. Para o entendimento desses conceitos, é necessário explicar o que é a interiorização: é o processo pelo qual as pessoas aceitam os valores e os processos reguladores estabelecidos por um contexto social. (MURCIA; COLL, 2006). São pessoas que tem visão o que determinada atividade pode dar em troca por realiza-la, ou seja, estes indivíduos procuram determinada atividade por ter um objetivo em mente com por exemplo virar famoso, ganhar dinheiro entre outros, eles são motivados não pela atividade em si, mas sim por recompensas externas que podem ganhar (NEVES et al, 2004 apud PACHECO, 2010, p.14). Segundo Deci & Ryan (2000), eles dizem que possui o ramo da desmotivação que são características de ausência dos estados autodeterminante da motivação, podendo acarretar o indivíduo a o desinteresse e abandono da atividade. A partir destas ideias de motivação, o presente estudo buscou através de um direcionamento, neste caso voltado para jiu-jítsu, se basear no IMPRAF – 126, Inventário de Motivação à Prática Regular de Atividade Física de Barbosa e Balbinotti (2006), para entender os principais fatores motivacionais que leva um praticante de jiu-jítsu. 9 A justificativa nada mais é do que “convencer o outro”. É importante o pesquisador colocar-se na posição de alguém alheio à pesquisa para analisar os motivos pelos quais seria levado a ler um determinado estudo. Assim, é importante realizar também conexões do seu tema a outras pesquisas, bibliografias, descobertas recentes, em função de que a importância do tema a ser trabalho, cresce à medida que consigamos ligá-lo ao mundo externo. Descrever o objetivo da pesquisa. É aquilo que se quer com a pesquisa. A apresentação dos objetivos varia em função da natureza do projeto. Nos objetivos da pesquisa, cabe identificar claramente o problema e apresentar sua delimitação. Assim, deve-se sempre utilizar verbos no infinitivo para iniciar os objetivos: Dentre os praticantes de jiu-jitsu, os fatores motivacionais são divididos em intrínsecos e extrínsecos, que levam os indivíduos a aderirem ou permanecerem na prática, tendo em conta que cada fator motivacional é responsável por objetivos diferentes: alguns usuários buscam vitórias e fama, e outros procuram melhorara do seu condicionamento físico e motor. A escolha desta pesquisa foi identificar quais são os fatores motivacionais que levam indivíduos a praticar jiu-jitsu e buscando também comparar resultados de qual motivação é mais predominante para a inicialização da prática. Os pesquisadores possuem interesse neste assunto, pois um deles é praticante de jiu- jitsu, e ambos acharam interessante saber o motivo pelo qual um indivíduo leva a começar a praticar esta arte marcial. Sabendo estes pontos podemos melhorar o desempenho da equipe durante a prática desta modalidade, tanto para a saúde, quanto para campeonatos. Com os dados adquiridos através da pesquisa dos fatores motivacionais, por meio de um questionário, o treinador terá um melhor entendimento para trabalhar com os alunos, planejando e prescrevendo treinamentos estratégicos e individuais, melhorando o desenvolvimento do aluno durante a prática e diminuindo a taxa de desinteresse e abandono da modalidade. Tem como objetivo descobrir quais são os fatores motivacionais que levam praticantes adultos, de ambos os sexos, a realização da modalidade de Jiu-Jitsu. Sendo assim, classificar os fatores motivacionais apontados pelos entrevistados, dentro dos fatores apontados pelo IMPRAF-126 (BARBOSA & BALBINOTTI 2006) – saúde, competitividade, estética, sociabilidade, controle de estresse e prazer. 