Intersecção de conjuntos em SQL - Banco de Dados

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Intersecção de conjuntos em SQL	
APRESENTAÇÃO
Atualmente, o bem mais precioso que todas as empresas possuem são as informações que elas 
têm armazenadas em seus servidores. Esse grande volume de dados fica gravado em um banco 
de dados (BD), o qual é manipulado por um sistema gerenciador de banco de dados (SGBD).
As informações gravadas em um banco de dados subsidiam o processo de tomada de decisão 
das empresas. Para isso, necessita-se consultar as informações armazenadas por meio de 
consultas em BD. Dada a complexidade dessas consultas, faz-se necessário compreender como 
elas operam e podem apresentar uma melhor performance.
Neste Unidade de Aprendizagem, você verá o conceito de intersecção aplicada à álgebra 
relacional em bancos de dados e como realizar a construção de consultas SQL para aplicar na 
prática a função Intersect no PostgreSQL.
Bons estudos.
Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
Explicar a operação de intersecção em álgebra relacional.•
Exemplificar a operação de intersecção em banco de dados relacional.•
Reconhecer a implementação da operação de intersecção em SQL.•
DESAFIO
No cotidiano, é muito comum deparar-se com situações que envolvem longas consultas em 
bases de dados. Isso ocorre devido à importância que os bancos de dados têm dentro da 
empresa, já que neles ficam armazenadas informações relacionadas à sua operação. 
Suponha que a empresa na qual você trabalha preste serviços para uma grande empresa do ramo 
tecnológico.
O gerente sugeriu que, por meio do PostgreSQL, você construísse um código para:
a) Criar as tabelas supracitadas.
b) Inserir os dados nas duas tabelas.
c) Montar uma consulta em SQL para mostrar somente as tuplas que constam como beneficiário 
e como beneficiado.
INFOGRÁFICO
O papel principal que as consultas em banco de dados têm é de trazer o máximo de informação 
possível para auxiliar na análise de dados e na tomada de decisão. 
Veja, neste Infográfico, como realizar a intersecção entre dados de duas tabelas e ainda 
recuperar o conteúdo específico a que cada tupla está associada.
CONTEÚDO DO LIVRO
Os bancos de dados são os locais principais dentro da área da tecnologia no que se refere a 
armazenamento de informações. Esse papel fundamental está diretamente relacionado 
à possibilidade de geração de informações que essa ferramenta oferece.
Nos últimos anos, tem-se gerado um volume muito grande de informações. As empresas 
encontram-se desafiadas para descobrir como manipular e abstrair as informações necessárias 
desses dados. Por essa razão, entender e saber aplicar os conceitos envolvidos em uma consulta 
em base de dados impactará diretamente na performance das consultas.
No capítulo Intersecção de conjuntos em SQL do livro Consultas em banco de dados, veja o 
conceito de intersecção em álgebra relacional, a operação de intersecção em banco de dados 
relacional e como ocorre a implementação da operação de intersecção em SQL.
Boa leitura.
CONSULTAS EM 
BANCO DE DADOS
Anderson Sene Gonçalves
Intersecção de 
conjuntos em SQL
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
 � Explicar a operação de intersecção em álgebra relacional.
 � Exemplificar a operação de intersecção em banco de dados relacional.
 � Reconhecer a implementação da operação de intersecção em SQL.
Introdução
A operação de grandes bases de dados requer o conhecimento de boas 
técnicas para obter um bom desempenho e, principalmente, o resultado 
esperado em cada operação. Para isso, torna-se necessário compreender 
maneiras de elaborar determinadas funções para construção consultas 
bem estruturadas, como a partir dos conceitos de álgebra relacional.
