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Gestão E Desenvolvimento De Fornecedores 1 Navegue entre os capítulos Volte ao Sumário 1 Didática no Ensino Auditoria Contábil Tributária 1 Navegue entre os capítulos Volte ao Sumário GESTÃO E DESENVOLVIMENTO DE FORNECEDORES Gestão E Desenvolvimento De Fornecedores 1 Navegue entre os capítulos Volte ao Sumário 1 Didática no Ensino Auditoria Contábil Tributária 1 Navegue entre os capítulos Volte ao Sumário Monteiro, Bruno da Paixão, 2019. Gestão E Desenvolvimento De Fornecedores - Belém, PA: Faculdade Estrate- go. 33 páginas. Palavras chaves: 1. fornecedores; 2. Risco; 3. Avaliação; 4. Relacionamento Colaborativo; 5. Qualificação. Gestão E Desenvolvimento De Fornecedores 2 Navegue entre os capítulos Volte ao Sumário s SUMÁRIO INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................................3 1. QUALIFICAÇÃO E DESENVOLVIMENTO DE FORNECEDORES ..................................4 2. AVALIAÇÃO DE FORNECEDORES ................................................................................................10 EM RELAÇÃO A QUALIFICAÇÃO E DESENVOLVIMENTO DE FORNECEDORES, PARA BRAGA (2008): ...................................................................................................................................10 3. ANÁLISE DE RISCO ..................................................................................................................................15 4. RELACIONAMENTO COLABORATIVO COM FORNECEDORES ................................23 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .......................................................................................................28 * * A navegação deste e-book por meio de botões interativos pode variar de funcionalidade dependendo de cada leitor de PDF. Gestão E Desenvolvimento De Fornecedores 3 Navegue entre os capítulos Volte ao Sumário INTRODUÇÃO A globalização vem tornando a concorrência cada vez mais agressiva e as empresas estão, intensamente, tendo que assumir ciclos evolutivos cada vez mais curtos. Para alcançar vantagem competitiva, é preciso desenvolver métodos de gestão direcionados ao aperfeiçoamento e melhoria contínua do seu nível de desempenho. Baierle (2017), em seu trabalho de pesquisa sobre Avaliação de fornecedores, cita que um dos pontos-chave nesta busca é a Gestão de Fornecedores, com foco em determinar métodos mais eficazes de identificar e selecionar fornecedores competentes e capazes de atender às necessidades e exigências, além de desenvolver e avaliar o desempenho de sua cadeia de fornecimento. Nas organizações modernas vemos uma forte e pulverizada presença de fornecedores provendo serviços e produtos de diversas naturezas e complexidades e, sem os quais, tais organizações não conseguiriam desempenhar suas funções. Os motivos para esta mudança de cenário são vários. A busca por menores custos é um fator predominante, mas temos diversos outros motivos ligados à ausência de conhecimentos internos na organização, agilidade e inovação, que têm levado as organizações a utilizarem cada vez mais o Outsourcing para entregar seus serviços e produtos. Tamanha é a dependência das organizações modernas de seus fornecedores que podemos afirmar que existe uma relação direta entre a capacidade de entrega/excelência de uma organização e sua competência em gerir fornecedores. Este é, portanto, um tema central e estratégico, merecedor de nossa atenção. Segundo Fidelis, a empresa a atentar-se “que ao adquirem de seus fornecedores, muitas vezes, mais do que 50% do valor de seu faturamento. Com isso, adquirem também mais da metade dos seus problemas de qualidade e de lead-time”. Foi então, que resolveram criar programas de desenvolvimento de fornecedores, objetivando “reduzir as não-conformidades, garantir os programas de entrega, tornar-se mais competitivas, fomentar parcerias de longo prazo, reduzir custos”. Para Fidelis, “fica evidente que um processo otimizado de desenvolvimento de fornecedores fornece às empresas ganhos importantes como identificar e atrair os melhores fornecedores”, planejando parceiras com longos prazos. O relacionamento consolidado pelo processo de desenvolvimento dos fornecedores visa um ganho mútuo em qualidade, tempo de ciclo de pedido, redução de custos, eliminação de desperdícios e melhoria do serviço, produzindo resultados para ambas as organizações. Gestão E Desenvolvimento De Fornecedores 4 Navegue entre os capítulos Volte ao Sumário 1. QUALIFICAÇÃO E DESENVOLVIMENTO DE FORNECEDORES O nosso tempo caracteriza-se pela facilidade no acesso à informação e pela alta competitividade no mercado, com a urgente necessidade nas melhorias ou modificações de processos. O gerenciamento da qualidade e o papel dos clientes e fornecedores tem sido foco de discussões e desenvolvimento de metodologias na última década. Segundo Campos (1992), uma empresa não pode ser competitiva de forma isolada, pois parte de uma cadeia de compradores/fornecedores busca a máxima taxa de valor agregado. Desta maneira, de acordo com Humphreys et al (2001), é necessário um programa de desenvolvimento de relacionamento com os fornecedores, já que a relação de escala tradicional entre organizações compradoras e seus fornecedores passou a ser compreendida como uma disputa entre adversários. A seleção e a gestão da cadeia de fornecedores das organizações devem ser um processo da área de compras da empresa, pois, segundo Pozo (2000), compreende os seguintes eixos: • Assegurar descrição completa das necessidades; • Selecionar fontes de suprimentos; • Conseguir informações de preço; • Colocar os pedidos (ordens de compras); • Acompanhar (follow up) os pedidos; • Verificar notas fiscais; • Manter registros e arquivos; • Manter relacionamento com vendedores. A definição dos fornecedores faz parte da estratégia de compras da organização. A gestão de fornecedores pode ser: • Single sourcing - fornecedores exclusivos para determinados produtos; • Multiple sourcing - vários fornecedores para um mesmo produto; • Global sourcing - fornecedores internacionais; • Rede de fornecedores - rede constituída de poucos fornecedores diretos (de pri- meiro nível) e de uma base maior de fornecedores indiretos, que “fornecem para seus fornecedores” (de segundo e terceiro níveis). Um dos objetivos primários do setor de compras é manter uma rede de fornecedores capacitados. Isso significa que a habilidade de uma empresa em produzir produtos de qualidade, a um preço razoável, no tempo certo, é um fator fortemente influenciado pela capacidade dos fornecedores. No momento em que o fornecedor não tem a capacidade de corresponder às carências do comprador, segundo Neumann e Ribeiro (2003), em referência a Krause (1998), afirmam que “o comprador pode internalizar o item que estava sendo produzido pelo fornecedor externo, mudar para um fornecedor mais capaz, ajudar a melhorar a Gestão E Desenvolvimento De Fornecedores 5 Navegue entre os capítulos Volte ao Sumário capacidade dos fornecedores atuais ou realizar uma combinação”, do qual surge um bom programa de desenvolvimento de fornecedores (PDF). Segundo Bonato, Biguelini, Caten (2011), “o programa de desenvolvimento de um fornecedor tem por objetivos: efetuar mudanças imediatas nas operações do fornecedor ou aumentar a habilidade do fornecedor para realizar suas próprias mudanças”. Quando o PDF é orientado para resultados, há aumento de