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PCSP - Direito Constitucional - Polícia Civil do Estado de São Paulo

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Direito 
Constitucional 
 
 
 
 
Direito Constitucional 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Livro Eletrônico 
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Princípios Fundamentais
DIREITO CONSTITUCIONAL
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PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS
No Direito Constitucional, é importante entender como funciona a metodologia da Cons-
tituição e como é a cobrança nas provas de concurso. Nossa CF é dividida em Títulos, Capí-
tulos, Seções e Subseções.
Princípios Fundamentais
Título I – arts. 1º a 4º
ABRANGÊNCIA
• Art. 1º Fundamentos da República Federativa do Brasil (RFB)
• Art. 2º Separação de Poderes
• Art. 3º Objetivos da RFB
• Art. 4º Princípios nas relações internacionais
Obs.: o art. 60, § 4º cita as cláusulas pétreas explícitas, mas a doutrina (os autores que es-
crevem Direito Constitucional) coloca os princípios fundamentais como uma cláusula 
pétrea implícita. Cláusulas pétreas são o conteúdo mais relevante, que não poderia 
ser extirpado do texto constitucional.
Texto Constitucional
Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios 
e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos:
I – a soberania;
II – a cidadania;
III – a dignidade da pessoa humana;
IV – os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa;
V – o pluralismo político.
Parágrafo único. Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou 
diretamente, nos termos desta Constituição.
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Princípios Fundamentais
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Art. 1º Fundamentos da RFB
• Formas de Estado:
– Unitário; 
– Federação;
– Confederação.
• Formas de Governo:
– República;
– Monarquia.
• Sistemas de Governo:
– Presidencialismo;
– Parlamentarismo.
De todos os itens acima, confederação é o único que o Brasil não foi. Nosso país foi um 
Estado unitário até 1891 e é uma federação desde então.
A proclamação da República se deu em 15 de novembro de 1889, e o Brasil se tornou uma 
federação somente 2 anos depois. A 1ª Constituição brasileira, de 1824, adotava a monarquia; 
só nos tornamos república na 2ª Constituição, de 1891. 1889 é a data do marco histórico; por 
isso a divergência.
Além disso, nosso sistema foi o parlamentarismo tanto no Brasil Império quanto no inter-
valo entre 1961/1963, um pequeno período que antecedeu o golpe militar de 1964. Desde 
1963 nosso sistema é o presidencialismo.
No parlamentarismo há 2 chefes: um de Estado e um de governo. No nosso caso, Tan-
credo Neves era o primeiro ministro e João Goulart era o presidente da república.
A república tem algumas características que se contrapõem à monarquia:
• Monarquia:
– Vitaliciedade: se a pessoa não abdicar do trono, ela fica no cargo até morrer. Um 
exemplo é a rainha da Inglaterra, há décadas;
– Hereditariedade; 
– Irresponsabilidade perante o povo;
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Princípios Fundamentais
DIREITO CONSTITUCIONAL
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• República:
– Temporariedade;
– Eletividade;
– Responde perante o povo.
A monarquia não respondia perante o povo, respondia perante Deus; ele era escolhido por 
Deus. Existe uma expressão em inglês que diz The king can do no wrong, cuja tradução é “o 
rei não pode errar”.
Quando há a possibilidade de o governante responder perante o povo, explicam-se mais 
claramente as hipóteses de impeachment (traduzido como impedimento). No Brasil houve 
duas histórias recentes de impeachment: Fernando Collor e Dilma Rousseff. O impedimento é 
o crime de responsabilidade que não é uma infração criminal, penal; é uma infração de natu-
reza política.
Dissecando agora alguns pontos do art. 1º:
• Poder: Titularidade x Exercício
Todo poder emana do povo, logo o titular do poder é o povo. Já o exercício do poder pode 
ser feito pelo povo ou não. Na regra geral, no Brasil o exercício é de forma indireta, mas a bem 
da verdade o Brasil mescla as duas formas: democracia direta e indireta. Por isso é comum 
aparecer em provas que nossa democracia é mista ou semidireta.
• Democracia indireta e direta (mista):
– Indireta (representativa) > regra: através das eleições, a população escolhe as pes-
soas que a irão representar, em teoria.
 - Direta:
a) plebiscito: consulta popular feita antes de a norma ser elaborada. Aconteceu, por exem-
plo, em 1994 para perguntar à população brasileira se ela queria república ou monarquia e 
parlamentarismo ou presidencialismo. Nada mudou e foram mantidos a república e o presi-
dencialismo;
b) referendo: consulta popular posterior à norma. Aconteceu no âmbito do direito brasileiro 
no Estatuto do Desarmamento: foi perguntado se a população queria a proibição ou não da 
comercialização de armas de fogo, e os brasileiros não foram favoráveis a essa proibição;
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Princípios Fundamentais
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c) iniciativa popular de lei (diferente de ação popular): ação popular é um dos “remédios 
constitucionais”; já a lei de iniciativa popular é uma forma de exercício direto da democracia. 
Nela, o povo dá o pontapé inicial no processo legislativo, ou seja, o povo manda o projeto de 
lei para a Câmara dos Deputados.
Ex. 1: aproximadamente em 1992/3, o homicídio da atriz Daniella Perez pelo ator Gui-
lherme de Pádua chocou a população brasileira. Na época, homicídio qualificado não era 
crime hediondo; só passou a ser em razão da repercussão desse caso.
Ex. 2: em 2010 surgiu a Lei Complementar n. 135, a famosa Lei da Ficha Limpa, que 
nasceu da iniciativa popular. 
Ex. 3: as 10 medidas de combate à corrupção.
• Iniciativa popular de lei nas três esferas – Particularidades:
a) Federal: o povo pode apresentar proposta de Lei Ordinária (LO), de Lei Complementar (LC), 
mas não Proposta de Emenda à Constituição (PEC). As pessoas que são legitimadas a ingressar 
com uma PEC constam no art. 60 da CF, que são o Presidente da República, 1/3 da Câmara dos 
Deputados, 1/3 do Senado Federal e mais da metade das assembleias legislativas. A CF detalha 
mais: 1% do eleitorado, dividido em 5 estados, com no mínimo 0,3% em cada um deles.
b) Estadual: o povo também pode apresentar proposta de LO e de LC; a diferença é que 
também pode apresentar PEC, desde que previsto na Constituição estadual. No 2º semestre 
de 2018, o STF determinou que a CE pode prever o povo apresentando PEC. Além disso, no 
âmbito estadual não existe a exigência de 1% do eleitorado; aqui se trabalha a autonomia de 
cada um dos entes da Federação e o estado é quem vai disciplinar.
c) Municipal: no âmbito do município, a CF determina que o projeto de iniciativa popular 
deve nascer de 5% do eleitorado. O povo também pode apresentar projeto de LO e de LC. 
A máxima no âmbito federal é a CF, e no âmbito estadual, as CE. No âmbito do DF e dos 
municípios, a norma máxima é, respectivamente, Lei Orgânica do DF e Lei Orgânica munici-
pal. Logo, aqui não há PEC (Proposta de Emenda à Constituição), e sim PELO (Proposta de 
Emenda à Lei Orgânica), que também pode ser apresentada pelo povo.
No estudo do direito, mnemônicos podem ajudar a memorizar alguns conteúdos:
SO – CI – DI – VA – PLU
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Princípios Fundamentais
DIREITO CONSTITUCIONAL
Soberania – Cidadania – Dignidade da Pessoa Humana – Valores sociais do trabalho e 
da livre iniciativa – Pluralismo político 
As bancas costumam dizer que a dignidade da pessoa humana tem uma função muito 
abstrata e que não está expressamente na CF; mas ela está no art. 1º. Hoje em dia fala-
-se muito nesse princípio por conta de um movimento chamadoneoconstitucionalismo, que 
coloca a pessoa humana no centro do sistema e traz a partir daí uma série de consequências 
que advêm disso.
Ex. 1: existe uma súmula vinculante que todo brasileiro conhece, que é a que proíbe o 
uso de algemas em presos, em regra, pois é algo constrangedor e que ofende a dignidade da 
pessoa humana. Então com base nesse princípio é que foi editada essa SV 11. Algemas só 
podem ser utilizadas em caso de perigo, de resistência ou de fuga – o mnemônico é PRF. A 
dignidade da pessoa humana vai além e se espalha em várias outras circunstâncias.
Ex. 2: hoje em dia são permitidos o casamento e a união estável entre pessoas do mesmo 
sexo. Um dos fundamentos que o STF usou foi justamente o da dignidade da pessoa humana. 
Ex. 3: a respeito das pesquisas com células-tronco embrionárias. Certa vez uma questão 
de prova dizia que o princípio da felicidade guarda íntima relação com a dignidade da pessoa 
humana. Essa frase foi retirada de um julgamento da pesquisa com células-tronco, em que o 
STF disse que, se para a pessoa ter uma vida plena, digna e feliz, ela puder fazer uso de pes-
quisas de tratamentos médicos que melhorem sua condição de vida, a pesquisa com células-
-tronco é permitida. Esse julgamento foi muito relevante, pois se contrapuseram a justiça e a 
religião. Os religiosos dizem que a vida é desde a concepção e o uso de células-tronco acaba 
destruindo os fetos. Isso gerou uma briga e prevaleceu a ciência, que permite seu uso. 
