Buscar

GESTÃO-DA-DEMANDA-E-CONTROLE-DE-ESTOQUES-1

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 40 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 40 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 40 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

1 
 
1 
SUMÁRIO 
1 A ADMINISTRAÇÃO DE MATERIAIS ........................................................ 3 
1.1 Logística Empresarial ........................................................................... 3 
1.2 Administração De Materiais .................................................................. 3 
1.3 Gerenciamento De Suprimentos .......................................................... 4 
1.4 Objetivos e Importância ........................................................................ 4 
2 A ORGANIZAÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO DE MATERIAIS ....................... 4 
2.1 Ciclo Da Administração De Materiais ................................................... 4 
2.2 Índices De Desempenho ...................................................................... 5 
3 DIMENSIONAMENTO E CONTROLE DE ESTOQUES ............................. 7 
3.1 Funções E Objetivos ............................................................................ 7 
4 GESTÃO DE ESTOQUE ............................................................................. 9 
4.1 Por que Gestão de Estoques? ........................................................... 10 
4.2 Por que existem estoque? .................................................................. 10 
5 Função dos estoques ................................................................................ 11 
5.1 Classificação Dos Estoques ............................................................... 11 
6 POLÍTICAS DE ESTOQUES .................................................................... 13 
6.1 Previsão para os Estoques ................................................................. 13 
Tipos de estoques ....................................................................................... 13 
6.2 Informações Básicas Para Previsão ................................................... 14 
6.3 Técnicas De Previsão......................................................................... 14 
6.4 Formas De Evolução De Consumo .................................................... 14 
6.5 Métodos De Previsão De Demanda ................................................... 15 
6.6 Classificação De Materiais ................................................................. 17 
6.7 Tipos De Códigos ............................................................................... 19 
 
 
2 
 
2 
Códigos Sequenciais................................................................................... 19 
6.8 Equivalência ....................................................................................... 20 
6.9 Tipos De Classificação ....................................................................... 21 
6.10 Classificação ABC .......................................................................... 22 
6.11 Níveis De Estoque .......................................................................... 23 
6.12 Curva Dente De Serra ..................................................................... 23 
6.13 Tempo de Ressuprimento e Ponto de Ressuprimento .................... 23 
6.14 Estoque de Segurança .................................................................... 24 
6.15 MODELOS DE CÁLCULO PARA O ESTOQUE DE SEGURANÇA 25 
6.16 LOTE ECONÔMICO ....................................................................... 27 
6.16.1 Custos De Estoques ................................................................... 27 
6.16.2 Custos Básicos: .......................................................................... 28 
6.17 Cálculo Do Lote Econômico (Lec) ................................................... 30 
6.18 Gráfico De Custos Com Preço Unitário Constante ......................... 30 
6.19 SISTEMAS DE CONTROLE DE ESTOQUES ................................ 30 
6.19.1 Modelo De Reposição Contínua ................................................. 30 
6.19.2 Modelo Da Reposição Periódica ................................................ 31 
6.20 Sistema De Duas Gavetas .............................................................. 32 
6.21 Administração De Compras ............................................................ 34 
6.21.1 Objetivos .................................................................................... 34 
6.22 Organização Da Área De Compras ................................................. 35 
6.23 Compras.......................................................................................... 35 
7 Artigo complementare ............................................................................... 36 
7.1 Gestão de Estoques para Controle da Demanda ............................... 36 
BIBLIOGRAFIA ............................................................................................... 37 
 
 
3 
 
3 
 
1 A ADMINISTRAÇÃO DE MATERIAIS 
1.1 Logística Empresarial 
Trata-se de todas as atividades de movimentação e armazenagem, que 
facilitam o fluxo de produtos desde o ponto de aquisição da matéria prima até o ponto 
de consumo final, assim como dos fluxos de informações que colocam os produtos 
em movimento, com o propósito de providenciar níveis de serviços aos clientes a um 
custo razoável. (BALLOU, Ronald H. - Logística Empresarial). 
 
 
Fonte: blog.portalvmi.com.br 
1.2 Administração De Materiais 
Função administrativa que envolve compras, recebimento e estocagem e 
movimentação de materiais, interligadas pela atividade de planejamento e controle. 
 
 
4 
 
4 
1.3 Gerenciamento De Suprimentos 
Possui conceito mais amplo englobando serviços e energia. 
1.4 Objetivos e Importância 
Objetivos: suprir os diversos setores da empresa com os materiais de que 
necessitam na quantidade correta, com a qualidade requerida, no momento certo e 
no local apropriado, no menor custo possível. 
Importância: a Administração de Materiais tem impacto direto na lucratividade 
da empresa e na qualidade dos produtos. 
2 A ORGANIZAÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO DE MATERIAIS 
 
Fonte: blog.sagestart.com.br 
2.1 Ciclo Da Administração De Materiais 
Necessidades dos Clientes 
 Levantamento de Informações (Consumo / Demanda) 
 Análise das Necessidades 
 
 
5 
 
5 
Planejamento de Materiais (PCP) 
 Análise de atendimento aos clientes internos e externos a partir dos estoques 
existentes. 
 Análise da necessidade de Reposição (comprar ou fabricar) 
Reposição de Materiais 
 Compras 
 Seleção de Fornecedores 
 Emissão de Pedido (acompanhamento - follow-up) 
Recebimento de Materiais 
 Deve verificar: 
 Dados Fiscais e Contábeis 
 Quantidade 
 Qualidade 
 Outros registros 
Armazenamento 
 Adequado 
 Facilidade de manuseio 
 Manutenção dos níveis de qualidade 
 Controle dos Estoques 
2.2 Índices De Desempenho 
a) Grau de Atendimento 
 
GA = No. de itens atendidos x 100 
No. total de itens solicitados 
 
Ex.: Nº. de itens atendidos = 570 
 Nº. de itens solicitados = 600 
 GA = 570 x 100 / 600 = 95% 
 
 
 
6 
 
6 
 NA PRODUÇÃO O “GA” PODE SER AVALIADO PELO ÍNDICE DE PARADAS 
DE MÁQUINAS POR FALTA DE MATERIAL. (IPM = Índice de Parada de 
Máquinas) 
 