desempenho, mas geralmente falha nas melhorias contínuas, ao contrário do segundo caso (Hartley e Jones, 1997). Ainda de acordo com Neumann e Ribeiro (2003), o desempenho de um programa de desenvolvimento de fornecedores pode ser visto na figura 1 abaixo, onde a curva 1 apresenta o desempenho versus tempo de um programa orientado para resultados e a curva 2 apresenta o desempenho versus tempo de um programa orientado pelo processo. Ao final do programa, a empresa compradora pode estabelecermetas e planos, rever o progresso, trocar informações e estabelecer prêmios ou outras formas de reconhecimento que motivem o fornecedor a melhorar o seu desempenho (NEUMANN, RIBEIRO, 2003, p. 2). Figura 1 - Efeito gerado por um programa de desenvolvimento de fornecedores Fonte: Hartley & Jones, 1997. Bonato et al (2011), em referência a Hartley e Jones (1997), afirmam que “um programa de desenvolvimento de fornecedores baseado no processo segue quatro passos genéricos”: 1. Avaliar o grau de amadurecimento do fornecedor para a mudança; 2. Construir a confiança através da colaboração, administrando a resistência às mu- danças, motivando a participação e estabelecendo tempo para o aprendizado; 3. Implementar mudanças amplas de acordo com as habilidades técnicas, gerenciais e sociais do fornecedor; 4. Fornecer suporte ininterrupto e continuação para as atividades desta fase de tran- sição (BONATO, 2011, p.3). Segundo Watts e Hahn (1993) apud Bonato et al (2011) afirmam que pode Gestão E Desenvolvimento De Fornecedores 6 Navegue entre os capítulos Volte ao Sumário concluir-se que “empresas compradoras utilizam programas para desenvolvimento dos fornecedores somente para melhorar o produto que comercializam em vez de auxiliar a melhorar a capacidade de seus fornecedores” (BONATO, 2011, p.9). A troca entre o comprador e o fornecedor é fator determinante para uma aliança bem-sucedida. Desse modo, somente aumentando as expectativas dos fornecedores e esclarecendo-as, além de participar dos esforços junto ao fornecedor, é que as empresas podem desenvolver sua base de fornecimento e ter vantagem competitiva em um mundo globalizado (KRAUSE & ELLRAN, 1997). Segundo Braga (2008), uma das atividades com mais relevância, é realizada “pelo setor de Compras, que é a seleção das empresas que integrarão a base de fornecedores, responsáveis pela manutenção do fluxo inbound de produtos e serviços do comprador”. Para uma boa gestão de supply chain, é imprescindível selecionar, avaliar e homologar a escolha dos fornecedores. “Desse modo que informações devem ser levantadas a respeito do mercado fornecedor? Com que frequência deve ser feita essa análise? Que produtos e serviços devem ser contemplados na pesquisa?” (BRAGA, 2008). Durante a análise do mercado fornecedor, Braga (2008) expõe alguns fatores a serem observados, como mostra a figura 2. Figura 2 – Fatores de inteligência do mercado fornecedor Fonte: Braga (2008). Para Braga (2008), é muito importante que a empresa conheça detalhes específicos de seus futuros e atuais fornecedores: “É recomendável que a empresa compradora conheça detalhes sobre a fonte de suprimento de capital para os fornecedores, taxa de juros des- ses recursos, dificuldade para obtê-los e onde eles serão aplicados. Es- Gestão E Desenvolvimento De Fornecedores 7 Navegue entre os capítulos Volte ao Sumário tas questões são importantes, pois a facilidade na captação de recursos financeiros pode causar reflexos na capacidade de aquisição de máqui- nas e tecnologia para acompanhar o crescimento do comprador, supor- tar esforços de P&D de novos produtos ou processos, manter os níveis atuais de recursos de informação tecnológica ou até mesmo investir em estoques para suportar as operações em andamento com o comprador (BRAGA, 2008). No que diz respeito às inovações tecnológicas, o autor afirma que seu uso “está relacionada à constante preocupação das empresas por inovação dos seus produtos e melhorias de qualidade para permanecerem competitivas” (Braga, 2008). As reflexões sobre todos os fatores listados na figura 2 amplia a lista de critérios durante o processo de seleção, estabelecendo uma base sólida para a empresa compradora. Entretanto, esse processo de seleção, sendo bem estruturado e analisado, é uma estratégia que demanda tempo e custo das empresas compradoras. Logo, não é recomendável que seja utilizado para todo e qualquer produto ou serviço adquirido. É necessário, pois, a identificação dos itens mais importantes. Uma alternativa interessante é a utilização da matriz de categorias ou famílias, representada na Figura 3, adaptado de Kraljic (1983) apud Have et al (2003). Figura 3 – Matriz Kraljic ou Modelo de Compras Fonte: Kraljic (1983) apud Braga (2008) De acordo com a SBGC, o modelo de compras de Kraljic (1983) apud Have et al. (2003) ajuda a selecionar estratégias de compras apropriadas para cada tipo de produto, otimizando a relação entre risco e os custos diretos e indiretos. Há quatro categorias de produtos: gargalo, estratégico, não-crítico e produto alavancável. Segundo a SBGC, a Matriz de Kraljic define que: Gestão E Desenvolvimento De Fornecedores 8 Navegue entre os capítulos Volte ao Sumário os produtos gargalo são aqueles com menos opções de suprimentos, contudo, são essenciais para a operação da empresa, o que significa que uma interrupção no suprimento pode causar sérios prejuízos à empresa. Por sua vez, os produtos estratégicos possuem grande impacto financei- ro e são de alto risco de fornecimento, sendo a parceria com fornecedo- res altamente recomendada (SBGC). Para SBGC, “os produtos de alavancagem também possuem grande impacto financeiro, mas possuem fornecedores em abundância”. Por sua vez, os “produtos não críticos oferecem menos impacto financeiro e não apresentam muito risco à empresa. Uma forma eficiente de se comprar esses produtos é obter um número pequeno de fornecedores para uma ampla gama de produtos”. Braga (2001) “sugere que o esforço de inteligência sobre o mercado fornecedor (Figura 2) comece com os itens estratégicos, depois com os gargalos e, finalmente, com os itens de alavancagem”. O que não justificaria, de fato, o “emprego deste levantamento de dados para os itens considerados como não- críticos, devido a sua pouca representatividade e baixo risco de fornecimento”. Após selecionar e avaliar seus fornecedores, é preciso homologá-los, ou seja, confirmar o atendimento dos requisitos estabelecidos no processo de seleção. Para ser homologado, um fornecedor precisa: • Comprovar sua capacidade técnica; • Estar em dia com exigências fiscais, possuir estabilidade financeira e produtiva; • Estar de acordo com a política de compliance da sua organização. Outro dado importante sobre a homologação é que não, necessariamente, precisa ser documental. Dependendo da criticidade do produto ou serviço, a homologação precisa ser complementada com auditorias em campo. Depois de homologados, os fornecedores devem ser classificados para que a empresa comprada possa estabelecer um relacionamento. A classificação pode levar em consideração o impacto do fornecedor na cadeia de valor da organização: Figura 4: Matriz Valor x Risco x Impacto Fonte: tiespecialistas.com.br Gestão E Desenvolvimento De Fornecedores 9 Navegue entre os capítulos Volte ao Sumário Mas a gestão de fornecedores não termina na contratação do fornecedor, é preciso manter um bom relacionamento com eles. Monitorar e avaliar seu