10 2 FUNDAMENTAÇAO TEORICA 2.1 HISTÓRIA DO JIU-JITSU O jiu-jitsu tem seus primeiros registros na Índia, a mais de três mil anos, onde monges budistas, que por não poderem utilizar-se de armas – facas, lanças ou arco e flecha- por norma da religião, teriam desenvolvido técnicas de defesa pessoal na busca de se defender de saques, roubos e agressões muito comum em suas grandes peregrinações. Entretanto, essas técnicas não poderiam usar violência com esses ladrões e agressores, para isto os monges estudaram vários movimentos que fossem compatíveis com seu biotipo franzino. A forma encontrada foi a luta de curta distância, onde eram aplicadas técnicas de estrangulamentos e chaves de articulações, a fim de imobilizar o agressor. As vantagens desta técnica eram que os golpes não necessitavam de força, por usar a força do adversário contra ele mesmo, e principalmente por não se utilizar de socos e chutes não ia contra a religião dos monges, sendo estes então capacitados a se defender (GRACIE, 2008 apud PACHECO, 2010, p.19). Assim nasceu o Jiu-jitsu, com o espírito de defesa que é a sua essência. A aplicação de leis físicas, movimentos de forças em equilíbrio, centro de gravidade e estudos minuciosos dos centros vitais do corpo humano, propiciaram aos seus criadores fazerem do Jiu-Jitsu uma arte e depois uma ciência de luta. Com o Budismo, o Jiu-Jitsu atingiu o Ceilão, Birmânia (hoje Myanmar) e o Tibet, depois toda a China, chegando finalmente ao Japão, onde tomou grande impulso, emigrando em seguida para o Ocidente (GUIMARÃES, 2006) O Jiu-Jitsu tornou-se a partir da segunda metade do século XVI a mais importante arte marcial japonesa, baseando-se nos fundamentos da flexibilidade, segundo os quais fracos e pequenos poderiam derrubar os grandes e fortes. Por isso o Jiu-Jitsu era chamado pelos japoneses de ´´arte suave´´, ou seja, a técnica de defesa pessoal que, com um mínimo de esforço, sem necessidade de força bruta, permite ao mais fraco defender-se e derrotar o adversário mais forte, utilizando a própria força do mesmo. Por volta de 1880, surgiu um estilo diferente de Jiu-Jitsu. O jovem Jigoro Kano (1860-1938), professor de Jiu-Jitsu e, mais tarde funcionário do Ministério da Cultura do Japão,em seus primeiros anos de treinamento do Jiu-Jitsu desenvolveu alguns golpes e sua atenção se voltou para uma reforma do Jiu-Jitsu. Através da criação de novas técnicas baseadas em princípios científicos 11 e de adaptação de algumas outras do Jiu-Jitsu, ele acabou desenvolvendo um novo sistema a que chamou de Kodokan Judô. Enquanto o Jiu-Jitsu continuou sendo uma arte marcial, um método de defesa, com aprendizado liberado somente para adultos, o judô foi um pouco mais além e passou a ser um esporte, já que as técnicas do Jiu-Jitsu que Kano considerava perigosas foram suprimidas dos campeonatos para facilitar o acesso dos jovens, que não podiam praticar o Jiu-Jitsu. Outra diferença entre o judô e o Jiu-Jitsu é a aplicação do ´kuzushi´, uma teoria desenvolvida por Kano durante seu treinamento de Jiu-Jitsu, que consistia no seguinte princípio: ´´usando um mínimo de força, é possível jogar o oponente ao chão se você fizer com que ele se desequilibre forçando-o a sair de sua postura´´, em outros termos, utilizando a força do adversário para se vencer uma luta (GUIMARÃES, 2006). Porem devido a escassa a veiculação em mídias o jeito encontrado por Jigoro Kano para a disseminação do judô foi levar seus alunos mais experientes para diversas partes do mundo, onde eles poderiam iniciar a transmissão dos conhecimentos de judô (FPJ, 2010 apud PACHECO, 2010, p.21). Dentro destes discípulos estava Mitsuyo Maeda (1878-1941), mais conhecido como Conde Koma que veio ao Brasil em 1914 em sua Turnê Mundial de Judô, ao chegar ao Brasil onde ficou até o fim de sua vida, Maeada possuía graduação de faixa preta sexto dan, pesava 