 
IPM = Horas Máquina Parada x 100 
Total Horas Trabalhadas 
 
Ex.: Horas Máquina Parada por falta de material no mês = 4.400 hs 
Total de Horas Trabalhadas no mês = 88.000 horas 
IPM = 4.400 x 100 / 88000 = 5 % 
GA = 100 - IPM 
GA = 100 - 5 Portanto GA = 95% 
b) Retorno De Capital 
RC = Lucro / Capital 
RC = Lucro x Vendas 
Vendas Capital 
 
Rentabilidade de Vendas (RV) = Lucro / Vendas 
Giro de Capital (GC) = Vendas / Capital 
Portanto: RC = RV x GC 
Capital = realizável + permanente + circulante 
Estoques fazem parte do Capital Circulante 
Lucro = Vendas - Despesas 
c) Giro de Estoque (GE) 
GE = vendas anuais ($ ou unidades) 
Estoque médio ($ ou unidades) 
 Vendas anuais corresponde ao valor ou quantidade vendida durante um ano 
 Estoque Médio corresponde ao valor ou quantidademédia mantida em 
estoque 
Exemplo: 
 
 
7 
 
7 
Capital = $ 30.000,00 Vendas = $ 10.000,00 
Despesas = 7.000,00 
Capital investido em estoques = $ 10.000,00 
Lucro = 10.000,00 - 7.000,00 = 3.000,00 
Retorno de Capital = 3.000,00 (x 100) = 10% 
 30.000,00 
Rentabilidade de Vendas = 3.000,00 x100 = 30% 
 10.000,00 
Giro de Capital = 10.000,00 = 0,3333 vezes ao ano 
 30.000,00 
Conferindo: RC = 30% x 0,3333 = 10% 
Giro de Estoque = 10.000,00 = 1,0 vez ao ano 
 10.000,00 
Supondo uma redução de Capital de 20% em estoques: 
Redução do Capital investido em estoques = 20% de $ 10.000,00 = $ 2.000,00 
Capital = 30.000,00 - 2.000,00 = 28.000,00 
Retorno de Capital = 3.000,00 x 100 = 10,71 % 
 28.000,00 
Rentabilidade de Vendas = 3.000 / 10.000,00 = 30% 
Giro de Capital = 10.000,00 / 28.000,00 = 0,35714 vezes ao ano 
Conferindo: RC = 30% x 0,35714 = 10,71 % 
RC passou de 10% para 10,71% 
Giro de Estoque = 10.000,00 = 1,25 vezes ao ano 
 8.000,00 
3 DIMENSIONAMENTO E CONTROLE DE ESTOQUES 
3.1 Funções E Objetivos 
OBJETIVO: maximizar o lucro sobre capital investido 
 
 
8 
 
8 
FUNÇÕES: A função principal do Dimensionamento e Controle de Estoques é 
a de atender os clientes internos e externos quantos aos materiais e produtos de que 
necessitam, ao mínimo custo. 
ATIVIDADES PRINCIPAIS: Determinar “o quê” deve permanecer em estoque; 
Determinar “quando” reabastecer os estoques; 
Determinar “quanto” de estoque será necessário para um período determinado; 
Acionar o departamento de compras para executar aquisição de estoques 
Receber e armazenar os estoques adquiridos; 
Controlar os estoques em termos de quantidade e valor; 
Fornecer informações sobre posição do estoque; 
Manter inventários periódicos para avaliar quantidade e estado dos materiais; 
Identificar e retirar dos estoques os itens obsoletos e danificados 
b) Conciliar da melhor maneira os objetivos dos departamentos envolvidos, sem 
prejudicar a operacionalidade da empresa. 
Conflitos interdepartamentais quanto a estoques 
COMPRAS FINANCEIRO 
Matéria Prima -Desconto sobre as quanti- -Capital investido 
(Alto estoque) dades a serem compradas -Perda financeira 
------------------------------------------------------------------------------------------------- 
PRODUÇÃO FINANCEIRO 
Material em Processo -Nenhum risco de falta -Aumento do custo 
(Alto estoque) de material. de armazenagem -Grandes lotes de 
fabricação. -Maior risco de perda e obsolescência. 
--------------------------------------------------------------------------------------------------- 
VENDAS FINANCEIRO 
Produto Acabado -Entregas rápidas -Capital investido (alto estoque) -Boa 
imagem, melhores vendas -Maior custo de armazenagem 
 
 
9 
 
9 
4 GESTÃO DE ESTOQUE 
A gestão de estoque é, basicamente, o ato de gerir recursos ociosos 
possuidores de valor econômico e destinado ao suprimento das necessidades futuras 
de material, numa organização. Os investimentos não são dirigidos por uma 
organização somente para aplicações diretas que produzam lucros, tais como os 
investimentos em máquinas e em equipamentos destinados ao aumento da produção 
e, consequentemente, das vendas. 
 
Fonte: www.hypeness.com.br 
Outros tipos de investimentos, aparentemente, não produzem lucros. Entre 
estes estão as inversões de capital destinadas a cobrir fatores de risco em 
circunstâncias imprevisíveis e de solução imediata. É o caso dos investimentos em 
estoque, que evitam que se perca dinheiro em situação potencial de risco presente. 
Por exemplo, na falta de materiais ou de produtos que levam a não realização de 
vendas, a paralisação de fabricação, a descontinuidade das operações ou serviços 
etc., além dos custos adicionais e excessivos que, a partir destes fatores, igualam, em 
importância estratégica e econômica, os investimentos em estoque aos investimentos 
ditos diretos. 
 
