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Flauta-nativa-americana

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Venda proibida. Apostila com fins didáticos, de uso livre e gratuito. 
Apostila Para Flauta Nativa Americana - 
NAF 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Venda proibida. Apostila com fins didáticos, de uso livre e gratuito. 
Apostila – Flauta Nativa Americana (NAF) 
 
Compartilhamos novamente com vocês a apostila para NAF, revista e 
formatada. Realizamos algumas alterações para melhor elucidação dos conteúdos, 
assim como outra formatação e correção gramatical. 
 
O material, recordando-lhes, é um angario do que conseguimos sobre teoria 
e métodos para a flauta nativa americana (NAF), ou como gostam de chamar, 
“flauta do amor”. Como sabemos, não há praticamente nenhum material disponível 
no nosso idioma primeiro, o português; e como obtemos certo domínio da flauta, 
transcrevemos em forma de apostila o conhecimento que alcançamos para que 
possa ser útil a você, que também se interessa por este instrumento! 
 
A parte teórica musical que assentamos no início da apostila serve como 
lembrete ou ponto de partida. E logo a seguir, damos início ao curso para a NAF. Se 
você tem interesse em se ampliar com a NAF, sugiro-lhe que se dedique na teoria 
musical; o estudo da teoria garantirá muitos progressos na flauta, permitindo que 
você leia as partituras com facilidade... E, quem sabe, você possa compor suas 
próprias canções? 
 
Há muitos livros e conteúdos que podem ser utilizados, incluindo bons 
materiais disponíveis na rede, em blogs, tutorias etc. Ao final dessa apostila deixo-
lhes alguns links de downloads de livros e manuais que poderão te ajudar. 
Certo? 
Possa esta apostila servir como apoio! 
Bom estudo! 
Wicapi 
 
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Índice: 
 
I. Noções básicas de teoria musical..................................................................................................7 
 
II. Um pouco sobre a escala pentatônica.....................................................................................21 
 1. A escala pentatônica maior..........................................................................................................22 
 2. A escala pentatônica menor.........................................................................................................23 
 3. Outras escalas pentatônicas.........................................................................................................25 
 4. Aplicações............................................................................................................................................26 
 
III. Voltando as origens..........................................................................................................................28 
 1. A lenda da primeira Flauta Nativa Americana....................................................................29 
 
IV. Teoria para a flauta nativa americana..................................................................................34 
 1. Obtendo sua flauta NAF.................................................................................................................36 
 2. Conhecendo a sua NAF..................................................................................................................38 
 3. O Sistema SNAFT..............................................................................................................................39 
 4. As escalas nas NAF’s........................................................................................................................46 
 4.1 Um pouco sobre os Modos.......................................................................................................54 
 5. Como posicionar a sua NAF.........................................................................................................56 
 6. Sobre as afinações ..........................................................................................................................60 
 7. Juntando a teoria com a prática................................................................................................64 
 7.1 Técnicas de ataque e duração.........................................................................................65 
 7.2 Técnicas de ritmo ou metro............................................................................................73 
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 7.3 Técnicas de execução das notas....................................................................................83 
 7.4 Técnicas dos ornamentos................................................................................................85 
 Escapar o ar......................................................................................................................87 
 Corte do ar........................................................................................................................88 
 Queda..................................................................................................................................89 
 Estouro..............................................................................................................................90 
 Notas grace......................................................................................................................92 
 a. Mordentes inferiores.....................................................................................94 
 b. Mordentes superiores...................................................................................95 
 c. Mordentes extendidas...................................................................................96 
 Volta.......................................................................................................................................97 
 Volta invertida...................................................................................................................97 
 Volta vertical ascendente e descendente...............................................................98 
 Volta vertical extendida.................................................................................................99 
 Correr..................................................................................................................................100 
 Trinado...............................................................................................................................102 
 Pitch Bends (curvas lançadas).................................................................................103 
 Slides (deslizamento)..................................................................................................104 
 Glissando...........................................................................................................................105 
 Técnicas da língua.........................................................................................................107 
 Casca...................................................................................................................................113 
 Estouro..............................................................................................................................114 
 Braçadeira........................................................................................................................115Nota espectro..................................................................................................................116 
 Gorjeio................................................................................................................................118 
8. Técnicas para destreza na execução.......................................................................................120 
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 a. Exercício da canção de escalas......................................................................120 
 b. Exercício de duração variável.......................................................................122 
 c. Exercícios das dinâmicas.................................................................................122 
 d. Exercícios da articulação variável..............................................................123 
 e. Exercício de ritmo..............................................................................................123 
 f. Exercício das escalas variáveis......................................................................124 
 g. Escalas tecidas.....................................................................................................124 
 h. Acrescentando notas........................................................................................124 
9. Aplicando os exercícios nas tablaturas ou partituras........................................................127 
10. Concluindo o que não se conclui..........................................................................................135 
11. Indicações de livros e manuais para estudo teórico....................................................141 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Venda proibida. Apostila com fins didáticos, de uso livre e gratuito. 
I. Noções básicas de teoria musical 
 
A flauta nativa americana (ou NAF) é um instrumento tocado com a 
alma. Na maioria das vezes, nós a executamos através do que se irradia de 
nossos corações, no exato momento que dedicamos a ela. Essa é uma das 
características deste instrumento. Não é uma flauta comum, presa a um 
sistema rígido, aficionado com uma estrutura musical definida. 
 
Porém, se você é um amante da música nativa e, fenece de vontade de 
executar as velhas canções dos nossos irmãos nativos americanos, será 
necessária dedicação em aprender a notação musical... (a menos que você 
tenha algum parente dos povos antigos e aprenda as canções de ouvido...). 
Por conseguinte, se quer aprofundar na NAF, ler partituras feitas para as 
canções nativas, e passar as suas próprias para o papel, você deve fazer um 
estudo paralelo de teoria musical. 
 
O tópico s seguir, “noção básica de teoria musical” é na verdade um 
resumo bem “enxuto” para você compreender certos conceitos que serão 
trabalhados. 
 
Portanto, esperamos que você procure algum material mais completo 
de teoria musical. Estude! Um pouquinho por dia, seguido da prática diária, 
em pouco tempo tocará todas as canções transpostas para a flauta nativa. 
Certo? 
Estude...! 
Então vamos lá! 
 
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 Som: é a vibração percebida pelo ouvido humano. O nosso ouvido 
percebe duas espécies de sons: musicais e não musicais; o som assume 
quatro propriedades: altura, duração, intensidade e timbre; 
 
 Música: é a arte de manifestar os diversos afetos da nossa alma mediante 
o som. Seus elementos mais importantes são: melodia, harmonia e ritmo; 
 
 Pentagrama ou pauta: é o conjunto de cinco linhas paralelas, horizontais 
e equidistantes, formando entre si quatro espaços. As linhas e espaços da 
pauta são contados de baixo para cima: 
 
 
 
 
 Linhas e espaços suplementares: muitas vezes estas cinco linhas e quatro 
espaços não são suficientes para se escrever todos os sons musicais, por 
isso, usam-se quando necessário, as linhas e espaços suplementares 
superiores e inferiores: 
 
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 Notas: são sete: dó - ré - mi - fá - sol - lá - si. Ouvindo-as sucessivamente 
forma-se uma série de sons que se nomeiam de escala: 
 
 
 
Há outra forma de nomear as notas, a que chamamos de cifras; elas são: 
A (lá); B (si); C (dó); D (ré); E (mi); F (fá); G (sol). São muito utilizadas 
nas tablaturas da NAF e nas músicas tradicionais ou populares. 
 
 Clave: é um símbolo colocado no início de uma pauta e serve para 
determinar o nome das notas e sua altura na escala. Há três sinais de 
clave: de sol, de fá e de dó (das letras G, F e C apareceram as atuais 
claves: sol, fá e dó). São elas que determinam os nomes e as alturas das 
notas; cada clave dá o seu próprio nome à nota escrita em sua linha: 
 
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 Figuras de notas: são desenhos representativos das notas. 
Veja abaixo a composição de uma figura de nota: 
 
 
 
 
Os nomes das figuras são: semibreve, mínima, semínima, colcheia, 
semicolcheia, fusa e semifusa. Como mostrado na figura acima (na 
mesma ordem). 
E cada figura de nota terá sua respectiva pausa que lhe corresponde ao 
tempo de duração. As pausas são figuras que indicam duração de 
silêncio. As figuras mais usadas atualmente são: 
 
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As pausas dessas notas são chamadas de: pausa da semibreve; pausa da 
mínima; pausa da semínima; pausa da colcheia; pausa da semicolcheia; 
pausa da fusa; pausa da semifusa. Como mostrado na figura acima. 
 