75 quilos e media 1,60m e queria fundar uma colônia no norte do Brasil, em Belém do Pará. Pois naquela época ele não estava sendo bem vindo no EUA, um diplomata brasileiro ajudou os japoneses com terras e gado. O diplomata era Gastão Gracie, filho de James Gracie, escocês que chegou ao Brasil em 1870, estabelecendo-se como banqueiro no Rio de Janeiro (GUIMARÃES, 2006). Gastão tinha cinco filhos o mais velho chamado Carlos Gracie (1902-1994), que tinha um comportamento acelerado, foi levado pelo Gastão para ver uma aula de Conde Koma. Carlos, encantado pelo que tinha observado, pediu para o pai que deixasse aprender aquela luta, assim Gastão foi falar com Conde Koma. Koma muito agradecido a Gastão aceitou Carlos como seu aprendiz (GRACIE, 2008 apud PACHECO, 2010, p.21) Os ensinamentos de Koma a Carlos foi aperfeiçoada por ele mesmo daí surgiram novas técnicas sem fugir dos fundamentos da luta, transformando-a numa espécie de xadrez humano, com base em alavancas na qual um homem fraco poderia derrotar um homem forte, desenvolvendo assim o ´´Gracie Jiu-jitsu´´. Por outro lado, Carlos teria ensinado a Hélio 12 Gracie toda a sua técnica na tradição oral surgida na relação com Koma. Porém, Hélio Gracie é frequentemente considerado o criador efetivo do Gracie Jiu-Jitsu, que devido a seu físico franzino, derrotava os adversários com sua técnica. Segundo Hélio, Carlos foi o maior difusor do Jiu-Jitsu, porém ele, devido a sua dedicação, era o melhor entre os irmãos. Ele era incansável e não se cansava por não usar força, apenas técnica. Hélio transformou o Jiu-Jitsu dando-lhe uma forma mais agressiva. No final da década a família Gracie mudou-se para o Rio de Janeiro e, em 1930, Carlos Gracie, com 28 anos abriu a primeira academia de Jiu- Jitsu daquela cidade, no Bairro do Flamengo. Neste estágio, Hélio acabou por se transformar em grande campeão em lutas em estádios e praças públicas, com Carlos atuando como seu manager. George Gracie e seu irmão Hélio eram os principais lutadores da família. George Gracie foi o iniciador do vale-tudo ao derrotar o homem mais forte do Rio de Janeiro na época, Tico Soledade, campeão absoluto de levantamento de peso e queda de braço, além de ser conhecido por sua valentia (GUIMARÃES, 2006). 2.2 LUTA A luta de jiu-jitsu será detalhada com destino a possível entendimento das ações dos lutadores durante as lutas. As lutas são divididas em três categorias, peso, faixa e idade (GRACIE, 2018) Tabela 1: Categorias de peso adulto. Fonte: CBJJ, 2018 GALO Até 55 kg PLUMA De 55 a 61 kg PENA De 61 a 67 kg LEVE De 67 a 73 kg MÉDIO De 73 a 79 kg MEIO-PESADO De 79 a 85 kg PESADO De 85 a 91 kg SUPERPESADO De 91 a 97 kg PESADISSIMO Acima de97 kg 13 Tabela 2: Categoria de idade (CBJJ, 2018). Fonte: CBJJ, 2018 Tabela 3: Tempo de luta por graduação Fonte: CBJJ, 2018 O início de uma luta de jiu-jitsu acontecera dentro de um tatame onde a área de combate terá sua dimensão de no mínimo 64 m2 e 36 m2 será a área de segurança, dentro do tatame terá 2 lutadores com roupas adequadas a modalidade, Kimono e faixa, e um arbitro. Do lado de fora localiza-se uma mesa onde os mesários anotaram as pontuações e cuidaram do tempo da luta (CBJJ, 2018). A luta começara em pé onde o arbitro dará um sinal de início, ambos lutadores realizaram técnicas de quedas a fim de desequilibrar o oponente levando ele ao chão, onde a luta terá continuação, os mesmo iram aplicar golpes afim de obter uma vantagem em cima do seu oponente, demostrando superioridade ao arbitro. É determinado um vencedor quando ocorre finalização do adversário ou alcançar maior número de pontos realizados durante a luta. Esta pontuação é feita através de quedas, raspagem e joelho na barriga (2 pontos), passagem