Voltando ao mnemônico acima, a RFB tem soberania. Os entes que compõem nossa república 
(União, estados, DF e municípios) têm tríplice autonomia: financeira, administrativa e política (FAP).
• Dignidade da Pessoa Humana: meta/supraprincípio/princípio matriz, o mais importante 
do sistema;
• Cidadania: tem relação muito próxima com direitos políticos;
• Valores sociais do trabalho e da livre iniciativa: há uma clara relação com o Capitalismo 
(arts. 1º e 170). Em 2019, o presidente fez uma MP da liberdade econômica, que depois 
virou estatuto, que veio para tentar desburocratizar a atividade econômica, tirar o Estado e 
deixar as pessoas trabalharem de forma mais livre, para desenvolver o setor privado.
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Princípios Fundamentais
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Obs.: no DF existem empresas de transporte por aplicativo (Uber, 99 Pop, Cabify etc.). Al-
guns municípios fizeram lei municipal proibindo transporte de passageiros por aplica-
tivo. O STF entendeu que essa proibição por lei municipal ofende, viola o princípio da 
livre iniciativa e da liberdade econômica.
• Pluralismo Político: diferença para pluralismo partidário.
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preparada e ministrada pelo professor Aragonê Fernandes. 
A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do conteúdo 
ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela leitura exclu-
siva deste material.
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Princípios Fundamentais II
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PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS II
A presente aula ainda trata sobre os princípios fundamentais da CF, que aparecem do 
art. 1º ao 4º. O art. 1º é estudado de forma separada, pois tem junto a si toda uma carga 
de teoria.
Texto Constitucional
Art. 2º São Poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo e o 
Judiciário.
A partir daí, é possível tirar muita coisa:
• Dentre os princípios fundamentais, somente o art. 2º é uma cláusula pétrea expressa, 
explícita. O art. 60, § 4º da CF cita 4 cláusulas pétreas expressas: a forma federativa de 
Estado; os direitos e garantias individuais; o voto direto, secreto, universal e periódico; 
e a separação dos poderes.
História, política e direito andam de mãos dadas e estão sempre lado a lado. Na época 
da Revolução Francesa e dos iluministas, Montesquieu falava que o poder era um só; mas 
para que possa organizar melhor o poder público, ele sugeriu uma divisão tripartite: Executivo, 
Legislativo e Judiciário. Esses 3 poderes deveriam trabalhar em harmonia, de modo que cada 
um tivesse funções principais e secundárias e nenhum se sobrepusesse aos demais.
Art. 2º Separação dos Poderes
• Poderes da União: Executivo, Legislativo e Judiciário.
Esses são os poderes no âmbito federal. No âmbito dos municípios, por exemplo, não 
existe poder judiciário. Note que os fóruns que existem nos municípios provavelmente per-
tencem ao Tribunal de Justiça do estado. No DF, o poder judiciário é organizado e mantido 
pela União.
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Princípios Fundamentais II
DIREITO CONSTITUCIONAL
• Posicionamento constitucional do MP, Defensoria Pública e do Tribunal de Contas
Esses 3 órgãos têm autonomia, não estão em subordinação a nenhum dos 3 poderes. 
Antigamente, em outras constituições, o MP foi subordinado ao Poder Executivo e ao Judiciá-
rio, mas hoje não mais. O TC auxilia o Poder Legislativo, mas não é subordinado a ele.
Existe o Tribunal de Contas da União (TCU), o Tribunal de Contas do Estado (TCE), o 
Tribunal de Contas do DF (TCDF) e o Tribunal de Contas do Município (TCM), em alguns 
casos excepcionais. Uma pessoa que atua como conselheira no TCM do município do RJ, por 
exemplo, tem foro especial e será julgado, de início, no STJ; o mesmo vale para quem atua 
em TCE e TCDF.
Um vereador faz o papel do Poder Legislativo no município; ele não tem foro especial na 
CF. A fiscalização, no âmbito municipal, cabe à Câmara dos Vereadores, auxiliada pelo TCE 
ou TCM onde houver. Entretanto, quem auxilia tem o foro especial e quem é auxiliado, o dono 
do controle externo, fica sem foro especial. Essa é uma clara amostra de que não há subordi-
nação nesses órgãos.
• Teoria dos freios e contrapesos (checks and balances – Montesquieu)
Essa teoria diz que nenhum poder pode se sobrepor ao outro, logo, há freios e controles 
recíprocos.
Ex. 1: a escolha de ministro para o STF, o mais alto cargo do Poder Judiciário, é feita pelo 
Presidente da República, o mais alto cargo do Poder Executivo. O Poder Legislativo também 
participa da escolha por meio de sabatina feita pelo Senado federal.
Ex. 2: o art. 37 da CF estabelece que os vencimentos dos Poderes Legislativo e Judiciá-
rio não podem ser maiores que os do Poder Executivo. Entretanto essa é só a teoria, pois o 
salário mais alto é o do Legislativo, seguido pelo do Judiciário e do Executivo. Para os servi-
dores do Senado Federal (Legislativo), por exemplo, conseguirem um reajuste salarial, eles 
mesmos o pedem; o Presidente da República (Executivo) também participa sancionando ou 
vetando o projeto de lei aprovado pelo Legislativo. O STF (Judiciário) pode declarar o projeto 
de lei inconstitucional.
Art. 2º Separação dos Poderes
Montesquieu dizia que cada poder tem sua função principal (típica) e também exerce fun-
ções secundárias (atípicas); ou seja, todo mundo faz tudo: 
PODER FUNÇÕES TÍPICAS FUNÇÕES ATÍPICAS
Executivo Executar / Administrar (A) L: Editar medida provisória, decreto autônomo ou lei delegada;J: CADE / CARF
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Princípios Fundamentais II
DIREITO CONSTITUCIONAL
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Legislativo Legislar e Fiscalizar (L)
A: Conceder férias ou hora extra para os servidores;
J: Impeachment – julgar presidentes por crimes de responsa-
bilidade
Judiciário Julgar (J) A: Conceder férias aos servidores;L: Fazer o regimento interno ou editar resoluções (CNJ, CNMP)
O julgamento do STF a respeito da súmula do nepotismo,por exemplo, nasceu para veri-
ficar a validade de uma resolução editada pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
Texto Constitucional
Art. 3º Constituem objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil:
I – construir uma sociedade livre, justa e solidária;
II – garantir o desenvolvimento nacional;
III – erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais;
IV – promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer ou-
tras formas de discriminação.
Uma dica que alguns alunos utilizam para memorizar para provas é: quando o verbo estiver no infini-
tivo, é parte do art. 3º. Mas nem sempre funciona, pois a banca pode elaborar uma questão falando, 
por exemplo, que a construção de uma sociedade livre, justa e solidária é um objetivo fundamental, 
o que está correto.
Art. 3º Objetivos Internos da RFB
Esses objetivos são normas programáticas, metas a serem alcançadas. Um bom mnemô-
nico para memorizá-los é CON – GA – PRO – ER – RE, com as iniciais de cada verbo dos 
incisos acima.
• Verbos no infinitivo > Atenção para a substantivação
• Normas de caráter programático – Dentro do assunto eficácia e aplicabilidade das 
normas constitucionais, estuda-se a existência de normas de eficácia plena, contida, 
limitada e programática. Dentre as de caráter programático, pode-se citar (como exem-
plos mais cobrados em provas): o próprio art. 3º, o art. 4º, o art. 6º (direitos sociais); 
art. 196 (saúde) e art. 205 (educação).
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Princípios Fundamentais II
DIREITO CONSTITUCIONAL
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Texto Constitucional
Art. 4º A República Federativa do Brasil rege-se nas suas relações internacionais pelos seguintes 
princípios:
I – independência nacional;
II – prevalência dos direitos humanos;
III – autodeterminação dos povos;
IV – não intervenção;
V – igualdade entre os Estados;
VI – defesa da paz;
VII – solução pacífica dos conflitos;
VIII – repúdio ao terrorismo e ao racismo;
IX – cooperação entre os povos para o progresso da humanidade;
X – concessão de asilo político.
Parágrafo único. A República Federativa do Brasil buscará a integração econômica, política, social 
e cultural dos povos da América Latina, visando à formação de uma comunidade latino-americana 
de nações.
ATENÇÃO
Algumas provas modificam o parágrafo único dizendo que essa busca por integração é dos 
povos da América do Sul, por exemplo. 
Art. 4º Princípios nas Relações Internacionais
Dois incisos que têm caído com muita frequência em provas são o VIII e o X.
• Concessão de asilo político:
– Diferenciação entre asilo e refúgio
Asilo político é menor que refúgio político. Asilo político é dado em caso de perseguição 
política; já o refúgio é dado em caso de perseguição política, sexual, religiosa, étnica etc. A 
concessão de asilo político é ato administrativo discricionário; a concessão de refúgio é ato 
administrativo vinculado.
