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1 1 SUMÁRIO 1 A ADMINISTRAÇÃO DE MATERIAIS ........................................................ 3 1.1 Logística Empresarial ........................................................................... 3 1.2 Administração De Materiais .................................................................. 3 1.3 Gerenciamento De Suprimentos .......................................................... 4 1.4 Objetivos e Importância ........................................................................ 4 2 A ORGANIZAÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO DE MATERIAIS ....................... 4 2.1 Ciclo Da Administração De Materiais ................................................... 4 2.2 Índices De Desempenho ...................................................................... 5 3 DIMENSIONAMENTO E CONTROLE DE ESTOQUES ............................. 7 3.1 Funções E Objetivos ............................................................................ 7 4 GESTÃO DE ESTOQUE ............................................................................. 9 4.1 Por que Gestão de Estoques? ........................................................... 10 4.2 Por que existem estoque? .................................................................. 10 5 Função dos estoques ................................................................................ 11 5.1 Classificação Dos Estoques ............................................................... 11 6 POLÍTICAS DE ESTOQUES .................................................................... 13 6.1 Previsão para os Estoques ................................................................. 13 Tipos de estoques ....................................................................................... 13 6.2 Informações Básicas Para Previsão ................................................... 14 6.3 Técnicas De Previsão......................................................................... 14 6.4 Formas De Evolução De Consumo .................................................... 14 6.5 Métodos De Previsão De Demanda ................................................... 15 6.6 Classificação De Materiais ................................................................. 17 6.7 Tipos De Códigos ............................................................................... 19 2 2 Códigos Sequenciais................................................................................... 19 6.8 Equivalência ....................................................................................... 20 6.9 Tipos De Classificação ....................................................................... 21 6.10 Classificação ABC .......................................................................... 22 6.11 Níveis De Estoque .......................................................................... 23 6.12 Curva Dente De Serra ..................................................................... 23 6.13 Tempo de Ressuprimento e Ponto de Ressuprimento .................... 23 6.14 Estoque de Segurança .................................................................... 24 6.15 MODELOS DE CÁLCULO PARA O ESTOQUE DE SEGURANÇA 25 6.16 LOTE ECONÔMICO ....................................................................... 27 6.16.1 Custos De Estoques ................................................................... 27 6.16.2 Custos Básicos: .......................................................................... 28 6.17 Cálculo Do Lote Econômico (Lec) ................................................... 30 6.18 Gráfico De Custos Com Preço Unitário Constante ......................... 30 6.19 SISTEMAS DE CONTROLE DE ESTOQUES ................................ 30 6.19.1 Modelo De Reposição Contínua ................................................. 30 6.19.2 Modelo Da Reposição Periódica ................................................ 31 6.20 Sistema De Duas Gavetas .............................................................. 32 6.21 Administração De Compras ............................................................ 34 6.21.1 Objetivos .................................................................................... 34 6.22 Organização Da Área De Compras ................................................. 35 6.23 Compras.......................................................................................... 35 7 Artigo complementare ............................................................................... 36 7.1 Gestão de Estoques para Controle da Demanda ............................... 36 BIBLIOGRAFIA ............................................................................................... 