de guarda (3 pontos), montadas e pega pela costa (4 pontos). Se houver empate PRÉ-MIRIM De 4 a 6 anos MIRIM De 7 a 9 anos INFANTIL De 10 a 12 anos INFANTO-JUVENIL De 13 a 15 anos JUVENIL De 16 a 17 anos ADULTO De 18 a 29 anos MASTER De 30 a 35 anos SENIOR Acima de 36 anos BRANCA 5 minutos AZUL 6 minutos ROXA 7 minutos MARROM 8 minutos PRETA 10 minutos 14 em pontuação, o arbitro irar analisar as vantagens ( são golpes que o lutador encaixa , porem o adversário consegue escapar, sendo assim o arbitro ver como um perigo para desistência do oponente, dando a ele a vantagem por executar o golpe), mesmo assim se persistir o empate nas vantagens o arbitro analisara as quantias de punição, se os mesmos tiverem com empate nos pontos, vantagens, punições cabe ao arbitro ou aos árbitros, que são três , vendo qual foi o mais ofensivo durante a luta e o qual conseguiu chegar mais perto de uma possível desistência do oponente (CBJJ, 2018). 2.3 BENEFICIOS DO JIU-JITSU A pratica de jiu-jitsu pode ser desenvolvidas inúmeros objetivos para o praticante, entrando, esta modalidade pode proporcionar saúde física, mental e bem-estar, Nisto destaca-se fatores relativos a composição corporal, observado que esta pratica habitua ter impactos direto nesta peça essencial para um perfil de aptidão física de domínio e definição na categoria de peso, então indivíduos que pratica jiu-jitsu com bastante frequência tende a ter perda de peso ( DEL VECCHIO et al. 2007 apud FERREIRA et al 2018, p.68). Desta forma, podemos referir o jiu-jitsu brasileiro como uma atividade que auxilia de uma formapositiva de uma adesão do perfil de praticantes ao participar por um longo tempo afim de obterem uma aptidão física de aprendizes de esporte de luta, além de adquirirem flexibilidade e demais componentes como aprimorar a composição corporal , massa muscular , massa óssea e massa residual ( FERREIRA et al, 2018). Segundo Ferreira (2018), diz que Miranda (2010) ressalta que os benefícios para indivíduos que praticam o jiu-jitsu incluem aspectos físicos, psicológicos, de autoestima e bem-estar, além de contribuir para uma melhora nos fatores relacionados, competitividade, concentração, espírito de competitividade e superação, sendo ainda enumerados outros benefícios como; Diminui o stress; defesa pessoal, tanto para homens quanto para mulheres; desinibe os tímidos e acalma os agitados e ansiosos; aumenta a autoestima, autoconfiança e desenvolve o caráter (esporte de conquista individual); trabalha e define o corpo, como os braços, abdômen e quadril, tanto em homens quanto em mulheres; aumenta a resistência do organismo; acelera o metabolismo; melhora a capacidade cardiovascular e respiratória; aumenta a flexibilidade; aumenta a coordenação motora; aumenta os reflexos. 15 Desta forma entendemos que a prática de jiu-jitsu é eficaz em vários aspectos, sendo uma grande contribuidor para fatores relacionados na melhora do desempenho funcional, assim formando um praticante que será capaz de ter um desempenho de atleta de um alto rendimento (FERREIRA, 2018). 2.4 MOTIVAÇÃO A motivação em si é um impulso interno que faz nos seres humanos tomar atitudes para agir, e como é uma coisa interna de cada indivíduo só eles podem sentir (TODOROV & MOREIRA 2005). Dentre dos fatores motivacionais encontrados em um indivíduo, que seriam as motivações intrínseco e extrínseco, afirmam que a motivação pode se categorizar em uma forma mais global, considerando continuum de forma mais autodeterminante para a menos autodeterminante, intrínsecos, extrínsecos e desmotivação, podemos dizer o que levam os indivíduos a aderirem ou permanecerem na prática, tendo em conta que cada um desses fatores possui um objetivo diferente (DECI & RYAN, 1985 apud FERNANDES et al, 2005, p.386). 