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CURSO CONTABILIZAÇÃO DE BENEFÍCIOS

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CURSO: Contabilização de Benefícios
1. Apresentação
Você inicia agora o curso "Contabilização de Benefícios", que aborda a Sistemática de quantificação e registro dos resultados e benefícios da atividade de auditoria interna governamental do Poder Executivo Federal, de acordo com a Instrução Normativa nº 4 de 11 de junho de 2018.
O curso surge da necessidade de preencher lacuna existente entre as diretrizes teóricas apontadas na IN nº 4 e a prática da contabilização, com base na experiência da Controladoria-Geral da União. A demanda surgiu dos órgãos e unidades que integram o Sistema de Controle Interno do Poder Executivo Federal (SCI) e as auditorias internas singulares dos órgãos e entidades do Poder Executivo Federal (Audin), cujos representantes perceberam a necessidade de se capacitarem sobre o tema durante a consolidação de benefícios relativos ao exercício de 2018. 
A iniciativa de elaborar o curso partiu da Controladoria-Geral da União por meio de sua Secretaria Federal de Controle Interno (SFC).
O conteúdo está assim estruturado:
· Módulo I: sobre os benefícios.
· Módulo II: sobre o processo de contabilização de benefícios.
Direitos autorais:
As informações e opiniões emitidas nesta publicação são de exclusiva e inteira responsabilidade do(s) autor(es), não exprimindo, necessariamente, o ponto de vista da Escola Nacional de Administração Pública (Enap). É permitida a reprodução deste texto e dos dados nele contidos, desde que citada a fonte. Reproduções para fins comerciais são proibidas.
Desejamos a todos um ótimo curso!
2. Público-alvo
O público-alvo do curso são os agentes públicos que atuam em órgãos e unidades que integram o Sistema de Controle Interno do Poder Executivo Federal e nas auditorias internas singulares dos órgãos e entidades do Poder Executivo Federal. Servidores públicos de qualquer esfera e Poder bem como cidadãos em geral estão autorizados a realizar o curso.
3. Carga Horária
O curso possui carga horária de 10 horas, com duração de 30 dias.
Considerando o conteúdo do curso e as atividades a serem realizadas, sugere-se que o participante se dedique ao curso, em média, 2,5 horas por semana. Reforça-se a importância dessa indicação para que todas as atividades possam ser cumpridas com qualidade, atingindo-se, assim, os objetivos propostos dessa capacitação.
4. Objetivos
O objetivo desse curso é preencher a lacuna existente entre as diretrizes teóricas apontadas na IN nº 4 e a prática da contabilização, com base na experiência da Controladoria-Geral da União.
Antes de alcançar o objetivo geral, habilidades anteriores precisam ser adquiridas gradativamente. Por esse motivo, os objetivos específicos descritos abaixo também devem ser atingidos ao longo do curso!
Ao final deste curso, espera-se que você seja capaz de:
· Explicar o contexto de criação da Instrução Normativa no 4 de 11/06/2018.
· Conceituar Benefício.
· Descrever os tipos e classes de Benefícios.
· Descrever o processo de contabilização.
5. Metodologia
Este curso será realizado na modalidade a distância, via internet, utilizando-se a plataforma Moodle, disponível na Escola Virtual.Gov, tanto para apresentação do conteúdo quanto para cumprimento e gerenciamento das atividades avaliativas. Para o bom funcionamento de todos os recursos, é fundamental que o navegador utilizado esteja atualizado.
Início de destaque importante.
Este curso é sem tutoria. Não há presença de tutor para tirar dúvidas de conteúdo e de outras ordens. Nesse sentido, o participante é responsável pelo seu aprendizado, desenvolvendo-o de maneira autônoma e automotivacional. Deve estar atento para a organização e a gestão do tempo, definindo seu ritmo de estudos.
Fim de destaque importante.
Em caso de dificuldades, o participante poderá verificar as orientações disponibilizadas no nosso site, na aba: Perguntas Frequentes.
6. Atividades e Avaliações
Você possui uma tentativa para realizar as atividades do curso. Não há tempo limite para realizá-las.
O quadro a seguir apresenta as atividades do curso e suas respectivas pontuações.
	ATIVIDADES
	NOTA MÁXIMA
	Módulo I - Sobre os Benefícios
	Apropriação do conteúdo - Módulo I
	Atividade não pontuada.
	Módulo II - Sobre o Processo de Contabilização dos Benefícios
	Apropriação do conteúdo - Módulo II
	Atividade não pontuada.
	Módulo de Encerramento
	Avaliação de Aprendizagem
	100 pontos
	Avaliação de Satisfação com o Curso
	Atividade não pontuada
	Total de pontos do curso
	100 pontos
7. Desligamento
O prazo para a realização do curso, isto é, seu período de disponibilidade, começa a ser contado a partir do dia da sua inscrição.
Após a inscrição no curso, você poderá verificar o prazo de disponibilidade seguindo as orientações:
1. Acesse https://www.escolavirtual.gov.br.
2. No canto superior direito, utilize o botão “Entrar” para fazer login na Secretaria Virtual da EV.G.
3. No canto superior direito, acesse o seu nome.
4. Em "Meus Cursos", escolha a opção "Em Andamento".
5. Na página que será aberta, você obterá a informação sobre o período de disponibilidade do curso, bem como suas datas de início e término, a carga horária e nota mínima exigida para a aprovação.
Observação: o período do curso não é prorrogado, portanto, busque organizar-se fazendo um cronograma de estudos para o cumprimento de todas as atividades. Lembramos que, após o encerramento, não será possível acessar o ambiente do curso.
Caso seja necessário, é possível cancelar/trancar a inscrição no curso seguindo as orientações disponíveis no nosso site, na aba: Perguntas Frequentes.
8. Certificado
Para ser considerado concluinte e emitir um certificado, é preciso obter 70 pontos no conjunto de atividades obrigatórias.
Início de destaque.