Neste capítulo, você observará os conceitos de intersecção aplicados 
a partir de uma consulta em banco de dados, além da importância de 
conhecer e saber aplicar essa operação binária da álgebra relacional, 
o que contribuirá diretamente na construção de grandes consultas em 
banco de dados a fim de obter as informações desejadas com o melhor 
tempo e desempenho possíveis. Em suma, você verá tanto as questões 
teóricas quanto as práticas em relação à construção de consultas em 
banco de dados por meio do operador de intersecção.
1 Intersecção em álgebra relacional
A álgebra relacional refere-se a uma linguagem formal de consulta, cujos 
conceitos teóricos estão relacionados diretamente às linguagens de consulta 
em bancos de dados. Os operadores de álgebra relacional possibilitam realizar 
a projeção, a seleção, a diferença e a intersecção, a última justamente o objeto 
de estudo deste capítulo.
A aplicação de um operador de álgebra relacional requer a existência de um 
conjunto de operações, em que se tem a “entrada” como um ou mais conjuntos 
de valores e, quando aplicado um dos operadores lógicos, apresentará uma 
“saída” composta de um novo resultado proveniente do operador aplicado.
Existem diversas formas de aplicar os operadores para alcançar um novo 
conjunto de dados. Para Ramakrishnan e Gehrke (2008), a álgebra relacional é 
mais uma linguagem de consulta formal com base em um grupo de operadores 
para a manipulação relações, que pode ser tão poderosa quanto o cálculo.
Neste capítulo, você estudará como o operador de intersecção está associado 
à álgebra relacional, como pode ser visto na Figura 1, na qual há a representação 
do diagrama de Venn, o que representa e como ocorre a intersecção em um 
conjunto de dados.
Figura 1. Diagramas de Venn para uma 
operação de intersecção.
Fonte: Adaptada de Mannino (2008).
Intersecção
De acordo com Mannino (2008), um exemplo prático da operação de inter-
secção é a listagem de alunos que estão matriculados em duas instituições de 
ensino. Assim, a intersecção entre dois conjuntos de dados gerará um terceiro 
conjunto de dados com as linhas de ambos os conjuntos de dados.
Intersecção de conjuntos em SQL2
Sua representação gráfica é dada por:
 � simbologia: ∩;
 � sintaxe: (Relação 1) ∩ (Relação 2).
Para Ramakrishnan e Gehrke (2008), uma propriedade fundamental dos 
operadores de algébricos é a de aceitar uma ou duas instâncias de relação 
como seu argumento e retornar uma instância de relação como seu resultado. 
A operação de intersecção em uma base de dados relacional é representada 
por r1 ∩ r2, onde:
 � r1: representa um conjunto de tuplas;
 � ∩: é o símbolo da operação de intersecção;
 � r2: representa outro conjunto de tuplas.
Ainda conforme Ramakrishnan e Gehrke (2008), a intersecção: R ∩ M 
tem como retorno uma instância de relação que contém todas as tuplas que 
ocorrem em ambas, R e M. As relações R e M devem ser compatíveis à união, 
e o esquema do resultado é definido de forma idêntica ao esquema de R.
Para ilustrar a operação de intersecção em álgebra relacional, considere 
os dois conjuntos de dados ilustrados na Figura 2, denominados “R” e “M”.
Figura 2. Conjunto de dados “R” e “M”.
Uno
Palio
Gol
Fiesta
Corsa
Celta
Fiesta
Verona
Celta
Gol
Fusca
R M
3Intersecção de conjuntos em SQL
Observe que, nos dois conjuntos de dados, existem valores presentes em 
ambos os conjuntos “R” e “M”, enquanto outros existem somente no conjunto 
“R” ou “M”.
Diante disso, ao se realizar a operação “R ∩ M”, somente serão exibidos 
os valores presentes em ambos os conjuntos, como pode ser visto na Figura 3.
Figura 3. Resultado da operação R ∩ M.