2.5 MOTIVAÇÃO INTRÍSECA E EXTRÍNSECA Segundo Deci e Ryan (2000) o indivíduo que usa os intrínseco como fator motivacional, refere-se a execução da atividade no qual o prazer e inerente ao indivíduo não sendo necessária recompensas ou pressão externas para que o indivíduo cumpra seu objetivo ou desafio, o simples fato da participação já o satisfaz, essa motivação e a base para o crescimento, integridade psicológica e coesão social representando o potencial positivo da natureza humana. A motivação intrínseca como é específica de um indivíduo, onde o mesmo realiza a prática de uma atividade física por vontade própria, nesta motivação possui uma subdivisão em três partes, para saber, para realizar e para experimentar. A motivação intrínseca “para saber”, é aquela em que se deseja ter uma experiência e também aprender uma atividade; a motivação intrínseca “para realizar”, é a satisfação de se movimentar e executar uma 16 atividade; e a motivação intrínseca “para experiência”, se relaciona com o que ocorre de fato em uma atividade e o que ela pode proporciona e estimula (BRIÈRE et al., 1995 apud GRACIE, 2018, p.18). A motivação extrínseca é subdividida em quatro outras partes, regulação externa, regulação introjeta, regulação identificada e regulação integrada a primeira e a regulação externa, é a menos emancipada, onde o indivíduo age para adquirir recompensa ou de evitar punições (LENS, MATOS, & VANSTEENKISTE, 2008, p. 19), a segunda é a regulação introjeta, onde a pessoa sofre uma pressão externa, ocasionando uma pressão interna como a culpa e ansiedade (LENS, MATOS, & VANSTEENKISTE, 2008, p. 19). A terceira é a mais autônoma que as anteriores, ela chamada de regulação identificada, é onde a pessoa inconscientemente tenha adotado, mesmo que tenha um incentivo externo para realizar determinada coisa (LENS, MATOS, & VANSTEENKISTE, 2008, p. 19). A quarta parte é chamada de regulação integrada, onde a uma ligação com o comportamento os valores das pessoas e seus objetivos. É a parte da motivação extrínseca mais soberana, mesmo que o foco esteja nas recompensas ao executar determinada atividade (GUIMARÃES& BZUNECK, 2008, p. 103). Já desmotivação, como o próprio nome diz, é caracterizada pela ausência de motivação, ou seja, a pessoa não apresenta intenção nem comportamento proativo e, ainda, “Em tal situação, observa-se desvalorização da atividade e falta de percepção de controle pessoal.” (GUIMARÃES& BZUNECK, 2008, p. 103). Para que o esporte tenha um excelente progresso é preciso que haja estudos na área da psicologia do esporte, pois através destes estudos os profissionais de educação física poderão alcançar um recurso para classificar e conduzir de forma individualizada para cada atleta assim melhorando sua performance, elevando sua competitividade e desenvolvendo o próprio autoconhecimento. A psicologia do esporte e do exercício consiste no estudo científico de pessoas e seus comportamentos em atividades esportivas e atividades físicas e na aplicação prática desse conhecimento, onde procuram entender e ajudar atletas de elite, crianças, indivíduos física e mentalmente incapacitados, idosos e praticantes em geral a alcançar o máximo de participação e desempenho, satisfação pessoal e desenvolvimento mediante as atividades (WEINBERG e GOULD 2001). Na modalidade de jiu-jitsu possui poucos estudos na área de motivação (GRACIE, 2018), mas academicamente foram encontrados estudos com temas de motivação, fatores 17 motivacionais e tempo de reação, motivação e caracterização sociodemográfico de atletas iniciantes. No estudo de Pacheco (2010), onde ele realizou uma pesquisa com 40 indivíduos de ambos sexo de uma academia de