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Rede de esgoto

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UNIVERSIDADE DO CONTESTADO – UnC 
CURSO DE ENFERMAGEM 
 
 
 
 
 
 
 
LARISSA DOMINGUES 
RAFAEL PEDRO WOLSKI 
GABRIELLI MINISKISKOSKY 
RUBIANE DE LIMA 
MAYARA APARECIDA DE ALMEIDA GROSSKOPF 
NAIARA SPROTTE 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TRATAMENTO DO ESGOTO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MAFRA (SC) 
2013 
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LARISSA DOMINGUES 
RAFAEL PEDRO WOLSKI 
GABRIELLI MINISKISKOSKY 
RUBIANE DE LIMA 
MAYARA APARECIDA DE ALMEIDA GROSSKOPF 
NAIARA SPROTTE 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TRATAMENTO DO ESGOTO 
 
 
 
 
 
Trabalho apresentado para a Disciplina 
de Enfermagem no Contexto Comunitário 
do curso de Enfermagem da 
Universidade do Contestado –UnC 
ministrado pelo Prof°Msc. Adriana Moro 
Wieczorkievicz 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MAFRA (SC) 
2013 
 
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SUMÁRIO 
 
 
1. INTRODUÇÃO ............................................................................................... 4 
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ..................................................................... 5 
2.1 UM POUCO DA HISTÓRIA DO ESGOTO E SEU TRATAMENTO. ............. 5 
2.2 O PROBLEMA AMBIENTAL FRENTE AO ESGOTO ................................... 7 
2.3 O PROCESSO DE TRATAMENTO DO ESGOTO DOMÉSTICO................. 8 
2.3.1 O Modelo de Fossa Séptica Imhoff ........................................................... 9 
2.3.2 A Estação de Tratamento. ......................................................................... 9 
2.3.2.1 Níveis de tratamento ............................................................................ 10 
2.3.3 Fossas por Processo Anaeróbio.............................................................. 12 
2.3.3.1 Tipos de fossas anaeróbicas ................................................................ 12 
2.4 PROCESSOS DE REVITALIZAÇOES DE AREAS CONTAMINADAS PELO 
ESGOTO . ........................................................................................................ 13 
3. CONSIDERAÇÕES FINAIS ......................................................................... 14 
APENDICES .................................................................................................... 15 
REFERÊNCIAS ................................................................................................ 17 
 
 
 
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1. INTRODUÇÃO 
 
A água é utilizada de diversas maneiras no dia a dia: para tomar banho, 
na descarga do vaso sanitário, para lavar a louça,etc. Depois de eliminada, ela 
passa a ser chamada de esgoto. A origem do esgoto pode ser, de origem 
doméstica, pluvial (água das chuvas) e industrial (água utilizada nos processos 
industriais). 
Se não passar por processos de tratamento adequados, o esgoto pode 
causar enormes prejuízos à saúde pública por meio de transmissão de 
doenças. Estes resíduos podem, ainda, poluir rios e fontes, afetando os 
recursos hídricos e a vida vegetal e animal. 
Outrossim, essa pesquisa visa analisar o problema do esgoto na 
atualidade suas formas de tratamentos e novas idéias como a reciclagem da 
água como veremos adiante. 
 
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2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 
 
