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DEFESA AUTO DE INFRAÇÃO ART 181 AGILDO

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DOUTO SENHOR DIRETOR DO ORGÃO DE TRÂNSITO FISCALIZADOR DETRAN-SC
PROCESSO ADMINISTRATIVO/ AUTO DE INFRAÇÃO DE TRÂNSITO: XXXX
PROPRIETÁRIO: XXX
VEÍCULO: XXX
CONDUTOR: XXX, brasileiro, divorciado, comerciante, portador do RG N.° XXXX SSP/XX, inscrito no CPF N.° XXXX, residente e domiciliado na Rua XXXX, n.° XX, Bairro XXXX, na cidade de XXX-XX(Cópias de CNH e comprovantes de residência inclusos – doc.01), vem, respeitosamente, a nobre e culta presença de Vossa Senhoria, apresentarDEFESA DE AUTUAÇÃO, amparada na legislação vigente, e com fundamento nas razões de fato e de direito a seguir expostas:
DAS RAZÕES FÁTICAS E JURÍDICAS QUE FUNDAMENTAM A PRESENTE DEFESA
1 – O presente processo administrativo pretende ATRIBUIR AO CONDUTOR DEFENDENTE MULTA POR ESTACIONAR EM LOCAL/HORÁRIO PROIBIDO ESPECIFICAMENTE PELA SINALIZAÇÃO, por supostamente ter praticado a infração de trânsito constante na NOTIFICAÇÃO DE AUTUAÇÃO DE INSTAURAÇÃO DE INFRAÇÃO DE TRÂNSITO - NAI, cuja cópia segue inclusa –doc.02, considerando-o incurso no art. 181, XVIII, do Código de Trânsito Brasileiro.
Todavia, O AUTO DE INFRAÇÃO DEVE SER JULGADO INSUBSISTENTE, UMA VEZ QUE O DEFENDENTE NÃO REALIZOU A REFERIDA INFRAÇÃO, nos termos em que estabelece a lei, tendo havido ERRO DE INTERPRETAÇÃO DO AGENTE AUTUADOR, pois que O VEÍCULO APONTADO COMO UTILIZADO NA REALIZAÇÃO DA INFRAÇÃO NÃO ESTAVA ESTACIONADO, E SIM PARADO, COM O PISCA ALERTO LIGADO, COM O CONDUTOR DO VEÍCULO DENTRO, APANHANDO SUA PASSAGEIRA PARA ALMOÇAR, EM LOCAL ONDE CONSTA SILANIZAÇÃO PERMITINDO, DE “ESTACIONAR; 15 MINUTOS; PISCA ALERTA LIGADO NA LINHA BRANCA” CONFORME FOTO DA SINALIZAÇÃO ANEXA – doc. 4.
Desta forma, o Condutor Defendente não realizou a infração que lhe está sendo atribuída, devendo o presente PROCESSO ADMINISTRATIVO SER ARQUIVADO, de direito e de fato, pela sua INSUBSISTÊNCIA, conforme a seguir passará a ser demonstrado.
2 – Estabelece o artigo 181, e o seu inciso XVIII, do Código de Trânsito Brasileiro:
“Art. 181. Estacionar o veículo:
(...)
XVIII - em locais e horários proibidos especificamente pela sinalização (placa - Proibido Estacionar):
Infração - média;
Penalidade - multa;
Medida administrativa - remoção do veículo (...)”
Ora, Nobre Julgador, O PRIMEIRO PONTO A SER DESTACADO é que o veículo de passageiro Mercedes Benz C200, de placa QJT8088, cópia de CRLV inclusa – doc.03 , NÃO ESTAVA ESTACIONADO, MAS SIM PARADO EM LOCAL ONDE A SINALIZAÇÃO PERMITE POR 15 MINUTOS, COM PISCA ALERTA LIGADO.