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Princípios Fundamentais II
DIREITO CONSTITUCIONAL
– A novela “Cesare Battisti”
Cesare Battisti era um ativista (ou terrorista, para alguns) italiano acusado de haver pra-
ticado 4 homicídios na Itália. Ele morava no Brasil e a Itália pediu sua extradição. O governo 
brasileiro, então, deu a ele uma blindagem, um escudo chamado refúgio político, questionado 
pela Itália. O refúgio político é um ato administrativo vinculado, mas nesse caso, não estavam 
presentes os pressupostos para que tal ato fosse deferido; por isso, o STF tirou a blindagem 
que protegia Cesare Battisti, restando a discussão sobre sua extradição, decisão que cabe 
ao Presidente da República. O ato da extradição é vinculado ao tratado internacional bilateral 
porventura existente; nesse caso, tal tratado existia entre Brasil e Itália. O ex-presidente Lula 
decidiu por não o extraditar, usando uma das exceções previstas no tratado internacional. A 
Itália reclamou então no STF e esse afirmou que Lula praticou um ato soberano, que não pode 
ser questionado por outro país. Em 2018, Temer, como novo chefe de Estado, resolveu extra-
ditar Battisti, que estava foragido na Bolívia e foi preso.
• Repúdio ao Terrorismo e ao Racismo:
– A questão do Antissemitismo e do Antissionismo
Invocando a liberdade de expressão, um rapaz escreveu um livro ofendendo judeus, 
negando o holocausto e tudo que sabidamente ocorreu na época do nazismo. Esse rapaz era 
de extrema-direita e fazia parte de um grupo neonazista. Esse que ficou conhecido como caso 
Ellwanger foi julgado pelo STF em 2004, que entendeu que o racismo tem várias formas de 
se manifestar, como o racismo social. A liberdade de expressão, direito garantido na Consti-
tuição, não é um direito absoluto e não pode permitir que alguém escreva um livro ofendendo 
judeus. Por isso, o antissemitismo e o antissionismo são equiparados ao racismo.
– Homofobia e Transfobia: equiparação a racismo?
O STF decidiu em 2019 que homofobia e transfobia também devem ser equiparados ao 
racismo. Houve muita confusão, pois muitos alegavam que o STF legislou e que o princípio da 
legalidade foi ignorado. Porém não há crime sem lei anterior que o defina, e o STF na verdade 
só deu uma interpretação igual à do caso acima, ocorrido 15 anos antes, alargando o conceito 
de racismo.
Obs.: estão dentro do chamado racismo social práticas de homofobia/transfobia e de antis-
sionismo/antissemitismo.
– Injúria racial x racismo: a questão da imprescritibilidade
O art. 5º da CF traz que os crimes de racismo e de formação de grupos armados, civis ou 
militares, contra o estado democrático de direito (em outras palavras, golpe de estado) são 
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Princípios Fundamentais II
DIREITO CONSTITUCIONAL
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imprescritíveis – ou seja, o Estado nunca perde o direito de punir quem os pratique – e puni-
dos com reclusão. A injúria racial aparece no Código Penal, mas o racismo não, pois tem uma 
lei separada.
Houve um caso envolvendo os conhecidos jornalistas Heraldo Pereira e Paulo Henrique 
Amorim em que o segundo vivia ofendendo o primeiro, dizendo que ele só tinha destaque 
devido a sua cor. Ele foi acusado de injúria racial e disse que tal crime já havia prescrito. O 
STF e o STJ então determinaram que a injúria racial também é crime imprescritível.
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Teoria Geral dos Direitos Fundamentais
DIREITO CONSTITUCIONAL
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TEORIA GERAL DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS
O ponto da Constituição que mais costuma cair em provas de concursos é o Título II, que 
trata dos Direitos e Garantias Fundamentais e vai do art. 5º (o maior da nossa CF) ao 17.
 – O art. 5º trata dos deveres e direitos individuais e coletivos;
 – Do art. 6º ao 11, dos direitos sociais;
 – Art. 12 e 13, da nacionalidade;
 – Do art. 14 ao 16, direitos políticos; e
 – Art. 17, dos partidos políticos.
Antes de estudar propriamente os direitos e garantias fundamentais, é necessário fazer 
uma diferenciação. Existem direitos humanos, direitos fundamentais e direitos individuais.
Direitos humanos estão mais ligados à ideia de direito internacional; já direitos fundamen-
tais e individuais referem-se mais à proteção interna. Os direitos fundamentais são um títuloe 
os individuais, um capítulo da CF.
É preciso trabalhar a parte doutrinária antes do texto constitucional.
Características dos Direitos Fundamentais
• Relatividade:
Não há direito absoluto. Um importante doutrinador internacional, Norberto Bobbio, tem 
um livro clássico chamado A Era dos Direitos. Para ele, existem 2 direitos absolutos: o direito 
de não ser torturado e o direito de não ser escravizado. Entretanto, não é esse entendimento 
que prevalece no cenário interno, na jurisprudência do STF ou nas bancas de concursos. Se 
não há direito absoluto, é claramente possível haver choque entre direitos constitucionais.
Ex. 1: diariamente nos noticiários vemos informações sobre a vida de pessoas famosas. 
Entram em choque aí os direitos de liberdade de expressão e de intimidade da vida privada. 
Não existe hierarquia entre normas da Constituição; em caso de choque entre normas origi-
nárias (que constam na CF desde seu nascimento), nenhuma delas será considerada incons-
titucional. Muito se fala que é preciso, então, adotar a regra da ponderação, como em uma 
balança; no caso concreto, vê-se qual tem o peso maior.
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Teoria Geral dos Direitos Fundamentais
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Ex. 2: o programa Pânico na TV tinha uma brincadeira de perseguir pessoas famosas para 
fazê-las calçarem a “sandália da humildade”. A atriz Carolina Dieckmann foi tão importunada 
por eles que entrou com uma ação judicial pedindo um mandado de distanciamento de pelo 
menos 100 metros. Os rapazes do programa então colocaram em uma escada grande, como 
a dos bombeiros, um megafone e chinelos, abrindo-a por mais de 100 metros até à janela do 
apartamento da atriz, pedindo pelo megafone que ela os calçasse. Eles foram depois multados 
pela justiça. Nesse caso, de um lado havia o direito dela de intimidade da vida privada, e do 
outro o deles de liberdade de expressão. Até pessoas públicas como a atriz ou um político têm 
direito à intimidade da vida privada, mesmo que em um grau menor que um cidadão comum.
Ex. 3: uma pessoa sabe que uma revista irá publicar uma matéria contra ela dentro de 
alguns dias. De acordo com o STF, se a pessoa entrar na justiça para que a matéria não seja 
divulgada e a revista não vá para as bancas, tem-se uma forma de censura prévia. Não há hie-
rarquia entre os direitos fundamentais; mas, no conflito entre eles, a liberdade de expressão 
tem prioridade e, se for o caso, a pessoa pode agir depois com o Poder Judiciário responsa-
bilizando criminalmente, por responsabilidade civil etc.
• Imprescritibilidade:
A pessoa não perde o direito de agir. De acordo com o Código Civil, os direitos da pessoa 
à personalidade (à honra, ao nome) são imprescritíveis, em regra. Entretanto o direito à pro-
priedade é uma exceção.
Ex. 1: a pessoa tem um sítio nos arredores de Brasília ao qual não vai há 20 anos, encon-
trando-se abandonado. Passado esse tempo, ela decide ir lá e, ao chegar, se depara com uma 
família ali morando. Nessa situação, há o chamado usucapião.
• Inalienabilidade:
Em regra, não é possível vender; mas alguns têm repercussão econômica e é possível 
a venda. O próprio professor, por exemplo, abre seu direito de imagem e direito autoral para 
a Gran Cursos explorar economicamente. O mesmo acontece com um jogador de futebol ou 
mesmo os participantes do Big Brother Brasil.
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Teoria Geral dos Direitos Fundamentais
DIREITO CONSTITUCIONAL
• Irrenunciabilidade:
A pessoa não pode, por exemplo, abrir mão de sua vida. É possível abrir mão da integri-
dade física ao permitir, por exemplo, que um médico cirurgião faça uma cirurgia plástica. No 
exemplo dado acima, do sítio abandonado, a pessoa renunciou do seu direito de propriedade, 
sofreu a prescrição, sofreu a usucapião.
Ex.: na França, um anão trabalhava em um circo. Em uma das atrações, ele era usado 
como uma bala de canhão. Representantes dos direitos humanos intercederam, mas o anão 
dizia que era o trabalho dele. Entretanto, mesmo que a pessoa concorde, as regras trabalhis-
tas não permitiam. O direito fundamental à vida é irrenunciável.
• Historicidade:
O § 2º do art. 5º da CF traz que os direitos ali previstos não excluem outros que possam 
ser incorporados. As pessoas têm direitos fundamentais e esses vão evoluindo com o passar 
do tempo, sendo incorporados ao longo da história. Em 1215, na magna carta do rei João Sem 
Terra, quando nasce a ideia de devido processo legal, os direitos fundamentais eram diferen-
tes dos que existem hoje.
