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1- Entreposto Aduaneiro: 
1.1- Entreposto Aduaneiro na Importação: 
1.1.1- Disposições Gerais: 
O entreposto aduaneiro na importação é um regime aduaneiro 
especial muito utilizado como forma de viabilizar importações em consignação. 
Vamos imaginar, por exemplo, que a empresa chinesa fabricante de 
automóveis JAC Motors (não estou fazendo propaganda!) queira manter no 
Brasil uma estrutura de reposição de peças para seus veículos. Uma opção que 
a empresa possui é ter no país um estoque dessas peças, que poderá ficar 
armazenado em um recinto alfandegado, aguardando ser efetivamente 
comprado. Durante o período em que as peças permanecerem armazenadas 
no recinto alfandegado, os tributos incidentes sobre a importação ficam 
suspensos. É o regime aduaneiro especial de entreposto aduaneiro na 
importação que viabiliza essa operação. 
Segundo o art. 404 do R/A, entreposto aduaneiro na importação 
é o regime aduaneiro especial que permite a armazenagem de 
mercadoria estrangeira em recinto alfandegado com suspensão do 
pagamento dos impostos federais e do PIS/PASEP e COFINS incidentes 
na importação. 
O entreposto aduaneiro na importação será operado, como regra 
geral, em recintos alfandegados de uso público, tais como os localizados em 
portos e aeroportos alfandegados ou, ainda, em portos secos. Todavia, o 
entreposto aduaneiro também poderá ser operado em recintos alfandegados 
situados em instalação portuária de uso privativo misto e recintos de 
uso privativo. 
O regime de entreposto aduaneiro na importação operado em recinto 
de uso privativo será aplicável para a realização de exposição de 
mercadorias importadas em feiras, congressos, mostras ou evento 
semelhante. Nesse caso, o recinto de uso privativo será temporariamente 
alfandegado, pelo período em que for realizado o evento. 
O entreposto aduaneiro na importação também poderá ser operado 
em: i) plataformas destinadas à pesquisa e lavra de jazidas de petróleo e gás 
natural em construção ou conversão no País, contratadas por empresas 
sediadas no exterior e; ii) estaleiros navais ou em outras instalações 
industriais localizadas à beira-mar, destinadas à construção de estruturas 
marítimas, plataformas de petróleo e módulos para plataformas. 
Vejamos o que o art. 405 do R/A informa sobre os recintos nos quais 
poderá ser operado o entreposto aduaneiro na importação: 
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Art. 405. O regime permite, ainda, a permanência de mercadoria 
estrangeira em: 
I - feira, congresso, mostra ou evento semelhante, realizado em 
recinto de uso privativo, previamente alfandegado para esse fim; 
II - instalações portuárias de uso privativo misto, previstas na alínea 
“b” do inciso II do § 2o do art. 4o da Lei no 8.630, de 1993; 
III - plataformas destinadas à pesquisa e lavra de jazidas de petróleo 
e gás natural em construção ou conversão no País, contratadas por 
empresas sediadas no exterior; e 
IV - estaleiros navais ou em outras instalações industriais localizadas à 
beira-mar, destinadas à construção de estruturas marítimas, 
plataformas de petróleo e módulos para plataformas; 
§ 1º Na hipótese do inciso I do caput, o alfandegamento do recinto 
será declarado por período que alcance não mais que os trinta dias 
anteriores e os trinta dias posteriores aos fixados para início e término 
do evento, prazos estes que poderão, excepcionalmente, ser 
acrescidos de até sessenta dias, nos casos de congresso, mostra ou 
evento semelhante, mediante justificativa. 
§ 2o Dentro do período a que se refere o § 1o, a mercadoria poderá ser 
admitida no regime de entreposto aduaneiro em recinto alfandegado 
de uso público, sem reinício da contagem do prazo. 
§ 3o Na hipótese dos incisos II a IV, a operação no regime depende de 
autorização da Secretaria da Receita Federal do Brasil. 
 
 
 O art. 405, § 1º, foi objeto de alteração pelo Decreto nº 
8.010/2013. Na redação antiga, o alfandegamento de 
recintos para os fins do inciso I somente poderia ser 
declarado entre os 30 dias anteriores e os 30 dias 
posteriores aos fixados para início e término do evento. 
Com a nova redação, esse prazo poderá, mediante 
justificativa, ser acrescido de até 60 dias nos casos de 
congresso, mostra ou evento semelhante. Observe que, 
no caso de feira, não é possível a extensão do prazo. 
Quem são os beneficiários do regime de entreposto aduaneiro na 
importação? 
A resposta está no art. 406 do R/A. No caso de feiras, congressos, 
mostras ou eventos semelhantes, o beneficiário será o promotor do evento. Já 
no caso das mercadorias armazenadas em recintos alfandegados e em 
instalação portuária de uso privativo misto, o beneficiário será o 
consignatário da mercadoria entrepostada. 
A mercadoria poderá permanecer no regime de entreposto aduaneiro 
na importação pelo prazo de até 1 (um) ano, prorrogável por período 
não superior, no total, a 2 (dois) anos contados do desembaraço 
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aduaneiro de admissão. Excepcionalmente, o prazo poderá ser prorrogado uma 
segunda vez, nunca ultrapassando, todavia, o limite máximo de 3 (três) anos. 
 
1.1.2- Hipóteses de Extinção do regime: 
As hipóteses de extinção do regime de entreposto aduaneiro na 
importação estão previstas no art. 409 do R/A: 
Art. 409. A mercadoria deverá ter uma das seguintes destinações, em 
até quarenta e cinco dias do término do prazo de vigência do regime, 
sob pena de ser considerada abandonada: 
I - despacho para consumo; 
II - reexportação; 
III - exportação; ou 
IV - transferência para outro regime aduaneiro especial ou aplicado 
em áreas especiais. 
§ 1o A destinação prevista no inciso I somente poderá ser efetuada 
pelo adquirente quando este adquirir as mercadorias entrepostadas 
diretamente do proprietário dos bens no exterior. 
§ 2o Nas hipóteses referidas nos incisos I e III, as mercadorias 
admitidas no regime, importadas sem cobertura cambial, deverão ser 
nacionalizadas antes de efetuada a destinação. 
§ 3o A destinação prevista no inciso III não se aplica a mercadorias 
admitidas no regime para permanência em feira, congresso, mostra ou 
evento semelhante. 
Conforme já comentamos anteriormente, o entreposto aduaneiro na 
importação dá amparo à entrada de mercadorias no país que aqui ficarão em 
consignação. O objetivo final é, portanto, que essas mercadorias sejam 
vendidas. Concorda comigo? 
Logo, a forma de extinção mais comum do regime de entreposto. 
aduaneiro na importação é o despacho para consumo (prevista no inciso 
I), isto é, a venda da mercadoria a comprador brasileiro. No momento da 
venda, a mercadoria é nacionalizada e, portanto, é feito o recolhimento 
tributário integral dos tributos que estavam suspensos. Destaque-se que, 
nesse caso, as mercadorias que estavam entrepostadas haviam sido admitidas 
no país em operação sem cobertura cambial. Isso quer dizer que o ingresso 
da mercadoria vinda do exterior no entreposto é realizado sem qualquer 
pagamento como contrapartida. O pagamento (transferência de divisas) 
somente irá ocorrer com a nacionalização (despacho para consumo). 
Vale lembrar que o adquirente de mercadoria entrepostada é 
contribuinte do imposto de importação, conforme prevê o art. 104 do R/A: 
 
 
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Art. 104. É contribuinte do imposto [do imposto de importação]: 
I - o importador, assim considerada qualquer pessoa que promova a 
entrada de mercadoria estrangeira no território aduaneiro; 
II - o destinatário de remessa postal internacional indicadopelo 
respectivo remetente; e 
III - o adquirente de mercadoria entrepostada. 
O inciso II faz menção à reexportação. É o caso em que a 
mercadoria foi admitida no entreposto aduaneiro, mas não foi vendida dentro 
do prazo de concessão do regime (1 ano, podendo chegar no máximo a 3 
anos). Se a mercadoria não for vendida, ela deverá regressar ao exterior, isto 
é ser reexportada. Dizemos que ela será reexportada porque a mercadoria 
havia ingressado no país em caráter temporário (ainda não se sabia se ela 
seria comprada!). Na hipótese relacionada no inciso II, a mercadoria também é 
admitida no entreposto aduaneiro por meio de operação sem cobertura 
cambial. 
O inciso III faz menção à exportação como forma de extinção do 
regime de entreposto aduaneiro. Nessa situação, a mercadoria ingressa no 
entreposto aduaneiro, permanecendo ali armazenada até que fosse vendida 
para um terceiro país. 
Trata-se do entreposto vinculado, assim considerado aquele em 
que a mercadoria entra no país, permanecendo armazenada em recinto 
alfandegado, mas tendo o exterior como destino. Se, de um lado, temos o 
entreposto vinculado, do outro, existe o entreposto não-vinculado, que é o 
que fica configurado nas demais situações. A mercadoria ingressou no 
entreposto com o objetivo final de ser vendida, isto é, ser nacionalizada. 
Por último, o inciso IV se refere à transferência para outro 
regime aduaneiro especial ou aplicado em áreas especiais. Seria o caso, 
por exemplo, em que uma mercadoria ingressada em entreposto aduaneiro é 
alugada para uma empresa brasileira, submetendo-se, a partir daí, ao regime 
de admissão temporária. 
Todas essas formas de extinção do regime devem ocorrer em até 45 
dias após o término do prazo concedido pela autoridade aduaneira 
para permanência da mercadoria em entreposto aduaneiro. Caso o 
prazo seja ultrapassado sem que tenha sido extinto o regime, a mercadoria 
será declarada abandonada, tendo início o processo administrativo para 
aplicação da pena de perdimento. 
No entreposto aduaneiro, as mercadorias poderão ser admitidas com 
cobertura cambial ou sem cobertura cambial. As mercadorias que 
ingressarem com cobertura cambial não poderão ser reexportadas; elas podem 
apenas ser nacionalizadas (despachadas para consumo) ou exportadas. Já as 
mercadorias que entrarem no País sem cobertura cambial poderão ser 
despachadas para consumo, reexportadas ou exportadas. 
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No caso de mercadorias admitidas no entreposto aduaneiro sem 
cobertura cambial, estas deverão ser nacionalizadas (despachadas para 
consumo) antes da exportação. Em outras palavras, é feito o despacho para 
consumo e, em seguida, a mercadoria é exportada. Para fins de nacionalização 
de mercadoria destinada à exportação, o beneficiário deverá, dentro do prazo 
de aplicação do regime, registrar uma DI para efeitos cambiais. 
Por outro lado, no caso de importação com cobertura cambial de 
mercadorias destinadas à exportação, o beneficiário do regime deve registrar, 
na mesma data da declaração para admissão no regime, uma DI para efeitos 
cambiais. Assim, para efetivar a exportação, basta que, depois, seja 
registrada a Declaração de Exportação (DE). No caso de nacionalização 
dessas mercadorias (admitidas em entreposto aduaneiro com cobertura 
cambial), a DI para consumo será sem cobertura cambial, uma vez que não 
haverá nova transferência de divisas para o exterior. A transferência de divisas 
já terá ocorrido por ocasião do registro da DI para fins cambiais. 
 