 
10 
 
10 
Porém, toda a aplicação de capital em inventário priva de investimentos mais 
rentáveis uma organização industrial ou comercial. Numa organização pública, a 
privação é em relação a investimentos sociais ou em serviços de utilidade pública. A 
gestão dos estoques visa, portanto, numa primeira abordagem, manter os recursos 
ociosos expressos pelo inventário, em constante equilíbrio em relação ao nível 
econômico ótimo dos investimentos. E isto é obtido mantendo estoques mínimos, sem 
correr o risco de não os ter em quantidades suficientes e necessárias para manter o 
fluxo da produção da encomenda em equilíbrio com o fluxo de consumo. 
4.1 Por que Gestão de Estoques? 
Os estoques, em geral, são uma das maiores preocupações, não só dos 
gestores de operações, mas também dos: 
Gestores financeiros, que se preocupam com a quantidade de recursos 
financeiros que os estoques “empatam” e seus correspondentes custos; 
Gestores comerciais que se preocupam com o prejuízo no atendimento aos 
clientes que uma possível indisponibilidade de produtos acabados pode acarretar; 
Gestores fabris, que se preocupam com a onerosa ociosidade de sua fábrica, 
que uma possível falta de matéria-prima pode acarretar. 
Operações com altos níveis de estoque nem sempre asseguram altos níveis de 
atendimento aos seus clientes. É possível que isso ocorra se os itens corretos não 
estiverem sendo mantidos em estoques nas quantidades corretas. 
4.2 Por que existem estoque? 
Estoques são, para efeito das discussões deste curso, acúmulos de recursos 
materiais entre fases específicas de processos de transformação. Esses acúmulos 
têm uma propriedade fundamental que é uma ARMA – no sentido de que pode ser 
usada par o “o bem” e para “o mal” Não importa o que está sendo armazenado como 
estoque, ou onde ele está posicionado na operação; ele existirá porque existe uma 
diferença de ritmo ou de taxa entre fornecimento e demanda. Se o fornecimento de 
 
 
11 
 
11 
qualquer item ocorresse exatamente quando fosse demandado, o item nunca seria 
estocado. Uma analogia comum é a do tanque de água mostrado na Figura abaixo. 
Se, no tempo, a taxa de fornecimento de água ao tanque difere da taxa de demanda, 
um tanque de água (estoque) será necessário, se é pretendido que o fornecimento 
seja mantido. Quando a taxa de fornecimento excede a taxa de demanda, o estoque 
aumenta; quando a taxa de demanda excede a taxa de fornecimento o estoque 
diminui. O ponto óbvio a ressaltar é que se uma operação pode fazer esforços para 
casar as taxas de fornecimento e de demanda, acontecerá uma redução em seus 
níveis de estoque. 
 
5 FUNÇÃO DOS ESTOQUES 
Os estoques servem para: proporcionar independência às fases dos processos 
de transformação entre as quais se encontram – quanto maiores os estoques entre 
duas fases de um processo de transformação, mais independentes entre si essas 
fases são, pois, interrupções em uma não acarretam interrupção na outra. 
5.1 Classificação Dos Estoques 
Em um sistema de operações produtivas, podemos pensar em vários tipos de 
estoques: 
Estoques de matérias-primas (MPs) - Os estoques de MPs constituem os 
insumos e materiais básicos que ingressam no processo produtivo da empresa. São 
os itens iniciais para a produção dos produtos/serviços da empresa. 
 
 
12 
 
12 
Tem a finalidade de regular diferentes taxas de suprimento – pelo fornecedor – 
e demanda – pelo processo de transformação. 
Essas taxas diferentes ocorrem por vários motivos: 
O fornecedor pode ser pouco confiável e não entregar os produtos no prazo ou 
nas quantidades desejadas; 
O fornecedor pode entregar quantidades maiores que as necessárias – 
crescimento dos estoques; 
A taxa de consumo pelo processo produtivo pode sofrer umavariação 
temporária. Ex.: um crescimento por ter estragado um material necessitando de mais 
material; um decréscimo pela quebra de um equipamento. 
Estoques de material semiacabado ou em processamento - Os estoques 
de materiais em processamento - também denominados materiais em vias – são 
constituídos de materiais que estão sendo processados ao longo das diversas seções 
que compõem o processo produtivo da empresa. Não estão nem no almoxarifado- por 
não serem mais MPs iniciais - nem no depósito - por ainda não serem Pas. Mais 
adiante serão transformadas em Pas. 
Servem para regular diferentes taxas de produção entre dois equipamentos 
subsequentes (porque os equipamentos têm velocidades diferentes ou porque um 
deles pode ter sofrido uma quebra). 
Estoques de Materiais Semiacabados - Os estoques de materiais 
semiacabados referem-se aos materiais parcialmente acabados, cujo processamento 
está em algum estágio intermediário de acabamento e que se encontram também ao 
longo das diversas seções que compõem o processo produtivo. Diferem dos materiais 
em processamento pelo seu estágio mais avançado, pois se encontram quase 
acabados, faltando apenas mais algumas etapas do processo produtivo para se 
transformarem em materiais acabados ou em PAs. 
Estoques de Materiais Acabados ou Componentes - Os estoques de 
materiais acabados - também denominados componentes – referem-se a peças 
isoladas ou componentes já acabados e prontos para serem anexados ao produto. 
São, na realidade, partes prontas ou montadas que, quando juntadas, constituirão o 
PA. 
 
 
13 
 
13 
Estoques de produtos acabados (PÁS) - Os Estoques de Pas se referem aos 
produtos já prontos e acabados, cujo processamento foi completado inteiramente. 
Constituem o estágio final do processo produtivo e já passaram por todas as fases, 
como MP, materiais em processamento, materiais semiacabados, materiais acabados 
e Pás. 
Servem para regular diferenças entre as taxas de produção do processo 
produtivo (suprimento) e de demanda de mercado. Essas diferenças podem ocorrer 
por causa das incertezas do processo ou da demanda. 
6 POLÍTICAS DE ESTOQUES 
 Políticas são diretrizes que servem de guia aos programadores e 
controladores. De maneira geral são: 
 Metas de empresas quanto ao prazo de entrega de produtos aos 
clientes. 
 Definição do número de depósitos e da lista de materiais a serem 
estocados neles. 
 Até que nível deverão flutuar os estoques para atender uma alta ou baixa 
das vendas (alteração de consumo). 
 Até que ponto será permitida a especulação com estoque (compra 
antecipada com desconto). 
 Definição da rotatividade de estoques. 
6.1 Previsão para os Estoques 
Tipos de estoques 
Matérias Primas 
 Materiais e Componentes 
Materiais para Manutenção 
Produtos em Processo 
 
