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TCC história D Pedro II - Sua formação, seu legado PARA A EDUCAÇÃO E SEU AMOR PELO BRASIL

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UNIP – Universidade Paulista 
Interativa 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
D. PEDRO II – SUA FORMAÇÃO, SEU LEGADO 
PARA A EDUCAÇÃO E SEU AMOR PELO BRASIL 
 
 
 
 
Alessandra Aparecida dos Santos OLIVEIRA – RA 1842918 
Duany Abreu de Souza CAVALCANTE – RA 1819748 
Jacqueline Souza VICCO – RA 1858219 
Maria Wilma MORAES – RA 1840245 
Rogério Sant´Ana COSTA – RA 1849626 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SERRA - ES 
2020 
 
 
 
Alessandra Aparecida dos Santos OLIVEIRA – RA 1842918 
Duany Abreu de Souza CAVALCANTE – RA 1819748 
Jacqueline Souza VICCO – RA 1858219 
Maria Wilma MORAES – RA 1840245 
Rogério Sant´Ana COSTA – RA 1849626 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
D. PEDRO II – SUA FORMAÇÃO, SEU LEGADO 
PARA A EDUCAÇÃO E SEU AMOR PELO BRASIL 
 
 
 
 
 
 
Pesquisa Bibliográfica – Curso de Graduação – 
Licenciatura em História apresentado à comissão 
julgadora da UNIP Interativa. 
 
Orientadora Profa.Ma.: Magali Fernandes 
 
 
 
 
 
 
 
 
SERRA-ES 
2020 
 
 
Alessandra Aparecida dos Santos OLIVEIRA – RA 1842918 
Duany Abreu de Souza CAVALCANTE – RA 1819748 
Jacqueline Souza VICCO – RA 1858219 
Maria Wilma MORAES – RA 1840245 
Rogério Sant´Ana COSTA – RA 1849626 
 
 
D. PEDRO II – SUA FORMAÇÃO, SEU 
LEGADO PARA A EDUCAÇÃO E SEU AMOR 
PELO BRASIL 
 
 
 
Pesquisa Bibliográfica – Curso de Graduação – 
Licenciatura em História apresentado à 
comissão julgadora da UNIP Interativa. 
 
Orientadora Profa.Ma.: Magali Fernandes 
 
 
Aprovado em: 
BANCA EXAMINADORA 
 
__________________ em ___/___/_____ 
Professor(a)_______________________ 
Universidade Paulista – UNIP 
__________________ em ___/___/_____ 
Professor(a)_______________________ 
Universidade Paulista – UNIP 
__________________ em ___/___/_____ 
Professor(a)_______________________ 
Universidade Paulista – UNIP
 
 
AGRADECIMENTOS 
 
A Universidade Paulista Interativa e a todos os seus profissionais de 
excelência que nos auxiliaram de forma exemplar em todos os momentos. 
Aos nossos familiares nossa gratidão pelo apoio necessário, por nos 
perdoar pelas ausências onde estávamos a estudar ou confeccionar os trabalhos 
acadêmicos que tanto ajudaram a forjar em nós a honra de ser chamado 
professor. 
A Deus pela resiliência que nos foi dada para conseguir encarar todos os 
desafios que essa jornada nos impôs para chegarmos até o final.
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Se não fosse imperador, desejaria ser 
professor. Não conheço missão maior e 
mais nobre que a de dirigir as 
inteligências jovens e preparar para os 
homens do futuro. 
D. Pedro II 
 
 
 
RESUMO 
 
A pesquisa central deste trabalho é sobre um dos maiores personagens da 
história do nosso país, o Imperador D. Pedro II. O espaço temporal delimitado 
está compreendido entre 1831 e 1889, sendo a metodologia empregada a 
pesquisa bibliográfica secundária, principalmente livros de autores consagrados 
sobre o assunto: Calmon (1938), Carvalho (2007), Lyra (1938), Mossé (1938), 
Rezzutti (2019), Schwarcz (1999), entre outros. Atribuímos o seguinte título: D. 
Pedro II – Sua Formação, seu Legado para a Educação e seu Amor pelo Brasil. 
O período de tempo considerado denominou-se Segundo Reinado, época de 
grande crescimento em diversas áreas da economia, onde o café se estabeleceu 
como a principal cultura, além da expansão na área da educação através de 
instalação de centros de ensino, colégios e liceus. Por outro lado, era um tempo 
de muitas disputas entre as forças políticas, onde os partidos Liberal e 
Conservador buscavam seus espaços dentro de um país sempre mergulhado na 
instabilidade política gerada por essas disputas. A escolha por este tema 
consolida-se na pessoa do Imperador, que se mantinha alheio a essas disputas, 
tendo como enfoque o seu amor pelos livros, artes e ciências. No processo de 
ensino-aprendizagem, este grupo pretende trazer à luz o resultado de pesquisas 
possibilitando ao aluno compreender os feitos e o legado do Imperador D. Pedro 
II e apresentaremos uma sequência didática e nossas considerações finais. 
 
Palavras-chave: D. Pedro II, educação, imperador, legado, Segundo Reinado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ABSTRACT 
 
The central research of this work is about one of the greatest characters in the 
history of Brazil, The Emperor D. Pedro II. The delimited timeframe is between 
1831 and 1889, and the methodology employed is secondary bibliographic 
research, mainly books by renowned authors on the subject: Calmon (1938), 
Carvalho (2007), Lyra (1938), Mossé (1938), Rezzutti (2019), Schwarcz (1999), 
among others. We attribute the following title: D. Pedro II - His Formation, his 
Legacy for Education and his Love for Brazil. The period considered was called 
Second Reign,a time of great growth in several areas of the economy, where 
coffee has established itself as the main culture, in addition to the expansion in 
the area of education through the installation teaching centers, colleges and high 
schools. On the other hand, it was a time of many disputes between the political 
forces, where the liberal and Conservative parties sought their spaces within a 
country always plunged in political instability, generated by these disputes. 
The choice for this theme is consolidated in the person of the Emperor, who 
remained unaware of these disputes, focusing on his love for books, arts and 
sciences. In the teaching-learning process, this group intends to bring to light the 
results of research enabling the student to understand the achievements and 
legacy of Emperor D. Pedro II and we will present a didactic sequence and our 
final considerations. 
 
