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Aula Demonstrativa Curso Fundação Universidade de Brasília

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Prévia do material em texto

Professora Raiane Ferreira 
Curso FUB 2020 / Psicólogo Escolar 
 
| 1 
Índice da aula 01 
 
 
 
ÍNDICE DA AULA 01 ................................................................................................. 1 
APRESENTAÇÃO DA PROFESSORA ........................................................................... 1 
ANÁLISE DA BANCA ................................................................................................. 2 
SOBRE O SEU CURSO .............................................................................................. 4 
CALENDÁRIO DE AULAS ............................................................................................................... 4 
HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO NO BRASIL ........................................................................ 7 
O PERÍODO COLONIAL ................................................................................................................ 7 
O PERÍODO IMPERIAL ................................................................................................................. 8 
O PERÍODO REPUBLICANO ........................................................................................................ 10 
O PERÍODO DO ESTADO NOVO E DO POPULISMO .......................................................................... 12 
O PERÍODO DITATORIAL MILITAR ............................................................................................... 14 
O PERÍODO DAS RETOMADA DEMOCRÁTICA ................................................................................. 16 
CONSIDERAÇÕES FINAIS ....................................................................................... 17 
 
 
 
Apresentação da Professora 
 
Professora Raiane Ferreira 
Olá! Me chamo Raiane Ferreira! Sou psicóloga e professora de Psicologia! 
Exerci o cargo de 1° Tenente Psicóloga Organizacional da Força Aérea Brasileira 
(FAB), por oito anos na cidade de Brasília. Por essa e outras razões, fui convidada 
pelo Professor Alyson Barros a compor o time da Liga da Justiça do Psicologia Nova. 
Em 2011, antes mesmo de concluir a graduação em Psicologia pela 
Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), eu iniciei minha trajetória no mundo 
dos concursos públicos. 
Fui aprovada já na minha primeira tentativa na Escola de Formação 
Complementar do Exército, seu concurso e também no Estágio de Adaptação de 
Oficiais Temporários da Aeronáutica, o qual acabei por assumir em junho de 2012, 
quando eu já até estava ocupando outro cargo, para o qual também havia sido 
aprovada, como residente do Hospital Universitário da Universidade Federal de Juiz 
de Fora. 
No mesmo ano de 2011 alcancei aprovação também no Concurso da 
Prefeitura Municipal de Conselheiro Lafaiete, em Minas Gerais. 
Professora Raiane Ferreira 
Curso FUB 2020 / Psicólogo Escolar 
 
| 2 
Optei por abandonar a residência e assumir o cargo, à época, de 2° Ten PSO, 
que significa Psicologia Organizacional e do Trabalho, área em que também me 
especializei concluindo, em 2014, meu MBA em Gestão de Recursos Humanos pela 
Centro Universitário Internacional (UNINTER). 
E você acha que eu parei por aí??? Nãaaaaaaaoooo... Como costumamos 
dizer aqui em Brasília, o concurseiro nunca para; após ser assumir um cargo público 
ele quer mais; quer ascender!!! 
 Em 2018, fui aprovada no Concurso do Corpo de Bombeiros Militar do DF e 
em 2019, no da Secretaria de Desenvolvimento Social do GDF. 
E continuo tentando... 
Após algumas vitórias, em meio a muita dedicação dispendida e algumas 
batalhas perdidas, posso dizer que construí alguma bagagem a qual me proponho 
aqui compartilhar e ajudar você a trilhar a sua trajetória de sucesso para a 
aprovação. 
Vem comigo!!! 
Análise da Banca 
Ahhhh... CESPE... CESPE... é uma banca que dispensa apresentações né... 
O Centro Brasileiro de Pesquisa em Avaliação e Seleção e de Promoção de 
Eventos (CEBRASPE) foi qualificado como uma organização social em agosto de 
2013. Apesar da data relativamente recente, suas atividades - e sua fama - são velhas 
conhecidas dos concurseiros, uma vez que o Centro assumiu e deu prosseguimento 
aos trabalhos da conhecida (e temida) banca CESPE/UnB. 
No o site da Universidade de Brasília (UnB), consta que o CESPE foi criado em 
1993, também assumindo o papel e dando continuidade aos trabalhos já realizados 
desde a década de 70 pela Comissão Permanente de Concurso Vestibular (COPEVE). 
Em razão da obrigatoriedade de realização de concursos para ingresso no serviço 
público, o CESPE foi criado para abraçar de vez a realização desses processos 
seletivos. 
É de longe aí a maior realizadora de concursos públicos do Brasil, sendo 
responsável por seleções da Polícia Federal (PF), da Agência Brasileira de 
Inteligência (ABIN), do Tribunal de Contas da União (TCU), do Banco Central 
(BACEN), da Advocacia-Geral da União (AGU), diversos tribunais e agências 
reguladoras... E claro... um concurso da Fundação Universidade de Brasília, berço 
da banca, não poderia ficar a cargo de outra, não é mesmo?!... 
Professora Raiane Ferreira 
Curso FUB 2020 / Psicólogo Escolar 
 
