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Ananias Pacheco Fialho Junior OPERAÇÃO E MANUTENÇÃO EM FIBRAS ÓPTICAS Santa Maria 2002 1 OPERAÇÃO E MANUTENÇÃO EM FIBRAS ÓPTICAS 2 PRESIDENTE DO SISTEMA FIERGS E DO CONSELHO REGIONAL DO SENAI- RS Francisco Renan O Proença Conselheiros Representantes das Atividades Industriais – FIERGS Titulares Suplentes Arlindo Paludo Deomedes Roque Talini Astor Milton Schmitt Manfredo Frederico Koehler Valayr Hélio Wosiack Pedro Antônio G. Leivas Leite Representantes do Ministério da Educação Titular Suplente Edelbert Krüger Aldo Antonello Rosito Representante do Ministério do Trabalho e Emprego Titular Suplente Darci de Ávila Ferreira Cláudio Matzenbacher DIRETORIA SENAI- RS José Zortéa Diretor Regional Paulo Fernando Presser Diretor de Educação e Tecnologia Silvio S. Andriotti Diretor Administrativo-Financeiro 3 Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial C.E.P. SENAI “Roberto Barbosa Ribas” Ananias Pacheco Fialho Junior OPERAÇÃO E MANUTENÇÃO EM FIBRAS ÓPTICAS Santa Maria Fevereiro de 2002 4 OPERAÇÃO E MANUTENÇÃO EM FIBRAS ÓPTICAS 2002. SENAI-RS Trabalho elaborado por técnicos da Escola SENAI “Roberto Barbosa Ribas” sob a coordenação, orientação e supervisão de Álvaro Borges Soares. Coordenação Geral Álvaro Borges Soares Coordenação Técnica Ananias Pacheco Fialho Junior Coordenação Local Álvaro Borges Soares Equipe de Elaboração Ananias Pacheco Fialho Junior Andrea Rosa de Oliveira Revisão Técnica Ananias Pacheco Fialho Junior SENAI – Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial Departamento Regional do Rio Grande do Sul Av. Assis Brasil, 8450 – Bairro Sarandi – 91140-000 – Porto Alegre, RS Tel.: (051) 347-8787 – Fax.: (051) 347-8844 SENAI – Instituição mantida e administrada pela Indústria 5 A reprodução total ou parcial deste material por quaisquer meios, seja eletrônico, mecânico, de fotocópia, de gravação ou outros, somente será permitida com prévia autorização, por escrito, deste Departamento Regional. 6 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................11 2 INTRODUÇÃO À FIBRA ÓPTICA ......................................................................13 2.1- HISTÓRICO .......................................................................................................13 3 O QUE É FIBRA ÓPTICA ...................................................................................15 3.1- PRINCÍPIO DE FUNCIONAMENTO ..................................................................15 3.1.1- Lei da reflexão ...............................................................................................15 3.1.2- Lei da refração ...............................................................................................16 3.2- TEORIA DE FIBRAS ÓPTICAS .........................................................................18 3.3- PERDAS NAS FIBRAS ÓPTICAS .....................................................................18 3.3.1- Atenuação (perda de transmissão) .............................................................19 3.3.1.1- Atenuação por absorção ...........................................................................20 3.3.1.2- Atenuação por espalhamento ...................................................................20 3.3.1.3- Atenuação por deformações mecânicas .................................................20 3.3.2- Dispersão .......................................................................................................21 3.3.2.1- Dispersão modal ........................................................................................21 3.3.2.2- Dispersão cromática ..................................................................................21 3.3.2.3- Dispersão por guia de onda ......................................................................21 4 CLASSIFICAÇÃO DAS FIBRAS ÓPTICAS ........................................................23 4.1- FIBRA MULTIMODO ÍNDICE DEGRAU ............................................................23 4.2- FIBRA MULTIMODO ÍNDICE GRADUAL ..........................................................24 4.3- FIBRA MONOMODO .........................................................................................24 5 TÉCNICAS DE FABRICAÇÃO ...........................................................................25 5.1- FABRICAÇÃO DA FIBRA ÓPTICA ....................................................................25 5.2- FABRICAÇÃO DA PRÉ-FORMA – BASTÃO ÓPTICO ......................................26 5.3- PUXAMENTO ....................................................................................................29 5.3.1- Puxamento e revestimento da fibra ............................................................29 5.4- PROCESSO DE FABRICAÇÃO X TIPOS DE FIBRAS .....................................32 6 APLICAÇÕES .....................................................................................................33 6.1- ALGUMAS APLICAÇÕES DE FIBRAS ÓPTICAS EM SISTEMAS DE TELECOMUNICAÇÕES ............................................................................................33 6.2- VANTAGENS DAS FIBRAS ÓPTICAS SOBRE SISTEMAS DE TELECOMUNICAÇÕES CONVENCIONAIS .............................................................33 7 6.3- DESVANTAGENS DAS FIBRAS ÓPTICAS .......................................................34 7 EMENDA ÓPTICA ...............................................................................................35 7.1- EMENDA POR FUSÃO ......................................................................................35 7.2- EMENDA MECÂNICA ........................................................................................35 8 CLIVAGEM DA FIBRA ÓPTICA .........................................................................37 8.1- SEQÜÊNCIA DE PASSOS PARA A CLIVAGEM ..............................................37 8.2- PROCEDIMENTOS PARA A REMOÇÃO DOS REVESTIMENTOS DAS FIBRAS ...................................................................................................................................38 8.2.1- Fibras revestidas com silicone e nylon ......................................................38 8.2.2- Fibras revestidas com acrilato ....................................................................38 8.3- PROCEDIMENTOS PARA VERIFICAR A QUALIDADE DA CLIVAGEM ..........38 8.4- PRECAUÇÕES DE SEGURANÇA NO MANUSEIO/REMOÇÃO DOS REVESTIMENTOS E CLIVAGEM DAS FIBRAS ÓPTICAS ......................................38 8.4.1- Aspectos gerais .............................................................................................38 8.4.2- Precauções de segurança no manuseio de fibras ópticas .......................39 8.4.3- Precauções de segurança na remoção dos revestimentos da fibra óptica ............................................................................................................................ ........39 8.4.4- Precauções de segurança na clivagem da fibra óptica .............................40 8.4.5- Precauções adicionais .................................................................................40 9 PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DA MÁQUINA DE FUSÃO .........................41 9.1- CARACTERÍSTICAS BÁSICAS .........................................................................41 9.2- CARACTERÍSTICAS DE EMENDAS EM FIBRA ÓPTICA ................................43 9.3- PROCEDIMENTOS DE EMENDA POR FUSÃO NA FIBRA ÓPTICA ...............44 9.4- AVALIAÇÃO DE UMA EMENDA ........................................................................44 9.5- AÇÕES CORRETIVAS PARA EMENDAS DEFEITUOSAS ..............................46 9.6- PROTEÇÃO DO PONTO DE JUNÇÃO DAS FIBRAS .......................................48 10 CAIXA DE EMENDA DE FIBRA ÓPTICA ..........................................................51 10.1- CAIXA DE EMENDA ÓPTICA FOSC100 AM/BM – RAYCHEM .....................5110.1.1- Características construtivas ......................................................................51 10.1.2- Informações adicionais ..............................................................................52 10.1.3- Componentes básicos da FOSC100 AM/BM ............................................52 10.1.4- Ferramentas utilizadas ...............................................................................52 10.1.5- Material de limpeza .....................................................................................53 11 TESTES EM FIBRAS ÓPTICAS .........................................................................55 11.1- MEDIDA DE ATENUAÇÃO COM O OTDR (REFLECTÔMETRO ÓPTICO POR DOMÍNIO DO TEMPO) .............................................................................................55 11.2- MEDIDA DE ATENUAÇÃO ..............................................................................56 11.2.1- Perda por junção de fibra óptica ...............................................................57 12 EQUIPAMENTOS, MATERIAIS E INSUMOS ....................................................59 12.1- VISTA DA MÁQUINA DE FUSÃO ....................................................................59 12.2- PERSPECTIVA DA MÁQUINA DE FUSÃO .....................................................60 8 12.3- MALETA DE ACESSÓRIOS E INSUMOS .......................................................60 