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Mariana Rocha Cruz – UNIFESO- TURMA 102 @maridejaleco É um tipo de transmissão química que envolve a participação de transmissores adrenérgicos. Todos têm estrutura catecolinérgicas, logo são catecolaminas, que é uma substancia aminada com um agrupamento catecol. A neurotransmissão adrenérgica são aquelas em que as fibras secretam epinefrina ou norepinefrina. Destaca-se a maioria dos neurônios pós-ganglionares simpáticos são adrenérgicos e, por isso, a norepinefrina é conhecida como neurotransmissor simpático. Locais da transmissão adrenérgica: •Vias nervosas periféricas- Fibras simpáticas pós-ganglionares; Medula adrenal (células cromafins): são capazes de produzir, armazenar e liberar catecolaminas. A medula adrenal libera na corrente sanguínea, por isso é conhecida como neuro-hormônio adrenérgico. Potencializando a ação adrenérgica, contribuindo para a maior ação. Embora as células cromafins sejam encontradas na maior parte na medula adrenal, elas também podem ser encontradas na parede intestinal, gânglios simpáticos e corpúsculos carotídeos. •Vias noradrenérgicas centrais: Importância: -Controle central da pressão arterial -Ciclo sono-vigília -Regulação do humor e emoções (hipotálamo, tronco cerebral, fazendo projeções com várias áreas centrais - córtex, sistema límbico, cerebelo, medula espinhal) Vias dopaminérgicas centrais e periféricas: Importância - vasos sanguíneos (D1); Controle do humor e emoções (prazer, motivação); atenção, aprendizado, memória, apetite; Controle dos movimentos involuntários e posturais (D1, D2). Do ponto de vista fisiopatológico ocorre uma redução na atividade dopaminérgica no nível do estriado. Isto ocorre porque há uma degeneração dos neurônios pigmentados da substância negra do mesencéfalo que se projetam para o corpo estriado, estrutura dos núcleos da base constituída pelo núcleo caudado e putâmen. Estes neurônios produzem dopamina que é liberada na sinapse. O neurônio pós-sináptico, por sua vez, projeta-se para o globo pálido, outra estrutura dos núcleos da base1 . Este neurônio do estriado é do tipo espiculado ou espinhoso e de tamanho médio. Nele estão localizados os receptores dopaminérgicos. A razão porque ocorre a degeneração do neurônio dopaminérgico ainda permanece desconhecida, mas o tratamento dos sintomas da doença pode ser, ao menos parcialmente, bem sucedido se fizermos a restauração da atividade dopaminérgica estriatal. O sistema nervoso simpático também é chamado de toraco lombar, devido aos corpos ganglionares das fibras pré-simpaticas (fibras curtas), se situarem nos cornos laterais dos segmentos toraco lombares de medula espinal Transmissão Adrenérgica Mariana Rocha Cruz – UNIFESO- TURMA 102 @maridejaleco Mariana Rocha Cruz – UNIFESO- TURMA 102 @maridejaleco A maioria dos gânglios simpáticos são organizados em cadeias, cadeia ganglionar paravertebral e cadeia ganglionar pré-vertebral. •Síntese, armazenamento e liberação de catecolaminas: Noradrenalina, dopamina e adrenalina. Sâo monoaminas com grupo catecol (benzeno com 2OH-). São formadas a partir de um aminoácido que é a L-tirosina, que é captada para dentro do neurônio, e é convertida em L-dopa e depois em dopamina. Se esse for um neurônio dopaminérgico, a conversão para em dopamina pois só possui a enzima para converter tirosina em dopamina. Ademais, se for noradrenérgico, converte a dopamina em noradrenalina. Tirosina → L-dopa →Noradrenalina → Adrenalina (na adrenal). A adrenalina só é formada na medula da glândula adrenal. Já a dopamina e a noradrenalina são formadas no SNC e no periférico. Liberação das catecolaminas: Ocorre um estimulo proveniente do SNC que estimulou um neurônio pré- ganglionar, faz uma sinapse e estimula o neurônios pós- ganglionar. Ocorre uma despolarização na membrana nervosa promovendo um influxo de cálcio que fará uma fusão da vesícula com a membrana plasmática liberando aquela molécula pronta armazenada de noradrenalina ou dopamina. A guanetidina é usada para inibir a liberação de noradrenalina. Armazenamento e liberação das catecolaminas: A- Vesículas adrenérgicas: B- Liberação: Espontânea / sob estímulo (exocitose) •Fatores que regulam a síntese de neurotransmissores: -Concentração da catecolamina livre no citoplasma da estrutura adrenérgica (terminal adrenérgico e células cromafins), uma vez que há uma relação a esse neurotransmissor livre e a ação da tirosina hidroxilase, por exemplo, o aumento da concentração de noradrenalina nas fibras pós-ganglionares leva a um feedback inibitório sobre a tirosina hidroxilase. Além disso, a síntese pode ser também alterada pela presença/ participação das proteínas quinases A e C, essas enzimas estimulam a enzima tirosina hidroxilase e, consequentemente, aumentam a produção de catecolaminas. Há também o cortisol, hormônio, que exerce uma influência excitatória sobre a tirosina hidroxilase e a n- metil transferase, aumentando a concentração dessas enzimas e a produção das catecolaminas, agindo, principalmente, na medula adrenal (produção de adrenalina). •Destino das catecolaminas liberadas: Após a secreção de norepinefrina pela terminação nervosa, ela é removida do local secretório por três formas: • Interação com receptores pós-sinápticos: α e β- adrenérgicos: Os neurotransmissores adrenérgicos podem interagir com receptores pós-sinápticos. Mariana Rocha Cruz – UNIFESO- TURMA 102 @maridejaleco Dessa maneira, os neurotransmissores ligam-se à receptores específicos nas células efetoras. O receptor fica na parte exterior da membrana celular, ligado como grupamento prostético a uma molécula proteica que atravessa toda a membrana celular. Quando a substância transmissora se liga ao receptor, isso causa alteração conformacional na estrutura da molécula proteica. Por sua vez, a molécula proteica alterada excita ou inibe a célula, por (1) causar alteração da permeabilidade da membrana celular para um ou mais íons, ou (2) ativar ou inativar a enzima, ligada do outro lado do receptor proteico, onde ele proemina para o interior da célula. Os receptores adrenérgicos são divididos em alfa (subdividido em alfa1 e alfa2) e beta (subdividido em beta1, beta2 e beta3). Geralmente os receptores beta1 e alfa1 promovem excitação, enquanto que alfa2 e beta2 são inibidores. Ressalta-se que a norepinefrina e a epinefrina, secretadas no sangue pela medula adrenal, têm efeitos ligeiramente diferentes na excitação dos receptores alfa e beta. Nesse contexto, deve-se lembrar que os receptores alfa e beta não estão necessariamente associados à excitação ou inibição, mas simplesmente à afinidade do hormônio pelos receptores do dado órgão efetor. A noradrenalina age com receptores nos neurônios pós-sinápticos (órgãos alvos) ou pré-sinápticos. Dessa forma, a noradrenalina ao ligar-se com o receptor alfa2 no terminal pré-sináptico age por meio de feedback negativo, inibindo a liberação de noradrenalina, enquanto que ao ligar-se com o receptor beta2 há um feedback positivo, aumentando a secreção de noradrenalina •Controle da atividade adrenérgica: captação neuronal e extra-neuronal: Os neurotransmissores liberados pelas fibras nervosas (dopamina e noradrenalina) são removidos pela captação neuronal, que é um processo ativo, sódio dependente e com participação de carreadores. Uma vez captada pela terminação a catecolamina pode ficar dispersa no citoplasma, formando um pulso citoplasmático; pode ser re-armazenada no interior das vesículas; ou pode ser metabolizada pela enzima MAO (principal enzima intraneuronal das catecolaminas). O processo de recaptação para a terminação nervosa adrenérgica,pelo transporte ativo, é responsável pela remoção de 50% a 80% da norepinefrina secretada. Além disso, a catecolamina também pode difundir-se para o sanguee daí direcionar-se para o fígado ou para os rins para ser metabolizada ou para os rins para ser eliminadas diretamente como noradrenalina, adrenalina ou dopamina. Ou seja, ocorre a difusão para fora das terminações nervosas para os fluidos corporais adjacentes e, depois, para o sangue, sendo responsável pela remoção de quase todo o resto da norepinefrina. (difusão) Uma outra forma de remoção da fenda sináptica é a captação para o interior das células efetoras, captação extraneuronal, principalmente, para a adrenalina, que possui uma afinidade maior pelo