jiu-jitsu, onde o que mais motivou na pratica desta modalidade foi a questão de ter uma saúde melhor seguindo pelo prazer, então neste estudo as pessoas foram motivadas a praticar pelo simples motivo de realizar manutenção de sua saúde. Em estudo de Gracie (2018) que teve 432 respondentes, sendo 75,5% homens, onde um questionário chamado IMPRAF-126 foi utilizado para verificar qual fatores motivacionais leva o indivíduo a praticar jiu-jitsu, com isso o fator que predominou foi o prazer, então neste estudos os praticantes eram mais focados em atingir seu nível de prazer do que a própria atividade pode fornece para seu desenvolvimento na saúde. Já o estude Andrade et al (2014) foi utilizado 11 atletas de jiu-jitsu do sexo masculino, os praticantes apresentaram um grande índice de autodeterminação, porém não teve uma correspondência significativa com o tempo de reação (TR). Também foi observado que o TR foi bem menor para jovens do que para o grupo de maior idade. O Profissional de Educação Física tem como objetivo de estudo e de aplicação o movimento do corpo humano com foco em diferentes modalidades, no jiu-jitsu, o professor e fundamental para o crescimento da motivação intrínseca, porque e a partir do feedback proposto pelo profissional de Educação física que o aluno vai desenvolver seu senso de competência, e através desses estímulos do profissional o aluno ganhara em motivação interna (GUIMARÃES & BRORUCHOVITCH 2004). 3 METODOLOGIA Este estudo constitui-se em uma revisão de literatura de natureza descritiva, com abordagem qualitativa, por meio da qual se pretende observar, registrar, analisar, classificar e interpretar os dados encontrados. A pesquisa bibliográfica tem sua base em material já elaborado constituído principalmente de livros, artigos científicos, dissertação ou teses. Por isso, foram selecionados os sites Scientific Eletronic Library Online (Scielo) e Google Acadêmico e na Bibliotecadigital de Teses e Dissertações. Foram utilizados para a pesquisa nos sites os seguintes descritores: “Motivação”, “Atividade Física” e “Jiu-Jitsu”. 18 Os trabalhos selecionados foram as pesquisas publicadas entre os anos 2000 a 2020, em português e inglês. Os elementos de exclusão foram trabalhos publicados fora do período delimitado e em outros idiomas que não fossem o português e o inglês. 4 RESULTADOS E DISCUSSÃO Para a composição dos resultados deste estudo, foi realizado levantamento bibliográfico por meio de pesquisas publicadas nos bancos de dados e dos descritores já citados anteriormente. Os resultados obtidos totalizaram 65 estudos. Após triagem pela leitura dos resumos e introdução, foram excluídos 59 por não apresentarem pesquisas compatíveis com a investigação pretendida. Os 06 restantes foram lidos na íntegra para análise e composição deste artigo. O Quadro 1 ilustra as pesquisas selecionadas, com os autor(res), ano de produção, e o título. Quadro 1 – Principais dados bibliográficas que corresponderam aos objetivos dessa revisão. AUTOR ANO Titulo do artigo PACHECO, C. C. K. 2010 Motivação no Jiu-Jitsu. GRACIE, Ranna Botelho 2018 Fatores Motivadores Da Prática De Jiu-Jítsu: Um estudo comparativo entre academia. FREITAS, Fabiano Oliveira, et al. 2018 A real motivação dos atletas amadores do jiu jitsu: do iniciante ao graduado, do atleta de academia ao competidor SOUZA, D. G.; CHEREGUINI, P. A.C.; SOUZA, L. 2013 Motivação de competidores de artes marciais mistas (m.m.a). 19 CAZZETO, F.F. 2010 Jiu-jitsu brasileiro e vale-tudo: o uso de novas tecnologias no ensino de luta e artes-marciais WONG, Lydia. 