O STF recebeu uma ação chamada Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamen-
tal – ADPF na ocasião de uma paralisação do WhatsApp por decisão judicial, que alegava que 
o direito fundamental à internet estava sendo violado. O acesso à internet virou um preceito 
fundamental, mesmo que não haja qualquer menção na CF/1988; o rol é aberto e permite que 
outros sejam implementados com o passar do tempo. 
• Extensão a pessoas jurídicas?
Os direitos fundamentais nascem para proteger pessoas naturais/físicas, mas também 
podem ser usados para proteger pessoa jurídica no que couber, no que for aplicável.
Ex. 1: a Gran Cursos Online tem direito a seu nome.
Ex. 2: uma pessoa falar mal da Gran Cursos Online está ferindo sua honra? As pessoas 
naturais têm honra objetiva e subjetiva; já as pessoas jurídicas só têm honra objetiva. Honra 
subjetiva é o que a pessoa acha a seu próprio respeito; honra objetiva é o que terceiros acham 
dessa pessoa.
Dados: pessoas físicas e jurídicas possuem. Vida: pessoa jurídica não possui. Liberdade: 
pessoa jurídica não tem locomoção. Não cabe um habeas corpus para pessoa jurídica, mas 
cabem habeas data e mandado de segurança.
• Extensão a estrangeiros?
Sim, no que couber, tanto para estrangeiros quanto para apátridas.
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Teoria Geral dos Direitos Fundamentais II
DIREITO CONSTITUCIONAL
TEORIA GERAL DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS II
Dentro da Teoria Geral dos Direitos Fundamentais, não é possível fugir de um assunto que 
é muito importante: a evolução dos direitos fundamentais.
ATENÇÃO
Aqui se faz necessário um alerta: existe aquilo que é focado na doutrina, sobre evolução dos 
direitos fundamentais, e existe aquilo que é cobrado nas provas.
De modo uniforme, CESPE, FCC, FGV, CONSULPLAN etc. perguntam sobre esse tema 
de um modo muito peculiar, que é trazendo, basicamente, três gerações ou três dimensões 
sobre os direitos fundamentais.
Antes de tratar sobre geração / dimensão de direito fundamental é preciso lembrar-se de 
quando o professor de história falava na Revolução Francesa.
O que tem a ver Revolução Francesa com o que será abordado a seguir?
Nela havia três ideais: liberdade, igualdade e fraternidade. As bancas vão associar cada 
um desses motes a uma geração / dimensão.
Obs.: existe diferença entre geração e dimensão? Na sua prova pode cair qualquer um dos 
dois; tanto faz.
O grande desafio é que, para a doutrina internacionalista, o termo “geração” é um pouco 
ultrapassado. Seria atualmente “dimensão”. Eles alegam que uma geração substitui a outra e 
nos direitos fundamentais não é assim. Elas vão se acumulando, convivem, coexistem.
Ao falar em Revolução Francesa talvez você se lembre da pirâmide do ordenamento social 
da Françana época:
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Teoria Geral dos Direitos Fundamentais II
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• A burguesia explorava os plebeus, tinha muito dinheiro, produzia riqueza, mas mandava 
/ repassava para a nobreza e para o clero.
• A Revolução Francesa foi feita pela burguesia. Esta queria continuar a explorar os ple-
beus e não mandar mais dinheiro para nobreza e clero.
É o momento em que nasce o primeiro ideal: liberdade (1789). Esse ideal está ligado 
a uma atuação negativa do Estado.
• Entre 1914 e 1918 aconteceu a 1ª Guerra Mundial, que ocorreu, basicamente, na Europa.
• Quando terminou a 1ª Grande Guerra, a Europa estava destruída, devastada. O Estado 
que tinha ficado de fora na época da Revolução Francesa teve que voltar. Nesse 
momento era preciso uma atuação positiva do Estado. É quando nasce o Welfare State 
(Estado do Bem-Estar Social).
• Os direitos sociais nascem em 1917, no México. Este não é um país de tanto relevo 
no cenário internacional de Direito Constitucional. E por que nasce no México? Por 
causa de uma Encíclica Papal – uma carta escrita pelo Papa. A Encíclica Papal cha-
mada Rerum Novarum (Novo Tempo). 
Obs.: o Papa não é só uma influência religiosa; é também uma influência política.
• O Papa escreveu a encíclica Rerum Novarum afirmando que era chegado um novo 
tempo; o Estado precisava intervir, precisava assegurar direitos sociais para os cida-
dãos. E o México por ser um país muito católico foi o primeiro a lançar direitos sociais 
dentro da sua Constituição.
• Em 1918, no Áustria; em 1919, na Alemanha: direitos sociais nas Constituições.
• 1970 – Direitos de Fraternidade. É pensar no coletivo. Aqui surgem os direitos difusos, 
coletivos, individuais homogêneos, transindividuais, metaindividuais.
É só fechar o olho e pensar: todo mundo precisa disso? Então é direito de 3ª Geração.
– Quem é consumidor? Todo mundo, sem exceção.
– Quem precisa de um meio ambiente equilibrado para as presentes e futuras gera-
ções? Todo mundo.
Pode ser consumidor, meio ambiente, aposentadoria. Tudo isso pode entrar aqui.
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Nos direitos de fraternidade começa a se pensar no princípio da solidariedade.
• É dentro da ideia de princípio da solidariedade, de fraternidade que – por exemplo – foi 
declarada constitucional, foi declarada a validade da contribuição dos inativos quando 
em 2003 – EC n. 41/2003 – a Reforma da Previdência colocou para servidores púbicos 
a obrigatoriedade de contribuir mesmo após a aposentadoria.
Foi para o STF e a alegação que se tinha era que a EC n. 41/2003 feria, ofendia o direito 
adquirido. No STF prevaleceu por 9 x 2 o placar de que era válida a contribuição dos inativos 
dentro dessa premissa de que todo mundo precisa se sacrificar um pouquinho para não faltar 
dinheiro para as próximas gerações.
RELEMBRANDO
Liberdade – 1789
Igualdade – 1917
Fraternidade – 1970
1ª Geração / Dimensão: “Liberdade” – Absenteísmo ou abstensionismo estatal (liberda-
des clássicas)
Obs.: 
• Art. 5º da CF e direitos políticos.
• Atuação negativa do Estado.
 
2ª Geração / Dimensão: “Igualdade” – Welfare state ou estado do bem-estar social (direi-
tos sociais, culturais e econômicos)
Obs.: 
• Atuação positiva do Estado.
• Art. 6º ao art. 11; art. 193 ao 232 (CF).
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ATENÇÃO
– Estado do bem-estar social: Europa devastada. Era preciso fazer frente a essa necessidade. 
Era preciso regular as relações entre patrão e empregado para evitar, para coibir um excessivo 
agir por parte do patrão. É aí que vem a implementação de direitos sociais.
– A primeira Constituição do Brasil a tratar de direitos sociais foi a de 1934.
– O Presidente Getúlio Vargas era chamado “pai dos pobres” porque ele trouxe muitos 
direitos sociais. Entretanto não era um movimento do Vargas, era um movimento do mundo 
e que aconteceu em 1917 no México, 1919 na Europa.
– A primeira Constituição do Brasil foi em 1824; a segunda, 1891. Ninguém falava em 
direitos sociais. A próxima foi em 1934. Então o que aconteceu é que Vargas encaixou em 
um momento histórico e não porque ele era o pai dos pobres; era um movimento mundial de 
trazer direitos sociais para a Constituição.
3ª Geração / Dimensão: “Fraternidade” – Direitos trans/meta individuais, difusos ou cole-
tivos (meio ambiente, consumidor, aposentadoria)
Há outras gerações / dimensões?
Não há consenso. Mas o que prevalece na doutrina é:
4ª Geração / Dimensão: está aqui bioética, biodireito, preocupação com clonagem humana, 
globalização.
5ª Geração / Dimensão: Paulo Bonavides trata sobre isso. Aborda a paz mundial.
ATENÇÃO
Em regra, as bancas param na 3ª.
 Os Quatro Status de Jellinek – 1949
Para Jellinek – doutrinador alemão – o cidadão se posiciona frente ao Estado de quatro 
formas diferentes. Ele chama essas quatro formas de quatro status.
• Status Negativo – Proximidade com a 1ª geração/dimensão.
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Teoria Geral dos Direitos Fundamentais II
DIREITO CONSTITUCIONAL
• Status Positivo – Proximidade com a 2ª geração/dimensão.
• Status Ativo – Possibilidade de o cidadão intervir na vontade estatal (direitos políticos). 
• Status Passivo – Possibilidade de o Estado intervir na relação entre particulares.
Dimensões de Aplicação dos Direitos Fundamentais
• Os direitos fundamentais nascem para proteger o particular contra abusos do Estado.
• No status passivo de Jellinek o Estado pode intervir na vontade entre particulares.
• A depender da relação – isso se vê muito na relação de consumo e trabalho – embora 
sejam dois particulares, um tem extrema ascendência sobre o outro; um tem maior 
poder sobre o outro.