| 3 
O nível de dificuldade da banca é bem variado, indo do hard, quando o 
examinador tá com o diabo no corpo e desconta tudo nas questões, até o nível 
questão dada, quando o concurseiro dá a sorte de pegar o examinador fool in love... 
Brincadeira, gente... CESPE não é questão de sorte... É PREPARO!!! 
O conhecimento exigido em suas provas vai muito além da mera “decoreba”, 
exigindo em suas questões contextualização e interdisciplinaridade, pois costuma 
elaborá-las a partir de casos concretos, misturando diversos assuntos do conteúdo 
programático em uma mesma questão. 
Além disso se utiliza do conhecido (e temido, mais uma vez) “Método 
CESPE”. Seja no formato “certo ou errado” – o mais comum – ou múltipla escolha, 
uma errada anula uma certa: para cada questão certa, o candidato recebe 1 ponto, 
e, para cada errada, perde 1 ponto; ou 0,5, como já aconteceu em editais recentes. 
Esse método visa descartar a possibilidade de acerto ao acaso, ou seja, de 
que o candidato acerte a questão por meio de “chute”. O que exige do candidato 
maior capacidade de análise, interpretação e mais conhecimento mesmo. O que 
assegura também à instituição uma seleção mais apurada dos candidatos, que se 
classificarão pelo seu desempenho e não devido à sorte. 
E já adianto que neste curso não terá nenhum macete sobre como realizar 
provas da CESPE, não... quantas chutar, quantas deixar em branco... Nosso objetivo 
é que você apreenda todo o conteúdo de maneira a responder com segurança as 
questões, para que nem precise cogitar entre chute ou anulação... 
Porque mesmo diante dessas peculiaridades, dificultares e temores, a CESPE 
é uma banca tradicional, gente, com um grande percurso aí no mundo dos 
concursos, como dissemos... E este é justamente o grande ponto positivo da banca: 
CONSOLIDAÇÃO. Todo esse histórico nos permite conhecer bem a banca, esmiuçar 
ao máximo seus pormenores... saber até a edição do livro que o examinador usou 
naquela questão... 
Na área de Psicologia Escolar/ Educacional mesmo, temos um bom banco de 
dados de questões... coisa que quem já presta concursos para essa área sabe que é 
raridade... 
Isso tudo gente facilita em muito o direcionamento da nossa preparação, 
gente... 
E como o Prof. Alyson gosta de dizer: na CESPE estamos em casa!!! 
Então vem com a gente que é sucesso garantido!!! 
Professora Raiane Ferreira 
Curso FUB 2020 / Psicólogo Escolar 
 
| 4 
Sobre o seu curso 
 
Pra início de conversa... está aula não consta como um assunto do conteúdo 
programático do seu edital... Trouxe este assunto porque sei que vocês já estão aí 
sedentos por material de estudos, né... e também como uma forma de vocês já irem 
me conhecendo, minha didática e maneira de trabalhar... Porque eu falo um bocado 
viu gente... gosto de explicar tudinho desdeos primórdios para que você realmente 
aprenda o conteúdo e não simplesmente decore pra poder responder questões... 
Decorar mecanicamente o assunto não proporciona um aprendizado 
eficaz!!! 
E nós vamos comprovar isso neste curso... 
Então por enquanto relaxe, curta a leitura desta aula, sem se preocupar em 
decorar fatos e datas... somente em assimilar como se deu o desenvolvimento da 
educação e do sistema educacional no nosso país... Isso vai nos ajudar lá na frente 
a compreender melhor como ela se dá atualmente inclusive!!! 
O conteúdo do edital propriamente dito já está sendo preparado da forma 
mais completa e atualizada possível... COMPROMISSO PSICOLOGIA NOVA!!! 
Farei questão de enfatizar, como agora o que está previsto e o que de fato a 
banca efetivamente cobra... 
Procurei também dividir todo o conteúdo de maneira espaçada de maneira 
que vocês possam conciliar o tempo de estudos dos conteúdos específicos com os 
gerais e para que estejamos juntos até a data da sua prova... Porque aluno, gente... 
conheço bem... também já fui... rsrsrsr... se não pegar no pé relaxa né... 😜 
Então as nossas aulas correrão da seguinte maneira: 
Calendário de aulas 
Aula Conteúdos 
Data de 
Liberação* 
1 
Introdução ao curso. 
História da Educação. 
16Jun20 
2 
Teorias da Psicologia do Desenvolvimento 
Humano e suas implicações educacionais: 
epistemologia genética de Piaget, psicologia 
histórico‐cultural de Vigotsky, teoria da 
psicogênese da pessoa de Wallon, contribuições 
22Jun20 
Professora Raiane Ferreira 
Curso FUB 2020 / Psicólogo Escolar 
 
| 5 
da psicanálise para a educação, princípios 
básicos da análise do comportamento, psicologia 
do desenvolvimento adulto. 
3 
Processo ensino‐aprendizagem; relação professor 
e aluno; relação entre desenvolvimento e 
educação; encontro entre subjetividade e 
educação no cotidiano da prática educativa; 
desenvolvimento atípico, segregação e exclusão. 
3Jul20 
4 
Psicologia escolar: histórico, caracterização, 
interdisciplinaridade, perspectivas atuais e 
controvérsias da atuação em psicologia escolar. 
Relação da Psicologia com a Educação. 
17Jul20 
5 
Fracasso escolar, medicalização da educação e 
patologização das dificuldades do processo 
educativo. 
Atuação em psicologia escolar: colaboração ao 
processo ensino‐aprendizagem; trabalho junto 
aos professores e demais servidores; educação 
continuada e formação pessoal dos educadores; 
ação e intervenção junto à comunidade 
educativa; ampliação da abordagem das 
dificuldades no processo de escolarização; 
mapeamento e análise da instituição educativa; 
contribuição para elaboração e implementação 
de políticas públicas de educação. 
31Jul20 
6 
Complexidade e multideterminação do processo 
educativo. 
Cultura, ideologia e instituição educativa. 
Função e finalidade da escola. 
Projeto político‐pedagógico, gestão democrática 
e políticas públicas de educação. 
Função humanizadora da educação. 
14Ago20 
7 
Planejamento da ação educativa: objetivos, 
conteúdos e vivências; métodos, técnicas e 
estratégias de ensino‐aprendizagem; 
humanização no e do processo educativo; 
multimídia educativas e processo de avaliação 
educacional. 
Metodologia de projetos, interdisciplinaridade e 
globalização do conhecimento, análise de 
dificuldades e potencialidades no cotidiano 
escolar em sua relação com a sociedade concreta. 
28Ago20 
8 
Educação em e para os direitos humanos, 
cidadania e diversidade cultural. 
4Set20 
Professora Raiane Ferreira 
Curso FUB 2020 / Psicólogo Escolar 
 
