Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ ESPECIALIZAÇÃO EM CONTROLADORIA ANÁLISE ESTRATÉGICA DE CUSTOS Prof. Prof. Dr. Maxweel Veras Rodrigues 2011 Análise Estratégica de Custos Prof. Dr. Maxweel V. Rodrigues SUMÁRIO Pág Introdução 01 Custo de Material Direto 10 Tributos 12 Métodos de Custeamento por Absorção e Variável – Margem de Contribuição 28 Sistemas de Custos 40 Ponto de Equilíbrio - Análise Custo / Volume/ Lucro 45 Sistemas de Acumulação de Custos 57 Método dos Centros de Custos 69 Método de Custeamento Baseado em Atividades - ABC 77 Gestão Econômica – GECON 90 Custos Logísticos 101 Custeio Padrão 120 Custeio Meta – Custeio Kaizen 125 Formação do Preço de Venda 143 Teoria das Restrições - TOC 199 Custos da Qualidade - Custos Ambientais – Gestão de Estoques - JIT 217 Custeio Meta – Custeio Ciclo de Vida 274 Unidade de Esforço de Produção - UEP 293 Valor Econômico Adicionado - EVA 310 Balanced Scorecard - BSC 328 Exercícios 394 Gestão Estratégica de Custos Prof. Dr. Maxweel Veras Rodrigues. Prof. Dr. Maxweel Veras Rodrigues - maxweelveras@gmail.com Formação Acadêmica: Doutor em Engenharia de Produção – UFSC. MSc.em Administração – Área: Finanças Empresariais – UFPb. Experiência Acadêmica: • Professor Adjunto IV do Dep. de Eng. Mecânica e de Produção da UFC. •Coordenador (2009 - atual) e Prof. do Mestrado em Logística e Pesquisa Operacional – GESLOG- UFC Experiência Profissional: • Gestor em empresas da cadeia têxtil e de confecções. • Consultor de empresas públicas e privadas: Custos, Finanças e Avaliação de Desempenho Estratégico. • Cargos de Direção em Instituição Pública. •Coordenador (2008-2009) e Prof. do Mestrado em Políticas Públicas e Gestão da Educação Sup.-UFC. •Coordenador (2006-2008) do Curso de Graduação em Engenharia de Produção – UFC. ANALISE GERENCIAL DE CUSTOS ‐APLICAÇAO EM EMPRESAS MODERNAS Autor: ANTONIO CEZAR BORNIA Editora: BOOKMAN COMPANHIA ED ABC ‐CUSTEIO BASEADO EM ATIVIDADES Autor: MASAYUKI NAKAGAWA Editora: ATLAS Bibliografia GESTAO DE CUSTOS LOGISTICOS Autoras: ANA CRISTINA DE FARIA / MÁRIA DE FÁTIMA GAMEIRO DA COSTA Editora: ATLAS CUSTEIO BASEADO EM ATIVIDADE E TEMPO Autores: ROBERT S. KAPLAN / STEVEN R. ANDERSON Editora: ATLAS Análise Estratégica de Custos Prof. Dr. Maxweel V. Rodrigues 1 Um pequeno empreiteiro deseja aumentar suas vendas oferecendo serviços de pintura para muros e paredes. Para isto, pretende contratar diaristas por R$ 10,00 / hora, o que implica em um custo de R$ 80,00 por dia. C d f i á i t id d d i t 1 2 h INTRODUÇÃO Cada novo funcionário tem capacidade de pintar 1 m2 por hora. Ao final do primeiro dia, o empresário observou que o candidato em teste havia pintado apenas 5 m2 durante as 6 horas em que ficou trabalhando (houve uma parada de 2 horas por falta de material). Como ele pode analisar esta produção? a. Análise Convencional “custo” = 80,00 = R$ 16,00 / unidade 5 b. Análise Necessária INTRODUÇÃO custo = 1 h x 10,00/hora = 10,00/unidade custos = 50,00 (para 5 m2) ineficiência = 10,00 ociosidade = 20,00 80,00 CUSTO Ineficiência Ociosidade PERDAS INTRODUÇÃO CUSTO = GASTOS - PERDAS 80 50 10 20 Análise Estratégica de Custos Prof. Dr. Maxweel V. Rodrigues 2 Você saber a diferença entre autópsia e biópsia? INTRODUÇÃO X Qual você deseja para sua empresa? • As empresas devem constantemente reduzir seus desperdícios, a fim de permanecerem competitivas no mercado moderno, onde a concorrência é cada vez mais acirrada. • Para se reduzir os desperdícios primeiramente é necessário INTRODUÇÃO • Para se reduzir os desperdícios, primeiramente é necessário conhecê-los. • A mensuração dos desperdícios indica quanto pode potencialmente ser reduzido e onde agir corretivamente. • Os desperdícios devem ser decompostos, a fim de auxiliar os gestores nas decisões sobre ações corretivas. O remédio certo para um problema só pode ser prescrito após um diagnóstico preciso. INTRODUÇÃO LEMBRE‐SE: o melhor remédio continua sendo a prevenção... Análise Estratégica de Custos Prof. Dr. Maxweel V. Rodrigues 3 A gestão estratégica de custos vem se tornando cada vez mais importante para sobrevivência das empresa. L P C C = P ‐ L IMPORTÂNCIA P = C + L L = P ‐C Preço = Custo + Lucro (cálculo dos custos)Antes: IMPORTÂNCIA Lucro = Preço ‐Custo (controle dos custos)Depois: Custo = Preço ‐ Lucro (gestão dos custos)Hoje: CONTABILIDADE FISCAL É a ciência que estuda e controla o registro dos atos e fatos de uma administração econômica com base nas exigências do fisco VISÃO GERENCIAL exigências do fisco. CONTABILIDADE GERENCIAL Registro à parte, de dados contábeis, em geral fora do modelo fiscal vigente, que possibilita a tomada de decisões por parte da empresa. Análise Estratégica de Custos Prof. Dr. Maxweel V. Rodrigues 4 Sistema de Custos é a organização sistematizada de informações relativas aos custos de uma empresa, compreendendo uma VISÃO GERENCIAL custos de uma empresa, compreendendo uma fase de apuração (levantamento dos custos), uma de análise (tabulação, aferição e comparação dos custos) e outra de divulgação (informação sobre os custos). Se organizado de forma correta, este sistema constitui- se num poderoso sistema de informações gerenciais, b idi d d t d d d i õ d VISÃO GERENCIAL subsidiando o processo de tomada de decisões e o de planejamento e controle das atividades empresariais. Se organizado de maneira incorreta, pode induzir os gestores a situações desastrosas. Apoio ao controle: Comparação do custo ocorrido com padrões e orçamentos. Mensuração das perdas e desperdícios do sistema produtivo. SISTEMA DE CUSTEIO Apoio à tomada de decisões: Lucratividade e rentabilidade de produtos. Ponto de equilíbrio. Fabricar ou comprar. Planejamento. Ações de melhoria. Análise Estratégica de Custos Prof. Dr. Maxweel V. Rodrigues 5 Custos Variáveis Custos Fixos Custos Diretos Custos Indiretos SISTEMA DE CUSTEIO Métodos de Custeio Absorção Total Absorção Ideal Custeio Variável ou Direto Sistemas de Custeamento Custeio‐Padrão Centros de Custos ABC GESTÃO DE CUSTOS INTRODUÇÃO: DESENVOLVIMENTO DO CONTROLE DE CUSTOS. 1ª PREOCUPAÇÃO MENSURAÇÃO MONETÁRIA DOS ESTOQUES E DO RESULTADO. PREOCUPAÇÃO IDEAL : ÃINSTRUMENTO DE ADMINISTRAÇÃO ARMA DE CONTROLE E DECISÃO GERENCIAIS. CRESCIMENTO DAS EMPRESAS: CUSTOS AUXÍLIO NA MISSÃO GERENCIAL. FUNÇÕES RELEVANTES DA GESTÃO DE CUSTOS: •CONTROLE: FORNECER DADOS PARA ESTABELECIMENTO DE PADRÕES / ORÇAMENTOS. COMPARAÇÃO PREVISTO X REAL. •DECISÃO: ALIMENTAÇÃO DE INFORMAÇÕES. DECISÕES DE CURTO E LONGO PRAZO: •FIXAÇÃO DE PV •OPÇÃO DE COMPRA / FABRICAÇÃO •EMPRESA PRESTADORA DE SERVIÇOS CUSTEIO ABC Análise Estratégica de Custos Prof. Dr. Maxweel V. Rodrigues 6 EVOLUÇÃO HISTÓRICA: •REVOLUÇÃO INDUSTRIAL : 1760 A 1840. •TRANFORMAÇÃO MÉTODOS DE PRODUÇÃO: SIST. DE ECON. DOMÉSTICA ECON. FABRIL • CONCORRÊNCIA NECESSIDADE DE MAIOR CONHECIMENTO DOS ELEMENTOS DE PRODUÇÃO. •INDUSTRIAL LUCRO/PREJUÍZO E CUSTO DO PRODUTO •ERAM COMPUTADOS APENAS OS CUSTOS DIRETOS •DEPOIS EMPREGO DE TAXAS PRÉ-DETERMINADAS PARA APROPRIAÇÃO DOS CUSTOS INDIRETOS. •GESTÃO DE CUSTOS APOIAR A ADM. NAS FUNÇÕES DE PLANEJAMENTO – ORGANIZAÇÃO – CONTROLE •PESQUISA OPERACIONAL E ESTATÍSTICA C. CUSTOS. CONCEITO DE GESTÃO DE CUSTOS • ATIVIDADE • COLETAINFORMAÇÕES NECESSIDADES DE FORNECIMENTO TOMADA DE DECISÃO • NÍVEIS : ESTRATÉGICO , TÁTICO E OPERACIONAL. OBJETIVO DA GESTÃO DE CUSTOS • INSTRUMENTO POSSIBILITA GERENCIAMENTO DE ATIVIDADES ADMINISTRATIVAS PRODUTIVAS COMERCIAIS FINANCEIRAS CONHECIMENTO DOS CP•CONHECIMENTO DOS CP : AVALIAÇÃO DE ESTOQUES APURAÇÃO DE RESULTADO Análise Estratégica de Custos Prof. Dr. Maxweel V. Rodrigues 7 NECESSIDADE DA GESTÃO DE CUSTOS • FIXAÇÃO DO PREÇO DE VENDA • BUSCA DO EQUILÍBRIO ECONÔMICO-FINANCEIRO PONTO DE EQUILÍBRIO ENTRE RT E CT EFICIÊNCIA • CUSTO DE CADA: PRODUTOPRODUTO COMPONENTE DO PRODUTO DEPARTAMENTO PROCESSO SERVIÇO • DETECTAR E REDUZIR DEPERDÍCIOS DE : MATERIAL – MÃO-DE-OBRA – DINHEIRO VANTAGENS E DESVANTAGENS DA GESTÃO DE CUSTOS • VANTAGENS • AVALIAR cpu pv • LOCALIZAR E REDUZIR / ELIMINAR DESPERDÍCIOS • CONTROLE DAS ATIVIDADES • FORNECE OS INVENTÁRIOS DE MATERIAIS, PRODUTOS EM ELABORAÇÃO E PRODUTOS ACABADOS. DETERMINA PRODUTO MAIS LUCRATIVO• DETERMINA PRODUTO MAIS LUCRATIVO. • DESVANTAGENS • CONTROLE “ BUROCRACIA “ • RESISTÊNCIA DE FUNCIONÁRIOS •ALTO CUSTO DE IMPLANTAÇÃO ( BENEFÍCIO É MAIOR ) EMPRESAS COMERCIAIS X EMPRESAS INDUSTRIAIS EMPRESAS COMERCIAIS •COMPRAM PRODUTOS ACABADOS •NÃO EXIGEM PROCESSAMENTO FABRIL •ESTOQUE = ESTOQUE DE MERCADORIAS EMPRESAS INDUSTRIAIS COMPRAM MATÉRIAS PRIMAS TRANSFORMAM•COMPRAM MATÉRIAS-PRIMAS TRANSFORMAM PRODUTOS ACABADOS •ESTOQUE DE - MATÉRIAS-PRIMAS - PRODUTOS EM ELABORAÇÃO - PRODUTOS ACABADOS •PRODUTOS ACABADOS VENDIDOS CPV Análise Estratégica de Custos Prof. Dr. Maxweel V. Rodrigues 8 EVOLUÇÃO HISTÓRICA: •ANTES DA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL : CONTABILIDADE FINANCEIRA. •APURAÇÃO DO RESULTADO E LEVANTAMENTO DO BALANÇO LEVANTAMENTO FÍSICO DOS ESTOQUES •VALOR MONETÁRIO SIMPLES QUANTO HAVIA SIDO PAGO PELO ITEM ESTOCADO E ERA ATRIBUÍDO O VALOR DAS MERCADORIAS. EMPRESA COMERCIAL Vendas ( - )Custo das Mercadorias Vendidas Estoques Iniciais( + ) Compras( - ) Estoques Finais ( = )Lucro Bruto ( - )Despesas Comerciais Administrativas Financeiras ( = )Lucro Líquido EMPRESA INDUSTRIAL FATORES DE PRODUÇÃO Vendas Mão-de-Obra Direta ( MOD ) ( - ) Custo dos Produtos Vendidos ( CPV ) ( + ) CONS(Mat.