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Direitos e Deveres Individuais e Coletivos
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DIREITOS E DEVERES INDIVIDUAIS E COLETIVOS
ATENÇÃO
É hora de começar o art. 5º da Constituição Federal. Antes, porém, é preciso fazer dois 
alertas:
• O art. 5º é muito extenso. Ele tem 78 incisos e quatro parágrafos. É, sem dúvida, o 
maior artigo da Constituição e também o mais importante para as provas.
Acontece que nem todos os incisos serão tratados aqui. Uma tarefa que é sua, que é 
solitária, é a leitura da Constituição – a chamada leitura da lei seca. Ler a legislação que 
cai na sua prova é uma tarefa sua. Não há como fugir.
O que será feito aqui é destacar os que mais caem, da forma como caem. Você verá 
também que em vários momentos serão reunidos mais de um inciso da Constituição, 
mais de um dispositivo para tratá-los de forma sistemática. Isso porque, muitas vezes, 
para ficar mais didático é preciso juntar mais de um inciso no mesmo ponto.
• O ponto de partida sempre será o texto constitucional. Depois será feito avanço sobre o 
entendimento da jurisprudência, em especial do STF e às vezes do STJ.
Obs.: muitas vezes dentro do art. 5º será destacada a parte penal dele. Isso tem uma razão 
de ser. O professor acompanha as provas, vê o queelas estão cobrando e percebeu 
que elas estão dando maior ênfase aos dispositivos da área penal. Há uma explica-
ção para isso também: chegam ao STF mais processos relacionados à área penal por 
conta da facilidade que tem a subida de habeas corpus e recursos em habeas corpus. 
Consequentemente, tem-se muito na jurisprudência, tem muito nas provas.
Texto Constitucional
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos 
brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à 
igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
I – Homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, nos termos desta Constituição;
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Direitos e Deveres Individuais e Coletivos
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Princípio da Igualdade
– Igualdade Formal X Material
• As duas são aplicadas no Brasil;
• A ideia de igualdade material foi desenvolvida por Aristóteles;
• No direito brasileiro, na realidade brasileira, o primeiro a trazer a ideia de Aristóteles foi 
Rui Barbosa;
• Igualdade formal significa dar tratamento igual a todo mundo; todo mundo no mesmo 
“balaio”. Acontece que tratar todo mundo da mesma forma às vezes acaba gerando uma 
desigualdade. Se não tratar as pessoas de forma diferente é que nasce a desigualdade.
• Igualdade em sentido material (também chamada de Aristotélica) significa tratar os 
iguais de maneira igual; e os desiguais de maneira desigual, igualando-os na medida 
de sua desigualdade. A ideia é equilibrar no direito o que a vida desequilibrou.
Exemplo: ao pensar em um concurso público que tem cotas de vagas para PCD (Pessoa 
com Deficiência) – A nota de corte dessa cota, normalmente, é mais baixa. Por que 
existe reserva de vagas para eles? Porque, em regra, a vida para eles é mais difícil. 
Então, a cota funciona como uma compensação, tratando o desigual com a nota de 
corte mais baixa. É como se fosse uma chance a mais de ele entrar. É equilibrado no 
direito, o que a vida desequilibrou.
• Cotas para PCD, normalmente, não geram muita discussão. Mas ao falar em cotas 
raciais há muitas discussões especialmente decorrentes da miscigenação do povo bra-
sileiro. No entanto existe uma questão indiscutível: os negros é que foram escraviza-
dos no país.
• Em 2014, no âmbito federal nasce uma lei estabelecendo que haveria reserva de 20% 
das vagas para negros no âmbito do executivo federal.
Por que não valia para todas as esferas de governo? Por conta da autonomia.
Quando isso foi questionado no STF, este entendeu pela validade da lei e estendeu 
para toda a esfera federal (Executivo, Legislativo, Judiciário, MPU, TCU, CGU, Forças 
Armadas etc.). Municípios e estado precisam fazer a lei deles.
Obs.: 
• Você concordar ou não com as cotas para negros não está em discussão.
• O critério da autodeclaração é válido, assim como são válidas comissões fazendo o 
controle para saber se alguém está tentando ou não burlar a regra.
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– Cotas em Universidades e Centros de Pesquisa X Princípio Meritocrático
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 Capacidade de cada um
• A Constituição Federal, dentro da ordem social, quando trata da educação estabelece 
que o acesso à educação básica (educação infantil, ensinos fundamental e médio) é 
obrigatório e gratuito. Na sequência ela dispõe que o acesso aos níveis mais elevados 
de ensino – ou seja, da graduação para cima – seria de acordo com a capacidade de 
cada um. É como se dissesse: que entrem os melhores porque não vai ter vaga para 
todo mundo.
Então nasce um problema na universidade e centro de pesquisa:
Exemplo – UNB 
Quem está aqui é o indivíduo da ampla concorrência. Observe que ele tem nota maior do 
que na cota, mas está fora.
• Foi dentro dessa premissa, dentro dessa discussão que chegou ao STF para saber se 
as cotas nas universidades feriam o critério meritocrático.
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Direitos e Deveres Individuais e Coletivos
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Por unanimidade o STF decidiu que pode ter cota em universidade e centro de pesquisa 
porque de um lado está se prestigiando o critério meritocrático – entram os melhores da ampla 
concorrência e os melhores das cotas –; do outro lado está se prestigiando a ideia da igual-
dade material – dando oportunidade para o pessoal que está na cota.
– Discriminações Positivas ou Reversas
Dentro da ideia de igualdade material que surgem as ações afirmativas (affirmative action).
As ações afirmativas nada mais são do que discriminações ao contrário, discriminações 
positivas, reversas. É tentar equilibrar, dar uma ajuda maior para o indivíduo que teve uma 
dificuldade maior na vida.
– Cláusula de Barreira em Concursos Públicos
Exemplo: suponha que, em um concurso para o TJDFT, o edital para o cargo de técnico 
judiciário estabeleça que serão corrigidas 500 redações. Em outro ponto do edital está dis-
posto que será considerado aprovado o candidato que acertar no mínimo 50% das questões 
de conhecimentos básicos e no mínimo 50% das questões de conhecimentos específicos. Se 
o candidato atingiu pontuação igual ou superior a essa, foi aprovado. Entretanto, ele só terá a 
redação corrigida se estiver entre as 500 melhores notas do concurso. Se a colocação do can-
didato foi 3.724, ainda que tenha atingido os percentuais mínimos de 50%, pode ser eliminado 
pela cláusula de barreira ou cláusula de desempenho.
Obs.: a cláusula de barreira ou cláusula de desempenho nas provas é válida e não ofende 
o princípio da igualdade, não ofende o princípio da isonomia.
 – Extensão a Estrangeiros não Residentes
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos bra-
sileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à 
igualdade, à segurança e à propriedade [...]
É para todos que estejam no Brasil.
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Direitos e Deveres Individuais e Coletivos
DIREITO CONSTITUCIONAL
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– Benefícios da Execução Penal
Exemplo: duas pessoas (um brasileiro e um angolano) praticaram o crime de tráfico inter-
nacional de drogas: 200 kg de cocaína.
O que acontece com o brasileiro? É preso, posteriormente condenado com uma pena cer-
tamente acima de oito anos de prisão, inicialmente em regime fechado, depois ele vai querer 
ir para o semiaberto, aberto etc. (aqueles benefícios da execução).
O que acontece com o angolano? É preso, posteriormente condenado com uma pena 
grande, começando em regime fechado, depois ele vai para o semiaberto, depois ele vai 
querer ir para o aberto... opa!
A Lei de Execuções Penais, chamada de LEP, estabelece que para o indivíduo ter acesso 
a determinados benefícios do regime aberto, livramento condicional tem que comprovar ocu-
pação lícita no país.
Você daria emprego para um brasileiro bandido? Normalmente as pessoas não dão.
Você daria emprego para um angolano, traficante internacional de drogas, com alta pena, 
que está em situação irregular no país? Não.
Sem emprego, como ele vai ter direito aos benefícios da execução? O STF entende que 
mesmo nessas condições o estrangeiro em situação irregular tem direito aos benefícios 
da execução.
– Voltando ao Texto Constitucional
I – Homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, nos termos desta Constituição.
• Então será tudo igual para homens e mulheres? Não.
Exemplos:
– Na aposentadoria as regras são diferentes para homem e para mulher.
– Se tem teste de aptidão física em um concurso público,os testes são diferentes.
– Os prazos de licença maternidade e licença paternidade são diferentes.
Então se leva em consideração as peculiaridades próprias de diferença entre 
homem e mulher.
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Direitos e Deveres Individuais e Coletivos
DIREITO CONSTITUCIONAL
Princípio da Igualdade
Não pode negar matrícula, nem haver cobrança de preço diferenciado nas mensalidades 
de alunos deficientes. A rede privada de saúde (hospitais privados) trabalha em atuação 
de convênio com o SUS. No âmbito do Distrito Federal, por exemplo, os hospitais da rede 
pública de saúde muitas vezes estão com todos os leitos lotados. O que acontece? Uma 
determinação judicial para poder colocar o paciente em um hospital da rede privada com o 
Governo do Distrito Federal pagando.
