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Univates – Medicina - ATM 2023A Talita B. Valente Infectologia 1 HERPES 1 E 2 Período de incubação: 3-7 dias. Outros sintomas na infecção primária: mialgia, febre, cefaleia, disúria e adenopatias. • Polimorfismo - vesículas e crostas. Infecções recorrentes: vírus latente nos gânglios neurais • Labial • Orofacial • Anogenital • Ocular Complicações: • Encefalite herpética aguda. Herpes simplex 1 Herpes simplex 2 Univates – Medicina - ATM 2023A Talita B. Valente Infectologia 2 • Infecções congênitas secundárias a infecção genital. Tratamento: • Aciclovir • VO ® Herpes labiais - 200mg 5x dia • EV ® Encefalites + Neonatal - 30g/kg/dia (dividido em 3 doses) • Tópico ® Labial se iniciado nas primeiras 48 horas - reduz a evolução da doença em 24h. • Valaciclovir, Fanciclovir, Ganciclovir, Foscarnet. Profilaxia: • Transplantados - utilizar aciclovir. • Herpes durante a gestação - tratar e manter a medicação. • Evitar contato com lesões. VARICELLA - ZOSTER VIRUS • Varicela ® “Chickenpox” Catapora • Zóster ® “Shingles” Cobreiro o Em 1925 descobriu-se que, inoculando a vesícula do Zóster em outra pessoa, esta desenvolvia varicela. o HHV-3 (Alfaherpesviridae) - dupla fira de DNA com envelope, somente vírus envelopados são infectantes. VARICELA: Epidemiologia: • Os humanos são os únicos hospedeiros. • É a forma de infecção primária. • Transmissão pela via respiratória. • Comum nas crianças - 90% até os 13 anos. • Pode atingir todas idades e raças. • Epidêmica no fim do inverno e início da primavera. • O tempo de incubação é de 13-15 dias. • Transmite-se 48h. antes das vesículas de pele e até 5 dias após a secagem delas. • Mais comum nas áreas tropicais. Manifestações clínicas: • Normalmente benigna na criança imunocompetente. • No adulto, o risco de morte aumenta em 15 vezes. • Principais sintomas: o Pródomos - rash, febre baixa e mal-estar 2 dias antes do aparecimento das lesões. o Doença - mal-estar, prurido, anorexia, lesões cutâneas em vários estágios de evolução (máculas, papúlas e crostas) principalmente em tronco e face. As mucosas da orofaringe e genital também podem ser acometidos. • As crostas coem em 1-2 semanas após aparecerem e costumam deixar uma área deprimida. • Em crianças imunodeprimidas (em quimio - leucemia) ocorrem complicações viscerais em 30-50% das vezes, podendo ser fatal em 15% dos casos. • A infecção secundária por Strepto é comum. Univates – Medicina - ATM 2023A Talita B. Valente Infectologia 3 • O sítio extra cutâneo mais comum que a doença pode afetar é o SNC (Ataxia cerebelar aguda e encefalite). • ACA - LCR com linfocitose e proteína aumentada. • Encefalite - 0,1-0,2% dos casos (mortalidade de 5-20%) - Ocorre rebaixamento da consciência, cefaleia, vômitos, febre e convulsões. • Outra intercorrência já descrita foi a Angeíte neural, provavelmente por consequência do herpes oftálmico. • Pneumonite: normalmente ocorre em adultos imunodeprimidos (1:400)- sintomas de tosse seca, dispneia, febre, Rx com infiltrado intersticial ou nodular. • Varicela perinatal: ocorre quando a mãe se infecta até 5 dias antes do parto ou até 2 dias após o parto - mortalidade de 30% para o RN. • Há descrição da Síndrome de Reye com o uso concomitante de aspirina. Varicela no imunodeprimido: • Causa importante de morbi/mortalidade, o tempo de extinção das lesões cutâneas é maior. HERPES ZOSTER: Epidemiologia: • O VZV torna-se latente após a infecção primária nos gânglios cervicais em 4,8/1000 casos. • Afeta 20% da população em geral. Sendo comum em idosos e imunocomprometidos. • Nas gestantes com infecção ativa, os seus filhos apresentarão H. Zoster até os 2 anos de idade. Manifestações clínicas: • Erupção unilateral, restrita a um dermátomo, principalmente nos torácicos e lombares. o É importante prestar atenção para o oftálmico e sempre suspeitar quando houver