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Aula 8 - Regimes Previdenciários

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11/08/2020 CTC-2020-005: Aula 02 - Regime Próprio de Previdência Social - RPPS
https://escolapep.inss.gov.br/mod/page/view.php?id=7957 1/10
1. REGIME PRÓPRIO DE PREVIDÊNCIA
SOCIAL – RPPS
O Regime de Previdência dos Servidores Públicos, denominado Regime Próprio de Previdência Social
(RPPS) tem suas políticas elaboradas e executadas pela Secretaria de Previdência do Ministério da
Economia.
 Os servidores públicos titulares de cargos efetivos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios possuem direito a RPPS, conforme está previsto no art. 40 da Constituição Federal. Então, o
RPPS é o regime de Previdência, de caráter contributivo e solidário, exclusivo dos servidores públicos
titulares de cargos efetivos, sendo instituído e organizado pelos entes federativos (União, Estados, Distrito
Federal e Municípios).
Os servidores públicos federais, ligados ao RPPS têm suas políticas elaboradas e executadas pelo Ministério
da Economia (ME), por intermédio da Secretaria de Previdência.
Este Regime é compulsório para o servidor público do ente federativo que o tenha instituído, com teto e
subtetos definidos pela Emenda Constitucional nº 41/2003.
Excluem-se deste grupo os empregados das empresas públicas, os agentes políticos, servidores temporários e
detentores de cargos de confiança, todos filiados obrigatórios ao Regime Geral.
A Constituição Federal procurou organizar o sistema previdenciário de forma que a proteção fosse estendida
à maior parte possível da população, assim, a partir das peculiaridades de cada segmento social, a
previdência foi constituída de forma a abranger a proteção aos riscos sociais peculiares a cada ocupação.
Para compreender a organização do sistema previdenciário, vimos nos cursos anteriores sobre os
beneficiários, benefícios, serviços e outros assuntos referentes ao Regime Geral de Previdência Social -
RGPS. Agora, conheceremos quem são os segurados, seus dependentes, e quais são os benefícios e serviços
do Regime Próprio de Previdência Social – RPPS.
REGIMES DE PREVIDÊNCIA
A Previdência Brasileira está organizada em diversos regimes. Cada um deles possui regras próprias tanto em
sede constitucional como infraconstitucional. A proteção previdenciária é prestada de acordo com a previsão
legal onde estão determinados os respectivos beneficiários, a forma de financiamento e as prestações a que
fazem jus os segurados.
Assim, por exemplo, não se pode confundir as regras da aposentadoria do servidor público com a dos
trabalhadores da iniciativa privada. Sendo diferentes os Sistemas, é preciso entender a forma de organização
de cada um.
CONTRIBUIÇÃO PARA O RPPS
O RPPS é compulsório, ou seja, é de filiação obrigatória para o servidor público titular de cargo efetivo do
ente federativo que o tenha instituído. Veja que o RPPS é exclusivo para o servidor público, ocupante de
cargo efetivo, pois o ocupante exclusivamente de cargo em comissão, declarado em lei de livre nomeação e
exoneração, é segurado obrigatório do RGPS.
11/08/2020 CTC-2020-005: Aula 02 - Regime Próprio de Previdência Social - RPPS
https://escolapep.inss.gov.br/mod/page/view.php?id=7957 2/10
CONTRIBUIÇÃO DOS SERVIDORES EFETIVOS DA UNIÃO
A EC 103/2019, que instituiu as novas regras de Previdência Social, alterou também as alíquotas de
contribuição dos servidores público de cargo efetivo da União.
Para quem recebe:
- Até um salário mínimo: 7,5%
- Entre um salário mínimo e R$ 2 mil: 9%
- Entre R$ 2 mil e R$ 3 mil: 12%
- Entre R$ 3 mil e o teto do RGPS: 14%
- Entre o teto do RGPS e R$ 10 mil: 14,5%
- Entre R$ 10 mil e R$ 20 mil: 16,5%
- Entre R$ 20 mil e o teto constitucional: 19%
- Acima do teto constitucional: 22%
 
CONTRIBUIÇÃO DOS SERVIDORES EFETIVOS DA UNIÃO
As novas alíquotas estão em vigor desde março de 2020, isto é, no quarto mês subsequente ao da data da
publicação da Emenda.
