Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Ferramenteiro de moldes para plásticos Tecnologia aplicada I Tecnologia aplicada I 034819 © SENAI-SP, 2011 2 a Edição. Trabalho avaliado e atualizado por Meios Educacionais da Gerência de Educação da Diretoria Técnica em conjunto com Unidades Escolares do SENAI-SP. 1 a Edição, 2008. Trabalho elaborado pelos CFPs 1.16, 1.18, 1.19, 5.02 e pelo Núcleo de Meios Educacionais da Gerência de Educação da Diretoria Técnica do SENAI-SP para o Curso de Aprendizagem Industrial Ferramenteiro de moldes para plásticos. Coordenação Célio Torrecilha Joel Gomes de Souza Organização Flavio Alves da Silva Flavio Alves Dias Isaias Gouvêa da Silva José Emílio Callegari Michel Simão de Carvalho Coordenação editorial Gilvan Lima da Silva SENAI Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial Departamento Regional de São Paulo Av. Paulista, 1313 - Cerqueira César São Paulo – SP CEP 01311-923 Telefone Telefax SENAI on-line (0XX11) 3146-7000 (0XX11) 3146-7230 0800-55-1000 E-mail Home page senai@sp.senai.br http://www.sp.senai.br Tecnologia aplicada I SENAI-SP – INTRANET AA331-11 Sumário 13 Régua graduada 14 • Régua sem encosto 14 • Régua com encosto 15 • Régua de profundidade 15 • Leitura da escala segundo o sistema métrico 16 • Leitura da escala segundo o sistema inglês 17 • Conservação da régua 19 Paquímetro 20 • Resolução do paquímetro 20 • Leitura do paquímetro universal no sistema métrico 22 • Leitura no sistema inglês 27 • Erros de leitura no paquímetro 29 • Técnicas de utilização do paquímetro 32 • Conservação do paquímetro 33 Micrômetro 35 • Características do micrômetro 40 • Leitura do micrômetro no sistema métrico 43 • Leitura do micrômetro interno 43 • Leitura no sistema inglês 45 • Regulagem do micrômetro 46 • Conservação do micrômetro 47 Relógio comparador 49 • Mecanismos de amplificação dos relógios comparadores 51 • Condições de uso 52 • Aplicações dos relógios comparadores 53 • Relógio com ponta de contato de alavanca (apalpador) 57 Goniômetro 58 • Resolução do goniômetro de precisão 58 • Leitura do goniômetro 59 • Conservação do goniômetro Tecnologia aplicada I SENAI-SP – INTRANET AA331-11 61 Verificadores e calibradores 61 • Verificador 66 • Calibrador 72 • Conservação dos calibradores 73 Régua de verificação 73 • Régua de aço com fio 74 • Régua plana de granito 75 • Régua plana de ferro fundido 77 Instrumentos de traçagem 77 • Instrumentos e materiais 79 • Desempeno 81 • Régua, riscador, esquadro 81 • Riscador e compasso 83 • Martelo e punção 86 • Soluções corantes 87 Calibrador traçador de altura 89 • Utilização e conservação 91 Esquadros 95 Aço-carbono 97 • Aço-liga 99 • Identificação dos aços 100 • Sistema de classificação dos aços 105 Morsas 105 • Morsa de bancada 106 • Morsa de bancada de base fixa 107 • Morsa de bancada de base giratória 107 • Uso e conservação 109 Ferramentas de corte 109 • Materiais das ferramentas 110 • Metal duro 111 • Cerâmica 111 • Ângulos da ferramenta de corte 114 • Ângulo de cunha β 114 • Ângulo de folga α 117 • Ângulo de saída γ 120 • Ângulo da ponta ε 120 • Ângulo de posição principal χ 122 • Ângulo de inclinação da aresta cortante λ 124 • Ângulos em função do material 127 Limas Tecnologia aplicada I SENAI-SP – INTRANET AA331-11 129 • Classificação 133 • Limas especiais 134 • Utilização das limas metálicas 136 • Defeitos na limagem 137 Lixa 139 Serra manual 139 • Arco de serra 141 • Lâmina de serra 144 • Seleção da lâmina de serra 147 Fluido de corte 152 • Manuseio dos fluidos 155 Recomendações para o uso das brocas helicoidais 157 Condições de corte e reafiação das brocas helicoidais 162 • Erros comuns na afiação 164 • Reafiação de brocas de metal duro 166 • Precauções na reafiação 167 Broca helicoidal 170 • Afiação das brocas 171 • Material das Brocas 173 Tipos de brocas helicoidais 173 • Brocas com pastilha de metal duro para concreto 174 • Brocas de hélice rápida 174 • Brocas de hélice lenta 175 • Brocas de hélice lenta para plásticos termoestáveis 175 • Brocas para trabalhos pesados 176 • Brocas extracurtas 176 • Brocas em aço cobalto para aços-manganês 177 Falhas comuns no uso das brocas helicoidais 177 • Lingueta de extração quebrada ou torcida 178 • Núcleo da broca trincado 179 • Desgaste excessivo na ponta de corte 180 • As arestas de corte quebram ou lascam 181 • Lascas nas arestas principais de corte 181 • A broca quebra-se no fim dos canais 181 • Os canais ficam obstruídos 182 • A broca desliza no mandril 183 Broca de centrar 187 Escareador 191 Rebaixador 193 Roscas Tecnologia aplicada I SENAI-SP – INTRANET AA331-11 193 • Perfil do filete 195 • Nomenclatura da rosca 196 • Tipos de roscas triangulares 200 • Roscas whitworth 203 • Rosca americana 206 • Medição de roscas pelo processo dos três arames 207 • Medição de roscas com micrômetro 209 • Tolerância das roscas 211 Machos 212 • Tipos de canais 212 • Tipos de centros 212 • Aplicações 216 • Utilização do macho 217 • Ação cortante 218 • Recomendações de uso 220 • Tabelas 225 Cossinete 225 • Tipos de cossinete 231 Alargadores 232 • Modo de ação 233 • Nomenclatura 236 • Alargadores manuais 236 • Alargadores de expansão 238 • Alargadores para máquinas 239 • Tabelas 241 • Recomendações de uso 243 Desandadores 244 • Desandadores para machos e alargadores 248 • Porta-cossinete 251 Velocidade de corte 254 • Velocidade de corte para retificação 263 Lubrificação 263 • Lubrificantes 263 • Características físicas dos