12.4- CLIVADOR MANUAL .......................................................................................61 12.5- STRIPPER .......................................................................................................61 12.6- BLOWING BRUSH (ESCOVA DE LIMPEZA COM SOPRO) ..........................61 12.6.1- Funcionamento ...........................................................................................62 12.7- STRIPPERS PARA CAPA DE PVC .................................................................62 12.8- ÁLCOOL ISOPROPÍLICO ................................................................................63 12.9- INSTALAÇÃO DO CABO E DO PIGTAIL NO DGO .........................................63 12.10- INICIANDO A FUSÃO ....................................................................................65 12.11- CLIVAGEM .....................................................................................................67 12.12- OPERANDO A MÁQUINA DE FUSÃO ..........................................................70 13 CONECTORIZAÇÃO DE FIBRAS ÓPTICAS ...................................................75 14 ANEXOS ............................................................................................................81 9 10 1 INTRODUÇÃO Este manual tem por objetivo informar, teoricamente, sobre todos os aspectos relacionados com Emenda Óptica. Essas informações ajudarão a obter na prática a realização de uma Emenda de Fibra Óptica completa. Serão observados itens de higiene e segurança pessoal e material, para conseguirmos um melhor resultado possível. Cada aluno terá oportunidade de emendar Fibras Ópticas, como também de realizar todos os procedimentos incluídos na confecção de uma emenda. Será mostrado, nas aulas práticas, além da Máquina de Fusão, o equipamento de testes, o Reflectômetro Óptico (OTDR). 11 12 2 INTRODUÇÃO À FIBRA ÓPTICA 2.1 HISTÓRICO A possibilidade de se dirigir um raio de luz , através de um determinado meio, forçando-a a uma trajetória diferente da normal, isto é, a linha reta, já é conhecida há muito tempo. Em 1870, John Tyndall demonstrou aos membros da Royal Society que uma luz podia ser curvada ao se propagar por um jato de água que se curvava ao sair de um reservatório. Figura 1- Experiência de Tyndall Mais tarde, J.L. Baird registrou patentes que descreviam a utilização de bastões sólidos de vidro na transmissão de luz, para utilização num primitivo sistema de televisão em cores. O grande problema, entretanto, é que as técnicas e os materiais usados não permitiam a transmissão da luz com bom rendimento. As perdas eram grandes e não havia dispositivos de acoplamento óptico. Somente em 1950 é que as fibras ópticas começaram a interessar os pesquisadores, com muitas aplicações práticas que estavam sendo desenvolvidas. 13 Estas aplicações referiam-se principalmente à iluminação remota ou à transmissão de imagens através de cabos flexíveis para aplicações médicas (endoscopia). Mas foi em 1966 que, num comunicado dirigido à British Association for the Advancement of Science que os pesquisadores KC Kao e GA Hockhan, da Inglaterra, propuseram o uso de fibras de vidro e luz, em lugar de eletricidade e condutores metálicos, na transmissão de mensagens telefônicas . A obtenção de tais fibras exigiu grandes esforços dos pesquisadores, já que as fibras então existentes apresentavam perdas formidáveis, da ordem de 1000 db por quilômetro, além de uma faixa passante estreita e uma enorme fragilidade mecânica. Entretanto, como resultado dos esforços, novas fibras com atenuação de apenas 20 db/km e uma faixa passante de 1 GHz para um comprimento de 1 km se tornaram comuns, com a pespectiva de substituir os cabos coaxiais. A utilização de fibras com 100 m de diâmetro, envolvidas em nylon resistente, permitiram a construção de fios tão fortes que não podiam ser rompidos pelas mãos. Hoje, já existem fibras ópticas com atenuações tão pequenas como 0,2 db/km, o que é muito menor que as perdas que ocorrem num fio de cobre comum. 14 3 O QUE É FIBRA ÓPTICA É um elemento simples de transmissão óptica, caracterizado por um núcleo, por onde a luz é transmitida, e uma casca, que confina a luz no interior do núcleo. O confinamento é obtido através de uma diferença de índices de refração entre a casca e o núcleo. É composta de material dielétrico, normalmente o vidro, tem a forma de um filamento cilíndrico e diâmetro comparável a um fio de cabelo . 3.1- PRINCÍPIO DE FUNCIONAMENTO O princípio usado para o funcionamento da fibra, como meio de transmissão é o da reflexão total, devido à diferença de índices de refração. Para melhor entendermos como isso se dá, vamos lembrar dos princípios de Óptica Geométrica, que serão suficientes para que possamos compreender os princípios fundamentais das Fibras Ópticas . São duas as propriedades da luz que iremos explorar: LEI DA REFLEXÃO LEI DA REFRAÇÃO (LEI DE SNELL – DESCARTES) 3.1.1- Lei da reflexão Quando um raio luminoso, trafegando por um meio transparente e isotrópico, incide sobre uma superfície polida, ele será refletido, de maneira tal que o ângulo de incidência (tomado em relação à reta normal no ponto de incidência) será igual ao ângulo de reflexão (em relação à mesma normal). Reta Normal Raio Incidente Raio Refletido 1 2 1 2 Meio Isotrópico Superfície Polida Figura 2- lei da reflexão 01 = 02 15 3.1.2- Lei da refração Quando um raio luminoso incide sobre uma superfície de separação entre dois meios transparentes isotrópicos, e com índice de refração diferentes (densidade óptica diferente) o raio luminoso mudará de direção (refratará), seguindo a seguinte lei (conhecida como lei de Snell-Descartes). n2 > n1 Figura 3- lei da refração Este é o motivo de colocarmos uma colher em um copo d’água e esta parecer estar quebrada. Ou ainda, o motivo de nunca acertarmos os peixes que estão em água limpa. Explorando um pouco mais este conceito, vamos analisar a situação do raio luminoso emergir de um meio mais denso para um menos denso (opticamente falando). Figura 4- lei da refração 16 Observamos que haverá um afastamento do raio refratado em relação à normal. É coerente imaginarmos que haverá uma situação limite, quando o raio refratado é perpendicular à normal (razante). Esta situação é conhecida como ângulode incidência crítico, acima da qual nenhuma luz sairá, portanto será refletida para o meio mais denso. Figura 5- ângulo de incidência crítico Se o ângulo de incidência for maior que o ângulo critico então haverá reflexão total. Figura 6- refração total O interesse na utilização de qualquer forma de energia está relacionada com o conceito de condução, ou seja, devemos poder conduzir esta forma de energia até onde será utilizada (manipulação), de forma a representar a informação transmitida. A primeira experiência que mostrou que a luz podia ser conduzida foi a de Tyndall. Observe que a luz ficou confinada no feixe de água por causa da lei de reflexão total, pois o ângulo de incidência sempre fica maior que o crítico. 17 3.2- TEORIA DE FIBRAS ÓPTICAS Aqui começa a TEORIA de FIBRAS ÓPTICAS propriamente dita. A Fibra Óptica é um meio condutor de energia luminosa (portanto transparente), no formato cilíndrico, constituído de um núcleo com índice de refração maior que a casca que o envolve. Figura 7- fibra óptica Se conseguirmos colocar o raio luminoso dentro do núcleo, de tal forma que o ângulo de incidência na superfície, entre núcleo e capa, seja sempre superior ao crítico, desta forma a luz será conduzida. Figura 8- condução de luz 3.3- PERDAS NAS FIBRAS ÓPTICAS Atenuação Absorção Espalhamento Deformações Dispersão Modal Cromática 18 Por Guia de Onda 3.3.1- Atenuação (perda de transmissão): É a propriedade de qualquer forma de energia perder potência, gradativamente, ao atravessar o meio. A grandeza relacionada com a atenuação é o dB/Km. Sendo, então, a perda de potência do sinal em dB para cada Km de fibra. A primeira forma de perder energia está relacionada com a perda gradual de potência para o meio por causa de sua opacidade. Neste ponto, progressos fantásticos foram feitos, de maneira que, com vidros purificados em laboratórios saímos de 100.000 dB/Km, para apenas 0,15dB/Km. E isso é uma conquista de menos de 40 anos. A outra forma de perder energia para o meio se dá por causa das emendas (seja por fusão, seja por conexão), onde parte da energia é refletida (reflexão de Fresnel). Figura 9- reflexão de Fresnel Ou ainda por imperfeição de fabricação das fibras. Núcleo ovalado Núcleo excêntrico Núcleo com Diâmetros diferentes Figura 10- imperfeições nas fibras Este tipo de atenuação se dá em degraus, no local onde ocorrem as emendas, por isso é que as emendas devem ser muito bem feitas, sendo um dos parâmetros mais importantes no aceite de uma rede. 19 O valor aceito para perdas por emendas por fusão é normalmente cerca de 0,10 dB e por conector, 0,20 dB, mas modernas técnicas de fusão, tem melhorado ainda mais este primeiro parâmetro. Nas Fibras Ópticas, a atenuação varia de acordo com o comprimento de onda da luz utilizada. Essa atenuação é a soma de várias perdas ligadas ao material que é fabricado das fibras e a estrutura do guia de onda. Os mecanismos que provocam atenuação são: Absorção Espalhamento Deformação 3.3.1.1- Atenuação por absorção Absorção - Intrínseca - Extrínseca Absorção Intrínseca : Este tipo de absorção depende do material usado na composição da fibra e constitui-se no principal fator físico definindo a transparência de uma região espectral especificada. Absorção Extrínseca : É resultante da contaminação de impurezas que o material da fibra experimenta durante seu processo de fabricação. 