| 6 
Educação à distância: paradigmas, limites e 
possibilidades. 
9 
Universidade: conceito, histórico e função social. 
Políticas públicas de educação superior e 
realidade brasileira. 
11Set2 
10 
SIMULADO DE QUESTÕES ATUALIZADAS E 
COMENTADAS 
25Set20 
*Caso ocorram atrasos, os alunos serão avisados através de nosso grupo do 
Whatsapp do curso e pela alteração na descrição do curso em nossa página de 
entrada do Psicologia Nova. 
E como já explicado, hoje vc só vai curtir a leitura... sem se preocupar em 
anotar nada... 
Hoje a gente só vai dar uma contextualizada no assunto... 
Então... 
Senta que lá vem história... 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Professora Raiane Ferreira 
Curso FUB 2020 / Psicólogo Escolar 
 
| 7 
Data da 
implantação do 
ensino público 
oficial no Brasil, 
através das Aulas 
Régias, as quais os 
conteúdos 
baseavam-se nas 
Cartas Régias 
 
Tirou o poder 
educacional da 
Igreja e colocou-o 
nas mãos do Estado 
Ensino tornou-se 
laico, porém a 
disciplina Ensino 
Religioso foi mantida 
nas escolas 
História da Educação no Brasil 
Vamos apontar os principais aspectos da história da educação escolar no 
Brasil, desde o período colonial até a retomada democrática. Tal história inicia-se 
quando começam as primeiras relações entre Estado e Educação, através dos 
jesuítas. 
O Período Colonial 
Analisemos a linha do tempo dos principais fatos históricos: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A sociedade brasileira da época era latifundiária, escravocrata e 
aristocrática, sustentada por uma economia agrícola e rudimentar. Sendo assim, 
não necessitava de pessoas letradas e nem de muitos para governar, não havendo 
muitas razões para se preocupar com a educação do povo, mas sim manter a massa 
iletrada e submissa. Neste contexto, uma educação humanística voltada para o 
espiritual ganhou fácil espaço. 
O principal objetivo da Companhia de Jesus era o de recrutar fiéis e 
servidores; e o público-alvo foram principalmente os indígenas – os curumins. Eles 
eram submetidos à chamada "catequese" promovida pelos missionários jesuítas 
que vinham ao novo país difundir a crença cristã entre os nativos. A catequese 
assegurou a conversão da população indígena à fé católica e sua passividade aos 
senhores brancos. 
Primeira 
missão da 
ordem 
religiosa 
denominada 
Companhia 
de Jesus 
 
Chefiada pelo 
padre Manuel 
da Nóbrega 
1549 Primeira Metade do Séc. XVIII 1759 
Reformas 
educacionais, 
denominadas 
Reforma Pombalina, 
sob o comando de 
Marquês de Pombal, 
que administrava 
Portugal, repercutem 
no Brasil 
 
