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Características Gerais Presença de glândulas mamárias Cobertura de pêlos Diafragma muscular que separa as vísceras da cavidade torácica Grandes lobos olfativos Ossos elaborados para uma melhor suspensão e segurança da mucosa nasal Nowak, MacDonald et al., 2004; Rose e Archibald, 2005 Presença de dentes carniceiros Perda do terceiro molar Aumento da caixa craniana Fusão dos ossos escafóide e lunar Desenvolvimento da borda lateral do basiocipital 1 História Evolutiva Miacídeos Surgiram há 62 milhões de anos Pequenos e habitantes de florestas Ossos escafóides e lunar ainda não eram fusionados Ausência de bula auditiva ossificada Ocupação da Ásia, Europa e América do Norte Flynn e Nedbal, 1998; Radinsky, 1981; Gittle Man, 1986; Ewer, 1998; Van Valkenburgh, 1999 2 História Evolutiva Miacídeos E QUAL SERIA A RELAÇÃO ANCESTRAL DOS MIACÍDEOS COM OS CARNÍVOROS MODERNOS? Viverravidae Miacidae 2 História Evolutiva A ocupação do restante do continente americano se deu há 9 milhões de anos (Mioceno Superior) Representantes da América do Norte (semelhantes a Guaxinins) iniciaram sua migração para América Central e do Sul Eisenberg e Redford, 1999; Indrusiak e Eizirik, 2003 2 PNAS Vol 103 Filogenia 3 Feliformia x Caniformia 3 Subordem Feliformia Subordem Caniformia TERRESTRES TERRESTRES AQUÁTICAS Felidae Canidae Otariidae Herpestidae Mustelidae Odobenidae Hyaenidae Ursidae Phocidae Viverridae Procyonidae Mephitidae Classificação 3 Filogenia 3 Bininda-Emonds et al., 1998 Subordem Feliformia Feloidea Grandes predadores de vertebrados Menor número de dentes Crânio mais curto Bula auditiva dividida em duas câmaras Maioria das espécies é digitígrada Eisenberg e Redford, 1999 4 Subordem Feliformia Felidae Dividida em 2 subfamílias: Felinae e Pantherinae Maioria das espécies é noturna, de hábitos solitários e necessitam de uma grande área Patas providas de garras fortes, afiadas e retráteis Caninos fortes e dentes carniceiros bem desenvolvidos Superfície dorsal da língua com aspecto de lixa 8 espécies de felídeos ocorrem no Brasil Felídeos neotropicais são divididos em 3 linhagens: maracajá, puma e pantera (OLIVEIRA E CASSARO, 2005) A maioria dos felídeos selvagens é classificada sob algum grau de ameaça e algumas espécies estão em um grau crítico de perigo de extinção Wozencraft, 2005; Oliveira e Cassaro, 2005; IUCN, 2006; Margarido e Braga, 2004 Leopardus pardalis 4 Família Felidae no Brasil 4 Leopardus wiedii (gato-maracajá) Puma concolor (onça-parda) Panthera onca (onça-pintada) Subordem Feliformia Herpestidae Cabeça pequena, focinhos pontiagudos e orelhas curtas e arredondadas Crânio longo e achatado Alimentam-se de uma ampla variedade de animais, incluindo pequenos mamíferos, aves, répteis, insetos e caranguejos São principalmente africanos, porém difundidos também na Ásia e no sul da Europa Vários gêneros estão restritos a Madagascar Vaughan, 2000; Wilson, 1993; Feldhamer, 1999 4 Subordem Feliformia Hyaenidae 4 espécies alocadas em quatro gêneros Disparidade no comprimento entre os membros dianteiro e traseiro Postura digitigrade Garras não retráteis A fêmea do gênero Crocuta possui clitóris alargado e 2 bolsas escrotais São caçadores qualificados Bando dividido em clãs Caçam e limpam presas de grandes vertebrados São encontrados na África, Ásia e Índia Feldhamer, 1999; Wilson, 1993 4 Subordem Feliformia Viverridae Garras podem ser retráteis Glândulas perianas (não anais) Civet Caçadores noturnos Alimentam-se de vertebrados pequenos (incluindo carniça), insetos, vermes, crustáceos, moluscos Algumas espécies são estritamente carnívoras, outras incluem frutas e raízes em suas dietas A maioria é fortemente arbórea São nativos do sul da Europa, Ásia e África Vaughan, 2000; Wilson, 1993; Feldhamer, 1999 4 Subordem Caniformia Canoidea Hábitos alimentares distintos Caninos menos especializados Crânio mais alongado Unhas não retráteis Báculo bem desenvolvido Existem espécies de hábitos predominantemente arborícolas *situação dos pinípedes Eisenberg e Redford, 1999; Indrusiak e Eizirik, 2003 5 Subordem Caniformia Canidae Possuem tamanho mediano a grande 5 dedos na pata anterior, sendo o primeiro reduzido 4 dedos na pata posterior A maioria possui dieta onívora e oportunista, tendo variação sazonal Ocorrem em todos os continentes menos na Antártida No Brasil, são encontrados em todos os biomas Rodrigues & Auricchio,1994; Cheuda, 2002; Nakano-Oliveira,2002 Chrysocyon brachyurus 5 Família Canidae no Brasil 5 Speothos venaticus (cachorro-do-mato-vinagre) Atelocynus