3 - Desta forma, Nobre Julgador, não só o Condutor Defendente não realizou a infração de trânsito na qual foi indevidamente autuado, pois NÃO ESTACIONOU, o veículo no local/hora da infração, ficando patente que, conforme já anteriormente destacado, o Auto de Infração foi preenchido por erro de interpretação do agente autuador, o qual, erroneamente, e nem se imagina o porquê, entendeu que o veículo estava estacionado no local.
Destaque-se, ainda, que a referida notificação da infração veio desacompanhada de foto, o que reforça ainda mais o erro da autuação.
4 - O SEGUNDO PONTO A SER DESTACADO na defesa do Condutor Defendente, é que o artigo 181, inciso XVIII, do Código de Trânsito Brasileiro, estabelece como MEDIDA ADMINISTRATIVA PARA A PRÁTICA DA REFERIDA INFRAÇÃO A REMOÇÃO DO VEÍCULO, o que não ocorreu no caso em tela.
E por quê não ocorreu a remoção?
Justamente porque o veículo não estava estacionado, mas sim parado, com o condutor dentro e pisca alerto ligado no referido local.
5 - De outra forma, Nobre Julgador, teria o agente autuador, de matrícula 509295859XX,PREVARICADO, por não ter realizado a remoção do veículo, tendo incidido com sua conduta na tipificação do artigo 319 do Código Penal:
Prevaricação
Art. 319 - Retardar ou deixar de praticar, indevidamente, ato de ofício, ou praticá-lo contra disposição expressa de lei, para satisfazer interesse ou sentimento pessoal:
Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa.
Desta forma, Nobre Julgador, caso entenda NÃO SER INSUBSISTENTE O PRESENTE AUTO DE INFRAÇÃO, estaria o agente autuador, de matrícula 509295859XX, incurso no CRIME DE PREVARICAÇÃO, previsto no artigo 319 do Código Penal, devendo cópias do presente auto, desta defesa e da decisão proferida, serem encaminhados ao Ministério Público Estadual, para que adote as providências legais cabíveis ao caso em análise em relação ao agente autuador.
Até porque, se houvesse realmente o Condutor Defendente estacionado o veículo, certamente não haveria dificuldade nenhuma em providenciar a remoção ou até mesmo autuado no momento na fiscalização.
Pois o próprio artigo 280 do Código de Trânsito Brasileiro estabelece que “Ocorrendo infração prevista na legislação de trânsito, lavrar-se-á auto de infração, do qual constará...”, sendo estabelecidos, nos incisos deste dispositivo legal, quais são os dados mínimos da autuação, entre os quais o prontuário do condutor (número de registro da habilitação) e a sua assinatura, sempre que possível (incisos IV e VI).
Ainda no artigo 280, em seu § 3º, nos dá uma primeira resposta, ao prever que “Não sendo possível a autuação em flagrante, o agente de trânsito relatará o fato à autoridade no próprio auto de infração, informando os dados do veículo, além dos constantes nos incisos I, II e III, para o procedimento previsto no artigo seguinte”
	Sendo o flagrante do artigo 280, § 3º, sinônimo de abordagem, vemos que esta é a regra e a não abordagem constitui a exceção; isto porque a redação de tal dispositivo inicia asseverando que “não sendo possível a autuação em flagrante...”, ou seja, presume-se que a autuação sem abordagem deve ser realizada somente quando houver alguma impossibilidade, o que deve ser devidamente relatado pelo agente de trânsito à autoridade, no próprio auto de infração (em outras palavras, deve ser anotado, no campo de observações da autuação, o motivo pelo qual a abordagem não foi realizada). 
	Neste caso, estando o condutor dentro do veículo parado, seria possível sua abordagem, no entanto não foi realizada.
6 - DO EXPOSTO, SÓ SE PODE CONCLUIR QUE A REMOÇÃO NÃO OCORREU JUSTAMENTE PORQUE O VEÍCULO NÃO ESTAVA ESTACIONADO, MAS SIM PARADO, EM ACORDO COM A SINALIZAÇÃO CONSTANTE NA VIA, O QUE, POR ÓBVIO, IMPEDIU A REMOÇÃO DO MESMO.