1772 
Expulsão dos 
Jesuítas do 
país 
Professora Raiane Ferreira 
Curso FUB 2020 / Psicólogo Escolar 
 
| 8 
Mais tarde a educação estendeu-se aos filhos dos colonos essa educação 
mais elementar. A educação média era totalmente voltada para os homens da 
classe dominante – com exceção das mulheres, claro; escravos, nem pensar; e os 
filhos primogênitos, já que estes últimos cuidariam dos negócios agrários do pai. A 
educação superior na colônia era exclusivamente para os filhos dos aristocratas que 
quisessem ingressar na classe sacerdotal; os demais estudariam na Europa, na 
Universidade de Coimbra. Estes seriam os futuros letrados, os que voltariam ao 
Brasil para administrá-lo (Ribeiro, 1993)*. 
A Companhia de Jesus foi uma grande contribuidora para uma educação no 
Brasil voltada para a formação da elite dirigente e este tipo de educação sobreviveu 
e permaneceu por quase 300 anos, porque reforçava o sistema sócio-político e 
econômico da época. 
Mesmo a primeira reforma – a reforma pombalina – não mudou muito o 
contexto educacional pois o ensino continuou enciclopédico, com objetivos 
literários e com métodos pedagógicos autoritários e disciplinares, abafando a 
criatividade individual e desenvolvendo a submissão às autoridades e aos modelos 
antigos. Até os professores eram, em sua maioria, os mesmos que lecionavam nos 
colégios jesuítas. Tais reformas pombalinas causaram uma queda no nível do 
ensino e os reflexos desta reforma são sentidos até nossos dias, visto que temos 
uma Educação voltada para o Estado e seus interesses (Ribeiro, 1993). 
O Período Imperial 
Com a vinda da família real portuguesa para o Brasil e sob o comando de D. 
JoioVI, verificaram-se mudanças no quadro das instituições educacionais da época, 
com a criação do ensino superior não-teológico. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
*Ribeiro, P.R.M. (1993). A história da educação escolar no Brasil: notas para uma reflexão. Paidéia, 4, 15-30. Disponível em: 
https://www.google.com/url?q=http://www.scielo.br/scielo.php%3Fpid%3DS0103-
863X1993000100003%26script%3Dsci_abstract%26tlng%3Dpt&sa=U&ved=2ahUKEwjxn-
aDisvoAhV_E7kGHbr7AfcQFjAAegQICxAB&usg=AOvVaw3OTm5lq4AjIswnmgc9pUWh 
https://www.google.com/url?q=http://www.scielo.br/scielo.php%3Fpid%3DS0103-863X1993000100003%26script%3Dsci_abstract%26tlng%3Dpt&sa=U&ved=2ahUKEwjxn-aDisvoAhV_E7kGHbr7AfcQFjAAegQICxAB&usg=AOvVaw3OTm5lq4AjIswnmgc9pUWh
https://www.google.com/url?q=http://www.scielo.br/scielo.php%3Fpid%3DS0103-863X1993000100003%26script%3Dsci_abstract%26tlng%3Dpt&sa=U&ved=2ahUKEwjxn-aDisvoAhV_E7kGHbr7AfcQFjAAegQICxAB&usg=AOvVaw3OTm5lq4AjIswnmgc9pUWh
https://www.google.com/url?q=http://www.scielo.br/scielo.php%3Fpid%3DS0103-863X1993000100003%26script%3Dsci_abstract%26tlng%3Dpt&sa=U&ved=2ahUKEwjxn-aDisvoAhV_E7kGHbr7AfcQFjAAegQICxAB&usg=AOvVaw3OTm5lq4AjIswnmgc9pUWh
Professora Raiane Ferreira 
Curso FUB 2020 / Psicólogo Escolar 
 
| 9 
Reforma de 
Leôncio de 
Carvalho, que 
propunha dentre 
outras coisas o 
fim da proibição 
da matrícula para 
escravos 
 
Criou também as Academias 
Militares (Academia Real da Marinha 
em 1808 e Academia Real Militar em 
1810), o Museu Real (1818), a 
Biblioteca Real (1810), o Jardim 
Botânico (1810) e, sua iniciativa mais 
marcante em termos de mudança, a 
Imprensa Régia (1808) 
 
A falta de recursos e o falho sistema 
de arrecadação tributária com fins 
educacionais, impossibilitaram as 
províncias de cumprirem esse papel 
Foi aberto o 
espaço para que 
particulares 
assumissem o 
nível médio de 
ensino 
 
Fracassou por várias 
causas econômicas, 
técnicas e políticas 
 
Vigorou por 
pouco tempo 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Nesse período, mesmo com a criação dos primeiros centros de educação e 
cultura do Brasil por D. João, ficava evidente as intenções aristocráticas, pois o 
ensino primário foi esquecido e a população em geral continuou iletrada e sem 
acesso aos grandes centros do saber. O foco destinado ao ensino superior, refletia a 
necessidade de pessoal capacitado para administrar o país que há pouco se havia 
se libertado de Portugal. A preferência dos estudantes por Direito fizeram com que 
o currículo do nível médio se submetesse ao currículo destas faculdades, sendo seu 
conteúdo humanístico, reflexo da aversão da sociedade ao ensino 
profissionalizante (Ribeiro, 1993). 
Chegada da 
Família Real 
Portuguesa 
Dom João VI criou as Escolas de 
Medicina em 1808, 
implementadas pelo médico 
pernambucano Correia Picanço 
(considerado o Patriarca da 
Medicina no Brasil e fundador do 
ensino superior) na Bahia e no 
Rio de Janeiro 
1837 
A publicação do Ato 
Institucional 
descentralizou a 
responsabilidade 
Educacional, 
cabendo às 
províncias o direito 
de legislar e 
controlar o ensino 
primário e médio, e 
ao poder central, o 
ensino superior 
 
1879 
Primeiros liceus 
provinciais, que 
realizavam exames 
para a obtenção do 
grau de bacharel, 
indispensável para 
o acesso a cursos 
superiores 
Início do Séc. XIX 1834 1824 
Constituição 
manteve o princípio 
da liberdade de 
ensino, sem 
restrições, e a 
intenção de 
instrução primária 
gratuita a todos os 
cidadãos 
1827 
Primeira lei sobre o 
Ensino Elementar, 
que determinou a 
criação de escolas de 
primeiras letras em 
todas as cidades, 
vilas e lugarejos e 
escolas de meninas 
nas cidades e vilas 
mais populosas 
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Jardim_Bot%C3%A2nico
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Jardim_Bot%C3%A2nico
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Imprensa_R%C3%A9gia
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Dom_Jo%C3%A3o_VI
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Correia_Pican%C3%A7o
Professora Raiane Ferreira 
Curso FUB 2020 / Psicólogo Escolar 
 
| 10 
Reformas 
educacionais 
estaduais 
inspiradas no 
escolanovismo 
 
Reforma de 
Carneiro 
Leão, em 
Pernambuco 
Reforma 
de 
Lourenço 
Filho, no 
Ceará 
 
