Teoria do Jogos - Exemplos Clássicos

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TEORIA DOS JOGOS 
EXEMPLOS DE JOGOS CLÁSSICOS 
Danilo Gomes Leonardo, 13 de setembro de 2017. 
 
1) A BATALHA DOS SEXOS: Coordenação com várias opções 
Um casal tem que decidir onde irá se encontrar e qual será o programa que 
farão para passar a noite. Ambos valorizam mais do que qualquer outra coisa passar 
a noite juntos. Ele prefere ir ao futebol a ir ao show. Ela prefere ir ao show. O 
problema é que ambos têm de se encontrar em um desses dois eventos, sem 
poderem se comunicar (suponha que não tenham celular). 
Forma estratégica: 
 Equilíbrio de Nash: Os dois escolhem futebol ou os dois escolhem show. 
O fato é que nenhum dos dois quer fazer seu programa sozinho e, assim, Ele 
ainda prefere ir ao show com Ela a ir ao futebol sozinho e, Ela da mesma forma. 
Este jogo representa situações de interação estratégica em que os jogadores 
ganham sempre que coordenam suas decisões, mas têm preferências distintas sobre 
que tipo de coordenação deve ser adotada. 
 
2) O DILEMA DOS PRISIONEIROS: Cooperação versus interesse próprio 
Dois suspeitos foram presos pela polícia, com algumas evidências 
circunstanciais. Eles são isolados e a polícia faz a cada um dos suspeitos a seguinte 
proposta: se ele delatar/confessar o roubo e seu parceiro não confessar, ele será 
libertado em razão da sua cooperação, enquanto seu parceiro (que não confessou) 
irá amargar quatro anos na prisão. 
Se, ao contrário, ele não confessar, mas seu parceiro o fizer, será ele a 
enfrentar quatro anos na prisão, enquanto seu parceiro será libertado. Caso ambos 
confessem, a cooperação individual de um deles perde valor como denúncia do 
comparsa e ambos enfrentam uma pena de dois anos na prisão. Finalmente, se 
nenhum dos dois confessar, eles serão soltos após um ano de detenção. 
 
 
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Forma estratégica: 
 Equilíbrio de Nash: 1 e 2 confessam. 
Este jogo é o melhor exemplo de que, em determinados processos de 
interação estratégica, o fato de cada jogador buscar o melhor para si leva a uma 
situação que não é a melhor para todos. 
 
3) O JOGO DO “GALINHA”: Quando a competição é destrutiva 
Imagine dois adolescentes (James e John) que dirigem seus carros em alta 
velocidade, um em direção ao outro. O objetivo do jogo é identificar quem desvia 
primeiro: este será o “galinha”. O que não desvia fica com a fama de “durão”. 
Se ambos desviam ao mesmo tempo, ninguém perde o jogo. Porém, se ambos 
são durões e nenhum desvia, ambos sofrem um acidente gravíssimo. 
Forma estratégica: 
 
 Equilíbrio de Nash: (Não Desvia, Desvia) e (Desvia, Não Desvia). 
Este jogo representa situações no mundo econômico em que é melhor evitar 
o enfrentamento entre países para que ambos não saiam perdendo. 
 
4) O JOGO DA CAÇA AO CERVO: O dilema do contrato social 
Dois caçadores se reuniram para caçar um cervo. Sendo um animal de grande 
porte, muito rápido e ágil, nenhum dos dois caçadores tem qualquer chance de caçá-
lo sozinho, necessitando assim da ajuda do outro caçador. É preciso que cada 
caçador ocupe sua posição no bosque e mantenha a atenção no cervo. Ocorre que 
cada caçador também pode aproveitar seu tempo para caçar uma lebre. Este é um 
 
 
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animal fácil de ser capturado mas tem menor valor: metade de um cervo representa 
três vezes o valor de uma lebre. 
Se qualquer um dos dois caçadores opta por perseguir a lebre, ele abandona 
seu posto e o cervo escapa, mas o caçador que capturou a lebre não é obrigado a 
dividi-la com o outro. Podemos supor que o caçador que a capturou é capaz de 
ocultá-la do outro. 
Forma estratégica: 
 
 Equilíbrio de Nash: os dois permanecem no cervo ou os dois caçam a 
lebre. 
Este jogo representa situações em que o melhor resultado depende da 
cooperação de todos e se alguém buscar um resultado individual mais imediato, 
aqueles que se mantiverem fiéis ao compromisso inicial serão prejudicados.