sistema de transporte que é observado na célula efetora, enquanto que a noradrenalina e a dopamina possuem uma afinidade maior pelo transporte das fibras nervosas (captação neuronal tipo 1). Quando levada para o interior da célula efetora, 14 geralmente a catecolamina é metabolizada/ destruída, podendo existir enzimas como a CONT ou MAO, no interior dessas células efetoras e quando essa metabolização for feita apenas pela CONT, os produtos são normetanefrina e metanefrina, respectivamente a partir da noradrenalina e da adrenalina. Quando as catecolaminas sofrerem dupla metabolização pela CONT e pela MAO, os principais produtos metabólicos são: mopégui (etoxi-hidroxifniletilenoglicol) e ácido vanilmandélico (AVL - principal resíduo metabólico encontrado na urina). Observa-se que a norepinefrina secretada diretamente para um tecido permanece ativa por apenas alguns segundos, ou seja ela apresenta uma Mariana Rocha Cruz – UNIFESO- TURMA 102 @maridejaleco recaptação e difusão para fora do tecido rápida. Entretanto, a norepinefrina e a epinefrina, secretadas no sangue pela medula adrenal permanecem ativas até que elas se difundam para algum tecido, onde poderão ser destruídas pela catecol-O-metil transferase, o que ocorre principalmente no fígado. Sendo assim, quando secretadas no sangue, tanto a norepinefrina quanto a epinefrina permanecem ativas por 10 a 30 segundos, mas suas atividades declinam até se extinguirem por 1 a mais minutos. c. •Metabolismo neuronal e extra-neuronal (MAO e COMT): Pode haver a destruição de pequenas quantidades por enzimas teciduais (pode ser pela enzima denominada monoamina oxidase, encontrada nas terminações nervosas, ou pela catecol-O-metil transferase presente difusamente em todos os tecidos). 2.3. Receptores α - adrenérgicos: Modelos de receptores (α1 e α2) e locais onde podem ser encontrados; Efeitos α -adrenérgicos: α1 e α2: Todas as catecolaminas são capazes de agir com o receptor alfa1 . A estimulação do receptor alfa1 têm como consequência a ativação da proteína Gq, da fosfolipase C, com a formação dos segundos mensageiros (IP3 e DAG), que determinam a mobilização endógena de cálcio, e diacilglicerol, responsável pela ativação da proteína quinase C. Esses eventos são importantes para o surgimento das respostas. Alfa1 - midríase, glicogenólise, vasoconstrição periférica (aumento da P.A.), contração dos esfíncteres do trato gastrointestinal, contração do esfíncter da bexiga e ureter, redução da secreção brônquica (faz com que chegue mais ar aos alvéolos), suor adrenérgico, saliva espessa (boca seca pela alteração da saliva), piloereção e ejaculação. Já os receptores alfa2 atuam através da proteína Gi ou Go. Inibindo Adenil-ciclase, diminuindo o AMPc intracelular, reduzindo a atividade da proteína quinase A, por exemplo nas células beta de Langherans (menor liberação de insulina por meio desse mecanismo). Em outras células efetoras, redução do aporte de cálcio, por exemplo, em terminações nervosas simpáticas ou parassimpáticas que gera um controle inibitório da mesma. Em algumas células efetoras, ainda, determina a ativação de fosfolipase C, aumento da formação de DAG, mobilização de cálcio, gerando contração do músculo liso vascular (vasoconstrição). Ou a proteína Gi/Go pode ainda atuar ativando canais de K+, agindo no músculo liso digestório. Alfa2 - inibe liberação de neurotransmissor (feedback negativo). Mariana Rocha Cruz – UNIFESO- TURMA 102 @maridejaleco Receptores β-adrenérgicos: Modelos de receptores (β1, β2 e β3) e locais onde podem ser encontrados; Efeitos β1; β2 e β3 adrenérgicos: As catecolaminas quando interagem com esses receptores atuam através da proteína Gs, ativa a Adenil-ciclase, aumenta a formação intracelular do segundo mensageiro AMPc, que por sua vez liga-se e ativa a proteína quinase A. O que acontece em seguida depende da célula efetora. Desse modo, a proteína quinase pode fosforilar canais de cálcio de algumas células efetoras em alguns locais do organismo, aumentando o aporte de cálcio, por exemplo, no coração aumentando o vigor da contração. Pode a proteína quinase A fosforilar enzimas que, por exemplo, participam de processos hepáticos