Importante ressaltar que as alíquotas passaram a incidir sobre cada faixa de remuneração, de forma
semelhante ao cálculo do Imposto de Renda. Assim, por exemplo, um trabalhador que ganha exatamente o
teto do RGPS em 2019 (R$ 5.839,35) pagará uma alíquota efetiva total de 11,69%.
CONTRIBUIÇÃO DOS APOSENTADOS E PENSIONISTAS DO
RPPS
A contribuição dos aposentados e pensionistas será calculada da mesma forma dos servidores ativos da
União, como acabamos de ver na tela anterior.
Observe um exemplo do cálculo:
Proventos (salário) = R$ 4.000,00 - Teto do RGPS para 2019 = R$ 5.839,45
Cálculo:
Alíquota 1 – R$ 998,00 x 7,5% = R$ 74,85
Alíquota 2 – R$ 1.002,00 × 9% = R$ 90,18
Alíquota 3 – R$ 1.000,00 × 12% = R$ 120,00
Alíquota 4 – R$ 1.000,00 × 14% = R$ 140,00
Total da contribuição por mês: R$ 425,03 (alíquota efetiva 10,63%)
Fonte: Calculadora Nova Previdência
https://www.servicos.gov.br/calculadora/
11/08/2020 CTC-2020-005: Aula 02 - Regime Próprio de Previdência Social - RPPS
https://escolapep.inss.gov.br/mod/page/view.php?id=7957 3/10
ATENÇÃO!
A contribuição dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios pode ser definida por
meio de legislação própria de cada ente, com percentuais que variam entre 11% e 22%,
não podendo ser inferior à contribuição do servidor, nem superior ao dobro desta,
observado o cálculo atuarial anual.
EXCLUSÃO NO RPPS
Há servidores públicos que não são amparados por RPPS, sendo-lhes aplicado a cobertura previdenciária do
RGPS:
 O servidor da União, Estado, Distrito Federal ou Município, incluídas suas Autarquias e Fundações,
ocupante, exclusivamente, de cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração.
 O servidor titular de cargo efetivo de Município que ainda não instituiu Regime Próprio de Previdência
Social.
 O ocupante de emprego público da União, Estado, Distrito Federal ou Município, incluídas suas
Autarquias e Fundações (Ex: empregado dos Correios, da Caixa Econômica Federal, do Banco do
Brasil).
 O servidor contratado pela União, Estado, Distrito Federal ou Município, bem como pelas respectivas
Autarquias e Fundações, por tempo determinado, para atender a necessidade temporária de excepcional
interesse público.
 O exercente de mandato eletivo federal, estadual ou municipal, desde que não vinculado a Regime
Próprio de Previdência Social.
BENEFÍCIOS PARA CONTRIBUINTE E DEPENDENTES DE RPPS DA UNIÃO
Acompanhe agora quais são os benefícios destinados aos segurados e dependentes dos RPPSs da União
Federativa do Brasil.
2. BENEFÍCIOS DO RPPS DA UNIÃO
Os regimes de previdência, para existirem, precisam conceder determinados benefícios. Nesta aula
trataremos desses benefícios previdenciários destinados aos servidores públicos civis da União.
11/08/2020 CTC-2020-005: Aula 02 - Regime Próprio de Previdência Social - RPPS
https://escolapep.inss.gov.br/mod/page/view.php?id=7957 4/10
Não seria possível tratar de todos os regimes próprios de previdência existentes no Brasil pois eles podem
variar de acordo com as leis locais que os regem em cada município, estado da federação ou Distrito Federal.
Assim, focaremos no RGPS da União.
A Lei n° 9.717/98, que dispõe sobre as regras gerais dos Regimes Próprios de Previdência Social, determina
no Art. 5º, que os regimes próprios de previdência não poderão conceder benefícios distintos dos previstos no
RGPS, salvo disposição em contrário da Constituição Federal.
AS NOVAS REGRAS DE PREVIDÊNCIA SOCIAL PARA
APOSENTADORIA
As novas regras de Previdência Social entraram em vigor na data de publicação da Emenda Constitucional nº
103 no Diário Oficial da União, em 13 de novembro de 2019. As novas regras também valem para segurados
do Regime Próprio de Previdência Social (RPPS) da União.