1.2-Entreposto Aduaneiro na Exportação: 
1.2.1- Disposições Gerais: 
Se uma empresa brasileira deseja exportar, ela deve desenvolver uma 
estratégia logística que lhe permita fazer isso com eficiência. Uma boa 
estratégia, que tem a vantagem de economizar tempo, é o armazenamento de 
mercadorias em locais próximos a portos ou aeroportos alfandegados. Assim, 
uma empresa localizada no interior do país tem a possibilidade de atender 
mais rapidamente à demanda estrangeira por seus produtos. 
O entreposto aduaneiro na exportação é um regime aduaneiro 
especial que tem como objetivo justamente facilitar a logística das exportações 
brasileiras. Segundo o art. 410 do R/A, o regime especial de entreposto 
aduaneiro na exportação é o que permite a armazenagem de 
mercadoria destinada a exportação. 
Existem duas modalidades de entreposto aduaneiro na exportação: o 
regime comum e o regime extraordinário. 
Na modalidade de regime comum, as mercadorias ficam 
armazenadas em recintos alfandegados de uso público com suspensão do 
pagamento dos impostos federais. 
A modalidade de regime extraordinário, por sua vez, é operada 
por empresa comercial exportadora. Nesse regime, as mercadorias ficam 
armazenadas em recintos de uso privativo, com direito à utilização dos 
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benefícios fiscais previstos para incentivo à exportação, antes do seu efetivo 
embarque para o exterior. 
 
Ao estabelecer os benefícios do regime de entreposto na 
modalidade de regime comum, o Regulamento Aduaneiro, 
em sua versão antiga, incorria em uma imprecisão. 
Em seu art. 411, § 1o, o Regulamento Aduaneiro dizia que, 
na modalidade de regime comum, haveria suspensão dos 
impostos federais e das contribuições para o PIS/PASEP-
Importação e COFINS-Importação. 
Ora, essas contribuições incidem sobre a importação de 
mercadorias, o que não ocorreu com as mercadorias 
armazenadas no regime de entreposto aduaneiro na 
exportação. Assim, não fazia sentido falar em suspensão 
dessas contribuições. 
O Decreto nº 8.010/2013, reconhecendo o erro, retirou a 
menção à suspensão dessas contribuições. A nova 
redação estabelece que “na modalidade de regime comum, 
permite-se a armazenagem de mercadorias em recinto de 
uso público, com suspensão do pagamento dos 
impostos federais.” 
O prazo de permanência das mercadorias em entreposto aduaneiro na 
exportação varia conforme a modalidade utilizada. No caso do regime 
comum, o prazo de permanência das mercadorias é de 1 (um) ano, 
prorrogável por período não superior, no total, a 2 (dois) anos. 
Excepcionalmente, poderá ser concedida nova prorrogação, respeitado o limite 
de 3 (três) anos. No caso do regime extraordinário, a mercadoria poderá 
permanecer no regime de entreposto aduaneiro na exportação pelo prazo de 
até 180 dias. 
O início do prazo de concessão do regime comum começa a contar a 
partir da data da entrada da mercadoria na unidade de armazenagem. 
Já no caso do regime extraordinário, o início do prazo de concessão do 
regime extraordinário começa a contar a partir da data da saída da 
mercadoria do estabelecimento produtor-vendedor. 
São beneficiários do regime de entreposto aduaneiro na exportação: 
i) na modalidade de regime comum, a pessoa jurídica que depositar, em 
recinto credenciado, mercadoria destinada ao mercado externo; ii) na 
modalidade de regime extraordinária, a empresa comercial exportadora. 
 
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1.2.2- Hipóteses de extinção do regime: 
A extinção do regime de entreposto aduaneiro na exportação ocorrerá 
nas hipóteses previstas no art. 415 do R/A. Vejamos o referido dispositivo: 
Art. 415. Observado o prazo de permanência da mercadoria no 
regime, acrescido daquele a que se refere o inciso II do art. 642, 
deverá o beneficiário adotar uma das seguintes providências: 
I - iniciar o despacho de exportação; 
II - no caso de regime comum, reintegrá-la ao estoque do seu 
estabelecimento; ou 
III - em qualquer outro caso, pagar os tributos suspensos e ressarcir 
os benefícios fiscais acaso fruídos em razão da admissão da 
mercadoria no regime.A forma de extinção típica do entreposto aduaneiro na exportação 
é a exportação propriamente dita. Afinal, a ideia é que a mercadoria fique 
armazenada com os tributos suspensos até ser exportada. Dessa forma, o art. 
415, inciso I, do R/A reconhece que o regime será extinto no momento em 
que tiver início o despacho de exportação. Destaque-se que o despacho de 
exportação deverá ter início até 45 dias após o prazo de concessão do regime 
de entreposto aduaneiro na exportação. 
E se não for possível dar início ao despacho de exportação dentro 
desse prazo? Pode ser que não se tenha encontrado um comprador no 
exterior... 
Nesse caso, teremos que observar os incisos II e III. 
No caso de regime comum, a extinção do regime ocorrerá com a 
reintegração da mercadoria ao estoque. Destaque-se que, no momento 
em que a mercadoria saiu do estoque, os tributos incidiram, mas ficaram 
suspensos em virtude da concessão do regime de entreposto aduaneiro na 
exportação. Não houve transferência da posse da mercadoria para uma 
terceira pessoa, motivo pelo qual basta que esta seja reintegrada ao estoque. 
No caso de regime extraordinário, a extinção do regime ocorrerá 
com o pagamento dos tributos suspensos e ressarcimento dos 
benefícios fiscais acaso fruídos pela empresa comercial exportadora. 
Perceba que, nesse caso, não cabe falar em reintegração ao estoque, uma vez 
que as mercadorias passaram à posse da empresa comercial exportadora. Essa 
venda à empresa comercial exportadora foi feita com suspensão de tributos. 
Serão esses os tributos a serem recolhidos para a extinção do regime. 
 
 
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1.3- Disposições comuns ao entreposto aduaneiro na importação e 
entreposto aduaneiro na exportação: 
O entreposto aduaneiro na importação e o entreposto aduaneiro na 
exportação possuem algumas semelhanças, quais sejam: 
1) A admissão de mercadorias nos dois regimes não necessita da 
constituição de Termo de Responsabilidade, uma vez que elas já são 
mantidas sob controle aduaneiro. 
2) O depositário será responsável pelo pagamento dos tributos na 
ocorrência de avaria ou extravio de mercadoria submetida ao regime de 
entreposto aduaneiro. 
3) Segundo a IN SRF nº 241/2002, as mercadorias admitidas em 
entreposto aduaneiro podem ser submetidas às seguintes operações: 
-operações de industrialização (acondicionamento ou 
reacondicionamento; montagem; beneficiamento; recondicionamento e; 
transformação, no caso de preparo de alimentos para consumo a bordo de 
aeronaves e embarcações utilizadas no transporte comercial internacional ou 
destinados a exportação) 
- exposição, demonstração e teste de funcionamento; 
- etiquetagem e marcação, para atender a exigências do 
comprador estrangeiro e; 
- manutenção ou reparo. 
4) Não é autorizada a admissão, em entreposto aduaneiro: 
- de mercadorias cuja importação ou exportação esteja proibida 
- de bens usados 
Vejamos como esse assunto pode ser cobrado em prova! 
 