Keywords: D. Pedro II, education, emperor, legacy, high school, second reign. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
 
1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 8 
 
2. DESENVOLVIMENTO .......................................................................................... 9 
2.1 Considerações Iniciais ...................................................................................... 9 
2.2 A educação do Príncipe Regente ..................................................................... 11 
2.3 Da infância até a plenitude do Império ............................................................ 12 
 
3. A CONSTRUÇÃO DE UM LEGADO HISTÓRICO ............................................... 14 
3.1 A Visão Social do Imperador ............................................................................ 15 
3.2 O flagelo da escravidão até o seu fim ............................................................. 15 
3.3 O Direito ao acesso universitário e o sufrágio feminino ............................... 16 
3.4 A criação de instituições de ensino ................................................................ 17 
 
4. SEQUÊNCIA DIDÁTICA ....................................................................................... 21 
 
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS .................................................................................. 29 
 
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 30 
 
 
 
8 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
Este trabalho tem por objetivo realizar uma pesquisa bibliográfica no 
período compreendido entre os anos de 1831, ano da abdicação do Imperador 
D. Pedro I e 1889 quando ocorreu a Proclamação da República, período este 
conhecido como Segundo Reinado. 
Terá como objeto de estudo a pessoa do Imperador D. Pedro II, desde o 
período de sua tenra idade com sua assunção do trono imperial, até sua partida 
para o exílio após a Proclamação da República. A pesquisa central será sobre a 
sua formação acadêmica quando ainda jovem, seu legado e contribuições para 
a educação, bem como seu amor pelo país, que serão retratados pela extensa 
bibliografia utilizada na pesquisa acadêmica, onde foram usadasobras de 
pensadores consagrados pela academia sobre os temas abordados. 
Os objetivos deste trabalho são elencar as questões do espaço temporal 
proposto no que concerne à educação do Príncipe Regente, seu legado para 
educação bem como seu amor pelo país. Neste contexto, nos aprofundaremos 
nessas questões, sempre utilizando obras consagradas afim de substanciar 
nossos argumentos e fundamentá-los. 
A pesquisa do qual este trabalho acadêmico é resultado, justifica-se pela 
necessidade do aprofundamento nas questões que tratam desse período tão 
conturbado da nossa nação, período este permeado de muita instabilidade, 
revoltas, o jogo do poder entre as classes dominantes, militares, fazendeiros, os 
dilemas políticos e guerra de interesses entre os Liberais e os Conservadores, 
e, ainda, a luta pelo fim da escravidão, onde, mesmo num período tão complexo, 
D. Pedro II se dedicava a ler, estudar, visitar escolas e até colaborar no 
processo educacional, como é o caso do Colégio Pedro II, como veremos a 
frente. 
A metodologia de pesquisa utilizada foi a baseada na revisão bibliográfica, 
utilizando livros de autores consagrados pela academia visando dar clareza e 
fluidez ao trabalho em lide, bem como dar solidez aos argumentos. O trabalho 
de pesquisa foi realizado por todos os participantes do grupo, o mesmo se 
subdivide em três partes, quais sejam: A Formação Escolar do Imperador; Seu 
Legado para a Educação; e Seu Amor pelo Brasil. 
 
9 
 
2.DESENVOLVIMENTO 
 
2.1 Considerações Iniciais 
 
Após consolidarmos o tema de nosso trabalho, iniciaremos conceituando 
influências pessoais e educacionais sofridas por D. Pedro II no período de 
Regência até sua declaração da maioridade, influências essas que o 
acompanharam até o final de seus dias, conforme relata Carvalho (2007): 
 
Ao longo do reinado, buscou consolidar essa imagem. Em alguns 
retratos, como numa litografia de Sisson de 1858, aparece com um livro 
na mão em frente a uma estante cheia de livros. A mesma imagem é 
reproduzida em outra litografia, de Léon Noel, de 1860, sobre foto de 
Victor Frond. Outras vezes, fazia-se representar de pé, apoiando-se 
numa pilha de livros, como na foto que enviou a Agassiz. Até fotos do 
exílio o representam lendo livros. (CARVALHO, 2007, p.227). 
 
Pelas bibliografias disponíveis nota-se que era latente o seu amor pelas 
artes, pela cultura e pelos livros. E essa paixão acompanhou D. Pedro II desde 
a mais tenra idade até sua velhice, um imperador culto, amante das letras e das 
ciências, uma inspiração para nós acadêmicos da atualidade. 
Como fruto resultante desse amor iremos elencar alguns dos seus grandes 
feitos realizados bem como instituições que foram criadas e que, até os dias de 
hoje, impactam a vida da sociedade brasileira; realizações perenes e dignas de 
serem reverenciadas, que denotam o empenho pessoal do Imperador em fazer 
da educação e da cultura algo acessível a todos os seus súditos. 
Pedro de Alcântara João Carlos Leopoldo Salvador Bibiano Francisco 
Xavier de Paula Leocádio Miguel Gabriel Rafael Gonzaga de Bragança, D. Pedro 
II, nascido na cidade do Rio de Janeiro, em 02 de dezembro de 1825, filho do 
Imperador D. Pedro I e da Imperatriz Dona Maria Leopoldina. Ficou órfão de mãe 
ao primeiro ano de vida e de pai aos nove. Apesar de ser apenas o sétimo filho, 
acabou tornando-se herdeiro do trono brasileiro em virtude da morte de seus 
irmãos mais velhos. 
Após a abdicação de seu pai, D. Pedro I, Pedro II tornou-se príncipe 
regente próximo de completar seis anos de idade. Dá-se início a um período 
denominado “Regência” sendo designado José Bonifácio de Andrada e Silva 
como seu tutor. 
10 
 
A respeito deste fato, Carvalho (2007, p.22) relata que José Bonifácio, 
confirmado na tutoria pela Câmara, apresentou-se em São Cristóvão em agosto. 
Conta ter suspendido a criança nos braços e exclamado: “Meu imperador e meu 
filho!”. 
Após o período de tutela de José Bonifácio, um novo tutor fora designado, 
tratava-se de Manuel Inácio de Andrade Souto Maior Pinto Coelho, futuro 
marquês de Itanhaém. Homem de cinquenta anos, era militar reformado, 
proprietário rural, e não se metia nas brigas das facções políticas de Regência. 
Era alto, magro e circunspeto ao ponto de se dizer dele que nunca ria. 
(CARVALHO, 2007, p.25). 
 
Eis que se iniciavam as Regências e uma nova fase da história 
brasileira. Foi C. Prado Jr., em Evolução política do Brasil, quem 
primeiro destacou a importância da participação popular nas lutas 
regenciais. Segundo o historiador, as revoltas do período significaram 
uma reação das classes médias, especialmente urbanas, contra a 
política oligárquica dos grandes proprietários. José Murilo de Carvalho, 
por sua vez, em Teatro de sombras, encontra nessas rebeliões a 
melhor expressão das dificuldades de estabelecimento do sistema 
nacional de dominação com base na solução monárquica. Por outro 
lado, em relação a d. Pedro, começava a ficção de um menino de seis 
anos que permanecia sob a orientação de dirigentes e tutores. 
Transformado mais uma vez em órfão, o “pupilo da nação” teve que 
ser colocado em uma pequena bancada para que, assustado, pudesse 
observar a multidão que o aclamava. (SCHWARCZ, 1999, p.88/89). 
 
Um país desunido, um grupo de políticos cansados das incertezas de um 
governo Regencial incapaz de cessar uma guerra civil. Esta foi a situação que o 
menino de quinze anos aceitou com a sua célebre frase “quero já”. (BOMFIM, 
1986, p.196). 
Foi neste contexto que D. Pedro II teve seu início como monarca, um país 
envolto a um período conturbado social e politicamente, que buscava sua 
identidade própria, ansiava por mudanças, mas que era levado pelos interesses 
das oligarquias, dos militares e políticos. 
 
Antônio Carlos renovou a proposição, em 20 de julho. Dizia só: "O sr. 
D. Pedro II é declarado maior desde já". Formou-se, invencível, a 
corrente parlamentar de apoio ao golpe de Estado assim concebido. 
Vibrou nas ruas o povo, a tropa inquietou-se nos quarteis, as amarras 
estalaram, em efusões cívicas. 
Cantava-se, pela cidade: Queremos D. Pedro II, Embora não tenha 
idade, A Nação dispensa a lei, E viva a Maioridade! (CALMON, 1938, 
p.61/62). 
 