Considere a seguinte situação: a mãe de Maria está internada em uma enfermaria de um 
hospital privado conveniado ao SUS. Maria, então, pergunta se não é possível colocar a mãe 
dela em um quarto individual. A pessoa responsável pela instituição privada diz que sim, mas 
que será preciso cobrar uma diferença.
Isso é permitido? Não.
Não pode haver cobrança de valor para leitos diferenciados pelo SUS.
• Transgênero: é permitida mudança de nome sem cirurgia por via judicial ou diretamente 
em cartório por via administrativa.
• O STF entende que tanto o casamento quanto a união estável entre pessoas do mesmo 
sexo são assegurados.
• Direito sucessório: é do Direito Civil. Direito sucessório é quando alguém morre; ques-
tão de herança.
Ao tratar de direito sucessório, o Código Civil tratava de formas diferentes a pessoa que 
vinha do casamento e a pessoa que vinha da união estável.
No casamento = Cônjuge
Na união estável = Companheiro(a)
O cônjuge sobrevivente tinha mais direitos do que o companheiro sobrevivente. Essa dife-
renciação estava disposta no art. 1.790 (Código Civil). Esse artigo foi considerado inconstitu-
cional pelo STF.
Hoje, tanto do casamento quanto da união estável, o direito sucessório traz os mesmos 
direitos para quem sobrevive.
• Teste de Aptidão Física (TAF): 2ª chamada e a situação das gestantes
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Direitos e Deveres Individuais e Coletivos
DIREITO CONSTITUCIONAL
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 2ª chamada: regra – só se estiver prevista no edital para todos os candidatos.
 Regra geral: não tem no edital 2ª chamada para todo mundo.
TAF
 2ª chamada: gestantes – Para o STF e o STJ, elas têm direito. 
 Não importa o que está previsto no edital.
Para o STJ, a candidata que está amamentando tem direito à 2ª chamada do curso 
de formação.
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Direitos e Deveres Individuais e Coletivos II
DIREITO CONSTITUCIONAL
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DIREITOS E DEVERES INDIVIDUAIS E COLETIVOS II
Depois de ter visto a primeira parte do art. 5º – princípio da isonomia, princípio da igual-
dade em sentido formal e sentido material – é hora de entrar no princípio da legalidade.
Texto Constitucional
II – Ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei;
Exemplo
Não aceitamos cheques!
Art. 5º, II, Constituição Federal
Talvez você já tenha visto em alguns estabelecimentos comerciais uma placa como esta:
• Ninguém é obrigado a aceitar cheque. Princípio da legalidade.
ATENÇÃO
É preciso tomar cuidado com alguns aspectos do princípio da legalidade. No art. 5º, II, aparece 
a legalidade dirigida aos cidadãos, aos administrados. Entretanto o texto constitucional 
reserva em outros momentos disposições sobre o princípio da legalidade. Isso acontece, 
por exemplo, no Direito Tributário. Uma das limitações ao poder de tributar é exatamente a 
ideia da legalidade.
Porém é mais comum de aparecer na sua prova dois dispositivos sobre legalidade: o que 
está sendo tratado agora e a legalidade estrita, que é um dos princípios da administração 
pública.
Princípio da Legalidade
• Legalidade ampla (art. 5º) X estrita (art. 37)
	 	 	 	 	 				↓
 É dirigida à administração pública.
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Direitos e Deveres Individuais e Coletivos II
DIREITO CONSTITUCIONAL
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– Você provavelmente já ouviu que o particular faz aquilo que quiser desde que não seja 
proibido. Por outro lado a administração pública só pode agir quando houver lei permitindo.
Isso está certo. Mas é preciso evoluir.
Na verdade a administração pública vai agir não apenas quando houver lei – em sentido 
estrito – permitindo, e sim quando tiver uma norma do ordenamento jurídico amparando.
Exemplo: a discussão sobre se poderia ou não levar uma mala de 23 kg sem pagar. A 
ANAC – que não é Poder Legislativo, é uma autarquia vinculada ao Poder Executivo – esta-
beleceu que só pode levar de graça malas até 10 kg.
ATENÇÃO
Note que não foi lei. Foi um ato normativo emitido pela ANAC.
Todos precisavam seguir? Sim.
A administração pública precisava seguir? Sim.
Então quando se fala que a administração pública só pode atuar quando houver lei permi-
tindo, não é bem assim! Porque quando houver norma permitindo é possível.
Obs.: para a administração pública, pouco a pouco, a legalidade tem sido substituída pela 
ideia da juridicidade.
RELEMBRANDO
Legalidade em sentido amplo é dirigida aos cidadãos.
 • Legalidade X Reserva Legal
	 	 	 							↓	 	 	 	 	 ↓
Norma do ordenamento jurídico Lei em sentido estrito, formal / Lei Ordinária
– Algumas provas fazem essa diferenciação entre legalidade e reserva legal.
– Exemplo: um dispositivo da Constituição Federal não é uma Lei Ordinária, mas vin-
cula os cidadãos do mesmo jeito, dentro da ideia de legalidade. Está de acordo com 
o ordenamento. Mas para criar um tipo penal não pode ser qualquer norma do orde-
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DIREITO CONSTITUCIONAL
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namento jurídico, tem que ser uma lei em sentido estrito. (Im)possibilidade de Medida 
Provisória em Direito Penal
– Pode haver Medida Provisória em Direito Penal?
A Medida Provisória n. 417/2008 estabelecia que quem tinha posse de arma em casa até 
31/12/2008 passou a contar com algo chamado abolitio criminis temporária.
	 	 	 	 	 	 	 	 ↓
 Acabar com o crime.
	 	 	 	 	 	 	 	 ↓
 Direito Penal
Fica, então, provado que existe Medida Provisória tratando sobre Direito Penal.
Você	 verá	 muitas	 pessoas	 afirmando	 que	 existe	 Medida	 Provisória	 em	 Direito	 Penal	
quando ela for de norma não incriminadora.
Obs.: norma	não	incriminadora	significa	que	é	favorável	ao	réu,	é	em	benefício	dele.
ATENÇÃO
A princípio não pode Medida Provisória em Direito Penal.
• Exame psicotécnico em concursos públicos (SV 44)
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DIREITO CONSTITUCIONAL
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– Pode haver exame psicotécnico em concursos públicos? Sim, desde que seja pre-
visto em lei.
– O STF entende que o exame psicotécnico é válido e não pode ser questionado 
desde que:
 - Previsto em lei;
 - Previsto no edital;
 - Critérios objetivos de correção; e
 - Possibilidadede recurso na via administrativa. 
Prescinde = dispensável / não precisa.
	 ↓
Eles podem usar esse termo para tentar te confundir.
• Pode haver limite de idade em concurso público (STF, Súmula n. 683)?
– Sim. Mas precisa estar previsto em lei e tem que ter a ver com a natureza do cargo.
• Pode haver limite de altura em concurso público?
– Sim. Mas precisa estar previsto em lei.
Obs.: os limites de altura e idade são muito utilizados em concursos da área militar: PM, 
Bombeiro, Exército, Marinha, Aeronáutica.
ATENÇÃO
O limite de idade, segundo o STF, deve ser aferido na data da inscrição.
• Tatuagens
– São permitidas.
– Qualquer tatuagem? Não. Aquelas que têm algo contra os valores da República, 
contra os valores da instituição não são permitidas. Exemplo: suástica nazista. 
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ATENÇÃO
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Texto Constitucional
VI – É inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos 
cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e a suas liturgias;
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 Perda
	 	 	 	 		↑
VIII – Ninguém será privado de direitos	por	motivo	de	crença	religiosa	ou	de	convicção	filosófica	
ou política, salvo se as invocar para eximir-se de obrigação legal a todos imposta e recusar-se a 
cumprir	prestação	alternativa,	fixada	em	lei;
– Nos locais de internação coletiva, hospitais e presídios (nas provas costumam cair 
mais presídios), pode ter a prestação religiosa.
– O Brasil é um Estado Laico e tem que conviver com as diferentes matrizes: catoli-
cismo, evangélicos, budistas, ateus, umbanda, candomblé etc.
Obs.: somente a primeira Constituição Brasileira, 1824, trazia a religião católica como reli-
gião	oficial.
 
A maior parte dos doutrinadores de Direito Eleitoral fala em suspensão dos direitos. Mas 
no Direito Constitucional, as bancas; os doutrinadores – majoritariamente; e o TSE falam em 
perda dos direitos políticos.
Escusa de Consciência e Liberdade Religiosa
• Liberdade de crença: sacrifício de animais em rituais religiosos.
Havia uma Lei Estadual no Rio Grande do Sul que estabelecia a preservação da fauna, 
mas permitia o sacrifício em caso de ritual religioso. Essa norma foi questionada no STF em 
uma ADI. O STF decidiu que a norma é válida. Ou seja, pode haver sacrifício de animais em 
rituais religiosos.