2.1 UM POUCO DA HISTÓRIA DO ESGOTO E SEU TRATAMENTO. 
 
Os primeiros sistemas de esgotamento executados pelo homem tinham 
como objetivo protegê-lo das vazões pluviais, devendo-se isto, principalmente, 
à inexistência de redes regulares de distribuição de água potável encanada e 
de peças sanitárias com descargas hídricas, fazendo com que não houvesse, à 
primeira vista, vazões de esgotos tipicamente domésticos. 
O tratamento de esgoto não começou há 100 ou 200 anos. Ele começou 
a cerca de dois mil anos atrás, em Roma. Na época do Império romano 
afastavam-se os esgotos com galerias, para a época foi uma obra monumental 
e hoje as galerias romanas são atrações turísticas. 
A iniciativa de pavimentação das ruas nas cidades européias tinha a 
finalidade de mantê-las limpas e alinhadas, somente partir do final do século 
XII, exemplos de Paris Praga, Nuremberg e Basiléia, tornou-se o marco inicial 
da retomada da construção de sistemas de drenagem pública das águas de 
escoamento superficial e o encanamento subterrâneo de águas servidas, estas 
inicialmente para fossas domésticas e, posteriormente, para os canais pluviais. 
As primeiras leis públicas notáveis de instalação, controle e uso destes 
serviços têm origem a partir do século XIV. Em termos de saneamento o 
período histórico dos séculos XVI e XVIII é considerado de transição. A partir 
do século XVI, já no Renascimento, com a crescente poluição dos mananciais 
de água o maior problema era o destino dos esgotos e do lixo urbanos. 
A sistemática de carreamento de refugos e dejetos domésticos com o 
uso da água, embora fosse conhecida desde o século XVI, quando John 
Harrington instalou a primeira latrina no palácio da Rainha Isabel, sua 
disseminação só veio a partir de 1778, quando Joseph Bramah inventou a 
bacia sanitária com descarga hídrica, inicialmente empregada em hospitais e 
moradias nobres. Estas instalações provocaram a saturação das fossas, 
contaminando as ruas e o lençol freático. A distribuição generalizada de água 
encanada e das peças sanitárias com descarga hídrica, fizeram com que a 
água passasse a ser utilizada com uma nova finalidade: afastar 
propositadamente dejetos e outras sujeiras indesejáveis ao ambiente de 
6 
 
vivência. A evolução dos conhecimentos científicos, principalmente na área de 
saúde pública, tornou-se imprescindível a necessidade de canalizar as vazões 
de esgoto de origem doméstica. Assim a solução do problema foi canalizar 
obrigatoriamente os efluentes domésticos e industriais para as galerias de 
águas pluviais existentes originando, assim, o denominado Sistema Unitário de 
Esgotos, onde todos os esgotos eram reunidos em uma só canalização e 
lançados nos rios e lagos receptores. 
As décadas de 1830 e 1840 podem ser destacadas como as mais 
importantes na história científica da engenharia Sanitária. A epidemia de cólera 
de 1831/32 despertou concretamente para os ingleses a preocupação com o 
saneamento das cidades, pois evidenciou que a doença era mais intensa em 
áreas urbanas carentes de saneamento efetivo, ou seja, em áreas mais 
poluídas por excrementos e lixo, além de mostrar que as doenças não se 
limitavam às classes mais baixas. Em seu famoso relatório, Chadwick já 
afirmava que as medidas preventivas como drenagem e limpeza das casas, 
através de um suprimento de água e de esgotamento efetivos, paralelo a uma 
limpeza de todos os refugos nocivos das cidades, eram operações que 
deveriam ser resolvidas com os recursos da engenharia civil e não no serviço 
médico. 
Temendo os efeitos deste desastre econômico o imperador D. Pedro II , 
contratou os ingleses para elaborarem e implantarem sistemas de esgotamento 
para o Rio de Janeiro e São Paulo, na época, as principais cidades brasileiras. 
Ao estudarem a situação os projetistas depararam-se com situações 
peculiares e diferentes das encontradas na Europa, principalmente as 
condições climáticas (clima tropical, com chuvas muito mais intensas) e a 
urbanização (lotes grandes e ruas largas). 
Após criteriosos estudos e justificativas foi adotado na ocasião, um 
inédito sistema no qual eram coletadas e conduzidas às galerias, além das 
águas residuárias domésticas, apenas as vazões pluviais provenientes das 
áreas pavimentadas interiores aos lotes (telhados, pátios, etc). Criava-se, 
então, o Sistema Separador Parcial, cujo objetivo básico era reduzir os custos 
de implantação e, conseqüentemente, as tarifas a serem pagas pelos usuários. 
Finalmente, em 1879, o engenheiro George Waring foi contratado para 
projetar um sistema de esgotos para a cidade de Memphis, no Tennesee, EUA, 
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região onde predominava uma economia rural e relativamente pobre, 
praticamente incapaz de custear a implantação de um sistema convencional à 
época. Waring, diante da situação e contra a opinião dos sanitaristas de então,projetou em sistema exclusivamente para coleta e remoção das águas 
residuárias domésticas, excluindo, portanto, as vazões pluviais no cálculo dos 
condutos. Estava criado então o Sistema Separador Absoluto cuja 
característica principal é ser constituído de uma rede coletora de esgotos 
sanitários e outra exclusiva para águas pluviais. 
Rapidamente o sistema separador absoluto foi difundindo-se pelo resto 
do mundo a partir das idéias de Waring e de suas publicações e também de 
outro famoso defensor do novo sistema, seu contemporâneo, Engenheiro Cady 
Staley. No Brasil destacou-se na divulgação do novo sistema, Saturnino Brito 
cujos estudos, trabalhos e sistemas reformados pelo mesmo, fizeram com que, 
a partir de 1912, o separador absoluto passasse a ser adotado 
obrigatoriamente no país. Sua consagração veio em 1905, quando contratado 
pelo Estado para solucionar o saneamento de Santos, não só construiu e 
modernizou os sistemas de abastecimento de água e coletor de esgotos como 
replanejou toda a parte urbana, projetou as avenidas principais e os canais de 
drenagem, efetuou aterros de pântanos e construiu parques litorâneos e várias 
obras de proteção ambiental. 
 