37 3 3 1 A ADMINISTRAÇÃO DE MATERIAIS 1.1 Logística Empresarial Trata-se de todas as atividades de movimentação e armazenagem, que facilitam o fluxo de produtos desde o ponto de aquisição da matéria prima até o ponto de consumo final, assim como dos fluxos de informações que colocam os produtos em movimento, com o propósito de providenciar níveis de serviços aos clientes a um custo razoável. (BALLOU, Ronald H. - Logística Empresarial). Fonte: blog.portalvmi.com.br 1.2 Administração De Materiais Função administrativa que envolve compras, recebimento e estocagem e movimentação de materiais, interligadas pela atividade de planejamento e controle. 4 4 1.3 Gerenciamento De Suprimentos Possui conceito mais amplo englobando serviços e energia. 1.4 Objetivos e Importância Objetivos: suprir os diversos setores da empresa com os materiais de que necessitam na quantidade correta, com a qualidade requerida, no momento certo e no local apropriado, no menor custo possível. Importância: a Administração de Materiais tem impacto direto na lucratividade da empresa e na qualidade dos produtos. 2 A ORGANIZAÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO DE MATERIAIS Fonte: blog.sagestart.com.br 2.1 Ciclo Da Administração De Materiais Necessidades dos Clientes Levantamento de Informações (Consumo / Demanda) Análise das Necessidades 5 5 Planejamento de Materiais (PCP) Análise de atendimento aos clientes internos e externos a partir dos estoques existentes. Análise da necessidade de Reposição (comprar ou fabricar) Reposição de Materiais Compras Seleção de Fornecedores Emissão de Pedido (acompanhamento - follow-up) Recebimento de Materiais Deve verificar: Dados Fiscais e Contábeis Quantidade Qualidade Outros registros Armazenamento Adequado Facilidade de manuseio Manutenção dos níveis de qualidade Controle dos Estoques 2.2 Índices De Desempenho a) Grau de Atendimento GA = No. de itens atendidos x 100 No. total de itens solicitados Ex.: Nº. de itens atendidos = 570 Nº. de itens solicitados = 600 GA = 570 x 100 / 600 = 95% 6 6 NA PRODUÇÃO O “GA” PODE SER AVALIADO PELO ÍNDICE DE PARADAS DE MÁQUINAS POR FALTA DE MATERIAL. (IPM = Índice de Parada de Máquinas) IPM = Horas Máquina Parada x 100 Total Horas Trabalhadas Ex.: Horas Máquina Parada por falta de material no mês = 4.400 hs Total de Horas Trabalhadas no mês = 88.000 horas IPM = 4.400 x 100 / 88000 = 5 % GA = 100 - IPM GA = 100 - 5 Portanto GA = 95% b) Retorno De Capital RC = Lucro / Capital RC = Lucro x Vendas Vendas Capital Rentabilidade de Vendas (RV) = Lucro / Vendas Giro de Capital (GC) = Vendas / Capital Portanto: RC = RV x GC Capital = realizável + permanente + circulante Estoques fazem parte do Capital Circulante Lucro = Vendas - Despesas c) Giro de Estoque (GE) GE = vendas anuais ($ ou unidades) Estoque médio ($ ou unidades) Vendas anuais corresponde ao valor ou quantidade vendida durante um ano Estoque Médio corresponde ao valor ou quantidademédia mantida em estoque Exemplo: 7 7 Capital = $ 30.000,00 Vendas = $ 10.000,00 Despesas = 7.000,00 Capital investido em estoques = $ 10.000,00 Lucro = 10.000,00 - 7.000,00 = 3.000,00 Retorno de Capital = 3.000,00 (x 100) = 10% 30.000,00 Rentabilidade de Vendas = 3.000,00 x100 = 30% 10.000,00 Giro de Capital = 10.000,00 = 0,3333 vezes ao ano 30.000,00 Conferindo: RC = 30% x 0,3333 = 10% Giro de Estoque = 10.000,00 = 1,0 vez ao ano 10.000,00 Supondo uma redução de Capital de 20% em estoques: Redução do Capital investido em estoques = 20% de $ 10.000,00 = $ 2.000,00 Capital = 30.000,00 - 2.000,00 = 28.000,00 Retorno de Capital = 3.000,00 x 100 = 10,71 % 28.000,00 Rentabilidade de Vendas = 3.000 / 10.000,00 = 30% Giro de Capital = 10.000,00 / 28.000,00 = 0,35714 vezes ao ano Conferindo: RC = 30% x 0,35714 = 10,71 % RC passou de 10% para 10,71% Giro de Estoque = 10.000,00 = 1,25 vezes ao ano 8.000,00 3 DIMENSIONAMENTO E CONTROLE DE ESTOQUES 3.1 Funções E Objetivos OBJETIVO: maximizar o lucro sobre capital investido 8 8 FUNÇÕES: A função principal do Dimensionamento e Controle de Estoques é a de atender os clientes internos e externos quantos aos materiais e produtos de que necessitam, ao mínimo custo. ATIVIDADES PRINCIPAIS: Determinar “o quê” deve permanecer em estoque; Determinar “quando” reabastecer os estoques; Determinar “quanto” de estoque será necessário para um período determinado; Acionar o departamento de compras para executar aquisição de estoques Receber e armazenar os estoques adquiridos; Controlar os estoques em termos de quantidade e valor; Fornecer informações sobre posição do estoque; Manter inventários periódicos para avaliar quantidade e estado dos materiais; Identificar e retirar dos estoques os itens obsoletos e danificados b) Conciliar da melhor maneira os objetivos dos departamentos envolvidos, sem prejudicar a operacionalidade da empresa. Conflitos interdepartamentais quanto a estoques COMPRAS FINANCEIRO Matéria Prima -Desconto sobre as quanti- -Capital investido (Alto estoque) dades a serem compradas -Perda financeira ------------------------------------------------------------------------------------------------- PRODUÇÃO FINANCEIRO Material em Processo -Nenhum risco de falta -Aumento do custo (Alto estoque) de material. de armazenagem -Grandes lotes de fabricação. -Maior risco de perda e