 
14 
 
14 
 Estágio de Fabricação 
 Inclui espera para Análise de Qualidade 
Produto Semiacabado 
 Aguardando operações adicionais 
 Customização (Personalização) 
Produtos Acabados 
 Todas as operações já realizadas 
Estoque de Distribuição 
Estoque em Consignação 
6.2 Informações Básicas Para Previsão 
a) QUANTITATIVAS 
 Evolução de vendas no passado 
 Variáveis ligadas diretamente a vendas - ex. Pedido em carteira 
 Variáveis como: população, renda, etc. 
 Influência de propaganda 
b) QUALITATIVAS 
 Opiniões de gerentes, vendedores, compradores, pesquisa de mercado. 
6.3 Técnicas De Previsão 
a) Projeção (base histórica) 
b) Explicação (explica vendas relacionadas a variáveis cuja evolução é 
conhecida) 
c) Predileção (baseada na experiência de funcionários conhecedores do 
mercado) 
6.4 Formas De Evolução De Consumo 
a) Evolução Horizontal 
 
 
15 
 
15 
b) Evolução de Consumo sujeito a tendência 
c) Evolução Sazonal 
 
Influências que podem alterar o consumo 
 Políticas 
 Conjunturais 
 Sazonais 
 Alteração no comportamento dos clientes 
 Inovações técnicas 
 Novos produtos 
 Produtos retirados do mercado 
6.5 Métodos De Previsão De Demanda 
Método do Último Período 
Consiste em utilizar como previsão para o período seguinte o valor ocorrido no 
período anterior. 
 
Método da Média Móvel Ponderada 
Este método permite a atribuição de pesos aos valores correspondentes aos 
períodos. O Valor de Cp (Consumo previsto) será dado por: 
 
∑ Ci. Pi 
Cp = -------------- 
∑ Pi 
 
Onde: Ci = Consumo no i-ésimo período 
 Pi = peso dado ao i-ésimo período 
 
Exemplo: (atribuição de pesos maiores para os últimos períodos) 
 
 
 
16 
 
16 
 Período 
Mês 
Consumo 
(Ci) 
Peso 
(Pi) 
Ci. Pi 
Jan 40 5 200 
Fev 50 10 500 
Mar 60 15 900 
Abr 55 20 1100 
Mai 70 30 2100 
Jun 75 40 3000 
∑ 120 7800 
 
Cp Jul = 7800 / 120 → Cp Jul = 65 
 
d) Método da Média com Ponderação Exponencial 
Neste método são necessários três fatores para gerar a previsão do próximo 
período: 
 O consumo ocorrido no último período 
 A previsão do último período, e 
 Uma constante que determina o valor ou ponderação dada aos valores 
mais recentes. 
 
 A previsão para o próximo período será dada por: 
 
CPn +1 = α. Cn + (1- α). CPn 
Onde: 
 
CPn+1 = previsão para o período 
CPn = previsão do período n 
Cn = consumo do período n 
α = constante 
 
Exemplo: 
 
 
17 
 
17 
CPn+1 = previsão para o período - CP Fev 
CPn = previsão do período n - CP Jan = 90 
Cn = consumo do período n - Cn Jan = 102 
 α = constante - α = 0,2 
Cp Fev = 0,2. 102 + ( 0,8 ) . 90 = 20,4 + 72 = 92,4 
 
CP Fev = 93 
 e) Método dos Mínimos Quadrados 
 
 Este método é utilizado para determinar a melhor linha de ajuste que 
passa mais perto de todos os dados coletados, ou seja, é a linha de melhor ajuste que 
minimiza as distâncias entre cada ponto de consumo levantado. 
A linha reta é definida pela equação: 
 
γ = a + bx 
Onde: 
 
Y = Consumo previsto para o período (Cp) 
Os valores de “a” e “b” são obtidos pelas equações: 
 
∑γ = Na + ∑x. b 
 
onde: N = Número de períodos 
 
∑x γ = ∑x. a + ∑x2. b 
 
Cp = a + bx 
6.6 Classificação De Materiais 
Conceito De Item 
 
 
18 
 
18 
O termo “item” de material é aplicável a um conjunto de objetos (materiais) que 
possuem as mesmas características. 
O termo “SKU” (Stock Keeping Unit) é utilizado para designar um item de 
estoque. 
Exemplos: 
Uma lata de cerveja de 350 ml. (unidade = 1 lata) 
Uma caixa com 24 latas de cerveja. (Unidade = 24 latas) 
Álcool em embalagem de 1 litro 
Álcool a granel (Posto de Combustíveis) 
Conjunto de peças iguais ( 1 caixa de borrachas) 
Conjunto de peças diferentes ( 1 “Kit” de ferramentas) 
 
Formas de Identificação 
 
 Código de barras 
 Código impresso em etiquetas 
 “EPC” (Electronic Product Code) - Código eletrônico de produto (etiqueta 
com um circuito eletrônico). O EPC é composto por um número de parte 
e um número de série. 
 
Conceito De Número De Parte E Número De Série 
 
Número de Parte (Part Number): São códigos para identificação de itens de 
materiais. Também são conhecidos como “Código do Produto”, “Número de Parte” ou 
“Número de Peça”. 
Número de Série (Serial Number): É utilizado quando há a necessidade de 
identificar cada produto. (Ex. Televisores, Chassi). 
 
Identificação De Lotes 
 
 
 
19 
 
19 
Um lote pode ser identificado pela “faixa do número de série” e normalmente 
contém a “data de fabricação”. 
Permite a “rastreabilidade” por necessidade legal e por interesse do controle de 
qualidade. 
 
Identificação Pelos Atributos 
 
A descrição de um item pode ser feita através de suas características (atributos, 
propriedades) conhecida por nome, nomenclatura, descrição, designação, 
especificação. 
Nomenclatura Estrutura, é composta por: 
 Nome Básico - Ex. Arruela 
 Nome Modificador - Arruela lisa de cobre, espessura 0,5 mm, diâmetro 
interno6 mm, diâmetro externo 14 mm. 
 