3.3.1.2- Atenuação por espalhamento É o mecanismo de atenuação que exprime o desvio de parte da energia luminosa guiada pelos vários modos de propagação em várias direções. Existem vários tipos de espalhamento (Raylegh, Mie, Rámam estimulado, Brillouin estimulado) sendo o mais importante e significativo o espalhamento de Raylegh. Esse espalhamento é devido a não homogeneidade microscópica de flutuações térmicas, flutuações de composição, variação de pressão, pequenas bolhas, presentes na fibra óptica e determina o limite mínimo de atenuação nas fibras de sílica na região de baixa atenuação. 3.3.1.3- Atenuação por deformações mecânicas: Estas deformações são chamadas de microcurvativas, as quais ocorrem ao longo da fibra devido à aplicação de esforços sobre a mesma durante a confecção e instalação do cabo. As microcurvaturas aparecem quando a fibra é submetida à pressão transversal de maneira a comprimi-la contra uma superfície levemente rugosa. 20 As macrocurvaturas são perdas pontuais (localizadas) de luz por irradiação, ou seja, os modos de alta ordem (ângulo de incidência próximo ao ângulo critico) não apresentam condições de reflexão interna total devido a curvaturas de raio finito em fibras ópticas: - 850 nm com atenuação típica de 3 dB/Km - 1310 nm com atenuação típica de 0,8 dB/Km - 1550 nm com atenuação típica de o,2 dB/Km 3.3.2- DISPERSÃO Este fenômeno se relaciona com o alargamento de um impulso luminoso, quando este atravessa a fibra óptica. Com este alargamento dos pulsos, dois fenômenos indesejáveis ocorrem: uma perda por diminuição da amplitude do pulso interferência intersimbólica Existem três causas para a dispersão e delas derivam os seguintes nomes: Dispersão modal Dispersão cromática Dispersão por guia de onda 3.3.2.1- Dispersão modal Podemos entender geometricamente como sendo vários feixes luminosos que podem coexistir na fibra. Estes, dentro de uma concepção ondulatória definem um perfil de campos eletromagnéticos, conhecidos como modos de propagação (daí vem o nome dispersão modal). Figura 11- dispersão modal 3.3.2.2- Dispersão cromática Nesta dispersão, o laser ou led (geradores de luz) não possuem um único tom do espectro (muito mais comum em leds). Como o índice de refração é dependente do comprimento de onda, temos uma dispersão por diferença de 21 velocidades de propagação (ela é normalmente muito menor que a dispersão modal). 3.3.2.3- Dispersão por guia de onda Esse tipo de dispersão é provocado por variações nas dimensões do núcleo e variações no perfil de índice de refração, ao longo da fibra óptica, e depende, também, do comprimento de onda da luz. Essa dispersão só é percebida em fibras monomodo, que têm dispersão material reduzida. 22 4 CLASSIFICAÇÃO DAS FIBRAS ÓPTICAS As fibras ópticas são classificadas quanto : A) Ao modo de propagação Multimodo Monomodo B) Ao perfil de índice de refração Índice gradual Índice degrau C) Ao comprimento de onda usado 1ª janela , 820 nm 2ª janela, 1300 nm 3ª janela, 1550 nm D) Ao tipo de dispersão Dispersão plana Dispersão deslocada 4.1-FIBRA MULTIMODO ÍNDICE DEGRAU 23 Figura 12- fibra multimodo índice degrau 4.2- FIBRA MULTIMODO ÍNDICE GRADUAL Figura 13- fibra multimodo índice gradual 4.3- FIBRA MONOMODO Figura 14- fibra monomodo 24 5 TÉCNICAS DE FABRICAÇÃO O material dielétrico usado na fabricação de fibras ópticas deve atender os seguintes requisitos básicos: excelente transparência nas freqüências ópticas de interesse; materiais na casca e no núcleo com propriedades térmicas e mecânicas compatíveis e índices de refração ligeiramente diferentes; possibilidade de realização de fibras longas, finas e flexíveis. Isto restringe a confecção de fibras ópticas a, basicamente, duas classes de materiais: vidros e plásticos. O plástico, limita o alcance das aplicações a distâncias curtas, por apresentar níveis de atenuação relativamente altos. Por outro lado, o plástico pode ser utilizado na realização da casca e do núcleo, ou apenas da casca, com vantagens em termosde custo e em aplicações em ambientes hostis, onde sua resistência mecânica é maior. Todavia, é a classe dos vidros a mais interessante para a construção de fibras ópticas aplicadas aos sistemas de telecomunicações, em razão das características de atenuação mais favoráveis. Na classe dos vidros, considerando-se a janela espectral típica das fibras, atualmente 0,7 a 1,6 mm, destacam-se dois tipos fundamentais: vidros de sílica pura ou dopada; vidros multicompostos. 25 A distinção entre estes dois tipos de vidros para fibras ópticas reside, Principalmente, nos processos de fabricação. Em ambos os casos, os materiais em questão tem uma estrutura vítrea isotrópica e são transformados em fibra na forma de um fluído. 5.1- FABRICAÇÃO DA FIBRA ÓPTICA Os processos de fabricação das fibras ópticas são vários e alguns tipos requerem equipamentos especiais e de grande precisão. As fibras de alta capacidade de transmissão, muito usadas em telecomunicações, utilizam como matéria-prima a sílica (SiO2). A primeira etapa da fabricação dessas fibras consiste na obtenção de um tubo chamado de “Pré-forma” ou ”Bastão Óptico”. Existem vários tipos de fabricação da pré-forma, dos quais podemos citar: IVD – Deposição Interna OVD – Deposição Externa VAD – Deposição Axial A segunda etapa, chamada de “Puxamento”, é igual para qualquer tipo de pré-forma e consiste no estiramento da pré-forma até o diâmetro que se deseja para a Fibra Óptica. 5.2- FABRICAÇÃO DA PRÉ-FORMA – BASTÃO ÓPTICO Dos processos de fabricação da pré-forma por deposição interna – IVD, o mais conhecido é o MCVD – que consiste basicamente na deposição de várias camadas de partículas de vidro (dopantes) no interior de um tubo de sílica pura, que são injetadas na forma gasosa (SiCl4, GeCl4, etc.). Esse tubo de sílica pura, que será a casca de fibra, fica girando, à medida que são depositados os dopantes no seu interior. No exterior do tubo, um maçarico o percorre, longitudinalmente, a uma temperatura de aproximadamente 1600°C. Para cada camada depositada controla- se a concentração dos materiais dopantes, para se obter vários índices de refração. Após a deposição do número desejado de camadas, aumenta-se a temperatura do maçarico para aproximadamente 2000°C, onde ocorre o colapso do tubo, isto é, um encolhimento radial, tornando-o maciço e finalizando, assim, a fabricação do Bastão Óptico. 26 Figura 15- deposição interna - IVD Figura 16- colapso do tubo A diferença básica deste processo, para os outros dois citados, está na forma como serão depositados os dopantes. No processo de deposição externa, várias camadas de dopantes são despositadas sobre um mandril em rotação. Após a deposição de todas as camadas, inclusive a que fará a função de casca, o tubo formado será colocado com o mandril num forno com temperatura de aproximadamente 1600°C, onde ocorrerá sua 27 dilatação para a retirada do mandril. E esse mesmo forno tem sua temperatura aumentada para aproximadamente 2000°C, onde ocorrerá o colapso do tubo, formando a pré-forma. Figura 17- deposição externa – OVD Figura 18- pré-forma porosa e sintetizada 28 Figura 19- deposição axial - VAD No processo de deposição axial (VAD), o material dopante em estado gasoso é depositado axialmente na extremidade de um bastão rotativo (mandril), o qual resulta no crescimento do tubo ao longo do eixo desse bastão. 5.3- PUXAMENTO Na segunda etapa de fabricação das fibras, a pré-forma obtida é posicionada verticalmente com a extremidade inferior introduzida em um forno com temperatura de aproximadamente 2000°C, onde ocorre o escolamento da fibra que é enrolada em uma bobina. As velocidades de puxamento da fibra e da introdução da pré-forma no forno são controladas em função do diâmetro que se quer obter da fibra. Durante o puxamento, a fibra recebe um revestimento geralmente de silicone ou acrilato, para dar proteção mecânica. 29 Figura 20- puxamento da fibra óptica 5.3.1- Puxamento e revestimento da fibra As fibras de baixa capacidade de transmissão, utilizadas para comunicações a curtas distâncias e iluminação, são fabricadas com vidro. Já os processos de fabricação não necessitam de equipamentos tão precisos como os utilizados nos casos anteriores. Estes processos podem ser: A) Duplo Cadinho: Este processo basicamente é composto de dois bastões de vidro com índices de refração diferentes, fundidos em um forno que possui internamente dois cadinhos dispostos concentricamente. Os vidros escorrem dos dois cadinhos formando, assim, a fibra óptica. 30 Figura 21- obtenção de fibra óptica Figura 22- maçarico queimando a fibra 31 Figura 23- duplo cadinho B) Rod in tube: É o processo que introduz em um forno um tubo contendo um bastão, ambos de vidro, cujos índices de refração são diferentes, correspondendo ao núcleo e casca. Os dois materiais serão fundidos e puxados, dando origem à fibra óptica. 