 Valores das notas: denominam a duração dos sons musicais. São várias 
as durações e podem ser positivas (notas) ou negativas (pausas). Mas... 
Um valor negativo para um som? Como funciona? Simples: os valores 
positivos representam os sons que nós ouvimos e fica a cargo dos valores 
negativos, representarem as pausas (silêncio) durante a música, veja: 
 
 
(valores dos tempos das notas) 
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Os números acima não são os valores absolutos. Eles apenas representam 
o valor das figuras, tomando como base a semibreve, cujo valor é um. 
 
 
 
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 Compasso: é o conjunto de figuras musicais de duração igual ou variável. 
As figuras que representam o valor das notas têm duração indeterminada 
(não tem valor fixo). Para que as figuras tenham um determinado valor 
na duração do som, é necessária a fórmula de compasso. Os compassos 
são divididos em duas categorias: simples e compostos. 
 
 Tempo: é um valor determinado na duração do som ou do silêncio 
(pausa). Os tempos podem ser agrupados de dois em dois (compasso 
binário), de três em três (compasso ternário), de quatro em quatro 
(compasso quaternário), de cinco em cinco (compasso quinário) e de sete 
em sete (compasso setenário), constituindo unidades métricas às quais se 
dá o nome de compasso. 
 
 Barras de compasso: são separadores no pentagrama; compõe-se de 
uma linha vertical, chamada barra de compasso ou barra simples ou 
ainda travessão. Usa-se para separarperíodos ou trechos da música: 
 
 
 
(Barra simples) 
 
(Barra dupla) 
 
 
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Para concluir a música, usa-se a barra final: 
 
 
 
E para indicar repetição de um trecho, usam-se barras de repetição: 
 
 
 
Existe ainda o símbolo Dal Segno Al Fine. Na execução da peça, se 
houver este símbolo, indica que o músico deverá voltar ao sinal gráfico 
(representado abaixo – como um S “cortado”) e seguir dali até a palavra 
fine, que indicará o final. Dal Segno é utilizado quando algum trecho 
compreendido entre este sinal e a palavra Fine, deve ser repetido. Pode 
também ser representado pelas letras D. S. Veja: 
 
 
 
 Fórmulas de compasso: são figuras que representam os valores das notas 
e das pausas e que têm duração "indeterminada", isto é, não têm um 
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valor fixo. Para determinar os valores das figuras precisamos da Fórmula 
de Compasso, que são dois números sobrepostos, indicados ao lado da 
clave, no início do primeiro compasso. Esse agrupamento de compassos, 
com tempos regulares, separados pelas barras divisórias, é indicado no 
início da pauta por números sobrepostos. O número que vem em cima 
indica quantos tempos teremos em cada compasso, cujo valor (ou 
qualidade) vem representado pelo número de baixo. O compasso recebe o 
nome do número de tempos que o compõem: para 4 tempos = 
quaternário (4/4); para 3 tempos = terciário (3/4); para 2 tempos = 
binário (2/4). Nos compassos quaternários, a semibreve (que é o inteiro) 
valerá 4 pontos, determinando assim os valores da mínima (2), da 
semínima (1), da colcheia (1/2), da semicolcheia (1/4), da fusa (1/8) e da 
semifusa (1/16). 
 
 
 
 
(Exemplo de compasso ternário ou 3/4) 
 
 
 Unidade tempo: é a figura que terá o valor igual a 1 dentro do compasso. 
 
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 Unidade de compasso: é a figura que, sozinha, preencherá todo o 
compasso. Por exemplo, em um compasso 4/4 a semibreve vale 4 
tempos. Ela sozinha preenche um compasso. 
 
 Escalas: é a sucessão de sons de alturas diferentes. A escala pode ser 
maior, menor e cromática. As escalas maiores e menores são formadas 
por 8 sons. Já a cromática é formada por 12 sons (todos os semitons). 
 
 Tom: é a soma de dois semitons (ou subtons ou meio tom). 
 
 Semitom: é um subtom, meio tom. É a menor distância entre duas notas. 
 
 Ligadura ou legato: quando algumas notas são representadas nas 
partituras ligadas por um semicírculo, indica que as notas são tocadas 
ligadas, ou seja, toca-se sem marcar as notas posteriores a primeira unida 
pelo legato. Na figura abaixo, a nota dó é tocada ligada, não se repete à 
segunda. Apenas prolonga-se a primeira, somando-se o valor das duas: 
 
 
 Ponto de aumento: é um ponto colocado à direita da cabeça da nota; 
utiliza-se o ponto de aumento para aumentá-la em metade do seu valor. 
É também utilizada nas figuras negativas (pausas). 
 
 
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 Anacruse: é a falta de tempo no primeiro compasso da música, sendo 
compensada no final. Se, por exemplo, você deparar com uma música em 
4/4 e que no primeiro compasso contenha apenas 1 tempo, tenha certeza 
que os 3 tempos restantes estarão no último compasso, seja em valores 
positivos (notas) ou negativos (pausa). 
 
 Solfejo: é o ato de "dizer ou cantar" o nome das notas e a contagem das 
pausas, obedecendo à métrica de divisão musical. Deve ser acompanhado 
por movimentos rítmicos e proporcionais. 
 
 Intervalos: intervalo é a diferença de altura entre dois sons. Conforme o 
número de sons que abrange, o intervalo pode ser de 2º, 3º, 4º, 5º, 6º, 
7º, 8º, 9º, etc. O intervalo pode ser: 
 
 
 
O intervalo também pode ser: 
- Melódico - quando as notas são ouvidas sucessivamente, podendo ser 
ascendente - quando a primeira nota for mais grave que a segunda, e 
descendente, quando a primeira nota for mais aguda que a segunda: 
 
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- Harmônico - quando as notas são ouvidas simultaneamente: 
 
 
 
 Fermata: fermata é um sinal que se coloca acima ou abaixo 
 de figuras ou pausas para aumentar sua duração por tempo 
indeterminado (não tem valor fixo). Também pode ser chamado de 
coroa ou infinito. Colocada sobre uma pausa chama-se suspensão; 
quando colocada sobre a barra de compasso, indica uma pequena 
interrupção entre dois sons. 
Exemplo de fermata na partitura: 
 
 
 
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 Acentuação métrica dos compassos: os tempos dos compassos obedecem 
a diversas acentuações, isto é, acentuações fortes e outras fracas. Essas 
acentuações constituem o acento métrico; por meio dele podemos 
reconhecer se o compasso é binário, ternário ou quaternário. 
 
 
 
 
 Contratempo: são notas executadas em tempo fraco ou parte fraca do 
tempo, ficando os tempos fortes ou partes fortes de tempo preenchidos 
por pausas. Podem ser regulares ou irregulares: 
 
 
 
 
* * * 
 
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Bem, terminamos aqui este resumo. 
Mas recordemo-nos que o conteúdo anterior, não substitui o estudo 
da teoria musical. Foi apenas para trazermos uma noção ou lembrança dos 
termos que iremos usar a seguir. 
Será necessário que você obtenha algum material didático de teoria ou 
pelo menos musicalização básica, para continuar e aprofundar nos estudos. 
Há muito, muito mais o que aprender. 
Correto? Quer se aprofundar mais...? 
Estude! 
Vamos lá? 
 
 
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II. Um pouco sobre a escala pentatônica 
 
 
A escala pentatônica é a escala utilizada na flauta nativa americana. 
Ao contrário do que muitos pensam, a escala pentatônica é muito 
antiga, porém muito utilizada em todo o mundo. Sua origem é nebulosa, não 
se sabe ao certo, mas aponta-se que ela foi usada ou recriada na Mongólia, 
Japão e Egito. Até hoje desempenha um papel muito importante em toda a 
música oriental, africana e especialmente na música “céltica”. Outros 
afirmam que ela foi reelaborada na China, por algum estudioso que reuniu 
as divisões melódicas propostas por Pitágoras: este descobriu que, se uma 
corda gerava uma nota "x" e fosse dividida ao meio, geraria a mesma nota, 
porém uma oitava acima; se a mesma corda fosse dividida em 3, geraria 
então outro intervalo harmônico e assim sucessivamente. A escala 
pentatônica organizada com as divisões propostas por Pitágoras gerava com 
isso seis intervalos distintos: si, dó, ré, mi, sol, lá. A proximidade da nota si 
para a nota dó era muito e, quando tocadas juntas, geravam uma 
dissonância. Por essa razão foi retirada a nota si desta escala, formando 
então apenas uma escala de 5 tons ou sons, batizada de pentatônica. Foi 
então o ponto inicial para a harmonia na música! 
As escalas receberam então esta denominação – pentatônicas – por 
serem compostas ou formadas pelas cinco notas ou tons. 
 
Mas elas, porém, são dividas em dois ramos, passandoa serem 
pentatônicas maiores e pentatônicas menores. Muitos músicos denominam-
na simplesmente de penta. 
 