Para os servidores públicos federais, que contribuem para o Regime Próprio de Previdência Social
(RPPS) da União, a nova regra geral de aposentadoria exige os seguintes critérios:
Idade mínima: 62 anos para mulheres e 65 para os homens;
Contribuição: pelo menos 25 anos de contribuição, 10 anos de serviço público e 5 anos no cargo em que
se dará a aposentadoria.
Para os servidores públicos federais queingressaram na carreira a partir de 1° de janeiro de 2004
O cálculo do benefício será semelhante ao do Regime Geral − com 20 anos de contribuição, 60% da média
de todas as contribuições, aumentando dois pontos percentuais a cada ano a mais de contribuição (tanto
homens quanto mulheres).
Para os que ingressaram no serviço público até 31 de dezembro de 2003
Ficará mantida a integralidade − o valor da aposentadoria será o do último salário, desde que atendidos os
requisitos das regras de transição.
REGRAS DE TRANSIÇÃO DA APOSENTADORIA
http://www.in.gov.br/en/web/dou/-/emenda-constitucional-n-103-227649622
11/08/2020 CTC-2020-005: Aula 02 - Regime Próprio de Previdência Social - RPPS
https://escolapep.inss.gov.br/mod/page/view.php?id=7957 5/10
Para os servidores públicos da União, haverá duas opções de transição:
1) Transição por sistema de pontos e idade mínima
Servidores federais também poderão se aposentar pelo sistema de pontos, que exigirá 86 pontos para
mulheres e 96 pontos para homens (em 2019), desde que cumpram também o requisito de idade mínima, que
começa em 56 anos para as mulheres e em 61 anos para os homens, em 2019 – passando para 57 e 62 anos,
respectivamente, em 2022. A cada ano será exigido mais um ponto, chegando a 105 para os homens, em
2028, e a 100 para as mulheres, em 2033.
O tempo de contribuição mínimo será de 30 anos, para servidoras, e de 35 anos para servidores. Todos
deverão ter, pelo menos, 20 anos de serviço público e 5 anos no cargo em que se dará a aposentadoria.
Poderão se aposentar com o valor integral do último salário na ativa as mulheres que tiverem completado 62
anos e os homens a partir dos 65 anos, desde que tenham ingressado na carreira até 31 de dezembro de 2003.
Para quem tiver ingressado a partir de 2004, o cálculo seguirá a regra geral da Nova Previdência: 60% da
média de todas as contribuições mais dois pontos percentuais a cada ano de contribuição que exceder 20 anos
(tanto homens quanto mulheres).
Professores da educação básica terão redução de cinco anos na idade e no tempo de contribuição, e a
pontuação partirá de 81 pontos para a professora e de 91 para o professor, aumentando um ponto, até atingir
92 para mulheres e 100 para homens. Para isso, esses professores deverão comprovar, exclusivamente, tempo
de efetivo exercício das funções de magistério na educação infantil ou nos ensinos fundamental e médio.
2) Transição com idade mínima e pedágio de 100%
Essa regra estabelece uma idade mínima e um pedágio de 100% do tempo que faltar para atingir o tempo
mínimo de contribuição (30 anos para elas e 35 anos para eles). Para servidoras, a idade mínima será de 57
anos e para os servidores, de 60 anos. Também será necessário comprovar 20 anos no serviço público e 5
anos no cargo em que se dará a aposentadoria. O benefício será equivalente à última remuneração, para quem
tiver ingressado na carreira até 31 de dezembro de 2003, ou a 100% da média de todos os salários desde
julho de 1994, para os que ingressaram a partir de 2004.
Professores da educação básica que comprovarem, exclusivamente, exercício da função de magistério na
educação infantil ou no ensino fundamental e médio terão redução de cinco anos na idade e no tempo de
contribuição. 
APOSENTADORIA POR INCAPACIDADE PERMANENTE (INVALIDEZ)
Os servidores públicos podem perder a capacidade laborativa, necessitando de proteção previdenciária para si
e sua família. O servidor que apresentar incapacidade permanente para o trabalho (estabelecido em laudo
médico pericial) tem direito à aposentadoria por invalidez. 