lubrificantes 265 • Tipos de lubrificantes 267 • Classificação dos lubrificantes 268 • Métodos de aplicação dos óleos lubrificantes 276 • Sistema centralizado 276 • Escolha de lubrificantes 279 • Engrenagens Tecnologia aplicada I SENAI-SP – INTRANET AA331-11 281 Avanço de corte nas máquinas-ferramenta 281 • Avanço nas ferramentas monocortantes 282 • Operações de torneamento 284 • Operações de aplainamento 285 • Avanço nas ferramentas multicortantes 285 • Avanço nas fresas 288 • Avanço nas brocas 293 Tratamento térmico 293 • Origem 293 • Tratamento térmico do aço 298 • Tratamentos térmicos 303 • Tratamento termoquímico 305 • Nitretação 306 • Envelhecimento 309 Fornos 309 • Tipos de fornos 310 • Queimador 313 • Controle do combustível e do ar para a combustão 317 • Preaquecedor ou economizador de ar 318 • Classificação dos preaquecedores 318 • Tipos de preaquecedores 321 Durômetro 322 • Aplicações 322 • Ensaio de dureza 322 • Escalas de dureza 324 • Ensaio de dureza Brinell 328 • Dureza Rockwell 334 • Dureza Vickers 339 • Comparando Brinell e Vickers 341 • Vantagens e limitações do ensaio Vickers 343 Metais não ferrosos 343 • Cobre 344 • Latão 345 • Bronze 346 • Alumínio 347 • Chumbo 347 • Zinco 348 • Estanho 348 • Magnésio 351 Furadeiras Tecnologia aplicada I SENAI-SP – INTRANET AA331-11 351 • Tipos de furadeiras 357 • Manuseio da furadeira 359 Mandril e buchas cônicas 359 • Mandril 360 • Buchas cônicas 361 • Extrator de mandril e buchas cônicas 362 • Mandril cone ISO 363 Morsa de máquina 363 • Morsa de máquina 364 • Características da morsa 365 Esmerilhadora 365 • Esmerilhadora de pedestal 365 • Partes da esmerilhadora de pedestal 367 • Esmerilhadora de bancada 368 • Dressagem do rebolo 371 Máquinas de serrar e serras 371 • Máquina de serra de fita 371 • Máquina de serra de fita horizontal 372 • Máquina de serra de fita vertical 372 • Funcionamento da serra de fita 374 • Máquina de serra alternativa 375 • Máquina de serra circular 377 • Serras 377 • Lâmina 378 • Fita 378 • Dentes e travas da serra de fita 380 • Disco 383 Torno mecânico 384 • Partes principais do torno 391 • Acessóriosdo torno 392 • Tipos de torno 395 • Operações do torno 401 Anel graduado do torno 403 • Cálculo do número de divisões do anel graduado 407 Placa universal de três e de quatro castanhas 409 • Funcionamento da placa universal 412 • Conservação da placa 413 Placa de castanhas independentes utilizadas no torno 414 • Corpo 414 • Castanhas Tecnologia aplicada I SENAI-SP – INTRANET AA331-11 415 • Parafusos com chapa de ajuste e porca 415 • Chave de aperto 417 Placa arrastadora e arrastador utilizados no torno 421 Placa lisa e acessórios 422 • Chapa ranhurada e bloco de apoio cilíndrico 422 • Calço paralelo 423 • Grampo 423 • Padrões de medida 423 • Cabeçote de montagem 425 Pontas e contrapontas 426 • Pontas 426 • Contrapontas 429 Lunetas 429 • Luneta fixa 430 • Luneta móvel 433 Ferramentas de corte para torno 434 • Ferramenta de desbastar 435 • Ferramenta de facear 436 • Ferramenta de sangrar 438 • Ferramenta para tornear interno 438 • Ferramenta de formar 439 • Ferramenta de roscar 440 • Fixação e ajustagem da ferramenta de tornear 443 Recartilha 446 • Seleção da recartilha 449 Torneamento cônico 449 • Inclinação do carro superior 451 • Desalinhamento da contraponta 454 • Aparelho conificador 457 Cones normalizados 457 • Conicidade 459 • Tabelas 461 Fresadoras 461 • Fresadora 469 Ranhuras normalizadas (Rasgos de chaveta e rasgo em T) 469 • Rasgo de chaveta 471 • Rasgo em T 473 Fresas (tipos e características) 476 • Tipos de fresas 480 • Trem de fresagem Tecnologia aplicada I SENAI-SP – INTRANET AA331-11 480 • Fixação da fresa 483 Eixos porta-fresa 483 • Tipos de eixos 488 • Montagem das fresas 491 Retificadoras 491 • Partes da retificadora 491 • Base 492 • Mesa de trabalho ou porta-peça 492 • Cabeçote porta-rebolo 492 • Sistema de movimento 492 • Características da retificadora 493 • Acessórios da retificadora 493 • Condições de uso e manutenção 494 • Retificadora plana 496 • Acessórios especiais da retificadora plana 496 • Funcionamento da retificadora plana 497 • Retificadora cilíndrica 498 • Partes da retificadora cilíndrica 500 • Características da retificadora cilíndrica 501 • Acessórios da retificadora cilíndrica 501 • Funcionamento da retificadora cilíndrica 502 • Retificadora sem centro 503 Rebolo 503 • Classificação do rebolo 503 • Natureza do abrasivo 504 • Natureza do aglutinante 505 • Granulometria 506 • Dureza 506 • Porosidade 507 • Dimensão e formato do rebolo 508 • Especificação do rebolo 510 • Armazenagem 511 • Proteção pessoal 513 Referências Tecnologia aplicada I Avaliado pelas Unidades Escolares do SENAI-SP/2011 SENAI-SP – INTRANET AA331-11 13 Régua graduada Régua graduada ou escala é uma lâmina de aço, geralmente inoxidável, graduada em unidades do sistema métrico e/ou sistema inglês. É utilizada para medidas lineares que admitem erros superiores à menor graduação da régua, que normalmente equivale a 0,5 mm ou 1 32 " . As réguas graduadas apresentam-se nas dimensões de 150, 200, 250, 300, 500, 600, 1.000, 1.500, 2.000 e 3.000 mm. As mais comuns são as de 150 mm (6”) e 300 mm (12”). De modo geral, uma escala confiável deve apresentar bom acabamento, bordas retas e bem definidas e faces polidas. As réguas de manuseio constante devem ser de aço inoxidável ou de metal tratado termicamente. É necessário que os traços da escala sejam gravados, uniformes, eqüidistantes