 Este dois ramos, pentatônicas menores e maiores, são ouvidos em 
diversos estilos musicais como na música tradicional, no blues, o rock, e na 
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música pop. Enfim, nos estilos musicais mais ouvidos. Vejamos mais sobre 
elas: 
 
1. A escala pentatônica maior 
 
A escala pentatônica maior mais utilizada é aquela derivada da escala 
maior (ou jônica) quando retiramos o 4º e o 7º grau. No exemplo de escala 
pentatônica maior em Dó (C), temos: 
 
C D E G A 
Ou Dó Ré Mi Sol Lá 
 
 Repare que as notas naturais F (Fá) e B (Si) da escala maior foram 
suprimidas nesta escala pentatônica maior. 
 
T 2 3 + 5 6 ⇒ graus da escala 
 
 
Qualquer escala de cinco notas com a terça maior poderia ser 
considerada como uma pentatônica maior, porém esta forma acima é 
considerada a mais comum. 
 
 
Veja a seguir as escalas de notas pela pentatônica maior: 
 
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Escala Pentatônica Maior 
Tons 1, 2, 3, 5, 6 da escala maior, sem o 4 e 7 
 
 
 
 
2. A escala pentatônica menor 
 
O mesmo raciocínio feito para a construção da escala pentatônica 
maior, pode ser aplicado na elaboração da pentatônica menor. 
A pentatônica menor é baseada na escala menor natural, porém sem o 
2º e o 6º grau. 
 
 Veja o exemplo de uma escala pentatônica menor em Dó (C): 
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http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:EscalaPentatonicaMaior.png
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C Eb F G Bb 
Ou Dó Mi (bemol) Fá Sol Si (bemol) 
T b3 + 4 5 b7 ⇒ graus da escala 
 
Veja que qualquer escala de cinco notas com a terça menor poderia 
ser considerada uma pentatônica menor, porém esta é a mais usada. 
Esta é a escala preferida pelos músicos de blues, rock e metal. Eles 
costumam incluir ainda, uma sexta nota, no grau b5; esta é conhecida como 
blue note, formando assim uma escala típica do blues. 
 
Escala Pentatônica Menor 
Tons 1, 3, 4 ,5 ,7 da escala menor natural, sem o 2 e 6 
 
 
 
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Invertendo as notas desta mesma escala pentatônica maior, temos 
outras quatro escalas pentatônicas. Assim, a escala pentatônica maior de C 
(dó) começada na nota A (lá) formará à escala penta menor de A. 
 
 
3. Outras escalas pentatônicas 
 
Nós podemos montar escalas pentatônicas apenas utilizando cinco 
notas distintas. 
Veja: 
Pentas menores: 
 
C Eb F G Bb 
⇒ penta menor - sonoridade próxima da escala menor no blues. 
 
C Eb F Ab Bb 
 ⇒ penta menor - sonoridade próxima da escala frígia 
 
C Db F G Bb 
 ⇒ penta menor - sonoridade japonesa 
 
C Eb F G A 
⇒ penta menor - sonoridade jazz 
 
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C Eb F A Bb 
 ⇒ penta menor - sonoridade alterada 
 
Pentas maiores: 
 
C D E G A 
 ⇒ penta maior - sonoridade próxima da escala maior natural 
 
C D E G Bb 
 ⇒ penta maior - sonoridade próxima da escala mixolídia 
 
C D E Gb A 
⇒ penta maior - com sonoridade jazz ou lídio 
 
 
4. Aplicações 
 
As escalas pentatônicas maiores e menores são as escalas mais 
estáveis, pois não possuem intervalos de semitom e por isso são facilmente 
reproduzidas vocalmente. 
 
Elas são escalas mais imprecisas do que as escalas diatônicas de 7 
notas, mas mesmo assim são boas opções para o improviso. No blues é 
comum eles usarem a pentatônica menor para improvisar sobre um acorde 
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dominante maior. Por exemplo, costuma-se improvisar com a pentatônica 
menor de A (lá) no acorde A7 (lá maior dominante). 
Assim, para um mesmo acorde podemos escolher várias escalas 
pentas que soarão bem com ele… 
*** 
 
Ficou um pouco mais claro sobre a escala pentatônica? 
É sobre esta escala que trabalharemos no estudo da NAF. 
Vamos então à introdução da flauta nativa americana! 
 
 
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III. Voltando as origens 
 
 
 
“A Flauta Nativa Americana é reconhecida como uma legítima 
ferramenta de cura, que manifesta a voz da alma expressando nossas 
emoções e sentimentos. A Flauta Nativa oferece-nos uma viagem 
arrebatadora rumo ao mundo interior. Qualquer pessoa com ou sem dom e 
conhecimento musical pode ‘tocá-la’ facilmente”. 
 
 
A flauta nativa americana é também conhecida como Wayazo Tanka 
ou Siyo Tanka. Esta flauta é um instrumento de origem espiritual, difundido 
entre os índios da Grande Nação Sioux do Oeste dos Estados Unidos. 
 
É um instrumento musical único no mundo. O seu som é 
inconfundível e a forma de aprendizado é muito simples; basta um coração 
amoroso e poucas técnicas para a emissão das notas! 
 
Por ser uma legítima ferramenta de cura, pode manifestar a voz da 
alma; traz paz aos ouvintes e ao flautista, além de ser uma ótima forma de 
expressar emoções e sentimentos mais imaculados... 
 
De acordo alguns chefes indígenas, as flautas nativas americanas 
eram tocadas com a intenção de se conectarem emocionalmente com os 
ritmos da natureza: 
"Até pouco tempo, comenta - a força que emanava da Mãe-Terra 
dominava nossas vidas; e muitos de nós acabamos por perder o contato 
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com os níveis mais elevados da consciência; no entanto, ao tocar a flauta 
nativa, é fácil despertarmos o sentimento de intimidade que no liga ainda 
com a Mãe-Terra.” 
Precisamos dizer mais alguma coisa depois deste depoimento? 
 Muitas são as histórias e lendas em que os povos nativos contam a 
respeito de sua origem e de como essa flauta chegou às suas tradições. 
A origem da flauta parece aspirar e firmar em um mistério, embora 
saibam que ela foi usada para diversas funções, tais como a cura, etc. 
A maior parte da história é desconhecida, e o pouco que sabemos vem 
da tradição oral; muitas pessoas, especialmente na área formal ou acadêmica 
não tomam isso como uma fonte de informação histórica rigorosa e 
completamente verídica. 
 
Arqueólogos e pesquisadores encontraram apitos de ossos com mais 
de 60.000 anos. Ossos com furos também foram encontrados em cestos de 
cerâmica por volta de 300 D.C. no nordeste do Arizona, além de flautas 
pertencentes aos índios Pueblos Anasazi por volta de 800 D.C. No entanto a 
maioria das flautas pré-históricas que eram construídas em madeira 
desapareceu há muito tempo devido à deterioração. 
 
 
1. A lenda da primeira Flauta Nativa Americana 
 
 
 A história abaixo foi contada por Phil Lane (Phillip Brown Bear), 
respeitado ancião Lakota, poucos meses antes dele fazer sua passagem para 
o mundo espiritual: 
 
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- Muito tempo atrás havia um jovem índio que estava muito interessado em 
uma bela virgem da tribo. Ele estavasempre tentando chamar sua 
atenção, mas ela nunca o notava. 
Sempre que ela estava presente, ele montava em seu cavalo com orgulho, 
mas nada chamava a atenção dela...! Um belo dia, quando a bela jovem e 
outras meninas estavam tomando banho no rio, o jovem começou a 
mergulhar por entre as rochas que atravessam o rio, para mostrar quão 
corajoso ele era, mas novamente ela o ignorou... 
 
Entristecido e sem esperanças, o jovem adentrou na floresta e sentou-se na 
base de uma árvore Cedro, morto há muito tempo. 
 
 Enquanto estava sentado, pensando sobre a sua amada, um sábio pica-
pau pousou em um galho oco que estava sobre sua cabeça - o galho tinha 
sido escavado ao longo do tempo pelo vento. O pica-pau então começou a 
fazer buracos com seu bico em torno do galho... Toc, toc, toc... Ao longo do 
galho oco. Toc, toc, toc... 
Com as bicadas do pica-pau, o galho se partiu e caiu ao lado do jovem; o 
sábio vento então soprou sobre este galho oco com buracos, e então o jovem 
percebeu vozes musicais provenientes daquele galho! Admirado, ele levou o 
galho consigo, e com o passar dos dias foi descobrindo que ao cobrir alguns 
furos com os dedos, e assoprar em uma das extremidades do galho, 
imitando a voz do vento, poderia criar melodias belas, tristes, felizes, para 
coincidir com os sentimentos do seu coração! 
Sentou-se por um tempo isolado e inventou as melodias mais profundas e 
comoventes! 
 A moça, certo dia, ouviu músicas que vinham da floresta. O som era tão 
comovente que a atraiu e tocou no fundo de seu coração. Então ela foi 
seguindo aquela música pela floresta, quando viu sentado ali na base da 
árvore Cedro, a primeira flauta sendo tocada, criada pelo Pica-pau, o 
pássaro escultor... 
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 Enquanto ouvia, ela se apaixonou e se entregou por amor ao jovem. 
E os dois saíram de mãos dadas e, foram felizes para sempre... 
 A lenda também diz que, ao conquistar seu “grande amor” através 
do som da flauta (coração), ela deverá ser guardada e nunca mais tocada, 
porque caso contrário, sempre estará atraindo um novo amor... 
Phillip Brown Bear 
 
 
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Portanto, com uma forma poética ou oculta de descrever este 
processo, muitos indivíduos atribuem o desenvolvimento da flauta a esta 
história. 
 