1. (AFRFB – 2014) O regime especial de entreposto aduaneiro na 
importação é o que permite a armazenagem de mercadoria estrangeira em 
recinto alfandegado de uso público, com suspensão do pagamento dos 
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impostos federais, mas com incidência da contribuição para o PIS/PASEP-
Importação e da COFINS-Importação. 
Comentários: 
No entreposto aduaneiro, também haverá suspensão de PIS/PASEP-
Importação e COFINS-Importação. Questão errada. 
2. (Exame Despachante Aduaneiro – 2012) O regime especial de 
entreposto aduaneiro na importação permite a permanência de mercadoria 
estrangeira em feira, congresso, mostra ou evento semelhante, realizado em 
recinto de uso privativo. 
Comentários: 
O entreposto aduaneiro na importação poderá ser operado em recinto 
alfandegado de uso público ou, ainda em recinto alfandegado de uso privativo, 
como é o caso de feiras, congressos, mostras ou eventos semelhantes. 
Questão correta. 
3. (Exame Despachante Aduaneiro – 2012) Uma das hipóteses de 
extinção do regime especial de entreposto aduaneiro na importação é o 
despacho para consumo. 
Comentários: 
Uma das formas de extinção do regime de entreposto aduaneiro na 
importação é o despacho para consumo, por meio do qual é feita a 
nacionalização da mercadoria. Questão correta. 
4. (Exame Despachante Aduaneiro – 2012) Na hipótese de despacho 
para consumo de mercadoria admitida no entreposto aduaneiro na importação 
com registro de Declaração de Importação (DI) com cobertura cambial, a DI 
do despacho para consumo também será com cobertura cambial. 
Comentários: 
Se a mercadoria tiver sido admitida no entreposto aduaneiro com 
cobertura cambial, a DI para consumo (nacionalização) será sem cobertura 
cambial. Questão errada. 
5. (Exame Despachante Aduaneiro – 2012) O regime de entreposto 
aduaneiro na importação permite a armazenagem de mercadoria em local 
alfandegado com suspensão do pagamento dos impostos incidentes. 
Comentários: 
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No regime de entreposto aduaneiro, as mercadorias ficam 
armazenadas em recinto alfandegado com suspensão dos tributos incidentes 
na importação. Questão correta. 
6. (Questão Inédita) O regime de entreposto aduaneiro na modalidade 
extraordinário poderá ser operado por qualquer pessoa jurídica habilitada pela 
Secretaria da Receita Federal do Brasil. 
Comentários: 
O regime de entreposto aduaneiro na exportação, na modalidade 
extraordinário, é operado por empresa comercial exportadora. Questão errada. 
7. (Questão Inédita) O entreposto aduaneiro na importação poderá ser 
extinto pelo despacho para consumo, reexportação ou destruição sob controle 
aduaneiro. 
Comentários: 
A destruição sob controle aduaneiro não é forma de extinção do 
regime de entreposto aduaneiro na importação. Questão errada. 
8. (Questão Inédita) O entreposto aduaneiro, por se caracterizar pela 
suspensão dos tributos incidentes nas importações em consignação, somente 
admite mercadorias importadas sem cobertura cambial. 
Comentários: 
No entreposto aduaneiro, são admitidas mercadorias importadas com 
ou sem cobertura cambial. Questão errada. 
9. (Questão Inédita) Após o término do prazo de vigência do entreposto 
aduaneiro na importação, o beneficiário do regime deverá dar uma destinação 
à mercadorias, que pode ser o despacho para consumo, a reexportação, a 
exportação ou a transferência para outro regime aduaneiro especial ou 
aplicado em áreas especiais. 
Comentários: 
Pegadinha! A destinação da mercadoria deverá ser feita 45 dias após 
o término do prazo de vigência do regime de entreposto aduaneiro, sob pena 
de a mercadoria ser considerada abandonada. Questão errada. 
 
 
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2-Regime de Entreposto Industrial sob Controle Aduaneiro 
Informatizado (RECOF): 
Segundo o art. 420 do R/A, o regime de entreposto industrial sob 
controle aduaneiro informatizado (RECOF) é o que permite a empresa 
importar, com ou sem cobertura cambial, e com suspensão do pagamento de 
tributos, sob controle aduaneiro informatizado, mercadorias que, depois de 
submetidas à operação de industrialização, sejam destinadas à exportação. 
Em uma primeira leitura desse dispositivo, podemos ser levados a 
acreditar que a indústria nacional sai prejudicada com o RECOF. Isso porque a 
literalidade do Regulamento Aduaneiro dispõe que só possuem direito à 
suspensão de tributos as mercadorias importadas. Ora, se os produtos 
importados tivessem a exigibilidade dos tributos suspensae os produtos 
nacionais não, a indústria nacional estaria sofrendo concorrência desleal. 
Mas as coisas não são bem assim! As aquisições de mercadorias 
no mercado interno por empresas habilitadas ao RECOF também se 
beneficiam da suspensão de tributos. Para compreendermos exatamente o 
RECOF, precisamos dar uma lida na IN RFB nº 1.291/2012. O art. 2º dessa 
Instrução Normativa dispõe o seguinte: 
“Art. 2º - O Recof permite à empresa beneficiária importar ou 
adquirir no mercado interno, com suspensão do pagamento de 
tributos, mercadorias a serem submetidas a operações de 
industrialização de produtos destinados à exportação ou ao 
mercado interno.” 
Da análise do art. 2º da IN RFB nº 1.291/2012, acima transcrito, 
percebe-se que tanto as importações quanto as aquisições no mercado interno 
realizadas pelas empresas beneficiárias do RECOF são objeto de desoneração 
tributária. Ressalte-se que a desoneração abrange as mercadorias que 
serão submetidas a operações de industrialização, sendo que o produto 
resultante não precisa ser necessariamente exportado. Ao contrário, ele 
também pode ser vendido no mercado interno, ou seja, parte da mercadoria 
admitida no regime pode ser despachada para consumo. No entanto, as 
mercadorias destinadas ao mercado interno deverão se sujeitar ao 
recolhimento dos tributos suspensos. 
O RECOF é administrado pela Receita Federal do Brasil. Nesse 
sentido, compete à Receita Federal autorizar uma empresa a operar no regime 
e, além disso, definir em ato normativo os requisitos necessários para que uma 
empresa se habilite no RECOF. É o que dispõe o art. 422, do Regulamento 
Aduaneiro: 
Art. 422. Poderão habilitar-se a operar no regime as empresas que 
atendam aos termos, limites e condições estabelecidos pela Secretaria 
da Receita Federal do Brasil, em ato normativo, do qual constarão: 
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I - as mercadorias que poderão ser admitidas no regime; 
II - as operações de industrialização autorizadas; 
III - o percentual de tolerância, para efeito de exclusão da 
responsabilidade tributária do beneficiário, no caso de perda inevitável 
no processo produtivo; 
IV - o percentual mínimo da produção destinada ao mercado externo; 
V - o percentual máximo de mercadorias importadas destinadas ao 
mercado interno no estado em que foram importadas; e 
VI - o valor mínimo de exportações anuais. 
Parágrafo único. A aplicação do regime poderá ser estendida a 
mercadorias a serem empregadas em desenvolvimento de produtos, 
em testes de funcionamento e resistência e em operações de 
renovação, recondicionamento, manutenção e reparo. 
Como é possível verificar, o Regulamento Aduaneiro estabeleceu 
apenas algumas diretrizes para o estabelecimento de requisitos. A definição 
precisa desses requisitos está prevista na IN RFB nº 1.291/2012. 
O inciso I nos indica que nem todas as mercadorias podem ser 
admitidas no RECOF, mas apenas aquelas indicadas em ato normativo da RFB. 
Nesse sentido, cabe destacar que apenas as empresas de alguns setores 
podem ser habilitados no regime. Há, assim, o RECOF Aeronáutico, RECOF 
Semicondutores, RECOF Automotivo, RECOF de Informática e 
Telecomunicações. 
O inciso II, por sua vez, nos revela que pode haver limitação quanto 
às operações de industrialização autorizadas no regime. Atualmente, a IN RFB 
nº 1.291/2012 dispõe que as operações de industrialização se limitam à 
montagem de produtos; transformação, beneficiamento e montagem de partes 
e peças utilizadas na montagem de produtos e; acondicionamento e 
recondicionamento de partes e peças a serem comercializadas no mesmo 
estado em que foram importadas. 
O inciso III se refere a um percentual máximo de tolerância 
para efeito de exclusão da responsabilidade tributária do beneficiário, no caso 
de perda inevitável do processo produtivo. O objetivo disso é permitir que o 
beneficiário do regime não precise recolher os tributos em relação a 
mercadorias admitidas no regime, mas que apresentaram defeitos de 
fabricação ou se deterioraram, não podendo ser empregadas no processo 
produtivo do bem destinado à exportação. Hoje, o art. 43, da IN RFB nº 
1.291/2012 dispõe que esse percentual é de até 1%, ou seja, esse é o 
percentual de perdas inevitáveis no processo produtivo. 
Os inciso IV e VI dizem respeito, respectivamente, a um “percentual 
mínimo da produção destinada ao mercado externo” e a um “valor mínimo de 
exportações anuais”. Veja só! No drawback, as importações e compras no 
mercado interno são desoneradas, mas isso está condicionado a um 
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compromisso de exportação. No RECOF, também existe uma espécie de 
compromisso da empresa habilitada em termos de desempenho exportador. 
O art. 6º da IN RFB nº 1.291/2012 apresenta as obrigações da 
empresa beneficiária do RECOF para que seja mantida sua habilitação. 
São elas: 
a) exportar produtos industrializados resultantes dos processos 
mencionados no art. 2º (processos de industrialização aos quais o RECOF está 
limitado) no valor mínimo anual equivalente a 50% do valor total das 
mercadorias importadas ao amparo do regime, no mesmo período, e não 
inferior a US$ 5.000.000,00. 
Suponha, por exemplo, que uma empresa habilitada no RECOF 
Semicondutores, importe, no ano de 2016, mercadorias com 
desoneração tributária no valor de US$ 30 milhões. Logo, ela terá que 
exportar, em 2016, no mínimo 50% desse valor (US$ 15 milhões). 
b) aplicar, anualmente, na produção dos bens que industrializar, pelo 
menos 80% das mercadorias estrangeiras admitidas no regime. 
Por último, o inciso V, menciona a existência de um “percentual 
máximo de mercadorias importadas destinadas ao mercado interno no estado 
em que foram importadas”. Essa é uma característica interessante do RECOF: 
parte das mercadorias nele admitidas pode ser destinada ao mercado 
interno. 
A mercadoria admitida no RECOF poderá, ainda, ter uma das 
seguintes destinações: i) exportação; ii) reexportação ou; iii) destruição. 
Todas essas são formas de extinção desse regime aduaneiro especial. 
Destaque-se que, no RECOF, o prazo de suspensão dos tributos incidentes 
na importação será de até 1 ano, prorrogável por período não superior a 1 
ano. Findo o prazo fixado para permanência da mercadoria no regime, serão 
exigidos, em relação ao estoque, os tributos suspensos, com os 
acréscimos legais cabíveis. 
Além da desoneração dos tributos nas importações e nas aquisições 
no mercado interno, as empresas beneficiárias do RECOF gozam de grande 
flexibilidade no despacho aduaneiro de importação. Todas as importações 
realizadas pelas empresas habilitadas no RECOF recebem o tratamento de 
Linha Azul. Em outras palavras, todas as importações dessas empresas são 
direcionadas para o canal verde1, ou seja, são desembaraçadas 
automaticamente. 
 