-Prima) ( = ) Lucro Bruto ( + ) Custo Indireto de Fabricação ( CIF ) ( - ) Despesas Operacionais ( = ) Custo de Produção do Período ( CPP ) ( = ) Lucro Líquido ( + ) Estoque Inicial de Produtos em ElaboraçãoElaboração ( EIPE ) ( - ) Estoque Final de Produtos em Elaboração ( EFPE ) ( = ) Custo de Produtos Acabados ( CPA ) ( + ) Estoque Inicial de Produtos Acabados ( EIPA ) ( - ) Estoque Final de Produtos Acabados (EFPA ) ( = ) Custo dos Produtos Vendidos ( CPV ) Análise Estratégica de Custos Prof. Dr. Maxweel V. Rodrigues 9 MATERIAL DIRETO •CUSTO DE QUALQUER MATERIAL IDENTIFICÁVEL COM O PRODUTO •CONS(MD) = EI + C - EF TIPOS DE MATERIAL DIRETO: MATÉRIA-PRIMA -PRINCIPAL MATERIAL QUE COMPÕE O PRODUTO. EXEMPLO: TECIDO FABRICAÇÃO DA BLUSA-EXEMPLO: TECIDO – FABRICAÇÃO DA BLUSA MATERIAL-SECUNDÁRIO -NÃO É COMPONENTE BÁSICO -IDENTIFICÁVEL AO PRODUTO. -EXEMPLO: BOTÃO – FABRICAÇÃO DA BLUSA EMBALAGEM -FÁCIL IDENTIFICAÇÃO COM PRODUTO. -EXEMPLO:CAIXA ONDE É ACONDICIONADA A BLUSA OBS: EMPRESA COMERCIAL - GASTOS COM ARMAZENAGEM DE MERCADORIAS PARA VENDA – DESPESAS EMPRESA INDUSTRIAL – ESTOQUE DE MATÉRIA-PRIMA – FASE DO PROCESSO DE PRODUÇÃO - CUSTO Ficha de Controle e Avaliação de Estoque ou Ficha de Estoque. Mercadoria: Método: Data Histórico Entradas Saídas Saldo Qtd PU Total Qtd PU Total Qtd PU TotalQtd. PU Total Qtd. PU Total Qtd. PU Total PRINCIPAIS MÉTODOS DE AVALIAÇÃO DE ESTOQUE: PEPS ou FIFO (Primeiro a Entrar, Primeiro a Sair – First In, First Out ) ATRIBUI AO CMV OS PREÇOS DAS PRIMEIRAS COMPRAS. ESTOQUE REMANESCENTE AVALIADO PELO VALOR DAS ÚLTIMAS AQUISIÇÕES UEPS ou LIFO ( Último a Entrar, Primeiro a Sair – Last In, First Out ) ATRIBUI AO CMV OS PREÇOS DAS ÚLTIMAS COMPRAS. ESTOQUE REMANESCENTE AVALIADO PELO VALOR DASESTOQUE REMANESCENTE AVALIADO PELO VALOR DAS PRIMEIRAS AQUISIÇÕES ( PROIBIDO PELO IR) CMP ( Custo Médio Ponderado ) ATRIBUI ÀS MERCADORIAS VENDIDAS O PREÇO MÉDIO DAS MERCADORIAS EM ESTOQUE. Análise Estratégica de Custos Prof. Dr. Maxweel V. Rodrigues 10 CONTABILIZAÇÃO: .COMPRA DE MERCADORIAS D: MERCADORIAS C: FORNECEDORES / CAIXA / BANCO (CUSTO DE AQUISIÇÃO ) .VENDA DE MERCADORIAS D: CLIENTES / CAIXA / BANCO C: VENDAS (VALOR DAS VENDAS REALIZADAS) D: CMV C: MERCADORIAS (CUSTO DAS MERCADORIAS VENDIDAS) Análise Estratégica de Custos Prof. Dr. Maxweel V. Rodrigues 11 TRIBUTO CONCEITO, ESPÉCIES E CLASSIFICAÇÃO CONCEITO DE TRIBUTO Luciano Amaro: “ p r e s t a ç ã o p e c u n i á r i a n ã o i tó i d t ilí it i tit ídsancionatória de ato ilícito, instituído em lei e devida ao Estado ou a entidades não estatais de fins e i n t e r e s s e p ú b l i c o ” . TRIBUTO NO CTN “Art.3º. Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimirou cujo valor nela se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade adminitrativa p l e n a m e n t e v i n c u l a d a . ” Análise Estratégica de Custos Prof. Dr. Maxweel V. Rodrigues 12 Prestação pecuniária Aquela expressa em moeda, dinheiro. Alguns entendem que a expressão “ ou em cujo valor nela se possa exprimir” tit i t i ã constitui uma autorização para a instituição de tributos in natura. Mas isso não é possível. Afasta-se a instituição de tributos in natura Prestação compulsória O contribuinte é obrigado a pagar tributo, em virtude da relação de império que o Estado estabelece sobre a sociedade no exercício de sobre a sociedade no exercício de sua soberania. Os civilmente incapazes também são obrigados ao pagamento de tributos. Tributo é receita derivada, imposto pela lei. Não constitui sanção de ato ilícito O dever de pagar tributo surge com a ocorrência do fato gerador, mesmo se este for oriundo de um ato ilícito ou até criminoso. Não se pretende punir o ato com o tributo. A cobrança ocorre em virtude da ocorrência do fato gerador e independe de sua licitude ou não. Análise Estratégica de Custos Prof. Dr. Maxweel V. Rodrigues 13 Não constitui sanção de ato ilícito Princípio do pecunia non olet (dinheiro não cheira). Não importa se a situação é irregular, ilegal ou criminosa: se o fato gerador g g ocorreu o tributo é devido. Tributo não é multa. O tributo não possui finalidade sancionatória e visa arrecadar verbas. A multa é sanção por ato ilícito e visa coibir o ilícito. Instituído em lei Regra sem exceção: o tributo só pode ser criado por lei(ordinária ou complementar) ou ato normativo de igual força(medida provisória). Embora não haja exceção à legalidade quanto a instituição de tributos, existem várias exceções ao princípio quanto à alteração de alíquotas. Atividade administrativa plenamente vinculada A autoridade tributária não pode analisar se é conveniente ou oportuno cobrar tributo. A cobrança é feita de maneira vinculada sem é feita de maneira vinculada, sem discricionariedade ao administrador. Dever de cobrar tributo. Análise Estratégica de Custos Prof. Dr. Maxweel V. Rodrigues 14 Natureza Jurídica Art. 4º A natureza jurídica específica do tributo é determinada pelo fato gerador da respectiva obrigação, sendo irrelevante para qualificá-la:sendo irrelevante para qualificá la: I – a denominação e dema i s características adotadas pela lei; II – a destinação legal do produto da s u a a r r e c a d a çã o . Natureza Jurídica O que se entende por natureza jurídica? É i ã é i t ib tá i É a posição que a espécie tributária ocupa no ordenamento: se imposto, taxa, contribuição, etc. Denominação Não se deve dar relevância à denominação, pois a disciplina jurídica que regula uma espécie tributária não deriva de sua denominação, mas de seu fato geradorgerador. A qualificação é determinada pelo fato gerador, assim para pagar o IR você precisa auferir renda(FG), para pagar IPTU você precisa adquirir um imóvel(FG) urbano e para pagar IPVA você precisa adquirir veículo automotor(FG). Análise Estratégica de Custos Prof. Dr. Maxweel V. Rodrigues 15 Destinação legal do produto da arrecadação Inicialmente considerava-se irrelevante a destinação legal do produto da arrecadação para qualificar a natureza tributária. Atualmente isso não faz mais sentido posto que alguns novos tipos tributários definidos na CF/88, têm como nota distintiva a vinculação dos recursos gerados. Exemplo: contribuições sociais. Características dos tributos Quanto a sua finalidade: a) Fiscalidade – Não há finalidade específica, apenas carrear disponibilidade financeiras para os cofres públicos. É a regra geral dos impostos. Diz-se que um tributo é fiscal quando o sujeito ativo da obrigação tributária(capacidade tributária) é o mesmo sujeito titular da competência para instituí-lo. Exemplo: IPTU. b) EXTRAFISCALIDADE – a finalidade não é meramente arrecadatória e contém traços regulatórios de certos comportamentos, econômicos, sociais, sanitários etc. Características c) Parafiscalidade – O sujeito competente para instituir o tributo delega a outra pessoa jurídica de direito público a sujeição ativa do tributo(capacidade átributária), atribuindo-lhe o produto da arrecadação. Análise Estratégica de Custos Prof. Dr. Maxweel V. Rodrigues 16 Classificação Relevante a) Tributo vinculado – o fato gerador relaciona-se(vincula-se) a alguma contraprestação por parte do EstadoEstado. b) Tributo não vinculado – o FG não se vincula a nenhuma contraprestação específica por parte do Estado. Classificação Relevante c) Tributo de arrecadação vinculada: a arrecadação deve ser utilizada no fim que justificou sua criação. d) Tributo de arrecadação não vinculada: as receitas podem ser livremente utilizadas para as d idespesas gerais. e)Tributo fiscal: finalidade de arrecadar. f) Tributo extrafiscal:finalidade econômica, não apenas arrecadatória. g) Tributo parafiscal:destina-se a manutenção de órgãos autonomos fiscalizadores de algumas profissões ou interesse de categorias econômicas. Classificação h)Tributo in labore:pagamento em serviços. i) Tributo in natura: pagamento em bens. j) Tributo direito: o contribuinte de direito j) Tributo direito: o contribuinte de direito é também o de fato. l)Tributo Indireto: O contribuinte de direito recolhe o valor aos cofres públicos, mas transfere o ônus econômico ao contribuinte de fato. Análise Estratégica de Custos Prof. Dr. Maxweel V. Rodrigues 17 Clssificação m) Tributo Real: graduado unicamente em função do aspecto econômico da operação. Exemplo:IPVA n) Tributo Pessoal: graduado em função das condições de cada contribuinte Ex: das condições de cada contribuinte. Ex: Imposto de Renda. o) Tributo proporcional: o ônus da carga tributária é repartido de maneira paritária entre as várias classes de renda da sociedade. Classificação p) Tributo progressivo: aquele em que a carga tributária é maior para as classes de renda mais alta.Ex: IR. q) Tributo regressivo: aquele em q) Tributo regressivo: aquele em que a carga tributária é maior para as classes de renda mais baixa. Ex: Impostos sobre o consumo. ESPÉCIES E TRIBUTÁRIAS A CF/88 e o CTN adotam a teoria tripatida e entendem como espécies tributárias: - impostos; - Taxas;Taxas; - Contribuições de melhoria. - O STF adota a teoria da pentapartição e inclui entre as espécies os