obsolescência. --------------------------------------------------------------------------------------------------- VENDAS FINANCEIRO Produto Acabado -Entregas rápidas -Capital investido (alto estoque) -Boa imagem, melhores vendas -Maior custo de armazenagem 9 9 4 GESTÃO DE ESTOQUE A gestão de estoque é, basicamente, o ato de gerir recursos ociosos possuidores de valor econômico e destinado ao suprimento das necessidades futuras de material, numa organização. Os investimentos não são dirigidos por uma organização somente para aplicações diretas que produzam lucros, tais como os investimentos em máquinas e em equipamentos destinados ao aumento da produção e, consequentemente, das vendas. Fonte: www.hypeness.com.br Outros tipos de investimentos, aparentemente, não produzem lucros. Entre estes estão as inversões de capital destinadas a cobrir fatores de risco em circunstâncias imprevisíveis e de solução imediata. É o caso dos investimentos em estoque, que evitam que se perca dinheiro em situação potencial de risco presente. Por exemplo, na falta de materiais ou de produtos que levam a não realização de vendas, a paralisação de fabricação, a descontinuidade das operações ou serviços etc., além dos custos adicionais e excessivos que, a partir destes fatores, igualam, em importância estratégica e econômica, os investimentos em estoque aos investimentos ditos diretos. 10 10 Porém, toda a aplicação de capital em inventário priva de investimentos mais rentáveis uma organização industrial ou comercial. Numa organização pública, a privação é em relação a investimentos sociais ou em serviços de utilidade pública. A gestão dos estoques visa, portanto, numa primeira abordagem, manter os recursos ociosos expressos pelo inventário, em constante equilíbrio em relação ao nível econômico ótimo dos investimentos. E isto é obtido mantendo estoques mínimos, sem correr o risco de não os ter em quantidades suficientes e necessárias para manter o fluxo da produção da encomenda em equilíbrio com o fluxo de consumo. 4.1 Por que Gestão de Estoques? Os estoques, em geral, são uma das maiores preocupações, não só dos gestores de operações, mas também dos: Gestores financeiros, que se preocupam com a quantidade de recursos financeiros que os estoques “empatam” e seus correspondentes custos; Gestores comerciais que se preocupam com o prejuízo no atendimento aos clientes que uma possível indisponibilidade de produtos acabados pode acarretar; Gestores fabris, que se preocupam com a onerosa ociosidade de sua fábrica, que uma possível falta de matéria-prima pode acarretar. Operações com altos níveis de estoque nem sempre asseguram altos níveis de atendimento aos seus clientes. É possível que isso ocorra se os itens corretos não estiverem sendo mantidos em estoques nas quantidades corretas. 4.2 Por que existem estoque? Estoques são, para efeito das discussões deste curso, acúmulos de recursos materiais entre fases específicas de processos de transformação. Esses acúmulos têm uma propriedade fundamental que é uma ARMA – no sentido de que pode ser usada par o “o bem” e para “o mal” Não importa o que está sendo armazenado como estoque, ou onde ele está posicionado na operação; ele existirá porque existe uma diferença de ritmo ou de taxa entre fornecimento e demanda. Se o fornecimento de 11 11 qualquer item ocorresse exatamente quando fosse demandado, o item nunca seria estocado. Uma analogia comum é a do tanque de água mostrado na Figura abaixo. Se, no tempo, a taxa de fornecimento de água ao tanque difere da taxa de demanda, um tanque de água (estoque) será necessário, se é pretendido que o fornecimento seja mantido. Quando a taxa de fornecimento excede a taxa de demanda, o estoque aumenta; quando a taxa de demanda excede a taxa de fornecimento o estoque diminui. O ponto óbvio a ressaltar é que se uma operação pode fazer esforços para casar as taxas de fornecimento e de demanda, acontecerá uma redução em seus níveis de estoque. 5 FUNÇÃO DOS ESTOQUES Os estoques servem para: proporcionar independência às fases dos processos de transformação entre as quais se encontram – quanto maiores os estoques entre duas fases de um processo de transformação, mais independentes entre si essas fases são, pois, interrupções em uma não acarretam interrupção na outra. 5.1 Classificação Dos Estoques Em um sistema de operações produtivas, podemos pensar em vários tipos de estoques: Estoques de matérias-primas (MPs) - Os estoques de MPs constituem os insumos e materiais básicos que ingressam no processo produtivo da empresa. São os itens iniciais para a produção dos produtos/serviços da empresa. 