Há, porém, aqueles que defendem que a flauta foi um instrumento 
trazido por outros povos, de determinados “mundos ou dimensões”, para 
que os índios fizessem seu uso para a cura e como instrumento de harmonia 
ligação nas suas comunidades. Estes “povos do céu” trouxeram também 
muitos conhecimentos e sabedoria, o que garantiu um desenvolvimento mais 
avançado a determinadas comunidades indígenas... É um fato, não uma 
lenda! 
 
Mas a teoria mais comum ou respeitada pelas mentes eruditas, 
defendida pelos estudiosos, é que a flauta foi desenvolvida pelos Antigos 
Pueblo-Povos (Oasisamerica), como a flauta Anasazi; estas teorias foram 
baseadas nas análises dos desenhos de flautas feitos nas cavernas 
mesoamericanas do sul. 
 
A flauta nativa mais antiga existente foi feita de madeira. Foi 
descoberta pelo aventureiro italiano Giacomo Costantino Beltrami, em 1823 
durante pesquisa histórica nas cabeceiras do rio Mississippi. O achado faz 
parte agora da coleção do Museu Civico Di Scienze Naturali em Bergamo, na 
Itália. 
 
Foram achadas também, flautas feitas da cana-de-rio, podendo ser 
uma das mais antigas; esta se encontra na coleção do Museu Coleções da 
Universidade de Arkansas, Fayetteville. Foi recuperado em 1931 por Samuel 
C. Dellinger e recentemente identificado como uma flauta NAF por James A. 
Rees Jr., da Sociedade Arqueológica Arkansas. O artefato é conhecido 
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coloquialmente como "A Flauta Breckenridge", e é provável que date entre 
150-1350 A.C. 
 
Outra lenda popular é o de Kokopelli. 
Os nativos americanos do sudoeste consideram o Kokopelli como o 
Deus da Fertilidade. É também um antigo deus dos índios Hopi. 
 
Kokopelli é um flautista corcunda (que remonta a 3000 anos, quando 
as primeiras pinturas rupestres foram esculpidas), onde sua “música” trouxe 
prosperidade para o povo e para a terra. 
 
Ele é representado pelos Hopi, com o corpo nu e uma corcunda bem 
proeminente, caminhando, e geralmente com antenas em cima de sua 
cabeça, além de assoprar uma flauta. Em sua corcunda contém sementes que 
são regadas com a chuva atraídas pelo som de sua flauta. Em outras 
tradições, porém, Kokopelli é muitas vezes representado com uma ereção ao 
invés da corcunda. Isto é um simbolismo significando que o Kokopelli traz 
fertilidade. 
Sua música simboliza a transição do inverno para a primavera, 
trazendo a chuva que faz crescer as colheitas... 
Quanto às lendas da origem da flauta NAF, qual é a mais verdadeira, 
só posso lhe dizer que ouça seu coração e descubra qual lhe fala como mais 
correta... 
Particularmente aprecio a versão dos “povos do céu”, apesar da 
variante contada pelo Urso Pardo como inspiradora... Não acham? 
 
Bem, vamos então à teoria! Pegue de sua NAF e vamos lá! 
 
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IV. Teoria para a flauta nativa americana 
 
 
As flautas NAF (native american flute) são muito fáceis de tocar. 
Possuem um sonho místico, aparentemente complexo, mas fornece ao 
instrumentista uma incrível facilidade na utilização. A partir de uma nota 
base (ou fundamental) se dispõem os orifícios de forma a constituir uma 
escala pentatônica harmônica. 
 
 Assim, praticando corretamente a vedação dos furos, e usando as 
técnicas próprias para ela, imediatamente se cria melodias que são geradas a 
partir de nosso estado anímico, ou de nosso coração, como muitos gostam de 
dizer. 
 
Para facilitar o aprendizado, algumas flautas possuem o furo central 
coberto com uma tira de couro para vedá-lo. Esta vedação propicia a 
utilização dos furos ou notas de forma que a escala seja sempre a pentatônica 
(mais adiante explicaremos o motivo). Quando a pessoa se encontra mais 
hábil na manipulação, retira-se a tira de couro que recobre o furo. 
 
As atuais NAF’s estão em sintonia com uma variação da escala 
pentatônica menor, dando ao instrumento o som bem característico e até 
melancólico. Alguns fabricantes começaram recentemente a experimentar 
nas NAF’s diferentes escalas, dando aos instrumentistas novas opções 
melódicas. 
 
Além disso, as flautas modernas estão sintonizadas nas chaves de 
concertos em geral (como A ou D), de modo que elas possam ser facilmente 
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reproduzidas junto a outros instrumentos. As chaves-raiz das modernas 
flautas NAF’s abrangem uma gama de cerca de três oitavas e meia, de C2 a 
A5. 
 
A teoria utilizada na aprendizagem da flauta NAF, portanto é bem 
simples. Não tem dificuldades! A base teórica fundamental é a mesma 
utilizada em qualquer instrumento; mas como em todos eles há uma 
linguagem própria, que o identifica, há também para a NAF um sistema 
próprio que exemplifica e facilita alguns artifícios a serem usados. 
 
As culturas nativas não criaram partituras escritas. As músicas 
espirituais e técnicas do instrumento foram sendo passadas dos mais velhos 
aos jovens, seguindo rituais disciplinados. A ideia inicial era experimentar 
com ossons da natureza, e tentar imitá-los com a flauta. Depois o 
instrumento passou a ser expressão da cultura e ritos ocorridos nas tribos. 
 
Diz-se que a boa teoria para NAF, está na própria alma daquele que 
toca, bastando usar o coração antes de tudo para tocar as canções! E é essa a 
característica mais peculiar das NAF’s... Consegue ser um instrumento 
fantástico e ao mesmo tempo fácil. Por que para quem age com o Coração, 
não há dificuldade alguma! Não diz a lenda indígena, que bastou apenas o 
jovem amante usar a linguagem de seu coração para conseguir conquistar 
sua bela amada? 
É isso aí... 
Continuemos. 
*** 
 
 
 
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1. Obtendo sua flauta NAF 
 
 
Bom, se você ainda não obteve sua flauta NAF, e não sabe ainda onde 
encontrá-las, informo-lhe que deverá desembolsar um valor considerável se 
você não mora nos USA. 
 
As flautas que são realmente consideradas NAF ou a legítima flauta 
nativa americana são construídas, apenas pelas mãos de um irmão nativo 
americano. Por quê? 
 
Pelo que verifiquei em uma na Lei Federal americana de proteção a 
cultura nativa, apenas as flautas saídas da mão de uma comunidade indígena 
ou de um nativo ou descendente próximo pode ser batizada e comercializada 
com este nome: Native American Flute ou Love Flute ou NAF. Qualquer 
flauta fabricada por um artesão que não tenha origens nativas, ou que seja 
de uma nacionalidade ou culturas diferentes, não pode comercializá-la como 
se fosse verdadeira flauta nativa americana. Compreende? 
Então se você quer ter uma “legítima” NAF deve comprar diretamente 
de algum descendente ou construtor nos USA. É fato. 
Aqueles de outras nacionalidades ou americanos de “nenhuma” 
herança com os nativos, só podem fabricá-las e vendê-las com o título de ao 
estilo das flautas nativas americana! 
Não se desanime. Assim como temos leis de proteção aos nossos 
irmãos índios brasileiros, a lei deles busca priorizar e valorizar o trabalho 
cultural feito pelos nativos. É uma forma de proteção e manutenção das 
raízes nativas. Mas convenhamos também que fabricar a flauta pela mão de 
um não nativo também tocaríamos da mesma forma! O que importaria é 
como ela foi fabricada... 
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Os valores das NAF’s americanas podem variar muito. Algumas são 
bem baratas e outras, por serem produzidas por indivíduos de renomes, 
podem receber um valor bem alto pela qualidade e, pelas mãos que as fez. 
 
Aqui dentro da América do Sul há alguns fabricantes que a produzem. 
Não vou fazer propaganda, basta que você acesse os buscadores na rede que 
irá encontrá-los. 
 