e finos. A retitude e o erro máximo admissível das divisões obedecem a normas internacionais. Existem cinco tipos de régua graduada: sem encosto, com encosto, de encosto interno, de encosto externo, de dois encostos e de profundidade. Tecnologia aplicada I SENAI-SP – INTRANET AA331-11 14 Régua sem encosto Utilizada na medição de peças planas com ou sem face de referência. Neste caso, deve-se subtrair do resultado o valor do ponto de referência. Régua com encosto Destinada à medição de comprimento a partir de uma face externa utilizada como encosto. Régua de encosto interno A régua de encosto interno é destinada a medições de peças que apresentam faces internas de referência. Tecnologia aplicada I SENAI-SP – INTRANET AA331-11 15 Régua de dois encostos Dotada de duas escalas: uma com referência interna e outra com referência externa. É utilizada principalmente pelos ferreiros. Régua de profundidade Utilizada nas medições de canais ou rebaixos internos. Leitura da escala segundo o sistema métrico Cada centímetro na escala encontra-se dividido em 10 partes iguais e cada parte equivale a 1mm. Tecnologia aplicada I SENAI-SP – INTRANET AA331-11 16 Leitura da escala segundo o sistema inglês No sistema inglês de polegada fracionária, a polegada se divide em 2,4,8,16 partes iguais. As melhores escalas apresentam 32 divisões por polegada, enquanto as demais só apresentam frações de 1 16 " de polegada. Deve-se observar que somente estão indicadas as frações de numerador ímpar. Sempre que as frações de polegada apresentarem numeradores pares, a fração é simplificada: 2 16 " = 1 8 " ; 6 16 " = 3 8 " A leitura consiste em verificar qual traço coincide com a extremidade do objeto, observando-se a altura do traço, que facilita a indicação das partes em que a polegada foi dividida. No exemplo que segue, o objeto tem 1 1 8 " (uma polegada e um oitavo). Tecnologia aplicada I SENAI-SP – INTRANET AA331-11 17 Conservação da régua Para boa conservação, deve-se evitar deixá-la em contato com outras ferramentas ou cair; não flexioná-la ou torcê-la para evitar que empene ou quebre; limpá-la após o uso; protegê-la contra oxidação usando óleo, quando necessário. Tecnologia aplicada I SENAI-SP – INTRANET AA331-11 18 Créditos Unidades Escolares do SENAI-SP/2011 Elaboradores: Regina Célia Roland Novaes Selma Ziedas Conteudistas: Abilio José Weber Adriano Ruiz Secco Ilustradores: José Joaquim Pecegueiro José Luciano de Souza Filho Leury Giacomeli Conteúdo técnico avaliado por docentes das Unidades Escolares com critérios definidos pela Gerência de Educação do SENAI-SP em concordância com a Ditec 010 v.6 – Diretrizes para a produção de material didático impresso. Referência SENAI-SP. Tecnologia aplicada I – Caminhão betoneira cara chata. 1997. Tecnologia aplicada I Avaliado pelas Unidades Escolares do SENAI-SP/2011 SENAI-SP – INTRANET AA331-11 19 Paquímetro Paquímetro é um instrumento de medição utilizado para medir pequenas quantidades de peças e suas dimensões internas, externas, de profundidade e de ressaltos, estas últimas feitas com paquímetro quadrimensional. 1. orelha fixa 2. orelha móvel 3. nônio ou vernier (polegada) 4. parafuso de trava 5. cursor 6. escala fixa de polegadas 7. bico fixo 8. encosto fixo 9. encosto móvel 10. bico móvel 11. nônio ou vernier (milímetro) 12. impulsor 13. escala fixa de milímetros 14. haste de profundidade Tecnologia aplicada I SENAI-SP – INTRANET AA331-11 20 O paquímetro é geralmente feito de aço inoxidável, com superfícies planas e polido, cujas graduações são calibradas a 20 ºC. É constituído de uma régua graduada com encosto fixo, sobre a qual desliza um cursor. O cursor ajusta-se à régua e permite sua livre movimentação, com um mínimo de folga, e é dotado de uma escala auxiliar, chamada nônio ou vernier, que permite a leitura de frações da menor divisão da escala fixa. Resolução do paquímetro As diferenças entre a escala fixa e a escala móvel de um paquímetro podem ser calculadas pela sua resolução. Resolução é a menor medida que o instrumento oferece; é calculada pelaseguinte fórmula: Resolução = NDN UEF UEF = unidade de escala fixa NDN = número de divisões do nônio Por exemplo, um nônio com 10 divisões terá a resolução de 0,1 mm, pois, aplicando a fórmula, tem-se: Resolução = 10 mm1 = 0,1 mm Se o paquímetro tiver um nônio com 20 divisões, a resolução será de 0,05 mm: Resolução = 20 mm1 = 0,05 mm Se o paquímetro tiver um nônio com 50 divisões, a resolução será de 0,02 mm: Resolução = 50 mm1 = 0,02 mm Leitura do paquímetro universal no sistema métrico O princípio de leitura do paquímetro universal consiste em encontrar o ponto de coincidência entre um traço da escala fixa com um traço do nônio. Tecnologia aplicada I SENAI-SP – INTRANET AA331-11 21 Escala em milímetros Para ler a medida em milímetros inteiros, devem-se contar, na escala fixa, os milímetros existentes antes do zero do nônio. Quando o zero do nônio coincidir exatamente com um dos traços da escala de milímetros, tem-se uma medida exata em milímetros, no caso a leitura é 4 mm. Quando o zero do nônio não coincide exatamente com um traço da escala fixa mas fica entre dois traços, admite-se a menor medida. A seguir, observa-se qual o ponto de coincidência entre os traços do nônio e da escala fixa; esse ponto fornece a medida em frações de milímetro, conforme a resolução do paquímetro. Exemplo de escala em milímetro e nônio com 10 divisões. (Resolução = 0,1 mm) Leitura 1,0 mm → escala