de glicogenólise, gliconeogênese, estimulando esses processos. Pode aumentar o aporte de cálcio nas células justaglomerulares (rins), aumentando a secreção de renina. Pode estimular e lipólise. Essas são efeitos importantes decorrentes das proteínas quinase A (PKA), que depende da formação do AMPc. Em músculos liso a formação do AMPc 15 e ativação da PKA leva à inibição da miosina quinase, como consequência há o relaxamento dos músculos lisos (efeito inibitório). Efeitos β adrenérgicos pós-sinápticos: Beta1 - coração: aumento do ionotropismo (aumento da força de contração da musculatura cardíaca), aumento da frequência cardíaca, aumento do débito cardíaco, aumento da velocidade de contração. aparelho justaglomerular: aumento da secreção de renina e reabsorção de sódio, vasoconstrição dos vasos sanguíneos renais (menor produção de urina). Trato Gastrointestinal: reduz motilidade (menor peristaltismo). Beta2 - pós-sináptico: vasodilatação, broncoconstrição, relaxamento do útero gravídico e relaxamento do detrusor (bexiga - perde vontade de urinar), aumento da glicemia, estimula a glicólise (gliconeogênese) e aumento da liberação de insulina. pré-sináptico: aumento da liberação de neurotransmissores. Beta3 : lipólise. Por fim, sobre a transmissão adrenérgica, é válido destacar que os efeitos da estimulação simpática têm uma duração maior e são mais difundidos do que os efeitos da estimulação parassimpática, pelas seguintes razões: (1) axônios simpáticos pós-ganglionares divergem, de forma mais acentuada; como resultado, muitos tecidos são ativados simultaneamente. (2) A acetilcolinesterase (AChE) inativa rapidamente a acetilcolina (ACh), mas a norepinefrina (NE) permanece mais tempo na fenda sináptica. (3) A secreção de epinefrina e norepinefrina no sangue a partir da medula da glândula suprarrenal (como hormônios) intensifica e prolonga as respostas provocadas pela liberação da norepinefrina como um neurotransmissor dos axônios simpáticos pós- ganglionares. 1) As células cromafins, diferindo das fibras pós ganglisimpáticas tem a noradrenalina como NT mais importante . ERRADO, É A EP. 2) A tirosina-hidroxilase, passo limitante na biossíntese de catecolaminas, tem sua atividade reduzida pelo aumento da concentração de NE no citoplasma do terminal. CERTO, PRINICPAL MECANISMO. FEEDBACK 3) A enzima n-metil transferase tem como cofator a vitamina b6 e tem ocorrência intravesicular. ERRADO, o cofator é a metionina e tem ocorrência citoplasmática. Dopamina betahidroxilase é a única intravesicular. 4)Os receptores adrenérgicos pré- sinápticos presentes no terminal adrenérgico participam do controle metabólico da noradrenalina. ERRADO, participado controle da liberação. 5)O principal mecanismo responsável pelo controle da duração da atividade da NE é sua ativação na fenda sináptica. ERRADO, não existem enzimas metabólicas pra catecolaminas na fenda. 6) Em terminais adrenérgicos, a captação intraneuronal de N E ao ser bloqueada pode intensificar sua atividade sobre a célula efetora. CERTO, bloqueioMariana Rocha Cruz – UNIFESO- TURMA 102 @maridejaleco decaptação aumenta concentração e aumenta intensidade de resposta. 7) Mopeg e AVM são produtos metabólicos formados pela de gradação enzimática simultânea da mao e da comt sobre as catecolaminas e estão presentes na urina. CERTO 8) A ativação de receptores b1 adrenérgicos de termina elevação dos níveis de AMPc e ativação da PKA. CERTO 9) O estimulo de a2 ocasiona redução da liberação de insulina pelo pâncreas e um quadro hiperglicêmicos. CERTO, 10) A EP ao estimular b1 no coração causa aumento dos níveis de AMPc e como consequência aumento da atividade cardíaca. CERTO 11)O estimulo alfa adrenérgico de termina vasoconstarteriolar com aumento local da RVP. CERTO 12) No coração, fármacos que estimulam b1 geralmente reduzem o inotropismo e cronotropismo . ERRADO, aumenta. 13)Drogas estimulantes b2 podem ocasionar relaxamento do musculo liso brônquico e uterino. CERTO 14) A EP ao reduzir a liberação de insulina ( a2) e estimular a glicogenólise e gliconeogênese hepática ( b2) ocasiona elevação da glicemia. CERTO
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