empréstimos compulsórios e as contribuições especiais Análise Estratégica de Custos Prof. Dr. Maxweel V. Rodrigues 18 ESPÉCIES Assim para o STF os tributos são: - impostos; - Taxas; - Contribuições de melhoria; - Empréstimos compulsórios; - Contribuições especiais. Os impostos São tributos não vinculados - não necessitam de uma atividade estatal para serem cobrados, possuem caráter contributivo. Incidem sobre a manifestação de riqueza Incidem sobre a manifestação de riqueza do sujeito passivo - Sustenta-se na idéia de solidariedade social.. Tributo de arrecadação não vinculada - sua receita presta-se ao financiamento das atividades gerais do Estado. Impostos A competência para instituir imposto é atribuída pela CF/88 de maneira enumerada e privativa para cada ente federativo. Em princípio essa lista é exaustiva, mas a União pode instituir por Lei Complementar novos impostos, desde que sejam não cumulativos e não tenham base de cálculo e e fato gerador próprios dos outros impostos discriminados na CF/88. Análise Estratégica de Custos Prof. Dr. Maxweel V. Rodrigues 19 As taxas A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão instituir taxas em razão: do exercício do poder de polícia- do exercício do poder de polícia. - da utilização efetiva ou potencial, de serviços públicos específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos à sua disposição. As taxas O ente competente para instituir e cobrar a taxa é aquele que presta o respectivo serviço ou que exerce o respectivo poder de polícia. As taxas são tributos retributivos ou contraprestacionais. TIPOLOGIA DAS TAXAS: - taxa pelo exercício do poder de polícia; - taxa de serviço TAXA DE POLÍCIA FATO GERADOR – exercício regular do poder de polícia. E í i f ti d d- Exercício efetivo do poder. - Desempenhado em consonância com a lei. Análise Estratégica de Custos Prof. Dr. Maxweel V. Rodrigues 20 TAXA DE SERVIÇO FATO GERADOR – disponibilização de serviços específicos e divisíveis. Serviço específico – que pode ser destacado em unidades autônomas de intervenção, de utilidade, ou de necessidades. Serviço divisível – aquele suscetível de utilização, separadamente, por parte de cada um de seus usuários. TAXA DE SERVIÇO DIVISIBILIDADE – principal característica que habilita a cobrança de taxa. Serviços indivisíveis devem ser Serviços indivisíveis devem ser cobrados por impostos: iluminação publica, limpezas de ruas, segurança pública, etc. TAXA E PREÇO PÚBLICO TAXA – é tributação, obrigação ex lege, de sujeição obrigatória. Regem-se pelos princípios e limitações constitucionais tributários. PREÇO PÚBLICO – também chamado de tarifa, derivado de um serviço público de sujeição alternativa, que se estabelece em virtude de uma relação contratual entre o cidadão e o Poder Público. Análise Estratégica de Custos Prof. Dr. Maxweel V. Rodrigues 21 CONTRIBUIÇÃO DE MELHORIA Pode ser qualquer ente tributante no âmbito de suas respectivas atribuições – competência comum. É decorrente de valorização de bem ç imóvel em decorrência de obra pública. Fundamento que justifica a contribuição de melhoria – enriquecimento sem causa. EMPRÉSTIMO COMPULSÓRIO Tributos temporários. União cobra compulsoriamente dos administrados para custear despesas urgentesurgentes. Deve ser devolvido ao contribuinte assim que solucionada a causa que justificou a sua instituição. MOTIVOS DO EMPRÉSTIMO COMPULSÓRIO Atender despesas extraordinárias decorrentes de calamidade e guerra externa – não precisa atender a anterioridadeanterioridade. Investimento público de caráter urgente e relevante interesse nacional – atende a anterioridade.Análise Estratégica de Custos Prof. Dr. Maxweel V. Rodrigues 22 EMPRÉSTIMOS COMPULSÓRIOS A aplicação dos recursos provenientes dos empréstimos compulsórios será vinculada a despesa que fundamentou a sua despesa que fundamentou a sua instituição. Competência exclusiva da União. Instituído por Lei Complementar Temporário e restituível Análise Estratégica de Custos Prof. Dr. Maxweel V. Rodrigues 23 ICMS • IMPOSTO SOBRE A CIRCULAÇÃO DE MERCADORIAS E PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS DE TRANSPORTE INTERESTADUAL E INTERMUNICIPAL E DE COMUNICAÇÃO. • TRIBUTO ESTADUAL. • FATOS GERADORES: VENDA DE MERCADORIASVENDA DE MERCADORIAS. ENTRADA EM ESTABELECIMENTO COMERCIAL, INDUSTRIAL OU PRODUTOR DE MERCADORIA IMPORTADA DO EXTERIOR. FORNECIMENTO DE ALIMENTAÇÃO, BEBIDAS E OUTRAS MERCADORIAS EM RESTAURANTES, BARES E SIMILARES. PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS DE TRANSPORTE INTERESTADUAL E INTERMUNICIPAL E DE COMUNICAÇÃO. IPI • IMPOSTO SOBRE PRODUTOS INDUSTRIALIZADOS. • TRIBUTO FEDERAL. • FATOS GERADORES: SAÍDA DO PRODUTO DO ESTABELECIMENTO INDUSTRIAL OU EQUIPARADO A INDUSTRIAL. DESEMBARAÇO ADUANEIRO PRODUTO DE PROCEDÊNCIADESEMBARAÇO ADUANEIRO – PRODUTO DE PROCEDÊNCIA ESTRANGEIRA. COFINS • CONTRIBUIÇÃO PARA O FINANCIAMENTO DA SEGURIDADE SOCIAL. • TRIBUTO FEDERAL. • BASE DE CÁLCULO: RECEITA BRUTA • ALÍQUOTA: LEI N. 10.833 – 29/12/2003 – 7,6% A PESSOA JURÍDICA PODERÁ DESCONTAR CRÉDITOS CALCULADOS• A PESSOA JURÍDICA PODERÁ DESCONTAR CRÉDITOS CALCULADOS EM RELAÇÃO A: BENS ADQUIRIDOS P/ REVENDA - BENS E SERVIÇOS UTILIZADOS COMO INSUMOS - ENERGIA ELÉTRICA - ALUGUÉIS DE PRÉDIOS, MÁQUINAS E EQUIP. (ART. 3º - LEI N. 10.833 ). • ISENÇÃO NAS VENDAS REFERENTES ÀS EXPORTAÇÕES. Análise Estratégica de Custos Prof. Dr. Maxweel V. Rodrigues 24 PIS • PROGRAMA DE INTEGRAÇÃO SOCIAL. • TRIBUTO FEDERAL. • BASE DE CÁLCULO: RECEITA BRUTA • ALÍQUOTA: LEI No. 10.637 (30/12/2002) - 1,65% ENTIDADES SEM FINS LUCRATIVOS ( EMPREGADORAS CLT ) 1% DA• ENTIDADES SEM FINS LUCRATIVOS ( EMPREGADORAS – CLT ): 1% DA FOLHA DE PAGAMENTO. • A PESSOA JURÍDICA PODERÁ DESCONTAR CRÉDITOS CALCULADOS EM RELAÇÃO A: BENS ADQUIRIDOS P/ REVENDA - BENS E SERVIÇOS UTILIZADOS COMO INSUMOS - ENERGIA ELÉTRICA - ALUGUÉIS DE PRÉDIOS, MÁQUINAS E EQUIP. (ART. 3º - LEI N. 10.637 ). • ISENÇÃO NAS VENDAS REFERENTES ÀS EXPORTAÇÕES. SIMPLES – SISTEMA INTEGRADO DE PAGAMENTO DE IMPOSTOS E CONTRIBUIÇÕES • REGIME TRIBUTÁRIO PARA AS MICROEMPRESAS E EMPRESAS DE PEQUENO PORTE. •TRIBUTO FEDERAL. •BASE DE CÁLCULO: RECEITA BRUTA MENSAL (RESULTADO DA VENDA DE BENS E SERVIÇOS) DESCONTADA DAS VENDAS CANCELADAS E DESCONTOS INCONDICIONAIS CONCEDIDOS. •ALÍQUOTA: LEI No. 9.317/96 •UNIFICA A COBRANÇA DE TRIBUTOS FEDERAIS (IRPJ, IPI, PIS/PASEP, COFINS, CONTRIBUIÇÃO SOCIAL SOBRE O LUCRO LÍQUIDO, CONTRIBUIÇÕES PREVIDENCIÁRIAS – INSS DO EMPREGADOR). •ENTRETANTO, MEDIANTE CONVÊNIO COM O ESTADO E/OU MUNICÍPIO – O ICMS E O ISS PODEM SER RECOLHIDOS JUNTOS COM OS TRIBUTOS FEDRAIS, NESSE MESMO DOCUMENTO (DARF – SIMPLES) SIMPLES – SISTEMA INTEGRADO DE PAGAMENTO DE IMPOSTOS E CONTRIBUIÇÕES ME RECEITA BRUTA % S/ IPI % C/ IPI ATÉ 60.000 3,0 3,5 > 60 000 ATÉ 90 000 4 0 4 5 PARA EMPRESAS INDUSTRIAIS, SUJEITAS AO IPI, DEVE SER ACRESCENTADO PARA TODAS AS FAIXAS O PERCENTUAL DE 0,5% PARA COBERTURA DESSE IMPOSTO. > 60.000 ATÉ 90.000 4,0 4,5 > 90.000 ATÉ 120.000 5,0 5,5 > 120.000 ATÉ 240.000 5,4 5,9 Análise Estratégica de Custos Prof. Dr. Maxweel V. Rodrigues 25 EPP RECEITA BRUTA % S/ IPI % C/ IPI > 240.000 ATÉ 360.000 5,8 6,3 > 360.000 ATÉ 480.000 6,2 6,7 > 480.000 ATÉ 600.000 6,6 7,1 > 600.000 ATÉ 720.000 7,0 7,5 > 720.000 ATÉ 840.000 7,4 7,9 > 840.000 ATÉ 960.000 7,8 8,3 > 960.000 ATÉ 1.080.000 8,2 8,7 PARA EMPRESAS INDUSTRIAIS, SUJEITAS AO IPI, DEVE SER ACRESCENTADO PARA TODAS AS FAIXAS O PERCENTUAL DE 0,5% PARA COBERTURA DESSE IMPOSTO. > 1.080.000 ATÉ 1.200.000 8,6 9,1 > 1.200.000 ATÉ 1.320.000 9,0 9,5 > 1.320.000 ATÉ 1.440.000 9,4 9,9 > 1.440.000 ATÉ 1.560.000 9,8 10,3 > 1.560.000 ATÉ 1.680.000 10,2 10,7 > 1.680.000 ATÉ 1.800.000 10,6 11,1 > 1.800.000 ATÉ 1.920.000 11,0 11,5 > 1.920.000 ATÉ 2.040.000 11,4 11,9 > 2.040.000 ATÉ 2.160.000 11,8 12,3 > 2.160.000 ATÉ 2.280.000 12,2 12,7 > 2.280.000 ATÉ 2.400.000 12,6 13,1 SIMPLES – SISTEMA INTEGRADO DE PAGAMENTO DE IMPOSTOS E CONTRIBUIÇÕES FORMA DE CÁLCULO: -APLICAÇÃO DA ALÍQUOTA CORRESPONDENTE À FAIXA DA RECEITA BRUTA ACUMULADA, NO ANO-CALENDÁRIO EM CURSO, ATÉ O MÊS A QUE SE REFERIR O RECOLHIMENTO. -O PERCENTUAL CABÍVEL APLICA-SE SOBRE TODA A RECEITA BRUTA DO MÊS EXEMPLO: TODO ACUMULADO ATÉ O MÊS ANTERIOR = $55.000,00 (ALÍQUOTA DE 3%) FATURAMENTO DO MÊS = $10.000,00 NOVO TOTAL ACUMULADO = $66.000,00 (ALÍQUOTA DE 4%) CÁLCULO DO SIMPLES DO MÊS: 4% x $10.000,00 = $ 400,00 PRAZO E FORMA DE PAGAMENTO: - PRAZO: ATÉ O 10º DIA ÚTIL DO MÊS SUBSEQÜENTE. -MEIO: DARF-SIMPLES -RECOLHIMENTO FOR A DO PRAZO: MULTA DE 0,33% POR DIA DE ATRASO LIMITADA AO MÁXIMO DE 20% (INCLUSIVE SOBRE ICMS E ISS – SE HOUVER CONVÊNIO) E JUROS (TAXA SELIC ACUMULADA ATÉ O MÊS ANTERIOR AO DO RECOLHIMENTO E DE 1% NO MÊS DESTE) IPI - ICMS SITUAÇÃO NORMAL: • EMPRESA PAGA IPI / ICMS NA COMPRA ( IPI E ICMS A RECUPERAR ). • EMPRESA TEM SEUS PRODUTOS TRIBUTADOS NA VENDA ( IPI E ICMS A RECOLHER). CADA REAL PAGO NA COMPRA ADIANTAMENTO FEITO PELA EMPRESA . ( A RECUPERAR ) AO EFETUAR SUAS VENDAS RECEBE DOS CLIENTES UMA PARCELA A TÍTULO DESSE IMPOSTO. ( A RECOLHER ) O EXCEDENTE A EMPRESA RECOLHE AO GOVERNO ESTADUAL / FEDERAL . NÃO POSSUI NENHUMA RECEITA QUANDO COBRA IPI DE SEU CLIENTE , COMO TAMBÉM NÃO TEM NENHUMA DESPESA OU CUSTO QUANDO PAGA O ENCARGO A SEU