6.7 Tipos De Códigos 
Códigos Sequenciais 
Composto por um código inicial e uma regra de sequência. 
É interessante definir previamente o número máximo de caracteres 
Exemplo: Código inicial = 1001 
Regra de sequência = “Soma 1” 
 
Código Em Grupos 
 
O código é dividido em grupos e a cada grupo se associa um significado. 
Exemplo: 01 – 05– 1010 
Código de identificação (Lisa, Cobre) 
Classe (Arruelas) 
 
 
20 
 
20 
Grupo (Matéria Prima) 
Exemplos de Grupos: 
01 – Matéria Prima 
02 – Materiais de Limpeza 
03 – Óleos, Combustíveis e Lubrificantes 
04 – Materiais de Escritório 
 
Código Em Faixas 
 Quando, numa codificação sequencial, cada faixa de códigos possui um 
significado. 
 Exemplo: 
 101 a 299 = matérias primas 
 301 a 599 = produtos semiacabados 
 601 a 999 = produtos acabados 
 
 
 
Códigos Mnemônicos 
Quando possui caracteres (alfanuméricos) associados com o elemento a ser 
codificado 
MP = Matéria Prima 
SA = Semiacabado 
PA = Produto Acabado 
Exemplo: 
MP - 05 (Matéria Prima - Chapas de Aço) 
6.8 Equivalência 
Entre o código da empresa e o código do fornecedor 
Nosso Código Fornecedor Código do Fornecedor 
4896 233 23 – 45 – 002 
 
 
21 
 
21 
6.9 Tipos De Classificação 
A classificação tem a finalidade de separar um conjunto de itens em classes. 
Natureza: características físico-químicas 
 Produtos de aço, petróleo, madeira, químicos, etc. 
Função: o que o material faz 
 Combustível, limpeza, fixação, solventes, etc. 
Aplicação por Equipamento 
 Peças para Tornos CNC, Peças para Caldeira, etc. 
Aplicação por Setor 
 Materiais para Escritório, Materiais para Laboratório, etc. 
Aplicação por Projeto 
 Materiais para Projeto de Prevenção de Incêndios 
Criticidade: Grau de imprescindibilidade 
Grau 1 – paralisa setores importantes, acarreta risco de vida, não há materiais 
alternativos. 
Grau 2 - paralisa setores importantes, acarreta risco de vida, há materiais 
alternativos. 
Grau 3 – etc. (continua de acordo com a necessidade) 
Origem: onde é obtido 
 Produzido no mercado nacional, importado, etc. 
Fiscal: para fins de tributação 
 Produto acabado, em processo, embalagem, etc. 
Dificuldade de aquisição 
 Sazonalidade de mercado, regulamentados, importados, etc. 
Frequência de demanda 
 Regular, irregular, eventual 
Dificuldade de armazenagem 
 Inflamáveis, muito pesado, volumoso, úmido, tóxico, etc. 
Periculosidade 
 Norma NBR 7502 da ABNT, Portaria 3214 da CLT. 
 
 
22 
 
22 
Recuperação 
 Reparáveis, reprocessamento, reutilização, irrecuperáveis. 
Perecimento 
 Tempo de estocagem, contaminação, corrosão, etc. 
6.10 Classificação ABC 
É um método que permite identificar os itens de estoques mais importantes no 
sentido de valor financeiro (capital investido em estoques). 
“Após a ordenação dos itens as classes da curva ABC podem ser definidas das 
seguintes maneiras: 
Classe A: Grupo de itens mais importantes que devem ser tratados com uma 
atenção especial pela administração. 
Classe B: Grupo de itens em situação intermediária entre as classes A e C. 
Classe C: Grupo de itens menos importantes que justificam pouca atenção por 
parte da administração.(DIAS, 1999) 
 
Planejamento 
 
O Planejamento consiste na utilização de diferentes esquemas ou modelos 
para a construção da Curva ABC, em geral são considerados os seguintes aspectos: 
 1: Necessidade da Curva ABC, discussão preliminar e definição dos 
objetivos. 
 2. Verificação das técnicas para análise, tratamento dos dados e 
cálculos. 
 3. Obtenção da classificação ABC, tabelas explicativas e gráfico 
 4. Análise e conclusões 
 5. Providências e decisões. 
 
 
23 
 
23 
6.11 Níveis De Estoque 
Nível de estoque desejado consiste na manutenção de um nível entre mínimo 
e máximo, ou seja, um nível médio de estoque. Considera-se estoque desejado o 
ponto de pedido, acrescentado de metade da quantidade de suas variáveis. Ainda 
pode ser descrito, em um sistema de estoque min-máx, como o equivalente ao 
máximo. O estoque desejado é igual ao ponto de pedido mais uma quantidade 
variável de pedido. Geralmente é chamado nível de estoque order-up-to (nível 
máximo) e é usado em um sistema de revisão periódica. 
6.12 Curva Dente De Serra 
É comum representar os níveis de estoque utilizando-se uma linha reta que 
representa a média da demanda. Está representação é conhecida como dente de 
serra. 
 
6.13 Tempo de Ressuprimento e Ponto de Ressuprimento 
Tempo de Ressuprimento (TR) 
 É o tempo compreendido desde a verificação de que o estoque precisa 
ser reposto até o momento em que um novo lote é recebido e passa a fazer parte do 
estoque. Este tempo envolve a emissão do pedido, o tempo necessário para que o 
fornecedor execute a preparação do pedido e o transporte do material do fornecedor 
até a empresa. 
 
Ponto de Ressuprimento (PR) 
0
50
100
150
200
250
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
Q
u
a
n
ti
d
a
d
e
DIAS
Série1
 
 
24 
 
24 
 É a saldo de material disponível (quantidade) onde se constata que um 
determinado item de estoque necessita ser reposto. 
 
6.14 Estoque de Segurança 
É a quantidade mínima que deve existir em estoque, que se destina a cobrir: 
oscilações de consumo, atrasos de suprimento, rejeição de um lote por parte do 
Controle de Qualidade, diferenças de inventário entre outros fatores. 
 