Coordenada 
pelo Ministro 
Rivadavia 
Correa 
 
Surgiu o conceito de 
"Grupo Escolar", quando 
as classes deixaram de 
reunir alunos de várias 
idades e passaram a 
distribuí-los em séries 
(ensino seriado) 
 
Os resultados foram 
desastrosos, necessitando 
então das reformas seguintes 
 
Reforma 
de 
Fernando 
Azevedo, 
no então 
Distrito 
Federal 
Reforma de 
Francisco 
Campos e 
Mário 
Casassanta, 
em Minas 
Gerais 
Reforma 
de Anísio 
Teixeira, 
na Bahia 
O descaso preterimento governamental em retroação relação aos outros 
níveis de ensino e a assunção do nível médio pelo setor particular contribuiu ainda 
mais para a alta seletividade e o elitismo educacional. 
Havia ainda, no século XIX, a tendência da criação de escolas religiosas, o que 
já não acontecia no resto do mundo, receptível ao ensino laico. Até mesmo os 
jesuítas, retornaram ao Brasil após 80 anos. 
O Período Republicano 
Os primeiros anos da República caracterizaram-se por várias propostas 
educacionais, visando a inovação do ensino, mas sempre sob os princípios 
adotados pelo novo regime: centralização, formalização e autoritarismo. durante a 
Primeira República (1889-1930) foram cinco reformas (Reforma Benjamim 
Constant, Reforma Epitácio Pessoa, Reforma Rivadávia, Reforma Carlos 
Maximiliano e Reforma João Luiz Alvez) de âmbito nacional do ensino secundário, 
preocupadas em implantar um currículo unificado para todo o país. Vejamos: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Reforma Benjamin 
Constant, que 
dentre outras 
mudanças, 
propunha a 
inclusão de 
disciplinas 
científicas nos 
currículos e dava 
maior organização 
aos vários níveis 
do sistema 
educacional 
Coordenada por 
Benjamim Constant, 
então Ministro da 
Instrução, Correios e 
Telégrafos, órgão 
precursor do MEC 
Reforma 
Carlos 
Maximiliano 
Ensino Secundário era 
visto como 
meramente 
preparatório para o 
Ensino Superior 
 
 Reforma 
Luiz 
Alves/ 
Rocha 
Vaz 
1890 e 1891 1915 
Afastava da 
União a 
responsabilida
de pelo Ensino 
 
1911 a 1915 
Reforma Rivadávia 
retoma a orientação 
positivista, tentando 
infundir um critério 
prático ao estudo das 
disciplinas, ampliando 
a aplicação do 
princípio de liberdade 
espiritual ao pregar a 
liberdade de ensino 
(desoficialização) e de 
frequência, abolindo o 
diploma em favor de 
um certificado de 
assistência e 
aproveitamento, e 
transferindo os exames 
de admissão no ensino 
superior para a 
faculdade 
1925 1925 1927 1928 1928 1923 
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Benjamim_Constant
Professora Raiane Ferreira 
Curso FUB 2020 / Psicólogo Escolar 
 
| 11 
 
 
 
 
As reformas empreendidas nesse período, diferenciam quanto à base 
filosófica na qual se sustentavam: o positivismo, de orientação cientificista e 
pragmática, havia reunido adeptos no Brasil e estava presente nas reformas de 
Benjamin Constant e Rivadávia Correa; enquanto que o pensamento liberal 
fundamentado na igualdade de direitos e oportunidades, destruição de privilégios 
hereditários, respeito às capacidades individuais e educação universal, influenciou 
as reformas de Epitácio Pessoa, Carlos Maximiliano e Luiz Alves. 
E mesmo com tantas reformas pedagógicas os problemas educacionais no 
Brasil não foram resolvidos, e a educação tradicional manteve-se durante este 
período como consequência do próprio modelo socioeconômico. Concretamente, 
houve uma certa ampliação no ensino secundário, que só ocorreu no ensino 
particular. No ensino público houve um pequeno aumento no pessoal docente e 
umadiminuição nas escolas e matrículas. A elite governante, tendo conhecimento 
do baixo nível das escolas oficiais e desejando que seus filhos estudassem em níveis 
elevados, incentivava as escolas particulares (Ribeiro, 1993). 
Com a queda das oligarquias na década de 20, mediante a crise do modelo 
agrário-comercial-exportador e o impulso à industrialização com o modelo 
nacional-desenvolvimentista, ascendendo a burguesia industrial, mais as 
revoluções, o Tenentismo, o Partido Comunista, a Semana de Arte Moderna, as 
linhas de pensamento filosófico dos escolanovistas e dos católicos, vão ser 
incorporados à educação e influenciarão toda a organização escolar neste período. 
A Escola Nova, constituiu num grupo de educadores de profissão que 
denunciaram o analfabetismo e outros problemas da educação. O escolanovismo 
buscou na Europa suas origens, onde já no século anterior uma sociedade 
industrializada se preocupava com a individualidade do aluno. No Brasil, os 
pioneiros da Escola Nova defendiam o ensino leigo, universal, gratuito e obrigatório, 
a reorganização do sistema escolar sem o questionamento do capitalismo 
dependente, enfatizavam a importância do Estado na educação e desta na 
reconstrução nacional (Ribeiro, 1993). 
Segundo Ribeiro (1993), era o liberal pragmatismo influenciando o sistema 
pedagógico brasileiro: 
▪ A Escola Primária Integral procurava exercitar nos alunos os hábitos de 
educação e raciocínio, noções de literatura, história e língua pátria, 
desenvolvendo o físico e a higiene. 
▪ O Ensino Médio integrava o Primário e o Superior, desenvolvendo o espírito 
científico com múltiplos tipos de cursos. - Defendia-se a organização 
universitária, voltada para o ensino, pesquisa e formação profissional, e 
criação da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras. 
A influência dos escolanovistas foi marcante, e a ação de educadores como 
Fernando de Azevedo e Anísio Teixeira, trouxe para a realidade educacional 
Professora Raiane Ferreira 
Curso FUB 2020 / Psicólogo Escolar 
 