Uno
Palio
Gol
Fiesta
Corsa
Celta
Fiesta
Verona
Celta
Gol
Fusca
R M
Fiesta
Celta
Gol
Portanto, podemos afirmar que conhecer os operadores da álgebra relacional 
contribuirá diretamente na construção de consultas em bancos de dados, bem 
como a função desempenhada pelo operador de intersecção, que, como visto, 
consiste em retornar os valores existentes em ambos os conjuntos de dados.
Você sabia que a operação de intersecção, além de compreender um conceito de 
álgebra relacional e ser aplicada a bancos de dados relacionais, tem um emprego 
semelhante em bancosde dados geográficos?
Para saber mais, leia o livro Banco de Dados Geográficos, organizado pelos pesquisa-
dores Marco Antonio Casanova, Gilberto Câmara, Clodoveu A. Davis Jr., Lúbia Vinhas 
e Gilberto Ribeiro de Queiroz, disponível livremente na internet.
Intersecção de conjuntos em SQL4
2 Intersecção em banco de dados relacional
Para o armazenamento de informações, as empresas fazem uso de um programa 
intitulado Sistema Gerenciador de Banco de Dados (SGBD), ferramenta que 
tem como funções armazenar, gerenciar e manipular os dados gravados.
Atualmente, existem diversos pacotes de software que realizam a função 
de um SGBD, como os software proprietários (aqueles cujo uso depende de 
aquisição de licença), como Microsoft SQL Server e Oracle, e os open source 
(aqueles sob licença pública, como a GNU), como PostgreSQL, MariaDB e 
MySQL.
Além disso, os SGBD citados operam sob um modelo de bancos de dados 
chamado modelo relacional, que diz respeito à existência de relações entre 
as tabelas, as quais permitem a criação de restrições de dados de uma tabela 
em relação à outra.
Com a criação de diversos SGBD, definiu-se uma linguagem específica 
para a criação e a manipulação desses dados: a SQL (acrônimo de Structured 
Query Language — Linguagem de Consulta Estruturada), que torna possível 
criar tabelas, inserir e atualizar valores e remover tuplas, além de manipular 
os dados por meio das consultas na base de dados. 
De acordo com Elmasri e Navathe (2011), a definição de banco de dados 
tem as seguintes propriedades implícitas:
 � representação de aspectos do mundo real;
 � coleção lógica e coerente de dados com algum significado inerente;
 � projeto, construção e povoamento por dados, atendendo a uma proposta 
específica.
Um banco de dados é composto por um conjunto de tabelas, as quais têm 
por objetivo definir a estrutura dos dados que serão armazenados. As tabe-
las, por sua vez, são formadas por atributos que especificam informações a 
respeito das primeiras, e os atributos dispõem de tipos de dados, associados 
diretamente ao tipo de informação que será armazenada naquele atributo. 
Quando se aplica a operação de intersecção em uma base de dados, 
o SGBD busca comparar todas as tuplas dos conjuntos de dados envolvidos, 
para localizar as correspondências existentes simultaneamente nos dois con-
juntos de dados.
5Intersecção de conjuntos em SQL
Com base nisso, considere o banco de dados de uma universidade. Nesse 
modelo, há uma tabela denominada professor, que será responsável por 
armazenar as informações relacionadas a todos os docentes da instituição, 
enquanto a tabela coordenador terá a função de armazenar os dados de 
todos os professores que, além da docência, exercem a função de coordenador 
de curso.
A seguir, há a representação da tabela professor, que tem cinco atributos 
(ID, nome, dataNascimento, curso e dataInicio) e um total de 10 
tuplas ou registros (as linhas da tabela). Nessa tabela, consta a representação 
de informações relacionadas aos professores:
 � ID: atributo único e usado para identificar cada tupla;
 � nome: nome do professor;
 � dataNascimento: data de nascimento do professor;
 � curso: curso a que o professor está associado;
 � dataInicio: data em que o professor começou a lecionar na 
instituição.