12 12 Tem a finalidade de regular diferentes taxas de suprimento – pelo fornecedor – e demanda – pelo processo de transformação. Essas taxas diferentes ocorrem por vários motivos: O fornecedor pode ser pouco confiável e não entregar os produtos no prazo ou nas quantidades desejadas; O fornecedor pode entregar quantidades maiores que as necessárias – crescimento dos estoques; A taxa de consumo pelo processo produtivo pode sofrer umavariação temporária. Ex.: um crescimento por ter estragado um material necessitando de mais material; um decréscimo pela quebra de um equipamento. Estoques de material semiacabado ou em processamento - Os estoques de materiais em processamento - também denominados materiais em vias – são constituídos de materiais que estão sendo processados ao longo das diversas seções que compõem o processo produtivo da empresa. Não estão nem no almoxarifado- por não serem mais MPs iniciais - nem no depósito - por ainda não serem Pas. Mais adiante serão transformadas em Pas. Servem para regular diferentes taxas de produção entre dois equipamentos subsequentes (porque os equipamentos têm velocidades diferentes ou porque um deles pode ter sofrido uma quebra). Estoques de Materiais Semiacabados - Os estoques de materiais semiacabados referem-se aos materiais parcialmente acabados, cujo processamento está em algum estágio intermediário de acabamento e que se encontram também ao longo das diversas seções que compõem o processo produtivo. Diferem dos materiais em processamento pelo seu estágio mais avançado, pois se encontram quase acabados, faltando apenas mais algumas etapas do processo produtivo para se transformarem em materiais acabados ou em PAs. Estoques de Materiais Acabados ou Componentes - Os estoques de materiais acabados - também denominados componentes – referem-se a peças isoladas ou componentes já acabados e prontos para serem anexados ao produto. São, na realidade, partes prontas ou montadas que, quando juntadas, constituirão o PA. 13 13 Estoques de produtos acabados (PÁS) - Os Estoques de Pas se referem aos produtos já prontos e acabados, cujo processamento foi completado inteiramente. Constituem o estágio final do processo produtivo e já passaram por todas as fases, como MP, materiais em processamento, materiais semiacabados, materiais acabados e Pás. Servem para regular diferenças entre as taxas de produção do processo produtivo (suprimento) e de demanda de mercado. Essas diferenças podem ocorrer por causa das incertezas do processo ou da demanda. 6 POLÍTICAS DE ESTOQUES Políticas são diretrizes que servem de guia aos programadores e controladores. De maneira geral são: Metas de empresas quanto ao prazo de entrega de produtos aos clientes. Definição do número de depósitos e da lista de materiais a serem estocados neles. Até que nível deverão flutuar os estoques para atender uma alta ou baixa das vendas (alteração de consumo). Até que ponto será permitida a especulação com estoque (compra antecipada com desconto). Definição da rotatividade de estoques. 6.1 Previsão para os Estoques Tipos de estoques Matérias Primas Materiais e Componentes Materiais para Manutenção Produtos em Processo 14 14 Estágio de Fabricação Inclui espera para Análise de Qualidade Produto Semiacabado Aguardando operações adicionais Customização (Personalização) Produtos Acabados Todas as operações já realizadas Estoque de Distribuição Estoque em Consignação 6.2 Informações Básicas Para Previsão a) QUANTITATIVAS Evolução de vendas no passado Variáveis ligadas diretamente a vendas - ex. Pedido em carteira Variáveis como: população, renda, etc. Influência de propaganda b) QUALITATIVAS Opiniões de gerentes, vendedores, compradores, pesquisa de mercado. 6.3 Técnicas De Previsão a) Projeção (base histórica) b) Explicação (explica vendas relacionadas a variáveis cuja evolução é conhecida) c) Predileção (baseada na experiência de funcionários conhecedores do mercado) 6.4 Formas De Evolução De Consumo a) Evolução Horizontal 15 15 b) Evolução de Consumo sujeito a tendência c) Evolução Sazonal Influências que podem alterar o consumo Políticas Conjunturais Sazonais Alteração no comportamento dos clientes Inovações técnicas Novos produtos Produtos retirados do mercado 6.5 Métodos De Previsão De Demanda Método do Último Período Consiste em utilizar como previsão para o período seguinte o valor ocorrido no período anterior. Método da Média Móvel Ponderada Este método permite a atribuição de pesos aos valores correspondentes aos períodos. O Valor de Cp (Consumo previsto) será dado por: ∑ Ci. Pi Cp = -------------- ∑ Pi Onde: Ci = Consumo no i-ésimo período Pi = peso dado ao i-ésimo período Exemplo: (atribuição de pesos maiores para os últimos períodos) 16 16 Período Mês Consumo (Ci) Peso (Pi) Ci. Pi Jan 40 5 200 Fev 50 10 500 Mar 60 15 900 Abr 55 20 1100 Mai 70 30 2100 Jun 75 40 3000 ∑ 120 7800 Cp Jul = 7800 / 120 → Cp Jul = 65 d) Método da Média com Ponderação Exponencial Neste método são necessários três fatores para gerar a previsão do próximo período: O consumo ocorrido no último período A previsão do último período, e Uma constante que determina o valor ou ponderação dada aos valores mais recentes. A previsão para o próximo período será dada por: CPn +1 = α. Cn + (1- α). CPn Onde: CPn+1 = previsão para o período CPn = previsão do período n Cn = consumo do período n α = constante Exemplo: 17 17 CPn+1 = previsão para o período - CP Fev CPn = previsão do período n - CP Jan = 90 Cn = consumo do período n - Cn Jan = 102 α = constante - α = 0,2 Cp Fev = 0,2. 