Após conclusão, o certificado estará disponível na Secretaria Virtual da EV.G: https://www.escolavirtual.gov.br/aluno/certificados.
Fim de destaque.
Caso você tenha atingido a nota para aprovação e queira emitir seu certificado antes da data final do curso, é possível clicar em antecipar a conclusão. Esta ação não poderá ser desfeita e sua nota final será definitiva.
No caso de necessidade de averbação das horas de capacitação junto à instituição, a veracidade do certificado poderá ser verificada na página inicial da Escola Virtual, mais especificamente no campo Validar Certificado. Para realizar esse procedimento, não é necessário possuir senha de acesso à Escola Virtual.
Atenção!
A emissão do certificado estará disponível somente se a nota mínima exigida e os demais requisitos para aprovação tiverem sido atingidos. Consulte todas as informações do Guia do Participante antes de tentar emitir o certificado.
9. Equipe Responsável
Alexandre Ferreira de Macedo e  Eduardo Alipio Paulino de Aguiar (conteudistas, 2019).
Guilherme Leite de Andrade (desenhista gráfico, 2019).
Rogério Alves de Sousa (planejador educacional, 2019).
Desenvolvimento do curso realizado no âmbito do acordo de Cooperação Técnica FUB / CDT / Laboratório Latitude e Enap. 
Contextualização
a)   Por que contabilizar benefícios?
Para iniciar a exposição, cito a seguinte frase de impacto:
 “Você nunca sabe que resultados virão da sua ação. Mas se você não fizer nada, não existirão resultados.” (Gandhi, Mahatma)
            O pensamento acima sintetiza o porquê de se pensar em registro dos resultados da Atividade de Auditoria Interna Governamental, em um contexto de restrição fiscal e questionamento sobre o tamanho do Estado pelo qual o Brasil passa.  Dessa forma a Administração Pública como um todo, representada nesse curso pelas auditorias internas, tem que demonstrar entregas para a sociedade justificando porque existem.
            Como exemplo, a Controladoria-Geral da União contou com um orçamento de custeio de aproximadamente R$ 716 milhões, no exercício de 2017, tendo gerado R$ 4,6 bilhões em benefícios financeiros. Desta feita, em termos administrativos o custo-benefício da CGU explica de uma forma geral porque vale a pena para a sociedade manter um órgão central de auditoria.
            Além dessa necessidade institucionalde prestação de contas para a sociedade, a contabilização de benefícios do sistema de controle interno gera motivação para você servidor realizar seu trabalho de forma mais eficiente (rápida), eficaz (entregando produtos) e, principalmente, efetiva (alterando a realidade social). Isso ocorre quando você nota que uma recomendação realizada em seu trabalho de auditoria alterou de forma estruturante um processo da gestão de modo que foram evitados desperdícios de recursos públicos, ou seja, você percebe que há razão para a sua existência para a administração pública.
            Em resumo, quando os resultados das unidades de auditoria interna são sistematizados e consolidados de forma organizada demonstra-se efetivamente o porquê da existência de controles internos no Poder Executivo Federal e gera-se motivação para os servidores ao se enxergarem como atores efetivos do processo.
b)   Origens da Metodologia de Quantificação e Registro dos Resultados e Benefícios da Atividade de Auditoria Interna Governamental do Poder Executivo Federal
            Tendo sido motivada a necessidade de registro dos resultados da atuação das unidades de auditoria interna no tópico acima, faz-se necessário contextualizar o surgimento da Metodologia de Quantificação e Registro dos Resultados e Benefícios da Atividade de Auditoria Interna Governamental do Poder Executivo Federal para melhor entendimento do processo de contabilização a partir de sua origem.
         A demanda inicial da metodologia citada surgiu a partir da deliberação da Comissão de Coordenação de Controle Interno (CCCI) nº 01/2014:
           “Os órgãos do SCI, aí compreendidas as unidades de auditoria interna sujeitas à orientação normativa e supervisão técnica do Órgão Central desse Sistema, devem incluir sistemática de quantificação e registro dos benefícios do Controle Interno, de modo a apurar os impactos positivos da implementação das suas recomendações pelos gestores públicos. Referida sistemática deve ser objeto de regulamentação e orientação do Órgão Central, observando-se, quando for o caso, critérios uniformes de classificação que facilitem a compilação e comparação das informações registradas.”
            A título de conhecimento, a CCCI é um órgão colegiado de função consultiva do Sistema de Controle Interno do Poder Executivo Federal, instituída pelo art. 23 da Lei nº 10.180, de 6 de fevereiro de 2001, e regulamentada pelo Decreto nº 3.591, de 6 de setembro de 2000. A comissão é presidida pelo ministro-chefe da Controladoria-Geral da União e tem a finalidade de efetuar análises, formular propostas e sugerir procedimentos para avaliação e aperfeiçoamento do controle interno no âmbito do Governo Federal.
            Apesar de em 2014 o assunto ter surgido, somente em 2017 a partir da publicação da Instrução Normativa nº 3, de 09 de junho de 2017, que aprovou o Referencial Técnico da Atividade de Auditoria Interna Governamental do Poder Executivo Federal, iniciou-se a operacionalização da metodologia, considerando o art. 181 da IN citada que dispôs que as Unidade de Auditoria Interna Governamental (UAIG) deveriam adotar sistemática de quantificação e registro dos resultados e benefícios da sua atuação, adotando princípios e metodologia compatíveis com regulamentação pelo órgão central do SCI de modo a permitir consolidação.
            Tendo o comando acima como referência, a sistemática foi pautada em nova reunião da CCCI realizada em outubro de 2017, a partir da qual decidiu-se que a CGU faria mapeamento para conhecer os pontos divergentes e convergentes entre as metodologias atualmente utilizadas para quantificação de benefícios por parte das UAIG.