desempenho é fundamental para manter o fluxo de produção, conforme discutido nas seções posteriores. Gestão E Desenvolvimento De Fornecedores 10 Navegue entre os capítulos Volte ao Sumário 2. AVALIAÇÃO DE FORNECEDORES Em relação a qualificação e desenvolvimento de fornecedores, para Braga (2008): segmento do Programa de Desenvolvimento de Fornecedores (PDF) é normalmente direcionado para aqueles que necessitam de uma melho- ria no desempenho por apresentarem deficiência em qualidade, tempo de entrega, necessidade de redução de custos, dificuldades financeiras e problemas na adoção de novas tecnologias. O programa também pode ser empregado como roadmap para auxiliar alguns fornecedores que precisam realizar aumento de capacidade (BRAGA, 2008). Segundo a autor, para obter-se sucesso de um PDF há alguns fatores que de devem respeitados, considerando - os como críticos à execução da metodologia: • Envolvimento da alta gerência; • Avaliação do desempenho dos fornecedores;• Emprego de times multifuncionais • Ampla comunicação entre as partes envolvidas; • Perspectiva de longo prazo; • Foco no custo total de propriedade. De acordo com Braga (2008), o “envolvimento da alta gerência é determinante porque muitas interações com os fornecedores deverão ocorrer no nível mais elevado das organizações, devido às decisões estratégicas que podem ocorrer entre os parceiros”. Porém, as ações ocorridas dentro da empresa, deverão ser realizadas de acordo com os recursos para sua execução, determinados pelos níveis estratégicos da organização. Para identificar os fornecedores que necessitam de auxílio em seu desenvolvimento é necessário o uso de avaliação de fornecedores. Desta maneira, os fornecedores, por meio do sistema de medição, procuraram por melhorias em seu desempenho, pois serão avaliados. Porém, para Braga (2008), “é igualmente importante dar o feedback aos fornecedores dos resultados obtidos, para que o processo possa ter transparência e credibilidade”. É importante ressaltar que “a empresa compradora deve buscar a integração interna e a unidade de opinião acerca do PDF”, porque a utilização do programa envolve diversas áreas da empresa compradora (BRAGA, 2008). O autor afirma que, “questões ligadas à engenharia, qualidade, finanças e outras funções das duas empresas serão discutidas e é preciso que o respectivo setor esteja envolvido neste processo”. O uso do programa, quando empregado, pode trazer riscos tanto para o comprador quanto para o fornecedor, segundo Braga (2008): Fonte: do autor https://soundcloud.com/darlan-conrado/didatica-no-ensino-pergunta-2/s-uOLHr?in=darlan-conrado/sets/didatica-no-ensino/s-X3cN6 https://soundcloud.com/darlan-conrado/didatica-no-ensino-pergunta-2/s-uOLHr?in=darlan-conrado/sets/didatica-no-ensino/s-X3cN6 https://soundcloud.com/darlan-conrado/didatica-no-ensino-pergunta-2/s-uOLHr?in=darlan-conrado/sets/didatica-no-ensino/s-X3cN6 https://soundcloud.com/darlan-conrado/didatica-no-ensino-pergunta-2/s-uOLHr?in=darlan-conrado/sets/didatica-no-ensino/s-X3cN6 Gestão E Desenvolvimento De Fornecedores 11 Navegue entre os capítulos Volte ao Sumário Logo, comprador e vendedor devem estar dispostos ao investimento de tempo, recurso e ativos dedicados ao programa. Finalmente, o conceito de custo total de propriedade é importante para orientar as decisões so- bre o programa de PDF, devido à necessidade de se considerar todos os custos envolvidos no processo e comparar com as expectativas de gan- hos que se possa ter com este empreendimento (BRAGA, 2008). Um programa de desenvolvimento de fornecedor pode variar bastante quanto aos mecanismos a serem empregados. A figura 6, abaixo, mostra as principais abordagens que poderão ser realizadas em um PDF (NEUMANN e RIBEIRO apud BRAGA, 2008). Segundo o autor, para se tornar um fornecedor atuante, de fato, “poderão ser utilizados ações para correção ou aprimoramento contínuo. As ações de correção podem variar entre pequenos atos, como uma solicitação informal de melhoria até a utilização de recursos expressivos”. A concretização e atuação de um PDF é uma tarefa que demanda importantes recursos das partes e precisa ser tratada de forma estruturada, de modo a reduzir o risco do insucesso. Figura 6 – Iniciativas para desenvolvimento do fornecedor Fonte: Wagner (2006) apud Braga (2008). O roteiro abaixo representado, segundo Neumann e Ribeiro (2003) apud Braga (2008), pode ser usado como base para orientação do estabelecimento de um PDF, podendo ser readaptado. Ele está constituído em 5 etapas: Etapa 1 – Identificação da importância dos produtos ou serviços: nes- sa Etapa é necessário realizar a identificação dos possíveis itens que de- vem ter atenção especial, cuja qualquer alteração no fornecimento im- Gestão E Desenvolvimento De Fornecedores 12 Navegue entre os capítulos Volte ao Sumário pacta sobre as operações da empresa. Devem ser estabelecidos para um conjunto de categorias de alta representatividade, avaliando conforme matriz de categorias, visto na seção anterior. É preciso ainda estabelecer objetivos do programa a curto, médio e longo prazo. Etapa 2 – Avaliação dos fornecedores e identificação dos candidatos ao programa: a etapa 2 consiste em identificar, dentro de cada categoria de produtos ou serviço, aqueles fornecedores que apresentam desem- penho abaixo de um determinado nível mínimo estabelecido pelo com- prador. A avaliação pode ser realizada em parâmetros como capacidade técnica, qualidade, entrega no prazo, redução de custo, capacidade ge- rencial, tecnologia de produto e processo, responsabilidade ambiental e saúde financeira, entre outros. Uma estratégia interessante é determinar um nível mínimo de performance e avaliar os fornecedores, possibilitan- do a eliminação da base, de acordo com a figura 8 (NEUMANN E RIBEI- RO apud BRAGA, 2008). Nestas duas etapas, Neumann e Ribeiro (2003) apud Braga (2008) explicam que é possível verificar que para o item crítico A, os fornecedores 2 e 3 são candidatos a ingressarem no programa. Já para o item B, apenas o fornecedor 3 seria considerado. Finalmente, para o item C, o fornecedor 3 também seria o indicado. Para Braga (2008), tal classificação poderá ser utilizada para ajudar a empresa a organizar seu suporte de fornecedores, abstraindo os que obtêm baixo volume e desempenho bem abaixo do nível mínimo estipulado. Figura 8 – Classificação esquemática de fornecedores Fonte: Monczka et al. A próxima etapa destacada por Neumann e Ribeiro (2003) apud Braga (2008) é a: Etapa 3 – Identificação das áreas de interesse • Analisar o contexto que gerou a necessidade das melhorias na cadeia de fornece- dores. Em grande parte das situações é útil conhecer o cenário econômico, político Gestão E Desenvolvimento De Fornecedores 13 Navegue entre os capítulos Volte ao Sumário e cultural no qual o problema se insere. O propósito desta fase é especificar a causa do problema. • Os problemas de desempenho podem ocorrer nas dimensões de capacidades (técnica, produção, qualidade, entrega, financeira e gerencial). Porém, também podem ser enquadrados em fontes de recursos, como por exemplo, produto, pro- cessos ou sistemas operacionais (NEUMANN E RIBEIRO apud BRAGA, 2008). Para Neumann e Ribeiro (2003) apud Braga (2008), os problemas com fornecedores pontuais devem ser melhor analisados, pois os problemas podem advir de um produto em específico “devido a um desenho inadequado ou especificações do material