fixa 0,3 mm → nônio (traço coincidente: 3º) 1,3 mm → total (leitura final) Leitura 103,0 mm → escala fixa 0,5 mm → nônio (traço coincidente: 5º) 103,5 mm → total (leitura final) Tecnologia aplicada I SENAI-SP – INTRANET AA331-11 22 Exemplo de escala em milímetro e nônio com 20 divisões. (Resolução = 0,05 mm) Leitura 2,00 mm → escala fixa 0,55 mm → nônio 2,55 mm → total Leitura 107,00 mm → escala fixa 0,35 mm → nônio 107,35 mm → total Exemplo de escala em milímetro e nônio com 50 divisões. (Resolução = 0,02 mm) Leitura 70,00 mm → escala fixa 0,76 mm → nônio 70,76 mm → total Leitura 49,00 mm → escala fixa 0,24 mm → nônio 49,24 mm → total Leitura no sistema inglês No paquímetro em que se adota o sistema inglês milesimal, cada polegada da escala fixa divide-se em 40 partes iguais. Cada divisão corresponde a 40 "1 , que é igual a .025”, escrito com um ponto antes, segundo exigência do sistema. Como o nônio tem 25 divisões, a resolução desse paquímetro é: Resolução = NDN UEF R = 25 "025. = .001” (um milésimo de polegada). Tecnologia aplicada I SENAI-SP – INTRANET AA331-11 23 A leitura do paquímetro no sistema inglês ou em polegadas segue o mesmo princípio da leitura em milímetros, isto é, a contagem das polegadas existentes antes do zero do nônio. Contam-se as unidades .025” que estão à esquerda do zero do nônio e, a seguir, somam-se os milésimos de polegada indicados pelo ponto em que um dos traços do nônio coincide com o traço da escala fixa. Leitura .050” → escala fixa + 014” → nônio .064” → total Leitura 1.700” → escala fixa + .021” → nônio 1.721” → total No paquímetro em que se adota o sistema inglês de polegada fracionária, a escala fixa é graduada em polegada e frações de polegada; nesse sistema, a polegada é dividida em 16 partes iguais. Cada divisão corresponde a 16 "1 de polegada. Os valores fracionários da polegada são complementados com o uso do nônio. Para isso, é preciso primeiro calcular a resolução do nônio de polegada fracionária. Resolução = NDN UEF = 8 16 "1 R = 16 "1 ÷ 8 = 16 "1 × 8 1 = 128 "1 Tecnologia aplicada I SENAI-SP – INTRANET AA331-11 24 Assim, cada divisão do nônio vale 128 "1 . Duas divisões corresponderão a 128 "2 ou 64 "1 e assim por diante. Como exemplo, considere-se uma leitura de 4 "3 na escala fixa e 128 "3 no nônio; a medida total equivale à soma dessas duas medidas. É importante observar que as frações devem ser sempre simplificadas. Tecnologia aplicada I SENAI-SP – INTRANET AA331-11 25 Num outro exemplo em que a escala fixa mostra 1 16 "3 e o nônio 128 "5 , a medida total será: 1 16 "3 + 128 "5 ⇒ 1 128 24" + 128 5" = 1 128 "29 Os passos que facilitam a leitura do paquímetro com polegada fracionária são apresentados a seguir. 1. Verifique se o zero do nônio coincide com um dos traços da escala fixa. Se coincidir, faça a leitura somente na escala fixa. Leitura = 7 4 "1 2. Quando o zero do nônio não coincidir, verifique qual dos traços do nônio está nessa situação e faça a leitura do nônio. Tecnologia aplicada I SENAI-SP – INTRANET AA331-11 26 3. Verifique na escala fixa quantas divisões existem antes do zero do nônio. Exemplo: Uma divisão. 4. Sabendo que cada divisão da escala fixa equivale a 16 1 = 32 2 = 64 4 = 128 8 e com base na leitura do nônio, escolha uma fração da escala fixa de mesmo denominador. Exemplo: leitura do nônio 64 "3 ; fração escolhida da escala fixa: 64 "4 . 5. Multiplique o número de divisões da escala fixa pelo numerador da fração escolhida; some com a fração do nônio e faça a leitura final. Tecnologia aplicada I SENAI-SP – INTRANET AA331-11 27 Exemplos de leitura utilizando os passos a. Passo 2. ⇒ 64 "3 Passo 3. ⇒ 1 divisão Passo 4. ⇒ 64 "3 fração escolhida 64 "4 Passo 5. ⇒ (1 64 "4 × ) + 64 "3 = 64 "7 Leitura final: 64 "7 b. Passo 2. ⇒ 128 "3 Passo 3. ⇒ 2” + 8 divisões Passo 4. ⇒ 128 "3 fração escolhida 128 "8 Passo 5. ⇒ 2” + (8 × 128 "8 ) + 128 "3 = 2 128 "67 Leitura final: 2 128 "67 Erros de leitura no paquímetro Além da falta de habilidade do operador, outros fatores podem provocar erros de leitura no paquímetro, como a paralaxe e a pressão de medição. Tecnologia aplicada I SENAI-SP – INTRANET AA331-11 28 Paralaxe - dependendo do ângulo de visão do operador, pode ocorrer um erro chamado de paralaxe; quando ângulo de visão do observador de um objeto é deslocado da posição correta, que é a perpendicular, a imagem não é real; no caso de leitura de uma medida, a paralaxe ocasiona um erro sério, pois quando os traços do nônio e da escala estão sobrepostos, o deslocamento do ângulo de visão faz com que cada um dos olhos projete os traços do nônio em posição oposta à dos traços da escala fixa. Para não cometer o erro de paralaxe, á aconselhável que se faça a leitura colocando o paquímetro em posição exatamente perpendicular aos olhos. Pressão de medição - o erro de pressão de medição é originado pelo jogo do cursor, controlado por uma mola. Pode ocorrer uma inclinação do cursor em relação à régua, o que altera a medida. Tecnologia aplicada I SENAI-SP – INTRANET AA331-11 29 O cursor deve estar bem regulado para se deslocar com facilidade sobre a régua: nem muito preso, nem muito solto. O operador deve regular a mola, adaptando o instrumento à sua mão; caso exista uma folga anormal, os parafusos de regulagem da mola devem ser ajustados, girando-os até encostar no fundo e, em seguida, retornando um oitavo de volta, aproximadamente. Após esse ajuste, o movimento do cursor deve ser suave, porém sem folga. Técnicas