 
25 
 
25 
 
Fonte: BERTAGLIA, 2006 
A determinação do Estoque de Segurança depende do: 
 
 Grau de exatidão da previsão de consumo 
 Tempo de Ressuprimento (TR); e 
 Grau de Atendimento (GA) 
6.15 MODELOS DE CÁLCULO PARA O ESTOQUE DE SEGURANÇA 
FÓRMULA SIMPLES 
 
ES = C x k 
 
Onde: 
ES = Estoque de Segurança 
C = Consumo médio 
 
 
26 
 
26 
K = Fator de Segurança 
 
O fator “k” reflete a qualidade de serviço que pretende-se prestar, é 
proporcional ao “GA” (Grau de Atendimento). 
 
Exemplo: 
C = 60 unidades/mês 
K = 0,9 (GA = 90%) 
ES = 60 x 0,9 ES = 54 unidades 
 
a) MÉTODO DA PORCENTAGEM 
 
 Aplica-se uma porcentagem que geralmente varia de 25 a 45% sobre o 
consumo médio durante o tempo de ressuprimento (TR). 
 
ES = Cm x TR x % 
 
Exemplo: 
Cm = Consumo médio = 180 unidades/mês 
TR = 15 dias (0,5 mês) 
% = 30% 
ES = 180 X 0,5 X 0,30 ES = 27 unidades 
 
b) MÉTODO DA PORCENTAGEM DA ESTATÍSTICA DE CONSUMO 
Objetiva dar cobertura para variações de demanda esperada durante o tempo 
de ressuprimento. 
Exemplo: 
Consumo diário: 90; 80; 70; 65; 60; 50; 40; 30 e 20 
No. de dias em que ocorreu o consumo: 4, 8; 12; 28; 49; 80; 110; 44 e 30. 
TR = 10 dias 
 
 
 
27 
 
27 
(1) 
Consumo 
Diário 
 
(2) 
No. de dias em 
que ocorreu o 
consumo 
(3) 
 
(1) x (2) 
(4) 
Acumulado 
(5) 
% do 
Acumulado 
90 4 360 360 2,12 
80 8 640 1000 5,91 
70 12 840 1840 10,87 
65 28 1820 3660 21,63 
60 49 2940 6600 39,00 
50 80 4000 10600 62,64 
40 110 4400 15000 88,85 
30 44 1320 16320 96,45 
20 30 600 16920 100 
 ∑ 365 16920 
 
ES = ( Cmáx - Cm ) x TR 
Cmáx = Consumo máximo 
Cobrir 100% dos casos é oneroso, pode ser conveniente correr riscos 
calculados. Exemplo: Vamos considerar como Cmáx. = 70 (consumo acima de 70 
ocorre em 10,87% dos casos, ou seja, “GA” de aproximadamente 90%). 
 
Cm = Consumo médio Cm = 16920 / 365 Cm = 46 
ES = ( 70 – 46 ) x 10 ES = 240 unidades 
6.16 LOTE ECONÔMICO 
6.16.1 Custos De Estoques 
 
Todo armazenamento de material gera custos que podem ser agrupados em: 
 
 Custos de capital (juros, depreciação, etc.) 
 
 
28 
 
28 
 Custos de pessoal (salários, encargos sociais, etc.) 
 Custos com edificações (aluguel, impostos,energia, etc.) 
 Custos de manutenção de estoques (deterioração, obsolescência, etc.) 
 
6.16.2 Custos Básicos: 
 
CUSTO DA DEMANDA (CD) 
 
 Corresponde ao custo de aquisição do material. Baseia-se na demanda 
prevista (D) e no preço unitário (P) para o período. 
 
CD = D x P 
 
CUSTO DE COMPRA (CC) 
 
É o custo relativo às atividades de compras. Para cálculo deste custo são 
consideradas as despesas como: 
 
Mão de Obra (salários e encargos sociais do Setor de Compras); 
Equipamentos e materiais (computadores, materiais de escritório, etc.); 
Outras (telefone, energia, custo da área ocupada, correio, reprodução, etc.). 
 
C = CC / N 
 
 
Onde: 
C = Custo de Compra (ou Custo de Pedido) 
CC = Custo de Compras por ano 
N = Número de Compras realizadas no ano. 
 
CUSTOS DE ESTOCAGEM (CE) 
 
 
29 
 
29 
 
O cálculo do Custo de Armazenagem para um determinado período (Ex. mês) 
pode ser expresso por: 
CE = (ES + L/2) x P x E 
 
Onde: 
(ES + L/2) = Estoque médio de material no tempo considerado. 
P = Preço unitário do material 
E = Taxa de armazenamento (expressa geralmente em termos percentuais 
associada ao preço unitário) 
Hipóteses consideradas: 
 O Custo de Armazenagem é proporcional ao estoque médio 
 O Preço unitário é considerado constante (ou o valor médio) 
 A Taxa de armazenamento considera a somatória das parcelas: 
 Taxa de retorno de capital 
 Taxa de armazenagem física 
 Taxa de seguro 
 Taxa de transporte 
 Taxa de obsolescência 
 Outras despesas com estocagem. 
 
CUSTO DE FALTA 
O Custo de Falta corresponde aos custos gerados pela falta de estoque tendo 
como consequência o não atendimento das necessidades dos clientes internos e 
externos. 
Para cálculo do Custo de Falta podem ser considerados: 
 Perda de lucro por cancelamento de pedidos; 
 Custos adicionais por fornecimento em substituição por terceiros; 
 Custos por multas, prejuízos por não cumprimento de “prazos estabelecidos”; 
 Custo de “Quebra de Imagem” beneficiando concorrentes; 
 
 
30 
 
30 
 Custos relacionados às paradas da produção (máquinas paradas, mão de obra 
parada e desdobramentos) 
 Custo de Juros de Capital (de materiais, de lucro de vendas, etc.) 
6.17 Cálculo Do Lote Econômico (Lec) 
A soma dos custos de demanda, de estocagem e de compra nos fornece o 
Custo Total (CT). 
CT = (D x P) + (n x C) + (ES + L/2) x P x E 
Substituindo-se “n” por D / L e tirando os parênteses, temos: 
CT = D x P + D / L x C + ES x P x E + L / 2 x P x E 
Derivando-se CT em relação a L, temos que: 
 