incorretas”. Ou “pode ser totalmente relacionado ao processo de manufatura, devido à capacidade inadequada das máquinas de produção ou mão de obra deficiente” (BRAGA, 2018). Também existe a possibilidade de que a adversidade esteja ligada “ao sistema operacional, devido à baixa confiabilidade dos mecanismos de controle de qualidade”, ou até mesmo associações de todos os problemas acima citados. Tabela 1 – Áreas de interesse de um PDF Fonte: Hahn et al, 1990. A seguinte etapa definida pelo autor é a etapa quatro e refere-se à: Análise de risco: compreender as inclinações naturais de cada fornece- dor, o que inclui identificar seu sistema de qualidade, as tecnologias que utiliza, suas especialidades do ponto de vista de processos e componen- tes, seu foco principal entre as dimensões custo, entrega e qualidade. Execução de análises financeiras dos possíveis projetos planejados na fase anterior, definição de expectativas de ganhos e a forma de financia- mento do programa (NEUMANN E RIBEIRO apud Braga, 2008). O fornecedor pode estar isento de custear o programa e ficar obrigado a Gestão E Desenvolvimento De Fornecedores 14 Navegue entre os capítulos Volte ao Sumário alcançar um objetivo estipulado, pode pagar parte ou todo programa, segundo o autor. Outra alternativa destacada por ele refere-se “a forma que o comprador financiar um período inicial, avaliar os resultados alcançados e, se os mesmos forem positivos, o fornecedor assumirá outro período do programa”. (NEUMANNE RIBEIRO apud BRAGA, 2008). Por fim, apresenta-se a última etapa: Etapa 5 - Definição sobre os projetos a serem implantados e forma de avaliação Nessa etapa é realizada a identificação do que será feito e como será exe- cutado, especificando-se o papel de cada parte: Viabilidade dos projetos; Metas a serem cumpridas; Importância estratégica das mudanças; Im- pacto no negócio e Percentual de custos divididos (NEUMANN E RIBEI- RO apud BRAGA, 2008). De acordo com Neumann e Ribeiro (2003): A avaliação dos resultados pode ser realizada através de um indicador fa- turamento ou índice de aproveitamento do tempo produtivo que o for- necedor dispõe. Os resultados alcançados após a implementação podem ser comparados em relação ao início do projeto, comparando a evolu- ção e o aproveitamento obtido pelo fornecedor (NEUMANN, RIBEIRO, 2003, p.5). . Após a implantação do programa, é necessário avaliá-lo, a fim de verificar o seu desenvolvimento e evitar o fracasso. Uma pesquisa realizada por Krause (1997) mostrou os principais fatores para o insucesso do PDF, mostradas na tabela abaixo: Tabela 2 – Fatores de fracasso de um PDF Fonte: Krauser (1997) apud Wagner (2006) Gestão E Desenvolvimento De Fornecedores 15 Navegue entre os capítulos Volte ao Sumário 3. ANÁLISE DE RISCO Com a competitividade expandida pela globalização, a gestão de empresas torna-se cada vez mais complexa. Neste contexto: independentemente do seu porte, as organizações precisam se manter num processo contínuo de aprimoramento de suas atividades. Sendo assim, conforme Moreira (1996), “as várias pressões que atuam sobre as empresas exigem que elas sejam capazes, para serem efetivamente de classe mundial, de reagir rapidamente às mudanças – mais rapidamente do que no passado” (WILHELM et al., 2006, p.1). Tal crescimento na competitividade exige mais formas de potencializar o crescimento das empresas, para tanto uma gestão bem preparada para tais mudanças, será um diferencial. Para tanto é necessário o uso medidas de avaliação desempenho, que por sua vez busca “constatar o grau de evolução ou estagnação de processos, buscando avaliar a adequação de seus produtos ou serviços em relação às exigências do mercado consumidor.” (NAURI apud WILHELM et al., 2006, p.2). Formando assim, estratégias adequadas em relação a todos os níveis de uma organização, expandindo a otimização dos processos. De acordo com Campos (apud MENDES) apud Wilhelm et al. (2006): as medidas de desempenho devem associar-se à estratégia da organi- zação e deve haver uma compreensão comum das definições. Só assim poderá alcançar uma visão comum dos objetivos e trabalhar para im- plementar a estratégia, cumprindo metas e melhorando a organização (CAMPOS apud WILHELM et al., 2006, p.1). A medição de desempenho de uma empresa é muito importante para “estabelecer o grau de evolução ou de estagnação de seus processos”, além de adequar seus serviços de maneira correta a partir das informações fornecidas, com objetivo de “tomar ações preventivas e/ou corretivas”, contribuindo desta maneira para a conquista dos objetivos e metas estabelecidos pela empresa (NAURI apud WILHELM et al., 2006). Desse modo, o processo de avaliação de fornecedores consiste no processo de qualificação, cadastramento, acompanhamento e avaliação de desempenho de fornecedores de bens e serviços, bem como administração do sistema de consequências do processo de avaliação. Segundo Dornier et al. (2000) apud WILHELM et al. (2006) “a coleta de informações a respeito de indicadores de desempenho”, da oportunidade da gestão analisar continuamente o desempenho da empresa, devendo incluir os seguintes itens: • Medição de desempenho da atividade; • Definição dos objetivos e comparação da situação real em todos os momentos; Gestão E Desenvolvimento De Fornecedores 16 Navegue entre os capítulos Volte ao Sumário http:// Gestão E Desenvolvimento De Fornecedores 17 Navegue entre os capítulos Volte ao Sumário AVALIAÇÃO CRITÉRIOS Extrema Importância Qualidade, Entrega e Histórico de Desempenho. Importância considerá- vel Reclamações e Política de Crédito, Capacidade e Facilidade de Produção, Preço, Capacidade Técnica, Posição Financeira, Cum- primento de Processo, Sistema de Comunicação, Reputação e Po- sição no Mercado, Interesse no Negócio, Gestão de Organização e Controle Operacional. Importância Média Serviços de Manutenção e Reparo, Atitude Perante a Empresa, Impressão que Causou na Empresa, Qualidade da Embalagem, Histórico do Negócio, Localização Geográfica, Volume de Negócio e Apoio à Formação. Importância Ligeira Acordos Recíprocos. Figura 13 –Critérios para seleção de fornecedores Fonte: Adaptado de Weber et al. Para a classificação de fornecedores, pode-se classificar pela natureza do fornecimento (serviços e bens) e quanto à criticidade. Esta última classifica em: • Fornecedores qualificados – bens ou serviços críticos; • Fornecedores simples – bens ou serviços não críticos. Na avaliação do fornecedor, independente do tipo, é necessário estabelecer requisitos como Habilitação Jurídica, Habilitação Econômica e Financeira, Regularidade Fiscal, Relação Comercial e Tipo de Fornecimento. Para o fornecedor qualificado é preciso ainda estabelecer os critérios: • Critério Técnico: Deve avaliar a capacidade técnica do fornecedor para o forneci- mento de bens e/ou serviços, demonstrando os recursos necessários para atender à demanda; • Critério Econômico-Financeiro: Deve avaliar as evidências da solidez econômico- -financeira, de forma a assegurar a continuidade e cumprimento do fornecimento; • Critério Legal: Deve avaliar o cumprimento das obrigações dos fornecedores pe- rante os órgãos de governo e perante a sociedade, de forma que estejam regular- mente constituídos e seus representantes legalmente habilitados, conforme as leis de cada localidade e país; • Critério SMS (Segurança, Meio Ambiente e Saúde Ocupacional): Deve avaliar a aplicação e implementação do padrão