32 Figura 24- rod in tube (detalhe do bastão no tubo, no interior do forno) 5.4- PROCESSO DE FABRICAÇÃO X TIPOS DE FIBRAS PROCESSO DE FABRICAÇÃO TIPO DE FIBRA DEPOSIÇÃO Interna – IVD Externa – OVD Axial - VAD Multimodo de Índice Degrau e Gradual e Monomodo DUPLO CADINHO Multimodo de Índice Degrau e Gradual ROD IN TUBE Multimodo de Índice Degrau EXTRUSÃO Multimodo de Índice Degrau 33 6 APLICAÇÕES 6.1- ALGUMAS APLICAÇÕES DE FIBRAS ÓPTICAS EM SISTEMAS DE TELECOMUNICAÇÕES Redes de telecomunicações -Circuitos interurbanos -Conexões entre redes locais -Conexões de assinantes Redes de comunicação em ferrovias Redes de distribuição de energia elétrica Redes de transmissão de dados e de fac-símile Redes de distribuição de sinais de televisão Redes de estúdio, cabos de câmaras Redes industriais (ex.: conexões entre estações de medição) Transmissão de sinais de processamento de dados -de computador para computador -de computador para terminal Equipamentos e sistemas militares Interligações de circuitos dentro do equipamento Conexões com interfaces IEC Aplicações de controle em geral (fábricas, maquinaria) Veículo motorizado, aeronaves, ferrovias e navios 6.2- VANTAGENS DAS FIBRAS ÓPTICAS SOBRE SISTEMAS DE TELECOMUNICAÇÕES CONVENCIONAIS Pequenas dimensões Baixo peso Grande largura de banda (grande capacidade de transmissão) Baixa atenuação Ausência de diafonia 34 Grandes distâncias entre repetidores Praticamente imune a influências do meio ambiente (água, irradiações, etc.) Imunidade a interferências eletromagnéticas Não gera campos eletromagnéticos Insensível a relâmpagos Segurança em contato com condutores de alta tensão Sigilosidade e proteção contra “grampeamentos” 6.3- DESVANTAGENS DAS FIBRAS ÓPTICAS Fragilidade das fibras ópticas sem encapsulamentos Dificuldade de conexão das fibras ópticas Acoplamentos tipo “T” com perdas muito altas Impossibilidade de alimentação remota de repetidores Falta de padronização dos componentes ópticos 35 7 EMENDA ÓPTICA Existem dois tipos básicos de emendas : 1- Emenda por Fusão 2- Emenda Mecânica 7.1- EMENDA POR FUSÃO Neste tipo de emenda, a fibra é introduzida numa máquina chamada máquina de fusão. A fibra é colocada limpa e clivada para, após o alinhamento apropriado, ser submetida a um arco voltáico que eleva a temperatura nas faces das fibras, provocando o derretimento das fibras e a sua “soldagem”. O arco voltáico é obtido a partir de uma diferença de potencial (ddp) aplicada sobre dois eletrodos de metal. Após a fusão, a fibra é revestida por resinas, que têm a função de oferecer resistência mecânica à emenda, e, então, é envolvida com um protetor termocontrátil para proteger contra quebrase fraturas. Após a proteção, a fibra emendada é acomodada em recipientes chamados de Caixa de Emendas. As caixas de emendas podem ser de vários tipos, de acordo com a aplicação e o número de fibras. Umas são pressurizáveis ou impermeáveis, outras resistentes ao calor do sol, para instalações aéreas. A clivagem é o processo de corte da ponta da fibra óptica. É efetuada a partir de um pequeno ferimento na casca da fibra óptica (risco) e a fibra é tracionada e curvada sob o risco, assim o ferimento se propaga pela estrutura cristalina da fibra. A qualidade de uma clivagem influirá diretamente na qualidade de uma emenda e poderá ser observada com o microscópio da máquina de fusão. O instrumento utilizado para clivar chama-se clivador. 7.2- EMENDA MECÂNICA Este tipo de emenda é baseado no alinhamento das fibras através de estruturas mecânicas. São dispositivos dotados de travas para que a fibra não se mova no interior da emenda e contêm líquidos entre as fibras, chamados líquidos 36 casadores de índice de refração, os quais têm a função de diminuir as perdas de Fresnel (reflexão). Neste tipo de emenda, as fibras também devem ser limpas e clivadas. É recomendado para aqueles que têm um número reduzido de emendas a realizar, pois o custo desses dispositivos é relativamente barato, além de serem reaproveitáveis. 37 8 CLIVAGEM DA FIBRA ÓPTICA A clivagem da fibra óptica consiste na utilização de uma ferramenta denominada clivador para possibilitar o corte adequado da fibra. A clivagem é feita para se ter superfícies lisas necessárias a um perfeito ajuste de duas fibras para a junção. 8.1- SEQÜÊNCIA DE PASSOS PARA A CLIVAGEM - Identificar, pelo código de cores, as fibras a serem emendadas. - Comunicar à equipe central de teste a fibra a ser emendada. - Identificar o ponto de marcação para retirar o revestimento do elemento óptico. - Retirar 3 cm do revestimento do elemento óptico utilizando ferramenta-padrão específica. - Limpar a fibra óptica com gaze de compressa ou cotonete embebidos com acetona ou álcool isopropílico. - Fazer a clivagem da fibra óptica utilizando-se de um clivador para fibra. ATENÇÃO: A clivagem da fibra deve ser feita perpendicularmente. Ruim Boa 38 Figura 25- clivagem da fibra 8.2- PROCEDIMENTOS PARA A REMOÇÃO DOS REVESTIMENTOS DAS FIBRAS 8.2.1- Fibras revestidas com silicone e nylon - Utilizar ferramenta-padrão para retirar os revestimentos de nylon e silicone simultaneamente. - Nos casos em que o revestimento primário das fibras (silicone) não saia, por estar ressecado, utilizar um dos métodos a seguir: a) Aplicar diclorometano e em seguida retirar a camada de silicone; b) Com o auxílio de um fio de nylon de 0,10 mm de diâmetro, fazer um laço em torno do elemento óptico e puxar levemente, até que o revestimento primário seja removido. 8.2.2- Fibras revestidas com acrilato - Colocar as duas extremidades das fibras num recipiente contendo acetona industrial e deixá-las durante 30 segundos. - Processar a retirada de aproximadamente 30 mm do revestimento de acrilato em ambas as extremidades das fibras, utilizando-se de uma compressa de gaze embebida em acetona ou de uma ferramenta-padrão específica. 8.3- PROCEDIMENTOS PARA VERIFICAR A QUALIDADE DA CLIVAGEM - Ligar o microscópio. - Colocar a fibra óptica no visor do microscópio. - Visualizar as condições da clivagem. - Caso esteja efetuando a emenda, verificar, através do microscópio da máquina de fusão, se a clivagem obedece aos critérios pré-fixados. 8.4- PRECAUÇÕES DE SEGURANÇA NO MANUSEIO/REMOÇÃO DOS REVESTIMENTOS E CLIVAGEM DAS FIBRAS ÓPTICAS 8.4.1- Aspectos gerais Fibras ópticas são fortes e flexíveis e podem ser manuseadas normalmente por funcionários sem requerer ferramentas especiais de segurança. Contudo, como são feitas de vidro, um terminal de fibra limpo (sem revestimento de proteção) é extremamente pequeno (0,125 mm de diâmetro) e pode facilmente penetrar na pele. 39 A presença de fibra na pele não pode ser detectada por raio X e, assim, será percebida somente através de desconforto físico. 8.4.2- Precauções de segurança no manuseio da fibra óptica Deve-se tomar cuidado especial ao se manusear fibras ópticas quanto a evitar a quebra da fibra. Não se deve amarrar a fibra em círculo e nó apertado, pois isso aumentará grandemente a possibilidade de quebra. Use de extrema precaução quando manusear a parte de vidro exposta da fibra. Segure sempre somente com as mãos os revestimentos protetores e nunca a parte de vidro. Assegure-se que calçados aprovados pela segurança do trabalho sejam usados todas as vazes. Assegure-se, também, que as barras da calça estejam bem estendidas sobre as partes exteriores do calçado de segurança para evitar a entrada de partículas de fibra dentro do calçado, onde elas podem penetrar na pele. Sendo que a preparação da fibra envolve uso químico, assegure-se de que a proteção ocular de segurança adequada seja usada todas as vezes durante esta operação de trabalho, para proteger os olhos contra possível perigo de dano por produtos químicos e pedaços soltos de fibra. Não quebre, corte ou descasque as fibras ou apanhe partículas de fibras com as mãos nuas. Use as ferramentas adequadas e fornecidas ao empregado como parte do Kit de preparação para a emenda. Falha em seguir tal procedimento resultará em possível dano pessoal. Não limpe as superfícies da área de trabalho de material gasto com as mãos nuas. Use os equipamentos adequados para este fim. Luvas protetoras devem ser usadas durante o trabalho final de limpeza para se evitar possível penetração da fibra na pele. Não assopre as fibras depositadas na superfície de trabalho e/ou nas ferramentas, visto que inalação acidental ou penetração das fibras nos olhos, pele ou boca podem ocorrer. Assegure-se de que a área de trabalho esteja bem iluminada. Desse modo, as fibras podem ser vistas, manuseadas e descartadas com facilidade. Se ocorrerem acidentes, procure atenção médica e relate o acidente imediatamente ao supervisor. 8.4.3- Precauções de segurança na remoção dos revestimentos da fibra óptica Use sempre a ferramenta-padrão específica e adequada para remover o revestimento da fibra. Atenção: Não use as mãos nuas para descascar as proteções da fibra óptica, deve ser tomado cuidado para evitar o contato com a parte de vidro exposta da fibra. 40 Quando utilizar acetona para facilitar a limpeza da fibra, tome as precauções de segurança adequadas. 8.4.4- Precauções de segurança na clivagem da fibra óptica Sempre use a ferramenta-padrão específica de corte da fibra para clivar os terminais de fibra. Siga os procedimentos de operação da ferramenta de clivar. Atenção: Não use as mãos nuas para quebrar os terminais e pontas da fibra. Não tente retirar nenhum pedaço solto e/ ou ponta de fibra de ferramentas de corte soprando ou utilizando as mãos nuas. Use sempre uma pinça ou um pedaço de fita adesiva. 