2014 Motivação a prática regular de atividade física: Um estudo com praticantes femininos de Aikido. Fonte: ARAUJO e ALMEIDA (2020) Pacheco (2010) onde aborda o tema Motivação no Jiu-jitsu, onde utiliza o Inventario de Motivação á Pratica Regular de Atividade Física ou Esportiva (IMPRAFE-132) que aborda seis dimensões da motivação que são relacionada a pratica regular da atividade física, que são; Controle de estresse; Saúde; Sociabilidade; Competitividade; Estética; e Prazer, como meio de pesquisa. O questionário será respondido por 40 indivíduos que pratica jiu- jitsu, de ambos sexos, da faixa etária de 13 e 53 anos, o método de avaliação é de acordo com a escala de Likert, que é desde ``Este item não representa um motivo que me levaria a realizar uma atividade física regular`` (1) até `` É por esse motivo que eu pratico atividade física`` (7). Gracie (2018) que aborda o tema Fatores Motivacionais da Pratica Jiu-Jitsu: Um Estudo Comparativo Entre Academias, no qual utiliza o inventário de Motivação para a Prática Regular de Atividade Física (IMPRAF-126) que aborda as seis dimensões da motivação como meio de pesquisa, o questionário foi aplicado em três academias através de envio digital como e-mail, perfis dos alunos e professores, grupos online e perfis das redes sociais das academias, além dela aborda um questionário para identificar a motivação da pessoa que continua a realizar a pratica do jiu-jitsu, também incluiu questões a respeito de mensurar a lealdade do aluno à academia de jiu-jítsu; O grau de importância de atributos como horário, mensalidade, ambiente agradável, questões a respeito do que poderia melhorar na sua academia e questões que sobre quanto tempo pratica jiu-jitsu, este questionário tiverem métodos de avaliação através da escala de Likert, que é graduada em sete pontos, 1 (discordo totalmente) a 7 (concordo totalmente). Freitas et al (2018) onde aborda um tema A Real Motivação de Atletas Amadores de Jiu-Jitsu: Do Iniciante ao Graduado, do Atleta ao Competidor. Na pesquisa foi utilizado um questionário baseado no Inventário de Motivação para Prática Desportiva Gaya e Cardoso 20 (1998), subdivididas em três categorias: competência desportiva, saúde e amizade/prazer. O estudo foi composto por 20 voluntários de ambos sexos, onde os mesmo responderam o questionário no local que estava sendo realizado o treino na academia, o critério de avaliação foi de Gaya & Cardoso (1998) onde tinham três alternativas de níveis importante 1- nada importante; 2- pouco importante; 3- muito importante. Segundo Souza, Chereguini e Souza (2013) o que determina a motivação é um conjunto de fatores e a conduta pessoal do atleta que está ligada a fatores ambientais extrínsecos e intrínsecos interno, sendo um desafio e um combustível para obter resultados satisfatórios. A atividade física é realizada por causas intrínsecas, em vez de motivação extrínseca, embora às vezes fatores externos sejam usados para aumentar motivação intrínseca. Cazzeto (2010) que o atleta deve focar no conhecimento transmitido pelo treinador para obter motivação e colocá-la em pratica. Pacheco (2010) afirma que a motivação para pratica do jiu jitsu é a busca por desafios, superar obstáculos e também por recompensas materiais. O autor ainda concluiu como fator motivacional a melhora na saúde, desempenho físico em realizar atividades do dia a dia. Em seu trabalho, Wong (2014) concluiu que o que motiva a pratica do esporte é a sensação de prazer em superar os limites do corpo e melhorar o condicionameto fisico, a motivação é um dos problemas mais interessantes do esporte; entre outros, é a motivação que determina a eficácia do treinamento e o desejo de se esforce para a perfeição. Grace (2018) menciona que praticantes de jiu jitsu sentem a pressão para estar em boa forma por razões estéticas e sentem-se envergonhados quando não estão no seu melhor. Entre