lesões cutâneas na face (nariz), orofaringe ou dermátomo do trigêmeo. ® Quando o gânglio geniculado é afetado podem ocorrer paralisia facial e perda da gustação nos 2/3 anteriores da língua. o No envolvimento oftálmico pode ocorrer angeíte cerebral (cefaleia, pleocitose e aumento das protéinas do LCR). • A dor local precede as lesões em 48-72h. • Até 30 dias para recuperação total da pele. • Neurite pós herpética - Ocorre em 25-50% dos pacientes com mais de 50 anos. Sempre que ocorrer dor por mais de 30 dias é para suspeitar. • Classicamente a VZV envolve neurônios sensitivos, porém, quando ocorre em motores, a S. Guillain Barré pode acontecer, além de mielite e miosite. • Em pacientes com doenças linfoproliferatiras pode ocorrer a forma cutânea disseminada e visceral (pneumonite, hepatite meningoencefálica), mas raramente é fatal. • HIV - infecção ocorre em 8-11% dos pacientes. • O Herpes-Zoster crônico (aparecem novas lesões ainda que as antigas não tenham sumido) está relacionado com a resistência ao Acyclovir. Diagnóstico: • Normalmente é realizado pela história clínica e exame físico. • Antigamente era muito confundido com sarampo. Univates – Medicina - ATM 2023A Talita B. Valente Infectologia 4 • É importante lembrar de lesões em múltiplos estágios. • O HSV-1 pode causar lesões vesiculares disseminadas. • Na dúvida do diagnóstico clínico, a cultura do vírus é o melhor método para determinar o fator causador. O Tzanck mostrará células gigantes nucleadas. • Nos laboratórios o PCR tem sido uma ferramenta importante, porém é cara. Ainda assim é a principal forma de detecção do VZV no LCR. Tratamento: • O manejo médico visa reduzir as complicações. • Varicela ® A higienização das lesões e evitar coçar diminuem as infecções secundárias. • Utilizar paracetamol para a febre. • Aciclovir é o tratamento de escolha para ambas as formas. Reduz o número de novas lesões em até 25% e diminui os sintomas constitucionais em 1/3 dos pacientes. • A terapia iniciada nas primeiras 24h da doença traz o maior benefício: o Crianças de 2-16 anos - 20mg/Kg 4xdia por 5d. (máximo 800mg/dia). o Adolescentes e adultos podem receber até 800mg 5x ao dia. o Em pacientes severamente imunodeprimidos a dose EV deve ser de 5-10mg/Kg a cada 8h. • Outras drogas: penciclovir, valaciclovir e famciclovir. • O uso concomitante com corticoesteróides ainda é controverso porém o uso concomitante com prednisona pode melhorar a qualidade de vida e acelera a melhora das lesões. • Neurite ® Drogas como a amitriptilina, flufenazina, gabapentina e pregabalin podem ser utilizados. o A utilização de corticoides nesses casos agudos com 60mg/dia no 1-7d. e após 15mg/dia do 8-14d. melhorou dor e sequelas. Prevenção: • Hospedeiro comum = vacinação • Nos imunocomprometidos que nunca tiveram contato com VZV, a vacinação está indicada principalmente para menores de 15 anos. • É importante lembrar de vacinas a gestante, principalmente se ela contraiu a doença no período perinatal. • Rash cutâneo é bem comum após a vacinação. • A vacina Oka protege somente contra a Varicela Zoster e é principalmente utilizada em adultos, pois diminui a neurite, dor e tempo de evolução da doença (de 24d. para 21d.). o A vacina mostra-se mais eficaz em evitar Zoster em jovens do que em idosos. CITOMEGALOVÍRUS • É um vírus de DNA, fita dupla, membro da família do Herpes Vírus (Betaherpesvirinae). • Infecta cerca de 60-70% da população americana e quase 100% na África. • Em transplantes de medula e em pacientes com HIV, a pneumonite por CMV á complicação viral mais comum. • Foi isolado no ano de 1965, primeiramente em uma glândula salivar e descreveu-se nessemomento a característica patológica principal “inclusões citomegálicas”, acredita-se que as inclusões são o resultado da replicação viral em grande atividade. • O vírus é principalmente encontrado nas glândulas salivares e nos