LEC = √ 2.D.C 
 P. E 
6.18 Gráfico De Custos Com Preço Unitário Constante 
Representando graficamente as equações correspondentes aos custos de 
demanda, de compra e de estocagem, temos o Lote Econômico de Compra no ponto 
onde o custo total apresenta o valor mínimo. 
Denominamos CET = Custo de Estocagem de Trabalho; e 
CES = Custo de Estocagem do Estoque de Segurança 
O custo de demanda e o custo de estocagem do estoque de segurança são 
representados por linhas paralelas ao eixo “x” pois são valores constantes, não 
influindo na determinação do “LEC”, portanto é comum representar o gráfico como 
abaixo, considerando os custos de compras e de estocagem do estoque de trabalho. 
6.19 SISTEMAS DE CONTROLE DE ESTOQUES 
6.19.1 Modelo De Reposição Contínua 
 
 
 
31 
 
31 
Também chamado de Ponto de Pedido ou Ponto de Ressuprimento. Consiste 
na emissão da solicitação de compra, geralmente na quantidade determinada no 
“LEC”, sempre que a quantidade em estoque atinge o Ponto de Ressuprimento (PR). 
(Como calculado no exercício 4) 
 
6.19.2 Modelo Da Reposição Periódica 
 
Consiste em realizar a reposição de material em ciclos de tempos iguais. 
Durante a revisão a quantidade solicitada deve ser em função: 
Da previsão de demanda; 
Do estoque físico existente; 
Do consumo do período anterior; 
Do saldo de pedidos com o fornecedor; 
 
Fonte: BERTAGLIA, 2006 
Os lotes serão iguais à diferença entre o estoque máximo e o estoque físico 
existente (L = Emáx – Ef). O estoque máximo pode ser definido pelo “LEC” mais o 
estoque de segurança (Emáx = LEC + ES). O Intervalo entre pedidos (IP) pode ser 
N
ív
e
l 
d
e
 E
s
to
q
u
e
 (
U
n
id
a
d
e
s
)
MÉTODO DA REVISÃO PERIÓDICA
Pedido 
Recebido
Tempo
Estoque de Segurança
Período de Revisão Período de Revisão Período de Revisão
Tempo de Espera
Falta de Estoque ou
Ruptura de Estoque
Tempo de Espera
Abastecimento
 
 
32 
 
32 
calculado como: IP = 1/N; onde N = No de pedidos, como N = D/LEC; teremos que IP 
= LEC / D. 
O Estoque de segurança é calculado considerando a possibilidade de variações 
de demanda e inclusive possíveis variações no tempo de atendimento (TA). Caso a 
demanda seja muito maior do que o previsto corre-se o risco de o estoque se esgotar 
antes do recebimento do pedido (Ruptura de Estoque). 
 
Exemplo: 
D = 7.200 unidades/ano 
C = R$ 40,00 por pedido 
E = 20 % ao ano 
P = R$ 10,00 
ES = 150 unidades 
Determinar: LEC; Emáx; IP, e L considerando o estoque físico no dia da revisão 
= 250 unidades. 
 
LEC = RAIZ [(2 X 7200 X 4O) / 10 X 0,2) LEC = 537 unidades 
 
Emáx = LEC + ES = 537 + 150 Emáx = 687 unidades 
 
IP = LEC / D = 537/7200 = 0,0746 ano x 12 IP = 0,9 mês ou 27 dias 
 
L = Emáx – Ef = 687 – 250 L = 437 unidades. 
6.20 Sistema De Duas Gavetas 
O sistema considera o controle de estoques com a quantidade de material de 
um determinado item sendo distribuídas em duas gavetas: 
 A Gaveta “A” contém a quantidade suficiente para atender a demanda 
durante o tempo de ressuprimento mais o estoque de segurança. 
 A Gaveta “B” contém a quantidade para atender o consumo. 
 
 
33 
 
33 
 A Gaveta “B” atende as requisições que chegam no Almoxarifado. 
Quando o estoque chega a zero é feito o Pedido de Ressuprimento. 
 A Gaveta “A” passa a atender as requisições até o recebimento do novo 
lote. 
 No recebimento do novo lote é reposto as quantidades nas duas 
gavetas. 
 A Gaveta “B” passa a atender a demanda reiniciando o processo. 
Exemplo: 
D = 300 unidades / mês 
TR = 15 dias 
ES = 120 unidades 
L = 300 unidades 
Gaveta “A” 
(D x TR) + ES 
(300 x 0,5) + 120 = 270 unidades 
270 unidades é o Ponto de Ressuprimento (PR) 
 
Gaveta “B 
Emáx – “A” 
Emáx = L + ES = 300 + 120 = 420 unidades 
Gaveta “B” = 420 – 270 = 150 unidades. 
150 unidades (Deve atender o consumo médio por 15 dias) 
 
 
34 
 
34 
Repor 150 unidades na Gaveta “A” e 150 unidades na Gaveta “B” 
6.21 Administração De Compras 
Comprar significa: procurar, adquirir e providenciar a entrega e recebimento de 
materiais, para a manutenção, a expansão e o funcionamento de uma Empresa. 
 
6.21.1 Objetivos 
 
A identificação dos objetivos, dependerá do nível de abrangência perante a 
própria Empresa. 
É inerente como atividade de linha ⇒ espera ser acionada pelas várias 
Unidades da Empresa. 
Filosofia de Atuação ⇒ deve atuar como um órgão Prestador de Serviços. 
Adquirir bens e/ou serviços: 
 Na qualidade desejada; 
 No momento preciso; 
 Pelo menor preço possível; 
420
270
120
420
270
120
0
50
100
150
200
250
300
350
400
450
0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50 55 60 65
Q
u
a
n
ti
d
a
d
e
s
DIAS
SISTEMA DE DUAS GAVETAS
Demanda
 
 
35 
 
35 
 Na quantidade desejada. 
6.22 Organização Da Área De Compras 
Centralização / Vantagens 
 maior poder de pressão do comprador, junto ao fornecedor, em razão de 
forte economia de escala, na fabricação e venda dos produtos; 
 uniformização dos preços entre todas as unidades da Empresa; 
 melhor gestão de estoque; 
 homogeneidade dos procedimentos gerais de compras. 
 