1 Uma Declaração de Importação pode ser direcionada para 4 (quatro) canais de 
importação: canal verde (desembaraço automático), canal amarelo (exame 
documental), canal vermelho (conferência documental e verificação física) e canal 
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Não é qualquer empresa que pode ser habilitada no RECOF! É coisa 
pra gente grande! Só do João Antônio (EVP) pra cima! ☺ ☺ 
Para habilitar-se ao RECOF, a empresa precisa: 
1) Atuar em determinados segmentos industriais (RECOF Automotivo, 
RECOF Aeronáutico, RECOF Informática / Telecomunicações, RECOF 
Semicondutores). 
2) Cumprir certos requisitos definidos no art. 5º da IN RFB nº 
1.291/2012: 
 
Art. 5º Para habilitar-se ao regime, a empresa interessada deverá 
atender aos seguintes requisitos:I - cumprir os requisitos de regularidade fiscal perante a Fazenda 
Nacional, para o fornecimento de certidão conjunta, negativa ou 
positiva com efeitos de negativa, com informações da situação quanto 
aos tributos administrados pela RFB e quanto à Dívida Ativa da União 
(DAU), administrada pela Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional 
(PGFN); 
II - possuir patrimônio líquido igual ou superior a R$ 10.000.000,00 
(dez milhões de reais); 
III - dispor de sistema informatizado de controle de entrada, estoque 
e saída de mercadorias, de registro e apuração de créditos tributários 
devidos, extintos ou com pagamento suspenso, integrado aos sistemas 
corporativos da empresa no País, que permita livre e permanente 
acesso da RFB; 
IV - possuir autorização para o exercício da atividade, expedida pela 
autoridade aeronáutica competente, se for o caso; 
V - não ter sido submetida ao regime especial de fiscalização de que 
trata o art. 33 da Lei nº 9.430, de 27 de dezembro de 1996, nos 
últimos três anos; e 
O drawback e o RECOF possuem, conforme pudemos verificar, 
algumas semelhanças, principalmente em relação à lógica do mecanismo, que 
é de incentivar as exportações. No entanto, existem algumas nítidas 
diferenças, as quais passamos a listar em seguida: 
1) No drawback, o DECEX concede o regime para cada ato 
concessório (plano de exportação apresentado pela interessada), ao passo que 
no RECOF não há necessidade disso. Pelo contrário, o RECOF é concedido a 
todas as importações da pessoa jurídica nele habilitada. A propósito, quem 
concede o RECOF é a Receita Federal do Brasil. 
 
cinza (exame documental, verificação física e procedimento especial de controle 
aduaneiro) 
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2) No drawback, há obrigatoriedade de que ocorra a exportação. Já 
no RECOF, parte das mercadorias nele admitidas poderá ser destinada ao 
consumo no mercado interno. Quando isso ocorrer, deverão ser recolhidos os 
tributos incidentes na importação. 
3) A mercadoria amparada pelo regime aduaneiro especial do RECOF 
é automaticamente direcionada para o canal verde, ou seja, seu desembaraço 
aduaneiro é automático. No drawback, não tem essa mamata toda não! ☺ 
4) A concessão do regime aduaneiro especial do RECOF é bem 
restritiva com relação à natureza das mercadorias que poderão ser 
importadas. Já no drawback, há liberação para importação de qualquer 
espécie de mercadoria, desde que ela venha a ser utilizada no processo 
produtivo de um bem a ser exportado. 
Vejamos como esse assunto pode ser cobrado em prova! 
 
10. (Exame Despachante Aduaneiro – 2012) O regime aduaneiro 
especial de entreposto industrial sob controle informatizado (RECOF) permite a 
empresa beneficiária importar ou adquirir no mercado interno, com suspensão 
do pagamento de tributos, mercadorias a serem submetidas a operações de 
industrialização de produtos destinados à exportação ou ao mercado interno, 
sem pagamento dos tributos suspensos em quaisquer dos dois casos. 
Comentários: 
No caso de mercadorias destinadas ao mercado interno, deverá ser 
efetuado o recolhimento dos tributos suspensos. Questão errada. 
11. (Questão Inédita) O RECOF somente será concedido a empresas que 
atendam a termos, limites e condições estabelecidos pela Receita Federal do 
Brasil. 
Comentários: 
É isso mesmo! A habilitação no RECOF depende do cumprimento de 
requisitos definidos em ato normativo da Receita Federal. Questão correta. 
12. (Questão Inédita) No RECOF, o prazo de suspensão dos tributos 
incidentes na importação será de até 2 anos, prorrogável por igual período. 
Findo o prazo fixado para a permanência da mercadoria no regime, serão 
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exigidos, em relação ao estoque, os tributos suspensos, com os acréscimos 
legais cabíveis. 
Comentários: 
O prazo de suspensão dos tributos no RECOF é de até 1 ano, 
prorrogável por período não superior a 1 ano. Questão errada. 
13. (Questão Inédita) No RECOF, admite-se um pequeno percentual de 
tolerância, para efeito de exclusão da responsabilidade tributária do 
beneficiário, no caso de perda inevitável no processo produtivo. 
Comentários: 
De fato, existe um percentual de 1% de tolerância para efeito de 
exclusão da responsabilidade tributária do beneficiário, no caso de perda 
inevitável no processo produtivo. Questão correta. 
14. (Questão Inédita) No RECOF, ao contrário do drawback, a empresa 
não assume qualquer compromisso de exportação. 
Comentários: 
No RECOF, também há um compromisso de exportação. Questão 
errada. 
 