11 
 
2.2 A educação do Príncipe Regente 
 
Órfão de mãe, o pequeno Príncipe encontraria em Dona Mariana, senão 
os carinhos maternos, que, estes, são insubstituíveis, em todo o caso um zelo e 
um amor jamais diminuídos. A respeito deste fato, Lyra (1938, p.45) relata que 
desde então a boa Senhora seria o seu verdadeiro anjo protetor, quem primeiro 
lhe abriria o espírito para a objetividade deste mundo e lhe incutiria aqueles sãos 
princípios de moral cristã, que tão larga e profundamente deviam prevalecer, 
depois, na formação do caráter do homem. 
 
D. Pedro foi um Habsburgo perdido nos trópicos. Um homem de 1,90 m, 
louro, de penetrantes olhos azuis, barba espessa, prematuramente 
embranquecida, num país de pequena elite branca cercada de um mar 
de negros e mestiços. Órfão de mãe logo depois de completar um ano 
de idade, de pai, aos nove virou órfão da nação. Dela recebeu, via 
tutores e mestres, uma educação rígida, propositalmente distinta da do 
pai. Seus educadores procuraram fazer dele um chefe de Estado 
perfeito sem paixões [...] amante das ciências e das letras. 
(CARVALHO, 2007, p.9/10). 
 
Os registros históricos mostram que embora D. Pedro II não tenha tido a 
oportunidade de conviver com a mãe, os dois se pareciam em muito, nos 
detalhes. Era-lhes comum a paixão pela literatura e aos estudos das ciências, 
especialmente à astronomia. Tinham também em comum obsessão pelo 
cumprimento do dever e buscavam refúgio no estudo quando atormentados pelo 
tumultuar dos sentimentos “[...] procuro a minha felicidade no cumprimento exato 
do dever e estudando muito”. (CARVALHO, 2007, p.17). 
O príncipe regente demonstrava grande interesse pela educação. 
Pimentel (1925, p.24-28) relataque Pedro II demonstrava avidez pelo 
conhecimento e até empregava suas poucas horas de lazer para se instruir e 
lapidar o seu espírito no cultivo das ciências e da arte, dedicando-se, assim, dia 
e noite à sua instrução. 
 
Os mestres, os horários rígidos, os costumes, a solidão e os 
conselhos que recebia quase unicamente da Dadama, do 
mordomo-mor Paulo Barbosa e do influente Aureliano 
Coutinho revelam a triste realidade de uma personagem que 
vai sendo esculpida como monarca, que deveria ser de todo 
diferente de seu pai, no caráter, na educação e sobretudo na 
personalidade (SCHWARCZ, 1999, p.100/101). 
 
Desde cedo, relata Pimentel (1925, p.23), D. Pedro II já demonstrava 
12 
 
interesse pelos estudos. Antes de completar 6 anos de idade, praticamente já 
dominava as línguas escritas portuguesa e inglesa, ainda aprendia francês e a 
gramática. Ainda no período de sua menoridade, Dom Pedro II teve aulas com 
diversos mestre ilustres, escolhidos a dedo por seu tutor José Bonifácio. 
Estudou, além das cátedras acima, ainda, caligrafia, literatura, francês, alemão, 
geografia, ciências naturais, pintura, música, dança, esgrima e equitação. 
 
2.3 Da infância até a plenitude do Império 
 
Três de suas irmãs também ficaram para trás, as princesas D. Januária, 
D. Paula e D. Francisca (BARMAN, 1999, p.30), com a partida seu pai, D. Pedro 
I. Este era o cenário que fora apresentado a Pedro II em sua infância, o peso da 
coroa, uma vida regrada e dedicada à busca pelo conhecimento pois sua própria 
condição o impelira a isso. Sozinho, sem referências diretas de sua paternidade, 
criado por aias, tutores e conselheiros, refugiou-se na busca pelo conhecimento, 
tornando-se assim um jovem dotado de muita capacidade intelectual e amante 
das artes. Rezutti (2019) retrata: 
 
 
O imperador era visto constantemente no teatro, ouvindo ópera ou 
assistindo a peças. Mas, além das circunstâncias, que o protocolo 
exigia, a sociedade da corte não era propriamente ditada pela sua 
figura. O termo “corte” era muito mais geográfico, um sinônimo da 
cidade do Rio, uma vez que com o tempo o imperador se afastaria cada 
vez mais da sociedade. Aos poucos, d. Pedro II aburguesou-se. Se no 
início ele pensava em produzir uma memória sobre a sua coroação e 
sagração, mais tarde esqueceria o projeto por completo. A sua 
maturidade, os estudos e o modo como passou a encarar a vida 
acabou por distanciar sua imagem do que o consciente coletivo atribuía 
à imagem de um imperador. Além da influência que ele teria sobre a 
construção de uma história brasileira, com o seu patrocínio ao Instituto 
Histórico e Geográfico Brasileiro, o patrocínio aos artistas e cientistas, 
o trono não ditava modas como nos outros países. Vivendo à custa da 
sua dotação, tentava equilibrar seu orçamento dentro dela. 
(REZZUTTI, 2019, p.199). 
 
Em sua vida adulta e na plenitude do poder imperial, D. Pedro II era pura 
generosidade, do seu coração não o deixava, apesar de tudo, proferir uma 
palavra mais severa de acusação aos que tão depressa lhe haviam voltado as 
costas. Não estava em seu feitio ser áspero para com quem quer que fosse, se 
não houvesse um motivo realmente severo para tanto. Era nesta visão que 
balizava suas ações do trato pessoal, conforme relata Mossé (2015): 
13 
 
 
Perseguições ou execuções capitais jamais foram permitidas por D. 
Pedro II. Perdoava sempre os crimes políticos. Persuadia-se, com 
razão, de que o rebelde da véspera seria o servidor mais dedicado do 
dia seguinte, quando agraciado. Fez, aliás, experiência desta verdade 
governamental que tão poucos soberanos têm o bom senso de 
compreender e a habilidade de praticar. Não via no rebelde senão um 
desencaminhado que devia voltar à razão. (MOSSÉ, 2015, p.68). 
 
Em plena frente de batalha, d. Pedro II confraterniza com um oficial 
inimigo e discute com ele um dos seus temas prediletos de estudo, a língua 
guarani. Falava aí o homem que dizia ter nascido para o cultivo das ciências e 
das artes, e que detestava guerra e violência. (CARVALHO, 2007, p.114). 
O Imperador, por princípio, era partidário da paz. Nada de violência – era 
a sua divisa. Com ela governará durante cinquenta anos uma Nação de 
insubordinados. Com relação à política externa, seus propósitos pacíficos e 
conciliadores eram ainda mais decididos. (LYRA, 1977, p.160). 
Sabe-se que ele se despoja voluntariamente do fausto de sua posição e 
gosta de se mostrar ao povo com modesta simplicidade. É o rei popular por 
excelência, cuja glória consiste em ganhar os corações. (MOSSÉ, 2015, p.214). 
 