FORNECEDOR . Análise Estratégica de Custos Prof. Dr. Maxweel V. Rodrigues 26 SE MERCADORIA DESTINADA A: REMETENTE DESTINATÁRIO FINALIDADE CONTRIBUINTE DE IPI E ICMS CONTRIBUINTE DE IPI E ICMS INDUSTRIALIZAÇÃO/ COMERCIALIZAÇÃO ICMS NÃO INCIDE SOBRE O IPI CONTRIBUINTE CONTRIBUINTE ICMS INCIDECONTRIBUINTE DE IPI E ICMS OU NÃO DE IPI E ICMS USO OU CONSUMO ICMS INCIDE SOBRE O IPI OPERAÇÕES IMPOSTOS A RECUPERAR • COMPRAS P/ COMERCIALIZAÇÃO OU REVENDA. ICMS • COMPRAS P/ INDUSTRIALIZAÇÃO OU TRANSFORMAÇÃO. ICMS E IPI • PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS DE TRANSPORTE DE MERCADORIA INTERESTADUAL E INTERMUNICIPAL. • DESPESAS COM COMUNICAÇÕES QUANDO RELACIONADAS COM O PROCESSO DE INDUSTRIALIZAÇÃO, COMERCIALIZAÇÃO E DE PRODUÇÃO AGROPECUÁRIA ICMS PRODUÇÃO AGROPECUÁRIA. • ENTRADA DE ENERGIA ELÉTRICA UTILIZADA NOS PROCESSOS INDUSTRIAIS E COMERCIAIS. • BENS DESTINADOS AO USO E CONSUMO E AO ATIVO PERMANENTE . ICMS • EMPRESA ADQUIRENTE NÃO É CONTRIBUINTE DO IPI E DO ICMS. EX: SOCIEDADE CIVIL(S/C) – CONSULTORIA– EXCLUSIVAMENTE PRESTADORA DE SERVIÇOS. IPI E ICMS NÃO RECUPERÁVEIS. Análise Estratégica de Custos Prof. Dr. Maxweel V. Rodrigues 27 CUSTEIO POR ABSORÇÃO Atende às disposições legais ( Federal e Estadual). Apropriação de todos os Custos de Produção (Fixos e Variáveis) aos produtos elaborados. Problemas para fins gerenciais: Custos Fixos (CF) são mais encargos para que a empresa tenha condições de produção do que sacrifício para a fabricação desta ou daquela unidade. Custos Fixos são distribuídos à base de critérios de rateio arbitrários. Somente a parcela dos CF correspondente à quantidade vendida é levada a resultado. Quantidade produzida de outros produtos CF rateados para produto Custo do produto varia em função não de seu volume, mas da quantidade dos outros bens fabricados. CUSTEIO POR ABSORÇÃO Problemas para fins gerenciais: Lucro não acompanha direção das vendas: Se Vendas e CPV LB Se Vendas e CPV LB CUSTEIO DIRETO OU VARIÁVEL Todos os Custos Variáveis e Despesas Variáveis (emboranão faça parte do Custo de Produção) são deduzidos das vendas. Os CF não devem ser alocados aos produtos (independem de haver produção). Produtos recebem apenas os CV. Os CF são lançados em seu valor total como despesas do período, embora não sejam vendidos todos os produtos no período. Fere os Princípios Contábeis do Regime de Competência do Exercício e da Confrontação Receita/Despesa. Vendas acompanha direção da Margem de Contribuição: Se Vendas MC Se Vendas MC Vantagem: Determina quais produtos contribuem mais para a lucratividade e devem ter suas vendas incentivadas, proporcionando maior rentabilidade. Análise Estratégica de Custos Prof. Dr. Maxweel V. Rodrigues 28 CRÍTICAS AO RATEIO DE CRÍTICAS AO RATEIO DE CUSTOS FIXOSCUSTOS FIXOS Custos Fixos são custos da capacidade de produção disponibilizada; e o seu montante independe da produção ou não, e do volume. CRÍTICAS AO RATEIO DE CRÍTICAS AO RATEIO DE CUSTOS FIXOSCUSTOS FIXOS Custos Fixos geralmente são rateados por critérios arbitrários; e isso distorce o custo e o lucro de cada produto. CRÍTICAS AO RATEIO DE CRÍTICAS AO RATEIO DE CUSTOS FIXOSCUSTOS FIXOS O Custo Fixo por unidade de um produto varia inversamente ao seu próprio volume de produção; e o custo fixo de um produto depende do volume de produção de outros produtos. Análise Estratégica de Custos Prof. Dr. Maxweel V. Rodrigues 29 CUSTEIO VARIÁVELCUSTEIO VARIÁVEL Apropria aos produtos apenas custos variáveis; os fixos são debitadosvariáveis; os fixos são debitados diretamente ao resultado do período, como despesas. CUSTEIO VARIÁVELCUSTEIO VARIÁVEL O valor do resultado de cada período acompanha a inclinação da receita deacompanha a inclinação da receita de vendas. CUSTEIO POR ABSORÇÃO CUSTEIO POR ABSORÇÃO XX CUSTEIO VARIÁVELCUSTEIO VARIÁVEL A diferença no valor dos resultados de d í d f t ficada período refere-se ao custo fixo correspondente aos estoques inicial e final. Análise Estratégica de Custos Prof. Dr. Maxweel V. Rodrigues 30 CUSTEIO VARIÁVELCUSTEIO VARIÁVEL Fere o Princípio Contábil da Competênciap p CUSTEIO VARIÁVELCUSTEIO VARIÁVEL CUSTOS VARIÁVEIS DESPESAS VARIÁVEISFIXASFIXOS ESTOQUE DE PRODUTOS VENDA DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS RECEITA LÍQUIDA CVPV DV MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO CDF LUCRO OPERACIONAL Custeio variável • Capacidade.......: $ 100.000 un.; • Produção...........: $ 80.000 un.; • Custos fixos.......: $ 1.000.000; • Custos variáveis: $ 5/un. • custo unitário é $ 5 00• custo unitário é $ 5,00 Análise Estratégica de Custos Prof. Dr. Maxweel V. Rodrigues 31 Relação custo/volume/lucro • Margem de Contribuição – MC = Preço – Custos Variáveis • Razão de contribuição – Razão de Contr.= MC / Preço Produto A Produto B Preço (p) 10 00 20 00Preço (p) 10,00 20,00 Custos variáveis (CV) 6,00 10,00 Margem de Contribuição (MC) 4,00 10,00 Razão de Contribuição (RC) 40% 50% Custo/volume/lucro • Margem de contribuição com fator limitante Produto A Produto B Preço (p) 10,00 20,00 Custos variáveis (CV) 6,00 10,00 Margem de Contribuição (MC) 4,00 10,00 Razão de Contribuição (RC) 40% 50% Produção/hora 3un 1 um MC/h 12,00 10,00 Pensar e decidirPensar e decidir •• Como diretor da Fábrica Como diretor da Fábrica de Brindes Surpresa você de Brindes Surpresa você precisa melhorar a precisa melhorar a lucratividadelucratividade da empresa da empresa com com URGÊNCIAURGÊNCIA.. O que fazer?O que fazer? Acionista Análise Estratégica de Custos Prof. Dr. Maxweel V. Rodrigues 32 Um processo simples …Um processo simples … Uns numerozinhos legaisUns numerozinhos legais DadoDado LapiseiraLapiseira CanetaCaneta PreçoPreço 0,500,50 0,700,70 QtdeQtde 1.0001.000 1.0001.000 MDMD 100 00100 00 400 00400 00 DadoDado LapiseiraLapiseira CanetaCaneta PreçoPreço 0,500,50 0,700,70 QtdeQtde 1.0001.000 1.0001.000 MDMD 100 00100 00 400 00400 00MDMD 100,00100,00 400,00400,00 MODMOD 140,00140,00 60,0060,00 Outros dados:Outros dados: Custos indiretos:Custos indiretos: $400,00$400,00 MDMDMODMOD MDMD 100,00100,00 400,00400,00 MODMOD 140,00140,00 60,0060,00 Calculando os custos individuaisCalculando os custos individuais Lapiseira 1000 Caneta 1000 Total Total Un Total Un Geral Receita 500,00 0,50 700,00 0, 70 1.200,00 MD (100,00) (0,10) (400,00) (0,40) (500,00) MOD (140,00) (0,14) (60,00) (0,06) (200,00) Cortar?Cortar? ( , ) ( , ) ( , ) ( , ) ( , ) MOD% 70% 30% 100% CIF (280,00) (0,28) (120,00) (0,12) (400,00) Custos (520,00) (0,52) (580,00) (0,58) (1.100,00) Resultado (20,00) (0,02) 120,00 0, 12 100,00 Só isso !!!Só isso !!! Prejuízo!Prejuízo! Vamos ratear! Análise Estratégica de Custos Prof. Dr. Maxweel V. Rodrigues 33 Calculando os custos individuaisCalculando os custos individuais Lapiseira 1000 Caneta 1000 Total Total Un Total Un Geral Receita 500,00 0,50 700,00 0, 70 1.200,00 MD (100,00) (0,10) (400,00) (0,40) (500,00) MOD (140,00) (0,14) (60,00) (0,06) (200,00)( , ) ( , ) ( , ) ( , ) ( , ) MOD% 70% 30% 100% CIF (280,00) (0,28) (120,00) (0,12) (400,00) Custos (520,00) (0,52) (580,00) (0,58) (1.100,00) Resultado (20,00) (0,02) 120,00 0, 12 100,00 Eu quero solução!!!Eu quero solução!!! Cortar aCortar a produçãoprodução dede lapiseiraslapiseiras Excluindo as lapiseirasExcluindo as lapiseiras Lapiseira 1000 Caneta 1000 Total Total Un Total Un Geral Receita 500,00 0, 50 7 00,00 0,70 1.200,00 MD (100,00) (0,10) (400,00) (0,40) (500,00) MOD (140,00) (0,14) (60,00) (0,06) (200,00)X ?MOD% 70% 30% 100% CIF (280,00) (0,28) (120,00) (0,12) (400,00) Custos (520,00) (0,52) (580,00) (0,58) (1.100,00) Resultado (20,00) (0,02) 120,00 0,1 2 100,00 X ? Análise Estratégica de Custos Prof. Dr. Maxweel V. Rodrigues 34 Novos números financeirosNovos números financeiros E se a base de E se a base de rateio for rateio for trocada?trocada? MD como base de rateioMD como base de rateio Lapiseira 1000 Caneta 1000 Total Total Un Total Un Geral Receita 500,00 0, 50 7 00,00 0,70 1.200,00 MD (100,00) (0,10) (400,00) (0,40) (500,00) MOD (140 00) (0 14) (60 00) (0 06) (200 00) MOD (140,00) (0,14) (60,00) (0,06) (200,00) MOD% 20% 80% 100% CIF (80,00) (0,08) (320,00) (0,32) (400,00) Custos (320,00) (0,32) (780,00) (0,78) (1.100,00) Resultado 180,00 0, 18 (80,00) (0,08) 100,00 Prejuízo!Prejuízo! MD% Cortar?Cortar? MD como base de rateioMD como base de rateio Lapiseira 1000 Caneta 1000 Total Total Un Total Un Geral Receita 500,00 0, 50 7 00,00 0,70 1.200,00 MD (100,00) (0,10) (400,00) (0,40) (500,00) MOD (140 00) (0 14) (60 00) (0 06) (200 00) MOD (140,00) (0,14) (60,00) (0,06) (200,00) MOD% 20% 80% 100% CIF (80,00) (0,08) (320,00) (0,32) (400,00) Custos (320,00) (0,32) (780,00) (0,78) (1.100,00) Resultado 180,00 0, 18 (80,00) (0,08) 100,00 Análise Estratégica de Custos Prof. Dr. Maxweel V. Rodrigues 35 E agora?E agora? Qual a Qual a soluçao?soluçao? Margem de contribuiçãoMargem de contribuição Lapiseira 1000 Caneta 1000 Total Total Un Total Un Geral Receita 500,00 0, 50 700,00 0,70 1.200,00 MD (100,00) (0,10) (400,00) (0,40) (500,00) MOD (140,00) (0,14) (60,00) (0,06) (200,00)( ) ( ) ( ) ( ) ( ) MC 260,00 0, 26 240,00 0,24 500,00 CIF (400,00) Custos (1.100,00) Resultado 100,00 Analisar a margem de contribuiçãoAnalisar a margem de contribuição