3- Exportação Temporária: 
3.1- Conceito e Generalidades: 
A exportação temporária é exatamente o oposto do regime de 
admissão temporária. Enquanto na admissão temporária, os bens 
permaneciam no país por um tempo e depois retornavam ao exterior, na 
exportação temporária os bens permanecem no exterior durante um certo 
período e depois regressam ao país. É o caso, por exemplo, de obras de arte 
enviadas ao exterior para a realização de uma exposição. Ou então, o de 
máquinas enviadas ao exterior para a execução de um serviço de construção 
civil. 
Segundo o art. 431 do R/A, o regime de exportação temporária é o 
que permite a saída, do País, com suspensão do pagamento do imposto de 
exportação, de mercadoria nacional ou nacionalizada, condicionada à 
reimportação em prazo determinado, no mesmo estado em que foi 
exportada. 
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Devido à política brasileira de não onerar as exportações, a alíquota 
do imposto de exportação é zero para praticamente toda a pauta exportadora. 
Assim, a suspensão do pagamento do imposto de exportação não é algo que 
traga grandes vantagens ao exportador; a vantagem da exportação 
temporária reside no fato de que não haverá tributação na reimportação 
(retorno da mercadoria exportada temporariamente). 
Para compreender exatamente o espírito dessa definição de 
exportação temporária, faz-se mister conceituar reimportação. A 
reimportação ocorre justamente quando um bem é exportado ao 
exterior a título temporário e retorna ao país. Considerando que a 
exportação não teve o ânimo da definitividade, considera-se que não ocorreu a 
desnacionalização. Assim, quando uma mercadoria exportada 
temporariamente retorna ao país, não ocorre o fato gerador do imposto de 
importação. O retorno de mercadoria é, portanto, encarado como 
reimportação. Em sentido contrário, caso o bem tenha sido exportado a 
título definitivo e, posteriormente, regresse ao país, esse retorno será 
considerado uma importação (e não reimportação). 
Embora a maior parte dos produtos tenha alíquota zero para o 
imposto de exportação, existem aqueles que estão sujeitos ao referido imposto 
(alíquota do I.E diferente de zero). Quando se tratar de exportação temporária 
de mercadoria sujeita ao imposto de exportação, a obrigação tributária 
será constituída em termo de responsabilidade, não se exigindo garantia. 
Os bens aos quais pode ser concedido o regime de exportação 
temporária estão previstos no art. 91 da IN RFB nº 1.600/2015: 
Art. 91. Poderão ser submetidos ao regime de exportação temporária: 
I - bens destinados a eventos científicos, técnicos, educacionais, 
religiosos, artísticos culturais, esportivos, políticos, comerciais ou 
industriais; 
II - bens destinados às atividades de pesquisa científica e 
desenvolvimento tecnológico aprovadas pelo CNPq ou pela Finep; 
III - bens destinados a pastoreio, adestramento, cobertura e cuidadosda medicina veterinária; 
IV - bens destinados a promoção comercial, inclusive amostras sem 
destinação comercial e mostruários de representantes comerciais, 
representantes legais, colaboradores ou prepostos das empresas 
solicitantes do regime; 
V - bens destinados ao emprego militar e apoio logístico às tropas 
brasileiras designadas para integrar força de paz em território 
estrangeiro; 
VI - bens destinados a assistência e salvamento em situações de 
calamidade ou de acidentes de que decorra dano ou ameaça de dano à 
coletividade ou ao meio ambiente; 
VII - bens destinados à prestação de assistência técnica a produtos 
exportados, em virtude de garantia; 
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VIII - bens destinados à substituição de outro bem ou produto nacional, 
ou suas partes e peças, anteriormente exportado definitivamente, que 
deva retornar ao País para reparo ou substituição, em virtude de defeito 
técnico que exija sua devolução; 
IX - bens destinados a homologação, ensaios, testes de funcionamento 
ou resistência, ou ainda a serem utilizados no desenvolvimento de 
produtos ou protótipos; 
X - bens destinados a execução de contrato de arrendamento 
operacional, de aluguel, de empréstimo ou de prestação de serviços, no 
exterior; 
XI - bens destinados a atividades relacionadas com a intercomparação 
de padrões metrológicos, aprovadas pelo Inmetro; 
XII - veículos terrestres ou embarcações de esporte e recreio, inclusive 
motos aquáticas, destinadas ao uso de seu proprietário ou possuidor, 
transportados ao amparo de conhecimento de carga; 
XIII - bens integrantes de bagagem desacompanhada de residente. 
Parágrafo único. O despacho dos bens previstos nos incisos XII e XIII do 
caput, serão disciplinados em legislação específica que trate de bens de 
viajante. 
Calma, meu amigo! Não é necessário decorar essa lista não! Só quero 
que você a leia percebendo que todos os bens nela relacionados se revestem 
de uma característica de temporariedade na exportação. 
A concessão do regime de exportação temporária compete ao 
Auditor da RFB responsável pelo despacho aduaneiro, que também fixará o 
prazo para permanência dos bens no exterior. O prazo de vigência do 
regime será de até 12 (doze) meses, prorrogáveis automaticamente por 
mais 12 meses, por período não superior, no total, a 2 anos, a juízo da 
autoridade aduaneira. Quando houver um contrato de prestação de serviço 
entre o exportador brasileiro e pessoa residente ou domiciliada no exterior, 
inclusive no caso de arrendamento mercantil, aluguel ou empréstimo, o regime 
de exportação temporária será concedido pelo prazo do contrato, prorrogável 
na mesma medida deste. 
Ao ser concedido o regime de exportação temporária pela RFB, não 
caberá mais a discussão do mérito desse ato administrativo por ocasião da 
reimportação. Assim, se a autoridade aduaneira concedeu o regime de 
exportação temporária, ela não poderá voltar atrás depois. Esse é o 
entendimento que se pode ter a partir da leitura do art. 445 do R/A, que 
dispõe que “o exame do mérito de aplicação do regime exaure-se com a 
sua concessão, não cabendo mais discuti-lo quando da reimportação 
da mercadoria”. 
É possível, entretanto, que a autoridade aduaneira indefira o pedido 
de concessão do regime de exportação temporária. A decisão de indeferimento 
do pleito deverá, todavia, ser fundamentada, dela cabendo recurso 
hierárquico. Segundo o art. 436, § 1º, do R/A, o indeferimento do pedido 
não impede a saída da mercadoria do território aduaneiro. Isso quer 
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dizer que, caso a exportação temporária seja indeferida pela autoridade 
aduaneira, o exportador poderá fazer uma exportação definitiva. No entanto, 
se a mercadoria objeto de exportação definitiva regressar ao país, ela será 
tratada como mercadoria estrangeira, havendo a necessidade do recolhimento 
tributário integral. Como você pode ver, o problema não vai ser na hora de 
sair, mas sim na hora de entrar de volta! ☺ 
Muita gente faz confusão entre a exportação temporária e a 
exportação em consignação! Vamos então ver as diferenças entre elas! 
1) A exportação temporária é um regime aduaneiro especial 
concedido pela RFB. A exportação em consignação2 é um tratamento 
administrativo especial concedido pela SECEX. 
2) Os bens admitidos no regime de exportação temporária saem 
do Brasil com ânimo de temporariedade, isto é, o objetivo final é que eles 
regressem ao território nacional após o prazo fixado. Os bens exportados em 
consignação saem do Brasil com o objetivo final de serem vendidos no 
exterior. 
3) O retorno ao país de bens exportados temporariamente é 
hipótese de não-ocorrência do fato gerador do imposto de importação, 
conforme o art. 74, inciso II do R/A. No retorno ao país de bens exportados 
em consignação, estes são tratados como mercadorias não-estrangeiras, 
em conformidade com o art. 70, inciso I do R/A. 
 
3.2- Hipóteses de extinção do regime: 
O art. 443 e o art. 444 do R/A elencam as hipóteses de extinção do 
regime de exportação temporária: 
Art. 443. Na vigência do regime, deverá ser adotada uma das 
seguintes providências, para extinção de sua aplicação: 
I - reimportação; ou 
II - exportação definitiva da mercadoria admitida no regime. 
 
Art. 444. Extingue ainda a aplicação do regime de exportação 
temporária de produto, parte, peça ou componente enviado ao exterior 
para substituição em decorrência de garantia ou para reparo, revisão, 
 
2 Conforme comentamos em aula anterior, na exportação em consignação, as 
mercadorias são enviadas ao exterior, devendo ser comprovado o ingresso de 
recursos ou o retorno das mercadorias ao Brasil dentro do prazo de 720 dias. Trata-se 
de modalidade de exportação especial concedida pela SECEX. 
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manutenção, renovação ou recondicionamento a importação de 
produto equivalente àquele submetido ao regime 
§ 1o O disposto no caput aplica-se exclusivamente aos seguintes bens: 
I - partes, peças e componentes de aeronave, objeto da isenção 
prevista na alínea “i” do inciso II do art. 136; e 
II - produtos nacionais, ou suas partes e peças, remetidos ao exterior 
mediante exportação temporária, para substituição de outro 
anteriormente exportado definitivamente, que deva retornar ao País 
para reparo ou substituição, em virtude de defeito técnico que exija 
sua devolução. 
A forma mais natural de extinção do regime de exportação 
temporária é a reimportação (art. 443, inciso I do R/A), que consiste no 
regresso ao país de um bem exportado temporariamente. 
O art. 443, inciso II, do R/A, por sua vez, faz menção à “exportação 
definitiva da mercadoria admitida no regime” como hipótese de extinção 
do regime. Imagine, por exemplo, que um guindaste brasileiro é exportado 
temporariamente para ser empregado durante 5 meses em uma obra de 
construção civil no exterior, ao amparo de um contrato de aluguel. Passados os 
5 meses, no entanto, o locatário decide ficar com um guindaste, comprando-o. 
Nesse caso, a exportação temporária será transformada em exportação 
definitiva. O regime de exportação temporária restará, então, extinto. 
Por fim, o art. 444 do R/A se refere à “importação de produto 
equivalente àquele submetido ao regime” como hipótese de extinção da 
exportação temporária. Suponha, por exemplo, que uma empresa mexicana 
venda a um hospital no Brasil um equipamento de ultrassonografia. 
Entretanto, uma peça desse equipamento apresenta defeito e necessita ser 
consertada. Em virtude de um contrato de garantia, o hospital brasileiro envia 
a peça ao México, por meiode exportação temporária, para que ela seja 
consertada. Todavia, em lá chegando a peça, a empresa mexicana verifica que 
não há conserto. Será necessário enviar uma nova peça ao hospital brasileiro. 
Assim, o hospital brasileiro irá importar uma peça equivalente àquela 
exportada temporariamente, o que extinguirá o regime. 
 
3.3- Exportação temporária para aperfeiçoamento passivo: 
Também existe o regime de exportação temporária para 
aperfeiçoamento passivo. Segundo o art. 449 do R/A, trata-se de regime 
aduaneiro especial que permite a saída, do País, por tempo determinado, de 
mercadoria nacional ou nacionalizada, para ser submetida a operação de 
transformação, elaboração, beneficiamento ou montagem, no exterior, e a 
posterior reimportação, sob a forma do produto resultante, com pagamento dos 
tributos sobre o valor agregado. O regime também se aplica na saída do País de 
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mercadoria nacional ou nacionalizada para ser submetida a processo de conserto, 
reparo ou restauração. 
Suponha, por exemplo, que um equipamento de raio-x seja enviado ao 
exterior a fim de que seja consertado. Para que essa operação seja viabilizada, é 
concedido o regime de exportação temporária para aperfeiçoamento passivo. No 
retorno ao país, somente incidirão tributos sobre o valor agregado no 
exterior. Cabe destacar que considera-se que, no retorno ao país de bem 
submetido ao regime de exportação temporária para aperfeiçoamento 
passivo, ocorre fato gerador do imposto de importação. 
 
Os bens admitidos no regime de admissão temporária 
para aperfeiçoamento ativo não podem sofrer 
operações de transformação. Entretanto, os bens aos 
quais for concedido o regime de exportação 
temporária para aperfeiçoamento passivo podem 
sofrer operações de transformação. 
Vejamos como esse assunto pode ser cobrado em prova! 
 