De acordo com a sugestão do Ministro relator poderia haver o sacrifício dos animais nos 
rituais	religiosos	desde	que	a	carne	fosse	consumida	ao	final.
O que prevaleceu foi:
– Pode haver o sacrifício no ritual religioso;
– Não é preciso consumir a carne.
• Ensino religioso: Segundo a Constituição é de oferecimento obrigatório e matrícula 
facultativa;
– Confessional É permitido tanto em escolas privadas quanto públicas.
• Recusa da prestação obrigatória e da alternativa: perda ou suspensão dos direitos polí-
ticos? Perda.
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• Serviço militar obrigatório: o indivíduo pode invocar a liberdade de consciência e de 
crença? Sim. Mas terá a prestação alternativa.
Texto Constitucional
IV – É livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato;
XIV – É assegurado a todos o acesso à informação e resguardado o sigilo da fonte, quando ne-
cessário	ao	exercício	profissional;
Exemplo: jornalista.
Liberdade de Expressão e Vedação ao Anonimato
• A posição de destaque da liberdade de expressão na jurisprudência do STF
– O STF entende que a liberdade de expressão tem uma posição de destaque dentro 
da Constituição.
– Não há direito absoluto.
– Não há hierarquia entre normas constitucionais.
– Embora não haja hierarquia, o STF entende que quando existe um confronto entre a 
liberdade de expressão e outro direito fundamental, a liberdade de expressão larga 
na frente. É por isso que a censura prévia, pelo Poder Judiciário, é uma medida 
excepcionalíssima.
Exemplo: na Revista Época desta semana sairá uma reportagem contrária ao professor 
Aragonê. Sabendo disso ele entrou com uma ação judicial para bloquear / proibir a circulação 
da revista e, se já tiver sido divulgado, retirar das ruas e da internet tudo que tiver da Revista 
Época a respeito dele.
A regra é que isso não é possível. O STF entende que isso seria uma espécie de censura 
prévia e de que a regra é a liberdade de expressão.
Deixa publicar!
Se a revista ferir a honra dele? Entra com crime contra a honra.
Se a revista causar a ele dano moral e material? Pede indenização.
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Direitos e Deveres Individuais e Coletivos II
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ATENÇÃO
Em regra, não é para o Poder Judiciário censurar, proibir a divulgação. Deixa divulgar e 
depois corrige – se for o caso.
• Disque-denúncia:
– Vale.
– Garante o anonimato.
 Denúncia anônima
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• Oferecimento de denúncia com base em delação apócrifa: existe a necessidade de 
diligências preliminares.
• Discurso de ódio = hate speech
– Dentro da liberdade de expressão vale tudo? Não. Então a ordem constitucional bra-
sileira não aceita o hate speech.
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Direitos e Deveres Individuais e Coletivos III
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DIREITOS E DEVERES INDIVIDUAIS E COLETIVOS III
Texto Constitucional
V – é assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo, além da indenização por dano 
material, moral ou à imagem;
X – são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o 
direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação;
Obs.: a Constituição fala em dano moral, material e à imagem, no entanto o dano estético 
tem aparecido com frequência em provas.
DANOS MORAL, MATERIAL E ESTÉTICO
• A questão das biografias não autorizadas (Roberto Carlos):
– As possibilidades de biografias não autorizadas independem do consentimento do 
biografado;
– Caso Roberto Carlos: o cantor solicitou que a sua biografia fosse retirada de circula-
ção. Posteriormente, o STF decidiu pela possibilidade de divulgação, mesmo sem o 
consentimento do biografado.
A atuação do STF com relação à divulgação será posterior e não preventiva à publicação.
• Possibilidade de incidência de forma cumulada em razão do mesmo evento:
– É possível, pelo mesmo evento, cumular dano material, estético e moral.
Ex.: uma pessoa que paga por um procedimento de cirurgia plástica e, por conta de erro 
médico, acaba saindo com a aparência prejudicada. Nesse caso, há a acumulação de dano 
estético, por causa da aparência, dano material, já que o procedimento foi pago; e dano moral, 
pois afetou a imagem da paciente. 
• Formas de ressarcimento:
– O ressarcimento pode ser através da tutela ressarcitória (em dinheiro) ou através da 
tutela inibitória (impedimento da continuidade do ato).
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Direitos e Deveres Individuais e Coletivos III
DIREITO CONSTITUCIONAL
Texto Constitucional
XI – a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo penetrar sem consentimento do 
morador, salvo em caso de flagrante delito ou desastre, ou para prestar socorro, ou, durante o dia, 
por determinação judicial;
Obs.: com o consentimento do morador, a entrada é permitida a qualquer momento.
Conceitos de Casa e de Dia/Noite
• Abrangência do conceito de “casa”
– O conceito de casa é amplo: considera-se apartamento, escritório, oficinas, garagens, 
habitações de uso coletivo (quartos de hotel, motel, pensão, pousada, hospedaria).
– Boleia de caminhão: não é considerada casa, ainda que o caminhão esteja estacio-
nado ou parado. 
• O que se entende por dia/noite:
– Critério físico-astronômico: aurora x crepúsculo (para o STF).
– Critério temporal: José Afonso da Silva e Nova Lei do Abuso de Autoridade:
Art. 22. Invadir ou adentrar, clandestina ou astuciosamente, ou à revelia da vontade do ocupante, 
imóvel alheio ou suas dependências, ou nele permanecer nas mesmas condições, sem determina-
ção judicial ou fora das condições estabelecidas em lei:
(...)
III - cumpre mandado de busca e apreensão domiciliar após as 21h (vinte e uma horas) ou 
antes das 5h (cinco horas) – Lei n. 13.869/2019.
Para as provas que cobrarem a Nova Lei de Abuso, vale o que está na Lei n. 13.869/2019.
Para as provas de Direito Constitucional, pode-se usar uma mescla entre os critérios físi-
cos e o critério legal.
Inviolabilidade de Domicílio: hipóteses dia e noite
HIPÓTESES DIA NOITE
Para prestar socorro Pode Pode
Em caso de desastre Pode Pode
Em flagrante delito Pode Pode
Por determinação da autoridade judicial* Pode ***
 
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Direitos e Deveres Individuais e Coletivos III
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Inviolabilidade de Domicílio
• Autoridade judicial e a cláusula de reserva de jurisdição.
Somente o poder judiciário determina. Embora o art. 58 afirme que CPI tem poderes de 
investigação próprios de autoridades judiciais, ela não pode determinar a invasão de domicílio.
• O ingresso desautorizado em domicílio e a responsabilização por abuso de autoridade:
 – Policiais, suspeitando de tráfico de drogas, adentram em uma residência, revistam-
-na, mas não encontram as drogas. Nesse caso, os policiais responderão por abuso 
de autoridade?
De acordo com o STF, não se pode presumir a má-fé dos policiais. Em regra, é necessário 
que haja uma justificativa por parte dos policiais, com fundados indícios da prática criminosa. 
Do contrário, a entrada poderá, sim, ser considerada abuso de autoridade.
• O cheiro de droga e a autorização para ingresso em domicílio: 
 – O cheiro da droga é indício de prática delitiva e permite a entrada de policiais na 
residência.
• A relativização do ingresso no período noturno por ordem judicial:
 – É permitido o ingresso à noite para os casos em que seja necessária a colocação de 
escuta ambiental.
Obs.: somente deve ser considerada essa possibilidade se o item da questão conduzir a ela.
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Direitos e Deveres Individuais e Coletivos IV
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DIREITOS E DEVERES INDIVIDUAIS E COLETIVOS IV
INVIOLABILIDADE DE SIGILOS
XII – é inviolável o sigilo da correspondência e das comunicações telegráficas, de dados e das co-
municações telefônicas, salvo, no último caso, por ordem judicial, nas hipóteses e na forma que a 
lei estabelecer para fins de investigação criminal ou instrução processual penal;
Qual é o sigilo mais fácil de quebrar?
Em regra, todos os sigilos podem ser quebrados, o mais difícil de ser quebrado é o das 
comunicações telefônicas (interceptações).
Obs.: não há direitos absolutos. 
Quebra de Sigilos – Poder Judiciário
• O Judiciário pode quebrar qualquer um dos sigilos, desde que o faça de forma funda-
mentada, demonstrando a necessidade da medida.
• A quebra é sempre medida excepcional.
Quebra de Sigilos – CPI (é o que mais cai em prova)
• CPI pode quebrar todos os sigilos, exceto o das comunicações telefônicas (intercep-
tação, escuta, grampo).
 – CPI instalada no Congresso Nacional pode quebrar sigilo telefônico? PODE! O sigilo 
que pode ser quebrado é o de DADOS telefônicos (extrato de ligações) e não de 
COMUNICAÇÕES telefônicas. A CPI também pode quebrar o sigilo de dados fiscais 
e bancários.
• A quebra deve ser fundamentada e observando o princípio da colegialidade.
• CPIs ESTADUAIS e DISTRITAIS também podem quebrar, pois têm os mesmos poderes 
das autoridades judiciais.