8.4.5- Precauções adicionais Deposição de pedaços de Fibra Todos os pedaços soltos da fibra devem ser cuidadosamente apanhados por uma pinça ou através de fita adesiva. Esses pedaços devem ser depositados em um container-padrão para fibra, fechado com uma tampa. Este container de deposição deve fazer parte do kit de preparação para emenda. O container de fibra deve ficar hermeticamente fechado quando não estiver em uso. Se, acidentalmente, ele cair e derramar os pedaços de fibra, use sempre a pinça ou a fita adesiva para recolhê-los. Atenção: Não use as mãos nuas para apanhar os pedaços de fibras soltos. Dispor-se convenientemente do container de fibras quando ele estiver cheio. Assegure-se de que a tampa esteja hermeticamente fechada. Limpeza Cuidar bem do local de trabalho é essencial na proteção contra a possibilidade de dano para a pele, devido a pedaçosde fibra soltos. Isto porque os pedaços soltos que entram em contato com a roupa podem penetrar na pele através da mesma. Assim que a operação de trabalho estiver pronta, a seguinte operação de limpeza deve ser realizada: - Apanhar o restante dos pedaços de fibra soltos das áreas de trabalho e roupas. - Limpar a ferramenta de corte de fibra. - Fechar a tampa do container de fibras. 41 Revise a seção anterior quanto ao manuseio/remoção/clivagem e deposição de pedaços de fibra para precauções e técnicas associadas com a operação de limpeza. 9 PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DA MÁQUINA DE FUSÃO 9.1- CARACTERÍSTICAS BÁSICAS Figura 26- máquina de fusão a) Alimentação A máquina de fusão pode ser alimentada por fontes de tensão “AC” ou “DC”. Certos equipamentos contêm baterias em seu interior. b) Suporte para o posicionamento das fibras ópticas 42 Existem dois sistemas: luva em V a vácuo para posicionar a fibra e o sistema de prendedores da fibra. c) Alinhamento das fibras Consideramos para um perfeito alinhamento três eixos: x, y e z. Figura 27- eixos para alinhamento de fibras d) Visualização para o alinhamento da fibra (para emenda propriamente dita) Podemos considerar duas possibilidades de visualização das condições das fibras: Tela: No próprio equipamento ou através da interface para vídeo. Microscópio: Sistema Monoocular. Podemos visualizar a fibra aproximadamente X100 a sua imagem. e) Eletrodos Sãos dois elementos constituídos de tungstênio, de onde se aplica o arco- 43 39 voltáico nas fibras a serem emendadas. f) Sistema de ajuste A máquina de fusão permite os seguintes ajustes: - ajuste de tempo no arco para pré-fusão; - ajuste de tempo no arco para fusão; - ajuste de corrente de pré-fusão; - ajuste de corrente de fusão; - avanço automático da fibra durante a fusão (sobreposição). 9.2- CARACTERÍSTICAS DE EMENDAS EM FIBRA ÓPTICA Emenda Diz respeito a todo o trabalho de junção das fibras de um cabo óptico e o acondicionamento dessas fibras ópticas em uma caixa vedada. Junção É a união de duas fibras ópticas. A junção de duas fibras ópticas pode ser efetuada por meio dos seguintes métodos: Junção mecânica (conectores); Fusão. Fusão No sistema Telebrás o método mais utilizado é o da fusão. Este método utiliza a aplicação de um arco voltáico sobre a fibra óptica. Tem diversas vantagens em relação a outros métodos, permite o projeto de unidades automáticas para emenda e possibilita uma emenda de alta confiabilidade e baixa perda. Dentro da técnica de emenda por fusão, temos a pré-fusão, que prepara a fibra óptica para a fusão. A pré-fusão permite limpeza e um certo abaulamento das pontas das fibras ópticas a serem fundidas. A figura 28 a seguir ilustra as fases. 44 Figura 28- processo de fusão da fibra óptica 9.3- PROCEDIMENTO DE EMENDA POR FUSÃO NA FIBRA ÓPTICA Levando-se em consideração a grande variedade de máquinas de emenda por fusão disponíveis no mercado, e o fato das mesmas possuírem características operacionais específicas, torna-se difícil estabelecer um procedimento único para todas. Assim sendo, sugere-se a consulta ao manual técnico do equipamento a ser utilizado na realização da emenda. 9.4- AVALIAÇÃO DE UMA EMENDA A avaliação, após uma emenda, deve ser feita através de medidas com OTDR (Reflectômetro Óptico no Domínio do Tempo), e pela aparência externa do ponto de emenda. As seguintes emendas não devem ser rejeitadas, mesmo que a aparência externa 45 Figura 29- emendas em fibra óptica Estas emendas estão boas se o valor da perda está dentro do valor específico. Ocorrem devido a causas ópticas na observação e não afetam as características da emenda. Figura 30- alinhamento do núcleo Devido ao alinhamento do núcleo, isso é possível para fibras com grande excentricidade de núcleo. Figura 31- diâmetro das fibras Esta emenda é devida a diferença no diâmetro das fibras. 46 Figura 32- riscos ou sujeiras externas Pequenos riscos ou sujeiras externas. As seguintes emendas devem ser rejeitadas, mesmo quando a perda é baixa: Figura 33- bolhas Esteja certo de remover esse tipo de emenda, (Fig.33), porque a perda pode ser bastante alta. Causas: - Sujeira na extremidade da fibra. - Alta umidade. - Clivagem ruim. - Tempo de pré-fusão muito curto. 47 Linha Preta Grossa Sombra Preta Figura 34- emendas defeituosas Estas emendas também tem de ser removidas (Fig. 34). Causas: - Tempo de fusão curto. - Corrente de fusão alta. Nota: No caso de fibras dopadas com flúor, essa linha preta sempre aparecerá. 9.5- AÇÕES CORRETIVAS PARA EMENDAS DEFEITUOSAS - Finais de fibras estão esféricos. Figura 35- fibras com finais esféricos - A parte emendada está estreita. 48 Figura 36- parte estreita Causas Ações corretivas Fibra não pode ser alimentada na Libere a fibra da aderência direção Z por causa da aderência Comprimento de sobreposição das Aumente o tempo de avanço fibras está muito pequeno automático das fibras Mandril da fibra não está apropriado Remova o revestimento da fibra no comprimento adequado Movimento impróprio do eixo Z Contate o fabricante Fibra com falha de clivagem Retire e faça nova clivagem Parâmetro de tempo de pré-fusão Diminua tempo de pré-fusão está muito grande Corrente de fusão está muito grande Diminua corrente de fusão - Parte emendada está grossa : 49 Figura 37- parte engrossada Causas Ações corretivas Comprimento de sobreposição Diminua o tempo de avanço está muito grande automático das fibras Movimento impróprio do eixo Z Contate o fabricante 9.6- PROTEÇÃO DO PONTO DE JUNÇÃO DAS FIBRAS Após a fusão, posicionar o tubete termocontrátil sobre o ponto de junção das fibras e levá-lo ao forno apropriado para seu aquecimento e contração. Exemplos de proteção ruim: - Pouco comprimento para prender o revestimento da fibra. Figura 38- pouco comprimento para prender o revestimento da fibra - Bolhas na região de fibra nua. 50 Figura 39- bolha na região de fibra nua - Curvatura da fibra nua. Figura 40- curvatura da fibra nua Exemplos de proteção boa: - Não contração dos finais do protetor. Figura 41- não contração dos finais do protetor 51 - Bolhas no revestimento da fibra Figura 42- bolhas no revestimento da fibra 52 10 CAIXA DE EMENDA DE FIBRA ÓPTICA Existem vários tipos de Caixas de Emendas de Fibra Ópticas no mercado para as mais variadas finalidades e necessidades. Porém, nos deteremos mais na caixa FOSC100 AM/BM, da Raychem, que é a mais utilizada nas empresas de telecomunicações e aprovada pela TELEBRÁS. 10.1- CAIXA DE EMENDA ÓPTICA – FOSC100 AM/BM – RAYCHEM 10.1.1- Características construtivas A caixa de emenda óptica fabricada pela Raychem possui características que atendem aos seguintes requisitos para utilização na rede externa: a) Acomodar fibras ópticas revestidas tanto em nylon quanto em acrilato; b) Possuir estojos/bandejas com capacidade individual para acomodação de até 24 fibras; c) Permitir a instalação de cabos ópticos, padronizados pela TELEBRÁS, os quais possuem diâmetro externo variando de 12 (doze) a 19 (dezenove) mm; d) Permitir a instalação em caixa subterrânea ou galeria de cabos; e) Manter a estanqueidade em quaisquer condições consideradas desfavoráveis, tais como ambientes úmidos ou totalmente alagados; f) Operar em sistemas com cabos pressurizados ou geleados; g) Propiciar a confecção de bloqueios dos cabos a serem instalados; h) Possibilitar o aterramento, tanto do elemento de tração quanto da capa APL do cabo óptico; 53 i) Ser totalmente resistente às condições ambientais, contra a ação de fatores que possam propiciar ou acelerar qualquertipo de processo corrosivo; j) Possuir derivações ou ramificações de cabos; k) Ser facilmente manuseável, sem que haja a necessidade de se utilizar ferramenta adicional que não conste na maleta do emendador. 10.1.2- Informações adicionais A caixa de emenda óptica FOSC100 AM/BM é constituída basicamente por uma cúpula e uma base confeccionada em polipropileno. Sua construção adota uma configuração vertical e unidirecional para a entrada dos cabos, ou seja, do tipo denominada “topo”. Possui uma entrada no formato “oval” e quatro entrada menores (redondas) para as derivações dos cabos. A entrada oval permite instalar dois cabos, cada um com diâmetro variando de 10 a 25 mm. As entradas redondas são para cabos com diâmetro de 5 a 18 mm. As entradas dos cabos são seladas através de tubos termocontráteis e a junção da base com a cúpula através de um sistema mecânico. A caixa FOSC100 AM/BM contém todo material necessário para o fechamento de uma emenda simples. Para derivação será necessário o uso do kit suplementar (entrada de cabo). 