gerencial de política e diretrizes de Segu- rança, Meio Ambiente e Saúde Ocupacional, valorizando e estimulando a certifica- ção das normas aplicáveis; • Critério Responsabilidade Social: Deve avaliar a gestão da empresa considerando as certificações, programas, planos e práticas de responsabilidade social, a partir de documentos apresentados e validados. Poubel (2017), no que diz respeito a avaliar a análise de risco, explica que: • a aquisição de produtos e serviços de terceiros pode ser uma atividade complexa, e quando não há um processo de qualificação e avaliação de fornecedores bem estruturado, as consequências podem ser desastrosas para uma organização. Os riscos associados aos fornecedores têm impacto direto nas organizações. Perdas financeiras, danos à reputação, violação de dados e baixa qualidade nas entregas são exemplos de preocupações constantes dos gestores de serviços terceirizados. À Gestão E Desenvolvimento De Fornecedores 18 Navegue entre os capítulos Volte ao Sumário medida que o parceiro se torna crítico, os riscos relacionados a ele são potencializados, a relação ganha maior complexidade e a saúde da parceria se torna um fator essencial ao sucesso do negócio. Dessa forma, a fim de estabelecer estratégias para o tratamento de tais ameaças, a gestão de riscos de fornecedores assume um papel relevante na proteção do valor entregue e contribui para os de- mais sistemas de gestão da empresa (Poubel, 2017). Poubel (2017) afirma que “a qualificação e avaliação de desempenho de fornecedores é uma prática adotada, principalmente em empresas que possuem Sistemas de Gestão baseados na norma ISO 9001 (Sistema de Gestão da Qualidade)”. No entanto, a maioria das organizações ainda não está preparada para lidar com essas questões. Esse fato é reiterado pelo estudo “The Practical Aspect: Third-party Risk Management”, publicado pela ISACA: apesar de 90% das organizações indicarem que têm planos de expandir o uso de outsourcing, 70% não têmuma estratégia direcionada ao gerenciamento de riscos de fornecedores. Segundo Daniela Luchini, podemos dividir o processo de gestão de riscos em cinco etapas práticas. Para ter acesso a estas etapas, acesse o link: A ISO 31000:2009, base para a revisão da ISO 9001:2015 e já consolidada no mercado, trata da Gestão de Riscos. O principal objetivo é avaliar as incertezas, de forma a tomar a melhor decisão possível (ISO 9001, 2015). Baptista (2018) completa afirmando que a gestão de risco vem a descrever “um processo genérico, sistemático e lógico para qualquer tipo de risco. A norma não é destinada a um segmento ou setor específico, podendo ser usada por qualquer organização”. Deste modo é preciso que se estabeleçam “princípios básicos que precisam ser satisfeitos para fazer a gestão eficaz dos riscos” (BAPTISTA, 2018). A autora também descreve uma série de objetivos para serem alcançados a partir da implementação do gerenciamento de riscos, e são listadas abaixo: aumentar a probabilidade de atingir os objetivos; encorajar uma gestão proativa; estar atento para a necessidade de identificar e tratar os riscos através de toda a organização; melhorar a identificação de oportunida- des e ameaças; atender às normas internacionais e requisitos legais e re- gulatórios pertinentes; melhorar o reporte das informações financeiras; melhorar a governança; melhorar a confiança das partes interessadas; es- tabelecer uma base confiável para a tomada de decisão e o planejamen- to; melhorar os controles; alocar e utilizar eficazmente os recursos para o tratamento de riscos; melhorar a eficácia e a eficiência operacional; me- lhorar o desempenho em saúde e segurança, bem como a proteção do meio ambiente; melhorar a prevenção de perdas e a gestão de incidentes; minimizar perdas; melhorar a aprendizagem organizacional e aumentar a https://bridgeconsulting.com.br/insights/author/daniela-luchini/ https://bridgeconsulting.com.br/insights/gestao-de-riscos-de-fornecedores-em-5-passos/ Gestão E Desenvolvimento De Fornecedores 19 Navegue entre os capítulos Volte ao Sumário resiliência da organização (BAPTISTA, 2015). Segundo o Referencial Básico de Gestão de Riscos, “o processo de gestão de riscos envolve a aplicação sistemática de políticas, procedimentos e práticas para as atividades de comunicação e consulta, estabelecimento do contexto e avaliação, tratamento, monitoramento, análise crítica, registro e relato de riscos” (TCU, 2018, p. 22). A ISO 31000:2018 apresenta o processo de gestão de riscos desta forma: Figura 15 – Processo de gestão de riscos da ISO 31000:2018 Fonte: ISO 31000:2018 O processo de Gestão de Risco é interativo, “pode haver várias fases iniciando ao mesmo tempo ou fases sendo puladas por interesse ou questões organizacionais”. Brasiliano (2018) conceitua estas fases, que serão descritas abaixo: 1. Escopo, Contexto e Critério As definições acima são necessárias, pois são a partir delas que a empresa irá estabelecerá um processo de gestão de risco personalizado, especialmente para as necessidades da empresa. São necessários, neste caso, compreender a definição do escopo dentro do processo, além dos contextos externo e interno (BRASILIANO, 2018). 1.1 Definindo o Escopo: definir o escopo de suas atividades de gestão de Gestão E Desenvolvimento De Fornecedores 20 Navegue entre os capítulos Volte ao Sumário riscos. Como o processo de gestão de riscos pode ser aplicado em diferentes níveis (estratégico, operacional ou outras atividades). Ao planejar a abordagem, as considerações incluem: • Objetivos e decisões que precisam ser tomadas; • Resultados esperados das etapas a serem realizadas no processo; • Tempo, localização, inclusões e exclusões específicas; • Ferramentas e técnicas apropriadas para o processo de avaliação de riscos; • Recursos requeridos, responsabilidades e registros a serem mantidos; • Relacionamentos com outros projetos, processos e atividades (BRASILIANO, 2018). 1.2 Contexto Interno e Externo: o ambiente no qual a organização procura definir e alcançar seus objetivos. Convém que o contexto do processo de gestão de riscos seja estabelecido a partir da compreensão dos ambientes externo e interno no qual a organização opera, e convém que reflita o ambiente específico da atividade ao qual o processo de gestão de riscos é aplicado (BRASILIANO, 2018). 1.3 Definindo Critérios: a organização deve especificar a quantidade e o tipo de risco que podem ou não assumir relação aos objetivos. Convém também que estabeleça critérios para avaliar a significância do risco e para apoiar os processos de tomada de decisão. Os critérios de risco devem estar alinhados à estrutura de gestão de riscos e sejam personalizados para o propósito específico e o escopo da atividade em consideração. Para estabelecer os critérios de risco, deve-se considerar: • A natureza e o tipo de incertezas que podem afetar resultados e objetivos (tangí- veis e intangíveis); • Como as consequências (positivas e negativas) e as probabilidades serão definidas e medidas; • Fatores relacionados ao tempo; • Consistência no uso de medidas; • Como o nível de risco será determinado; • Como as combinações e sequências de múltiplos riscos serão levadas em conside- ração; • A capacidade da organização suportar (BRASILIANO, 2018). Segundo a ISO 31000, abaixo são listadas outras fases referentes à Gestão de Risco: 1. Identificação de Riscos: Este é um processo de busca, reconhecimento e descri- ção de riscos. É nesta fase que será gerada uma lista abrangente de riscos/perigos relacionados a possíveis eventos que possam criar, aumentar, reduzir, acelerar ou atrasar a realização dos objetivos. Envolve fontes que podem estar no controle da organização ou não, eventos, causas e consequências. 