MC = Receitas MC = Receitas –– Gastos VariáveisGastos Variáveis MC = Receitas MC = Receitas –– MD MD -- MODMOD Margens positivas Os dois produtos contribuem para a formaçãodo lucro E aí?E aí? Pensando …Pensando … Qual a Qual a soluçao?soluçao?soluçao?soluçao? Não eliminar nenhum dos produtos !!! Análise Estratégica de Custos Prof. Dr. Maxweel V. Rodrigues 36 Respostas …Respostas … OrtodoxasOrtodoxas AumentoAumento de preçosde preços AumentoAumento de quantidadesde quantidades ReduçãoRedução de custosde custos Outras respostas …Outras respostas … HeterodoxasHeterodoxas AumentoAumento do mixdo mix Redução dosRedução dos custos rateadoscustos rateados EconomiasEconomias de de escopoescopo Para pensar …Para pensar … Conclusão da análise da Conclusão da análise da Fábrica de Brindes Supresa Fábrica de Brindes Supresa Rateio pode serRateio pode serRateio pode ser Rateio pode ser ilusório!!!ilusório!!! Análise Estratégica de Custos Prof. Dr. Maxweel V. Rodrigues 37 Uma síntese ...Uma síntese ... Processo de tomada Processo de tomada de decisões: de decisões: rateios rateios dificultam a gestãodificultam a gestão De fundamental importância …De fundamental importância … Para decidir … Para decidir … fuja dos fuja dos rateios!!!rateios!!! Quantifique todos Quantifique todos os gastos diretos e os gastos diretos e evite ratear!!!evite ratear!!! Métodos de custeioMétodos de custeio •• AbsorçãoAbsorção estoques absorvem custos estoques absorvem custos fixos e indiretosfixos e indiretos margem de lucromargem de lucro •• Variável ou diretoVariável ou direto Para Para tomar tomar decisões, decisões, fuja do fuja do rateio!!!rateio!!! estoques absorvem apenas estoques absorvem apenas os gastos variáveis ou os gastos variáveis ou diretosdiretos margem contribuiçãomargem contribuição Análise Estratégica de Custos Prof. Dr. Maxweel V. Rodrigues 38 Um conceito essencialUm conceito essencial ReceitasReceitas GastosGastos - Esqueça Esqueça rateios!!!rateios!!! Margem deMargem de contribuiçãocontribuição GastosGastos VariáveisVariáveis = Para fixar a aprendizagemPara fixar a aprendizagem •• Uma loja de artesanatos compra um vaso de Uma loja de artesanatos compra um vaso de cerâmica por $16,00 e o vende por $30,00. Sabendo cerâmica por $16,00 e o vende por $30,00. Sabendo que sobre o preço de venda incidem impostos no que sobre o preço de venda incidem impostos no valor de 10% e que a empresa paga uma comissão valor de 10% e que a empresa paga uma comissão aos seus funcionários de 5%, calcule a margem de aos seus funcionários de 5%, calcule a margem de contribuição registrada para o vaso de cerâmicacontribuição registrada para o vaso de cerâmica MC do artesanatoMC do artesanato Margem de contribuiçãoMargem de contribuição ReceitaReceita $30,00$30,00 ((--) CMV) CMV ($16,00)($16,00) ((--) Despesas) Despesas ( $1,50)( $1,50) ((--) Impostos) Impostos ( $3,00)( $3,00) Margem Contrib $9,50Margem Contrib $9,50 Análise Estratégica de Custos Prof. Dr. Maxweel V. Rodrigues 39 Sistemas de Custos Análise de um Sistema de Custos – dois pontos de vista. 1º - Analisamos se tipo de informação gerada é adequado às necessidades da empresa e quais seriam as informações importantes que deveriam ser fornecidas Princípio de Custeio (Custeio variável – Custeio por absorção (integral e ideal) ). 2º - Levamos em conta a parte operacional do sistema – como os dados são processados para a obtenção das informações Método de Custeio (Método do Custo-Padrão – Método dos Centros de Custos – ABC ). Sistemas de Custos Sistema = Princípio + Método Princípios e Métodos Processoinsumos produtos Produtivo(custos) p Quais custos? Como distribuir? Princípio Método Análise Estratégica de Custos Prof. Dr. Maxweel V. Rodrigues 40 Sistemas de Custos Sistema = Princípio + Método Quais informações? Quais custos? fixos-variáveis ideais-desperdícios Objetivos do sistema. Operacionalização. Como obter a informação? Cálculo do custo (custos indiretos) Sistemas de Custos Sistema = Princípio + Métodop Custeio variável Custeio por absorção integral Custeio por absorção ideal Custo padrão RKW ABC UEP etc Sistemas de Custos Princípios Gerenciamento Métodos Princípios Métodos Controle Análise Estratégica de Custos Prof. Dr. Maxweel V. Rodrigues 41 Princípios de Custeiop Custeio por absorção Integral (Total) Todos os custos são alocados aos produtos. Objetivo contábil: fornecer informações a usuários externos. Exemplo - custeio integral Produção: 80.000 unidades Custos totais: $1.400.000 Custo = = $ 17,50 / unid. 1.400.000 80.000 Análise Estratégica de Custos Prof. Dr. Maxweel V. Rodrigues 42 Custeio Variável (Direto) Os custos fixos não são alocados aosOs custos fixos não são alocados aos produtos. Objetivo gerencial. Apoio a tomadas de decisões de curto prazo. Exemplo - custeio variável Produção: 80.000 unidades Custos fixos: $1.000.000 Custos variáveis: $ 400.000 Custo = = $ 5,00 / unid. $1.000.000 do período 400.000 80.000 Custeio por Absorção Ideal Todos os custos são alocados aos produtos de acordo com sua utilização eficiente. Os custos mal utilizados (desperdícios) são do período. Objetivo gerencial. Apoio ao controle e ao processo de melhoria contínua da empresa. Análise Estratégica de Custos Prof. Dr. Maxweel V. Rodrigues 43 Exemplo - custeio por absorção ideal Capacidade: 100.000 unidades Produção: 80.000 unidades Custos fixos: $1.000.000 Custos variáveis: $ 5 / unidade Custo = + 5 = $ 15,00 / unid. $ 200.000,00 desperdícios 1.000.000 100.000 Análise Estratégica de Custos Prof. Dr. Maxweel V. Rodrigues 44 Análise de custo-volume-lucro Margem de contribuição A margem de contribuição unitária é o preço de venda do produto menos seus custos variáveis. mc = p - cv Representa a parcela do preço que está disponível para a cobertura dos custos fixos e para a geração do lucro. Exemplo Qual é o melhor produto? cv 6,00 10,00 mc 4,00 10,00 Produto A Produto B p 10,00 20,00 (%) 40 % 50 % Análise Estratégica de Custos Prof. Dr. Maxweel V. Rodrigues 45 Exemplo Utilização diferenciada da estrutura de produção. P d t A P d t BProduto A Produto B p 10,00 20,00 cv 6,00 10,00 mc 4,00 10,00 (%) 40 % 50 % produção/hora 3 un. 1 un. mc / h 12,00 10,00 CBA P1 Exemplo p = $750 / un10 min/un 50 min/un 5 min/un Qual é o melhor produto? CBA P2 p v = $300 / un p = $600 / un v = $300 / un 10 min/un 10 min/un 25 min/un 30 min/un 50 min/un 5 min/un mc1 = 750 - 300 = $ 450 / unidade mc2 = 600 - 300 = $ 300 / unidade Exemplo Restrição do sistema: Operação B Produto P1 Produto P2Produto P1 Produto P2 p 750,00 600,00 cv 300,00 300,00 mc 450,00 300,00 (%) 60 % 50 % tempo gargalo 50 min 30 min mc / min 9,00 10,00 Análise Estratégica de Custos Prof. Dr. Maxweel V. Rodrigues 46 O ponto de equilíbrio é o nível de Ponto de equilíbrio produção onde o lucro é nulo. Ponto de equilíbrio Qo = CF mc Qo = ponto de equilíbrio (unidades físicas) mc = margem de contribuição unitária CF = custos fixos Ponto de equilíbrio RECEITA = p.Q $ QUANTIDADE CF CUSTOS = CF + v.Q Qo Ro Análise Estratégica de Custos Prof. Dr. Maxweel V. Rodrigues 47 Ponto de equilíbrio Aumento nos custos fixos RECEITA = p.Q $ QUANTIDADE CUSTOS = CF + v.Q Qo Ro CUSTOS' = CF' + v.Q Qo' Ro' Ponto de equilíbrio Aumento no preço $ RECEITA = p.Q RECEITA' = p'.Q QUANTIDADE CUSTOS = CF + v.Q Qo Ro Qo' Ro' Ponto de equilíbrio Aumentonos custos variáveis RECEITA = p.Q $ QUANTIDADEQo Ro CUSTOS = CF + v.Q CUSTOS' = CF + v'.Q Qo' Ro' Análise Estratégica de Custos Prof. Dr. Maxweel V. Rodrigues 48 Ponto de equilíbrio contábil, financeiro e econômico A diferença fundamental entre os três são os custos fixos considerados. Pto Equil. contábil, financ. e econôm. A diferença fundamental entre os três são os custos fixos considerados. Contábil: Custos contábeis. Econômico: São adicionados os custos de oportunidades e outros de gênero. Financeiro: Consideram-se apenas os custos desembolsados. Exemplo preço de venda: $ 8 / unidade custos variáveis = $ 6 / unidade$ custos fixos = $ 4.000 / ano depreciação = $ 800 / ano patrimônio líquido = $ 10.000 tma = 10% ao ano mc = 8 - 6 = $ 2,00 / unidade Análise Estratégica de Custos Prof. Dr. Maxweel V. Rodrigues 49 Ponto de equilíbrio Análise: Identifica a quantidade mínima a ser vendida para cobrir os custos contábeis da empresa. Representa o ponto de equilíbrio operacional e é adequado para análises de édi (Contábil)Qc = = 2.000 un. / ano4.0002 médio prazo. Ponto de equilíbrio Análise: Mostra a quantidade mínima que a empresa terá que vender para assegurar a rentabilidade real, dada pela taxa de mínima remuneração do capital investido. É adequado para análises de longo prazo. (Econô- mico)Qe = = 2.500 un/ano 4.000 + 1.000 2 Os custos de oportunidade são muito subjetivos e difíceis de serem calculados - são apenas um instrumento gerencial de apoio à tomada de decisões, não representando os custos reais da empresa. Ponto de equilíbrio Análise: Informa o quanto a empresa terá que vender para não ficar sem dinheiro e, assim, ter que tomar empréstimos, prejudicando ainda mais sua lucratividade. É adequado para análises de curto prazo. (Financeiro)Qf = = 1.600 un/ano 4.000 - 800 2 Se a empresa estiver operando abaixo do ponto de equilíbrio financeiro, ela