            Dessa forma, solicitou-se que cada UAIG informasse se dispunha de metodologia própria para contabilização de benefícios e, caso a tivesse, encaminhasse documentação que explicasse sua governança, fluxo do processo e outras informações sobre a metodologia existente para a CGU. A partir dessa demanda, somente a CGU, o Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI), a DATAPREV, a CISET-Defesa e a Petrobrás trouxeram informações sobre a forma que utilizam para contabilizar os benefícios gerados pelas atividades de auditoria interna.
           Por fim, após análise das metodologias encaminhadas, estruturou-se metodologia que garantisse, em nível geral, consolidação dos benefícios das UAIG garantindo flexibilidade para que cada unidade adaptasse os conceitos à sua especificidade, a qual foi aprovada pela 7ª reunião da CCCI realizada em fev/2018, gerando a Instrução Normativa nº 4, de 11 de junho de 2018, a qual é referência teórica para o presente curso.
           Cumpre ressaltar enfim que a Sistemática de Quantificação e Registro dos Resultados e Benefícios da Atividade de Auditoria Interna Governamental do Poder Executivo Federal aprovada guarda alinhamento, também, com o  Manual de Orientações Técnicas da Atividade de Auditoria Governamental do Poder Executivo Federal (MOT), aprovado pela IN SFC nº 08, de 06 de dezembro de 2017, o qual destina-se a orientar tecnicamente os órgãos e unidades que integram o Sistema de Controle Interno do Poder Executivo Federal (SCI) e as auditorias internas singulares dos órgãos e entidades do Poder Executivo Federal (Audin) sobre os meios de operacionalizar os conteúdos constantes do Referencial Técnico supracitado. Tal convergência se comprova no item 7.5 do referido Manual que determina a adoção de sistemática de quantificação e registro dos resultados e dos benefícios financeiros e não financeiros decorrentes da atuação das UAIGs.
Sobre os Benefícios
Neste módulo, estudaremos o conceito geral de benefício, bem como descreveremos os tipos e classes de benefícios.
a.   Conceito de Benefício
Considera-se Benefício como impacto positivo na gestão pública a partir da implementação de orientações e/ou recomendações da auditoria interna. O benefício resulta do trabalho conjunto da Unidade de Auditoria Interna de Gestão – UAIG e da gestão.
A partir do conceito acima, podemos destacar estas ideias:
a.1. Para a metodologia de contabilização só podem ser contabilizados os benefícios efetivos, ou seja, aqueles decorrente do atendimento comprovado à orientação e/ou recomendação das UAIG, com real impacto na gestão pública. Desta feita os benefícios potenciais (cumprimento ainda não verificado) não devem ser considerados.
a.2. Durante o processo de auditoria ocorrem interlocuções com os gestores, situações em que, a partir da interação, podem ocorrer impactos positivos e estruturantes mesmo antes da relatoria e recomendação. Nesses casos, se comprovada a atuação direta da unidade de auditoria na promoção de um benefício, este pode ser contabilizado independente de recomendação, sendo considerado como implementação de orientação da auditoria interna, conforme destacado no conceito acima.
b.   Tipos de benefício
Os tipos de benefícios são: Financeiro e Não Financeiro.
b.1. Os Benefícios Financeiros são aqueles que podem ser representados monetariamente. Incluem-se, no conceito, aqueles decorrentes de recuperação de prejuízos.
São exemplos de benefícios financeiros: A suspensão de benefícios previdenciários que estavam sendo pagos a pessoas já falecidas, a recuperação de recursos provenientes de equalização de taxa de juros de contratos de financiamentos desviados.
b.2. Os Benefícios Não Financeiros são aqueles que impactam a gestão pública de forma positiva e estruturante, mas que são representados em outras unidades de mensuração que não sejam a monetária.
São exemplos de benefícios não financeiros: A melhoria gerencial de uma equipe, o fortalecimento do controle interno de uma unidade, o aprimoramento de normativos e processos.
 
c.    Classes de benefício
Para auxiliar no processo de comunicação estratégica de resultados das UAIG, foram estabelecidas classes para cada tipo de benefício.
c.1. Classes de Benefício Financeiro
No caso dos tipos de Benefícios Financeiros, as classes são divididas em: oriundas de gastos indevidos evitados e oriundas de valoresrecuperados.
Os gastos indevidos evitados são valores pagos periodicamente que são considerados indevidos devendo ser registrados quando houver a suspensão do pagamento ou a adequação do valor.
Exemplo: A partir do cruzamento da base do Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal e da Folha de Pagamentos do Programa Bolsa Família (PBF) com bases administrativas do Governo Federal, foram identificadas 2.558.325 famílias com inconsistências cadastrais, representando uma interrupção de pagamento indevido mensal de R$ 99.156.141,00.
No caso da classe valores recuperados os benefícios advêm de valores obtidos após a efetiva devolução do recurso aos cofres públicos ou ainda quando for realizado o desconto na parcela posterior de pagamento pela Administração subtraídos os valores pagos indevidamente.
Exemplos: Após revisão dos 36.927 contratos de financiamento, restaram 5.213 contratos com indícios de inconformidade, culminando na restituição de R$ 2.093.565,96 ao FGTS.
c.2. Classes de Benefício Não Financeiro
No caso dos tipos de Benefícios Não Financeiros, as classes são divididas em dois níveis: Dimensão Afetada e Repercussão.
c.2.1. Dimensão Afetada
A classificação em relação à Dimensão Afetada tem como referência principal para divisão o Planejamento Estratégico da unidade auditada. Portanto, pode se subdividir em dois tipos: os que afetam Missão, Visão e/ou Resultado e os que afetam Pessoas, Infraestrutura e/ou Processos Internos.
Nos casos em que a unidade auditada não possuir Planejamento Estratégico, a referência para a divisão citada deve ser o regimento interno ou legislação que estruture a unidade e identifique as atividades-fim e atividades-meio.
Benefícios não financeiros relacionados à dimensão Missão, Visão e/ou Resultado afetam os processos finalísticos da organização, portanto visam implementar melhorias em processos para os quais a unidade entrega resultados para a sociedade.