os motivos mais importantes para a prática dessa atividade, incluem fatores como aumento da auto-estima e autoconfiança, a aptidão física está fortemente ligada a permanecer saudável e em forma, o que promove ainda mais a motivação para mais atividades. Freitas (2018) em sua análise do problema de motivação, seus estudos revelaram que o aspecto associado à melhoria da saúde e a obtenção de alta aptidão física foi um dos principais fatores que influenciam o decisão de praticar jiu jitsu, o autor ainda concluiu que o desenvolvimento pessoal, esforço para satisfação individual, felicidade e prazer são manifestações individualistas evoluindo sucessivamente determinando independência e apoio para o desenvolvimento da motivação de um indivíduo. 21 Wong (2014) ainda conclui que a relação positiva entre a sensação de saúde e forma física, a consciência de si mesmo e de suas realizações aumenta, assim como auto estima, a capacidade de se conhecer, portanto, autoconsciência e um senso de identidade, o homem aprende sobre si mesmo em várias formas em sua própria existência, também ao superar medos e enfrentar um adversário em um esporte de combate. Explorar o mundo e existir no mundo são maneiras de aprender o próprio sobre si mesmo. Também pode ser considerado um motivador seria o controle auto agressivo, pois o jiu jitsu tem um código de conduta ética que tem a agressão como um comportamento indigno de quem o pratica, isso confirma relatórios anteriores de que a atividade física mostra correlações positivas nos traços de caráter, como temperamento, senso de eficácia de ações, autoconfiança e outros. É importante, portanto, lembrar-se da influência dos códigos e regras relativos ao jiu jitsu como um motivador e seus construtos. 5 CONSIDERAÇÕES FINAIS Para o entendimento motivacional que leva pessoas a praticarem o Jiu Jitsu, partimos do entendimento de que todo comportamento é determinado por suas motivações, de maneira que agir supõe que a ação é determinada pelas expectativas e avaliações dos resultados e suas consequências. Os esforços do indivíduo em completar uma atividade, atingir excelência, superar obstáculos e aperfeiçoar o desempenho, como motivo de realização, sendo responsável pela motivação em situaçõesde rendimento e competição. Assim, a motivação pode ser considerada orientadora e condutora de atletas à realização de suas aspirações, de modo a persistirem nas tarefas e sentirem-se orgulhosos ao alcançar os objetivos. No Brasil, ainda são raras as publicações de pesquisas que investigam a motivação de pessoas praticantes de jiu-jitsu, como ansiedade traço-estado, motivação intrínseca, agressividade, determinação, persistência, liderança, extroversão-introversão, entre outros. Alguém que se propõe a estudar a motivação de quem pratica esse esporte tem de estar ciente de que o tema é amplo, que abrange muitos elementos cujas investigações não foram esgotadas e qualquer tipo de avaliação realizada não corresponde à totalidade, mas sim a um levantamento de algumas características e tendências que podem ser relevantes ou não. 22 Por motivação do rendimento entende-se o desejo de melhorar, aperfeiçoar ou manter o rendimento em alto nível. O Jiu-jitsu é um esporte ainda pouco explorado em termos científicos, as dimensões mais motivadoras no esporte em questão foram prazer, saúde e sociabilidade, pode-se afirmar também que o judô é um esporte de características filosóficas e educativas que consegue despertar em seus praticantes o prazer, o comprometimento e o aprendizado. REFERÊNCIAS ANDRADE, Alexandro et al. Tempo de reação, motivação e caracterização sociodemográfica de atletas iniciantes de Jiu-Jitsu. 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