102 + ( 0,8 ) . 90 = 20,4 + 72 = 92,4 CP Fev = 93 e) Método dos Mínimos Quadrados Este método é utilizado para determinar a melhor linha de ajuste que passa mais perto de todos os dados coletados, ou seja, é a linha de melhor ajuste que minimiza as distâncias entre cada ponto de consumo levantado. A linha reta é definida pela equação: γ = a + bx Onde: Y = Consumo previsto para o período (Cp) Os valores de “a” e “b” são obtidos pelas equações: ∑γ = Na + ∑x. b onde: N = Número de períodos ∑x γ = ∑x. a + ∑x2. b Cp = a + bx 6.6 Classificação De Materiais Conceito De Item 18 18 O termo “item” de material é aplicável a um conjunto de objetos (materiais) que possuem as mesmas características. O termo “SKU” (Stock Keeping Unit) é utilizado para designar um item de estoque. Exemplos: Uma lata de cerveja de 350 ml. (unidade = 1 lata) Uma caixa com 24 latas de cerveja. (Unidade = 24 latas) Álcool em embalagem de 1 litro Álcool a granel (Posto de Combustíveis) Conjunto de peças iguais ( 1 caixa de borrachas) Conjunto de peças diferentes ( 1 “Kit” de ferramentas) Formas de Identificação Código de barras Código impresso em etiquetas “EPC” (Electronic Product Code) - Código eletrônico de produto (etiqueta com um circuito eletrônico). O EPC é composto por um número de parte e um número de série. Conceito De Número De Parte E Número De Série Número de Parte (Part Number): São códigos para identificação de itens de materiais. Também são conhecidos como “Código do Produto”, “Número de Parte” ou “Número de Peça”. Número de Série (Serial Number): É utilizado quando há a necessidade de identificar cada produto. (Ex. Televisores, Chassi). Identificação De Lotes 19 19 Um lote pode ser identificado pela “faixa do número de série” e normalmente contém a “data de fabricação”. Permite a “rastreabilidade” por necessidade legal e por interesse do controle de qualidade. Identificação Pelos Atributos A descrição de um item pode ser feita através de suas características (atributos, propriedades) conhecida por nome, nomenclatura, descrição, designação, especificação. Nomenclatura Estrutura, é composta por: Nome Básico - Ex. Arruela Nome Modificador - Arruela lisa de cobre, espessura 0,5 mm, diâmetro interno6 mm, diâmetro externo 14 mm. 6.7 Tipos De Códigos Códigos Sequenciais Composto por um código inicial e uma regra de sequência. É interessante definir previamente o número máximo de caracteres Exemplo: Código inicial = 1001 Regra de sequência = “Soma 1” Código Em Grupos O código é dividido em grupos e a cada grupo se associa um significado. Exemplo: 01 – 05– 1010 Código de identificação (Lisa, Cobre) Classe (Arruelas) 20 20 Grupo (Matéria Prima) Exemplos de Grupos: 01 – Matéria Prima 02 – Materiais de Limpeza 03 – Óleos, Combustíveis e Lubrificantes 04 – Materiais de Escritório Código Em Faixas Quando, numa codificação sequencial, cada faixa de códigos possui um significado. Exemplo: 101 a 299 = matérias primas 301 a 599 = produtos semiacabados 601 a 999 = produtos acabados Códigos Mnemônicos Quando possui caracteres (alfanuméricos) associados com o elemento a ser codificado MP = Matéria Prima SA = Semiacabado PA = Produto Acabado Exemplo: MP - 05 (Matéria Prima - Chapas de Aço) 6.8 Equivalência Entre o código da empresa e o código do fornecedor Nosso Código Fornecedor Código do Fornecedor 4896 233 23 – 45 – 002 21 21 6.9 Tipos De Classificação A classificação tem a finalidade de separar um conjunto de itens em classes. Natureza: características físico-químicas Produtos de aço, petróleo, madeira, químicos, etc. Função: o que o material faz Combustível, limpeza, fixação, solventes, etc. Aplicação por Equipamento Peças para Tornos CNC, Peças para Caldeira, etc. Aplicação por Setor Materiais para Escritório, Materiais para Laboratório, etc. Aplicação por Projeto Materiais para Projeto de Prevenção de Incêndios Criticidade: Grau de imprescindibilidade Grau 1 – paralisa setores importantes, acarreta risco de vida, não há materiais alternativos. Grau 2 - paralisa setores importantes, acarreta risco de vida, há materiais alternativos. Grau 3 – etc. (continua de acordo com a necessidade) Origem: onde é obtido Produzido no mercado nacional, importado, etc. Fiscal: para fins de tributação Produto acabado, em processo, embalagem, etc. Dificuldade de aquisição Sazonalidade de mercado, regulamentados, importados, etc. Frequência de demanda Regular, irregular, eventual Dificuldade de armazenagem Inflamáveis, muito pesado, volumoso, úmido, tóxico, etc. Periculosidade Norma NBR 7502 da ABNT, Portaria 3214 da CLT. 22 22 Recuperação Reparáveis, reprocessamento, reutilização, irrecuperáveis. Perecimento Tempo de estocagem, contaminação, corrosão, etc. 6.10 Classificação ABC É um método que permite identificar os itens de estoques mais importantes no sentido de valor financeiro (capital investido em estoques). “Após a ordenação dos itens as classes da curva ABC podem ser definidas das seguintes maneiras: Classe A: Grupo de itens mais importantes que devem ser tratados com uma atenção especial pela administração. Classe B: Grupo de itens em situação intermediária entre as classes A e C. Classe C: Grupo de itens menos importantes que justificam pouca atenção por parte da administração.