Exemplo:  Identificou-se, ao longo dos trabalhos, a oportunidade de melhorias em relação à avaliação de investimentos do banco X em empresas ligadas. Em razão desse apontamento, o banco X instituiu modelo de avaliação estratégica das participações em entidades ligadas. A instituição do modelo melhorou os controles internos da organização, por meio da formalização de requisitos de avaliação de suas participações em empresas do conglomerado.
Benefícios não financeiros relacionados à dimensão Pessoas, Infraestrutura e/ou Processos Internos afetam os processos de apoio e/ou gerenciais da organização, portanto visam implementar melhorias em processos meio da unidade que dão suporte aos processos finalísticos.
Exemplo: Constataram-se fragilidades nos controles internos administrativos relativos à atividade de compras e licitações. Desta feita, foram implementadas pelo órgão X medidas com vistas à padronização dos editais.
c.2.2. Repercussão
A classificação em relação à Repercussão tem como referência principal o âmbito organizacional impactado pela melhoria processual. Há três repercussões possíveis: Transversal, Estratégica e Tático-Operacional.
Benefícios de Repercussão Transversal são trazidos pelas providências que, de alguma forma, ultrapassam o âmbito da própria Unidade Auditada, ou seja, os impactos delas atingem outras Unidades de Administração Pública;
Exemplo: Após recomendação ao órgão X, foi instituída ficha de indicadores e metas do Plano Plurianual (PPA) 2016/2019 com informações completas e públicas sobre os instrumentos, tais como: definição dos conceitos implícitos; objetivo do instrumento; memória do cálculo detalhada de cada apuração ocorrida, entre outras. Essa melhoria afeta não só a unidade gestora do PPA, mas todas as unidades da Administração Pública, que estão vinculadas ao PPA.
Benefícios de Repercussão Estratégica são aqueles cujas providências adotadas pelo gestor são tratadas pela Alta Administração da Unidade.
A alta administração representa o mais alto nível estratégico de um órgão ou entidade. Todavia, para os efeitos de classificação da repercussão dos benefícios, deve ser considerado como alta administração todo e qualquer responsável pela tomada de decisões estratégicas, independentemente da natureza da Unidade e das nomenclaturas utilizadas. São, portanto, as instâncias responsáveis pela governança, pelo gerenciamento de riscos e pelos controles internos da gestão.
Exemplo: Solicitou-se que a UG produzisse análise referente aos indicadores dos Programas Temáticos que estão na sua carga. Para atender a demanda, foram revistos os indicadores, os quais passaram pela deliberação alta administração da unidade.
Benefícios Não Financeiros de Repercussão são aqueles decorrentes das providências adotadas pelo gestor e dizem respeito às atividades internas ou operacionais da unidade examinada, sem decorrer de tomada de decisão da Alta Administração da unidade auditada.
Exemplo: Constataram-se fragilidades relativas à supervisão dos convênios firmados pela Unidade X. A principal causa do achado foi a ausência de normativo estipulando como essa supervisão deveria ocorrer.  A proposição de tal normativo é de competência do Secretário Y, que não compõe a alta administração da unidade X. Em atendimento à recomendação foi publicada Portaria que disciplina a forma como se dará o acompanhamento, monitoramento e avaliação da execução de ações complementares na atenção à saúde dos povos indígenas, por meio de convênios.
Sobre o Processo de Contabilização
Neste módulo, estudaremos os requisitos necessários e as regras para padronização do processo de contabilização.
a.   Requisitos necessários para a contabilização de Benefícios
Para contabilização de benefícios você deve respeitar três requisitos: impacto positivo na gestão pública, nexo causal e benefício financeiro líquido. Enquanto os dois primeiros são requisitos para os benefícios financeiro e não financeiro, o terceiro requisito aplica-se apenas aos benefícios financeiros, conforme será justificado a seguir.
Verifica-se “impacto positivo na gestão pública” quando for vislumbrada melhoria na implementação das políticas públicas e/ou macroprocessos, em um ou mais dos aspectos de eficácia, eficiência, legalidade e efetividade.
O Nexo Causal, por sua vez, está presente quando os benefícios decorrem de orientações e/ou recomendações da atividade de auditoria interna governamental. Nesse sentido, deve haver relação de causa e efeito entre a atuação direta da Unidade de Auditoria Interna de Gestão – UAIG e a medida adotada pelo gestor que gerou impacto positivo para a gestão, inclusive nas situações onde a ação da UAIG foi realizada em parceria com outros órgãos. Como exemplo de ações realizadas em parceria, podemos citar auditorias compartilhados entre UAIGs, cooperações com outros órgãos de defesa do Estado, produtos gerados por grupos de trabalho interministeriais, dentre outros.
No caso do requisito Benefício Financeiro Líquido, visando respeitar aos princípios de conservadorismo e economicidade, a intenção é apurar o verdadeiro custo-benefício da melhoria decorrente da atuação da unidade de auditoria. Para isso, após calcular o valor do benefício financeiro, você deve subtrair os custos de adoção da medida de aprimoramento por parte do gestor, quando esses forem claros e mensuráveis. Vale registrar, entretanto, que os custos a serem deduzidos são os administrativos. Portanto, não serão deduzidos os custos que incidem sobre o orçamento da UAIG associados ao trabalho de auditoria e ao monitoramento da recomendação. Desta feita, como exemplo de custo dedutível, podemos citar: contratação de consultorias por parte do gestor para implementar a melhoria, gastos com construção para atender à recomendação, entre outros.
Exemplo: Uma auditoria identificou uma avaria no sistema de termometria de uma Unidade Armazenadora (UA). Esse problema impedia a UA de operar a plena capacidade e implicava uma renúncia de receita da ordem de R$ 10 milhões/ano. Recomendou-se a contratação de empresa especializada para fornecimento dos materiais e execuçãodos serviços inerentes à reforma e modernização do sistema informatizado de termometria da UA. Para atender à recomendação, o gestor contratou consultoria para estudo sobre a reforma do sistema de termometria, mediante um valor de R$ 300.000,00. No fim, o benefício financeiro bruto que era de R$ 1.000.000,00 foi contabilizado como R$ 700.000,00 após redução do custo administrativo com o contrato de consultoria (300 mil reais).
b.   Regras para contabilizar Benefícios
Visando atender às boas práticas internacionais de quantificação de resultados, foram estabelecidas regras gerais para contabilização de benefícios. Tais regras são: 1)evidenciação; 2)validação dos benefícios; 3)critério temporal e 4)processo de contabilização.