A caridade, aliás, era um dos traços frisantes do seu caráter. Pinto de 
Campos conta que desde a mocidade, ele recomendava que ao sair 
lhe entulhassem os bolsos de moedas de prata, afim de poder distribuí-
las aos pobres e necessitados que encontrava. Certa vez, o 
administrador da fazenda de Santa Cruz, propriedade da Coroa, 
apresentou-lhe um considerável saldo, fruto de uma administração 
honesta e laboriosa - Saldo, não o quero, observou-lhe o Imperador; 
dê de esmola aos pobres, porque não quero que se diga que estão 
entesourando capitais. Os sábados eram os dias que ele reservava 
para a distribuição de esmolas, que era feita, parte em seu nome e 
parte em nome da Imperatriz. (LYRA, 1939, p.89). 
 
Outro traço marcante do Imperador era estar livre das cerimônias oficiais, 
que mal suportava, o Imperador dedicou-se ao que se tornou a marca registrada 
de todas suas viagens, no Brasil e no exterior, com o devido registro no diário: 
visitas a igrejas, conventos, hospitais, fábricas, cemitérios, escolas, prisões, 
quartéis. (CARVALHO, 2007, p.141). 
As bibliografias revelam uma figura realmente preocupada com o bem 
estar de seu povo. Em cada local anotava as condições dos prédios a situação 
do pessoal, a qualidade da administração e a eficiência do administrador. Em 
instituições de caridade, fazia doações também do próprio bolso. Na escola de 
aprendizes marinheiros, criticou a discriminação racial do responsável: “O 
14 
 
intendente mostra-se avesso à admissão dos de cor, o que não convém de 
nenhum modo”, e tomou café com os meninos. (CARVALHO, 2007, p.141). 
Mossé (2015, p.129) nos relata que na qualidade de imperador, D. Pedro 
II tinha o usufruto de certo número de escravos chamados escravos da Nação. 
Eram para ele protegidos, mais do que escravos. Trabalhavam mediante salário. 
Eles, ou seus filhos, frequentavam escolas fundadas pelo imperador; recebiam 
instrução primária e religiosa. Quanto aos seus escravos particulares, dos quais 
podia dispor livremente, concedeu a todos a liberdade. Durante a guerra do 
Paraguai, favoreceu a libertação dos escravos que pediam incorporação no 
exército. Na sua propriedade de Santa Cruz, perto do Rio de Janeiro, 
encarregou-se da educação de muitos filhos desses libertos que partiam para a 
guerra e deu liberdade, à sua custa, às mulheres e aos filhos desses defensores 
da pátria. Seis mil libertos se arrolaram no exército, mostrando-se diante do 
inimigo, dignos da liberdade. Esse era o Imperador D. Pedro II, figura que 
extrapolava a mente daqueles que imaginavam que alguém com tamanha 
investidura de cargo não poderia ser tão simples no trato e nas ações. 
Eis ai um homem digno de ser chamado Imperador, não se vestia pura e 
simplesmente do manto da vida burguesa e sacerdotal que a condição do cargo 
lhe impunha, ao contrário, era avesso às prosopopeias, da pompa e das 
circunstâncias que a vida monárquica lhe obrigava, antes, preferia, como vimos 
nas diversas referências bibliográficas elencadas neste Trabalho de Curso, estar 
envolto aos livros, ao teatro, à ópera e a leitura, era um homem realmente ligado 
e amante das artes, da cultura e das ciências. 
 
3. A CONSTRUÇÃO DE UM LEGADO HISTÓRICO 
 
Após toda a conceituação inicial sobre a infância do Imperador, referencial 
teórico e nossas próprias observações, iniciaremos, então, nossos registrossobre o enorme legado que foi deixado à posteridade, onde será notória a 
participação efetiva do Imperador na construção de muitos avanços, quer sejam 
nas aéreas sociais, educacionais ou ainda, nas ciências. 
 
 
 
15 
 
3.1 A Visão Social do Imperador 
 
Os relatos da visão social que Pedro II tivera em seu reinado são muitas, 
Mossé relata: 
 
Desde o começo de seu reinado, teve D. Pedro II uma divisa de que 
não afastou jamais, para a felicidade de seu povo e para sua própria 
glória: “Progresso, Liberdade, Patriotismo”. Progresso intelectual e 
social; liberdade sabiamente regulada pela lei; patriotismo fecundo em 
devotamento, moralidade e dignidade. (MOSSÉ, 2015, p.57). 
 
Segue Mossé: 
 
É admirável que o Brasil tenha conseguido, em menos de dezessete 
anos (1871-88), realizar pacificamente essa imorredoura 
transformação social que libertou cerca de dois milhões de escravos. 
Não foi graças à sabedoria de D. Pedro II e aos sentimentos generosos 
do seu povo que o mundo civilizado pôde aplaudir esse grande ato de 
moralidade, segundo a expressão de Schoelcher? A emancipação, 
grandemente favorecida pelo imperador, foi certamente a maior glória 
do seu reinado. (MOSSÉ, 2015, p.162). 
 
3.2 O flagelo da escravidão até o seu fim 
 
Muito provavelmente, a maior conquista social do período Imperial foi o 
fim da escravidão no país, não iremos fazer menção aos relatos deste triste 
fascículo de nossa jovem república a fim de não corrermos o risco de fugirmos 
do tema a que este trabalho se propõe. 
É nesta hora que o estudo da história da nossa nação e o conhecimento 
de personagens como Pedro II se tornam tão importantes. Um imperador, um 
nobre de alma tão simples; e outros não nobres com condutas tão perversas e 
almas tão cheias de si mesmas. 
Em 12 de maio de 1871 foi apresentada na Câmera dos Deputados a Lei 
do Ventre Livre, também conhecida como Lei Rio Branco. Essa Lei foi 
promulgada em 4 de setembro de 1871 no Senado Federal e lá fora exprimido 
um dos mais belos discursos a respeito deste tema, pelo Senador Torres 
Homem, segue o trecho: 
 
Pois bem, senhores, se é possível provar-se que a propriedade 
humana, longe de se fundar em uma lei natural, é, ao contrário, a mais 
monstruosa violação e que, em lugar de se apoiar na justiça, esta 
propriedade se baseia na iniquidade e na força brutal, então a pretensa 
16 
 
razão da sua inviolabilidade desaparecerá, e a lei que até hoje a 
protege, sendo um erro ou um crime social deverá ser suprimida como 
toda lei funesta aos interesses de uma nação. (MOSSÉ, 2015, p.175). 
 
E assim terminava o discurso: 
 
Os testemunhos de reconhecimento dos pobres infelizes valem bem 
mais que os anátemas do rico impertinente. Velem bem mais que os 
ataques dos poderosos que não souberam achar outro meio de 
prosperidade senão a ignomínia e os sofrimentos de seus 
semelhantes!...” É possível que tenhamos desenvolvido muito o 
histórico da grande reforma social que o Brasil acaba de realizar. Este 
acontecimento é, porém, incontestavelmente, o mais considerável do 
reinado de D. Pedro II, ao mesmo tempo que um dos mais gloriosos 
deste século. (MOSSÉ, 2015, p.183/184). 
 