Tabela professor
ID nome dataNascimento curso dataInicio
990 Nanni 
Demchen
13/06/1973 Administração 04/11/2015
991 Dagny Canner 09/09/1985 Ciências 
Contábeis
14/06/2018
992 Rhea Farlam 05/10/1990 Análise e 
Desenvolvimento 
de Sistemas
23/05/2016
993 Rheta Brik 13/09/1983 Direito 05/03/2019
994 Caz Bracken 10/08/1982 Análise e 
Desenvolvimento 
de Sistemas
11/10/2015
995 Larissa Di 
Claudio
14/02/1989 Análise e 
Desenvolvimento 
de Sistemas
01/05/2018
996 Jinny Heady 08/03/1987 Direito 09/11/2018
Intersecção de conjuntos em SQL6
ID nome dataNascimento curso dataInicio
997 Alysia Klimas 10/03/1979 Análise e 
Desenvolvimento 
de Sistemas
02/06/2015
998 Dalenna 
Verbeek
29/08/1973 Marketing 02/12/2017
999 Lorianna 
Aisthorpe
09/03/1969 Ciências 
Contábeis
18/07/2018
Já na tabela coordenador, a seguir, estão representados cinco atributos 
(ID, nome, dataNascimento, curso e dataInicio) e um total de 
quatro tuplas ou registros (linhas da tabela). Essa tabela visa a armazenar as 
informações dos professores que também são coordenadores, cujos atributos 
dizem respeito a:
 � ID: atributo único e usado para identificar cada tupla;
 � nome: nome do professor;
 � dataNascimento: data de nascimento do professor;
 � curso: curso que o professor coordena;
 � dataInicio: data em que o professor começou a coordenar o curso.
Tabela coordenador
ID nome dataNascimento curso dataInicio
990 Nanni 
Demchen
13/06/1973 Administração 04/11/2015
997 Alysia Klimas 10/03/1979 Análise e 
Desenvolvimento 
de Sistemas
02/06/2015
998 Dalenna 
Verbeek
29/08/1973 Marketing 02/12/2017
999 Lorianna 
Aisthorpe
09/03/1969 Ciências Contábeis 18/07/2018
7Intersecção de conjuntos em SQL
Ao reproduzirmos a intersecção de professor ∩ coordenador, o 
resultado será uma representação das tuplas existentes tanto na tabela pro-
fessor quanto na tabela coordenador, conforme visto na tabela a seguir.
ID nome dataNascimento curso dataInicio
990 Nanni Demchen 13/06/1973 Administração 04/11/2015
997 Alysia Klimas 10/03/1979 Análise e Desenvolvi-
mento de Sistemas
02/06/2015
998 Dalenna 
Verbeek
29/08/1973 Marketing 02/12/2017
999 Lorianna 
Aisthorpe
09/03/1969 Ciências Contábeis 18/07/2018
Na Figura 4, apresenta-se um exemplo abordado por Mannino (2008), em 
que são exibidas duas tabelas de alunos, chamadas aluno1 e aluno2, com 
as mesmas quantidades de atributos e com os respectivos tipos de dados. Vale 
ressaltar que, para a realização de intersecção em dois conjuntos de dados, 
os dois conjuntos de dados devem ter a mesma representação referente à 
quantidade de atributos e aos seus respectivos tipos de dados.
Essa teoria também é defendida por Mannino (2008), que aponta, apesar da 
possibilidade de determinar se duas linhas são idênticas apenas comparando 
cada CPFAluno, todas as colunas são comparadas em virtude da maneira 
como os operadores são projetados.
Figura 4. Tabelas aluno1 e aluno2.
Fonte: Adaptada de Mannino (2008).
Intersecção de conjuntos em SQL8
Com base nas duas tabelas da Figura 4, Mannino (2008) expõe que a 
operação de intersecção recupera apenas as linhas em comum, cujo resultado 
é dado na Figura 5.
A linha exibida na tabela da Figura 5 diz respeito à única tupla que constava 
tanto na tabela aluno1 quanto na tabela aluno2. Por isso, ao realizar r1 ∩ r2, 
obtém-se essa tabela com apenas uma tupla.