1. Evidenciação
Segundo a regra da Evidenciação, a Unidade de Auditoria Interna Governamental deve trazer papéis de trabalho que comprovem o nexo causal entre sua atuação e o impacto positivo na gestão, requisitos necessários para contabilização. Como padrão de quantificação de resultados, as seguintes evidências são anexadas:
a)      orientação e/ou recomendação enviada ao gestor (princípio do nexo causal);
b)      manifestação, por parte do gestor, de adoção da medida decorrente da recomendação, que represente impacto positivo na gestão (finalização do nexo causal e comprovação de impacto positivo);
c)      evidência da efetiva adoção de medida (comprovação de impacto positivo);
d)      memória de cálculo do benefício, quando for financeiro.
2. Validação dos Benefícios
A regra da validação dos benefícios diz respeito à estrutura administrativa necessária e suficiente para validar a contabilização dos benefícios e atender ao princípio de segregação de funções. Não há uma regra que determine exatamente quantas instâncias de aprovação serão necessárias. O que importa é ter sempre em mente a relação entre o custo do controle e outros elementos, tais como a chance de equívocos no processo de contabilização, o valor do benefício, entre outros. Como cada UAIG possui sua própria realidade organizacional, é a própria unidade que deve avaliar quantas instâncias de aprovação serão adequadas para o seu caso.
Para exemplificar, citemos um estudo realizado no âmbito da CGU. Notou-se que 75% dos registros contabilizados correspondiam a apenas 1,6% do valor total de benefícios financeiros contabilizados. Nesse caso, optou-se por aceitar o risco de erro na contabilização desses benefícios de menor valor financeiro, uma vez que o montante sob risco é bem menor do que seria o custo da estrutura administrativa necessária para supervisionar a contabilização. Desse modo, o ideal foi manter apenas um pequeno número de instâncias de supervisão da contabilização.
Ao confrontar o custo do controle com outros elementos (como por exemplo, a chance de equívocos no processo de contabilização ou o valor do benefício),  além de ponderar o número de instância de supervisão, abre-se a possibilidade de estabelecermos um valor mínimo para que os benefícios sejam contabilizados. Para estabelecer esse valor, a UAIG pode considerar critérios como o custo de montar as instâncias de supervisão (remuneração de seus servidores) e os valores com os quais a unidade lida em sua realidade.
A relação entre o custo e o benefício da contabilização justifica não só o número de instâncias mobilizadas para a contabilização, como também define a referência de valores mínimos de contabilização financeira, de maneira que o valor do benefício deve superar os custos de contabilização.
A unidade pode ainda, usar como referência, valores numéricos adotados pela Administração Pública para outros procedimentos. No caso da CGU, por exemplo, o valor mínimo para contabilização é de R$ 100.000,00 (cem mil reais), que é o valor mínimo estabelecido pelo Tribunal de Contas da União – TCU para se instaurar Processo de Tomadas de Contas Especial – TCE.
3. Critérios Temporais
No que se refere a benefícios, há dois critérios temporais: um que estabelece prazo para o próprio processo de contabilização (ou seja, até quando um benefício pode ser contabilizado) e outro critério que se aplica apenas aos benefícios de efeito continuado, conforme veremos.
O primeiro critério estabelece que os benefícios podem ser contabilizados em até dois anos após a adoção da providência pelo gestor.
Veja abaixo o esquema de marcos temporais.
Infográfico 1: marco temporal para contabilização de benefícios em geral
·  Ano de conclusão da auditoria. A data de conclusão da auditoria não tem nenhuma relevância para o processo de contabilização dos benefícios.
· Ano de adoção das providências pelo gestor. Esse é o ano que importa para o processo de contabilização dos benefícios. A partir dele começa a se contar o prazo de dois anos em que é possível contabilizar os benefícios.
Exemplo: Em auditoria realizada em 1995, em contrato de engenharia, constatou-se pagamento superfaturado em determinado mês. O auditor recomendou a devolução do valor indevido. Em 2000, o gestor encaminhou providência de devolução, o que faz desse ano o ano de adoção de providência pelo gestor, marco inicial de contagem do prazo para contabilização do benefício. Nesse caso, será possível contabilizar o benefício até o ano 2002. Note que o ano de conclusão da auditoria em nada afeta o prazo de contabilização.
Além desse critério que define o prazo para o próprio processo de contabilização, há um segundo critério temporal, que se aplica apenas aos benefícios de efeito continuado. Para entender melhor, veja antes o conceito de benefícios de efeito continuado.
Benefícios de efeito continuado são aqueles relacionados a gastos que possuem previsão de permanência indefinida ao longo do tempo, por exemplo: pagamentos de gratificação, benefícios previdenciários e assistenciais, entre outros. Quando a providência do gestor faz cessar um gasto indevido que, em tese, perduraria no tempo, a contabilização do benefício relacionado a esse gasto deve considerar a economia futura projetada. Portanto, no caso dos benefícios de efeito continuado, no momento da contabilização, você terá de lançar valores relativos aos benefícios decorrentes da economia com a cessação dos gastos que ocorreriam no futuro, uma vez que esse gasto tinha expectativa de permanência no tempo.
Segundo a norma, em regra, ao contabilizar benefícios de efeito continuado, você deve assumir que os gastos relativos a eles iriam se estender por 60 meses, contados do exercício em que a providência foi adotada pelo gestor. Assim, na contabilização, você deve realizar uma projeção de valores ao longo de um período de 60 meses e incluir esses valores como benefícios.