(DIAS, 1999) Planejamento O Planejamento consiste na utilização de diferentes esquemas ou modelos para a construção da Curva ABC, em geral são considerados os seguintes aspectos: 1: Necessidade da Curva ABC, discussão preliminar e definição dos objetivos. 2. Verificação das técnicas para análise, tratamento dos dados e cálculos. 3. Obtenção da classificação ABC, tabelas explicativas e gráfico 4. Análise e conclusões 5. Providências e decisões. 23 23 6.11 Níveis De Estoque Nível de estoque desejado consiste na manutenção de um nível entre mínimo e máximo, ou seja, um nível médio de estoque. Considera-se estoque desejado o ponto de pedido, acrescentado de metade da quantidade de suas variáveis. Ainda pode ser descrito, em um sistema de estoque min-máx, como o equivalente ao máximo. O estoque desejado é igual ao ponto de pedido mais uma quantidade variável de pedido. Geralmente é chamado nível de estoque order-up-to (nível máximo) e é usado em um sistema de revisão periódica. 6.12 Curva Dente De Serra É comum representar os níveis de estoque utilizando-se uma linha reta que representa a média da demanda. Está representação é conhecida como dente de serra. 6.13 Tempo de Ressuprimento e Ponto de Ressuprimento Tempo de Ressuprimento (TR) É o tempo compreendido desde a verificação de que o estoque precisa ser reposto até o momento em que um novo lote é recebido e passa a fazer parte do estoque. Este tempo envolve a emissão do pedido, o tempo necessário para que o fornecedor execute a preparação do pedido e o transporte do material do fornecedor até a empresa. Ponto de Ressuprimento (PR) 0 50 100 150 200 250 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 Q u a n ti d a d e DIAS Série1 24 24 É a saldo de material disponível (quantidade) onde se constata que um determinado item de estoque necessita ser reposto. 6.14 Estoque de Segurança É a quantidade mínima que deve existir em estoque, que se destina a cobrir: oscilações de consumo, atrasos de suprimento, rejeição de um lote por parte do Controle de Qualidade, diferenças de inventário entre outros fatores. 25 25 Fonte: BERTAGLIA, 2006 A determinação do Estoque de Segurança depende do: Grau de exatidão da previsão de consumo Tempo de Ressuprimento (TR); e Grau de Atendimento (GA) 6.15 MODELOS DE CÁLCULO PARA O ESTOQUE DE SEGURANÇA FÓRMULA SIMPLES ES = C x k Onde: ES = Estoque de Segurança C = Consumo médio 26 26 K = Fator de Segurança O fator “k” reflete a qualidade de serviço que pretende-se prestar, é proporcional ao “GA” (Grau de Atendimento). Exemplo: C = 60 unidades/mês K = 0,9 (GA = 90%) ES = 60 x 0,9 ES = 54 unidades a) MÉTODO DA PORCENTAGEM Aplica-se uma porcentagem que geralmente varia de 25 a 45% sobre o consumo médio durante o tempo de ressuprimento (TR). ES = Cm x TR x % Exemplo: Cm = Consumo médio = 180 unidades/mês TR = 15 dias (0,5 mês) % = 30% ES = 180 X 0,5 X 0,30 ES = 27 unidades b) MÉTODO DA PORCENTAGEM DA ESTATÍSTICA DE CONSUMO Objetiva dar cobertura para variações de demanda esperada durante o tempo de ressuprimento. Exemplo: Consumo diário: 90; 80; 70; 65; 60; 50; 40; 30 e 20 No. de dias em que ocorreu o consumo: 4, 8; 12; 28; 49; 80; 110; 44 e 30. TR = 10 dias 27 27 (1) Consumo Diário (2) No. de dias em que ocorreu o consumo (3) (1) x (2) (4) Acumulado (5) % do Acumulado 90 4 360 360 2,12 80 8 640 1000 5,91 70 12 840 1840 10,87 65 28 1820 3660 21,63 60 49 2940 6600 39,00 50 80 4000 10600 62,64 40 110 4400 15000 88,85 30 44 1320 16320 96,45 20 30 600 16920 100 ∑ 365 16920 ES = ( Cmáx - Cm ) x TR Cmáx = Consumo máximo Cobrir 100% dos casos é oneroso, pode ser conveniente correr riscos calculados. Exemplo: Vamos considerar como Cmáx. = 70 (consumo acima de 70 ocorre em 10,87% dos casos, ou seja, “GA” de aproximadamente 90%). Cm = Consumo médio Cm = 16920 / 365 Cm = 46 ES = ( 70 – 46 ) x 10 ES = 240 unidades 6.16 LOTE ECONÔMICO 6.16.1 Custos De Estoques Todo armazenamento de material gera custos que podem ser agrupados em: Custos de capital (juros, depreciação, etc.) 28 28 Custos de pessoal (salários, encargos sociais, etc.) Custos com edificações (aluguel, impostos,energia, etc.) Custos de manutenção de estoques (deterioração, obsolescência, etc.) 6.16.2 Custos Básicos: CUSTO DA DEMANDA (CD) Corresponde ao custo de aquisição do material. Baseia-se na demanda prevista (D) e no preço unitário (P) para o período. CD = D x P CUSTO DE COMPRA (CC) É o custo relativo às atividades de compras. Para cálculo deste custo são consideradas as despesas como: Mão de Obra (salários e encargos sociais do Setor de Compras); Equipamentos e materiais (computadores, materiais de escritório, etc.); Outras (telefone, energia, custo da área ocupada, correio, reprodução, etc.). C = CC / N Onde: C = Custo de