de utilização do paquímetro O uso correto do paquímetro exige que a peça a ser medida esteja posicionada corretamente entre os encostos, os quais devem estar limpos. É importante abrir o paquímetro com uma distância maior que a dimensão do objeto a ser medido; uma das extremidades da peça deve-se apoiar no centro do encosto fixo. Tecnologia aplicada I SENAI-SP – INTRANET AA331-11 30 Convém que o paquímetro seja fechado suavementeaté que o encosto móvel toque a outra extremidade. Feita a leitura da medida, o paquímetro deve ser aberto e a peça retirada, sem que os encostos a toquem. A utilização do paquímetro para determinar medidas externas, internas, de profundidade e de ressaltos deve seguir algumas recomendações. Nas medidas externas, a peça deve ser colocada o mais profundamente possível entre os bicos de medição para evitar qualquer desgaste na ponta dos bicos. Para maior segurança nas medições, as superfícies de medição dos bicos e da peça devem estar bem apoiadas. Tecnologia aplicada I SENAI-SP – INTRANET AA331-11 31 Nas medidas internas, as orelhas precisam ser colocadas o mais profundamente possível. O paquímetro deve estar sempre paralelo à peça que está sendo medida. Para maior segurança nas medições de diâmetros internos, as superfícies de medição das orelhas devem coincidir com a linha de centro do furo. Toma-se, então, a máxima leitura para diâmetros internos e a mínima leitura para faces planas internas. No caso de medidas de profundidade, apóia-se o paquímetro corretamente sobre a peça, evitando que fique inclinado. Tecnologia aplicada I SENAI-SP – INTRANET AA331-11 32 Nas medidas de ressaltos, coloca-se a parte do paquímetro apropriada para ressaltos em posição perpendicular à superfície da peça. Para esse tipo de medição não se deve usar a haste de profundidade, pois esta não permite apoio firme. Conservação do paquímetro • Manejar o paquímetro sempre com todo cuidado, evitando choques; • Não deixar o paquímetro em contato com outras ferramentas, o que pode causar danos ao instrumento; • Evitar arranhaduras ou entalhes, pois isso prejudica a graduação; • Ao realizar a medição, não pressionar o cursor além do necessário; • Após a utilização, limpar o paquímetro e guardá-lo em local apropriado. Créditos Unidades Escolares do SENAI-SP/2011 Elaboradores: Regina Célia Roland Novaes Selma Ziedas Conteudistas: Abilio José Weber Adriano Ruiz Secco Ilustradores: José Joaquim Pecegueiro José Luciano de Souza Filho Leury Giacomeli Conteúdo técnico avaliado por docentes das Unidades Escolares com critérios definidos pela Gerência de Educação do SENAI-SP em concordância com a Ditec 010 v.6 – Diretrizes para a produção de material didático impresso. Referência SENAI-SP. Tecnologia aplicada I – Caminhão betoneira cara chata. 1997. Tecnologia aplicada I Atualizado pelas Unidades Escolares do SENAI-SP/2011 SENAI-SP – INTRANET AA331-11 33 Micrômetro Micrômetro é um instrumento que permite a leitura em centésimos e milésimos de milímetro de maneira simples, mais rigorosa e exata que o paquímetro. O princípio de funcionamento do micrômetro assemelha-se ao do sistema parafuso e porca. O parafuso, ao dar uma volta completa em uma porca fixa, provoca um deslocamento igual ao seu passo. Desse modo, dividindo-se a “cabeça” do parafuso, podem-se avaliar frações menores que uma volta e, com isso, medir comprimentos menores do que o passo do parafuso. Tecnologia aplicada I SENAI-SP – INTRANET AA331-11 34 As partes componentes de um micrômetro são: arco, faces de medição, batente, fuso micrométrico, bainha, bucha interna, porca de ajuste, catraca, tambor, trava e isolante térmico. O arco é feito de aço especial ou fundido, tratado termicamente para eliminar tensões internas. O isolante térmico evita a dilatação do arco, onde está fixado, porque isola a transmissão de calor das mãos para o instrumento. O fuso micrométrico é construído de aço especial temperado e retificado para garantir exatidão do passo da rosca. As faces de medição tocam a peça a ser medida e, para isso, apresentam-se rigorosamente planas e paralelas. Em alguns instrumentos, os contatos são de metal duro de alta resistência ao desgaste. A porca de ajuste permite o ajuste da folga do fuso micrométrico quando isso é necessário. O tambor é onde se localiza a escala centesimal. Gira ligado ao fuso micrométrico; portanto, a cada volta seu deslocamento é igual ao passo do fuso micrométrico. A catraca ou fricção assegura uma pressão de medição constante. A trava permite imobilizar o fuso numa medida pré-determinada. Tecnologia aplicada I SENAI-SP – INTRANET AA331-11 35 Características do micrômetro O micrômetro caracteriza-se pela capacidade, pela resolução e pela aplicação. A capacidade de medição do micrômetro é geralmente de 25mm ou uma polegada, variando o tamanho do arco de 25 em 25 mm ou de 1 em 1”. Pode chegar a 2.000 mm ou 80”. A resolução pode ser de 0,01 mm; 0,001 mm; .001” (um milésimo de polegada) ou .0001” (um décimo de milésimo de polegada). No micrômetro de 0 a 25 mm ou de 0 a 1”, quando as faces dos contatos estão juntas, a borda do tambor coincide com o traço zero da bainha. A linha longitudinal, gravada na bainha, coincide com o zero da escala do tambor. A aplicação do micrômetro é variada, segundo a necessidade. Assim, existem micrômetros de medida externa e de medida interna. Micrômetros de medida externa Os micrômetros de medida externa são: de profundidade, com arco profundo, com