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brasileira, ideias e técnicas pedagógicas dos Estados Unidos da América, 
representadas pela filosofia educacional de John Dewey. 
Contrapondo-se a essa visão, havia o pensamento conservador católico que 
procura impedir as inovações propostas pelos pioneiros escolanovistas ligadas à 
burguesia em ascensão, enquanto os conservadores representavam a aristocracia 
rural. A ideologia católica, em alguns aspectos, converge com a da Escola Nova – no 
que se refere ao não-questionamento do capitalismo dependente, à participação do 
Estado na educação e à importância da educação na reconstrução nacional –porém 
sugere diverge dessa ao ver a crise do país sob um prisma diferente e as soluções, 
em alternativas cristãs – vê o desmoronamento das instituições vigentes como 
consequência do afastamento do homem de Deus, defendendo um ensino religioso 
para a formação cristã e a educação em separado, diferenciada para cada sexo 
(Ribeiro, 1993). 
Além das reformas destacadas na linha do tempo, vale destacar um 
importante evento, ocorrido em 1930: é criado o Ministério da Educação e Saúde, 
cuja pasta é ocupada por Francisco Campos. Ademais, na Constituição de 1934, 
temos um capítulo dedicado à Educação e que atribui à União, a competência 
privativa de traçar as diretrizes educacionais do país; cria os Conselhos Nacional e 
Estaduais de Educação; determina um mínimo de verbas a serem aplicadas para o 
ensino; reconhece a Educação como direito de todos, com a obrigatoriedade do 
ensino primário, assistência social e bolsas de estudo aos alunos (Ribeiro, 1993). 
O Período do Estado Novo e do Populismo 
A partir de 1930, início da Era Vargas, surgem as reformas educacionais mais 
modernas. Com a emergência de um mundo urbano-industrial, as discussões em 
torno das questões educacionais começavam a ser o centro de interesse dos 
intelectuais e se aprofundaram, principalmente devido às inquietações sociais 
causadas pela Primeira Guerra e pela Revolução Russa que deixaram toda a 
sociedade receosa quanto a um regresso ao estado de barbárie, devido a tamanha 
violência observado nestas guerras. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Professora Raiane Ferreira 
Curso FUB 2020 / Psicólogo Escolar 
 
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Sob o comando 
de Eurico Gaspar 
Dutra, presidente 
da República 
eleito após a 
queda de Vargas 
 
Reformas 
profundas, 
levadas à 
frente por 
intermédio 
de 
Clemente 
Mariani, 
Ministro da 
Educação 
 
Reforma 
Cunha 
Barbosa, que 
reestruturou 
o ensino 
primário, que 
desde 1827 
não ganhava 
atenção 
 
 
 
Ensino Secundário foi dividido em dois 
ciclos: o ginasial e o colegial, que 
contava com duas modalidades, o curso 
clássico e científico. Esses dois cursos 
permitiam o acesso ao Ensino Superior 
Lei 
Orgânica 
do Ensino 
Primário e 
do Ensino 
Normal, 
além da Lei 
Orgânica 
do Ensino 
Agrícola 
Lei 
Orgânica 
do Ensino 
Comercial 
Finalidade de 
ministrar um 
sistema de ensino 
paralelo ao sistema 
oficial 
 
Ficou organizado com um só curso 
básico de quatro anos de 1° ciclo e 
vários cursos técnicos de três anos 
de 2 o ciclo, nas modalidades: 
comércio, propaganda, 
administração, contabilidade, 
estatística e secretariado 
 
Criado o 
Serviço 
Nacional de 
Aprendizagem 
Comercial 
(SENAC) 
Uma comissão 
presidida por 
Lourenço Filho, 
apresentou um 
anteprojeto da Lei 
de Diretrizes Básicas 
(LDB), que, somente 
em 1961 é aprovado 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Aqui, a contraposição de ideias entre católicos e liberais, que no período 
do Estado Novo foi marcante para o sistema educacional, teve um novo 
momento na década de 50, gerado pelo conflito escola pública "versus" escola 
particular A escola particular foi defendida pelos donos das escolas privadas e pela 
Igreja Católica, a qual afirmava que a escola pública não via seus alunos 
integralmente, limitando-se a desenvolver sua inteligência e outras caraterísticas 
ligadas ao conhecimento formal, ou seja, a escola pública não educava. Somente a 
escola confessional estava apta a educar, ou seja, a desenvolver a inteligência e 
formar o caráter, a partir de uma filosofia integral de vida, inexistente na escola 
Getúlio Vargas dá 
um golpe de 
estado, impondo 
uma nova 
constituição e 
iniciando o regime 
do Estado Novo 
Lei Orgânica do 
Ensino Industrial 
e a Lei Orgânica 
do Ensino 
Secundário 
Fundado o 
Serviço 
Nacional de 
Aprendizagem 
Industrial 
(Senai) 
Ensino profissional, era previsto em quatro 
modalidades: industrial, agrícola, comercial 
e normal; e dividia-se em cursos de formação 
profissional do primeiro ciclo (equivalente 
ao ginásio), e os cursos técnicos 
(equivalentes ao segundo ciclo ou colegial) 
 