• CPIs MUNICIPAIS não podem quebrar sigilo, porque não há judiciário no município.
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Direitos e Deveres Individuais e Coletivos IV
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Quebra de Sigilos – Ministério Público
• Prevalece a orientação de que o Ministério Público não pode quebrar sigilos, devendo 
requerer a providência ao Poder Judiciário.
ATENÇÃO
O Ministério Público pode ter acesso a contas pertencentes à Prefeitura, independentemente 
de autorização judicial, pois nesse caso o poder público seria o titular da conta.
O sigilo protege a intimidade e a privacidade. As contas da prefeitura são públicas, portanto 
não há que se falar em proteção de intimidade.
Quebra de Sigilos – Tribunal de Contas
• Embora possua os chamados poderes implícitos, os Tribunais de Contas não podem 
quebrar sigilos, devendo requerer a providência ao Poder Judiciário.
Ex.: caso envolvendo empréstimo do BNDES ao grupo JBS/FRIBOI. O BNDES negou o 
acesso aos dados ao TCU, que teve de fazer a requisição ao STF. Em suma, o TCU pode 
acessar ou requisitar informações em contratos que possuam dinheiro público envolvido. Na 
prática, é quase a mesma coisa que quebrar sigilo. Em prova, porém, não se deve afirmar 
que Tribunal de Contas pode quebrar sigilo.
Quebra de Sigilos – Receita Federal
• Transferência de sigilos e a LC n. 105/2001, que autoriza que a Receita Federal tenha 
acesso aos dados de instituições financeiras sem passar pelo Judiciário. Não caracte-
riza quebra, mas sim transferência de sigilo.
• STF: é válido o compartilhamento de informações da Receita e da UIF-COAF com 
órgãos de investigação (Ministério Público).
O CORONAVÍRUS E O COMPARTILHAMENTO DE DADOS ENTRE EMPRESAS DE 
TELEFONIA E O IBGE
• Por conta dos casos de Coronavírus, o IBGE decidiu realizar o censo através do tele-
fone. Para que isso fosse possível, foi criada a MP n. 954/2020 que previa o comparti-
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Direitos e Deveres Individuais e Coletivos IV
DIREITO CONSTITUCIONAL
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lhamento de dados de usuários de telecomunicações com o Instituto Brasileiro de Geo-
grafia e Estatística (IBGE) para a produção de estatística oficial durante a pandemia do 
novo Coronavírus.
• Posicionamento do STF: o STF entendeu que o compartilhamento não era proporcio-
nal, violava a intimidade e privacidade, além de não estar devidamente justificado. Por 
esses motivos, decidiu suspender a Medida Provisória n. 954/2020.
Sigilo das Comunicações Telefônicas (Interceptações/ escutas)
• Prazo: Lei x jurisprudência– renovações sucessivas?
– De acordo com a Lei n. 9.296/1996, o sigilo poderia ser quebrado pelo prazo de 15 
dias prorrogável uma única vez por igual período. No entanto, o STF permite renova-
ções sucessivas, desde que justificadas.
– Exceção: o juiz pode estabelecer prazo maior que 15 dias. Por exemplo, 30 dias 
prorrogáveis por mais 30 (em geral, essa medida é adotada em casos de grandes 
operações). 
• Incidência do fenômeno da serendipidade (encontro fortuito):
– serendipidade objetiva: quando outro crime é encontrado.
– serendipidade subjetiva: quando outro agente criminoso é encontrado (caso do 
cantor Belo).
Caso um juiz de primeiro grau encontre, fortuitamente, um agente com foro privilegiado, 
o juiz deverá comunicar ao Supremo Tribunal Federal. O que foi colhido até o momento do 
encontro do novo agente é válido.
• Degravação dos diálogos: integral x parcial 
– Não é necessário degravar tudo o que foi colhido.
– É necessário entregar a mídia integral à defesa.
Texto Constitucional
XIII – é livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as qualificações profis-
sionais que a lei estabelecer;
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Direitos e Deveres Individuais e Coletivos IV
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PRINCÍPIO DA LIBERDADE DO EXERCÍCIO PROFISSIONAL
• Classificação da norma: é norma de eficácia contida, ou seja, pode ser restringida.
• Registro na OAB x Registro na OMB: o registro no conselho é necessário quando houver 
potencialidade de dano (ex.: médicos, enfermeiros, advogados, engenheiros, arquitetos 
etc). Não é necessário o registro para o exercício da profissão de músico, por exemplo, 
pois não há potencialidade de dano.
• Inadimplência financeira no conselho e suspensão do registro:
– A inadimplência financeira NÃO pode gerar a suspensão do registro.
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Direitos e Deveres Individuais e Coletivos V
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DIREITOS E DEVERES INDIVIDUAIS E COLETIVOS V
Direitos de Reunião
Obs.: os direitos de reunião e os direitos de associação estão previstos no art. 5º da Cons-
tituição Federal. Apesar de serem estudados juntos, estão dispostos em incisos dife-
rentes do artigo.
Art. 5º 
XVI - todos podem reunir-se pacificamente, sem armas, em locais abertos ao público, independen-
temente de autorização, desde que não frustrem outra reunião anteriormente convocada para o 
mesmo local, sendo apenas exigido prévio aviso à autoridade competente;
Observações
 – Assim como prevê o artigo, mesmo em uma reunião pacífica de policiais, não é per-
mitido que os mesmos portem armas.
 – Para se exercer o direito de reunião não é necessário autorização (independe, pres-
cinde, dispensa de autorização). Basta prévio aviso à autoridade competente.
• Caso: Marcha da Maconha.
 – Apesar de alguns juízes julgarem a marcha ilegal por motivo de apologia ao crime 
(tráfico de drogas), o Supremo Tribunal Federal (STF) julgou como legal, seguindo a 
premissa de que o povo como titular do poder esteja solicitando a descriminalização 
de uma droga específica: a maconha. 
 – Além disso, ele fixou algumas balizas para realização desse tipo de marcha:
 – não pode haver a incitação ao consumo de drogas;
 – não pode haver o consumo de drogas;
 – não pode haver a participação de crianças e adolescentes.
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Direitos e Deveres Individuais e Coletivos V
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• Diferenças para o direito de associação: na associação existe a estabilidade do vín-
culo, visto que é necessário estatuto social, formalidades cartoriais, entre outras. Na 
reunião não existe essa garantia, bastando apenas a simples reunião.
• Negativa do direito de reunião e remédio cabível: caso haja a negativa do direito de 
reunião, o remédio cabível é o Mandado de Segurança, a fim de garantir o direito 
líquido e certo de reunião. 
Obs.: no caso de negativa de direitos básicos como reunião e petição, a ferramenta cabível 
é, em regra, o Mandado de Segurança.
Direito de Associação
XVII – é plena a liberdade de associação para fins lícitos, vedada a de caráter paramilitar;
XVIII – a criação de associações e, na forma da lei, a de cooperativas independem de autorização, 
sendo vedada a interferência estatal em seu funcionamento;
XIX – as associações só poderão ser compulsoriamente dissolvidas ou ter suas atividades suspen-
sas por decisão judicial, exigindo-se, no primeiro caso, o trânsito em julgado;
XX – ninguém poderá ser compelido a associar-se ou a permanecer associado;
XXI – as entidades associativas, quando expressamente autorizadas, têm legitimidade para repre-
sentar seus filiados judicial ou extrajudicialmente;
Obs.: �
 - O militarismo pertence ao Estado. Dessa forma, associações que sejam de cará-
ter paramilitar, ou seja, se aproximem de entidades militares e/ou armadas, são 
expressamente vedadas. Ex.: milícias, facções. Reunião paralela de militares, 
com utilização de fardas e armamento também são proibidas.
 – Nos incisos XVIII e XX também se incluem os sindicatos. Ninguém é obrigado a se 
associar/sindicalizar ou permanecer associado/sindicalizado. 
 – Compulsoriamente: à força, sem vontade da associação. Para suspensão compulsó-
ria das associações, basta qualquer decisão judicial (mesmo cautelar ou liminar, sem 
trânsito em julgado). Para a dissolução compulsória, é necessário trânsito em julgado. 
 – Ninguém é obrigado a se associar/sindicalizar ou permanecer associado/sin-
dicalizado.
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– Quando uma associação entra em juízo, ela pode adentrar como:
• representante processual: sendo obrigatório autorização expressa dos associados. Não 
basta previsão no estatuto. Caso alguém não dê autorização, não será beneficiado pelo 
julgamento.
• substituta processual: trata de exceção (Súmula n. 629, STF). Não é necessário 
autorização.
Obs.: �
 – Caso uma associação entre com uma ação, posteriores ingressantes na associação 
não serão beneficiados na ação em questão, visto que é necessário autorização 
expressa para adentrar em representação.
 – Para mandado de segurança ou injunção coletivo, uma associação adentra à ação 
como substituta processual, ou seja, não é necessário autorização expressa dos 
associados. 
 – No caso da representação, a ação ocorre em nome alheio em busca de direito alheio. 
Já na substituição, o sujeito age em nome próprio em busca de direito alheio.
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