disco nas hastes, para medição de roscas, com contato em forma de V, para medir parede de tubos, contador mecânico e digital eletrônico. Tecnologia aplicada I SENAI-SP – INTRANET AA331-11 36 Micrômetro de profundidade Conforme a profundidade a ser medida, utilizam-se hastes de extensão que são fornecidas juntamente com o micrômetro. Micrômetro com arco profundo Serve para medições de espessuras de bordas ou de partes salientes das peças. Micrômetro com disco nas hastes O disco aumenta a área de contato, possibilitando a medição de papel, cartolina, couro, borracha, pano, etc. Também é empregado para medir dentes de engrenagens. Tecnologia aplicada I SENAI-SP – INTRANET AA331-11 37 Micrômetro para medição de roscas Especialmente construído para medir roscas triangulares, possui as hastes furadas para que se possa encaixar as pontas intercambiáveis, conforme o passo para o tipo de rosca a medir. Micrômetro com contato em forma de V Especialmente construído para medição de ferramentas de corte que possuem número ímpar de cortes, como fresa de topo, macho, alargador. Os ângulos em V do micrômetro para medição de ferramenta de 3 cortes é de 60º, de 5 cortes, 108º e de 7 cortes, 128º 34’ 17”. 3 cortes, 60o 5 cortes, 108o Micrômetro para medir parede de tubo Dotado de arco especial, possui o contato a 90º com a haste móvel, o que permite a introdução do contato fixo no furo do tubo. Tecnologia aplicada I SENAI-SP – INTRANET AA331-11 38 Micrômetro contador mecânico É para uso comum, porém sua leitura pode ser efetuada no tambor ou no contador mecânico, facilita a leitura independentemente da posição de observação, evitando o erro de paralaxe. Micrômetro digital eletrônico Ideal para leitura rápida, livre de erros de paralaxe, próprio para uso em controle estatístico de processos, juntamente com microprocessadores. Micrômetros de medida interna Para medir partes internas empregam-se dois tipos de micrômetro: micrômetro interno de três contatos e micrômetro interno de dois contatos (tubular e tipo paquímetro). Micrômetro interno de três contatos Usado exclusivamente para realizar medidas em superfícies cilíndricas internas, permitindo leitura rápida e direta. Sua característica principal é a de ser autocentrante, devido à forma e à disposição de suas pontas de contato que formam entre si um ângulo de 120º. Tecnologia aplicada I SENAI-SP – INTRANET AA331-11 39 Micrômetro interno de três contatos com pontas intercambiáveis - este tipo é apropriado para medir furos roscados,canais e furos sem saída, pois suas pontas de contato podem ser trocadas de acordo com a peça a ser medida. Micrômetro interno de dois contatos O micrômetro de dois contatos admite dois tipos: o tubular e o tipo paquímetro. Micrômetro interno tubular É empregado em medições internas acima de 30 mm e atende quase que somente a casos especiais. Tecnologia aplicada I SENAI-SP – INTRANET AA331-11 40 O micrômetro tubular utiliza hastes de extensão com dimensões de 25 a 2.000 mm. As hastes podem ser acopladas umas às outras, caso em que há uma variação de 25 mm em relação a cada haste acoplada. As figuras a seguir mostram o posicionamento para a medição. Micrômetro interno tipo paquímetro Serve para medidas acima de 5 mm e, a partir daí, varia de 25 em 25 mm. Leitura do micrômetro no sistema métrico A leitura no sistema métrico considera resoluções de 0,01 mm e de 0,001 mm. Micrômetro com resolução de 0,01mm A cada volta do tambor, o fuso micrométrico avança uma distância chamada passo. A resolução de uma medida tomada em um micrômetro corresponde ao menor deslocamento de seu fuso; para obter a medida, divide-se o passo pelo número de divisões do tambor. Passo da rosca do fuso micrométrico Resolução = Número de divisões do tambor Se o passo da rosca é de 0,5 mm e o tambor tem 50 divisões, a resolução será: Tecnologia aplicada I SENAI-SP – INTRANET AA331-11 41 R = 50 mm5,0 = 0,01 mm A leitura no micrômetro com resolução 0,01 mm deve obedecer às seguintes etapas: • Leitura dos milímetros inteiros na escala da bainha; • Leitura dos meios milímetros, também na escala da bainha; • Leitura dos centésimos de milímetro na escala do tambor. Tomando como exemplos as ilustrações a seguir, as leituras serão: 17,00 mm (escala dos mm da bainha) +0,50 mm (escala dos meios mm da bainha) +0,32 mm (escala centesimal do tambor) 17,82 mm Leitura total 23,00 mm (escala dos mm da bainha) +0,00 mm (escala dos meios mm da bainha) +0,09 mm (escala centesimal do tambor) 23,09 mm Leitura total Micrômetro com resolução de 0,001 mm No caso de micrômetro com nônio, este indica o valor a ser acrescentado à leitura obtida na bainha e no tambor. A medida indicada pelo nônio é igual à leitura do tambor, dividida pelo número de divisões do nônio. Se o nônio tiver dez divisões marcadas na bainha, a resolução será: Tecnologia aplicada I SENAI-SP – INTRANET AA331-11 42 R = 10 01,0 = 0,001 mm N A leitura no micrômetro com resolução 0,001 mm, obedece as seguintes etapas: • Leitura dos milímetros inteiros na escala da bainha; • Leitura dos meios milímetros na mesma escala; • Leitura dos centésimos na escala do tambor; • Leitura dos milésimos som auxílio do nônio da bainha, verificando qual dos traços do nônio coincide com o traço do tambor. A leitura final será a soma dessas quatro leituras parciais. Exemplos A = 20,000 mm +B = 0,500 mm +C = 0,110 mm +D = 0,008 mm Total= 20,618 mm A = 18,000 mm + B = 0,090 mm + C = 0,006 mm Total = 18,096 