Mas na hora de obter sua flauta, verifique apenas de que madeira ela 
foi feita. 
Busque ouvir a afinação que lhe agrade, saber sobre o peso da flauta e 
o diâmetro. Às vezes, dependendo do tamanho da flauta, pode ser um pouco 
desconfortável tocá-la por causa do peso e da dificuldade de alcance dos 
dedos. Portanto escolha a que te agrade e a que seja melhor para você 
executar. 
 
Encontramos NAF’s em diversas afinações; e a maioria alcança 
sempre apenas uma oitava ou um pouquinho mais. Então, para que você 
tenha um repertório bem mais amplo, é essencial que aos poucos você 
obtenha NAF’s de várias afinações. Uma já é suficiente para você tocar as 
músicas de sua essência. Várias NAF’s abrem um leque amplo de 
possibilidades! 
 
Portanto, fica o seu critério quais as NAF’s que lhe farão mais bem! 
Ok? 
Vamos lá. 
 
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2. Conhecendo a sua NAF 
 
 
O corpo da flauta NAF é bem simples. 
Consiste apenas em um tubo, de proporções iguais, com duas câmaras 
de ar internas. A primeira onde se inicia o fluxo de ar, sendo bloqueada por 
uma pequena parede interna; nesta, o ar é direcionado para cima, para uma 
pequena abertura sob um nivelamento onde se encontra o bloco abaixo do 
totem. O ar, estreitamente comprimido, é então direcionado para a segunda 
câmara – parte do ar escapa sobre a flauta e parte dele retorna para o corpo 
da flauta. Na segunda câmara, o ar ingressa pelo tubo, passando pelos furos 
e escapando ainda para a saída final da flauta. 
O corpo da flauta é bem simples, apenas adequando-se nas medidas 
necessárias para dar a afinação correspondente. 
 
 
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Um esclarecimento: 
Quase todas as NAF’s são fabricadas da madeira. Mas determinadas 
pessoas produzem vez ou outras algumas em PVC ou bambu. Atente-se que a 
legítima flauta é fabricada em madeira; pela madeira se tem uma sonoridade 
que nenhum outro material poderá dar. 
Além de ser feita de um material natural, traz todo um simbolismo. O 
bambu é interessante, mas também não se compara a madeira. 
As flautas de PVC podem ser baratas, e até aqueles que não têm 
conhecimento de luthieria podem construí-la. Mesmo havendo a 
necessidade de corte da árvore para a obtenção da madeira na construção 
das flautas, sabemos que o corte é pequeno em comparação ao que se usa 
dele para fins supérfluos; e o instrumento não tende a ser descartável, como 
muitos objetos completamente inúteis fabricados em madeira o são, pelo 
mundo. 
 E como sabemos também que o plástico não se tornou um elemento 
agradável ao meio ambiente, é preferível então obter apenas o instrumento 
feito da madeira, que vai ter uma vida mais longa, de qualidade, de aspecto, 
além da simbologia que ele trará. É bom que se utilize uma flauta feita de 
material natural ou mais apropriada. Pense nisso. 
 
 
3. O Sistema SNAFT 
 
O SNAFT é um sistema muito fácil de escrita de tablaturas das NAF’s. 
São bem característicos e simples de utilizar. Foi desenvolvido originalmente 
por Goodhew. 
A versão a seguir tem algumas modificações secundárias ao escopo 
original criado por ele. Vejamos: 
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Simbologia para as NAF’s 
 
 
Caractere 
 
 
 
Significado 
< Bocal da flauta... (mostra-se sempre à esquerda) 
x Furo fechado 
o Furo aberto 
h Furo está meio fechado 
| Divisão dos dedos entre a mão esquerda e direita 
q Furo está ¼ fechado (parcialmente fechado) 
c Furo está "quebrado" - ¾ fechado (quase todo 
fechado) 
t Vibre rapidamente – use o trinado 
! Registro alto. Usa-se ao término de uma nota para 
indicar overblowing (explodir a nota) 
 
 
Montando um exemplo visual pelo SNAFT, o teríamos desta forma: 
 
< x x x | x x x Todos os furos fechados; 
< x x x | x x o O último furo aberto e o restante fechado; 
< x x x | x x h O último furo está meio fechado. 
 
Não é bem fácil? 
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Abaixo tem outro exemplo de como escrevemos a escala pentatônica 
pelo sistema SNAFT, veja: 
<xxx|xxx 
<xxx|xxo 
<xxx|xoo 
<xxx|ooo 
<xox|ooo 
<oox|ooo 
 
E aqui é o modo quatro da escala secundária pentatônica, tocadas em 
muitas NAF’s: 
<xxx|xoo 
<xxo|xoo 
<xoo|xoo 
<ooo|xoo 
<xxx|xxx 
<xxx|xxo 
<xxx|xoo 
 
Outros exemplos: 
 
< x x x | x t o Faça vibrar, entre as três últimas notas, apenas o 
segundo furo. 
< o x x | x x x ! Furo do topo aberto e toque o último em 
overblowing. 
 
Facílimo, não? 
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É apenas uma questão de você memorizar os símbolos, que são 
poucos. 
Bem, além da utilização dos caracteres representativos na execução 
das notas, ainda temos a representação pelo desenho da flauta na tablatura. 
Este, nomeamos de diagrama de dedo: 
 
 
O desenho acima é a representação visual de uma flauta NAF. Contêm 
todos os furos, o bocal, e está na posição como se executa. 
O diagrama de dedo será representado pelo desenho logo abaixo das 
notas (para servir como objeto de memorização ou representação, para 
quem não tem noção teórica musical) ou como uma “partitura” à parte, mas 
também pode vir especificado na forma de símbolos ou códigos. 
As notas na flauta são representadas preenchendo o desenho dos 
furos com alguma cor, como no desenho abaixo: 
 
 
Aqui, os três furos acima deverão estar todos vedados e os três 
últimos abertos. 
 Mas nem sempre as partituras apresentarão o desenho ou os 
símbolos, contendo apenas as notas e o sistema de notação musical 
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moderno. Portanto, você deve estar apto a usá-las. Procure com isso 
acostumar a ler as notas diretamente na partitura. A maioria das partituras 
para as músicas tradicionais são bem simples, comparadas às peças de 
concerto e outros, por isso não tem segredo, são mais fáceis de executar; se 
você conseguir compreender o básico de notação e aprender a solfejar, 
conseguirá ler as partituras facilmente! Você poderá então executar sempre 
novas músicas. 
 
A maioria das fontes de diagrama de dedo para a NAF são geralmente 
imagens de flauta com apenas seis furos: 
 
Mas há ainda diagramas de dedo para flautas de cinco furos, como a 
algumas Anasazi: 
 
 
Ou ainda, 
 
 
Também para flautas de quatro furos, com o estilo Mojave: 
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De quatro furos ao estilo Yuma: 
 
 
Com ainda quatro furos, mas com espaçamento desigual entre as duas 
últimas notas: 
 
 
Ao estilo Papago, com apenas três furos: 
 
 
Ou ainda a mesma, mais com um furo para o dedo polegar: 
 
 
Com sete furos, ao estilo 3-4 de configuração: 
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Ou ainda com seis furos mais um para o polegar, totalizando sete: 
 
 
Com oito furos como na flauta barroca inglesa: 
 
 
Ainda temos uma flauta com dez furos, a Fujara: 
 
 
E uma pequenina de três furos, a Eslovaca: 
 
 
 
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Bem simples! Se você tem uma NAF ou uma Anasazi, ou outro tipo, 
basta apenas que use o diagrama de dedos adequado para elas, como nos 
desenhos acima. 
Na apostila, o diagrama que usaremos será para a NAF de seis furos. 
 
 
4. As escalas nas NAF’s 
 
Um dos encantos das NAF’s é que, mesmo que elas aparentam serem 
"simples", como instrumentos de cinco ou seis furos, são capazes de 
reproduzir várias escalas alternadas, apesar de ter uma gama limitada em 
comparação com a maioria dos instrumentos tocados hoje em dia. A 
extensão de nota tocável não é muito mais do que uma oitava. Deixei logo 
abaixo os nomes das escalas que estão mais em uso na comunidade NAF e 
que parece mais adequada à mesma. 
 
 Um método para se progredir nas NAF’s é seguir o roteiro de 
execução das notas básicas ou naturais, por estas escalas, e só depois ir 
introduzindo as técnicas avançadas como os ornamentos. Não adianta 
querer tocar os ornamentos primeiro, se você ainda não está firme na 
execução das notas, não é mesmo? Quando estiver firme na execução das 
notas, verá por si só que os ornamentos sairão espontaneamente! 
 