Compra (ou Custo de Pedido) CC = Custo de Compras por ano N = Número de Compras realizadas no ano. CUSTOS DE ESTOCAGEM (CE) 29 29 O cálculo do Custo de Armazenagem para um determinado período (Ex. mês) pode ser expresso por: CE = (ES + L/2) x P x E Onde: (ES + L/2) = Estoque médio de material no tempo considerado. P = Preço unitário do material E = Taxa de armazenamento (expressa geralmente em termos percentuais associada ao preço unitário) Hipóteses consideradas: O Custo de Armazenagem é proporcional ao estoque médio O Preço unitário é considerado constante (ou o valor médio) A Taxa de armazenamento considera a somatória das parcelas: Taxa de retorno de capital Taxa de armazenagem física Taxa de seguro Taxa de transporte Taxa de obsolescência Outras despesas com estocagem. CUSTO DE FALTA O Custo de Falta corresponde aos custos gerados pela falta de estoque tendo como consequência o não atendimento das necessidades dos clientes internos e externos. Para cálculo do Custo de Falta podem ser considerados: Perda de lucro por cancelamento de pedidos; Custos adicionais por fornecimento em substituição por terceiros; Custos por multas, prejuízos por não cumprimento de “prazos estabelecidos”; Custo de “Quebra de Imagem” beneficiando concorrentes; 30 30 Custos relacionados às paradas da produção (máquinas paradas, mão de obra parada e desdobramentos) Custo de Juros de Capital (de materiais, de lucro de vendas, etc.) 6.17 Cálculo Do Lote Econômico (Lec) A soma dos custos de demanda, de estocagem e de compra nos fornece o Custo Total (CT). CT = (D x P) + (n x C) + (ES + L/2) x P x E Substituindo-se “n” por D / L e tirando os parênteses, temos: CT = D x P + D / L x C + ES x P x E + L / 2 x P x E Derivando-se CT em relação a L, temos que: LEC = √ 2.D.C P. E 6.18 Gráfico De Custos Com Preço Unitário Constante Representando graficamente as equações correspondentes aos custos de demanda, de compra e de estocagem, temos o Lote Econômico de Compra no ponto onde o custo total apresenta o valor mínimo. Denominamos CET = Custo de Estocagem de Trabalho; e CES = Custo de Estocagem do Estoque de Segurança O custo de demanda e o custo de estocagem do estoque de segurança são representados por linhas paralelas ao eixo “x” pois são valores constantes, não influindo na determinação do “LEC”, portanto é comum representar o gráfico como abaixo, considerando os custos de compras e de estocagem do estoque de trabalho. 6.19 SISTEMAS DE CONTROLE DE ESTOQUES 6.19.1 Modelo De Reposição Contínua 31 31 Também chamado de Ponto de Pedido ou Ponto de Ressuprimento. Consiste na emissão da solicitação de compra, geralmente na quantidade determinada no “LEC”, sempre que a quantidade em estoque atinge o Ponto de Ressuprimento (PR). (Como calculado no exercício 4) 6.19.2 Modelo Da Reposição Periódica Consiste em realizar a reposição de material em ciclos de tempos iguais. Durante a revisão a quantidade solicitada deve ser em função: Da previsão de demanda; Do estoque físico existente; Do consumo do período anterior; Do saldo de pedidos com o fornecedor; Fonte: BERTAGLIA, 2006 Os lotes serão iguais à diferença entre o estoque máximo e o estoque físico existente (L = Emáx – Ef). O estoque máximo pode ser definido pelo “LEC” mais o estoque de segurança (Emáx = LEC + ES). O Intervalo entre pedidos (IP) pode ser N ív e l d e E s to q u e ( U n id a d e s ) MÉTODO DA REVISÃO PERIÓDICA Pedido Recebido Tempo Estoque de Segurança Período de Revisão Período de Revisão Período de Revisão Tempo de Espera Falta de Estoque ou Ruptura de Estoque Tempo de Espera Abastecimento 32 32 calculado como: IP = 1/N; onde N = No de pedidos, como N = D/LEC; teremos que IP = LEC / D. O Estoque de segurança é calculado considerando a possibilidade de variações de demanda e inclusive possíveis variações no tempo de atendimento (TA). Caso a demanda seja muito maior do que o previsto corre-se o risco de o estoque se esgotar antes do recebimento do pedido (Ruptura de Estoque). Exemplo: D = 7.200 unidades/ano C = R$ 40,00 por pedido E = 20 % ao ano P = R$ 10,00 ES = 150 unidades Determinar: LEC; Emáx; IP, e L considerando o estoque físico no dia da revisão = 250 unidades. LEC = RAIZ [(2 X 7200 X 4O) / 10 X 0,2) LEC = 537 unidades Emáx = LEC + ES = 537 + 150 Emáx = 687 unidades IP = LEC / D = 537/7200 = 0,0746 ano x 12 IP = 0,9 mês ou 27 dias L = Emáx – Ef = 687 – 250 L = 437 unidades. 6.20 Sistema De Duas Gavetas O sistema considera o controle de estoques com a quantidade de material de um determinado item sendo distribuídas em duas gavetas: A Gaveta “A” contém a quantidade suficiente para atender a demanda durante o tempo de ressuprimento mais o estoque de segurança. A Gaveta “B” contém a quantidade para atender o consumo. 