No ano de 1888, no dia 13 de maio, foi assinada pela Princesa Isabel a 
Lei Áurea e, partir de então, a escravidão passou a ser considerada crime 
àqueles que a praticassem. Estima-se que quase 700 mil escravos foram libertos 
no Brasil. 
O fim da escravidão foi um dos principais fatores da queda da monarquia 
e fortalecimento do sistema republicado, foi responsável, assim, por estimular os 
movimentos migratórios da Europa para Brasil, e como consequência, marcou a 
pluralidade étnica existente em nosso país. 
 
3.3 O Direito ao acesso universitário e o sufrágio feminino 
 
O período do Segundo Reinado foi de avanços sociais também para as 
mulheres, desde a reforma educacional de 1879, passou a ter acesso a diplomas 
de cursos superiores no Brasil. Isso se deveu especialmente a D. Pedro II. 
 
Ele tomou sob a sua proteção Maria Augusta Generoso Estrela, 
estudante brasileira que cursava medicina nos Estados Unidos. Aos 15 
anos, Maria Augusta entrou no curso preparatório da Academia de St. 
Louis, que a levaria a estudar no New York Medical College and 
Hospital for Women, onde se formou em 1881. (REZZUTTI, 2019, 
p.354). 
 
A mulher começa tardiamente frequentar a universidade no Brasil: no fim 
do século XIX, na área da medicina. D. Pedro II fez aprovar, em 19 de abril de 
1879, uma lei permitindo à mulher frequentar curso superior, pois observou que 
a bolsa que concedera em 1876 a Maria Augusta Generosa Estrela para estudar 
17 
 
medicina em Nova York não lhe permitirá exercer a profissão quando retornara, 
formada, ao Brasil. Rita Lobato Velho Lopes foi a primeira mulher a se formar 
em medicina no Brasil em 1887, pela Faculdade de Medicina da Bahia, e a 
clinicar por mais de 40 anos no Rio Grande do Sul, onde também foi vereadora 
na Câmara Municipal de Rio Pardo. (BLAY, 1991, p.51). 
Outro relato histórico e de grande importância social foi o direito ao voto 
pelas mulheres, o chamado sufrágio feminino. Rezzutti (2019) relata que o Brasil 
Imperial chefiado por d. Pedro II se abria para uma situação nova: o voto 
feminino. A Lei Saraiva, que concedia o título de eleitor aos brasileiros 
diplomados, não fazia qualquer distinção de gênero. As mulheres no Brasil, com 
a reforma do ensino em 1879, podiam estudar e se graduar, logo, também 
podiam votar. A lei, sem dizer com todas as letras que o direito ao voto era 
exclusivamente atributo do homem, permitiu que as mulheres interpretassem o 
texto para fazer valer seus direitos. No entanto, o que foi conseguido ainda no 
império, com a sua queda, a república não reconheceria mais o seu direito e as 
mulheres só passariam a votar e ser votadas em 1932.” (REZZUTTI, 2019, 
p.354). 
 
3.4 A criação de instituições de ensino 
 
Em quase todas as sociedades, as classes que dominam o topo das 
pirâmides gozam de favorecimento tendo acesso garantido às melhores 
oportunidades, no processo educacional não é diferente, no corte temporal em 
epígrafe, as famílias de mandatários, fazendeiros, políticos e militares eram 
beneficiados pelo acesso às boas escolas criadas no período. Carvalho (1996) 
diz: 
 
Os filhos de famílias de recursos, que podiam aspirar a uma educação 
superior, iniciavam a formação com tutores particulares, passavam 
depois por algum liceu, seminário ou, preferencialmente, pelo Pedro II, 
e afinal iam para a Europa ou escolhiam entre as quatro escolas de 
direito e medicina. As quatro cobravam anuidades e seus cursos 
duravam cinco anos (direito) e seis anos (medicina). (...) Outra 
alternativa para os ricos era a Escola Naval, sucessora da Real 
Academia de 1808, onde apesar da gratuidade do ensino, era mantido 
um recrutamento seletivo em mecanismos discriminatórios, o mais 
importante dos quais a exigência de custosos enxovais. (CARVALHO, 
1996, p.64) 
 
18 
 
Isso não significa que os demais membros da sociedade estavam impedidos de 
ter acesso à educação. Para esses, existiam outras instituições: 
 
As pessoas de menores recursos podiam completar a educação 
secundária nos seminários ou em escolas públicas. A partir daí a 
escolha podia ser os seminários maiores, para uma carreira 
eclesiástica, a Escola Militar, sucessora da Academia de 1810, para 
uma carreira no exército, a Politécnica ou a Escola de Minas, para uma 
carreira técnica. Nenhuma dessas escolas cobrava anuidade, a Escola 
de Minas dava bolsas para alunos pobres e a Escola Militar pagava 
pequeno soldo aos alunos. (CARVALHO, 1996, p.65). 
 
Nota-se que nesta fase o Estado era pouco presente no que concerne à 
Educação, porém, com o esforço pessoal do Imperador, novas instituições de 
ensino foram construídas. Era atribuído às províncias a responsabilidade pelos 
ensinos primário e secundário. 
Na prática, conforme Holanda e Campos(1985, p.369), pouco se fez 
pela Educação Pública. Embora muitos dispositivos constitucionais tenham sido 
criados, nenhum deles foi cumprido. Esta situação era constante no país: “[...] as 
leis sempre se distanciaram das realizações”. 
Mossé (2015, p.207) relata que a solicitude de D. Pedro II pela instrução 
popular manifestou-se principalmente ao terminar a gloriosa guerra do Paraguai. 
Quando a notícia da vitória final dos brasileiros chegou ao Rio, o entusiasmo foi 
geral, e a municipalidade e o povo decidiram levantar uma estátua a D. Pedro II. 
Continua Mossé: 
 
 
Sabia-se que alguns membros do gabinete, alguns deputados e 
senadores, tinham perdido a esperança de chegar à vitória, mas o 
Imperador nunca se desencorajou e, com seus ministros Muritiba, 
Cotegipe e Rio Branco, guardou inteira fé no sucesso; sabia-se que era 
principalmente à sua energia que o Brasil devia essa vitória gloriosa. 
Em um movimento generoso, o povo brasileiro queria testemunhar ao 
imperador sua alegria e reconhecimento. D. Pedro II, não menos 
generoso, recusou o monumento e quis que o dinheiro dessa grande 
subscrição popular fosse aplicado na criação de novas casas de 
ensino. (MOSSÉ, 2015, pág.207). 
De acordo com seu desejo, numerosas escolas foram construídas no 
Rio com a importante soma destinada à estátua. Esse ato está acima 
de qualquer comentário. Somente um príncipe, ao mesmo tempo 
filósofo e filantropo como D. Pedro II, o poderia realizar! (MOSSÉ, 
2015, p.207). 
 
Já dizia Freyre (2006) que o reinado de Dom Pedro II “foi o reinado dos 
bacharéis”. Em seu livro Sobrados e Mocambos, o autor ressalta a força motriz 
19 
 
operacionalizada pelo bacharel dentro de uma nova situação social que se 
desenrolava durante o século XIX brasileiro: a decadência do patriarcalismo 
rural. (FREYRE, 2006, p.711). 
Um marco da educação no Brasil é, sem dúvida o Colégio Pedro II. Em 
sua fundação servia na constituição de quadros das camadas superiores no 
Império, especialmente no período entre sua criação, 1837, e o início dos anos 
1860, considerado pela historiografia o momento de consolidação da Monarquia. 
 