Vale reforçar, então, que temos dois critérios temporais: o primeiro se aplica a todos os benefícios, inclusive os de efeito continuado, e determina o prazo de até dois anos em que a unidade pode contabilizá-los, prazo esse contado da adoção de providências pelo gestor. O segundo critério temporal aplica-se somente aos benefícios de efeito continuado e determina a extensão temporal da projeção de gastos indevidos evitados. Em regra, essa projeção deve se estender por 60 meses, também contados da adoção de providências pelo gestor.
Vejao exemplo:
Infográfico 2: marco temporal para contabilização de benefícios de efeito continuado
Em auditoria realizada em 1995, constataram-se pagamentos indevidos de adicional por tempo de serviço no valor de R$ 100.000,00 por mês. O auditor recomendou a suspensão do pagamento indevido. Em 2000, o gestor encaminhou providência de suspensão do valor indevido (logo, 2000 é o ano de adoção de providência pelo gestor, marco inicial de contagem do prazo para contabilização). Nesse caso, será possível contabilizar o benefício até o ano 2002, em decorrência do primeiro critério temporal. Note que o ano de conclusão da auditoria em nada afeta a contabilização do benefício.
Entretanto, o adicional por tempo de serviço é um gasto que possui previsão de permanência indefinida ao longo do tempo. Portanto, temos aí um benefício de efeito continuado. Nesse caso, temosque aplicar também o segundo critério temporal, a fim de incluir, na contabilização, uma projeção referente aos gastos que, em tese, continuariam ocorrendo. Como vimos, o segundo critério estabelece que os benefícios de efeito futuro devem ser contabilizados considerando-se uma projeção de 60 meses, contados do ano de adoção de providência pelo gestor.
Portanto, em regra, os benefícios de efeito continuado devem ser contabilizados considerando-se, também, valores projetados para os próximos 60 meses. Há, entretanto, três exceções: 
Exceção 1:  O prazo de projeção será aquele previsto para quando o pagamento se encerrar. Se já for sabido que o pagamento continuado iria se encerrar antes do prazo de 60 meses, a projeção dos valores futuros corresponderá ao prazo de duração do pagamento.
Exemplo: Em auditoria realizada em 1995 foi constatado pagamento pela locação de imóvel no valor mensal de R$ 2.000.000,00 acima do valor de mercado. O auditor recomendou o cancelamento da locação e contratação de novo local. Em 2000, o gestor encaminhou providência de assinatura de novo contrato pelo prazo de 24 meses (logo, 2000 é o que faz desse o ano de adoção de providência pelo gestor, marco inicial de contagem do prazo para contabilização). Nesse caso, será possível contabilizar o benefício até o ano 2002, em decorrência do primeiro critério temporal. Note que o ano de conclusão da auditoria em nada afeta a contabilização do benefício. Quanto à projeção de valor, seguindo a exceção acima, o benefício poderá ser contabilizado por até 24 meses contados do exercício em que a providência foi adotada pelo gestor, portanto, o valor, no caso do exemplo, seria de R$ 48.000.000,00 (24 meses x R$ 2.000.000,00 cancelados por mês).
Exceção 2: O prazo de projeção será aquele indicado por estudo ou decorrente de justificativas que respaldem a adoção de prazo menor.
Exemplo: Em auditoria realizada em 1995, constataram-se pagamentos indevidos de benefícios do bolsa família no valor de R$ 200.000,00 por mês. O auditor recomendou a suspensão do pagamento indevido. Em 2000, o gestor encaminhou providência de suspensão do valor indevido (logo, 2000 é o ano de adoção de providência pelo gestor, marco inicial de contagem do prazo para contabilização). Nesse caso, será possível contabilizar o benefício até o ano 2002, em decorrência do primeiro critério temporal. Note que o ano de conclusão da auditoria em nada afeta a contabilização do benefício. Quanto à projeção de valor, seguindo a exceção acima, apesar de o benefício ser de efeito continuado, há justificativa que respalda a adoção de prazo menor para projeção de valor: O cadastro do bolsa família é atualizado anualmente, portanto os pagamentos indevidos poderiam ser evitados automaticamente no recadastramento. Desta feita, visando atender o princípio conservador da metodologia de contabilização de benefícios, o benefício acima poderá ser contabilizado por até 12 meses contados do exercício em que a providência foi adotada pelo gestor (até o ano de 2001). Portanto, o valor a ser contabilizado, no caso do exemplo, seria de R$ 2.400.000,00 (12 meses x R$ 200.000,00 suspensos por mês).
Exceção 3: Recomenda-se contabilizar ano a ano os benefícios decorrentes de situações em que haja dúvida sobre a continuidade dos efeitos positivos.
Exemplo: Em auditoria realizada em 1995, constataram-se pagamentos indevidos de auxílio proteção a comunidades indígenas no valor de R$ 300.000,00 por mês. O auditor recomendou a suspensão do pagamento indevido. Em 2000, o gestor encaminhou providência de suspensão do valor indevido (logo, 2000 é o ano de adoção de providência pelo gestor, marco inicial de contagem do prazo para contabilização). Nesse caso, será possível contabilizar o benefício até o ano 2002, em decorrência do primeiro critério temporal. Note que o ano de conclusão da auditoria em nada afeta a contabilização do benefício. Quanto à projeção de valor, seguindo a exceção acima, podemos supor que o auxílio proteção a comunidades indígenas foi criado recentemente, portanto, não há certeza quanto à continuidade dos seus efeitos positivos. Desse modo, sugere-se a contabilização do valor do benefício ano a ano. Portanto, o valor a ser contabilizado, no caso do exemplo, seria de R$ 3.600.000,00 (12 meses x R$ 300.000,00 suspenso por mês) para o primeiro exercício de contabilização, sendo possível contabilizar este mesmo valor no exercício seguinte, respeitando o primeiro critério temporal de dois anos após a adoção da providência pelo gestor. Portanto, no exemplo acima, se a contabilização anual começou em 2000 (ano de adoção de providência pelo gestor), poderá haver contabilização do valor de R$ 3.600.000,00 em 2001 e 2002, desde que comprovada a continuidade dos efeitos positivos.