2.2 O PROBLEMA AMBIENTAL FRENTE AO ESGOTO 
 
A rede de esgoto depende muito de fatores políticos e atualmente a 
grande preocupação atual é o meio ambiente, especificamente a água... 
Portanto, a construção de estações de tratamento de esgotos juntamente com 
seus respectivos coletores têm se tornado um fato, e como regulamentação 
existe a lei da CONAMA n º20 dizendo que os esgotos devem ser tratados, 
para que os rios mantenham um padrão de acordo com o uso do homem, ou 
seja, um rio que serve somente para navegação não tem a necessidade de ter 
uma qualidade para a recreação de contato direto ou para o abastecimento 
humano. 
Porém, vemos mais e mais rios poluídos como o caso do Rio Amarelo 
na China onde o esgoto abrangeu mais de 13 mil quilômetros do rio e dos seus 
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afluentes o que o deixou com só 16% de água segura para uso doméstico. Em 
2007, foram despejadas 4,29 bilhões de toneladas de resíduos e esgoto nesse 
sistema hídrico. 
Mais no Brasil a realidade não é diferente, pois temos o Rio Iguaçu que 
é o maior curso de água doce no estado do Paraná, e atualmente está poluído 
devido à falta de projetos eficientes em despejo de água e esgoto. No Rio das 
Velhas no estado de Minas Gerais além do despejo de esgoto, conta com 
poluição de metais pesados que contaminam suas águas como chumbo e 
cianeto. 
Já conta com projetos e metas para descontaminação no momento o rio 
Tietê no Estado de São Paulo. Este rio já serviu para a fundação de muitas 
cidades às suas margens, fato que desencadeou o crescimento urbano não 
planejado e falta de manejo de dejetos na água. Sua maior fonte de poluição 
está ligada ao despejo industrial e urbano. Atualmente existem projetos 
voltados à limpeza e recuperação das suas águas. 
E o problema causado pela poluição é mais sério do que se imagina pois 
causa a: diminuição da vazão e do volume de armazenamento da água; 
assoreamento, inundações; aumenta a turbidez da água; redução da 
transparência da água; diminuição da atividade fotossintética; redução 
oxigênio dissolvido; impacto sobre a vida aquática. eutrofização da água; 
proliferação de algas e da vegetação aquática; Interferências na captação e 
tratamento da água e prejuízos a recreação e navegação sem contar as 
inúmeras doenças que a água contaminada pode causar para o homem, sabe-
se que grande parte das mortes causadas principalmente em crianças está 
relacionada ao problema da água contaminada no planeta 
 