Enquanto isso, d. Pedro II, um jovem rei de 22 anos, vivia no “melhor 
dos mundos”. Com a recente estabilidade política e financeira, obtida 
mediante a entrada do café brasileiro no mercado internacional, 
convertia-se no centro das atenções: o maestro da cena cultural, o 
pêndulo das decisões políticas. É esse o momento em que o imperador 
assumirá uma postura mais ativa junto ao Instituto Histórico e 
Geográfico Brasileiro e procurará formar uma geração de intelectuais 
e de artistas — segundo Freyre, tão jovens como ele —, que passarão 
a refletir sobre uma nacionalidade brasileira. É a época do indigenismo 
de fundo romântico, dos quadros grandiosos da Academia Imperial de 
Belas-Artes, dos exames no Colégio Pedro II. (SCHWARCZ, 1999, 
p.196). 
 
No que tange ao Colégio Pedro II, ele era a grande paixão de D. Pedro 
II, conforme relata Schwarcz (1999): 
 
Colégio Pedro II, a grande predileção do monarca. Fundada em 1733, 
a instituição teve diversos nomes — Casa dos Meninos Órfãos de São 
Pedro, Seminário de São Joaquim, Imperial Seminário de São Joaquim 
— até ficar conhecida como o Imperial Colégio Pedro II. Extinto em 
1818, o seminário foi restituído, em 1821, pelo então príncipe d. Pedro. 
A escola seria definitivamente patrocinada por d. Pedro II e receberia 
seu nome em 2 de dezembro de 1837. A partir de então o seminário 
transformou-se em colégio de instrução secundária e, em seguida, foi 
elevado à condição de Imperial Colégio Pedro II. O colégio é 
reinaugurado em 25 de março de 1838 pelo imperador, e em 27 de 
abril do mesmo ano recebe os primeiros alunos. De orfanato humilde, 
o “Pedro II” — como era chamado — se transformaria na “glória” do 
nosso ensino; uma espécie de “símbolo de civilidade”, de um lado, e 
de pertencimento a uma elite, de outro. (SCHWARCZ, 1999, p.352). 
 
Conforme registra site Multirio: 
O Pedro II tornou-se um símbolo de civilidade. Mantido pelo Imperador, 
era o padrão de ensino secundário e a única Instituição a realizar os 
exames que possibilitavam o ingresso nos cursos superiores. O aluno 
que completasse o curso recebia o título de Bacharel em Ciências e 
Letras e tinha acesso direto às Academias. D. Pedro, que costumava 
referir-se a ele como "seu colégio", escolhia os professores, assistia às 
provas e conferia as médias. (MULTIRIO, [201?]). 
 
A Secretaria Municipal de Educação da Prefeitura da Cidade do Rio de 
20 
 
Janeiro publicou, no site MultiRio, que em 1874 o prédio do colégio passou por 
uma grande reforma. Bethencout da Silva, discípulo do arquiteto Grandjean de 
Montigny, alterou o antigo seminário. O salão nobre, o famoso Salão D. Pedro, 
foi inaugurado em 1875. A partir desta data tornou-se o local onde os bacharéis 
em letras, os doutores em medicina e as turmas de graduados do colégio 
recebiam seus diplomas. 
Em carta a José Bonifácio, o Moço, orgulhava-se de dizer: “Eu só governo 
duas coisas no Brasil: a minha casa e o Colégio Pedro II.” E nisso, para além de 
ser uma frase de efeito, encerra uma verdade. (SCHWARCZ, 1999, p.352). 
Não era raro o imperador, ao longo de sua vida no Brasil, aparecer de 
surpresa na escola, ver como as matérias estavam sendo dadas, conferir médias 
de alunos e até mesmo identificar quem estava doente na sala de aula e deveria 
ir para a cama aos cuidados de um médico. (REZZUTTI, 2019, p.124). 
Poliglota, assíduo correspondente e sócio de várias instituições 
internacionais mesmo antes de sair do país, d. Pedro II tinha junto ao trono uma 
biblioteca, um museu, além de um laboratório e seu famoso observatório 
astronômico. Interessado na educação, o imperador frequentava concursos nas 
escolas de Medicina, Politécnica, Militar e Naval. (SCHWARCZ, 1999, p.352). 
É fato que poderíamos ficar por muito tempo elencando os feitos do 
Imperador D. Pedro II na área da educação, da cultura, área social e, também, 
seu entusiasmo pela ciência. Uma figura única, um dos personagens históricos 
mais exaltados da historiografia brasileira, ao longo de sua vida se esforçou para 
transmitir ao mundo a imagem de um Brasil moderno, ao mesmo tempo que 
enaltecia a imagem de um império diverso. Um grande homem, um imenso 
legado. 
No dia 15 de novembro de 1889 ocorre no Brasil o golpe de Estado 
Político-Militar estabelecendo uma República Presidencialista. O fato ocorreu na 
cidade do Rio de Janeiro, que era a capital do Império, onde hoje se denomina 
a Praça da República. Em 17 de novembro deste mesmo ano o Imperador, sua 
família e mais alguns membros de sua corte partiram para o exílio na Europa. 
 
 
21 
 
4. SEQUÊNCIA DIDÁTICA 
 
a) Identificação 
Nível de ensino: 8º ano – Ensino Fundamental. 
Disciplina: História do Brasil Império. 
Duração: 5 aulas de 50 minutos cada. 
 
 
b) Conteúdo 
O Período Regencial e as contestações ao poder Central. 
 
c) Objetivos 
➢ Compreender o desenvolvimento do Período Regencial (1831-1840); e 
➢ Entender a crise do Primeiro Reinado até o Período Regencial, assim 
como suas interferências na economia e na sociedade. 
 
d) Recursos 
Notebook, lousa, livro didático, projetor, slide: Brasil Império 1822-1889 
(reproduzir até pág. 16), caderno e caneta. 
 
e) Etapas da aula 
➢ Introdução ao tema 
Após a verificação de conhecimentos prévios sobre a aula de hoje e com 
auxílio do livro didático, introduzir os motivos que levaram à abdicação de D. 
Pedro I. 
(Duração de 7 minutos). 
 