4. Processo de contabilização
Em relação ao processo de contabilização, para garantir rastreabilidade de evidências e de dados relacionados à contabilização de benefícios no âmbito do Sistema de Controle Interno, a CGU disponibilizará um sistema para contabilização dos benefícios da atividade de auditoria interna governamental, que poderá ser utilizado pelas UAIGs ou integrados a eventuais sistemas já existentes. Entretanto, enquanto não houver sistema estruturado para guarda dos registros, a consolidação ocorrerá anualmente por meio de comunicação encaminhada às UAIGs contendo cronograma, instrumento de coleta dos registros de contabilização e informações complementares a serem estabelecidas pela Secretaria Federal de Controle Interno.
Ressalta-se que, enquanto não houver sistema para a guarda dessas evidências, cabe a cada UAIG estabelecer procedimento de formalização dos papéis de trabalho, com vistas a futuras avaliações quanto à correta contabilização dos benefícios.
Contabilização de Benefícios
1. Painel
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3. Contabilização de Benefícios
4. Módulo de Encerramento
5. Avaliação de Aprendizagem
	Iniciado em
	quinta, 28 jan 2021, 12:42
	Estado
	Finalizada
	Concluída em
	sexta, 29 jan 2021, 14:17
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Questão 1
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Há necessidade de contabilização de benefícios para que exista um ranking de comparação entre as unidades de auditoria de modo que a Controladoria-Geral da União (CGU) possa verificar a qualidade de atuação.
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No tópico a) do Módulo I estudamos que, em um contexto de restrição fiscal e questionamento sobre o tamanho do Estado pelo qual o Brasil passa, a Administração Pública como um todo, representada nesse curso pelas auditorias internas, tem que demonstrar entregas para a sociedade justificando porque existem.
Portanto, a Contabilização de Benefícios visa prestar contas sobre a atuação da Auditoria Interna Governamental do Poder Executivo Federal para a sociedade, bem como gerar motivação para que os auditores realizem seu trabalho de forma mais eficiente (rápida), eficaz (entregando produtos) e, principalmente, efetiva (alterando a realidade social). Isso ocorre quando o auditor nota que uma recomendação realizada em seu trabalho de auditoria alterou de forma estruturante um processo da gestão de modo que foram evitados desperdícios de recursos públicos, ou seja, o auditor percebe que há razão para a sua existência para a administração pública.
Por fim, a intenção de Sistematização de Quantificação e Registro dos Resultados e Benefícios da Atividade de Auditoria Interna Governamental do Poder Executivo Federal não tem finalidade de comparação entre unidades de auditoria e muito menos verificação de qualidade pela CGU.
Questão 2
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A Metodologia de Quantificação e Registro dos Resultados e Benefícios da Atividade de Auditoria Interna Governamental do Poder Executivo Federal teve origem:
I – nas deliberações da Comissão de Coordenação de Controle Interno (CCCI);
II - no Referencial Técnico da Atividade de Auditoria InternaGovernamental do Poder Executivo Federal; e
III - no Manual de Orientações Técnicas da Atividade de Auditoria Governamental do Poder Executivo Federal (MOT).
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Muito bem. Conforme exposto no tópico b) do Módulo I do curso, as origens da Metodologia de Quantificação e Registro dos Resultados e Benefícios da Atividade de Auditoria Interna Governamental do Poder Executivo Federal foram:
I - as deliberação da Comissão de Coordenação de Controle Interno (01/2014 e 07/2018);
II - Instrução Normativa nº 3, de 09 de junho de 2017 (art. 181) , que aprovou o Referencial Técnico da Atividade de Auditoria Interna Governamental do Poder Executivo Federal; e
III - Manual de Orientações Técnicas da Atividade de Auditoria Governamental do Poder Executivo Federal (item 7.5), aprovado pela IN SFC nº 08, de 06 de dezembro de 2017, o qual destina-se a orientar tecnicamente os órgãos e unidades que integram o Sistema de Controle Interno do Poder Executivo Federal (SCI) e as auditorias internas singulares dos órgãos e entidades do Poder Executivo Federal (Audin) sobre os meios de operacionalizar os conteúdos constantes do Referencial Técnico supracitado.
Questão 3
Correto
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Para a Instrução Normativa nº 4 de 11 de junho de 2018, o Benefício é o impacto positivo na gestão pública a partir da implementação de orientações e/ou recomendações da auditoria interna. Para a metodologia de contabilização só podem ser contabilizados os benefícios efetivos, ou seja, aqueles decorrente do atendimento comprovado à orientação e/ou recomendação das UAIG, com real impacto na gestão pública.
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Muito bem. Conforme exposto no tópico a) do Módulo II do curso, considera-se Benefício como impacto positivo na gestão pública a partir da implementação de orientações e/ou recomendações da auditoria interna. O benefício é o resultado do trabalho conjunto da Unidade de Auditoria Interna de Gestão – UAIG e da gestão.
Para a metodologia de contabilização só podem ser contabilizados os benefícios efetivos, ou seja, aqueles decorrente do atendimento comprovado à orientação e/ou recomendação das UAIG, com real impacto na gestão pública. Desta feita os benefícios potenciais (cumprimento ainda não verificado) não devem ser considerados.
Questão 4
Correto
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Para Metodologia de Quantificação e Registro dos Resultados e Benefícios da Atividade de Auditoria Interna Governamental do Poder Executivo Federal existem dois tipos de benefícios: a) potenciais; e b) efetivos.
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Muito bem. Conforme exposto no tópico b) do Módulo II do curso, os tipos de benefícios são: Financeiro e Não Financeiro.
Sendo que os Benefícios Financeiros são aqueles que podem ser representados monetariamente, e os Benefícios Não Financeiros são aqueles que impactam a gestão pública de forma positiva e estruturante, mas que são representados em outras unidades de mensuração que não sejam a monetária.