2. Análise do Risco: Envolve a apreciação das causas e as fontes de risco, suas con- Gestão E Desenvolvimento De Fornecedores 21 Navegue entre os capítulos Volte ao Sumário sequências positivas e negativas, e a probabilidade de que essas consequências possam ocorrer, ou seja, a análise visa entender a probabilidade de ocorrência e o impacto que isso trará, se acontecer. 3. Avaliação de Riscos: A avaliação é para auxiliar na tomada de decisão com base nos resultados da análise. Se a análise do risco trouxe como resultado que o risco tem probabilidade de 90% de acontecer em um impacto muito alto, a criticidade dele é alta, ou seja, o nível de atenção com esse risco e as ações para lidar com isso. Aqui você responde quais riscos precisam de tratamento, a prioridade e as possí- veis ações a tomar. 4. Tratamento de Riscos: O que você decidiu na avaliação de riscos, aqui é o mo- mento de agir, definitivamente. É o processo que você usará para modificar o risco. Considera probabilidade, consequência e estão ligados às estratégias como: miti- gar, prevenir, eliminar etc. (ISO 31000, 2009). 5. Registro e Relato: O processo de gestão de riscos e seus resultados devem ser documentados e relatados por meio de mecanismos apropriados. O registro e o relato visam: comunicar atividades e resultados de gestão de riscos em toda a orga- nização; fornecer informações para a tomada de decisão; melhorar as atividades de gestão de riscos; auxiliar a interação com as partes interessadas, incluindo aquelas com responsabilidade e com responsabilização por atividades de gestão de riscos. O relato é parte integrante da governança da organização e convém que melhore a qualidade do diálogo com as partes interessadas e apoie a alta direção e os órgãos de supervisão a cumprirem suas responsabilidades. Os fatores a considerar para o relato incluem, mas não estão limitados a: diferentes partes interessadas e suas necessidades específicas de informação e requisitos; custo, frequência e pontuali- dade do relato; método de relato; pertinência da informação para os objetivos or- ganizacionais e para a tomada de decisão. 6. Monitoramento e Análise Crítica: Monitoramento é um processo contínuode ve- rificação, supervisão, observação crítica ou identificação da situação para identifi- car mudanças. Importante saber aqui que a probabilidade e impacto do risco muda assim que você vai obtendo mais informações, ou seja, há mudanças no cenário. O monitoramento deve ser contínuo, por isso, não cometa o erro de imprimir seus riscos num papel, colar nos ambientes de trabalho e nunca mais revê-los. Muitas coisas podem mudar, e seu processo deve estar preparado para detectar essas mudanças (ISO 31000, 2009). Contin (2019) apresenta a Matriz RACI que objetiva atribuir responsabilidades às pessoas corretas, fazendo relação com as atividades específicas. Por sua vez, a Matriz RACI “possui quatro papéis principais: Responsáveis, Autoridade, Consultado e Informado. O Responsável faz uma atividade com ajuda do Consultado e, após aprovação da Autoridade, outra pessoa é informada. A Matriz RACI não se limita a pessoas únicas, mas também se estende a grupos de pessoas e departamentos”. Gestão E Desenvolvimento De Fornecedores 22 Navegue entre os capítulos Volte ao Sumário Figura 16 – Exemplo de Matriz RACI Fonte: FGV A FGV irá apontar alguns critérios em específico para serem considerados no contexto da análise de risco, de acordo com tipo de fornecedor. Classificando o fornecedor em: estratégico, operacional e commodity, abaixo demostrados: Figura 17 – Pirâmide dos fornecedores Fonte: FGV De acordo com a pirâmide, os custos de cada tipo de fornecedor e o impacto nos negócios são crescentes à medida que os itens a serem fornecidos geram competitividade e diferenciação no mercado, conforme a figura abaixo: Figura 18 – Tipos de fornecedores Fonte: FGV Gestão E Desenvolvimento De Fornecedores 23 Navegue entre os capítulos Volte ao Sumário 4. RELACIONAMENTO COLABORATIVO COM FORNECEDORES De acordo com Hargrove (apud VIEIRA, 2006) apud Werneck (2006), pode- se entender que a: colaboração implica fazer alguma coisa junto com outro e esse é exata- mente o seu significado. É o desejo ou a necessidade de criar ou de des- cobrir algo novo, enquanto pensamos ou trabalhamos com outros, que distingue a ação do comportamento. Colaboração envolve: diferentes vi- sões e perspectivas; objetivos comuns; definir metas em conjunto; e criar novos valores (HARGROVE apud VIEIRA, 2006, p.34). Para além dos conceitos já apresentados, Bowersox et al. (2003) apud Werneck (2006) passam a definir a colaboração como um “compartilhamento de informação, desenvolvimentos de planos estratégicos conjuntos e sincronização de operações, objetivando uma precisa alocação de recursos [...] redução de operações duplicadas e maior confiança dos clientes por meio de serviços customizados” (BOWERSOX et al. apud WERNECK, 2006). Pode-se verificar que o Relacionamento Colaborativo entre os fornecedores e colaboradores tem grande importância, pois procura beneficiar ambas as partes. Para Leite, Lopes e Moori (2015), “existem muitos efeitos positivos dos relacionamentos de longo prazo para as empresas fornecedoras, como receitas maiores, redução de custos e melhoria do desempenho financeiro.” A confiança entre as partes leva a parcerias bem-sucedidas. Castro et al. (2015) reafirma a necessidade do estabelecimento do relacionamento colaborativo, por meio do estudo de diversos outros autores: Wiengarten et al. (2010) afirmam que, nos últimos anos, a colaboração deixou de ser um conceito puramente teórico para se tornar uma melhor prática no contexto das cadeias de suprimentos. Muitos autores concor- dam com a afirmação de que práticas colaborativas e um alto nível de in- tegração entre empresas podem levar a melhoria no desempenho cor- porativo (Attaran & Attaran, 2007; Simatupang & Sridharan, 2002; Vaart & Donk, 2008; Vickery, Jayaram, Droge, & Calantone, 2003). Sheffi (2002) afirma que uma das maneiras mais eficientes para melhorar exatidão das previsões de vendas e aumentar o nível de serviço ao cliente, reduzindo custos ao mesmo tempo, é melhorar a colaboração entre parceiros co- merciais. Empresas como Hawlett-Packard, IBM, Dell e Procter & Gamble estabeleceram relacionamentos colaborativos de longo prazo com seus fornecedores para reduzir custos e alcançar posicionamento competitivo mais forte (Attaran & Attaran, 2007; Cao & Zhang, 2011). No entanto, é possível pontuar que muitos relacionamentos colaborativos Gestão E Desenvolvimento De Fornecedores 24 Navegue entre os capítulos Volte ao Sumário são suscetíveis a riscos e falhas na busca para atender às expectativas de seus participantes. Diversos autores pesquisaram acerca do tema, atribuindo diferentes definições para colaboração e implementando análises diferentes. Vickery et al. (2003) apud Zambaldi (2014) “afirmam que uma conceituação compreensiva da colaboração na cadeia de suprimentos deve incluir práticas e atitudes que reforcem a parceria com fornecedores e o relacionamento próximo com clientes”. (VICKERY et al. apud ZAMBALDI, 2014, p. 317). Para Vieira (2006) e Pigatto (2005) apud Werneck (2006) declaram que o relacionamento colaborativo ocorre quando: duas ou mais empresas trabalham juntas ao longo do tempo (com base na confiança, flexibilidade, reciprocidade, interdependência, comprome- timento, comunicação aberta, conhecimento do parceiro), através de de- cisões conjuntas, compartilhamento de informações, custos e benefícios, visando atender aos clientes (VIEIRA, PIGATTO apud WERNECK, 2006, p. 2). Segundo Leite, Lopes, Moori (2015), existem variáveis que influenciam diretamente no relacionamento colaborativo. São elas: 1. Dependência: a dependência é a percepção da necessidade de manter o relacio- namento para atingir os objetivos e está associada à magnitude da relação. O nível de dependência de uma parte em relação a outra é uma importante característica dos relacionamentos entre empresas (Anderson & Narus, 1990). O relacionamento os ajuda a obter recursos e habilidades complementares, os quais isoladamente dificilmente seriam obtidos (Heide & John, 1988). 