poderá até mesmo cogitar uma interrupção temporária de suas atividades. Análise Estratégica de Custos Prof. Dr. Maxweel V. Rodrigues 50 O ponto de fechamento é o nível de Ponto de fechamento produção abaixo do qual é vantajoso para a empresa o encerramento temporário de suas atividades. Ponto de fechamento Qf = CFelim mc Qf = ponto de fechamento (unidades físicas) mc = margem de contribuição unitária CFelim = custos fixos elimináveis Exemplo mc = $ 2 / unidade custos fixos = $ 4.000 / ano • CF elimináveis = $ 3.000 / ano • CF não elimináveis = $ 1.000 / ano Qo = = 2.000 un. / ano 4.000 2 Qf = = 1.500 un. / ano 3.000 2 Análise Estratégica de Custos Prof. Dr. Maxweel V. Rodrigues 51 Empresas multiprodutoras Não há sentido no rateio de custos indiretos fixos aos produtos para a obtenção do ponto de equilíbrio. Cada produto deve cobrir seus custos diretos e a margem de contribuição que sobra propicia a cobertura dos custos indiretos fixos e a geração do lucro. Exemplo Analisar a rentabilidade dos produtos. receita 1000 4000 4000 1000 10000 (%) 10% 40% 40% 10% 100% CV 700 2800 3600 900 8000 MC 300 1200 400 100 2000 Produto A B C D Total (%) 30 % 30 % 10 % 10 % 20 % Exemplo Partic. Vendas B III C Rentabilidade 25% 20% D A III IV Análise Estratégica de Custos Prof. Dr. Maxweel V. Rodrigues 52 Empresas multiprodutoras as III Aumentar margem de contribuição. P ar tic . V en da Rentabilidade III III IV Aumentar vendas. Ponto de equilíbrio em empresas multiprodutoras Dada a raridade de empresas monoprodutoras, é necessário adaptar-se os conceitos para empresas multiprodutoras. Em empresas multiprodutoras, o ponto de equilíbrio emEm empresas multiprodutoras, o ponto de equilíbrio em unidades físicas só pode ser determinado depois de calcular-se o ponto de equilíbrio em unidades monetárias. Por esta razão, é preciso deduzir uma expressão que permita determinar o ponto de equilíbrio em unidades monetárias sem necessidade de conhecer previamente o ponto de equilíbrio em unidades físicas. Ponto de equilíbrio em empresas multiprodutoras Recomenda-se a definição de uma RCuRCu média para a empresa, a qual será representativa do mix de produtos. A RCuRCu média será obtida pela soma das RCuRCu’s dos diversos produtos da empresa, ponderadas por suas respectivas participações no faturamento. Rcu (Média) = Rcu (Média) = ΣΣ (RCu “i” x % fat “i”(RCu “i” x % fat “i” ) Análise Estratégica de Custos Prof. Dr. Maxweel V. Rodrigues 53 Exemplo Geral Produto “A” Produto “B” Produto “C” p 10,00 10,00 10,00 v 6,00 5,00 7,50 % Fat. 50 % 30 % 20 % Além dos custos fixos específicos a cada linha de produtos, ainda existem $ 100.000,00 de custos fixos comuns aos três produtos. CF 120.000,00 100.000,00 80.000,00 MCu 4,00 5,00 2,50 RCu 0,40 0,50 0,25 Exemplo Geral - Solução a. Q* e Ro para cobrir os custos específicos das linhas de produtos: Q* = CF e Ro = CF MCu RCu Q1* = 30.000,00 e R 1 = 300.000,00 Q2* = 20.000,00 e R 2 = 200.000,00 Q3* = 32.000,00 e R 3 = 320.000,00 Exemplo Geral - Solução (Continuação) b. Q* e Ro para cobrir os custos fixos comuns: RCu = ( 0,4 x 0,5) + (0,5 x 0,3) + (0,25 x 0,2) = 0,4 Ro = CF = 100 000 00 = 250 000 00Ro = CF = 100.000,00 = 250.000,00 RCu 0,4 R 1 = 250.000,00 x 0,5 = 125.000,00 Q1* = 12.500,00 R 2 = 250.000,00 x 0,3 = 75.000,00 Q2* = 7.500,00 R 3 = 250.000,00 x 0,2 = 50.000,00 Q3* = 5.000,00 Análise Estratégica de Custos Prof. Dr. Maxweel V. Rodrigues 54 Exemplo Geral - Solução (Continuação) c. Q* e Ro para cobrir a totalidade dos custos fixos da empresa: Q1* = 42.500,00 e R 1 = 425.000,00 Q2* = 27.500,00 e R 2 = 275.000,00 Q3* = 37.000,00 e R 3 = 370.000,00 QT* = 107.000,00 e RT = 1.070.000,00 Conceito Físico da Alavanca A aplicação de uma força menor no braço mais longo, resulta em força 10 Kgf 32 resulta em força contrária maior no braço mais curto. 1 Kgf 10 m 1 m Alavancagem Empresarial Variação das Vendas 2% Gastos Fixos Variação no Resultado 20% 33 AtivoAtivo PassivoPassivo PLPL Custos Fixos do AtivoCustos Fixos do Ativo ou Operacionaisou Operacionais Custos Fixos do PassivoCustos Fixos do Passivo ou Financeirosou Financeiros Análise Estratégica de Custos Prof. Dr. Maxweel V. Rodrigues 55 Graus de alavancagem Definições e fórmulas : Grau de Alavancagem Fórmula O que expressa Operacional (GAO) %Δ Lucro Operac / % Δ Vendas Relação entre variações no lucro operacional em decorrência de variações nas vendas. Decorre da 34 existência de custos fixos operacionais. Financeira (GAF) %Δ Lucro Liq / %Δ Lucro Operac Relação entre variações no lucro líquido em decorrência de variações no lucro operacional. Decorre da existência de custos fixos financeiros. Combinada (GAC) %Δ Lucro Liq / % Δ Vendas ou GAO x GAF Relação entre variações no lucro líquido em decorrência de variações nas vendas. Decorre da existência de custos fixos operacionais e financeiros. Ponto de equilíbrio Q ou $ para lucro nulo No Ponto de Equilíbrio, 35 Receitas = Custos Unidades Monetárias $ Custos Custos’ Novo Ponto de Equilíbrio 36 Unidades produzidas e comercializadas Receitas PEC1 PEC2 Lucro Máximo Qtde de Lucro Máximo PEC2’ Q’ Análise Estratégica de Custos Prof. Dr. Maxweel V. Rodrigues 56 DEFINIÇÃO Sistema de A cumulação de Custos forma como os custos são acumulados e apropriados aos produtos. Sistemas de Acumulação de Custos destinam-se a : a. coletar os dados de custos diretos ou indiretos; b. organiz ar dados contribuir para o desenvolvimento de informações atendimento de alguma necessidade gerencial diferente ou especial. Sistemas de Acumulação de Custos: - podem tomar várias formas; - podem empre gar vár ios ti pos de dados de custos (monetários/não monetários); - podem ser implantados parcialmente. TIPOS DE SISTEMAS DE ACUMULAÇÃO DE CUSTOS Dois sis temas b ásicos d e acumulação de custos proc esso produtivo da empresa Produção por Ordem de Produção ou Encomenda Produção Contínua, por Processo ou em Série Produzem informações para: • Determinação da rentabilidade( custo dos produtos ou serviços vendidos) DRE • Avaliação de estoques de fim de período Ativo do BP. Diferença fundamental entre os dois s istemas Objeto do Custeio. Sistema de Orde ns de Produção objetivo é determinar o cust o do produto ou serviço Sistema por Processo s finalidade primeira é acumular o cust o dos processos. SISTEMAS DE ACUMULAÇÃO DE CUSTOS Análise Estratégica de Custos Prof. Dr. Maxweel V. Rodrigues 57 Dois fatores que determinam o tipo de Custeio: • Forma da empresa trabalhar • Conveniência contábil-administrativa. Quanto à forma: • Produtos iguais de for ma c ontínua (para estoque e venda) - Produção Contínua, por Processo ou em Série. Exemplos: indústrias de cimento indústrias químicas indústrias de petróleo indústrias de álcool indústrias de produtos alimentícios, etc. • Encomendas dos clientes ou de acordo com de terminações internas especiais (não de forma contínua) – Produção por Ordem. Exemplos: indústrias pesadas fabricantes de equipamentos especiais empresas de construção civil, etc. • Empresas que trabalham parte de uma forma, parte d e outra . Exemplo: indústria de fechaduras • parte d os c omponentes - em sér ie ( for ma contínua ) • setor de monta gens - produz or a um ti po or a outro de fechaduras ( por ordem ). Quanto à conveniência contábil-administrativa : • Empresa pode ter encomenda que lev e cinco meses de trabalho em v ez de cu stear como se f osse uma or dem, faz um cust eio como se fosse uma produção contínua dura nte esse tempo. Análise Estratégica de Custos Prof. Dr. Maxweel V. Rodrigues 58 Exemplo: • Revisão de carro em oficina autorizada. • Exige trabalhos específicos. • Assistente técnico ou recepcionista abre uma Ordem de Serviço. • Ordem de Serviço: identifica o carro e proprietário. discrimina os serviços que devem ser feitos no veículo. • Oficina autorizada acumula os custos e as d espesas segundo um Sistema de Acumulação de Custos por OS ( ou OP). Definição • Sistema de Custos por OP cada elemento de custo é acumulado separadament e segundo or dens es pecíficas de fabricação, emitidas p ela ár ea industrial, de serviços ou comercial. • Cada Ordem de Pr odução código que i dentifica o trabal ho, ou o serviço, a ser executado. • Produtos ou serviços dife renciados, perfeita mente identificados - recomendações específicas dos clientes • Custos acumula dos numa conta( ou folha) esp ecífica - cada ordem ou encomenda . Só pára de r eceber custos quando a ordem estiver encerrada. • Término do exer cício e pr oduto em processamento nã o há encerramento custos até então inco rridos - bens em elaboração ( ativo ) • Ordem encerrada - transferida para EPA ou para CPV. Exemplo: Gráfica • Encomendas de clientes: convit es para casamento, san tinhos para políticos, cartões de visita, cartazes de publicidade , etc. • Para cad a cliente abr e uma Ordem de Ser viço regis tra todos os custos e despesas n ecessários para con clusão da encomenda. SISTEMAS DE AC UMULAÇÃO D E CUS TOS P OR OR DEM DE PRODUÇÃO ( PRODUÇÃO POR ENCOMENDA ) Análise Estratégica de Custos Prof. Dr. Maxweel V. Rodrigues 59 Características Básicas a. Identifica a pr odução de pr odutos di ferentes e de lotes de produtos durante o processo de fabricação. b. OP’s - arquivos p ara