33 33 A Gaveta “B” atende as requisições que chegam no Almoxarifado. Quando o estoque chega a zero é feito o Pedido de Ressuprimento. A Gaveta “A” passa a atender as requisições até o recebimento do novo lote. No recebimento do novo lote é reposto as quantidades nas duas gavetas. A Gaveta “B” passa a atender a demanda reiniciando o processo. Exemplo: D = 300 unidades / mês TR = 15 dias ES = 120 unidades L = 300 unidades Gaveta “A” (D x TR) + ES (300 x 0,5) + 120 = 270 unidades 270 unidades é o Ponto de Ressuprimento (PR) Gaveta “B Emáx – “A” Emáx = L + ES = 300 + 120 = 420 unidades Gaveta “B” = 420 – 270 = 150 unidades. 150 unidades (Deve atender o consumo médio por 15 dias) 34 34 Repor 150 unidades na Gaveta “A” e 150 unidades na Gaveta “B” 6.21 Administração De Compras Comprar significa: procurar, adquirir e providenciar a entrega e recebimento de materiais, para a manutenção, a expansão e o funcionamento de uma Empresa. 6.21.1 Objetivos A identificação dos objetivos, dependerá do nível de abrangência perante a própria Empresa. É inerente como atividade de linha ⇒ espera ser acionada pelas várias Unidades da Empresa. Filosofia de Atuação ⇒ deve atuar como um órgão Prestador de Serviços. Adquirir bens e/ou serviços: Na qualidade desejada; No momento preciso; Pelo menor preço possível; 420 270 120 420 270 120 0 50 100 150 200 250 300 350 400 450 0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50 55 60 65 Q u a n ti d a d e s DIAS SISTEMA DE DUAS GAVETAS Demanda 35 35 Na quantidade desejada. 6.22 Organização Da Área De Compras Centralização / Vantagens maior poder de pressão do comprador, junto ao fornecedor, em razão de forte economia de escala, na fabricação e venda dos produtos; uniformização dos preços entre todas as unidades da Empresa; melhor gestão de estoque; homogeneidade dos procedimentos gerais de compras. Descentralização / Vantagens maior afinidade do comprador, com os problemas locais de fornecimento; maior agilidade no atendimento das necessidades de sua própria unidade; maior autoridade e responsabilidade para a administração local; 6.23 Compras Relações Internas x Externas forte relacionamento tanto interno como externo; emite e recebe informações de todas as partes; é um órgão assessor para todas as unidades da Empresa; tem total independência nas suas decisões, porém deve trabalhar coeso na ação com os demais órgãos da Empresa. Compras no Contexto do Planejamento Tomada de Decisões: Exigem técnicas mais apuradas Não podem ser tomadas isoladamente Tem que fazer parte do contexto organizacional 36 36 Deve refletir o que a Empresa deseja do Depto. de Compras Posição Estratégica Alta fonte geradora de lucros Empresa: Deve ser informada sobre tudo o que se passa na Empresa; Tem que participar da formulação do planejamento global da Empresa. 7 ARTIGO COMPLEMENTARE 7.1 Gestão de Estoques para Controle da Demanda Por: Amarildo Nogueira A decisão de estocar ou não um determinado produto dependerá muito de sua particularidade quanto a sua complexidade ou facilidade de aquisição. O dimensionamento de um estoque de forma adequada e o conhecimento das particularidades dos produtos, por parte da equipe responsável pelo ressuprimento, é um fator de grande importância para qualidade no nível de serviço no atendimento ao cliente, seja ele interno ou externo. Algumas empresas possuem a visão tradicional de que se faz necessário que produtos devem ser mantidos em estoque, seja para acomodar variação nas demandas, seja para produzir lotes econômicos em volumes superiores ao necessário, seja para não perder vendas. No entanto, esta visão ocasiona para as empresas: • Custos mais altos de manutenção de estoques; • Falta de tempo na resposta ao mercado; • Risco de o material tornar-se obsoleto. O controle de estoque exerce influência de grande importância nos custos de rentabilidade da empresa, seja um no comércio ou na indústria. Os estoques absorvem capital que poderia ser investido de outras maneiras, desviam fundos de outros usos potenciais e tem o mesmo custo de capital que qualquer outro projeto de http://amarildonogueira.com.br/site/gestao-de-estoques-para-controle-da-demanda/ 37 37 investimento da empresa. Aumentar a rotatividade do estoque libera ativo e economiza o custo de manutenção do inventário. Assim se faz necessário ter uma política de estoque adequada, de tal forma que não se tenha material em excesso e nem em falta. Na figura a seguir veremos as principais atividades para o bom gerenciamento da gestão de estoques. As empresas que possuem processo produtivo em sua cadeia de suprimentos se destacam quando o assunto é estoque, pois os materiais utilizados por estas empresas não podem faltar. Falta de matérias primas podem parar linhas de produção ou alterar programações da produção, o que por sua vez, aumentam os custos e a possibilidade do produto acabado. Quanto aos comércios a exigência maior é ter o produto de prateleira sempre a mão para que os clientes sempre encontrem o que precisam. Uma boa política de estoque, acompanhamento da movimentação, boa seleção dos fornecedores e determinação do custo máximo de estoque, são fatores que fazem a diferença entre uma empresa e outra na conquista de novos clientes e manutenção do crescimento no seu mercado de atuação. 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