Aqui estão às escalas mais utilizadas para as NAF’s, veja: 
 
Pentatônica menor - seis notas na escala principal: 
 
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Agora veja como as escreveríamos pelo sistema SNAFT: 
 
<Xxx | xxx Todos os furos fechados 
<Xxx | xxo Apenas último furo aberto 
<Xxx | xoo Os dois últimos furos abertos 
<Xxx | ooo Os três últimos furos abertos 
<Xox | ooo Os três últimos e o segundo de cima aberto 
<Oox | ooo Apenas o quarto furo fechado 
 
Obs.: costumamos contar os furos a partir do primeiro próximo ao bocal 
– de cima para baixo. Há pessoas que contam os furos a partir do 
último furo próximo a saída final de ar (ou seja, debaixo para cima). 
No estudo desta apostila, usarei a forma como aprendi: a partir do 
bocal, 1º furo, e assim até chegar no 6º furo, veja: < X(1º) x (2º) x 
(3º) | x (4º) x (5º) x (6º). Certo? Fica o seu critério a escolha da 
nomeação dos furos. 
 
Na partitura ou nas linhas do pentagrama, escreveríamos esta escala 
desta forma: 
 
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Pentatônica Menor - Extendida - décima menor 
 
 
 
 Pelo sistema SNAFT: 
 
<Xxx | xxx Todos os furos fechados 
<Xxx | xxo Apenas o último furo aberto 
<Xxx | xoo Dois últimos furos abertos 
<Xxx | ooo Os três últimos furos abertos 
<Xox | ooo Apenas o primeiro e terceiro furo fechados 
<Oox | ooo Apenas o terceiro furo fechado 
<Hxx | xxo! 2º, 3º, 4º e 5º furos fechados; o 6º furo aberto, e o 1º furo 
parcialmente fechado, com um overblowing final. 
 
Nas discussões sobre as escalas, diz que você deve começar a tocar a nota 
tônica da escala e continuar até as notas mais altas. 
 No entanto, tomando sempre esta escala como escala primária: 
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http://www.flutopedia.com/scale_PentatonicMinor_Extended.htm
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Busca-se adicionar ao final da última nota tocada, mais duas notas 
(destacadas de cor amarelo): 
. 
Estas duas compreendem-se a nota raiz e a quinta. 
A partir da introdução dessas duas notas, temos agora a escala 
pentatônica maior! 
 
 
Costumam chamar essas duas notas adicionais ao final da escala, de 
notas de envoltura (ou wrap – termo em inglês). Elas são muitas vezes 
adicionadas por causa do alcance limitado da flauta e, também porque as 
melodias em uma escala muitas vezes acabam na nota raiz. Acrescentamos 
as notas de envoltura (wrap) no final de uma escala, para fazê-la soar mais 
como uma melodia e torná-las mais agradáveis para a prática. 
 
 
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http://www.flutopedia.com/scale_PentatonicMajor.htm
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O melhor dedilhado para determinada nota em uma escala, depende 
da facilidade com que você movimentará os dedos, para produzir o melhor 
tom. 
Por exemplo, aqui está uma versão da escala pentatônica menor no 
modo quatro: 
 
 
Os dedilhados nesta escala são provavelmente os mais fáceis de 
usar quando você está começando com a escala. No entanto, podem não 
produzir melhores resultados. 
 
Abaixo tem outra versão alternativa dessa escala, que muda os 
dedilhados para as notas terceira e quarta. Provavelmente a melodia 
soará melhor, mas é também um pouco mais difícil para mover os dedos: 
 
 
 
 
Mostramos então os dedilhados maisfáceis de usar. Quando você 
estiver mais experiência ou prática nestas duas escalas (pentatônica 
maior e menor), sinta-se livre para usar quaisquer dedilhados que gostar! 
Veja então as possíveis escalas que você pode tocar na sua NAF: 
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http://www.flutopedia.com/scale_ModeFourPentatonicMinor.htm
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Escala de quatro notas: 
 
Escala corneta: 
 
 
 
Escalas de seis furos: 
 
Escala do norte: 
 
 
 
Escalas de sete furos: 
 
Escala Hirajoshi extendida: 
 
 
 
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http://www.flutopedia.com/scale_Bugle.htm
http://www.flutopedia.com/scale_Northern.htm
http://www.flutopedia.com/scale_Hirajoshi_Extended.htm
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Miyako-Bushi extendida: 
 
 
 
 
Hexatônica menor: 
 
 
 
 
Blues, sete notas: 
 
 
 
Escalas de oito furos: 
 
Blues, oito notas: 
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http://www.flutopedia.com/scale_MiyakoBushi_Extended.htm
http://www.flutopedia.com/scale_HexatonicMinor.htm
http://www.flutopedia.com/scale_Blues_SixNote.htm
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Cigana-espanhol: 
 
 
 
 
Bizantina – extendida 
 
 
 
 
Confirmando: quando você já tiver certa prática com a escala básica 
para a NAF (pentatônica maior e menor), volte neste tópico e tente tocar 
todas as variações acima. 
 
 
 
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http://www.flutopedia.com/scale_Blues_SevenNote.htm
http://www.flutopedia.com/scale_SpanishGypsy_Extended.htm
http://www.flutopedia.com/scale_Byzantine_Extended.htm
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4.1 Um pouco sobre os Modos: 
 
Durante sua busca, você pode se deparar com nomeações diferentes 
das que você viu. Uma coisa comum que percebemos na NAF, é que alguns 
autores falam sempre em modos para a NAF. 
Veja: 
Escalas que não começam na nota fundamental da flauta , dão-nos 
o conceito de modos e escalas rotativas. Mas que é isso? 
Um modo é uma escala que usa as mesmas notas, mas com uma 
escala subjacente, aplicando essas notas em um lugar diferente. O número 
do modo diz aonde a nota da escala irá começar na escala subjacente da 
escala; modo de dois começa na segunda nota da escala subjacente, modo de 
três começa na terceira nota, e assim sucessivamente. 
 Para clarear este conceito, tomemos a sete notas base da escala: 
A, B, C, D, E, F, G 
 Eu coloquei a primeira nota em cor roxa para tornar mais fácil para 
localizar nos exemplos a seguir. 
Sabemos que as letras representam as cifras ou notas, 
Lá Si Dó Ré Mi Fá Sol 
 
Enumeramos então estas notas com os modos, apenas para auxiliar 
na explicação: 
A (modo 1), B (modo 2), C (modo 3), D (modo 4), E (modo 5), F 
(modo 6), G (modo 7) 
 
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Vejamos então a aplicação deste conceito de modos: 
 Modo 2 na escala subjacente, teremos as notas: B, C, D, E, F, G, 
e A (envolvendo em torno do início da escala subjacente); 
 
 Modo 3 na escala subjacente, teremos as notas C, D, E, F, G, A 
e B; 
 
 
 Modo 7 na escala subjacente, teremos as notas G, A, B, C, D, E 
e F. 
 
Usar os modos é o mesmo que usar as etapas de uma escala. 
Outro exemplo: tome uma escala de sete notas de base, com passos 
escala de 2-1-2-2-1-2-2: 
 
 No modo 2, a escala subjacente terá a escala de passos 1-2-2-1-
2-2-2; 
 
 No modo 3, a escala subjacente terá a escala de passos 2-2-1-2-
2-2-1. 
 No modo 7, a escala subjacente terá a escala de passos 2-2-1-2-
2-1-2. 
 
No uso geral do modo na notação musical moderna, é empregado 
para obter uma nova escala a partir da escala subjacente, usando uma nota 
de partida diferente. No entanto, a utilização do modo de expressão nas 
NAF’s é um pouco diferente. 
Nas NAF’s, você ouvirá o termo modo frequentemente, como escala 
pentatônica modo quatro, ou modo um. 
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No modo, essa expressão para a NAF pode significar também, que 
uma escala cuja nota raiz não é a nota fundamental da flauta. 
A nota fundamental identifica o número modo. 
 
 
Assim, na escala de ( e ), a sexta é a nota da escala, e ambas 
serão consideradas a mesma nota; a diferença é que a primeira do desenho 
acima está uma oitava acima da nota fundamental. 
 No mundo NAF, esta escala seria chamada de modo seis da escala 
hexatônica Maior. 
Certo? 
Mas utilize a escala ou as notas como convier. 
 
 
 
5. Como posicionar a sua NAF 
 
 
Para segurar a flauta, tanto faz se você é destro ou canhoto. O 
importante é que se utilizam os dedos indicador, médio e anelar de cada mão 
para obstruir os furos. 
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No 1º furo utilizamos o dedo indicador; no 2º furo o médio; no 3º 
furo o anelar; no 4º furo o outro dedo indicador; no 5º furo o médio e 6º 
furo o anelar. Isso para as NAF’s de 6 ou 5 furos. 
Veja na imagem abaixo um exemplo da posição dos dedos: 
 
 
 
Vamos então à prática: 
Segure firmemente sua NAF: a parte detrás do corpo da flauta 
seguramos com os polegares; o dedo indicador, anelar e médio, nos furos da 
flauta; e o dedo mínimo ou mindinho serve apenas como apoio. 
Não há diferença para a posição dos dedos, se você é canhoto ou 
destro – o importante é que você faça da seguinte forma: primeira mão - 
dedo indicador no primeiro furo; dedo médio no segundo furo; dedo anelar 
no terceiro furo; segunda mão - dedo indicador no quarto furo; dedo médio 
no quinto furo; dedo anelar no sexto furo. Não se tem o hábito de usar o 
dedo mínimo (algumas pessoas fazem isso, por dificuldades em usar o 
anelar), os mesmos servem apenas para apoiar a flauta. 
 