acumu lar os consumos dos fatores de produção. c. Custo de fabricação final determinado somente quando a OP é fechada - fabricação chega ao seu término. Exemplo: Produção começou no dia 3 de maio. Produtos entregues somente no dia 1 0 de j unho do ano seguinte. Fabricação vai durar mais de 12 meses. Em 31 de dezembro - demonstrações contábeis. OP em aberto - custos e despes as inventariados até obra ser concluída. d. Empresas com pr odução descontí nua e produtos, lote s ou serviços p erfeitamente i dentificados no processo de fabricação ou de realização dos serviços. e. O si stema é b urocrático e minuci oso. Exige adequada organização administrativa e fabril. Contabilização dos Custos por Ordem de Produção MD MOD CIF xxx xxx (a) xxx xxx (b) xxx xxx (c) OP1 OP2 (a)xxx xxx (d) (a)xxx xxx (e) (b)xxx (b)xxx (c)xxx (c)xxx EPA CPV (d)xxx xxx (f) (f)xxx (e)xxx Análise Estratégica de Custos Prof. Dr. Maxweel V. Rodrigues 60 Casos em que o Sistem a de Ac umulação de Custos por OP é usado: a. Número pequeno de unidades de produto está sendo produzido. b. Cada unidade de produto - identificada ou distinguida. c. Clara definição da data de início e término da produção. d. Produtos produzidos - especificações dos clientes - heterogêneos. e. Empresa organizada - recursos produtivos identificados com produções na medida em que forem sendo consumidos. Encomendas de Longo Prazo de Execução • Regra Geral: acumulação dos custos para sua transferência ao resultado apena s por ocasi ão da entrega, quando há o reconhecimento também da receita. • Empresa trabalha pouquíssimas OP’s por vez ou a penas uma, e são de longa duração(mais de um ano). • Exemplo: Construção de um edifício, Dois anos sem receitas ( apenas com despesas ) Acumulação do resultado todo num outr o período (trabalhe apenas alguns dias para terminá-lo). • Contratos de longo prazo apropriação do resultado de forma parcelada durante a pr odução reconhece-se o cust o incorrido e apropria-se parte da receita para cada período. • No fim de cada período: - medição do que foi realizado - contabiliza a r eceita com b ase nos pr eços unitário s firmados - descarrega todo o custo incorrido como despesa. • Problema: empr esa nã o tem fixados os pr eços por etapas, mas apenas o valor global do trabalho. Quanto apropriar então de receita para cada período? Análise Estratégica de Custos Prof. Dr. Maxweel V. Rodrigues 61 1. Critério da Proporcionalidade do Custo Total • Verificar quanto foi incor rido em cada período ( parte do custo total previsto) • Apropriar a mesma porcentagem da receita total. 2. Critério da Proporcionalidade do Custo de Transformação • No Custo Total - parcela r elativa a itens que não representam esforço da própria empre sa ( valores adquiridos prontos de terceiros ) - exclu ir esse item do cálculo - não apropriar lucr o sobre eles. • Matéria-prima não representa bem um esforço da empresa. • Esforço da empresa é melhor medido pel os custos de conversão ou transformação (mão-de-obra e CIF). Vantagens e Desvantagens do Sistema de Acumulação de Custos por OP Vantagens: a. Permite identificação do lucr o dos produtos tão logo a produção tenha terminado; b. OP ante riores - arquivo de gr ande utili dade - dados para a elaboração d e planilhas orçamentárias de produtos semelhantes; c. Permite con trole de CP se m a necessidade de fazer inventários dispendiosos e demorados; d. Custos acumulados em cada OP - da do precioso para a Administração estabelecer bases q uantitativas de financiamentos junto a clientes; e. Obriga que as em presas tenh am um razoável nível de organização interna e disciplina. Desvantagens: a. Organização exige consumo de recursos. b. Custos acumulados - histór icos, necessária a atualização dos custos antigos c. Empresa somente conhe ce os cu stos r eais de pr odução das encomendas quando estas ficam prontas. Análise Estratégica de Custos Prof. Dr. Maxweel V. Rodrigues 62 Conceitos Básicos • Determina os custos e as despesas relacionadas a os processos de produção. • Processo - u ma fase, uma seção, um depa rtamento ou um setor fabril. • Custos acumula dos e m contas ou folhas r epresentativas das diversas linhas de produção; • Essas contas são encer radas sem pre no fim de cada período (mês, s emana, trimestr e ou ano, c onforme o período mí nimo contábil de custos da empresa). • Não há en cerramento das contas à medida que os produtos são elaborados e estocados, mas apenas no fim do período; Contabilização dos Custos Registrados na Produção Contínua MD MOD CIF xxx xxx (a) xxx xxx (b) xxx xxx (c) Processo 1 Processo 2 (a)xxx xxx (d) (d)xxx xxx (e) (b)xxx (a)xxx (c)xxx (b)xxx (c)xxx EPA CPV (e)xxx xxx (f) (f)xxx SISTEMA DE ACUMULAÇÃO DE C USTOS POR PR OCESSO ( PRODUÇÃO CONTÍNUA OU EM SÉRIE ) Análise Estratégica de Custos Prof. Dr. Maxweel V. Rodrigues 63 Unidades Eqüivalentes de Produção • É o quanto eqüivalem em u nidades acabadas o s custos acumulados nas unidades que estão em processo. • Quando ficam produtos em pr ocesso no final do per íodo determinar o estágio de fabr icação (grau de acabamento) em que s e e ncontram essa s unidade s par a poder distribuir os Custos de Pr odução entr e as unidades c oncluídas e as que ficaram em processo. • Avaliação da produção equivalente é fei ta pela Engenharia de Produção. Análise Estratégica de Custos Prof. Dr. Maxweel V. Rodrigues 64 Custos por ProcessosCustos por Processos Custos por Custos por ProcessosProcessos 11 ProcessosProcessos Sistemas de acumulação de custosSistemas de acumulação de custos Podem ser de alguns tipos principais, não Podem ser de alguns tipos principais, não excludentes:excludentes: –– por ordem de produção;por ordem de produção; –– de modo contínuo ou processo;de modo contínuo ou processo; 22 –– pela responsabilidade;pela responsabilidade; –– previsionais;previsionais; –– acumulação: três critérios:acumulação: três critérios: • custo por absorção; • custo direto ou variável; • ABC. Características Características Característica Analisada Produção por Ordem Específica Produção por Processo Desenvolvimento do produto Especificação do cliente Especificação do fabricante Contratação do fornecimento Seleção subjetiva (concorrência) Seleção objetiva (amostra) Produção Limitada pelo cliente Planejada pelo fabricante Dimensão da produção Número de peças contratadas Número de peças do período Mercado Poucos compradores Muitos compradores 33 Mercado Poucos compradores Muitos compradores Vendas Procura do cliente Procura do cliente ou oferta do fabricante Produto Sob medida Seriado Necessidade do produto Específica do cliente Global do mercado Local de produção Na fábrica ou no campo Na fábrica Estoque de matéria prima Temporário e específico Permanente, geral para vários produtos Estoque de produtos Indesejável Necessário Prazos de produção Geralmente, médios ou longos Geralmente, curtos Análise Estratégica de Custos Prof. Dr. Maxweel V. Rodrigues 65 Outras CaracterísticasOutras Características Característica Analisada Produção por Ordem Específica Produção por Processo Acumulação dos custos MAT, MOD e CIF por ordem de produção Por departamento e, em seguida, aos produtos Apuração dos custos unitários Custo específico por ordem de produção ou lote de produtos Custo médio por unidade produzida no período Requisição de materiais Indica-se o número de ordem de produção Indica-se o departamento e/ou código do produto 44 Período de apuração dos custos finais Início e término da produção ou abertura e fechamento da ordem de produção Início e término do período contábil Custo unitário Subsídio para preços em atividades futuras Compara custo médio em diferentes períodos para conhecer as causas das variações Forma de custeamento Predeterminada ou real Padrão ou real Racionalização no tempo Menor Maior Custos por processoCustos por processo Os custos são inicialmente classificados por Os custos são inicialmente classificados por tipo de gasto (natureza contábil) e depois tipo de gasto (natureza contábil) e depois compilados por processos específicos. compilados por processos específicos. Posteriormente, todos os custos são Posteriormente, todos os custos são distribuídos às unidades produzidas, por meio distribuídos às unidades produzidas, por meio dos processos específicosdos processos específicos 55 dos processos específicos.dos processos específicos. Deve procurar refletir todo o processo físico da Deve procurar refletir todo o processo físico da produção, criando centros de custos. Os produção, criando centros de custos. Os números são posteriormente transferidos de números são posteriormente transferidos de um centro para o seguinte, do mesmo modo um centro para o seguinte, do mesmo modo como a produção transfere o produto como a produção transfere o produto fisicamente para outra fase. fisicamente para outra fase. Esquema de custos por processoEsquema de custos por processo Estoque MP Produtos em Proc Produtos Acabados Custo das Vendas 1 2 2a 6 6 7 7 Mão de obra direta 3a 5 Controle de CIFs Contas Várias Departamentais CIFs aplicados a Pagar e Transfer Material Indireto 2b T 5 1 MO Indireta 3b T 3 Outros CIFs 4 4 66 Análise Estratégica de Custos Prof. Dr. Maxweel V. Rodrigues 66 ExercícioExercício