fibroblastos. Univates – Medicina - ATM 2023A Talita B. Valente Infectologia 5 • Apesar de não ser relacionado com oncogenicidade até hoje, ele tem o poder de transformação de células anômalas. • A transmissão ocorre entre pessoas de contato prolongado (>100h.), frequentemente sexualmente transmitida e também em transfusões sanguíneas. • A gravidade das infecções depende de cada síndrome. Classifica-se em: • Primária - soronegativo vira soro (+) • Secundária - reativação de soro já antes (+) Manifestações: • Congênita - quando a mãe tem a infecção primária durante a gestação. • A forma primária ocorre em adultos jovens, muito semelhante com a mononucleose do EBV porém sem possuir placas acinzentadas na garganta. o É uma síndrome monolike - presença de linfócitos atípicos e fator reumatoide reagente. • Uma vez adquirida, a doença fica presente nos santuários (glândulas salivares e MO). Diagnóstico laboratorial: • O diagnóstico, de forma geral, é laboratorial/patológico. 1. Teste de urina: busca presença de células com inclusões, é útil no diagnóstico de doença congênita. 2. Detecção do antígeno para anticorpo monoclonal contra a proteína pp65 do CMV: útil no LCR. 3. PCR: útil no LCR, estudo mostrou que PCR positivo no sangue para CMV antecede em 60% das vezes a retinite. 4. PCR quantitativo alto está relacionado a atividade do CMV. 5. Cultura do CMV - feito a partir de células fibroblásticas humanas, será levado em conta quando o resultado for positivo no sangue. Se o CMV for encontrado no lavado broncoalveolar é necessário ter achados com inclusão citomegálica para fechar o diagnóstico de pneumonite por CMV. MONONUCLEOSE CITOMEGÁLICA • Infecção primária em adultos normalmente jovens. • Produz uma síndrome monolike (febre, linfadenopatia e linfocitose relativa). • 79% das mononucleoses são causadas por EBV (vírus epstein-barr/herpesvírus 4), os outros 21% são por CMV. • Diferenciar EBV de CMV ® No CMV não há presença de exsudato amigdaliano, o exame de aglutinação hetelofílica será (+) no EBV e negativo no CMV. • Achados: mal-estar, linfocitose (50% do número total de leucócitos) com 10% de linfócitos atípicos, alteração hepática em 69% das vezes. • Sintomas: febre persistente por 9-35d., lindadenopatia, odinofagia sem exsudato. Transmissão: beijo e relação sexual. • Quando ocorrer muitas transfusões de sangue nos transoperatórios, CMV deve ser levantado como hipótese. Complicações: • Pneumonia intersticial: tem alta mortalidade e é a mais severa complicação nos transplantados. Na síndrome da mononucleose é uma complicação rara, porém se for presente é uma forma mais branda e não necessita tratamento na maioria das vezes. O Rx apresenta infiltrado intersticial. Univates – Medicina - ATM 2023A Talita B. Valente Infectologia 6 • Hepatite: comumente associado a mononucleose, porém as alterações na função hepática são de leves a moderadas e não necessita tratamento. Quando apresentar microgranulomas na Bx hepática é importante lembrar do CMV. • Guilain-Barré: pode acarretar polineurite aos pacientes, caracterizados pela diminuição de força e sensibilidade das extremidades. • Meningoencefalite: é infrequente em imunocompetentes, traz perda sensorial e motora, cefaleia, fotofobia, letargia e sintomas piramidais. O LCR mostrará número moderado de linfócitos, o PCR positivo no LCR dá o diagnóstico. • Miocardite: No ECG mostra-se como uma inversão de onda T, normalmente esses pacientes tiveram também outas complicações como coagulopatias e hepatite. • Trombocitopenia e Anemia: alterações muito comuns na infecção congênita e também possíveis em imunossuprimidos. • Erupções cutâneas: Rash maculopapular com piora após o uso de ampicilina. CMV na AIDS • A coinfecção do CMV com HIV em homossexuais chega a 90%. • O fator de risco para a doença é o CD4<100. É infecção viral oportunista mais frequente. • Retinite é a forma mais