2. Confiança: o conceito de confiança para a empresa pode ser definido como sendo a certeza de que a outra empresa executará ações que resultarão em resultados positivos para ambas as partes e não se ocuparão de comportamentos inesperados com resultados negativos (ANDERSON e NARUS (1990) apud PIGATTO (2005). Para Lam e Chin (2005), confiança é um dos elementos essenciais de colaboração e que a desconfiança é, geralmente, a principal fonte de conflitos. 3. Comprometimento: Morgan e Hunt (1994, p. 23) definem comprometimento como “a crença que um dos parceiros tem de que o relacionamento existente é tão importante que vale a pena garantir máximos esforços para mantê-lo”. Já para Moorman, Deshpande e Zaltman (1993, p. 84), comprometimento é “o desejo con- tínuo de manter um relacionamento valioso”. Para esses autores, o comprometi- mento é capaz de fortalecer a resistência às mudanças e resultar em relacionamen- tos mais próximos e colaborativos. 4. Comunicação: a comunicação é um importante construto nos estudos sobre rela- cionamento (Mohr & Spekman, 1994), já que não há como estabelecer nem manter um relacionamento se as partes não se comunicarem. Segundo Duncan e Moriarty (1998), a comunicação é o elemento primário de integração no gerenciamento de uma relação, além de ser a plataforma na qual as relações são construídas. Consi- dera-se ainda que um sistema de comunicação pode aumentar a colaboração no relacionamento, porque as partes envolvidas podem colaborar mais eficientemen- te e discutir com maiores detalhes tópicos importantes de interesse comum (Weitz & Jap, 1995). Gestão E Desenvolvimento De Fornecedores 25 Navegue entre os capítulos Volte ao Sumário 5. Adaptação: a questão de coordenar atividades de parceiros heterogêneos pode envolver uma adaptação, por alterar processos internos para acomodar a outra parte (Hallén et al., 1991; Hakansson &. Snehota, 1995). Quando fornecedores e clientes frequentementeestabelecem e desenvolvem relacionamentos entre si e quando os negócios em tais relacionamentos correspondem a consideráveis par- celas das vendas do fornecedor e/ou das necessidades dos clientes, há razões para acreditar que significativas adaptações ocorram. 6. Colaboração: estudos têm comprovado que relacionamentos de longo prazo com fornecedores baseados na colaboração levam a desempenhos superiores. Para Cao e Zhang (2011), relacionamentos colaborativos podem ajudar as empresas a compartilharem riscos, acessar recursos complementares, reduzir os custos de transação, aumentar a produtividade, melhorar a lucratividade e obter vantagem competitiva de longo prazo. 7. Desempenho: segundo Perin e Sampaio (1999), os pesquisadores da área de Ad- ministração encontram dificuldades em obter dados objetivos válidos para a men- suração do desempenho empresarial. Quando se trata de pequenas empresas, os problemas são ainda maiores, pois muitas vezes esses dados não são facilmente obtidos, principalmente de forma secundária. Outra alternativa, também muito usual, seria obter esses dados de forma subjetiva. Diversos trabalhos (Venkatraman & Ramanujam, 1987; Perin & Sampaio, 1999) já demonstraram as relações positivas e significativas entre medidas objetivas e medidas subjetivas de desempenho (Lei- te, Lopes, Moori, 2015). Todos os elementos conceituados acima, referentes ao relacionamento colaborativo, são componentes imprescindíveis da gestão da parceria, são atividades em coletivo que são utilizadas para construir e amparar uma parceria. A prática de como esses elementos serão colocados irão determinar como a gestão de parceria irá operar. Sendo assim, é indispensável que haja a compreensão de fato, do que vem a ser “colaborar”, “onde e com quem colaborar”, assim como entender as atividades que compõem a colaboração entre parceiros. Para Vieira (2006) apud Werneck (2006), “outro elemento essencial da colaboração é a flexibilidade, pois diz respeito à capacidade das empresas responderem às mudanças circunstanciais, tanto na produção de um produto quanto no planejamento de entrega nos processos de risco” (VIEIRA apud WERNECK, 2006, p. 2006). Para a autora, o sucesso deste tipo de empreitada (colaboração) irá depender muito das habilidades dos administradores em “construir relacionamentos expressivos, a partir da confiança entre os parceiros e da renúncia ao individualismo em nome de parcerias colaborativas.” Vieira (2006) apud Werneck (2006) afirma que ‘os elementos da colaboração podem se tornar uma barreira ou um facilitador, dependendo do grau de intensidade existente”. Entre elas: • Baixo nível de confiança; • Baixo nível de comprometimento; • Baixo uso de tecnologia de informação; Gestão E Desenvolvimento De Fornecedores 26 Navegue entre os capítulos Volte ao Sumário • Baixo compartilhamento de informação; • Inexistência de cultura colaborativa; • Baixa participação de executivos nos negócios; • Elevado número de parceiros; • Retorno sobre investimento (VIEIRA apud WERNECK, 2006, p.6). Huber, Figueiredo, Figueiredo (2013) desenvolveram uma lista de elementos envolvidos no desenvolvimento de uma relação colaborativa, porém, tal lista “não se esgota e novas variáveis podem ser adicionadas por executivos ou outros pesquisadores”. Os elementos são: 1. Alinhamento de objetivos estratégicos: alinhamento e compartilhamento de ob- jetivos estratégicos comuns, proporcionando foco para o relacionamento e forte razão para a continuação da relação. 2. Medidas de desempenho definidas em conjunto: definição de medidas de de- sempenho ou fatores críticos de sucesso em cooperação entre o embarcador e o operador logístico, que devem ser expressas, medidas, monitoradas e concordadas por ambas as partes para evitar desavenças. 3. Compartilhamento de riscos e benefícios: programa de incentivo que envolve a partilha dos benefícios e dos riscos entre o fornecedor e o cliente em qualquer esforço de cooperação. Tanto a escassez como o excedente devem ser compar- tilhados para reforçar o senso de justiça de longo prazo, impactando no nível de comprometimento dos parceiros. 4. Compartilhamento de informação: compartilhamento de informações relevantes, ou seja, que possam ajudar ou afetar a outra parte, nos dois sentidos do relaciona- mento, de maneira formal ou informal, em tempo real ou sob demanda, através de sistemas de informação, procedimentos e reuniões. 