Figura 5. Resultado da operação aluno1 INTERSECT aluno2.
Fonte: Adaptada de Mannino (2008).
3 Implementação da operação 
de intersecção em SQL
Agora, você verá como realizar a aplicação do comando de intersecção em uma 
consulta de banco de dados. Para tanto, será necessário fazer uso do comando 
SELECT para consultar todos ou partes dos atributos de uma tabela. De acordo 
com Barbosa e Freitas (2018), a partir do comando SELECT, pode-se realizar 
consultas ao banco de dados, retornando registros, parâmetros, composições, 
bem como muitos outros tipos de consultas. Além desse comando, veremos 
como trabalhar em conjunto o comando INTERSECT com consultas usando 
também a cláusula WHERE.
Para tanto, considere as tabelas professor e coordenador citadas 
anteriormente, nas quais temos, respectivamente, os registros dos docentes e 
as informações dos professores que também exercem a coordenação de curso. 
A informação que precisamos levantar é a relação de todos os professores que 
também são coordenadores. Para isso, pode-se partir da representação r1 ∩ r2 
para alcançar o resultado desejado. 
Tem-se, portanto, a seguinte query (consulta):
SELECT * FROM professor
INTERSECT
SELECT * FROM coordenador;
9Intersecção de conjuntos em SQL
Devemos salientar que:
 � SELECT: é o comando responsável por consultaras tuplas de uma tabela;
 � * (asterisco): indica que todos os atributos da tabela serão apresentados 
na consulta;
 � FROM: aponta qual será a tabela consultada;
 � professor/coordenador: são as tabelas consultadas;
 � INTERSECT: comando responsável por realizar justamente a intersec-
ção das tuplas das duas tabelas.
Para o funcionamento do INTERSECT, os atributos da tabela devem 
apresentar as mesmas especificações, tanto da quantidade de atributos quanto 
da definição dos respectivos tipos de dados.
Além disso, podemos combinar as demais especificações de um comando 
SELECT em uma query usando o INTERSECT, como exibido no exemplo a 
seguir. Dessa maneira, somente as tuplas da tabela professor com o ID 
maior que 995 serão avaliadas na hora de realizar a intersecção com a tabela 
coordenador.
SELECT * FROM professor
 WHERE ID > 995
INTERSECT
SELECT * FROM coordenador;
Na tabela a seguir, ilustra-se o resultado apresentado pela consulta citada. 
Ao compararmos a tabela professor com a tabela coordenador, pode-
mos perceber que somente a tupla de ID igual a 990 deixou de aparecer no 
resultado da intersecção das duas tabelas. Isso ocorreu justamente pela adição 
da cláusula WHERE ID > 995 ao primeiro SELECT, ou seja, essa condição 
invalida o retorno da tupla 990, já que 990 é inferior a 995.
Intersecção de conjuntos em SQL10
ID nome dataNascimento curso dataInicio
997 Alysia Klimas 10/03/1979 Análise e 
Desenvolvimento 
de Sistemas
02/06/2015
998 Dalenna 
Verbeek
29/08/1973 Marketing 02/12/2017
999 Lorianna 
Aisthorpe
09/03/1969 Ciências Contábeis 18/07/2018
A cláusula WHERE pode também estar disposta tanto no primeiro quanto 
no segundo SELECT:
SELECT * FROM professor
 WHERE ID > 995
INTERSECT
SELECT * FROM coordenador
 WHERE ID <= 998;
Essa consulta apresenta tanto a cláusula do WHERE tanto no primeiro quanto 
no segundo SELECT, caso em que as tuplas consideradas na intersecção dessas 
duas tabelas serão somente as que atendem às condições do WHERE de ambos 
os SELECT e que estiverem nas duas tabelas. 