15. (AFRFB – 2014) O regime de exportação temporária para 
aperfeiçoamento passivo é o que permite a saída, do País, por tempo 
determinado, de mercadoria nacional ou nacionalizada, para ser submetida a 
operação de transformação, elaboração, beneficiamento ou montagem, no 
exterior, e a posterior reimportação, sob a forma do produto resultante, com 
pagamento dos tributos sobre o valor agregado. 
Comentários: 
A exportação temporária para aperfeiçoamento passivo permite que 
uma mercadoria saia do País por tempo determinado para ser submetida a 
operação de industrialização. No retorno, haverá tributação sobre o valor 
agregado. Questão correta. 
16. (Exame Despachante Aduaneiro – 2012) Exportação temporária é o 
regime que permite a saída temporária de mercadorias nacionais ou 
nacionalizadas com suspensão dos tributos. 
Comentários: 
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Na exportação temporária, mercadorias nacionais ou nacionalizadas 
saem do País com suspensão tributária, condicionada à posterior reimportação. 
Questão correta. 
17. (Questão Inédita) O regime de exportação temporária é o que permite 
a saída, do País, com suspensão do pagamento do imposto de exportação, de 
mercadoria nacional ou nacionalizada, condicionada à reimportação em prazo 
determinado, no mesmo estado em que foi exportada. A bagagem 
acompanhada reputa-se em exportação temporária, independentemente de 
qualquer procedimento administrativo. 
Comentários: 
Perfeita definição do regime de exportação temporária, conforme 
previsto no art. 431, do R/A. De acordo com o art. 440, do R/A, a bagagem 
acompanhada reputa-se automaticamente submetida ao regime de exportação 
temporária. Questão correta. 
18. (Questão Inédita) O exame do mérito de aplicação do regime de 
exportação temporária não se exaure com a sua concessão. 
Comentários: 
Uma vez tendo sido concedido o regime de exportação temporária, 
não cabe nova apreciação por ocasião da reimportação. Em outras palavras, o 
exame do mérito se exaure com a concessão do regime. Questão errada. 
19. (Questão Inédita) A exportação temporária poderá ser extinta pela 
reimportação, pela transformação em exportação definitiva da mercadoria 
admitida no regime ou, ainda, pela entrega dos bens à Fazenda Nacional. 
Comentários: 
A entrega dos bens à Fazenda Nacional não é hipótese de extinção do 
regime. Os bens exportados temporários estão fora do País; não há, portanto, 
como destruí-los ou entregá-los à Fazenda Nacional. Questão errada. 
20. (Questão Inédita) Quando se tratar de exportação temporária de 
mercadoria sujeita ao imposto de exportação, a obrigação tributária será 
constituída em termo de responsabilidade, não se exigindo garantia. 
Comentários: 
Quando a mercadoria estiver sujeita ao imposto de exportação, será 
necessária a constituição de Termo de Responsabilidade, ficando dispensada a 
garantia. Questão correta. 
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21. (Questão Inédita) O indeferimento do pleito de concessão do regime 
de exportação temporária não impede a saída da mercadoria do território 
aduaneiro. 
Comentários: 
Mesmo sendo indeferido o pleito de concessão do regime de 
exportação temporária, não haverá impedimento à saída da mercadoria do 
território aduaneiro. Questão correta. 
 
 
4- Loja Franca: 
4.1- Conceito e Generalidades: 
Todos aqueles que já viajaram ao exterior tiveram a oportunidade de 
conhecer os chamados “free shops”, que nada mais são do que 
estabelecimentos autorizados a operar o regime aduaneiro especial de loja 
franca. 
Segundo o art. 476 do R/A, loja franca é um regime aduaneiro 
especial que permite a estabelecimento instalado em zona primária de 
porto ou de aeroporto alfandegado vender mercadoria nacional ou 
estrangeira o passageiro em viagem internacional, contra pagamento em 
moeda nacional ou estrangeira. 
Os estabelecimentos que operam o regime aduaneiro especial de 
loja franca estão situados em zona primária de porto ou de aeroporto 
alfandegado. Zona primária é justamente por onde entram as pessoas e bens 
oriundos do exterior, isto é, o “caminho natural” de passageiros em viagem 
internacional. 
Segundo o art. 15-A, do Decreto-lei nº 1.455/76, a autorização para 
a instalação de lojas francas também poderá ser concedida às sedes de 
Municípios caracterizados como cidades gêmeas de cidades estrangeiras 
na linha de fronteira do Brasil, a critério da autoridade competente. São 
consideradas cidades gêmeas os Municípios cortados pela linha de fronteira, 
que apresentam grande potencial de integração econômica e cultural. Como 
exemplo, podemos citar Santana do Livramento (que fica no Rio Grande do 
Sul) e Rivera (que fica no Uruguai). Ou, então, Tabatinga (que fica no 
Amazonas) e Letícia (que fica na Colômbia). 
“Mas, Ricardo, qualquer empresa que assim deseje poderá operar o 
regime aduaneiro especial de loja franca?” 
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Não, não é bem assim! Somente poderão explorar o regime de loja 
franca as pessoas ou firmas habilitadas pela Secretaria da Receita Federal, 
através de um processo de pré-qualificação. 
 
Com a edição do Decreto nº 8.010/2013, deixou de ser 
exigido, pelo Regulamento Aduaneiro, que as empresas 
beneficiárias do regime de loja franca fossem selecionadas 
mediante concorrência pública. 
Há que se destacar, entretanto, que a IN RFB nº 863/2008 
exige que a seleção de empresa para operar o regime de 
loja franca seja realizada mediante concorrência pública 
(procedimento licitatório). Isso é o que vale atualmente, 
até que a RFB edite ato normativo que disponha de maneira 
diversa. 
Outro elemento importante da definiçãode loja franca é a origem das 
mercadorias que podem ser vendidas por estabelecimentos que operem o 
regime. Da leitura do art. 476, depreende-se que podem ser vendidas 
mercadorias nacionais ou mercadorias estrangeiras. Embora as 
mercadorias nacionais e estrangeiras sejam desoneradas de tributos nas 
vendas em lojas francas, é necessário diferenciar-se a natureza dos benefícios 
aplicáveis a umas e outras. 
A mercadoria estrangeira importada diretamente pelos 
concessionários das lojas francas fará jus à suspensão dos tributos incidentes 
na operação. Essa suspensão se converte em isenção no momento em que 
a mercadoria é vendida a passageiro em viagem internacional, nos termos das 
normas aplicáveis ao regime de loja franca. A admissão de mercadoria 
estrangeira nesse regime será feita mediante despacho aduaneiro de 
admissão, processado com base em Declaração de Importação (DI) específica 
para esse fim. 
Por sua vez, as compras de produtos nacionais realizadas por 
estabelecimentos que operam o regime de loja franca são beneficiadas 
diretamente pela isenção. Segundo o art.476, § 4o , quando se tratar de 
aquisição de produtos nacionais, estes sairão do estabelecimento 
industrial ou equiparado com isenção de tributos. A admissão de 
mercadoria nacional no regime de loja franca será efetuada mediante emissão 
de nota fiscal. 
A legislação aduaneira dispõe que o pagamento das compras 
realizadas em loja franca poderá ser efetuado em moeda nacional ou 
estrangeira. Tais pagamentos poderão ocorrer mediante moeda em espécie, 
cheque de viagem ou cartão de crédito (art.44 da IN SRFB nº 863/2008). As 
divisas estrangeiras obtidas por meio da venda de mercadorias em loja franca 
deverão ser recolhidas a estabelecimento bancário autorizado a operar em 
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câmbio dentro do prazo máximo de 5 (cinco) dias úteis contados da data da 
operação. 
Cabe destacar que a redação do Regulamento Aduaneiro anterior 
(Decreto nº 4543/2002) estabelecia que o pagamento das compras realizadas 
em loja franca deveria ser feito em cheque de viagem ou moeda estrangeira 
conversível. Tal dispositivo não mais se aplica e os pagamentos podem ser 
feitos em moeda nacional ou estrangeira. 
A importação de mercadorias para o regime de loja franca 
será realizada em consignação, permitido o pagamento ao consignante 
no exterior somente após a efetiva comercialização das mercadorias 
no País. Com o objetivo de controlar os pagamentos feitos ao consignante, a 
empresa que estiver operando o regime de loja franca deverá registrar 
Declaração de Importação (DI) para fins cambiais. Nesse caso (venda de 
mercadorias importadas em loja franca), não ocorrerá despacho para 
consumo. 
 
4.2- Restrições às vendas em loja franca: 
As vendas realizadas em loja franca possuem restrições 
qualitativas (em razão da natureza do adquirente) e quantitativas (número 
máximo de produtos que podem ser vendidos). 
Quanto às restrições qualitativas, cabe dar ênfase ao fato de que o 
Regulamento Aduaneiro dispõe que as vendas em loja franca deverão ser 
feitas a passageiro em viagem internacional. Entretanto, o conceito de 
passageiro em viagem internacional deve ser compreendido em 
sentido amplo, abrangendo também outras pessoas físicas e jurídicas. Esse é 
o entendimento que se deve ter a partir da leitura do art. 15 da IN SRF nº 
863/2008: 
Art. 15. As mercadorias admitidas no regime poderão ser vendidas a: 
I - tripulante de aeronave ou embarcação em viagem internacional de 
partida; 
II - passageiro saindo do País, portador de cartão de embarque ou de 
trânsito internacional; 
III - passageiro chegando do exterior, identificado por documentação 
hábil, no 1º (primeiro) aeroporto de desembarque no País e 
anteriormente à conferência de sua bagagem acompanhada; 
IV - passageiro a bordo de aeronave ou embarcação em viagem 
internacional; 
V - missão diplomática, repartição consular e representação de 
organismo internacional de caráter permanente, e a seus integrantes e 
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assemelhados, conforme previsto no inciso IV art. 15 do Decreto-Lei 
nº 37, de 18 de novembro de 1966; e 
VI - empresa de navegação aérea ou marítima para consumo a bordo 
ou venda a passageiros, isentas de tributos, quando em águas ou 
espaço aéreo internacional. 
Quanto às restrições quantitativas, deve-se observar o disposto no 
art.18 da IN SRFB nº 863/2008 quanto aos limites máximos de produtos que 
podem ser vendidos em loja franca a passageiros chegando do exterior: 
Art. 18. A aquisição de mercadorias efetuada nos termos do inciso III 
do art. 15 fica sujeita aos seguintes limites quantitativos: 
I - 24 (vinte e quatro) unidades de bebidas alcoólicas, observado 
quantitativo máximo de 12 (doze) unidades por tipo de bebida; 
II - 20 (vinte) maços de cigarros; 
III - 25 (vinte e cinco) unidades de charutos ou cigarrilhas; 
IV - 250 g (duzentos e cinqüenta gramas) de fumo preparado para 
cachimbo; 
V - 10 (dez) unidades de artigos de toucador; e 
VI - 3 (três) unidades de relógios, máquinas, aparelhos, 
equipamentos, brinquedos, jogos ou instrumentos elétricos ou 
eletrônicos. 
 