➢ Desenvolvimento da aula 
Com auxílio do notebook, projetor e com slide, o professor deve fazer 
abordagem sobre a “ponte” que liga o Primeiro Reinado e o Segundo Reinado, 
sobretudo, devido ao fato de Pedro II ser uma criança de apenas 5 anos quando 
seu pai renunciou ao Trono, dando início ao Período Regencial. 
Fundamentando-se neste aspecto, representantes do império passaram a 
governar o país atéa maioridade do Herdeiro do trono, quando este deveria 
completar seus 18 anos de idade. (Observação: o slide utilizado como recurso, 
22 
 
tem o link do site localizado nas referências desta aula). 
Seguindo as características dessa aula, devem ser abordados os motivos 
que levaram estes representantes do governo a uma Regência Trina Provisória, 
em seguida Permanente, Regência Una com o Padre Feijó no poder e 
posteriormente a Regência Una de Araújo Lima, contextualizando as 
interferências do governo Regencial na economia e na área social. Ressaltar a 
criação da Guarda Nacional e aprovação do Ato Institucional de 1834. Neste 
período, haviam três importantes grupos políticos, eram eles: Restauradores 
(Defendiam a volta de D. Pedro I), Liberais Moderados (defendiam a monarquia) 
e Liberais Exaltados (Defendiam a proclamação da república). 
Como conclusão, fica constatado que o período em que o Brasil foi 
governado por regentes, com a ausência do imperador e Pedro II, por ainda não 
ter atingido a maioridade, fez com que o país se tornasse complexo para 
governar em virtude das tensões políticas e sociais, fato que levou grande parte 
da sociedade a se revoltar contra o governo. 
(Duração de 23 minutos). 
➢ Atividades para os estudantes 
Posterior ao desenvolvimento desta aula, os alunos devem responder a 
seguinte questão, em seguida, devem participar de um debate. 
• Após a abdicação de Dom Pedro I, a falta de concentração de poder, 
fez com que o país passasse por forte tensão na sociedade. Com suas palavras, 
explique quais as principais características do governo Regencial. 
(Duração de 10 minutos). 
• Para valorizar a construção do conhecimento histórico, tendo o aluno 
como sujeito ativo no processo de ensino-aprendizagem, o professor deverá 
realizar um debate sobre os aspectos estudados na aula de hoje. 
(Duração de 10 minutos). 
 
f) Avaliação 
Esta aula retratou a Crise do Primeiro Reinado, sobre um governo sem 
concentração de poder, grupos políticos (Moderadores, Exaltados e 
Restauradores), Criação da Guarda Nacional e aprovação do Ato Adicional de 
1834. No final, o professor analisará a participação dos alunos afim de somar 
com a nota final. 
23 
 
i) Fontes/ Referências 
BRASIL. Base Nacional Comum Curricular, Educação é a Base. Brasília: 
Ministério da Educação, [2017]. p.426. 
NEVES. Daniel. Período Regencial. [201?]. Disponível em: 
<https://brasilescola.uol.com.br/historiab/periodo-regencial.htm>. Acesso em: 
26 out. 2020. 
TONSIS, Fabiana. Slide: Brasil Império 1822-1889. 2013. Disponível em: 
<https://pt2.slideshare.net/fabianatonsis/perodo-regencial-26397124>. Acesso 
em: 26 out. 2020. 
 
2ª e 3ª Aulas: 
 
a) Conteúdo 
Revoltas que ocorreram durante o Período Regencial (1831 a 1840) em 
várias regiões do Brasil 
 
b) Objetivos 
➢ Entender os anseios das camadas populares e média pela participação 
política e melhores condições de vida; 
➢ Identificar as principais Revoltas Regenciais; e 
➢ Compreender a Campanha da Maioridade. 
 
c) Recursos 
Notebook, lousa, livro didático, projetor, slide: Brasil Império 1822-1889 
(reproduzir da pág. 16 a 34), caderno e caneta. 
 
d) Etapas da aula 
➢ Introdução ao tema 
A introdução desta aula deve iniciar com um questionário sobre os 
aspectos estudados na aula anterior, a fim de destacar as principais 
características do governo Regencial, com o auxílio do livro didático. 
(Duração de 5 minutos). 
➢ Desenvolvimento da aula 
Abordar os problemas de governabilidade. Ressaltar os principais 
conflitos entre as camadas populares contra o governo Regencial, com o auxílio 
24 
 
do slide a partir das págs. 16 a 34 (observação: o link deste slide, utilizado como 
recurso, está localizado nas referências desta aula). As principais revoltas foram: 
➢ Cabanagem (1835-1840), ocorrida no Grão-Pará, em busca por 
melhores condições de vida e disputas políticas locais; 
➢ Balaiada (1838-1841), ocorrida no Maranhão por disputas políticas 
locais; 
➢ Sabinada (1837-1838), ocorrida no estado da Bahia, visando implantar 
uma república; 
➢ Revolta dos Malês (1835), ocorreu em Salvador. Os negros islâmicos 
lideraram o movimento na busca por melhores condições de vida, liberdade 
religiosa, desejavam o fim da escravidão e conquistar os mesmos direitos que 
as pessoas brancas na sociedade; e 
➢ Revolta dos Farrapos (1835-1845), ocorrida no Estado do Rio Grande 
do Sul visando implantar uma república. A insatisfação gaúcha se deu pela 
política fiscal do Império brasileiro. 
Discorrer sobre a importância histórica de cada revolta provincial e 
evidenciar a resposta do governo imperial aos revoltosos. Dessa maneira, 
grande parte da população desejava que o herdeiro do Trono assumisse o poder, 
foi então criado “O Clube da Maioridade” que defendia a antecipação da 
maioridade de Pedro II, nesta época, o futuro imperador contava 14 anos de 
idade. 
 
Antônio Carlos renovou a proposição, em 20 de julho. Dizia só: "O sr. 
D. Pedro II é declarado maior desde já". Formou-se, invencível, a 
corrente parlamentar de apoio ao golpe de Estado assim concebido. 
Vibrou nas ruas o povo, a tropa inquietou-se nos quarteis, as amarras 
estalaram, em efusões cívicas. 
Cantava-se, pela cidade: Queremos D. Pedro II, Embora não tenha 
idade, A Nação dispensa a lei, E viva a Maioridade! (CALMON, 1938, 
p.61/62). 
 
(Duração de 45 minutos). 
➢ Atividades para os estudantes 
• Com base na historiografia recente, explique porque o Período 
Regencial foi o mais conturbado da História do Brasil Imperial e porque a 
população, baseando-se na citação de Pedro Calmon, em o livro: O Rei 
Filosófico (1938), “Cantava-se, pela cidade: Queremos D. Pedro II, Embora não 
tenha idade, A Nação dispensa a lei, E viva a Maioridade!” 
25 
 
(Duração de 12 minutos). 
• Buscando valorizar o processo de ensino-aprendizagem, o professor 
deve realizar um debate em sala de aula, levando os alunos a refletirem sobre o 
porquê os revoltos preferiram guerra civil. Você sabe o que é autoritarismo? Será 
que o país estava sob o comando autoritário? O professor poderá instigar os 
alunos conforme a evolução do debate a proporem reflexões a respeito do tema 
desta aula, utilizando os conhecimentos prévios para a construção do 
conhecimento histórico sobre os aspectos das Revoltas Regenciais. 
(Duração de 35 minutos). 
 
h) Avaliação 
Esta aula retratou a importância das revoltas provinciais, ressaltou o 
autoritarismo do governo imperial contra os revoltosos e a solução encontrada 
com objetivo de controlar a população, bem como as revoltas. O professor deve 
analisar a participação dos alunos. 
Acrescentar que na próxima aula, os alunos entenderão o porquê de um 
jovem de 14 anos assumiu o governo brasileiro e conseguiu estabelecer a ordem 
no país. 
(Duração de 3 minutos). 
 
i) Fontes/ Referências 
CALMON, Pedro, O Rei Filósofo. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 
1938. 
MACEDO, Márcia. Revolta dos Malês. 2019. Disponível em: 
<https://www.educamaisbrasil.com.br/enem/historia/revolta-dos-males>. 
Acesso em: 27 out. 2020 
NEVES, Daniel. Período Regencial. [201?]. Disponível em: 
<https://brasilescola.uol.com.br/historiab/periodo-regencial.htm>. Acesso em: 
26 out. 2020. 
SILVA, Daniel Neves. Guerra dos Farrapos. [201?]. Disponível em: 
<https://mundoeducacao.uol.com.br/historiadobrasil/guerra-dos-farrapos.htm>. 
Acesso em: 26 out. 2020. 
SOUSA, Rainer. O Golpe da Maioridade. [201?]. Disponível em: 
<https://brasilescola.uol.com.br/historiab/o-golpe-maioridade.htm>. Acesso em: 
26 out. 2020. 
TONSIS, Fabiana. Slide: Brasil Império 1822-1889. Disponível em: 
https://brasilescola.uol.com.br/historiab/o-golpe-maioridade.htm
26 
 
<https://pt2.slideshare.net/fabianatonsis/perodo-regencial-26397124>. Acesso 
em: 26 out. 2020. 
 