10.1.3- Componentes básicos da FOSC100 AM/BM - Base e cúpula - Bandeja para organização de fibras - Tubo termocontrátil para entrada de cabos (entrada oval) - Tubos de transporte de fibras - Etiquetas para identificação de tubos de fibras - O’ring para vedação base/cúpula - Fechamento mecânico base/cúpula - Braçadeiras plásticas - Lenço com álcool para limpeza de cabo - Fita de velcro - Tubos termocontráteis para bloqueio de geléia. 10.1.4- Ferramentas utilizadas - Máquina de fusão; - Clivador; - OTDR (Reflectômetro Óptico por Domínio do Tempo); - Stripper; 54 - Fiber Phone; - Estilete; - Tesoura; - Cortador para tubos de proteção; - Roletador; - Decapador; - Alicate de corte lateral; - Alicate universal; - Chave de fenda; - Chave philips; - Chave inglesa; - Chave hallen; - Arco de serra; - Soprador térmico de 1.400 Watts; - Gerador de energia. 10.1.5- Material para limpeza - Álcool isopropílico; - Isopropanol; - Álcool tílico; - Acetona; - Vaselina líquida; - Papel toalha; - Lenços de papel; - Estopa; - Varsol. 55 56 11 TESTES EM FIBRAS ÓPTICAS Nos cabos ópticos são realizadas as seguintes medidas: atenuação comprimento das fibras A seguir, serão apresentados os métodos de medidas e o respectivo instrumental. 11.1- MEDIDA DE ATENUAÇÃO COM O OTDR (Reflectômetro Óptico por Domínio do Tempo) O método de teste empregado com OTDR é denominado retroespalhamento. Este método baseia-se no fenômeno da difusão da luz em todas as direções, quando se propaga através da fibra óptica. O equipamento, através de acoplamento óptico, detecta a luz que retorna devido ao espalhamento no sentido contrário ao da propagação, que acontece em todos os pontos da fibra. Na proporção em que esses pontos se distanciam da fonte luminosa, menor será a potência detectada. Isto implica na possibilidade de conhecer o comportamento da atenuação da fibra ao longo de seu comprimento. O circuito para medição da atenuação das fibras com o OTDR é apresentado na figura 43. 57 Figura 43- montagem de teste A curva da atenuação da fibra, vista na tela do reflectômetro óptico, é mostrada na figura 44. Figura 44- curva de atenuação Este método apresenta algumas vantagens práticas, tais como: a) Maiores facilidades de execução das medidas, devido à necessidade de uma única ponta para medições. Isto se torna importante quando o cabo já se encontra instalado. b) Localização de falhas discretas. c) Análise de eventuais falhas no processo de fabricação do cabo. d) Avaliação de perdas, devido a emenda em cabos instalados. 58 11.2- MEDIDA DE ATENUAÇÃO Atenuação É a perda de potência óptica resultante do material componente da fibra. São os seguintes os principais fatores que provocam perdas: - Perda por absorção: causada pela presença de impureza na fibra (íons OH-, Fe+ + , Cu++ , Cr++ , etc.). - Perda por espalhamento de material: todo material transparente possui intrinsecamente uma variação de densidade, o que provoca uma variação do índice de refração, fazendo com que os raios de luz se desviem de sua trajetória e incidam na superfície de separação entre o núcleo e a casca. - Perda por espalhamento do guia de onda: as irregularidades dimensionadas da superfície de separação entre o núcleo e a casca podem provocar as incidências de raios para a casca. 11.2.1- Perda por junção de fibra óptica O acréscimo de atenuação proveniente da junção de fibras ópticas deve ser: multimodo – 0,3 db monomodo – 0,1 db A medida de atenuação realizada durante a instalação do cabo óptico deverá ser efetuada nas duas extremidades do cabo. Figura 45- medida de atenuação 59 A medida de atenuação será a média aritmética entre as duas (valor absoluto). OBSERVAÇÃO: Levando-se em consideração a grande variedade de reflectômetros ópticos (OTDR) disponíveis no mercado e o fato dos mesmos possuírem características operacionais específicas, torna-se difícil estabelecer um procedimento único para todos. Assim sendo, sugere-se a consulta do manual técnico do equipamento a ser utilizado nas medidas. 60 Atenuação = 1ª medida + 2ª medida 2 12 EQUIPAMENTOS, MATERIAIS E INSUMOS 12.1- VISTA DA MÁQUINA DE FUSÃO Figura 46 - vista da máquina de fusão 61 Figura 47- tampa e microscópio basculante Figura 48- partes da máquina de fusão 12.2- PERSPECTIVA DA MÁQUINA DE FUSÃO Figura 49- perspectiva da máquina de fusão 62 12.3- MALETA DE ACESSÓRIOS E INSUMOS Figura 50- maleta de acessórios e insumos 12.4- CLIVADOR MANUAL Figura 51 - clivador manual 12.5- STRIPPER 63 Figura 52- stripper Descascador manual – retira o revestimento de proteção de acrilato das fibras 12.6- BLOWING BRUSH (ESCOVA DE LIMPEZA COM SOPRO) Figura 53- Blowing Brush Escova de limpeza com sopro – serve para a limpeza do acrilato raspado pelo Stripper. Figura 54- Blowing Brush 12.6.1- Funcionamento – tape o furo com o polegar e aperte para assoprar junto com as cerdas 12.7- STRIPPERS PARA PVC 64 Figura 55- Strippers para capa de PVC Figura 56- Strippers para PVC 12.8- ÁLCOOL ISOPROPÍLICO Figura 57- álcool isopropílico Este tipo de álcool tem menor quantidade de água e é recomendado para o uso na limpeza das fibras ópticas no processo de fusão. Os lenços podem ser 65 Kleenex (encontrados em farmácias) ou do MacDonald’s (de graça nas lanchonetes). 12.9- INSTALAÇÃO DO CABO E DO PIGTAIL NO DGO Figura 58- instalação do cabo Insira o cabo nas entradas. Escolha qual se adapta melhor no layout da instalação. Figura 59- corte da capa externa Corte a capa externa. Com um estilete ou uma tesoura, corte com cuidado circundando a capa externa. 66 Figura 60- corte do elemento de tração Corte o elemento de tração. Com um alicate, tesoura ou estilete, corte o elemento de tração (fibra Kevlar, cabo de aço, vareta de fibra-resina, etc.). Figura 61- acomodação da fibra na bandeja Figura 62- instalação dos pig tails 67 Figura 63- acomodação do pigtail na bandeja Acomode o pigtail do mesmo modo do procedimento anterior, junto com as fibras do cabo. 12.10- INICIANDO A FUSÃO Figura 64- seqüência 1 1- Ligue a máquina na bateria. 2- Abra a tampa com a lente. 3- Puxe os carrinhos para o lado externo. 4- Levante a tampa e a trava dos carrinhos. 68 Figura 65- seqüência 1B 5- Introduza a fibra no tubo interno do protetor e puxe para longe, de modo que não pese no processo de emenda. Não esqueça desta parte, pois uma vez pronta a emenda não há como colocar. Figura 66- seqüência 2 1- Utilize o alicate decapador de maior bitola. 2- Não decapando, use o de menor bitola. 3- Havendo um sub-revestimento à base de acrilato, utilize o stripper. Figura 67- seqüência 2b 4- Após o uso do alicate, removaalgum fragmento da casca com o lenço embebido em álcool isopropílico. 5- Certifique-se da evaporação total do álcool após seu uso. 69 12.11- CLIVAGEM Figura 68- clivador manual Figura 69- seqüência 3 70 Figura 70- posicionamento para o corte da fibra 3- Segure firmemente o clivador, mantendo sem ângulos o trilho da fibra. 4- Prepare-se espiritualmente para a clivagem, posicionando-se para o corte. Figura 71- procedimento para o corte 5- Abra e feche rapidamente a lâmina de corte. 6- Não forme ângulos neste momento. Não deixe a lâmina fazer contato além do necessário com a fibra. Deste momento dependerá 80% da qualidade da fusão. 71 Figura 72- cuidados com a fibra clivada 7- Solte a lâmina e deixe a fibra clivada sem encostar em nenhum material. 8- Cuidado: Não pressione nenhuma parte do seu corpo sobre a área do clivador em que ocorreu o corte. Podem haver fragmentos de fibra. Figura 73- colocação da fibra na máquina de fusão 9- Coloque a fibra no trilho do carrinho da máquina de fusão. 10-Feche a tampa e a trava do carrinho e repita os procedimentos 2 e 3 com a outra ponta da fibra. 72 Figura 74- vista das duas pontas da fibra clivada 12.12-OPERANDO A MÁQUINA DE FUSÃO Figura 75- fibra não alinhada Possivelmente deveremos retirá-la e recolocá-la no carrinho. Note: Estas são vistas de dois ângulos diferentes da fibra. Ao ajustar o foco do microscópio, o foco alternará em um ângulo e outro. 73 Figura 76- fibra alinhada e pronta para a fusão Figura 77- acionamento do arco-voltaico 74 Figura 78- verificação das condições da emenda Figura 79- aplicação do teste de tração Após a abertura da tampa, desaproxime os carrinhos para ver se a fibra não rompe. Se romper, ocorreram problemas durante a fusão. Figura 80- colocação do protetor de emenda 75 Traga o protetor de emenda sobre a área de fusão, coloque-os dentro do forninho e ligue-o . Este desligará automaticamente quando pronto. Figura 81- acomodação das emendas na bandeja 76 77 13 CONECTORIZAÇÃO DE FIBRAS ÓPTICAS O processo de conectorização consiste de passos que serão descritos a seguir: 1º passo- Inserir a borracha protetora e o anel no cabo para posterior fixação do conector. Figura 82- inserção da borracha protetora 2º passo – Decapar o cordão com o cortador de tubo na dimensão correspondente ao conector. Figura 83- decapagem do cordão 78 3º passo – Com o alicate decapador retirar o isolamento da fibra para posterior inserção do conector. Figura 84- retirada do isolamento da fibra 4º passo – Usando uma seringa, inserir a agulha dentro do conector e injetar a resina até que uma pequena quantidade apareça na ponta do ferrolho. Figura 85- injeção de resina 5º passo – Retirar a agulha de dentro do conector e completar parcialmente o interior do conector com resina. 