4.3- Bagagem Acompanhada x Loja Franca: 
Esse é um tópico que gera confusão em muita gente boa! 
Se você pega um vôo para Miami com o objetivo de fazer compras, 
sabe que na volta terá que se “virar” com a Receita Federal, não é mesmo? 
Existem bens que o viajante poderá trazer em sua bagagem acompanhada 
usufruindo de isenção tributária. Em certos casos, todavia, ele terá que pagar 
o imposto de importação. 
A IN RFB nº 1059/2010, que trata dos procedimentos de controle 
aduaneiro e tratamento tributário aplicável aos bens de viajante, estabelece as 
hipóteses em que o viajante faz jus à isenção. 
Segundo o art. 13 da referida Instrução normativa, estão sujeitos a 
isenção de tributos na importação, desde que integrantes da bagagem 
acompanhada do viajante, os seguintes produtos: i) livros, folhetos, 
periódicos; ii) bens de uso ou consumo pessoal e; iii) outros bens, até 
os limites de US$ 500,00 (se o ingresso do viajante no País for por via 
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aérea ou marítima) e de US$ 300,00 (se o ingresso for por via 
terrestre, fluvial ou lacustre).3 
Os bens que extrapolem o campo de isenção serão objeto de 
tributação, submetendo-se ao regime de tributação especial ou ao regime 
de tributação comum. 
O regime de tributação especial é o que permite o despacho de 
bens integrantes de bagagem mediante a exigência tão-somente do imposto 
de importação, calculado pela aplicação da alíquota de 50% (cinqüenta por 
cento) sobre o valor tributável dos bens. Imagine, por exemplo, que você 
traga de Miami, em sua bagagem acompanhada 1(um) laptop cujo valor é US$ 
900,00. Considerando que o limite de isenção é de US$500,00, você 
extrapolou tal limite em US$ 400,00, não foi? Esse será, então, o valor 
tributável, sobre o qual incidirá uma alíquota de 50% do imposto de 
importação. 
O regime de tributação comum, por sua vez, será aplicado: i) aos 
bens trazidos por viajante que não se enquadrem dentro do conceito de 
bagagem; ii) aos bens trazidos por viajantes que excedam limites quantitativos 
relacionados na IN RFB nº 1.059/2010 e; iii) bens integrantes de bagagem 
desacompanhada que não cumpram os requisitos do art. 8º da IN RFB nº 
1059/2010. 
Em relação à primeira hipótese, cabe destacar que se considera 
bagagem “os bens novos ou usados que um viajante, em compatibilidade com 
as circunstâncias de sua viagem, puder destinar para seu uso ou consumo 
pessoal, bem como para presentear, sempre que, pela sua quantidade, 
natureza ou variedade,não permitirem presumir importação ou exportação 
com fins comerciais ou industriais.” Dessa forma, se um viajante trouxer 20 
laptops de Miami, fica nítido que não se trata de bagagem, mas sim de 
importação para fins comerciais. Logo, a tributação será pelo regime comum, 
isto é, a importação estará sujeita a todos os tributos e respectivas alíquotas 
que normalmente incidem sobre esse tipo de operação. 
Quanto à segunda hipótese, a IN RFB nº 1.059/2010 define limites 
quantidades para certos produtos. É o caso, por exemplo, das bebidas 
alcoólicas, sujeitas ao limite máximo de 12 litros. Dessa forma, se um viajante 
trouxer como bagagem mais de 12 litros de bebida alcoólica, a tributação será 
pelo regime de tributação comum. 
 
3 A literalidade da IN RFB 1.059/2010 prevê que é US$ 150,00 o limite de isenção 
para bens que ingressem no país , na condição de bagagem de viajantes por via 
terrestre, fluvial ou lacustre. Entretanto, a Portaria MF 307/2015 estabeleceu que esse 
limite ainda não está em vigor, sendo aplicável, no momento, a isenção de US$ 
300,00. A previsão é de que, em 01º de julho de 2016, o limite de isenção passará a 
ser US$ 150,00. 
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Por último, a terceira hipótese diz respeito aos bens que entrem no 
país como se fossem bagagem desacompanhada, mas que não cumprem os 
requisitos da IN RFB nº 1.059/2010. Esses requisitos são os seguintes: i) os 
bens devem chegar ao território aduaneiro, na condição de carga, dentro dos 3 
meses anteriores ou até os 6 meses posteriores à chegada do viajante e; ii) os 
bens devem provir do local ou de um dos locais de estada ou de procedência 
do viajante. 
Dessa forma, em relação à bagagem desacompanhada, temos 
duas situações diversas: 
1) Quando forem cumpridos os requisitos do art. 8º da IN RFB 
nº 1059/2010: i) será aplicável a isenção aos bens de uso e consumo pessoal 
usados; ii) será aplicável o regime de tributação especial aos bens que 
excederem os limites previstos. 
2) Quando não forem cumpridos os requisitos do art. 8º da IN 
RFB nº 1059/2010: será aplicado o regime de tributação comum. 
“Entendi, Ricardo! Já sei tudo sobre a tributação incidente sobre a 
bagagem de viajantes! Mas qual a relação disso com o regime aduaneiro 
especial de loja franca?” 
Excelente pergunta, meu amigo! Há sim muita relação entre os dois! 
Segundo o art. 21 da IN RFB nº 863/2008, a venda, em loja franca, 
de mercadorias com isenção a passageiro chegando do exterior está 
sujeita ao limite de US$ 500,00. Esse limite para as aquisições em loja 
franca não é cumulativo com o limite de isenções aplicável à bagagem. 
Em outras palavras, a isenção será para US$ 500,00 (relativo à loja franca) + 
US$ 500,00 (relativo à bagagem). 
Dessa forma, o passageiro tem direito subjetivo à isenção em 
relação: i) aos bens integrantes de sua bagagem, que não sejam de uso ou 
consumo pessoal, até o limite de US$ 500,00 e; ii) aos bens adquiridos em loja 
franca, após o desembarque no Brasil, até o limite de US$ 500,00. 
Percebam, caros amigos, que o passageiro somente terá direito à 
isenção relativa aos bens adquiridos em loja franca após o desembarque no 
País. Mas por que isso? 
Nos termos do art. 20 da IN SRFB nº 863/2008, será considerada 
exportação a venda de mercadoria em loja franca a um passageiro 
saindo do Brasil. Assim, no momento em que o passageiro retornar ao Brasil, 
os bens adquiridos na partida serão considerados para o cálculo do limite de 
isenção para bagagem. Da mesma forma, os bens adquiridos em lojas francas 
no exterior também receberão tratamento de bagagem acompanhada. 
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Mas será que o passageiro poderá adquirir bens em loja franca de 
chegada cujo valor global exceda o limite de US$ 500,00? 
Sim, poderá. O passageiro poderá adquirir em loja franca de chegada 
bens cujo valor exceda US$ 500,00. No entanto, esses bens estarão sujeitos 
ao regime de tributação especial, isto é, incidirá o Imposto de Importação, a 
uma alíquota de 50%, sobre o montante que exceder o limite de US$ 500,00. 
4.4- Extinção do Regime: 
O regime aduaneiro especial de loja franca será extinto mediante a 
ocorrência de qualquer uma das hipóteses previstas no art. 38 da IN RFB nº 
863/2008. 
Art. 38. A extinção da aplicação do regime será realizada mediante 
uma das seguintes destinações: 
I - venda, nas formas previstas no art. 15; 
II - reexportação para qualquer país de destino, no caso de 
mercadorias importadas; 
III - exportação, no caso de mercadorias nacionais; 
IV - transferência para outro depósito de loja franca da operadora ou 
depósito de loja franca de outra operadora; 
V - transferência para outro regime aduaneiro especial ou aplicado em 
áreas especiais; 
VI - despacho para consumo; ou 
VII - destruição sob controle aduaneiro. 
A primeira forma de extinção será por meio da venda de 
mercadorias a passageiro em viagem internacional (entrando ou saindo do 
País); a tripulante de avião ou navio em viagem internacional; a missões 
diplomáticas, repartições consulares e representações de organizações 
internacionais; e a empresas de navegação aérea ou marítima, para consumo 
a bordo ou venda a passageiros. 
A segunda forma de extinção prevista é a reexportação. As 
mercadorias importadas são admitidas em loja franca mediante consignação. 
Caso não sejam vendidos, retornam ao exterior, isto é, são reexportadas. 
A terceira forma de extinção indicada é a exportação. Nesse caso, 
mercadorias nacionais são admitidas em loja franca e vendidas ao exterior. 
A quarta forma de extinção é a transferência para outro depósito 
de loja franca. Seria o caso, por exemplo, de mercadorias que estejam 
situadas em uma loja franca situada no aeroporto de Congonhas (SP) e que 
sejam transferidas para uma loja franca situada no aeroporto de Confins (MG). 
A quinta forma de extinção é a transferência para outro regime 
aduaneiro especial. Cabe destacar que a transferência para outro regime 
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aduaneiro especial depende do cumprimento dos requisitos de admissibilidade 
no novo regime. 
A sexta forma de extinção é o despacho para consumo, isto é, a 
nacionalização. Seria o caso, por exemplo, da venda no mercado interno dos 
produtos que haviam sido admitidos em loja franca. Nessa hipótese, os bens 
não são vendidos às pessoas relacionadas no art. 15 da IN SRFB nº 863/2008. 
A sétima forma de extinção do regime de loja franca é a destruição 
dos bens, que deverá ser sob controle aduaneiro. 
Vejamos como esse assunto pode ser cobrado em prova! 
 