4ª e 5ª Aulas: 
 
 
a) Conteúdo 
Dom Pedro II, seu amor pelo Brasil e seu legado para a educação. 
 
b) Objetivos 
➢ Compreendero Golpe da Maioridade; 
➢ Retratar Dom Pedro II, o fim de sua jornada no Brasil, seu exílio; e 
➢ Reconhecer a construção de um legado pela educação ao longo de sua 
trajetória no Brasil; 
 
c) Recursos 
Lousa, livro didático, caderno, caneta. 
 
d) Etapas da aula 
➢ Introdução ao tema 
Contextualizar a infância de Pedro II. Ressaltar a importância de José 
Bonifácio como tutor em sua primeira infância e posteriormente, Manuel Inácio 
de Andrade Souto Maior Pinto Coelho, futuro marquês de Itanhaém, até sua 
maioridade. Demonstrar o comprometimento do jovem Príncipe com o seu 
processo de aprendizagem e suas tarefas diárias, sendo assim, educado 
especificamente para governar o país, portanto, foi declarado sua maioridade no 
ano de 1840, com apenas 14 anos de idade. Ressaltar que seus primeiros atos 
como Imperador foi estabilizar a política do Império. 
(Duração de 25 minutos). 
➢ Desenvolvimento da aula 
Elencar o legado de D. Pedro II para o Brasil. Abordar a fase do Imperador 
em sua juventude e as principais características de sua vida particular, assim 
como o seu amor pelos livros, pela ciência, pelas artes, seus atos de 
generosidade, humildade, sabedoria, justiça, honestidade, comprometimento 
com o meio ambiente e destacar o fato de odiar guerras e violências. Relatar sua 
27 
 
preocupação com a educação brasileira, na qual se pôs a construir instituições 
de ensino e patrocinar os estudos universitários de vários brasileiros. Abordar 
suas críticas à discriminação racial e reconhecer que os escravos da nação eram 
todos libertos, protegidos e assalariados. Contextualizar a criação das leis 
abolicionistas que promovia a libertação dos escravos gradualmente. Abordar o 
acesso universitário e ao sufrágio feminino. Relatar o fim do Segundo Reinado e 
seu exílio em Paris, na França. 
(Duração de 25 minutos). 
➢ Atividades para os estudantes 
Posterior ao desenvolvimento da aula sobre Dom Pedro II, seu amor pelo 
Brasil e seu legado para a educação, partiremos para a atividade. 
Os alunos devem se dividir em 5 grupos. Cada grupo terá um 
representante que deverá citar uma pessoa famosa que o grupo admira, o 
porquê e qual o legado que esta pessoa deixa ou deixou para a sociedade ou 
para o contexto dela. Debater qual o maior legado que o Imperador Dom Pedro 
II deixou aos brasileiros. Refletir sobre a seguinte pergunta: será que esta pessoa 
que o grupo admira, pelo seu legado, seria tão importante se comparado ao 
legado que o Imperador Dom Pedro II deixou para o Brasil, no tocante a 
educação, para a cultura, ciência, artes e suas ações sociais. Caracterizar um 
paralelo do legado desta pessoa que cada grupo citou pela tamanha admiração 
com o legado que foi explanado em aula que Dom Pedro II deixou. 
(Duração de 50 minutos). 
 
h) Avaliação 
A dinâmica em grupo é um excelente recurso para o desenvolvimento do 
processo de ensino-aprendizagem. Esta aula, traz em seu conteúdo, a 
construção do conhecimento histórico sobre a vida do Imperador Dom Pedro II 
e permite que os alunos reflitam sobre seu legado para a História do Brasil. O 
professor deve avaliar a participação dos alunos. 
 
i) Fontes/ Referências 
CARVALHO, José Murilo. D. Pedro II. São Paulo: Companhia das Letras, 
2007. p.114. 
SILVA, Daniel Neves. Leis abolicionistas. [201?]. Disponível em: 
28 
 
<https://mundoeducacao.uol.com.br/historiadobrasil/as-leis-abolicionistas.htm>. 
Acesso em: 27 out. 2020. 
SILVA, J. O uso de Dinâmicas de Grupo em Sala de Aula: um Instrumento 
de Aprendizagem Experiencial Esquecido ou ainda incompreendido? [201?]. 
Disponível em: 
<Dahttp://revista.saolucas.edu.br/index.php/resc/article/viewFile/22/ED25> 
Acesso em: 27 out. 2020. 
 
 
 
29 
 
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
Conforme mostrado desde o início, este Trabalho de Curso versa sobre 
questões inerentes ao Imperador D. Pedro II, no que concerne à sua formação 
recebida desde os primeiros anos, seu legado para a educação e seu amor pelo 
Brasil. Foi embasado em bibliografia específica e toda ela está relacionada em 
campo devido. 
Foram buscados diversos autores consagrados pela academia a respeito 
dos assuntos abordados, o que permite obtermos uma visão ampla do assunto 
em lide, pautada sob os diversos olhares dos historiadores referenciados. A boa 
pesquisa fundamenta a importância que demos a este trabalho e mostra o seu 
resultado. Este grupo foi incansável no objetivo de melhorá-lo a fim de cumprir 
as exigências observadas pela nossa orientadora a fim de atender o regramento 
para Trabalhos de Curso na UNIP. 
Conforme relatamos, a extensa obra realizada pelo Imperador é digna de 
ser exaltada, estudada e ser objeto de reflexão. Em sua busca pela melhoria da 
nação como um todo, trouxe a educação e os flagelos sociais para o cerne das 
questões e o resultado disso foram a criação de espaços de ensino e diversas 
conquistas sociais. 
D. Pedro II era um homem muito culto, amante dos livros e das artes, 
viajou diversas vezes ao exterior, frio e discreto no trato e apaixonado pelo Brasil. 
Estudar a biografia deste personagem de nossa história nos fez criar um paixão 
pela obra e pelo legado ao percebermos que independente de quem relata a 
história, todas convergem para o mesmo D. Pedro II, um personagem único, 
amante das artes, das ciências e pelo Brasil. Toda a referência bibliográfica 
serve para balizar e dar sustentação a este Trabalho de Curso. 
 
30 
 
 
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https://brasilescola.uol.com.br/historiab/o-golpe-maioridade.htm

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