comum, ocorre com CD4<50 e há relatos de cegueira em 4-6 meses de evolução da doença. o Fundo de olho descrito como um infiltrado retiniano “fofo”, com várias hemorragias. Tratamento: o Ganciclovir - 21d. 7,5-15mg/Kg/dia dividido em 2-3x, seguido por manutenção com 5mg/Kg/dia de 5-7x por semana. A manutenção com a forma oral 1000mg 3x dia tem se mostrado eficaz na profilaxia. o Implantes oculares com Ganciclovir - dura de 8-2a. Utilizar o disco + a orma oral do ganciclovir preveniu 25% de recorrência. o Nos pacientes que utilizam a forma oral observou-se a diminuição no númer de casos de Kaposi. • SNC - polirradiculopatia com dor lombar associado a diminuição de reflexos profundo e ao fim, perda de esfínceteres. o O AP da cauda equina mostra as inclusões citomegálicas e destruição nos axônios. o Uso de Ganciclovir + Foscarnet. • Presença de úlceras esofágicas na EDA (endoscopia digestiva alta) com presença de inclusões no AP ou cultura positiva para CMV. • Colite - diarreia aquosa explosiva, febre e hematoquezia também podem ocorrer. A sigmoidoscopia visualizará pseudomembranas, erosões e úlceras serpinginosas diagnosticadas somente da Bx. • O tratamento com Ganciclovir 5mg/Kg/dia por 14 dias está sendo interrogado. • Não há razões para realização de profilaxia secundária. • Colicistite, estenose papilar e colangite também podem acontecer. Antivirais 3 drogas são descritas pelo FDA como tendo ação contra o CMV: • Ganciclovir - ativo contra toda a família herpes, inibe a síntese de CMV DNA e a duplicação. Todas as amostras resistentes a ganciclovir permaneceram sensíveis ao Foscarnet. • Foscarnet - usado somente para as cepas resistentes ao ganciclovir na dose de 90mg/Kg/dia, possui ação sinérgica. Univates – Medicina - ATM 2023A Talita B. Valente Infectologia 7 • Cidofocir - aprovado somente para o tratamento de retinite. 5mg/Kg/semana. CMV em pacientes transplantados • Descrito principalmente nos transplantes de MO (medula óssea), fígado e rins. • Pode ocorrer reativação devido a imunossupressão ou infecção primária quando o doador é IgG positivo e o receptor negativo. CMV congênita • Infecção intrauterina ocorre em 0,5-22% das vezes, sendo menos frequente mas mais grave. • O diagnóstico é feito pela viruria com 1 semana de vida. • IgM no cordão não é confiável. • Sintomas: icterícia, hepatoesplenomegalia, petéquias, múltiplos órgão acometidos. Corioretinite, calcificações no LCR. • Sequelas hepáticas melhoram com o tempo, as neurológicas permanecem com atraso de desenvolvimento e inteligência. CMV na gestante • CMV é excretado na cérvice do útero com alta concentração de CMV principalmente no 3º trimestre e é responsável por 57% das infecções nos RN. • O leite materno pode ser fonte de transmissão. • A síndrome mononucleose é rara na gravidez. EBV - EPSTEIN-BARR VIRUS MONONUCLEOSE INFECCIOSA CLÁSSICA - “DOENÇA DO BEIJO” Agente etiológico: HHV 4 (EBV) Transmissão: saliva (90% dos adultos são positivos), o vírus está intermitente na saliva (12- 25% da população é portadora). • Representa 79% das mononucleoses. Incubação: 4-7 semanas. Características clínicas: • Síndrome aguda. • Febre, dor de garganta, mal-estar e linfadenopatia. • Esplenomegalia. • Eritema maculopapular (<15%), a ampicilina eleva a >90%. • Linfócitos T atípicos (10-30%). • Linfocitose >50%. • Anticorpos heterofilos. • Anomalias de funções hepáticas são frequentes. Duração: 2-5 semanas. Outras doenças causadas pelo EBV: Doença de Duncan, LinfoistiocitoseHemofagocitica, Doença Linfoproliferativa de célula B, Linfoma de Hodkin, Linforma de Burkitt, Carcinoma Nasofaríngeo, Linfoma Extragonadal de Células T/NK, Carcinoma Gastrico, Esclerose múltipla, Neoplasia em pacientes HIV (linfoma primário do SNC). Univates – Medicina - ATM 2023A Talita B. Valente Infectologia 8 LEUCOPLASIA PILOSA ORAL • Lesões brancas e indolores nas margens laterais