mm Tecnologia aplicada I SENAI-SP – INTRANET AA331-11 43 Leitura do micrômetro interno A leitura em micrômetro tubular e em micrômetro tipo paquímetro é igual à leitura em micrômetro externo. A resolução de um micrômetro interno de três contatos é obtida pela divisão do passo do fuso micrométrico pelo número de divisões do tambor. Resolução = 100 5.0 = 0,005 mm Como exemplo de leitura considere-se a ilustração a seguir. A leitura do micrômetro interno de três contatos é feita no sentido contrário à do micrômetro externo e deve obedecer às seguintes etapas: • O tambor encobre a divisão da bainha correspondente a 36,5 mm; • A esse valor deve-se somar aquele fornecido pelo tambor: 0,240 mm; o valor total da medida será, portanto, 36,740 mm. Leitura no sistema inglês O micrômetro de sistema inglês apresenta as seguintes características: na bainha está gravado o comprimento de uma polegada, dividido em 40 partes iguais desse modo, cada divisão equivale a 1” : 40 = .025” o tambor do micrômetro com resolução de .001” possui 25 divisões. Tecnologia aplicada I SENAI-SP – INTRANET AA331-11 44 Micrômetro com resolução de .001” Para medir com o micrômetro de resolução .001”, lê-se primeiro a indicação da bainha; depois, soma-se essa medida ao ponto de leitura do tambor que coincide com o traço de referência da bainha. Exemplo bainha → .675” tambor → .019” leitura → .694” Micrômetro com resolução de .0001” Para leitura no micrômetro de .0001”, além das 25 divisões que existem na bainha, há um nônio com dez divisões; o tambor divide-se, então, em 250 partes iguais. Para medir, basta adicionar as leituras da bainha, do tambor e do nônio. Tecnologia aplicada I SENAI-SP – INTRANET AA331-11 45 bainha → .3750” tambor → .0050” nônio → .0004” leitura total → .3804” Regulagem do micrômetro Antes de iniciar a medição de uma peça, é preciso regular o instrumento de acordo com sua capacidade. Para os micrômetros com capacidade de 0 a 25 mm ou de 0 a 1”, devem-se tomar os seguintes cuidados: • Limpar cuidadosamente as partes móveis, eliminando poeira e sujeira com pano macio e limpo; • Antes do uso, limpar as faces de medição; usar somente uma folha de papel macio; • Encostar suavemente as faces de medição, usando apenas a catraca; em seguida, verificar a coincidência das linhas de referência da bainha com o zero do tambor; se estas não coincidirem, fazer o ajuste movimentando a bainha com a chave do micrômetro que normalmente acompanha o instrumento. Para calibrar micrômetros de maior capacidade, isto é, de 25 a 50 mm, de 50 a 75 mm, ou de 1” a 2”, de 2” a 3”, deve-se ter o mesmo cuidado e utilizar os mesmos procedimentos citados anteriormente, porém, com a utilização de barra-padrão para calibração. A calibração dos micrômetros internos de dois contatos é feita por meio de anéis de referência, de dispositivos com blocos-padrão ou de micrômetro externo. Os Tecnologia aplicada I SENAI-SP – INTRANET AA331-11 46 micrômetros internos de três contatos são calibrados com anéis de referência e devem-se respeitar, rigorosamente, os limites mínimo e máximo da capacidade de medição para evitar danos irreparáveis ao instrumento. Conservação do micrômetro Para conservar o micrômetro devem-se observar algumas recomendações: • Limpar o micrômetro, secando-o com um pano limpo e macio (flanela); • Untar o micrômetro com vaselina líquida, utilizando um pincel; • Evitar contatos e quedas que possam riscar ou danificar o micrômetro e sua escala; • Guardar o micrômetro em armário ou estojo apropriado para não deixá-lo exposto à sujeira e à umidade. Créditos Unidades Escolares do SENAI-SP/2011 Elaboradores: Regina Célia Roland Novaes Selma Ziedas Conteudistas: Abilio José Weber Adriano Ruiz Secco Ilustradores: J osé Joaquim Pecegueiro José Luciano de Souza Filho Leury Giacomeli Conteúdo técnico atualizado por docentes das Unidades Escolares com critérios definidos pela Gerência de Educação do SENAI-SP em concordância com a Ditec 010 v.6 – Diretrizes para a produção de material didático impresso. Referência SENAI-SP. Tecnologia Aplicada I – Caminhão Betoneira Cara Chata. 1997. Tecnologia aplicada I Avaliado pelas Unidades Escolares do SENAI-SP/2011 SENAI-SP – INTRANET AA331-11 47 Relógio comparador O relógio comparador é um instrumento de medição por comparação, dotado de uma escala e um ponteiro, ligados por mecanismos diversos a uma ponta de contato. As diferenças percebidas no relógio comparador pela ponta de contato são amplificadasmecanicamente e movimentam o ponteiro rotativo diante da escala. Quando a ponta de contato sofre uma pressão e o ponteiro gira em sentido horário, a diferença é positiva; isso significa que a peça apresenta maior dimensão que a estabelecida. Se o ponteiro girar em sentido anti-horário, a diferença será negativa, ou seja, a peça apresenta menor dimensão que a estabelecida. Existem vários modelos de relógios comparadores; os mais utilizados possuem resolução de 0,01mm. O curso do relógio também varia de acordo com o modelo, porém os mais comuns são de 1 mm, 10 mm, 250” ou 1”. Alguns relógios trazem limitadores de tolerância; esses limitadores são móveis, podendo ser ajustados nos valores máximo e mínimo permitidos para a peça que será medida. Tecnologia aplicada I SENAI-SP – INTRANET AA331-11 48 Em alguns modelos, a escala do relógio se apresenta perpendicularmente em relação à ponta de contato, que é vertical. Caso apresentem um curso que implique mais de uma volta, os