Reforma Capanema, 
de cunho nazifascista 
cuja ideologia era 
voltada para o 
patriotismo e o 
nacionalismo, 
difundindo disciplina e 
ordem através dos 
cursos de moral e 
civismo e de educação 
militar para os alunos 
do sexo masculino nas 
escolas secundárias 
1948 1937 1942 1942 1942 1943 1945 1946 
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/LDB
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/LDB
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/LDB
Professora Raiane Ferreira 
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Criado o vestibular 
classificatório, 
garantindo a vaga 
nas universidades 
apenas até o 
preenchimento das 
vagas disponíveis 
 
É retirada a 
obrigatoriedade 
do ensino 
profissional nas 
instituições de 
ensino médio 
Torna-se 
obrigatório o 
ensino de 
Educação Moral e 
Cívica em todos 
os graus de 
ensino sendo 
que, no ensino 
secundário, 
recebeu a 
denominação 
mudava para 
Organização 
Social e Política 
Brasileira (OSPB) 
 
A União Nacional dos 
Estudantes (UNE) é bebida 
por ser consideradas 
subversiva 
 
Disciplinas como Filosofia(no 
2º grau) desapareceram e 
outras foram aglutinadas 
(História e Geografia 
formaram, no 1º grau, os 
Estudos Sociais); as Escolas 
Normais foram extintas 
 
Reforma dos 
ensinos 
fundamental e 
médio, durante 
o governo 
Médici, com a 
publicação de 
uma nova LDB 
na qual foram 
integrados o 
primário, 
ginásio, 
secundário e 
técnico 
Reforma 
universitária, na 
qual substituiu-se 
o sistema de 
cátedras pelo de 
departamentos ou 
institutos, além de 
ocorrer o 
desmembramento 
das Faculdades de 
Filosofia, Ciências 
e Letras (FFCL) 
pública. Os católicos defendiam a subvenção pública às escolas particulares, o 
direito das famílias na formação integral de seus filhos e baseavam-se na doutrina 
católica do papa Pio XII, além de considerarem os defensores da escola pública 
como comunistas, e, portanto, inimigos de Deus, da família e da Pátria. Os 
defensores da escola pública, por sua vez, fundamentavam suas ideias na doutrina 
liberal-pragmática de educar para ajustar o indivíduo à sociedade. (Ribeiro, 1993). 
Quando em 1961, é aprovada a Lei 4024 das Diretrizes e Bases da Educação 
Nacional, ambas as tendências são beneficiadas pelo seu conteúdo, que atende às 
reivindicações feitas tanto pelos católicos quanto pelos liberais. 
O Período Ditatorial Militar 
Com o regime iniciado em 1964, houve um aumento do autoritarismo, 
marcado na área da Educação com o banimento de organizações estudantis. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Golpe de estado 
no qual os 
militares assumem 
o poder 
Assinados os acordos MEC–Usaid, 
entre o Ministério da Educação e a 
Agência para o Desenvolvimento 
Internacional dos Estados Unidos, 
através dos quais foram 
introduzidas algumas mudanças de 
caráter tecnicista 
Criado o 
Movimento 
Brasileiro de 
Alfabetização 
foi criado, 
objetivando 
diminuir os 
níveis de 
analfabetismo 
entre os 
adultos 
LDB passa por 
mudanças 
significativas, com 
base em diretrizes 
do Relatório Atcon 
(de Rudolph Atcon) 
e do Relatório 
Meira Mattos 
(coronel da Escola 
Superior de Guerra) 
1971 1982 1964 1967 1968 1969 1960 a 1970 
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Vestibular
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Vestibular
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No período ditatorial era necessário afastar das decisões políticas e 
administrativas, os setores da sociedade que não comungavam com as mesmas 
ideias do governo. Dessa forma, o Brasil passa por um extenso período de repressão 
política, censura à Imprensa e aos outros meios de comunicação, reforço do 
Executivo, tortura a presos políticos, exílio voluntário ou não, de grandes nomes da 
Ciência e Educação, uma política de arrocho salarial que perdura até hoje, com 
consequente aumento da concentração de renda nas camadas altas e médias altas 
(Ribeiro, 1993). 
A Educação, obviamente, também sofreu esse clima político e econômicos, 
inicialmente o setor do Ensino Superior, pois o crescimento da busca pela faculdade 
cria um enorme número de alunos excedentes que tinham direito à matrícula nos 
cursos superiores, por terem sido aprovados nos vestibulares, mas não encontram 
vagas. Até 1971, não existia o vestibular tal qual hoje, que é classificatório e aprova 
os primeiros colocados proporcionalmente ao número de vagas, sendo eliminados 
apenas os candidatos que não tirassem a nota mínima estabelecida para 
aprovação. Tal cenário estimulou várias manifestações, nas quais os estudantes 
reivindicavam as vagas que lhes pertenciam por direito; o que abriu caminho a uma 
série de acordos feitos entre o Ministério da Educação e Cultura e a Agency for 
International Development (AID), conhecidos como acordos MEC-USAID – momento 
propício, segundo Ribeiro (1993) para uma intervenção externa na educação, 
justificada para se consolidar uma intervenção que no plano econômico, já se 
traçara há muito. Estes acordos ofereciam ajuda econômica à Educação, através de 
bolsas e verbas, e também propostas concretas para solução dos problemas 
educacionais brasileiros. 
A classe média começava perceber que a Educação era o único caminho que 
lhe asseguraria a ascensão social, pois se antes ela conseguia desenvolver e manter 
pequenos estabelecimentos através da poupança-investimento-poupança, agora, 
com a chegada das grandes empresas multinacionais e as dificuldades de 
investimentos, assumir cargos administrativos empresariais era forma de ascensão 
social e financeira. E a classe operária passa a exigir o ensino elementar médio para 
seus filhos, pois o mercado de trabalho solicitava pessoal mais qualificado (Ribeiro, 
1993). 
As leis que surgiram nesse período afirmavam os princípios dos acordos 
MEC-USAID, baseadas em uma educação americanizada que, na época, não atendia 
às reais necessidades da educação nem se adaptava à sociedade brasileira, sem 
contar que acentuava a dependência política e econômica já existente. A lei da 
reforma do ensino superior, por exemplo, foi redigida em apenas sessenta dias, sem 
se fazer consultas às bases e se baseia no modelo universitário americano: estrutura 
o ensino em básico e profissional, com dois níveis de pós-graduação – mestrado e 
doutorado – ; adotava o sistema de créditos, ou seja, de matrícula por matéria e 
propõe a avaliação em vez de notas por menções; mantinha a unidade do ensino e 
pesquisa e a obrigatoriedade de frequência do ensino para professores e alunos; 
introduzir para os professores o regime de tempo integral e dedicação exclusiva; 
assegurava formalmente aos estudantes participação nos grêmios universitários e 
Professora Raiane Ferreira 
Curso FUB 2020 / Psicólogo Escolar 
 