22. (AFRFB – 2014) Poderá ser concedida autorização às sedes de 
Municípios caracterizados como cidades gêmeas de cidades estrangeiras na 
linha de fronteira do Brasil, a critério da autoridade competente, para a 
instalação de lojas francas para a venda de mercadoria nacional ou estrangeira 
contra pagamento em moeda nacional ou estrangeira. A venda de mercadoria 
nas referidas lojas francas somente será autorizada à pessoa física. 
Comentários: 
A autorização para a instalação de lojas francas também poderá ser 
concedida às sedes de Municípios caracterizados como cidades gêmeas de 
cidades estrangeiras na linha de fronteira do Brasil, a critério da autoridade 
competente. Questão correta. 
23. (Exame Despachante Aduaneiro – 2012) O regime que permite o 
armazenamento de mercadorias estrangeiras com suspensão dos tributos para 
serem vendidas a viajantes com destino ao exterior ou viajantes que chegam 
ao País, podendo ser operado somente em zona primária, é o de Loja Franca. 
Comentários:A loja franca permite o armazenamento de mercadorias com 
suspensão tributária para serem vendidas a passageiro em viagem 
internacional. Esse regime aduaneiro especial somente pode ser operado em 
zona primária de porto ou aeroporto alfandegado. Questão correta. 
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24. (Questão Inédita) Somente poderão explorar o regime de loja franca 
as pessoas ou firmas habilitadas pela Secretaria da Receita Federal, através de 
um processo de pré-qualificação. 
Comentários: 
Para que uma empresa possa operar o regime de loja franca, ela 
deverá ser habilitada pela RFB. Questão correta. 
25. (Questão Inédita) O regime de loja franca será extinto com a venda de 
mercadoria a passageiro em viagem internacional. 
Comentários: 
Uma das formas de extinção do regime aduaneiro especial de loja 
franca é por meio da venda de mercadoria a passageiro em viagem 
internacional. Com a venda da mercadoria a passageiro em viagem 
internacional, a suspensão se converte em isenção. Questão correta. 
 
5- Depósito Especial: 
Quando estudamos o regime aduaneiro especial de entreposto 
aduaneiro, nós verificamos que ele viabiliza as importações em consignação. 
As mercadorias admitidas em entreposto aduaneiro ficam com a exigibilidade 
dos tributos suspensa, permanecendo armazenadas em recintos alfandegados. 
Mas aí eu te pergunto! Será que não existe um regime aduaneiro 
especial mais flexível? Será que se uma empresa deseja importar mercadorias 
em consignação estas somente poderão permanecer em recintos 
alfandegados? 
Existe um regime aduaneiro especial mais flexível que o entreposto 
aduaneiro: o depósito especial. Esse regime tem características bem 
peculiares, mas podemos afirmar que ele é dotado de maior flexibilidade que o 
entreposto aduaneiro porque ele admite que as mercadorias fiquem 
armazenadas em locais que não sejam alfandegados. Apesar disso, para 
operar um depósito especial, é necessário que sejam cumpridos uma série de 
requisitos, ok? 
Mas vejamos como funciona o depósito especial! 
Segundo o art. 480 do R/A, o regime aduaneiro de depósito especial 
é o que permite a estocagem de partes, peças, componentes e materiais de 
reposição ou manutenção, com suspensão do pagamento dos impostos 
federais, da contribuição para o PIS/PASEP-Importação e da COFINS-
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Importação, para veículos, máquinas, equipamentos, aparelhos e 
instrumentos, estrangeiros, nacionalizados ou não, e nacionais em que tenham 
sido empregados partes, peças e componentes estrangeiros, nos casos 
definidos pelo Ministro de Estado da Fazenda. 
Bem grande a definição de depósito especial, não é mesmo? 
Explicando cada elemento do conceito: 
a) Não se admite o ingresso em depósito especial de qualquer tipo de 
mercadoria. Somente são admitidos em depósito especial: partes, peças, 
componentes e materiais de reposição ou manutenção. Dessa forma, 
não podem entrar em depósito especial os equipamentos propriamente ditos, 
mas tão somente suas partes, peças e componentes. 
b) As partes, peças e componentes admitidos no regime de depósito 
especial destinam-se a bens estrangeiros (nacionalizados ou não) e a bens 
nacionais em que tenham sido empregados partes, peças e 
componentes estrangeiros. Assim, as partes, peças e componentes 
admitidos em depósito especial não podem destinar-se a produtos 
exclusivamente fabricados no Brasil. 
c) Os bens admitidos em depósito especial ficam com a exigibilidade 
dos tributos suspensa (impostos federais + PIS/PASEP + COFINS). 
 
5.1- Habilitação para operar no regime: 
A aplicação do regime depende de prévia habilitação da pessoa 
jurídica interessada, pela Secretaria da Receita Federal do Brasil 
(SRFB). Para ser habilitada, a pessoa jurídica precisa cumprir os 
seguintes requisitos: 
- regularidade fiscal 
 - dispor de sistema informatizado de controle de entrada, 
permanência e saída de mercadorias, de registro e apuração de créditos 
tributários devidos, extintos ou com exigibilidade suspensa, integrado aos 
sistemas corporativos da empresa no País, com livre e permanente acesso da 
RFB; 
- exercer uma das atividades relacionadas no art. 2º da IN SRF 
nº 386/2004 ou, na qualidade de subsidiária ou representante do 
fabricante estrangeiro, importar em consignação partes, peças, 
componentes e materiais de reposição ou manutenção para máquinas, 
equipamentos, aparelhos e instrumentos, estrangeiros, nacionalizados ou não, 
empregados em tais atividades. 
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As atividades relacionadas no art. 2º da IN SRF nº 386/2004 são 
as seguintes: i) transporte; ii) apoio à produção agrícola; iii) construção e 
manutenção de rodovias, ferrovias, portos, aeroportos, barragens e serviços 
afins; iv) pesquisa, prospecção e exploração de recursos minerais; v) geração 
e transmissão de som e imagem; vi) diagnose, cirurgia, terapia e pesquisa 
médicas, realizadas por hospitais, clínicas de saúde e laboratórios; 
 vii) geração, transmissão e distribuição de energia elétrica; viii) análise e 
pesquisa científica, realizadas por laboratórios; ix) defesa nacional. 
Não é necessário que você decore a lista acima! O objetivo de 
mencioná-la é apenas para que você tenha noção acerca da abrangência do 
regime. 
O prazo de concessão do regime é de até 5 anos, contados da data 
do desembaraço aduaneiro para admissão. Destaque-se que somente são 
admitidas no regime mercadorias importadas sem cobertura cambial. 
 
5.2- Extinção do regime: 
A extinção do regime de depósito especial ocorrerá nas hipóteses do 
art. 485 do R/A: 
Art. 485. Na vigência do regime, deverá ser adotada uma das 
seguintes providências, para extinção de sua aplicação: 
I - reexportação; 
II - exportação, inclusive quando as mercadorias forem aplicadas em 
serviços de reparo ou manutenção de veículos, máquinas, aparelhos e 
equipamentos estrangeiros, de passagem pelo País; 
III - transferência para outro regime aduaneiro especial ou aplicado 
em áreas especiais; 
IV - despacho para consumo; ou 
V - destruição, mediante autorização do consignante, às expensas do 
beneficiário do regime. 
 
Ao analisar o art. 485 do R/A, verifica-se que a extinção do regime de 
depósito especial ocorre em situações bem semelhantes às de extinção do 
entreposto aduaneiro na importação. 
O despacho para consumo de mercadoria admitida em depósito 
especial será efetuado pelo beneficiário até o dia 10 do mês seguinte ao da 
saída das mercadorias do estoque, com observância das exigências legais e 
regulamentares, inclusive as relativas ao controle administrativo das 
importações. O objetivo é desburocratizar e tornar mais ágeis os 
procedimentos de importação. Assim, uma empresa poderá já ir utilizando o 
produto armazenado em depósito especial antes mesmo de ter sido realizado o 
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despacho para consumo, que só precisa ser efetuado no dia 10 do mês 
seguinte ao da saída do estoque. 
Vejamos como esse assunto pode ser cobrado em prova! 
 
26. (Questão Inédita) O controle aduaneiro da entrada, da permanência e 
da saída de mercadorias em depósito especial será efetuado mediante 
processo informatizado, com base em software desenvolvido pelo beneficiário, 
que atenda ao estabelecido em ato normativo da Secretaria da Receita Federal 
do Brasil. 
Comentários: 
Isso é exatamente o que dispõe o art. 487, do R/A. Um dos requisitos 
para a habilitação da empresa a operar o regime de depósito especial é que ela 
disponha de sistema informatizado

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