Questão 5
Correto
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As Classes de Benefícios Financeiros são divididas em: oriundas de gastos indevidos evitados e oriundas de valores recuperados.
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Muito bem. Conforme exposto no tópico c.1) do Módulo II do curso, no caso dos Benefícios Financeiros, as classes são divididas em: oriundas de gastos indevidos evitados e oriundas de valores recuperados.
Os gastos indevidos evitados são valores pagos periodicamente que são considerados indevidos devendo ser registrados quando houver a suspensão do pagamento ou a adequação do valor. Já no caso da classe valores recuperados os benefícios advêm de valores obtidos após a efetiva devolução do recurso aos cofres públicos ou ainda quando for realizado o desconto na parcela posterior de pagamento pela Administração subtraídos os valores pagos indevidamente.
Questão 6
Correto
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No caso dos tipos de Benefícios Não Financeiros, as classes são divididas em dois níveis: Dimensão Afetada e Repercussão.
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Muito bem. Conforme exposto no tópico c.2) do Módulo II do curso, no caso dos tipos de Benefícios Não Financeiros, as classes são divididas em dois níveis: Dimensão Afetada e Repercussão.
A classificação em relação à Dimensão Afetada tem como referência principal para divisão o Planejamento Estratégico da unidade. Portanto, pode se subdividir em dois tipos: os que afetam Missão, Visão e/ou Resultado e os que afetam Pessoas, Infraestrutura e/ou Processos Internos.
Em relação à Repercussão a classificação tem como referência principal para divisão o âmbito organizacional impactado pela melhoria processual. Portanto, pode se subdividir em três tipos: Transversal; Estratégico e Tático/Operacional.
Questão 7
Incorreto
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Existem três requisitos necessários para contabilização de benefícios financeiros e não financeiros, quais sejam: impacto positivo na gestão pública, nexo causal e benefício financeiro líquido.
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Conforme exposto no tópico a) do Módulo III do curso, para contabilização de benefícios você deve respeitar três requisitos: impacto positivo na gestão pública, nexo causal e benefício financeiro líquido. Porém, apenas os dois primeiros são requisitos para os dois primeiros tipos de benefícios (financeiro e não financeiro), o terceiro requisito aplica-se apenas aos benefícios financeiros, considerando estar relacionado a valor monetário.
Questão 8
Correto
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Texto da questão
No caso do requisito Benefício Financeiro Líquido, para calcular o valor do Benefício Financeiro devem ser subtraídos os custos de adoção da medida de aprimoramento por parte do gestor, os quais devem ser administrativos, não sendo considerados os custos que incidem sobre o orçamento da UAIG associados ao trabalho de auditoria e ao monitoramento da recomendação.
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Muito bem. Conforme exposto no tópico a) do Módulo III do curso, no caso do requisito Benefício Financeiro Líquido, visando respeitar aos princípios de conservadorismo e economicidade, a proposta é apurar o verdadeiro custo-benefício da melhoria decorrente da atuação da unidade de auditoria. Para isso, após calcular o valor do benefício financeiro, devem ser subtraídos os custos de adoção da medida de aprimoramento por parte do gestor, quando esses forem claros e mensuráveis. Vale registrar, entretanto, que os custos para tal requisito são administrativos, não serão considerados os custos que incidem sobre o orçamento da UAIG associados ao trabalho de auditoria e ao monitoramento da recomendação. Desta feita, como exemplo de custo dedutível, podemos citar: contratação de consultorias por parte do gestor para implementar a melhoria, gastos com construção para atender à recomendação, entre outros
Questão 9
Correto
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De acordo com a regra “Validação dos benefícios”, para contabilização de benefícios a UAIG deve possuir no mínimo quatro instâncias de aprovação.
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Muito bem. Conforme exposto no item 2 do tópico b) do Módulo III do curso, a Validação dos Benefícios visa atender ao princípio de segregação de funções, buscando garantir controle de qualidade pela mitigação de erros. Como cada UAIG possui sua própria realidade organizacional, por isso, ela deve avaliar internamente a estrutura de governança necessária e suficiente para atender ao princípio citado.
Portanto, não há definição de um número mínimo de instâncias de aprovação para contabilização do benefício.
Questão 10
Correto
Atingiu 10,00 de 10,00
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Texto da questão
Pela Sistemática de Quantificação e Registro dos Resultados e Benefícios daAtividade de Auditoria Interna Governamental do Poder Executivo Federal (IN nº 4, 11/6/2018), há dois critérios temporais para o processo de contabilização: um relacionado ao passado (resultantes de providências adotadas pelo gestor no exercício atual ou dentro dos 2 exercícios anteriores) e outro relacionado ao futuro (efeito continuado).
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Muito bem. Conforme exposto no item 3 do tópico b) do Módulo III do curso, há dois critérios temporais para o processo de contabilização: um relacionado ao passado e outro relacionado ao futuro.
O critério temporal relacionado ao passado refere-se ao prazo de até 2 anos contados da adoção da medida pelo gestor para que seja possível contabilizar os benefícios.
O critério temporal relacionado ao futuro estabelece que, nos casos em que o benefício financeiro tenha efeito continuado nos exercícios posteriores, pode-se fazer a contabilização do benefício até o limite de 60 meses, contados do exercício em que a providência foi adotada pelo gestor. Caso haja expectativa de cessação do pagamento continuado em um período inferior (término contratual, por exemplo), esta previsão deve ser utilizada para limitação do benefício. Caso não haja garantia de que o gasto continuaria sendo executado no futuro, ou seja, o gasto não seja de efeito continuado indefinidamente,
a UAIG pode apresentar estudo ou justificativa que respalde a projeção para o futuro. Entretanto, caso não haja esse respaldo, deve-se considerar a projeção máxima de um ano.
Nas situações em que haja dúvida sobre a continuidade dos efeitos positivos, orienta-se que as apropriações dos benefícios sejam realizadas ano a ano após a verificação de sua permanência.
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