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a constituição de diretórios estudantis; introduzia o vestibular unificado e 
classificatório; e criava a instituição do monitor ( Ribeiro, 1993). 
Não só as leis desse período, mas todas as reformas referentes a Educação, 
foram feitas por um grupo minoritário que achava ser isto ou aquilo melhor ou pior 
para a sociedade que iria desfrutar do ensino. Alguns até poderiam estar imbuídos 
de um sincero sentimento salvador, porém as reformas não proporcionaram 
avanços de peso na Educação no Brasil (Ribeiro, 1993). 
O Período das Retomada Democrática 
Com o fim do Regime Militar em 1985, a educação pode receber destaque na 
Constituição Brasileira de 1988 que em seus dispositivos transitórios (ADCT 60 
modificado pela Emenda Constitucional 14/1996) dava o prazo de dez anos para a 
universalização do Ensino e a erradicação do analfabetismo. 
Em 1996, foi publicadas a nova LDB, que criou o Conselho Nacional de 
Educação, substituindo o antigo Conselho Federal de Educação que havia surgido 
com a LDB de 1961 e tinha sido extinto em 1994. 
Em 1990 foi organizado o SAEB - Sistema de Avaliação do Ensino Básico. 
Com a lei 9.424/96 foi organizado o FUNDEF - Fundo de Manutenção do 
Desenvolvimento do Ensino Fundamental (que depois de dez anos foi substituído 
pelo FUNDEB) e obrigou os Estados e Municípios a aplicarem anualmente um 
percentual mínimo de suas receitas (e desse montante, 60% pelo menos para o 
pagamento do pessoal do magistério). 
Toda essa história nos mostra que a educação escolar no Brasil nunca foi 
considerada como prioridade nacional: ela serviu apenas a uma determinada 
camada social, em detrimento das outras camadas da sociedade que 
permaneceram iletradas e sem acesso à escola. Mesmo com a evolução histórico-
econômica do país; mesmo tendo, ao longo de cinco séculos de história, passado de 
uma economia agrária-comercial-exportadora para uma economia baseada na 
industrialização e no desenvolvimento tecnológico; mesmo com as oscilações 
políticas e revoluções por que passou, o Brasil não priorizou a educação em seus 
investimentos político-sociais e a estrutura educacional permaneceu 
substancialmente inalterada até nossosdias, continuando a agir como 
transmissora da ideologia das elites e atendendo de forma mais ou menos 
satisfatória apenas a uma pequena parcela da sociedade (Ribeiro, 1993). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Conselho_Nacional_de_Educa%C3%A7%C3%A3o
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Conselho_Nacional_de_Educa%C3%A7%C3%A3o
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/LDB
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/FUNDEF
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/FUNDEB
Professora Raiane Ferreira 
Curso FUB 2020 / Psicólogo Escolar 
 
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Considerações Finais 
That's all, folks!!! 
Não vou me estender mais porque espero de coração que você tenha 
gostado da aula e este seja somente o início da nossa caminhada de sucesso, rumo 
ao primeiro lugar deste concurso... 
Te vejo em breve!!! 
 
 
 
 
 
Boa aula pessoal! 
Professora Raiane Ferreira 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
	Índice da aula 01
	Apresentação da Professora
	Análise da Banca
	Sobre o seu curso
	Calendário de aulas
	História da Educação no Brasil
	O Período Colonial
	O Período Imperial
	O Período Republicano
	O Período do Estado Novo e do Populismo
	O Período Ditatorial Militar
	O Período das Retomada Democrática
	Considerações Finais

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