A tabela a seguir ilustra a execução da consulta apresentada, que apresenta 
duas cláusulas WHERE. Como pode ser visto, com a adição da condição de ID 
menor ou igual a 998, uma das tuplas deixou de ser exibida no resultado da 
intersecção das duas tabelas.
ID nome dataNascimento curso dataInicio
997 Alysia Klimas 10/03/1979 Análise e 
Desenvolvimento 
de Sistemas
02/06/2015
998 Dalenna 
Verbeek
29/08/1973 Marketing 02/12/2017
Por fim, e não menos importante, também podemos adicionar a ordenação 
baseada no resultado da intersecção de duas query, o que permite ordenar de 
modo crescente ou decrescente as tuplas resultadas de uma consulta.
11Intersecção de conjuntos em SQL
Na consulta exibida a seguir, foi adicionada, após a última condição do 
WHERE, a função de ordenação ORDER BY 3, o que significa dizer que as 
tuplas exibidas após a intersecção das duas tabelas serão ordenadas em ordem 
crescente a partir da terceira coluna da tabela resultante.
SELECT * FROM professor
 WHERE ID > 995
INTERSECT
SELECT * FROM coordenador
 WHERE ID <= 998
ORDER BY 3;
ID nome dataNascimento curso dataInicio
998 Dalenna 
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29/08/1973 Marketing 02/12/2017
997 Alysia Klimas 10/03/1979 Análise e 
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02/06/2015
O resultado da consulta fez com que as tuplas sofressem alteração na ordem 
de exibição. Afinal, na coluna 3 (dataNascimento), a tupla de ID igual 
a 998 nasceu em 29/08/1973, enquanto a tupla de ID 997 nasceu em 
10/03/1979, ou seja, ao ordenarmos de forma crescente (do menor para o 
maior), a tupla ID 998 assumiu a posição antes da tupla ID 997.
Para inverter a ordem de ordenação de um ORDER BY, basta adicionar o modificador 
DESC logo após o número de índice do atributo que você deseja ordenar.
SELECT * FROM professor
 WHERE ID > 995
INTERSECT
SELECT * FROM coordenador
 WHERE ID <= 998
ORDER BY 3 DESC;
Intersecção de conjuntos em SQL12
Ramakrishnan e Gehrke (2008) abordam um exemplo, representado na Figura 6, 
sobre o uso do comando INTERSECT, em que se pede para encontrar os nomes 
dos marinheiros que reservaram um barco vermelho e um barco verde. O exemplo 
demonstra como e para que se deve utilizar o comando INTERSECT. 
Figura 6. Representação das instâncias M1 e M2 de marinheiros, e R1 de reservas.
Fonte: Adaptada de Ramakrishnan e Gehrke (2008).
Para obtermos as informações referentes aos marinheiros, há uma alternativa para 
desenvolver essa consulta usando as tabelas envolvidas com o operador lógico AND, 
conforme visto no exemplo de consulta elaborado por Ramakrishnan e Gehrke (2008).
SELECT
 M.nome-marin 
FROM
 Marinheiros M
 , Reservas R1
 , Barcos B1
 , Reservas R2
 , Barcos B2
WHERE 
 M.id-marin = R1.id-marin
 AND R1.id-barco = B1.id-barco
 AND M.id-marin = R2.id-marin
 AND R2.id-barco = B2.id-barco
 AND B1.cor = 'vermelho'
 AND B2.cor = 'verde';
Essa consulta representa uma alternativa para as tuplas das mesmas tabelas que 
usam condições distintas no WHERE, ou seja, nessa query, existe a duplicação na 
inclusão das tabelas que estão sendo usadas para elaborar a consulta na base de 
dados. Observe que as tabelas reservas e barcos estão duplicadas duas vezes 
cada uma e, nas condições do WHERE, há a replicação dos filtros alterando para cada 
uma das duas tabelas duplicadas. 