microtis (cachorro-do-mato- de-orelha-curta) Lycalopex vetulus (raposa-do-campo) Subordem Caniformia Otariidae Pinedo et al.,1992; Eisenberg e Redford, 1999; Barbieri, 2004; Feldhamer et al., 1999 Macho maior que a fêmea São adaptados à vida aquática, porém diferente dos Cetaceos, têm adaptações terrestres Corpo fusiforme Membros curtos e robustos Orelhas reduzidas Grossa camada de gordura Machos territorialistas e poligâmicos Alimentam-se de peixes, crustáceos,cefalópodes e ocasionalmente, pinguins Arctocephalus australis 5 Família Otariidae no Brasil 5 Otaria flavescens (leão-marinho- do-sul) Arctocephalus australis (lobo-marinho- do-sul) Arctocephalus tropicalis ( lobo-marinho subantártico) Subordem Caniformia Mustelidae Nowak, 1999; Silva, 1994; Pimentel et al., 2001; Feldhamer et al., 1999 Apresentam hábito aquático, terrestre ou arborícola São predadores altamente especializados São plantígrados com 5 dedos em todos os membros Mandíbula fortemente encaixada no crânio Glândula anal bem desenvolvida Alimentam-se principalmente de carne, mas algumas espécies são predominantemente onívoras e piscívoras Ocorrem em todo o mundo, com exceção da Antártica e Austrália Lontra longicaudis 5 Família Mustelidae no Brasil 5 Mustela africana (doninha-amazônica) Pteronura brasiliensis (ariranha) Eira barbara (papa-mel) Galictis cuja (furão-pequeno) Subordem Caniformia Mephitidae Vaughan et al., 2000; Nowak, 1999; Kruska, 1990 Hábito predominantemente noturno e onívoro Alimentação no geral: matéria vegetal, invertebrados e pequenos vertebrados (cobras, aves e roedores) No Brasil ocorrem apenas duas espécies dessa família: Conepatus chinga e Conepatus semistriatus, ambas com baixo risco de extinção Glândula de odor que produz uma substância utilizada em situações de ameaça e que são lançadas até 6 metros de distância Conepatus chinga 5 Família Mephitidae no Brasil 5 Conepatus chinga (zorrilho) Conepatus semistriatus (jaritataca) Subordem Caniformia Ursidae Flynn, 2005; Wozencraft, 1993 Crânios enormes, com incisivos não especializadas, caninos alongados, pré-molares reduzidos Garras robustas, recurvadas e não retráteis Os ursos são geralmente solitários, com exceção das mães com seus filhotes Os ursos são mais frequentemente noturnos ou crepusculares Visão e audição não são bem desenvolvidas Olfato bem desenvolvido Onívoros e oportunistas São encontrados em todos os continentes, exceto a Antártida e a Austrália 5 Subordem Caniformia Procyonidae Eisenberg e Redford, 1999; Emmons e Feer, 1997 Distribuição por todo o continente americano Possuem 5 dedos em cada membro e garras não retráteis São adaptados a uma grande variedade de habitats Alimentam-se no geral de frutos, néctar, invertebrados e pequenos vertebrados Possuem a capacidade de escalar árvores Criam seus filhotes em ninhos arbóreos Nasua nasua 5 Família Procyonidae no Brasil 5 Nasua nasua (quati) Potos flavus(jupará) Procyon cancrivorus (mão-pelada ) Subordem Caniformia Phocidae Vaughan, 2000; Feldhamer, 1999 Não possuem ouvido externo Corpo fusiforme Garras bem desenvolvidas Em adultos, o pelo é muitas vezes rígido e curto Alimentam-se de peixe, lulas, polvo e marisco, plancton e uma espécie preda pinguins e focas pequenas A estrutura social dos fócidos varia de espécie para espécie Amplamente distribuídos ao longo das costas Algumas espécies também são encontradas nas localidades tropicais intermediárias e em alguns lagos e rios de água doce 5 Subordem Caniformia Odobenidae Wilson, 1993; Vaughan, 1986 Uma única espécie compõe essa família: Odobenus rosmarus Machos maiores que as fêmeas Pele grossa e enrugada Presas Formam rebanhos Possuem excelente visão Encontradas nos mares do norte Espécie considerada vulnerável 5 Importância Importância ecológica: Controle de população Dispersão de sementes Regulação dos ecossistemas Importância econômica: Positiva Negativa Solé & Terborgh, 1999 6 Status de Conservação Mundial 7 Status de Conservação Mundial 7 Diversidade e status de conservação no Brasil 8 Diversidade e status de conservação no Brasil 8 29 espécies (Machado et al., 2005 Subordem Feliformia Subordem Caniformia Família Canidae (5 gêneros, 6 espécies) Família Otariidae (2 gêneros, 3 espécies) Família Mustelidae (5 gêneros, 6 espécies) Família Mephitidae (1 gênero, 2 espécies) Família Procyonidae (4 gêneros, 4 espécies) Família Felidae (3 gêneros, 8 espécies) Status de Conservação no Brasil 9 Status de Conservação no Brasil 9 Obrigado (a) pela atenção Referências 10 ROSE, Kenneth D.; 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