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COMENTÁRIO À LEI GERAL DE PROTEÇÃO DE DADOS ARTIGO 2º, inciso V “A mudança é a lei da vida. E aqueles que apenas olham para o passado ou para o presente irão com certeza perder o futuro.” J. F. Kennedy 35º Presidente dos EUA Art. 2º A disciplina da proteção de dados pessoais tem como fundamentos: V - o desenvolvimento econômico e tecnológico e a inovação; A tecnologia mudou o mundo e a vida. Não nos relacionamos da mesma forma com amigos, familiares, colegas de trabalho e tantos outros. O comércio não é mais igual. As notícias não são consumidas da mesma forma. O mundo mudou e mudou porque precisava mudar. Os anseios do ser humano por progresso e inovação trouxeram a necessidade de uma tecnologia que surge para atender à demanda – e não o contrário. Não é a tecnologia que muda o homem, mas atende o que há dentro dele, segundo BAUMAN e LYON. Assim, a necessidade de proteção de dados não pode agir contra a tecnologia e a inovação, tampouco, como consequência, contra o desenvolvimento econômico de determinada sociedade – e a pandemia da COVID-19 exalta a importância do digital e da tecnologia. Ao buscar a proteção de dados pessoais, a lei brasileira não dispensa as inovações tecnológicas, mas tentam permitir que aconteçam de forma mais segura e sem violações a direitos, garantias e liberdades fundamentais aos indivíduos. Por isso, é garantido que nada na regulamentação da proteção de dados no Brasil poderá obstar o desenvolvimento tecnológico, a inovação e o crescimento econômico. Não pode vir para encerrá-los, mas para se aliar e tornar o crescimento saudável. Carlos Eduardo Ferreira de Souza Advogado na área de Proteção de Dados e Regulatório de Novas Tecnologias do Lima ≡ Feigelson Advogados. Mestrando em Teoria do Estado e Direito Constitucional pela PUC-RIO. Membro do Grupo de Pesquisa em Liberdade de Expressão no Brasil (PLEB/PUC-RIO)
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