O servidor aposentado por invalidez recebe proventos proporcionais ao tempo de contribuição, a não ser
quando a invalidez é proveniente de acidente em serviço, moléstia profissional ou doença grave, contagiosa
ou incurável, na forma da lei.
ABONO DE PERMANÊNCIA
O servidor titular de cargo efetivo da União que tenha completado as exigências para a aposentadoria
voluntária e que opte por permanecer em atividade poderá fazer jus a um abono de permanência equivalente,
no máximo, ao valor da sua contribuição previdenciária, até completar a idade para aposentadoria
compulsória.
11/08/2020 CTC-2020-005: Aula 02 - Regime Próprio de Previdência Social - RPPS
https://escolapep.inss.gov.br/mod/page/view.php?id=7957 6/10
APOSENTADORIA COMPULSÓRIA
No âmbito dos regimes próprios (RPPS), a aposentadoria compulsória do servidor público é de 75 anos de
idade:
Os servidores titulares de cargos efetivos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios,
incluídas suas autarquias e fundações.
Os membros do Poder Judiciário.
Os membros do Ministério Público.
Os membros das Defensorias Públicas.
Os membros dos Tribunais e dos Conselhos de Contas.
APOSENTADORIA COM REQUISITOS E CRITÉRIOS DIFERENCIADOS
Até que lei discipline o § 4º-A do art. 40 e o inciso I do § 1º do art. 201 da Constituição Federal, a
aposentadoria do servidor público federal com deficiência vinculado a RPPS, desde que cumpridos o tempo
mínimo de 10 (dez) anos de efetivo exercício no serviço público e de 5 (cinco) anos no cargo efetivo em que
for concedida a aposentadoria, será concedida na forma da Lei Complementar nº 142, de 8 de maio de 2013,
inclusive quanto aos critérios de cálculo dos benefícios.
O disposto acima foi estabelecido na EC 103/2019 que institui as novas regras de Previdência Social.
3. BENEFÍCIOS PARA DEPENDENTES NO RPPS
Na aula anterior vimos os benefícios previdenciários destinados aos servidores públicos civis da União.
Agora veremos os benefícios previdenciários a que seus dependentes têm direito.
Vale lembrar que estamos tratando exclusivamente do RGPS dos servidores da União.
A Lei n° 9.717/98, que dispõe sobre as regras gerais dos Regimes Próprios de Previdência Social, determina
no Art. 5º, que os regimes próprios de previdência social não poderão conceder benefícios distintos dos
previstos no RGPS, salvo disposição em contrário da Constituição Federal.
11/08/2020 CTC-2020-005: Aula 02 - Regime Próprio de Previdência Social - RPPS
https://escolapep.inss.gov.br/mod/page/view.php?id=7957 7/10
3.1 PENSÃO POR MORTE
Com a edição da EC 103/2019 as regras mudam para quem vai receber Pensão por morte. Observe como é
realizado o cálculo com as novas regras.
O pagamento será de 50% do valor da aposentadoria acrescido de 10% para cada dependente:
1 dependente: 60% da aposentadoria do(a) falecido(a)
2 dependentes: 70%
3 dependentes: 80%
4 dependentes: 90%
5 ou mais dependentes: 100%
PENSÃO POR MORTE PARA DEPENDENTES INVÁLIDOS OU COM DEFICIÊNCIA GRAVE
O pagamento será de 100% do valor da aposentadoria no Regime Geral, sem exceder o teto. No caso de
servidores públicos da União, do valor que exceder o teto será pago 50% mais 10% por dependente.
PENSÃO POR MORTE PARA CÔNJUGES OU COMPANHEIROS DE POLICIAIS E DE
AGENTES PENITENCIÁRIOS 
Com o falecimento desses segurados por agressão sofrida em decorrência do trabalho, os dependentes terão
direito à pensão integral – valor correspondente à remuneração do cargo.