Descentralização / Vantagens 
 maior afinidade do comprador, com os problemas locais de 
fornecimento; maior agilidade no atendimento das necessidades de sua própria 
unidade; 
 maior autoridade e responsabilidade para a administração local; 
6.23 Compras 
Relações Internas x Externas 
 forte relacionamento tanto interno como externo; 
 emite e recebe informações de todas as partes; 
 é um órgão assessor para todas as unidades da Empresa; 
 tem total independência nas suas decisões, porém deve trabalhar coeso 
na ação com os demais órgãos da Empresa. 
Compras no Contexto do Planejamento 
Tomada de Decisões: 
 Exigem técnicas mais apuradas 
 Não podem ser tomadas isoladamente 
 Tem que fazer parte do contexto organizacional 
 
 
36 
 
36 
 Deve refletir o que a Empresa deseja do Depto. de Compras 
Posição Estratégica 
 Alta fonte geradora de lucros 
Empresa: 
 Deve ser informada sobre tudo o que se passa na Empresa; 
 Tem que participar da formulação do planejamento global da Empresa. 
7 ARTIGO COMPLEMENTARE 
7.1 Gestão de Estoques para Controle da Demanda 
Por: Amarildo Nogueira 
 
A decisão de estocar ou não um determinado produto dependerá muito de sua 
particularidade quanto a sua complexidade ou facilidade de aquisição. O 
dimensionamento de um estoque de forma adequada e o conhecimento das 
particularidades dos produtos, por parte da equipe responsável pelo ressuprimento, é 
um fator de grande importância para qualidade no nível de serviço no atendimento ao 
cliente, seja ele interno ou externo. 
Algumas empresas possuem a visão tradicional de que se faz necessário que 
produtos devem ser mantidos em estoque, seja para acomodar variação nas 
demandas, seja para produzir lotes econômicos em volumes superiores ao 
necessário, seja para não perder vendas. 
No entanto, esta visão ocasiona para as empresas: 
• Custos mais altos de manutenção de estoques; 
• Falta de tempo na resposta ao mercado; 
• Risco de o material tornar-se obsoleto. 
O controle de estoque exerce influência de grande importância nos custos de 
rentabilidade da empresa, seja um no comércio ou na indústria. Os estoques 
absorvem capital que poderia ser investido de outras maneiras, desviam fundos de 
outros usos potenciais e tem o mesmo custo de capital que qualquer outro projeto de 
http://amarildonogueira.com.br/site/gestao-de-estoques-para-controle-da-demanda/
 
 
37 
 
37 
investimento da empresa. Aumentar a rotatividade do estoque libera ativo e 
economiza o custo de manutenção do inventário. Assim se faz necessário ter uma 
política de estoque adequada, de tal forma que não se tenha material em excesso e 
nem em falta. Na figura a seguir veremos as principais atividades para o bom 
gerenciamento da gestão de estoques. 
 
 
 
As empresas que possuem processo produtivo em sua cadeia de suprimentos 
se destacam quando o assunto é estoque, pois os materiais utilizados por estas 
empresas não podem faltar. Falta de matérias primas podem parar linhas de produção 
ou alterar programações da produção, o que por sua vez, aumentam os custos e a 
possibilidade do produto acabado. Quanto aos comércios a exigência maior é ter o 
produto de prateleira sempre a mão para que os clientes sempre encontrem o que 
precisam. 
Uma boa política de estoque, acompanhamento da movimentação, boa seleção 
dos fornecedores e determinação do custo máximo de estoque, são fatores que fazem 
a diferença entre uma empresa e outra na conquista de novos clientes e manutenção 
do crescimento no seu mercado de atuação. 
BIBLIOGRAFIA 
ARNOLD, J. R. Tony. Administração de Materiais. Atlas,1999. 
BALLOU, Ronald H. Logística Empresarial. Atlas,1993. 
 
 
38 
 
38 
CHIAVENATO, Adalberto. Iniciação a Administração de Materiais. Makron Books, 
1991. 
CHINJ, Hong Yuh. Gestão de estoques na cadeia de logística integrada – SUPLAY 
CHAIN – Atlas,1999. 
CHOPRA, MEINDL, Peter. Gerenciamento da cadeia de suprimento: estratégia, 
planejamento e operações. Pearson, 2004. 
CHRISTOPHER, Martin. Logística e gerenciamento da cadeia de suprimento: 
estratégias para a redução de custos e melhoria dos serviços. São Paulo: Pioneira, 
1997. 
CORRÊA, Henrique L. e GIANESI, Irineu G. N. Just In Time, MRP II e OPT. Um 
enfoque estratégico. Atlas,1996. 
CORRÊA, Joary. K na Gerência de Matérias. Fundação Getúlio Vargas, 1978. 
DAVID, A.Taylor. Logística na Cadeia de Suprimentos. Uma perspectiva gerencial. 
Pearson, 2004. 
DIAS, Mario Aosélio P. Administração de Materiais. Edição completa. Atlas,1997. 
HOBBS, John A. Controle de Estoques e Produção. Mc Grawill do Brasil, 1976. 
JÚNIOR, Professor Maurício Keehne. Fae Business School. Curitiba 2002. 
MARTINS, Petrônio Garcia e CAMPOS, P. Administração de Materiais e Recursos 
Patrimoniais. Saraiva,2000. 
NOGUEIRA, Elisberto e ANTUNES, Izildo. Administração de Materiais e de Produção. 
Érica,1998. 
NOVAES, Antônio Galvão N. e ALVARENGA, Antônio Carlos. Logística aplicada. 
Suprimento e Distribuição física. Pioneira, 1994. 
PORTER, M.E. Vantagem competitiva: criando e sustentando um desempenho 
superior. São Paulo: Atlas, 1989 
 
 
39 
 
39 
RUSSOMANO, Victor Henrique. Planejamento e Controle da Produção. Pioneira, 
1995. 
SHINGO, Shigeo. Sistema de Produção com Estoque Zero. Bookman Editora, 1996 
STOCKTON, R. Stansbury. Sistemas Básicos de Controle de Estoques. Atlas, 1974. 
SUNIL, Chopra, MEINDL, Peter. Gerenciamento da Cadeia de Suprimento. Estratégia, 
Planejamento e Operações. Pearson, 2004.

Outros materiais