7 – Desta forma, Nobre Julgador, a multa deve ser cancelada, uma vez que a multa lavrada foi por estacionar o veículo em local proibido, porém houve apenas a aplicação da pena pecuniária, e, em assim sendo, houve um erro de lógica no procedimento, pois, conforme já destacado, o veículo não foi removido como manda a lei.
Tamanha falta de precisão, Nobre Julgador, apóia a defesa do Condutor Defendente, subsidia suas razões, e TORNA O AUTO DE INFRAÇÃO INSUBSISTENTE, levando ao consequente CANCELAMENTO DA MULTA.
DA CONVERSÃO DA MULTA DE TRÂNSITO EM ADVERTÊNCIA
Dispõe o artigo 267 do CTB:
“Art. 267. Poderá ser imposta a penalidade de advertência por escrito à infração de natureza leve ou média, passível de ser punida com multa, não sendo reincidente o infrator, na mesma infração, nos últimos doze meses, quando a autoridade, considerando o prontuário do infrator, entender esta providência como mais educativa.
§ 1º A aplicação da advertência por escrito não elide o acréscimo do valor da multa prevista no § 3º do art. 258, imposta por infração posteriormente cometida.
§ 2º O disposto neste artigo aplica-se igualmente aos pedestres, podendo a multa ser transformada na participação do infrator em cursos de segurança viária, a critério da autoridade de trânsito”
Com efeito sendo a) a infração de natureza leve ou média b) punível com multa e c) não sendo reincidente o infrator, na mesma infração, nos últimos 12 meses, poderá a autoridade converter a penalidade pecuniária em advertência por escrito.
É exatamente o que se vê na presente situação. A infração atribuída ao notificado é de natureza média, sanciondo com multa (artigo 181, XVIII, do CTB). Além disso não há no prontuário do notificado qualquer infração semelhante, como demonstra no extrato de pontuaçãoanexo – doc.4.
Dessa forma, nota-se que o notificado é condutor probo e responsável, sendo a imposição de multa uma medida exagerada para fins educativos, motivo por que a conversão em advertência é medida que se impõe.
Não sendo acolhido o pleito suprajacente, a decisão deve ser motivada de forma “explicita, clara e congruente” (artigo 50, § 1º, da Lei 9.784/99), na medida em que afeta os interesses do notificado, comunicando-lhe sanção, a teor dos incisos I e II da referida norma.
DO PEDIDO
8 – Mediante as razões de fato e de direito expostas, com amparo nos elementos de prova constantes no presente Auto de Infração e na documentação ora apresentada, vem o Condutor Defendente, à ilustre presença de Vossa Senhoria, através de seu representante legal que ao final assina, REQUERER:
a) Que a presente DEFESA DA AUTUAÇÃO, seja devidamente recebida, processada e julgada;
b) O DEFERIMENTO DA PRESENTE DEFESA, com o consequente CANCELAMENTO DA MULTA IMPOSTA e a extinção da pontuação que a infração gerou no Prontuário Geral Único do Condutor Defendente.
c) Em carater eventual, pede a conversão da multa em advertência, pois o notificado satisfaz os requisitos do artigo 267, do CTB.
d) Contudo, não seja este o entendimento do julgador, reque seja a decisão devidamente motivada, sob pena de nulidade, a teor do art. 50, I e II, § 1º, da Lei 9.784/99.
c) O BENEFÍCIO DO EFEITO SUSPENSIVO, no caso do presente procedimento não ter sido julgado em até 30 dias da data de seu protocolo, na conformidade do artigo 285, § 3º, do Código de Trânsito Brasileiro.
Nestes termos, pede deferimento.
Florianópolis, 05 de abril de 2019.
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