2.3 O PROCESSO DE TRATAMENTO DO ESGOTO DOMÉSTICO 
 
A devolução do esgoto ao meio ambiente deverá prever, se necessário, 
o tratamento de águas residuais seguido do lançamento adequado no corpo 
receptor que pode ser um rio, um lago ou o mar. 
Em países subdesenvolvidos, como o Brasil, o lançamento 
indiscriminado de esgotos domésticos costuma ser um dos maiores problemas 
ambientais e de saúde pública. O esgoto pode ser transportado por tubulações 
9 
 
diretamente aos rios, lagos, lagunas ou mares ou levado às estações de 
tratamento, e depois de tratado, devolvido aos cursos de água. 
O esgoto pluvial, ou simplesmente água pluvial, pode ser drenado em 
um sistema próprio de coleta separado ou misturar-se ao sistema de esgotos 
sanitários.As formas de tratamento são diversas e seus nomes técnicos são: 
digestor de fluxo ascendente, por lodo ativado, por lagoas de estabilização e 
por fossa séptica. As comparações são baseadas em eficiência de remoção de 
carga orgânica, remoção de patogênicos, possível odor, custo de instalação, 
área necessária, complexidade de operação e manutenção e nos subprodutos 
resultantes. 
Se considerarmos a absoluta falta de recursos para implantação, aliada 
a operações e manutenções caras e complexas; se levarmos em conta que 
pretendemos tratar esgotos de áreas densamente povoadas e que dispõem de 
poucos espaços livres, a escolha recairá na nossa "arcaica" solução, que é a 
fossa séptica ou fossa Imhoff. 
 
2.3.1 O modelo de Fossa Séptica Imhoff 
 
A fossa séptica Imhoff é um tanque, em geral cavado no chão, receptor 
do esgoto sanitário que nele irá permanecer algum tempo (tempo de 
residência) e com isso, ali se promoverá uma decantação de sólidos e uma 
atividade biológica que reduzirá a carga orgânica do esgoto, antes que este 
siga seu rumo final. 
 
2.3.2 A estação de Tratamento. 
 
A estação de tratamento de águas residuais é o departamento de 
transformação de água sujas. Ocorrem vários processos de depuração que 
separam os resíduos sólidos dos líquidos e removem os contaminantes 
prejudiciais para que aquilo que resta esteja suficientemente purificado para ser 
despejado na natureza. 
Isto resulta em dois produtos: resíduos líquidos (efluente tratado) e 
resíduos sólidos (lamas tratadas), que podem ser devolvidos ao ambiente de 
forma segura. O efluente tratado é despejado essencialmente para os rios ou 
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para o mar. As lamas tratadas podem ser eliminadas (normalmente por 
incineração) ou reutilizadas, por exemplo, como fertilizante para a agricultura. 
 
2.3.2.1 Níveis de tratamento 
 
Pré-tratamento: no primeiro passo preliminar de duas etapas, tudo o que 
chega através dos esgotos (ver figura 01) é bombeado e triado (2) para 
remover detritos sólidos, como ramos de árvores, plástico, trapos, pedras e 
pedaços de vidro, que poderiam danificar ou obstruir as bombas e os 
escumadores da estação. 
Os itens triados são depositados no tratamento primário de 
sedimentação que é um tanque de sedimentação (4) permitindo a separação 
entre matéria sólida e líquida. As lamas pousam, enquanto as banhas e as 
gorduras sobem à superfície. As lamas são removidas para tratamento, ao 
passo que as gorduras e as banhas são coadas. O líquido que resta é 
encaminhado para um tratamento secundário. 
Tratamento secundário biológico: nesta etapa (5), os 
microorganismos da água (bactérias e protozoários) removem a matéria 
orgânica dos dejetos humanos, restos de comida, sabões e detergentes. As 
minúsculas criaturas consomem as partículas residuais, depurando a água. 
Tratamento terciário: é a etapa final do tratamento, pois melhora 
substancialmente a qualidade do efluente. É possível aplicar métodos 
diferentes, neutralizando os contaminantes ou removendo (por exemplo, azoto 
ou fósforo enquanto nutrientes). Isto também pode implicar desinfecção 
química ou física, através de lagoas (6) ou microfiltração. 
 Canal de águas pluviais: durante as tempestades, parte dos esgotos 
pode ser desviada para canais de águas pluviais ou tanques separados (7), 
onde ficam a aguardar tratamento até a estação poder lidar com o volume 
adicional. Durante tempestades violentas, estes canais podem transbordar, 
despejando esgotos não tratados ou apenas mecanicamente tratadosdiretamente nos cursos de água. 
Descarga: a água depurada é descarregada através de um canal de 
drenagem (8) para uma massa de água (rio, lago ou mar). 
11 
 