5. Flexibilidade: grau de ajuste que cada parceiro faz no próprio comportamento para atender às necessidades do outro frente a nova conjuntura. Na prática, a fle- xibilidade pode ser entendida como a reação dos parceiros aos pedidos de ajustes de última hora. 6. Investimentos dedicados: colaborações sustentáveis são suportadas por inves- timentos como instalações, recursos humanos, tempo, treinamento, atualização de tecnologia, equipamentos. Ativos dedicados demonstram compromisso. Uma empresa só investirá no relacionamento, através de ativos dedicados, se estiver convencida de que a parceria será de longo prazo, que ambos os parceiros terão vantagens e que o cliente não atuará de forma oportunista. 7. Expectativa de continuidade: é a crença de que a relação continuará no futuro sem prazo para terminar, com expectativas de longo prazo e gerando negócios re- petidos. Os relacionamentos de longo prazo não são necessariamente permanen- tes, o que mantém cada um motivado para fazer o melhor para o outro e confirma que cada parceiro tem mais a ganhar com o relacionamento do que com seu térmi- no. 8. Especificação de funções e regras: formalização de regras básicas e responsabi- lidades, que definem expectativas e estabelecem procedimentos para lidar com a rotina e com o inesperado, ajudando a evitar ou a resolver conflitos. 9. Planejamento conjunto: deve definir como as atividades logísticas serão integra- das e deve especificar como os requisitos de capacidade e nível de serviço serão atendidos, sendo necessário para co-alinhar as operações. 10. Solução de problemas em conjunto: pode melhorar o processo de desenvolvi- mento de ideias e quebrar barreiras entre os parceiros. O surgimento de problemas é uma oportunidade de explorar questões como confiança, sucesso compartilhado Gestão E Desenvolvimento De Fornecedores 27 Navegue entre os capítulos Volte ao Sumário e expectativas de longo prazo. 11. Equipe conjunta: formação de equipes multifuncionais e entre organizações res- ponsáveis por identificar problemas e tomar decisões para resolvê-los. 12. Envolvimento da alta gerência: compromisso, aprovação e atenção da alta ge- rência para o relacionamento no que diz respeito a planejamentos, investimentos e decisões. 13. Frequência de interação: frequência de comunicação e volume de negócios rea- lizados que levam às expectativas de interações futuras. 14. Conhecimento sobre o parceiro: entendimento das capacidades, limitações, dificuldades e estratégias que cada parte possui, incluindo visitas técnicas às instalações (HUBER, FIGUEIREDO, FIGUEIREDO, 2013, p. 5-6). Segundo Vieira (2006) apud Werneck (2006), a colaboração apresenta um ciclo dividido em outros quatro estágios: • Primeiro estágio: identificação de estratégias de colaboração; • Segundo estágio: os participantes buscam administrar as interdependências de recursos, tarefas e capacidades, definem metas e planos; • Terceiro estágio: os participantes se envolvem nas operações rotineiras, nos pedi- dos, na previsão de vendas; • Quarto estágio: diz respeito à evolução dos acordos, simples modificação ou ex- tinção do acordo de colaboração (VIEIRA apud WERNECK, 2006, p. 6 - 7). De acordo com Leite e Moori (2008), em referência à Metcalf et al. (1992), pode-se evidenciar que os benefícios do relacionamento colaborativo “são oferecimento de produtos mais competitivos, o aumento das receitas e a redução de custos”. Muito além do exposto, “compradores e vendedores, em uma relação colaborativa, estão frequentemente maisdispostos a engajar em esforços conjuntos no sentido de achar soluções ótimas para um problema” (LEITE, MOORI, 2008, p. 6). Gestão E Desenvolvimento De Fornecedores 28 Navegue entre os capítulos Volte ao Sumário REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Alves Filho, A.; Cerra, A.; Maia, J.; Sacomano Neto, M.; Bonadio, P. (2004) Pressupostos do Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos: evidências de estudos sobre a indústria automobilística. Gestão & Produção, v.11, n.3, p.275- 288. Andaleeb, S. S. (1996). An experimental investigation of satisfaction and commitment in marketing channels: the role of trust and dependence. Journal of retailing, 72(1), 77-93. Anderson, J. C., & Narus, J. A. (1990). A model of distributor firm and manufacturer firm working partnerships. Journal of marketing, 54(1), 42-58. BALLOU, R.H., Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos: Logística Empresarial. 5ªEdição. 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Gestão E Desenvolvimento De Fornecedores 33 Navegue entre os capítulos Volte ao Sumário 1 Didática no Ensino Auditoria Contábil Tributária1 Navegue entre os capítulos Volte ao Sumário Desenho Instrucional: Tiago Lobato Design editorial/gráfico: Darlan Conrado Revisão pedagógica: Aline Ramos Revisão ortográfica: Adriana Morais 2020 Sumário Introdução Considerações finais Referências INTRODUÇÃO 1. Qualificação e Desenvolvimento de Fornecedores 2. Avaliação de Fornecedores Em relação a qualificação e desenvolvimento de fornecedores, para Braga (2008): 3. análise de Risco 4. Relacionamento Colaborativo com Fornecedores Referências Bibliográficas Sumário 48: Página 1: Página 2: Página 3: Página 4: Página 5: Página 6: Página 7: Página 8: Página 9: Página 10: Página 11: Página 12: Página 13: Página 14: Página 15: Página 16: Página 17: Página 18: Página 19: Página 20: Página 21: Página 22: Página 23: Página 24: Página 25: Página 26: Página 27: Página 28: Página 29: Página 30: Página 31: Página 32: Página 33: Página 34: Botão 60171: Página 1: Página 2: Página 3: Página 4: Página 5: Página 6: Página 7: Página 8: Página 9: Página 10: Página 11: Página 12: Página 13: Página 14: Página 15: Página 16: Página 17: Página 18: Página 19: Página 20: Página 21: Página 22: Página 23: Página 24: Página 25: Página 26: Página 27: Página 28: Página 29: Página 30: Página 31: Página 32: Página 33: Página 34: Botão 60172: Página 1: Página 2: Página 3: Página 4: Página 5: Página 6: Página 7: Página 8: Página 9: Página 10: Página 11: Página 12: Página 13: Página 14: Página 15: Página 16: Página 17: Página 18: Página 19: Página 20: Página 21: Página 22: Página 23: Página 24: Página 25: Página 26: Página 27: Página 28: Página 29: Página 30: Página 31: Página 32: Página 33: Página 34: Botão 60173: Página 1: Página 2: Página 3: Página 4: Página 5: Página 6: Página 7: Página 8: Página 9: Página 10: Página 11: Página 12: Página 13: Página 14: Página 15: Página 16: Página 17: Página 18: Página 19: Página 20: Página 21: Página 22: Página 23: Página 24: Página 25: Página 26: Página 27: Página 28: Página 29: Página 30: Página 31: Página 32: Página 33: Página 34: Botão 60174: Página 1: Página 2: Página 3: Página 4: Página 5: Página 6: Página 7: Página 8: Página 9: Página 10: Página 11: Página 12: Página 13: Página 14: Página 15: Página 16: Página 17: Página 18: Página 19: Página 20: Página 21: Página 22: Página 23: Página 24: Página 25: Página 26: Página 27: Página 28: Página 29: Página 30: Página 31: Página 32: Página 33: Página 34: Botão 608: Botão 458: Botão 459: Botão 460: Botão 461: Botão 462: Botão 463: Botão 464: Botão 465: Botão 466: Botão 467: Botão 468: Botão 469: Botão 471: Botão 472: Botão 473: Botão 474: Botão 475: Botão 476: Botão 477: Botão 478: Botão 480: Botão 481: Botão 482: Botão 483: Botão 484: Botão 485: Botão 470: Botão 260: Botão 261: Botão 239: Botão 610: Sumário 21: Botão 206: Botão 609:
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