79 73 Figura 86- retirada da agulha 6º passo – Limpar e inserir a fibra até que sua capa protetora encoste no limite do canal do conector, evitando que a cola excedente da base do conector encoste no kevlar. Figura 87 - limpeza e inserção da fibra 7º passo – Montagem do conector: 1- cortar a sobra do kevlar, deixando aproximadamente 8 mm; 2- posicionar o anel metálico cobrindo o kevlar, junto ao conector; 3- crimpar o anel metálico junto ao cabo e o conector e cobrir com a borracha protetora. Figura 88- montagem do conector 8º passo – O cordão deve ir ao forninho por aproximadamente 8 minutos, após forno aquecido, para acelerar a cura da resina. 80 Figura 89- aceleração da cura da resina 9º passo – Após a cura da resina, clivar a fibra excedente com a ferramenta adequada. Figura 90- clivagem da fibra 10º passo – Utilizando-se a base de polimento, iniciar o processo na seguinte seqüência: 1- Lixa azul: até eliminar toda a resina; 2- Lixa rosa: de 10 a 15 segundos; 3- Lixa branca: de 10 a 15 segundos. Figura 91- início do processo de polimento Obs.: O polimento deve ser executado como indicado na figura abaixo. 81 Figura 92- polimento 11º passo – Feito o polimento, deve-se verificar a condição da fibra e, se for o caso, retorná-la ao polimento. Caso contrário, faz-se a montagem terminal. Figura 93- verificação da condição da fibra 82 83 ANEXO 1 – CATÁLOGO FURUKAWA TECNOLOGIA, PIONEIRISMO E VELOCIDADE Nesses 25 anos de Brasil, a Furukawa firma-se em sua missão de fornecedora de soluções com produtos e serviços para transporte e distribuição de informação, comunicação e energia para o mercado globalizado, com competência e inovação. Faz parte de um sólido grupo internacional, formado pela Furukawa Electric Co. Ltd., que atua intensamente nos setores de comunicação e energia há mais de 100 anos, e pela Mitsui & Co. Ltd., uma das maiores corporações mundiais. O rápido avanço tecnológico ocorrido nas telecomunicações e a necessidade de maiores taxas de transmissão, que permitem diversos outros serviços como: mutimídia, internet, teleconferência, entre outros, fazem das fibras e cabos ópticos o melhor meio de transmissão. Estes cabos, que utilizam fibras monomodo standard e NZD, permitem a transmissão de sistemas de alta velocidade, como: SDH/SONET, ATM, entre outros, ou vários comprimentos de onda, como: WDM ou DWDM. Nos sistemas ópticos desenvolvidos pela Furukawa, a informação ganha velocidade e traz a tecnologia bem mais perto de todos. 84 Agradecimentos Muito obrigado por sua decisão em escolher os produtos com qualidade Furukawa. Este catálogo permite encontrar as principais características técnicas das Fibras e cabos Ópticos produzidos pela Furukawa. Os principais Cabos são fornecidos nas configurações “Loose” e “Tight”, projetados para atender a qualquer tipo de instalação. A atenuação de cada Fibra Óptica é medida para assegurar os requisitos solicitados pelas mais rigorosas especificações. A Central de Serviço ao Cliente está disponível para esclarecer a qualquer dúvida sobre os produtos Furukawa: 0800 41-2100 www.furukawa.com.br 85 ELEMENTOS QUE COMPÕEM O CABO ÓPTICO 1- ELEMENTO ÓPTICO É um conjunto formado por uma fibra óptica com revestimento primário em silicone e revestimento secundário em nylon, os quais se destinam a proteger mecanicamente a fibra óptica. 86 Figura 94- elementos que constituem a fibra óptica 2- ELEMENTO DE TRAÇÃO Totalmente dielétrico, geralmente colocado no centro do cabo destinado a suportar uma tração equivalente a duas vezes o peso do cabo por quilômetro, com alargamento máximo de 0,2%. 3- ELEMENTO DE ENCHIMENTO Destina-se a preencher os espaços vazios, fornecendo solidez ao conjunto. 4- TUBO DE PROTEÇÃO Tubo destinado a abrigar e fornecer proteção mecânica ao elemento óptico. 5- ENFAIXAMENTOS Fornecer proteção e arrumação às partes do cabo. 6- BLINDAGEM Alguns cabos utilizam uma fita de alumnínio politenado para atuar como proteção mecânica, barreria de umidade umidade/blindagem. 7- REVESTIMENTO EXTERNO Material polietileno ou copolímero de alto peso molecular, resistente à luz solar e intermpéries. Fornece proteção mecânica, evita entrada de umidade no cabo e a corrosão da blindagem. 8- PARTES METÁLICAS Atende atividades elétricas. 87 Capa externa Elemento de tração dielétrico Capa interna Material de preenchimento Elemento central dielétrico Tubo de proteção Fibras ópticas NOMENCLATURA REDE EXTERNA SUBTERRÂNEA CFOA – X-Y-W-Z (K) 88 Onde: C = Cabo F = Fibra O = Óptica A = Revestimento da Fibra “Acrilato” X = Tipos de Fibras: MM – Multimodo SM – Monomodo NZD – Dispersão não zero Y = Aplicação do Cabo : DD – Dielétrico para Instalações em Dutos DE – Dielétrico para Instalações Diretamente Enterradas DPE – Dielétrico e Protegido para Instalações Diretamente Enterradas ARD - Protegido com Armadura em Fita de Aço Corrugado, para Instalação em DutosARE – Protegido com Armadura em Fita de Aço Corrugado, para Instalações Diretamente Enterradas DER – Dielétrico e Proteção contra Roedores para Instalações Diretamente Enterradas DDR – Dielétrico e Proteção contra Roedores para Instalações em Dutos W = G - Núcleo Geleado; S - Núcleo Seco Z = Número de Fibras Ópticas (K) = Características Especiais: PFV – Proteção com Fibra de Vidro PPU – Proteção com Elemento Pultrudado REDE EXTERNA AÉREA CFOA-X-ASY-W-Z Onde: C = Cabo F = Fibra O = Óptica A = Revestimento da Fibra “Acrilato” X = Tipos de Fibras: MM – Multimodo SM – Monomodo NZD – Dispersão não zero AS = Auto Sustentado Y = Vão Máximo (80,120, 200 m) 89 W = G - Núcleo Geleado; S - Núcleo Seco Z = Número de Fibras Ópticas CFOA-X-ASY-RA-G-Z OPGW Onde: RA = Rede Assinante Onde: OPGW= Optical Ground Wired CFOA-X-LVY-W-Z-K Onde: C = Cabo F = Fibra O = Óptica A = Revestimento da Fibra “Acrilato” X = Tipos de Fibra: MM – Multimodo SM – Monomodo NZD – Dispersão não zero LV = Longos Vãos Y = Vão Máximo (300, 400, 500 m) W = G – Núcleo Geleado; S – Núcleo Seco Z = Número de Fibras Ópticas K = Tipos de Revestimento: RT – Resistente ao Trilhamento RC – Retardante à Chama REDE INTERNA CFOI-X-Y-Z Onde: C = Cabo F = Fibra O = Óptica I = Interno X = Tipos de Fibras: MM – Multimodo SM – Monomodo NZD – Dispersão não zero Y = Núcleo do Cabo: MF – Monofibra UB – Unidade Básica 90 Z = Número de Fibras Ópticas COA-X-MF Onde: C = Cordão O = Óptico A = Revestimento da Fibra “Acrilato” X = Tipos de Fibras: MM – Multimodo SM – Monomodo NZD – Dispersão não zero MF = Monofibra 91 CÓDIGO DE CORES NAS FIBRAS ÓPTICAS UB = UNIDADES BÁSICAS - até 72 fibras é usado UB de 06 fibras; 92 - de 72 fibras até 144 é usado UB de 12 fibras; - acima de 144 fibras segue o mesmo código (de dentro para fora). CÓDIGO DE CORES UB DE 02 FIBRAS: 1- Verde 2- Branca UB DE 06 FIBRAS: 1- Verde 2- Amarelo 3- Branco transparente 4- Azul 5- Vermelho encarnado 6- Lilás violeta UB DE 12 FIBRAS 1- Azul 2- Laranja 3- Verde 4- Marrom 5- Cinza 6- Branco 7- Vermelho 8- Preto 9- Amarelo 10- Violeta 11- Rosa 12- Azul claro - Acima de 144 FO segue o mesmo código (de dentro para fora). - As Ubs também seguem esses códigos. 93 Figura 95- exemplo de cabo com 36 FO OBSERVAÇÃO: - Pode-se encontrar CFO de 18 fibras espaçadas. Figura 96- exemplo de CFO de 18 fibras - Pode-se encontrar CFO de 12 fibras com 2 fibras em cada tubo. Figura 97- exemplo de 12 fibras com 2 fibras em cada tubo - A fibra verde é sempre nº ímpar. 94 - Pode-se encontrar CFO de 6 fibras de 2 a 2, falhando um tubo. Figura 98- exemplo de CFO de fibras de 2 em 2 CÓDIGO DE CORES DAS Ubs UNIDADE REFERÊNCIA COR 1 PILOTO VERDE 2 DIRECIONAL AMARELO 3 A 12 NORMAL BRANCO - Exemplo de CFO com núcleo em forma de estrela – 6 ou 12 FO. Figura 99- exemplo de CFO com núcleo em forma de estrela 95 - 6 FO = VD, AM e 4 BR - 12 FO = todas azuis - totalmente dielétrico CABOS ÓPTICOS BLOW CABLE CFOA-SM-DD-S / CFOA-NZD-DD-S REDE EXTERNA SUBTERRÂNEA APLICAÇÃO Sua construção tipo “Loose” e os materiais utilizados na fabricação do cabo, garantem total proteção contra intempéries. Indicado para instalações externas como cabo para rede de transportes em entroncamentos urbanos ou de acesso em redes de assinantes. Sua capa externa com perfil ondulado proporciona um menor coeficiente de atrito nos dutos e subdutos, permitindo uma maior eficiência no arraste imposto pelo fluxo de ar. DESCRIÇÃO 96 Cabo óptico totalmente dielétrico. Núcleo protegido contra a penetração de umidade com materiais hidro expansíveis (núcleo seco). Capa externa com perfil ondulado, em termoplástico na cor preta. CARACTERÍSTICAS CONSTRUTIVAS Dados Tipos CFOA-SM-DD-S CFOA-NZD-DD-S Fibra Óptica Monomodo Monomodo com Dispersão não Zero Revestimento Primário da Fibra Acrilato Número de Fibras * 4,6,8 10, 12, 18, 24, 30, 36, 48, 60, 72, 96, 120 e 144 Núcleo do Cabo Material Hidro Expansível Elemento Central Material não Metálico Elemento de Tração Fibras Sintéticas Amarração do Núcleo Fios de Material Sintético Capa Externa Polietileno ou Copolímero na cor Preta * Outras formações sob consulta. CARACTERÍSTICAS DIMENSIONAIS Designação Nº de Fibras Ópticas Nº de Fibras por Unidade Básica Diâmetro Externo Nominal (mm) Massa Líquida Nominal (kg/km) * Comprimento Nominal por Bobina (m) 04 a 12 O2 9,5 72 6000 Blow Cable 18 a 30 06 10,5 85 6000 36 06 11,1 100 6000 CFOA-SM-DD-S 48 a 60 12 11,5 103 6000 CFOA-NZD-DD-S 72 12 12,2 110 6000 96 12 14,0 150 6000 120 12 16,0 190 6000 144 12 18,0 235 6000 * Outros comprimentos sob consulta. ESPECIFICAÇÃO ABNT NBR 14566 E Furukawa PT-1035 CARACTERÍSTICAS MECÂNICAS CFOA-SM-DD-S / CFOA-NZD-DD-S (BLOW CABLE) 97 Formações Carga Máxima de Instalação (N) Resistência à Compressão (N) Raio Mínimo de Curvatura (mm) Durante a Instalação Após Cabo Instalado 4,6,8,10,12,18, 24,30,36,48,60, 72,96,120,144 2 x Peso do Cabo por km Mínimo: 2000 1 x Peso do Cabo por km Mínimo: 1000 20 x Diâmetro Externo do Cabo 10 x Diâmetro Externo do Cabo FORMAÇÃO DOS CABOS ÓPTICOS Disponível de 04 até 144 Fibras CFOA-SM-DD-S / CFOA-NZD-DD-S (BLOW CABLE) Figura 100- blow cable CABOS ÓPTICOS CFOA-SM-DD-G / CFOA-NZD-DD-G REDE EXTERNA SUBTERRÂNEA APLICAÇÃO Sua construção tipo “Loose” e os materiais utilizados na fabricação do cabo, garantem total proteção contra intempéries. Indicado para instalações externas como cabo para redes de transportes em entroncamentos urbanos ou de acesso de redes de assinantes. Pode ser instalado em linhas de dutos ou linhas aéreas espinado em uma cordoalha. DESCRIÇÃO Cabo óptico totalmente dielétrico com alta resistência ao tracionamento. Núcleo preenchido com geléia para evitar a penetração de umidade. Capa externa em termoplástico na cor preta. 