da língua. • A lesão não é removível por raspagem. Diagnóstico laboratorial: • Após 7 dias de doença: linfocitose (50%), linfócitos atípicos. • Fase aguda: anti-VCA ou anti-EBNA. • Monoteste: anticorpos heterofilos (surgem 2 semanas após início dos sintomas). • Outros: PCR; cultura de vírus. Tratamento: • Não há indicação formal. • Antivirais que possuem atividade: aciclovir, ganciclovir, foscarnet. • Evitar esforços físicos para evitar ruptura do baço. • Corticoides são utilizados em manifestações mais graves, com compressão de via aérea ou em complicações como miocardites e encefalite. SARCOMA DE KAPOSI Agente etiológico: Herpesvírus Humano 8 (HHV-8) • É uma neoplasia maligna multifocal resultante da proliferação dos vasos sanguíneos/linfáticos. • Estão relacionados a pacientes com HIV (CD4<200), possuem 100.000 vezes mais chances de desenvolver. • Mais prevalente em homens. • Associado a HSM. • Transmissão associada com relação sexual anal. • Houve uma redução dos casos após o início da era com antirretrovirais. Manifestações clínicas: • Cutâneo/Mucosa: pápulas e nódulos violáceos ou avermelhados. • Visceral: TGI e pulmões. Tratamento: • Antirretroviral: doença fica controlada, com poucas lesões. • Doença visceral: quimioterapia e radioterapia. Outros Herpesvirus: HHV-6: Exantema súbito ou roséola. HHV-7: semelhante ao HHV-6. Univates – Medicina - ATM 2023A Talita B. Valente Infectologia 9 SARAMPO (Measles) Agente etiológico: Morbillivirus • Doença de notificação obrigatória. Transmissão: respiratória. Quadro clínico: • Incubação: 10-12 dias. • Febre alta, coriza, lacrimejamento, diarreia e tosse seca. • Sinal de koplik: pequenos pontos branco-azulados ou branco- amarelados na oroscopia. Precede em 1 ou 2 dias o exantema. • O exantema progride da face para o tronco e pernas. • Rash máculo-papular, morbiliforme que desaparece com leve descamação. Complicações: • Letalidade de 5% ® crianças desnutridas • Piora clínica ao final da fase exantemática levando a: encefalite, pneumonia intersticial, laringite obstrutiva, estomatite, lesões oculares, diarreia, hepatite, complicações bacterianas, hemorragia. • Grave em imunodeficientes e gestantes (não há malformação). Tratamento: • Sintomáticos: reposição hídrica, analgésicos, antieméticos. • Graves: ribavirina. • Atentar para complicações bacterianas, Profilaxia: • Vacina de vírus atenuado ® Tríplice viral (rubéola, caxumba e sarampo) RUBÉOLA Agente etiológico: RNA-vírus da família Togaviridae e gênero Rubivirus. Incubação: 14-21 dias. Transmissão: por aerossol ou secreção contendo partículas virais, o período de maior contagiosidade ocorre durante a erupção do exantema. • É uma doença de notificação compulsória. Epidemiologia: Tem maior frequência na primavera, desde 2008 não há registro de novos casos no Brasil. Quadro clínico: • Linfonodomegalias • Exantema maculopapular que evolui da face ® tronco ® membros (duração de 3-5 dias), após é descamativo. • Esplenomegalia. • Coriza, conjuntivite, febre, odinofagia e artralgias. Complicações: Univates – Medicina - ATM 2023A Talita B. Valente Infectologia 10 • Hemorrágicas em 1/3000 casos. • Encefalite em 1/5000 casos. • Gestante: parto prematuro e malformação. As consequências para o feto são mais graves se a infecção ocorrer nos primeiros meses da gravidez. Diagnóstico: • Laboratorial inespecífico: leucopenia, pode ser encontrado linfócitos atípicos. • Laboratorial específico: isolamento viral de secreções (alto custo), Elisa IgM em 4 dias e IgG aparece rapidamente, teste de avidez pode ajudar a indentificar se a infecção foi durante a gravidez. Tratamento: • Não há tratamento recomendado para rubéola pós natal. • Gestantes podem fazer uso de imunoglobulina e pode-se avaliar o abortamento da gestação. Profilaxia: Vacinação com a tríplice viral aos 12 e 15 meses.
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