LIMITE DO CÁLCULO DA PENSÃO POR MORTE
Nos casos em que a lei permitir acúmulo de benefício, serão pagos 100% do benefício de maior valor a que a
pessoa tem direito, mais um percentual da soma dos demais. Esse percentual vai variar de acordo com o valor
do benefício:
- 100% do valor até um salário mínimo;
- 60% do valor que estiver entre um e dois salários mínimos;
- 40% do que estiver entre dois e três salários;
- 20% entre três e quatro salários mínimos; e
- 10% do que ultrapassar quatro salários mínimos.
PENSÃO POR MORTE
Observe um exemplo de cálculo da Pensão por Morte.
11/08/2020 CTC-2020-005: Aula 02 - Regime Próprio de Previdência Social - RPPS
https://escolapep.inss.gov.br/mod/page/view.php?id=7957 8/10
 ILUSTRAÇÃO DE CASO
Uma mulher que receba aposentadoria de R$ 2.500 mensais e fique viúva do marido que
recebia aposentadoria de R$ 3.000. A viúva é a única dependente. Nesse caso, a
aposentada continuaria recebendo integralmente a aposentadoria de R$ 2.500(benefício
de maior valor). Aplicando-se a nova regra da pensão por morte, seu valor passaria a ser
de R$ 1.800,00 (60% do valor da aposentadoria do marido). Sobre esse valor são
aplicadas as cotas de acúmulo do benefício, conforme explicado abaixo:
Aposentadoria: R$ 2.500,00 (benefício mais vantajoso, pois tem valor maior que a
pensão; continuará recebendo integral)
Pensão: R$ 3.000,00 x 60% = R$ 1.800,00 ⇒ R$ 998,00 (100% do salário mínimo
2019*) + (R$ 802,00 x 60%) = R$ 998,00 + R$ 481,20 = R$ 1.479,20
Irá receber, na somatória dos dois benefícios, R$ 3.979,20 (R$ 2.500,00 + R$
1.479,20).
*Cálculo realizado com base no salário mínimo de 2019, quando foi aprovada EC 103/2019. Vai variar de
acordo com o Salário Mínimo de cada exercício.
 
Um outro ato normativo, a Lei 13.135/15, trouxe também inovações referentes à pensão por morte dos
segurados amparados pelo RGPS que são aplicadas, também, ao servidor público federal, no que couber.
A pensão por morte é um benefício relacionado à proteção da família, pago diretamente aos dependentes do
servidor que falecer, aposentado ou não.
Esse benefício visa assegurar aos dependentes os meios de subsistência, de modo a garantir que suas
necessidades sejam supridas, tendo em vista o princípio constitucional da dignidade da pessoa humana. A
pensão poderá ser requerida a qualquer tempo, prescrevendo tão-somente as prestações exigíveis há mais de
5 (cinco) anos.
PERDA DO DIREITO À PENSÃO POR MORTE
De acordo o disposto na Lei n º 13.135/15, perde o direito à pensão por morte:
o dependente condenado pela prática de crime de que tenha dolosamente resultado a morte do segurado.
o cônjuge, o companheiro ou a companheira se comprovada, a qualquer tempo, simulação ou fraude no
casamento ou na união estável, ou a formalização desses com o fim exclusivo de constituir benefício
previdenciário, apuradas em processo judicial no qual será assegurado o direito ao contraditório e à ampla
defesa.
A perda do direito ao benefício ocorrerá somente se a morte do cônjuge tiver sido causada de forma
DOLOSA, isto é, quando se comprovar que o dependente cometeu crime com intenção de matar.
PENSÃO PROVISÓRIA POR MORTE PRESUMIDA
Há previsão para a concessão da pensão por morte presumida do servidor aos dependentes em caso de morte
presumia. As seguintes situações ensejam o direito à pensão provisória por morte presumida do servidor:
11/08/2020 CTC-2020-005: Aula 02 - Regime Próprio de Previdência Social - RPPS
https://escolapep.inss.gov.br/mod/page/view.php?id=7957 9/10
Declaração de ausência, pela autoridade judiciária competente;
Desaparecimento em desabamento, inundação, incêndio ou acidente não caracterizado como em serviço;
Desaparecimento no desempenho das atribuições do cargo ou em missão de segurança.
Esta pensão provisória será transformada em vitalícia ou temporária, conforme o caso, após decorridos cinco
anos de sua vigência, ressalvado o eventual reaparecimento do servidor público, hipótese em que o benefício
será automaticamente cancelado.