Tratamento de lamas: as lamas têm de ser tratadas para remover 
matéria orgânica e micro-organismos causadores de doenças. Um dos 
métodos para fazê-lo é através do digestor anaeróbio (10), que é um sistema 
fechado onde as lamas são misturadas para libertar biogás (metano e oxigênio) 
(12), que é depois queimado (como o gás natural) para aquecer o próprio 
digestor mantendo à temperatura certa para continuar com o seu processo de 
decomposição. Por vezes, as lamas são espessadas (13) antes da digestão e 
posteriormente desidratadas (11), para reduzir ao máximo o conteúdo fluído e, 
consequentemente, os custos de eliminação ou reutilização. 
No início do tratamento, é possível adicionar químicos (14) para fazer 
com que o fósforo se precipite ou deposite no fundo como lama. No final do 
processo, as lamas tratadas podem ser incineradas ou reutilizadas segundo 
uma pesquisa da USP como fertilizante ou composto para plantas, já que 
contêm nutrientes essenciais (azoto e fósforo) e carbono orgânico que melhora 
a estrutura do solo mas antes passa por um rigoroso processo para retirar 
metais pesados e outros agendes utilizados na indústria evitando assim a 
contaminação do solo e plantas. 
 
 
Fig 01: Estação de tratamento de esgoto avançado. 
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Fig 02: Estação de tratamento simplificada. 
 
2.3.3 Fossas por Processo Anaeróbio 
 
O funcionamento destas fossas ocorrem através da fermentação, na 
ausência de oxigênio através de um sistema fechado de esgoto, estes modelos 
são os mais utilizados no Brasil. 
 
2.3.3.1 Tipos de fossas anaeróbicas 
 
Sistema fossa séptica com filtro anaeróbio: Muito usado, no meio 
rural e em comunidades de pequeno porte. Os sólidos em suspensão se 
sedimentam no fundo da fossa séptica e formam o lodo onde ocorre a digestão 
anaeróbia. O líquido se encaminha para o filtro anaeróbio que possui bactérias 
que crescem aderidas a uma camada suporte formando a biomassa, que reduz 
a carga orgânica dos esgotos. 
Reator Anaeróbio de Manta de Lodo (UASB): A biomassa cresce 
dispersa no meio e não aderida como nos filtros. Esta biomassa, ao crescer, 
forma pequenos grânulos, que por sua vez, tendem a servir de meio suporte 
para outras bactérias. O fluxo do líquido é ascendente e são formados gases – 
metano e gás carbônico, resultantes do processo de fermentação anaeróbia. 
13 
 