A Indústria de Roupas Bonita e Bela produz um único produto: calças A Indústria de Roupas Bonita e Bela produz um único produto: calças jeansjeans masculinas. Seus departamentos industriais são direcionados às masculinas. Seus departamentos industriais são direcionados às atividades de corte, costura e acabamento. Todos os produtos elaborados atividades de corte, costura e acabamento. Todos os produtos elaborados passam pelos três departamentos, nesta ordem. Apenas no setor de passam pelos três departamentos, nesta ordem. Apenas no setor de acabamento não são incorporados materiais diretos aos produtos. Com acabamento não são incorporados materiais diretos aos produtos. Com base nos números fornecidos a seguir, estime os custos totais e unitários base nos números fornecidos a seguir, estime os custos totais e unitários por departamento e o custo unitário de cada produto comercializado. por departamento e o custo unitário de cada produto comercializado. SabeSabe--se que os estoques iniciais e finais são nulos e que no períodose que os estoques iniciais e finais são nulos e que no período 77 SabeSabe--se que os estoques iniciais e finais são nulos e que no período se que os estoques iniciais e finais são nulos e que no período analisado foram iniciadas e completadas 1.500 unidades.analisado foram iniciadas e completadas 1.500 unidades. Corte Costura Acabamento Materiais diretos 45.000,00 60.000,00 - MOD 60.000,00 24.000,00 45.000,00 CIFs aplicados 36.000,00 30.000,00 54.000,00 Custos por Ordem de ProduçãoCustos por Ordem de Produção Custos por Ordem Custos por Ordem de Produçãode Produção 88 de Produçãode Produção DefiniçãoDefiniçãoNo sistema de custos por ordem de produção (ou No sistema de custos por ordem de produção (ou encomenda), os custos são acumulados em encomenda), os custos são acumulados em folhas (ou registros eletrônicos) denominados folhas (ou registros eletrônicos) denominados Ordens de Produção ou Ordens de Fabricação. Ordens de Produção ou Ordens de Fabricação. A soma das Ordens de Produção em Aberto A soma das Ordens de Produção em Aberto 99 çç representa o Estoque de Produtos em representa o Estoque de Produtos em Processo. Quando os produtos ou serviços são Processo. Quando os produtos ou serviços são completados, as Ordens são encerradas e os completados, as Ordens são encerradas e os custos são transferidos para o estoque de custos são transferidos para o estoque de produtos acabados ou CPV, a depender da produtos acabados ou CPV, a depender da situação (Crepaldi, 1999. p. 122).situação (Crepaldi, 1999. p. 122). Análise Estratégica de Custos Prof. Dr. Maxweel V. Rodrigues 67 Esquema de contabilizaçãoEsquema de contabilização Estoque Mat Diretos MOD CIF a b c OP1 OP2 a1 d a2 e b1 b2 c1 c2 1010 c1 c2 Produtos em Proc Produtos Acabados Custo das Vendas d f f g g e ExercícioExercício A Gráfica Traços e Rabiscos Ltda. apresentou os dados seguintes, A Gráfica Traços e Rabiscos Ltda. apresentou os dados seguintes, referentes a sua produção no mês de maio de 19X3. Com base nestes referentes a sua produção no mês de maio de 19X3. Com base nestes números, contabilize os lançamentos e apure o custo da empresa. Os números, contabilize os lançamentos e apure o custo da empresa. Os custos indiretos de fabricação no período foram iguais a $4.000,00. A custos indiretos de fabricação no período foram iguais a $4.000,00. A empresa costuma empregar a MOD como critério de rateio destes custos.empresa costuma empregar a MOD como critério de rateio destes custos. Registros do almoxarifado : requisições de materiais diretos. 1111 Data Requisição OP Quantidade Custo Unitário 12/Mai 1208/X3 563/X3 90 3,5 17/Mai 1209/X3 564/X3 210 3,6 Registros de utilização de MOD. Data OP Quantidade Custo Unitário 14/Mai 563/X3 300 6,2 21/Mai 564/X3 800 6,2 Análise Estratégica de Custos Prof. Dr. Maxweel V. Rodrigues 68 Divide a empresa em centros de custos, aos quais os custos são alocados através de bases de distrib ição Método de Centros de Custos distribuição. Dos centros, os custos são repassados aos produtos. A alocação de custos se dá em duas fases: Na primeira, divide‐se a empresa em centros de custos e distribuem‐se todos os itens de custos através de bases de rateio para estes centros de custos Método de Centros de Custos Desta forma, os custos totais do período estarão alocados nos diversos centro de custos. Na segunda fase, os custos são alocados dos centros de custos para os produtos ou serviços realizados por estes centros de custos. A divisão da empresa em centros distintos é conveniente para efeito de facilitar o rateio dos custos. Método de Centros de Custos Assim, o rateio das despesas é mais fácil, mais correto e mais rigoroso, pois é realizado em campomais delimitado. Análise Estratégica de Custos Prof. Dr. Maxweel V. Rodrigues 69 Ao invés de fazer o rateio indistintamente entre os produtos ... Empresa Gastos: 10.000,00 Produção: 10 unidades Custo Unitário: 1.000,00 Método de Centros de Custos , O método buscar dividir a empresas em centros de custos e ratear os custos para estes centros de custos. A 2.000,00 B 3.000,00 C 5.000,00 EMPRESA Depois, verifica como os diversos produtos consumiram os recursos disponibilizados pelos centros de custos. Método de Centros de Custos Serviço/Setor A B C Q X 1h 1h 1h 5 Y 2h ‐ 1h 3 Z 1h 0,5h 1,5h 2 Horas Totais 13h 6h 11h E, por fim, repassa os custos alocados nos centros de custos para os produtos. Custo dos setores: A 2.000,00/13 = 154,00/h Método de Centros de Custos B 3.000,00/6 = 500,00/h C 5.000,00/11 = 454,00/h Custo unitário dos produtos: X = 1108 Y = 762 Z = 1085 Análise Estratégica de Custos Prof. Dr. Maxweel V. Rodrigues 70 Observe a diferença entre os valores. Que tipo de prejuízo essa distorção pode causar para sua empresa? Empresa Gastos: 10.000,00 Produção: 10 unidades Método de Centros de Custos Custo unitário dos produtos: X = 1108 Y = 762 Z = 1085 Custo Unitário: 1.000,00 De acordo com o relacionamento com os produtos, os centros de custos podem ser classificados emDiretos e Indiretos. Método de Centros de Custos Centros diretos: envolvem‐se com os produtos. Há como encontrar “boas” bases de distribuição. Centros indiretos: Os centros indiretos podem ser divididos em centros comuns e centros auxiliares. Não estão diretamente relacionados à produção de um bem ou serviço. Método de Centros de Custos ç Sua função é fornecer serviços para todos os outros centros de custos. A causa de seus custos é o todo da empresa. Seus custos não podem ser “bem” distribuídos aos produtos, mas sim a outros centros. Ex.: Diretoria, Refeitório, Tesouraria, Contabilidade, RH, Departamento Jurídico. Análise Estratégica de Custos Prof. Dr. Maxweel V. Rodrigues 71 No Rateio Primário, os custos são rateados para os diversos centros de custos: Empresa Custos = $ 1.000,00 Rateio Primário $ , Rateio primário Administração Montagem Embalagem $ 500,00$ 300,00$ 200,00 No Rateio secundário, os custos dos centros indiretos são repassados aos centros diretos: Administração Montagem Embalagem Rateio Secundário $ 500,00$ 300,00$ 200,00 150 50 Em uma etapa posterior, estes custos serão repassados aos produtos e/ou serviços. Para realizar o rateio dos custos são necessárias Bases de rateio: As bases de rateio primárias devem refletir a efetiva Bases de Rateio utilização dos recursos pelos centros; As bases de rateio secundárias devem refletir a efetiva utilização dos serviços dos centros indiretos pelos centros diretos. Análise Estratégica de Custos Prof. Dr. Maxweel V. Rodrigues 72 Item de Custos Base de Rateio Energia elétrica Potência instalada Aluguéis Área Item de Custos Base de Rateio Energia elétrica Potência instalada Aluguéis Área Bases de Rateio Primárias Aluguéis Área Seguro Valor dos itens Depreciação Valor dos equipamentos Mão-de-obra Direto Materiais de consumo Requisições Serviços de terceiros Utilização g Seguro Valor dos itens Depreciação Valor dos equipamentos Mão-de-obra Direto Materiais de consumo Requisições Serviços de terceiros Utilização Centros de Custos Base de Rateio Almoxarifado Requisições Compras Requisições Manutenção Ordens de manutenção Bases de Rateio Secundárias a ute ção O de s de a ute ção Refeitório Número de empregados Vigilância Área Contabilidade Valor dos equipamentos Recursos humanos Número de empregados A atividade de cada seção produtiva é medida por uma unidade de trabalho e, assim, os custos da seção podem ser acompanhados e alocados aos produtos. Rateio para os Produtos Centro de Custos Unidade de Trabalho Fundição Caixas de molde Usinagem Horas máquina Fornos Cargas ou corridas Montagem Horas homem Retífica Horas máquina Embalagem Unidades Análise Estratégica de Custos Prof. Dr. Maxweel V. Rodrigues 73 Se um centro de custos é homogêneo, os custos unitários dos elementos que constituem o centro são aproximadamente iguais. Então, a distribuição dos custos torna‐semais correta. H ê Homogeneidade dos Centros Homogênea $ 5/h $ 5/h $ 5/h Torno universal Torno universal Torno universal Não Homogênea $ 5/h $ 7/h $ 12/h Torno universal Torno automático Torno revólver • Separar os custos em itens. • Dividir a empresa em centros de custos. • Identificar
Compartilhar