13Intersecção de conjuntos em SQL
BARBOSA, F. F. M.; FREITAS, P. H. C. Modelagem e desenvolvimento de banco de dados. 
Porto Alegre: SAGAH, 2018. 188 p.
ELMASRI, R.; NAVATHE, S. B. Sistemas de bancos de dados. 6. ed. São Paulo: Pearson 
Education do Brasil, 2011. 788 p.
MANNINO, M. V. Projeto, desenvolvimento de aplicações e administração de banco de 
dados. 3. ed. Porto Alegre: AMGH; 2008. 717 p.
RAMAKRISHNAN, R..; GEHRKE, J. Sistemas de gerenciamento de banco de dados. 3. ed. 
Porto Alegre: AMGH; Bookman, 2008. 905 p.
Leituras recomendadas
CASANOVA, M. A. et al. (org.). Bancos de dados geográficos. Curitiba: EspaçoGEO, 2005. 
504 p. Disponível em: http://www.dpi.inpe.br/livros/bdados/. Acesso em: 9 maio 2020.
CIFERRI, C. D. A. Álgebra relacional e SQL. São Carlos: Instituto de Ciências Matemáticas 
e de Computação, 2013. 57 p. (Notas de aula). Disponível em: http://wiki.icmc.usp.br/
images/2/2c/SCC578920131-algebraSQL.pdf. Acesso em: 9 maio 2020.
DATE, C. J. SQL e teoria relacional: como escrever códigos SQL precisos. São Paulo: 
Novatec, 2015. 536 p.
SILBERSCHATZ, A.; KORTH, H. F.; SUDARSHAN, S. Sistema de banco de dados. 3. ed. São 
Paulo: Makron Books, 1999. 778 p.
Essa forma de escrever a consulta acaba tornando a sua interpretação confusa e 
mais difícil de compreender (RAMAKRISHNAN; GEHRKE, 2008). Por isso, há justamente 
a alternativa de desmembrá-la em duas e realizar a INTERSECT dos dois conjuntos, 
embora isso ainda fará com que sejam retornados apenas os valores existentes em 
ambas as consultas. Para resolver essa questão, basta adicionar a cláusula ALL logo 
depois do INTERSECT para que as linhas duplicadas nas duas tabelas também sejam 
exibidas no terceiro conjunto de valores gerado a partir da intersecção.
Intersecção de conjuntos em SQL14
Os links para sites da web fornecidos neste capítulo foram todos testados, e seu fun-
cionamento foi comprovado no momento da publicação do material. No entanto, a 
rede é extremamente dinâmica; suas páginas estão constantemente mudando de 
local e conteúdo. Assim, os editores declaram não ter qualquer responsabilidade 
sobre qualidade, precisão ou integralidade das informações referidas em tais links.
15Intersecção de conjuntos em SQL
DICA DO PROFESSOR
Nos últimos anos, o volume de dados gerado é superior ao de décadas atrás. Esses dados se 
tornam informações valiosas para as empresas e sustentam o processo de tomada de decisão. Por 
isso, compreender e saber aplicar cada uma das técnicas envolvidas nessa área impacta 
diretamente no seu futuro e na sua atuação profissional.Nesta Dica do Professor, veja um pouco mais sobre o uso do comando Intersect.
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EXERCÍCIOS
1) A intersecção é um dos operadores relacionados à álgebra relacional. Diante disso, 
pode-se afirmar que o conceito de intersecção tem o objetivo de:
A) a partir de um conjunto de dados, gerar um segundo conjunto de dados a partir de todos os 
valores existentes nos conjuntos de dados.
B) a partir de dois conjuntos de dados, gerar um segundo conjunto de dados a partir dos 
valores existentes em ambos os conjuntos.
C) a partir de dois conjuntos de dados, gerar um terceiro conjunto de dados a partir dos 
valores existentes em ambos os conjuntos.
D) a partir de dois conjuntos de dados, gerar um terceiro conjunto de dados a partir dos 
valores que não estão em ambos os conjuntos.