DURAÇÃO DA PENSÃO POR MORTE
A pensão por morte para cônjuges, companheiros ou companheiras dos servidores federais, poderá ser
temporária ou vitalícias, segundo alguns critérios:
a quantidade de contribuições do servidor;
o tempo de casamento ou união estável do servidor;
a expectativa de sobrevida do cônjuge ou companheiro verificada no momento da morte do segurado,
conforme tabela do IBGE.
Se houver o mínimo, de 18 contribuições e mais de 2 anos de casamento ou união estável, poderá instituir a
pensão por morte com duração conforme idade do dependente. Caso contrário, a pensão por morte terá
duração de apenas 04 (quatro) meses.
DURAÇÃO DA PENSÃO POR MORTE
A pensão poderá durar:
a) 3 anos, se o cônjuge ou companheiro tiver menos que 21 anos de idade;
b) 6 anos, se o cônjuge ou companheiro tiver entre 21 e 26 anos de idade;
c) 10 anos, se o cônjuge ou companheiro tiver entre 27 e 29 anos de idade;
d) 15 anos, se o cônjuge ou companheiro tiver entre 30 e 40 anos de idade;
e) 20 anos, se o cônjuge ou companheiro tiver entre 41 e 43 anos de idade;
f) será vitalícia, se o cônjuge ou companheiro tiver mais que 44 anos de idade.
DURAÇÃO DA PENSÃO POR MORTE
Esses prazos são aplicados quando o óbito for de acidente de qualquer natureza ou doença profissional ou do
trabalho, independentemente do recolhimento de 18 contribuições ou comprovação de 2 anos de
casamento/união estável. Se cônjuges/companheiros forem inválidos ou com deficiência, terão direito ao
benefício enquanto permanecerem nessa condição.
PERDA DA QUALIDADE DE BENEFICIÁRIO
Algumas situações podem gerar a perda da qualidade de beneficiário da pensão por morte no RPPS da União.
As seguintes hipóteses que ensejam a perda da qualidade de beneficiário:
o seu falecimento;
a anulação do casamento, quando a decisão ocorrer após a concessão da pensão ao cônjuge;
11/08/2020 CTC-2020-005: Aula 02 - Regime Próprio de Previdência Social - RPPS
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a cessação da invalidez, em se tratando de beneficiário inválido;
o afastamento da deficiência, em se tratando de beneficiário com deficiência;
o levantamento da interdição, em se tratando de beneficiário com deficiência intelectual ou mental que o
torne absoluta ou relativamente incapaz;
PERDA DA QUALIDADE DE BENEFICIÁRIO
o implemento da idade de 21 anos, pelo filho ou irmão;
a percepção cumulativa de pensão deixada por mais de um cônjuge ou companheiro ou a percepção
cumulativa de mais de duas pensões;
pelo decurso do prazo de recebimento de pensão, de acordo com a expectativa de sobrevida do
dependente, conforme IBGE;
após o prazo de 4 meses quando o óbito ocorrer sem que o segurado tenha vertido 18 contribuições
mensais ou se o casamento ou a união estável tiverem sido iniciados em menos de 2 anos antes do óbito
do segurado, para cônjuge, companheiro ou companheira;
para cônjuge ou companheiro, se inválido ou com deficiência, pela cessação da invalidez ou afastamento
da deficiência, respeitados os prazos citados nos dois itens anteriores.
3.2 AUXÍLIO-RECLUSÃO
O auxílio-reclusão é um benefício que garante aos dependentes do servidor público uma parte da sua
remuneração enquanto estiver sofrendo a pena de privação de liberdade.
Nem todos os servidores têm direito a esse benefício. Somente aqueles que forem de baixa renda, conforme o
disposto no art. 13 da Emenda Constitucional 20/1998.
Assim, terão direito ao benefício somente os servidores que possuem renda bruta mensal igual ou inferior ao
valor estipulado anualmente por Portaria do Ministério da Economia.
A Lei 13.135/15 dispõe que o auxílio-reclusão será devido nas mesmas condições da pensão por morte aos
dependentes do segurado recolhido à prisão, no que couber, como a durabilidade do benefício.

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