2.4 PROCESSOS DE REVITALIZAÇOES DE AREAS CONTAMINADAS PELO 
ESGOTO . 
 
Com o crescimento da população, a poluição de rios, lagos, mares 
também aumentou. Quanto mais pessoas se acomodam em um determinado 
lugar maior é o consumo de água, luz e maior produção de lixos, mais esgotos 
são lançados e gera surgimentos de novas fábricas e empresas. Algumas 
cidades não tem o porte de tanto crescimento assim causando o descuido e 
gerando desmatamentos e poluições em geral como é o caso típico da cidade 
de São Paulo, cidade esta que cresceu desordenadamente sem a prévia de um 
tratamento adequado de água e esgoto e hoje perece com as consequências. 
As cidades que são privilegiadas com algum tipo de rio, mar ou lago 
muitas vezes não cuidam utilizando essas águas para despejo do esgoto. 
Neste cenário que entra a revitalização, ou seja, a requalificação de áreas 
abandonas ou danificadas. Temos o exemplo do maior caso de revitalização do 
mundo no Rio Tamisa, localizado na Inglaterra, onde foi considerado o rio mais 
sujo da Europa no século XIX. Exalava mau cheiro, devido ao escoamento de 
esgotos e lixos jogados, mas durante a década de 60 começou a mudar e foi 
removido quase 100% dos esgotos lançados no rio. Hoje até peixes vivem por 
lá e é considerado um ponto turístico. 
Outro exemplo é a revitalização do Rio Sena em 1996, segundo maior 
caso com sucesso, concentra-se na cidade Luz, rio que corta Paris, capital da 
França, hoje também considerado um ponto turístico e de lazer. 
No Brasil iniciou-se um trabalho de revitalização do rio Tietê na cidade 
de São Paulo considerado o rio mais poluído do Brasil. 
 
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3. CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
Após horas de leitura e pesquisa percebemos a ignorância que tínhamos 
sobre o assunto, analisando a perspectivas que os modelos de tratamento de 
esgotos seguem, notamos que padrões nem sempre são fiáveis e que na 
maioria dos casos não sana o problema em sua totalidade, apesar das redes 
de esgotos serem as mais indicadas elas ainda são fontes poluidoras, pois os 
gases liberados é prejudicial à natureza e os restos dos dejetos (lamas) são 
ironicamente incineradas e as empresas responsáveis pelo tratamento não 
seguem as regulamentações. 
Humanamente não conseguimos chegar ao patamar da totalidade da 
natureza que é reinante no sentido da reciclagem; como desde muito tempo 
Laurant Lavoisier já dizia “que na natureza nada se cria, tudo se transforma”. 
Somos mestres em degradar e destruir, só agora percebemos os “ecocídios” e 
as conseqüências que eles trazem para todos. 
Sabemos que as expectativas com relação à água segundo Kofin Annan 
ex-secretário da ONU e prêmio Nobel da Paz é desesperadora, e que já é 
causa de grandes disputas no planeta, este trabalho abre uma visão para 
refletirmos e conscientizarmos sobre a real problemática da água frente a 
humanidade 
 
 
 
 
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APENDICES 
 
 
 
 
 
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APENDICE A 
 
 
17 
 
REFERÊNCIAS 
 
WOLSKI, Rafael Pedro. Notas pessoais, Arquivo privativo de graduação 
em enfermagem, Mafra - SC 2013. 
 
MIRANDA, Josiane Liebl. Normas para elaboração de projetos, trabalhos de 
conclusão de curso, monografias, dissertações e teses; revisão por 
Andréia Luciana da Rosa Scharmach ... [et al]. Universidade do Contestado – 
Mafra, SC, 2012. E-book literário. 
 
União Européia: Seria capaz de beber a água do esgoto? Uma brochura 
sobre a água para os jovens. Luxemburgo: Serviço das Publicações da União 
Europeia, 2012 E book literário 
 
SALLES, Márcia Pereira da Mata Principais sistemas de tratamento de 
esgotos sanitários em mato grosso do sulestudo de caso: ete –
miranda/MS. Miranda/MS, 1999. E-book literário. 
 
http://meumundosustentavel.com/noticias/revitalizacao-de-rios-e-lagos/, 
acessado no dia 14 de maio de 2013 
 
http://www.ressoar.org.br/dicas_meio_ambiente_cinco_mais_rios.asp, 
acessado no dia 14 de maio de 2013 
 
http://www.revistamaisleite.com.br/pesquisa/ete-historia-necessidades-e-
evolucao.html/, acessado no dia 16 de maio de 2013 
 
http://www.sanagua.com.br/noticias/22/tratamento-de-esgoto-breve-historico, 
acessado no dia 16 de maio de 2013 
 
http://www.mafra.sc.gov.br/arquivosdb/basico1/0.646216001346264889_relator
io_final_plano_municipal_de_saneamento.pdf, acessado no dia 16 de maio de 
2013

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