Cubra então todos os furos da flauta. Perceba nos dedos, que os furos 
devem estar completamente bloqueados, porque senão a nota poderá sair 
um tanto desafinada. Você pode sentir um pouco de dificuldade no bloqueio 
dos furos; uma dica: não fique olhando para os dedos, mas busque sentir 
pelo tato se você conseguiu obstruir totalmente o furo. 
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Compreendeu? 
 
Após segurar corretamente e vedar os furos, coloque a ponta do bocal 
entre seus lábios e feche-os suficientemente bem, numa posição cômoda, e 
para evitar que escape muito ar – encontre uma forma de que o bocal não 
entre muito na boca, mas também que não fique muito superficial fazendo 
com que escape todo o ar (adiante faremos isso, mas como uma técnica – 
escapar o ar). Faça-o sem esticar os lábios. Algumas NAF’s possuem um 
bocal bem cômodo, fino, que permita tocar com mais facilidade; já outras 
têm um bocal largo ou podendo ser desproporcional para você, 
especialmente para crianças. Portanto, como disse anteriormente, busque 
uma flauta que lhe ajude a tocá-la! 
 
Sua coluna deve estar sempre ereta. Isto é para uma postura melhor 
ao tocar, para saída do ar e dos movimentos. Não há severidade quanto à 
maneira de tocá-la, não se está colocando rigidez para executar a flauta; a 
posição é apenas para que você tenha mais controle nos movimentos. Certo? 
Assopre, então, suavemente no bocal, e façacom que saia um som 
claro, “arredondado”, agradável de ouvir. Se você assoprar muito forte, o 
som sairá alto, “cavernoso”, ao passo que se você soprar muito baixo, a nota 
sairá abafada, fraquinha... 
 
Desobstrua agora apenas o último furo, o 6º, e assopre como 
anteriormente. 
Pratique até conseguir o som certo, firme! Uma, duas, três vezes... O 
tanto que achar melhor. Acostume-se com a sua flauta! 
Agora desobstrua o 5º furo, e assopre! 
 
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O 4º... Toque! 
 
O 3º... Opa! Não desobstrua-0! Deixe o 3º furo vedado, desobstrua o 
2º e... Toque! 
E agora desobstrua o 1º e... Toque! 
Muito bem, tendes agora a escala básica de sua NAF: 
 
 
Disse para você não desobstruir o 3º furo, não é mesmo? 
Lembra que me referi anteriormente a “tira” de couro que é amarrada 
sobre o terceiro furo? 
É que é o seguinte: nossa flauta é afinada para receber ou utilizar as 
escalas pentatônicas. E para que ela assim “haja”, é necessária a vedação 
deste 3º furo, para que possua apenas as 5 ou 6 notas básicas que compõem 
a escala. Através deste movimento de não (dependendo da escala) retirar o 
dedo do 3º furo, obtêm-se a escala pentatônica, e há uma harmonia entre as 
notas. Por isso que se diz que qualquer pessoa sem conhecimento de música 
pode tocá-la, porque qualquer escala, dentre essas 5 ou 6 notas que você 
tocar, haverá harmonia ou consonância entre as notas. 
Certo? 
Pratique agora todas as notas de sua NAF. Subindo e descendo as 
notas. Note como o som e agradável e harmonioso. Treine os dedos, vedando 
sempre os furos. Procure não olhar os dedos; sinta a ponta de seus dedos, 
mantendo-os bens encostados aos furos para que não escape ar entre eles. 
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Vamos agora as afinações. 
 
 
6. Sobre as afinações 
 
As NAF’s são elaboradas para que alcancem determinadas notas, 
completando uma oitava. 
São várias as afinações. 
Veja o quadro a seguir, contendo todas elas: 
 
Nota 
fundamental 
 
 
 
Furo 1 
 
 
Furo 2 
 
 
Furo 3 
 
 
Furo 4 
 
 
Furo 5 
 
 
Furo 6 
C Eb F G G# Bb C 
C# E F# G# A B C# 
D F G A Bb C D 
Eb F# G# Bb B C# Eb 
E G A B C D E 
F G# Bb C C# EB F 
F# A B C# D E F# 
G Bb C D Eb F G 
G# B C# Eb E F# G# 
A C D E F G A 
Bb C# Eb F F# G# Bb 
B D E F# G A B 
 
 
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A maioria dos materiais para a NAF vem escrita em forma de cifras. 
Cada letra representa uma nota, ou um conjunto dessas letras um 
acorde. As cifras, portanto representam as seguintes notas: 
A (lá); B (si); C (dó); D (ré); E (mi); F (fá); G (sol). 
 
Tomemos então um exemplo da tabela acima: 
Se você comprou uma NAF afinada em mi, pela tabela, provável que 
as notas de sua flauta serão as seguintes: 
NAF em mi: 
E G A B C D E 
 
Ou seja, 
Para o todos os furos cobertos da flauta mi, tem-se a nota básica ou 
fundamental de afinação deste instrumento, que é a nota MI. No quinto furo 
temos o RÉ; no quarto furo temos o DÓ; no terceiro o SI; no segundo o LÁ; e 
no primeiro a nota SOL. 
Não têm segredo. Basta que, vedando todos os furos, você terá a nota 
básica de afinação de sua flauta, e à medida que for desobstruindo os furos, 
você terá as outras notas da escala posteriores a esta. 
Olhe na tabela acima, e veja qual afinação corresponde a sua flauta, se 
você ainda não tem certeza. 
É muito simples. 
 
Mas há ainda outra forma de obter as notas na NAF além da escala 
pentatônica. 
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É o seguinte: vemos que há certa limitação nas notas que podemos 
obter da NAF através da escala pentatônica. Pois bem; existe ainda um 
sistema de tablaturas criado por Carlos Nakai 1, onde podemos obter outras 
notas através do dedilhado cruzado. 
O sistema de dedilhado do Nakai é simples, porém necessita-se de 
certa prática e memorização das outras notas. 
Abaixo temos a tablatura para a NAF pelo Nakai, veja: 
 
Pela escala pentatônica obteríamos apenas 5 ou 6 notas básicas. Mas 
vemos que pela tablatura do Nakai abre-nos uma aba de possibilidades, que 
podemos utilizar nas melodias; na tabela acima, conseguimos obter 16 
variações e notas! 
O sistema de alcance dessas notas é bem simples. Consiste apenas em 
vedar ou não determinados furos da flauta, e fazer um dedilhado cruzado. 
Na tabela, vemos que primeira nota na partitura corresponde à nota fá: para 
tocá-la, apenas vedam-se todos os furos. Para obter a nota sol, o último furo 
deve estar parcialmente fechado; para a nota lá, descobrimos totalmente o 
 
1 Ray Carlos Nakai - publicou A Arte da Flauta Nativa Americana em 1996 com James Demars, Ken 
Light e David P. McAllester; forneceu recursos e apoio para outros músicos tocando a flauta nativa 
americana. Ele definiu um sistema de notação de tablatura que poderia ser usado em uma ampla 
variedade de chaves ou afinações nas flautas nativas. 
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último furo; e ainda para obter um lá# (sustenido), devemos vedar todos os 
furos, descobrindo o 5º furo; na obtenção do si natural, veda-se os quatro 
primeiros furos; para obter um dó natural, vedamos os três primeiros furos e 
o quinto; já para obter um dó#, vedamos os três primeiros furos; para obter 
um ré natural, vedamos os dois primeiros furos e o quarto furo, descobrindo 
com isso o terceiro, onde utilizando a pentatônica ainda deveríamos mantê-
lo vedado; para obter um ré# vedamos apenas os dois primeiros furos; para 
obter um mi, vedamos o primeiro e terceiro furos; para conseguir um fá 
natural, vedamos apenas o primeiro furo, e um fá# vedamos o segundo furo; 
para alcançarmos um sol natural, deixamos todos os furos abertos, e um 
sol#, cobrimos o 2º, 3º, 4º e 6º furos; para chegar a um lá natural, veda-se o 
2º, 3º, 4º e 5º; e para fazer um lá#, veda-se o 2º, 3º e 4º furos. 
 
Viu que fácil? Muitas outras notas você poderá obter e, um repertório 
maior você conseguirá executar com a flauta. 
Se quiser utilizar estas notas, busque as tablaturas correspondentes 
para a flauta que você tem, ou se tiver um metrônomo digital, obtenha por si 
mesmo as possíveis afinações e as anote; procure estudá-las e memorizar 
cada nota correspondente. É apenas treino e dedicação! 
 