E) a partir de dois conjuntos de dados, gerar um terceiro conjunto de dados a partir de todos 
os valores existentes nos dois conjuntos.
2) 
Na álgebra relacional, a representação de conjuntos se dá por meio do uso de 
operadores específicos. Sendo assim, dada a relação r1 ∩ r2, em que r1 
equivale à tabela de funcionários e r2 à tabela de alunos, 
considere as tabelas abaixo:
Qual das alternativas a seguir ilustra a intersecção das duas tabelas para apontar 
todos os alunos que também estão na tabela Funcionários?
A) 
B) 
C) 
D) 
E) 
3) A intersecção relacionada à álgebra relacional apresenta o mesmo propósito quando 
aplicada em consultas a banco de dados. Por isso, considerando as tabelas Alunos e 
Funcionários exibidas a seguir, qual é a consulta SQL responsável por trazer 
exatamente os alunos que também são funcionários?
A) Confira a alternativa A:
 
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B) Confira a alternativa B: 
 
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C) Confira a alternativa C:
 
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D) Confira a alternativa D: 
 
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Confira a alternativa E: E) 
 
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4) As consultas a banco de dados apresentam papel destacável diante da variedade de 
motivos que levam à necessidade de uma informação. Dito isso, ao elaborar uma 
consulta SQL para combinar o resultado de duas tabelas a partir do comando 
Intersect, podem-se combinar alguns outros comandos ao Select. Avalie as 
alternativas a seguir e selecione a correta.
A) Não é possível adicionar outros comandos nessa consulta.
B) A adição se limita apenas à condição Where.
C) É possível adicionar a condição Where, mas não se pode adicionar ordenação nessa 
consulta.
D) Podem-se adicionar filtros a partir do Where usando os operadores And, Or e Not.
E) É possível adicionar a condição Where, mas não é possível utilizar os operadores And, Or 
e Not.
As consultas em banco de dados podem ser combinadas a diversos outros comandos 
de SQL, como a uma própria consulta. Considerando as tabelas Alunos e 
Funcionários e r1 ∩ r2 exibidas a seguir, qual é a consulta SQL responsável por 
trazer exatamente os alunos que também são funcionários?
5) 
A) Confira a alternativa A: 
 
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B) Confira a alternativa B: 
 
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C) Confira a alternativa C: 
 
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D) Confira a alternativa D: 
 
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E) Confira a alternativa E:
 
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NA PRÁTICA
Atualmente, devido ao grande volume de informações trafegadas diariamente, um dos maiores 
desafios que se tem dentro da área tecnológica está associado ao armazenamento e à 
manipulação de dados. Por isso, profissionais de tecnologia são uma das posições mais 
requisitadas no mercado de trabalho atual.
Acompanhe, Na Prática, uma situação comum em diversas empresas: o uso de uma consulta 
com o comando Intersect na busca de uma informação.
SAIBA MAIS
Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do 
professor:
Projeto, desenvolvimento de aplicações e administração de banco de dados
Nesta obra, a partir do Capítulo 3, item 3.4.5 Operadores de união, intersecção e diferença, 
são abordados os conceitos relacionados à intersecção em álgebra relacional.
Sistemas de gerenciamento de bancos de dados
Neste livro, a partir da Parte IV - Avaliação de consultas, o autor discorre sobre a intersecção 
em álgebra relacional: dois conjuntos gerando um terceiro conjunto a partir dos valores 
existentes em ambos.
Álgebra relacional
Este material, construído a partir de notas de aulas de Karine Reis Ferreira, Gilberto Câmara e 
Gilberto Ribeiro de Queiroz, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), apresenta 
conceitos de álgebra relacional.
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Álgebra relacional - banco de dados
Neste vídeo, você acompanha uma aula sobre álgebra relacional ministrada pelo Prof. Dr. André 
Santanchè, da Universidade de São Paulo (USP).
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