98 Capa externa Elemento de Tração Material de Preenchimento Tubo de Proteção Elemento Central Dielétrico Fibras Ópticas Fios de Bloqueio de Água Rip Cord CARACTERÍSTICAS CONSTRUTIVAS Dados Tipos CFOA-SM-DD-G CFOA-NZD-DD-G Fibra Óptica Monomodo Multimodo com Dispersão não Zero Revestimento Primário da Fibra Acrilato Número de Fibras * 4, 6, 8, 10, 12, 18, 24, 30, 36, 48, 60, 72, 96, 120 e 144 Núcleo do Cabo Geleado Elemento Central Material não Metálico Elemento de Tração Fibras Sintéticas Amarração do Núcleo Fios de Material não Hogroscópico Capa Externa Polietileno ou Copolímero na cor Preta * Outras formações sob consulta. CARACTERÍSTICAS DIMENSIONAIS Designação Nº de Fibras Ópticas Nº de Fibras por Unidade Básica Diâmetro Externo Nominal (mm) Massa Líquida Nominal (kg/km) * Comprimento Nominal por Bobina (m) 04 a 12 O2 9,5 72 6000 18 a 30 06 10,8 92 6000 36 06 11,5 106 6000 CFOA-SM-DD-G 48 a 60 12 11,7 113 6000 CFOA-NZD-DD-G 72 12 12,4 128 6000 96 12 14,3 168 6000 120 12 16,2 215 6000 144 12 18,2 265 6000 * Outros comprimentos sob consulta. ESPECIFICAÇÃO ABNT NBR 14566, Telebrás 235.350.718 Certificado de Homologação ANATEL 40898-XXX256/40998- XXX256/41098-XXX256CARACTERÍSTICAS MECÂNICAS CFOA-SM-DD-G / CFOA-NZD-DD-G Formações Carga Máxima de Instalação (N) Resistência à Compressão (N) Raio Mínimo de Curvatura (mm) Durante a Instalação Após Cabo Instalado 4,6,8,10,12,18, 24,30,36,48,60, 72,96,120, 144 2 x Peso do Cabo por km Mínimo: 2000 1 x Peso do Cabo por km Mínimo: 1000 20 x Diâmetro Externo do Cabo 10 x Diâmetro Externo do Cabo 99 FORMAÇÃO DOS CABOS ÓPTICOS Disponível de 04 até 144 fibras. CFOA-SM-DD-G / CFOA-NZD-DD-G Figura 102- cabos CFOA-SMDD-G / CFOA-NZD-DD-G CABOS ÓPTICOS CFOA-SM-DD-S / CFOA-NZD-DD-S REDE EXTERNA SUBTERRÂNEA APLICAÇÃO Sua construção tipo “Loose” e os materiais utilizados na fabricação do cabo, garantem total proteção contra intempéries. Indicado para instalações externas como cabo para rede de transportes em entroncamentos urbanos ou de acesso em redes de assinantes. Pode ser instalado em linhas de dutos ou linhas aéreas espinado em uma cordoalha. DESCRIÇÃO Cabo óptico totalmente dielétrico com alta resistência ao tracionamento. Núcleo protegido contra penetração de umidade com materiais hidroexpansíveis (núcleo seco). Capa externa em material termoplástico, na cor preta. 100 Capa Externa Elemento de Tração Material de Preenchimento Tubo de Proteção Elemento Central Dielétrico Fibras Ópticas Rip Cord CARACTERÍSTICAS CONSTRUTIVAS Dados Tipos CFOA-SM-DD-S CFOA-NZD-DD-S Fibra Óptica Monomodo Monomodo com Dispersão não Zero Revestimento Primário da Fibra Acrilato Número de Fibras * 4, 6, 8, 10, 12, 18, 24, 30, 36, 48, 60, 72, 96, 120 e 144 Núcleo do Cabo Material Hidroexpansível Elemento Central Material não Metálico Elemento de Tração Fibras Sintéticas Amarração do Núcleo Fios de Material Sintético Capa Externa Polietileno ou Copolímero na cor Preta * Outras formações sob consulta. CARACTERÍSTICAS DIMENSIONAIS Designação Nº de Fibras Ópticas Nº de Fibras por Unidade Básica Diâmetro Externo Nominal (mm) Massa Líquida Nominal (kg/km) * Comprimento Nominal por Bobina (m) 04 a 12 O2 9,5 72 6000 18 a 30 06 10,5 85 6000 36 06 11,1 100 6000 CFOA-SM-DD-S 48 a 60 12 11,5 103 6000 CFOA-NZD-DD-S 72 12 12,2 110 6000 96 12 14,0 150 6000 120 12 16,0 190 6000 144 12 18,0 235 6000 * Outros comprimentos sob consulta. ESPECIFICAÇÃO ABNT NBR 14566 CARACTERÍSTICAS MECÂNICAS 101 CFOA-SM-DD-S / CFOA-NZD-DD-S Formações Carga Máxima de Instalação (N) Resistência à Compressão (N) Raio Mínimo de Curvatura (mm) Durante a Instalação Após Cabo Instalado 4,6,8,10,12,18,2 4,30,36,48,60,7 2, 96,120, 144 2 x Peso do Cabo por km Mínimo: 2000 1 x Peso do Cabo por km Mínimo: 1000 20 x Diâmetro Externo do Cabo 10 x Diâmetro Externo do Cabo FORMAÇÃO DOS CABOS ÓPTICOS Disponível de 04 até 144 fibras. CFOA-SM-DD-S / CFOA-NZD-DD-S Figura 103- cabos CFOA-SM-DD-S / CFOA-NZD-DD-S 102 Capa Externa Elemento de Tração Material de Preenchimento Tubo de Proteção Elemento Central Dielétrico Fibras Ópticas Fios de Bloqueio de Água Rip Cord CABOS ÓPTICOS CFOA-SM-DE-G / CFOA-NZD-DE-G REDE EXTERNA SUBTERRÂNEA APLICAÇÃO Sua construção tipo “Loose” e os materiais utilizados na fabricação do cabo, garantem total proteção contra intempéries. Indicado para instalações externas como cabo para rede de transportes em entroncamentos interurbanos. Seu revestimento em poliamida protege contra o ataque de formigas e cupins (termitas), sendo recomendado para instalações diretamente enterradas. DESCRIÇÃO Cabo óptico totalmente dielétrico, com alta resistência à compressão e proteção contra o ataque de insetos, como formigas e cupins (termitas). CARACTERÍSTICAS CONSTRUTIVAS Dados Tipos CFOA-SM-DE-G CFOA-NZD-DE-G Fibra Óptica Monomodo Monomodo com 103 Dispersão não Zero Revestimento Primário da Fibra Acrilato Número de Fibras * 4, 6, 8, 10, 12, 18, 24, 30, 36, 48, 60, 72, 96, 120 e 144 Núcleo do Cabo Geleado Elemento Central Material não Metálico Amarração do Núcleo Fios de Metal não Higroscópico Capa Interna Polietileno ou Copolímero na cor Preta Revestimento Interno Poliamida (nylon) Capa Externa Polietileno ou Copolímero na cor Preta * Outras formações sob consulta. CARACTERÍSTICAS DIMENSIONAIS Designação Nº de Fibras Ópticas Nº de Fibras por Unidade Básica Diâmetro Externo Nominal (mm) Massa Líquida Nominal (kg/km) * Compriment o Nominal por Bobina (m) 04 a 12 O2 17,9 255 6000 18 a 36 06 17,9 258 6000 CFOA-SM-DD-S 48 a 60 12 18,2 262 6000 CFOA-NZD-DD-S 72 12 18,8 278 6000 96 12 20,7 318 6000 120 12 22,6 365 6000 144 12 24,6 415 6000 * Outros comprimentos sob consulta. ESPECIFICAÇÃO ABNT NBR 14103, Telebrás 235.350.718 Certificado de Homologação ANATEL 41198-XXX256/ 41298-XXX256/ 41398-XXX256 CARACTERÍSTICAS MECÂNICAS CFOA-SM-DD-G / CFOA-NZD-DE-G 104 Formações Carga Máxima de Instalação (N) Resistência à Compressão (N) Raio Mínimo de Curvatura (mm) Durante a Instalação Após Cabo Instalado 4,6,8,10,12,18, 24,30,36,48,60, 72,96,120, 144 1000 5000 20 x Diâmetro Externo do Cabo 10 x Diâmetro Externo do Cabo FORMAÇÃO DOS CABOS ÓPTICOS Disponível de 04 a 144 fibras. CFOA-SM-DE-G / CFOA-NZD-DE-G Figura 104- cabos CFOA-SM-DE-G / CFOA-NZD-DE-G 105 Capa Externa Capa Interna Tubo de Proteção Elemento Central Dielétrico Material de Preenchimento Fibras Ópticas Rip Cord Revestimento Interno de Poliamida (nylon) CABOS ÓPTICOS CFOA-SM-ARE-G / CFOA-NZD-ARE-G CFOA-SM-ARD-G / CFOA-NZD-ARD-G REDE EXTERNA SUBTERRÂNEA APLICAÇÃO Sua armadura em fita de aço corrugado, faz com que seja recomendado para instalações sujeitas ao ataque de roedores. Indicado para instalações externas como cabo para rede de transporte em entroncamentos urbanos, interurbanos e acesso em rede de assinantes, e instalado em canalizações subterrâneas, ou diretamente enterradas. DESCRIÇÃO Cabo óptico com núcleo dielétrico, proteção com armadura de aço corrugado. Capa externa em material termoplástico, na cor preta. CARACTERÍSTICAS CONSTRUTIVAS Dados Tipos CFOA-SM-ARD-G CFOA-NZD-ARD-G CFOA-SM-ARE-G CFOA-NZD-ARE-G 106 Fibra Óptica Monomodo ou Monomodo com Dispersão não Zero Monomodo ou Monomodo com Dispersão não Zero Revestimento Primário da Fibra Acrilato Acrilato Número de Fibras * 4,6,8,10,12,18,24, 30,36, 48, 60, 72, 96, 120, 144 4,6,8,10,12,18,24, 30,36, 48, 60, 72, 96, 120, 144 Núcleo do Cabo Geleado Geleado Elemento Central Material não Metálico Material não Metálico Elemento de Tração Fibra Sintética Fibra Sintética Amarração do Núcleo Fios de Material não Higroscópico Fios de Material não Higroscópico Capa Interna - Polietileno ou Copolímero Proteção contra Roedores Fita de Aço Corrugado Fita de Aço Corrugado Capa Externa Polietileno ou Copolímero na cor Preta Polietileno ou Copolímero na cor Preta * Outras formações sob consulta. CARACTERÍSTICAS DIMENSIONAIS Designação Nº de Fibras Ópticas Nº de Fibras por Unidade Básica Diâmetro Externo Nominal (mm) Massa Líquida Nominal (kg/km) * Comprimento Nominal por Bobina (m) 04 a 12 O2 15,0 215 4000 18 a 30 06 15,0 220
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