*** 
 
Bom, se você chegou até aqui, dedique-se por um tempo a tocar 
apenas as notas que você conseguiu com a sua NAF. 
Treine todas, procurando acostumar os ouvidos ao som produzido por 
cada nota. Tente memorizar e passá-las para um papel, para o SNAFT ou 
para as tablaturas, ou ainda para o pentagrama. O ato de escrever faz com 
que você memorize e acostume com a posição das notas. 
 
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Esperamos que você esteja dedicando ao estudo da teoria musical 
elementar. Pois será necessário certo conhecimento diante de alguns tópicos 
apresentados a seguir. 
A partir de agora damos realmente início ao estudo da NAF. 
Acompanhe! 
 
 
7. Juntando a teoria com a prática 
 
Bem, todo o conteúdo anterior serviu como preparatório e elucidação 
para você chegar até aqui. 
 
A execução da NAF consiste em dois movimentos: as técnicasde 
tongue ou ataque, e os ornamentos. 
Um pertence ao outro, ou seja, complementa-se a si mesmo, 
manifestando o som peculiar da NAF. 
Você vai perceber que é bem simples. Requer apenas um pouco de 
treino e paciência para se chegar ao som desejável. 
É importante que treine aos poucos cada movimento. Se você 
conseguir realizar com perfeição cada técnica, separadamente, você não 
errará e irá casá-las umas com as outras, tocando corretamente. 
É apenas treino, paciência, dedicação! 
Seguem primeiras as técnicas de ataque e posteriormente 
adentraremos com os ornamentos. Mas lembre-se: dedique-se 
separadamente cada técnica, e quando estiver mais firme junte todas elas! É 
uma dica para que você aprenda bem e corretamente; seguindo dessa forma, 
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você memoriza todos os conceitos e não precisará voltar na apostila ou em 
qualquer outro livro para conferir a técnica. Você nunca mais as esquece. 
Certo? 
Busque trazer a memória o que você aprendeu nos tópicos anteriores 
e das práticas diárias das notas de suas NAF’s. Se você está estudando teoria 
musical básica, o estudo deve estar bem mais fácil, estou certa? 
 
A primeira meta de muitos flautistas novatos é tocar a escala primária 
da flauta NAF completamente e com toda a confiança, com velocidade ou 
destreza. Pois bem, é o ideal de todo instrumentista novato acertar as notas e 
tocá-las com perfeição, para poder executar as primeiras músicas. 
Mas não fique ansioso por executar as músicas logo de primeira! 
Comecemos por partes, obtendo as noções necessárias e, só depois você terá 
as condições necessárias para executar corretamente as canções; vamos 
agora, chegar além deste nível. 
 
 
7.1 Técnicas de ataque e duração 
 
O ataque consiste em movimentos feitos com a língua ou a pressão do 
ar para obter certos efeitos na NAF. E a duração é o tempo que você mantem 
a técnica para surtir o fim desejado na canção ou melodia. 
Vamos então a cada um deles: 
 
O ataque ou articulação 
Quando tocamos uma nota na flauta, não basta apenas que 
assopremos assim de qualquer maneira, como se estivesse enchendo um 
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balão! Existe uma técnica adequada de ataque ou tongue que fará a nota soar 
mais equilibrada. São técnicas simples, que requer apenas treinamento para 
executá-la corretamente. 
A forma como tocamos a primeira nota na canção, assim como nós a 
separamos das outras notas, terá um valor sonoro muito significativo para a 
música. Cada nota iniciada recebe uma ou várias articulações específicas, e a 
execução “limpa” desta técnica garante um som harmonioso e equilibrado na 
melodia. 
O ataque das notas é nada menos que articular ou pronunciar 
determinadas sílabas ao tocar a nota, ou seja, emitir sons com movimentos 
da boca, ao invés apenas de assoprar; esta é a técnica básica de sopro na 
NAF. Na verdade. Utiliza-se destas articulações, para alterar 
significativamente como a pressão do ar sairá de seus pulmões; quando você 
usa uma articulação, o som ou o ar que sai de seus pulmões e chega à 
garganta, recebe essa alteração fonética, digamos assim, e com isso a pressão 
do ar que sairá da boca alterará o som que se obterá na flauta. Legal, não? 
Estas articulações ou sílabas emitidas são escolhidas para obter um 
determinado aspecto de som de acordo com a melodia a ser executada. 
Portanto é essencial que você apure os ouvidos durante o aprendizado delas, 
e verifique que efeitos elas poderiam proporcionar na melodia. Alguns 
ataques soam mais suaves, harmoniosos; outros já são mais intensos e 
outros mais agressivos, digamos assim. Portanto, a escolha de cada ataque 
vai depender do tipo de canção que se almeja executar, da mensagem que se 
quer passar com ela, e também do humor do nafista (tocador de NAF; 
coloquei este termo, não sei se existe...). 
 
Bem, há muitas pronuncias ou ataques que você pode usar na NAF. As 
mais utilizadas pelo meio, que percebemos, são oito. São: Taah... Ou 
Tuuh..., Kaah... Ou Kuuh..., Haah... Ou Huuh, Trooorr..., 
chilreado e outros. 
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Um ponto importante que devemos ter em mente, é sobre como o som 
destas sílabas soam na nossa língua materna. Estas pronúncias foram 
originalmente criadas em uma língua diferente da nossa; portanto haverá 
uma variação de som na hora de pronunciar e de tocar na flauta. Mas não se 
preocupe porque isto não vai afetar expressivamente o som da NAF, pode até 
dar um “charme” a mais, mesmo que você utilize os ataques na sua língua 
materna. A única diferença de som que poderia ter é a vogal sair com um 
som mais aberto ou fechado, devido às características vocais de cada país ou 
região. Observe que as vogais utilizadas são sempre A, U e O. Portanto use o 
som delas da forma como você as articula; a diferença vai ser muito 
imperceptível. Certo? 
 
Vamos então descrevê-las: 
 
 Ataque Taah... Ou Tuuh... 
 
O ataque Taah é o mais básico ou utilizado. Com ele você consegue 
tocar com mais facilidade e o som ou a nota soará mais simples, curta. Usa-
se muito para melodias mais rápidas e/ou simples. 
Prática: 
Faça o seguinte exercício: coloque a parte de trás de sua mão (ou a 
parte de trás de seu antebraço) uns 5 cm em frente de sua boca. 
Agora diga “Taah”. Diga com gosto, firme! Como se você falasse 
aborrecido para alguém: ““- Tááá... Eu já entendi!” 
 Sinta a pressão do ar saindo de sua boca criada pelo "Taaa." Perceba 
que este ataque vem da projeção de sua língua no “telhado” de sua boca. 
O som sairá moderado, mais curto, e é um dos mais utilizados. É 
especialmente empregado para iniciantes. 
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Pegue agora sua flauta. Segure-a firme, como lhe ensinamos 
anteriormente, e toque uma nota qualquer, agora utilizando este ataque, o 
“taah”. Ao invés de simplesmente assoprar. A dificuldade que pode sentir é 
manter o bocal da flauta ajustado em seus lábios e pronunciar ao mesmo 
tempo o ataque. Na verdade, você deve buscar utilizar mais o ar emitido da 
pronuncia do ataque, e não do som vocal propriamente dito. Mas é apenas 
questão de treino. Para saber se você está realizando-o corretamente, 
perceba se sua língua toca parte do céu da boca e até parte do bocal. Se sim, 
você está no caminho certo! 
É bem simples. Com o treino você o realiza sem dificuldade alguma. 
 
Você pode agora, substituir o Taah pelo Tuuh. 
O procedimento é o mesmo, a única diferença é que durante o ataque, 
a língua tocará os dentes superiores e boa parte do bocal da flauta. E o som 
sairá um pouco mais agressivo que o ataque Taah. 
Experimente. Treine ambos e escolha o que achar melhor para você. 
Certo? 
 
 Ataque Kaah... Ou Kuuh... 
 
O ataque Kaah ou Kuuh proporciona um som mais “macio” ou “leve” 
do que o ataque anterior Taah. Você pode utilizá-lo sempre que quiser em 
determinados trechos da melodia ou em toda. 
Prática: 
É o mesmo procedimento de execução do ataque anterior. 
Treine primeiramente na palma de sua mão sentindo o fluxo de ar que 
sai de seus lábios; e após execute-o na flauta. 
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Venda proibida. Apostila com fins didáticos, de uso livre e gratuito. 
Você agora perceberá que o ar sairá “mais macio” ou fraco, em 
comparação com o Taah ou Tuuh. O ataque Kaah é criado na parte de trás de 
sua garganta, o que torna o som um pouco mais aberto. 
Já o ataque

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