relógios comparadores possuem, além do ponteiro normal, outro menor, denominado contador de voltas do ponteiro principal. Existem também acessórios especiais que se adaptam aos relógios comparadores. Sua finalidade é possibilitar controle em série de peças, medições especiais de superfícies verticais, de profundidade, de espessura de chapas. O relógio comparador também pode ser utilizado para medir furos; este tipo de relógio consiste basicamente em um mecanismo que transforma o deslocamento radial de uma ponta de contato em movimento axial, transmitido a um relógio comparador, no qual se pode obter a leitura da dimensão. Uma das vantagens de seu emprego é a constatação rápida e em qualquer ponto, da dimensão do diâmetro ou de defeitos como conicidade, ovalização e outros. O instrumento deve ser previamente calibrado em relação a uma medida padrão de Tecnologia aplicada I SENAI-SP – INTRANET AA331-11 49 referência; esse dispositivo é conhecido como medidor interno com relógio comparador ou súbito. Outro tipo de relógio comparador é o comparador eletrônico, que possibilita uma leitura rápida, indicando a medida no display em milímetros, com conversão para polegada, zeragem em qualquer ponto e com saída para miniprocessadores estatísticos. A aplicação é semelhante à de um relógio comparador comum, além das vantagens apresentadas. Mecanismos de amplificação dos relógios comparadores Os sistemas usados nos mecanismos de amplificação são por engrenagem, por alavanca e misto. Tecnologia aplicada I SENAI-SP – INTRANET AA331-11 50 Amplificação por engrenagem Amplificação por engrenagem é o sistema utilizado nos instrumentos mais comuns para medição por comparação. As diferenças de grandeza que acionam o ponto de contato são amplificadas mecanicamente. A ponta de contato move o fuso, dotado de uma cremalheira; esta aciona um trem de engrenagem que, por sua vez, aciona um ponteiro indicador no mostrador. Nos comparadores mais utilizados, uma volta completa do ponteiro corresponde a um deslocamento de 1 mm da ponta de contato. Como o mostrador contém 100 divisões, cada divisão equivale a 0,01 mm. Tecnologia aplicada I SENAI-SP – INTRANET AA331-11 51 Amplificação por alavanca O princípio da alavanca aplica-se a aparelhos simples, chamados indicadores com alavanca, cuja capacidade de medição é limitada pela pequena amplitude do sistema basculante. A relação de amplificação pode ser dada por: relação de amplificação = )b(cutelosentredistância )a(ponteirodoocompriment Durante a medição, a haste que suporta o cutelo móvel desliza, apesar do esforço em contrário produzido pela mola de contato; o ponteiro-alavanca, mantido em contato com os dois cutelos pela mola de chamada, gira em frente à graduação. Amplificação mista Amplificação mista é o resultado da combinação entre alavanca e engrenagem. Permite levar a sensibilidade até 0,001 mm, sem reduzir a capacidade de medição. Condições de uso Antes de medir uma peça, é preciso verificar se o relógio se encontra em boas condições de uso. Tecnologia aplicada I SENAI-SP – INTRANET AA331-11 52 A verificação de possíveis erros é feita por meio de um suporte de relógio ou por calibradores específicos. No caso de usar o suporte de relógio, tomam-se as diversas medidas nos blocos-padrão; em seguida, observam-se as medidas obtidas no relógio, que devem corresponder às dos blocos. Antes de tocar na peça, o ponteiro do relógio comparador fica em uma posição anterior a zero; assim, ao iniciar uma medida, deve-se dar uma pré-carga para o ajuste do zero. Deve-se, também, colocar o relógio sempre numa posição perpendicular em relação à peça, para não incorrer em erros de medida. Aplicações dos relógios comparadores Os relógios comparadores são utilizados para verificação de superfícies planas, de paralelismo, de excentricidade de peça montada na placa do torno, de concentricidade e de alinhamento das pontas de um torno. Verificação de superfícies planas Verificação de paralelismo Tecnologia aplicada I SENAI-SP – INTRANET AA331-11 53 Verificação de excentricidade de peças montadas na placa do trono Verificação de concentricidade Verificação do alinhamento das pontas de um torno Conservação • Descer suavemente a ponta de contato sobre a peça; • Levantar um pouco a ponta de contato ao retirar a peça; • Evitar choques, arranhões e sujeira; • Manter o relógio guardado no seu estojo; • Lubrificar os mancais internos das engrenagens dos relógios. Relógio com ponta de contato de alavanca (apalpador) Um dos relógios mais versáteis que se usa na mecânica é o relógio com ponta de contato com alavanca (apalpador); seu corpo monobloco possui três guias que facilitam a fixação em diversas posições. Tecnologia aplicada I SENAI-SP – INTRANET AA331-11 54 Existem dois tipos de relógios apalpadores: um deles possui reversão automática de movimento da ponta de medição; outro tem alavanca inversora, a qual a direção do movimento de medida ascendente ou descendente. O mostrador é giratório, com redução de 0,01 mm, 0,002 mm, 0.01” ou 0.001”. Por sua enorme versatilidade, o apalpador pode ser usado para grande variedade de aplicações, tanto na produção como na inspeção final; por exemplo, excentricidade de peças; alinhamento e centragem de peças de máquinas; paralelismo entre faces; medições internas e medições de detalhes de difícil acesso. Alinhamento e centragem de peças nas máquinas Tecnologia aplicada I SENAI-SP – INTRANET AA331-11 55 Verificação de difícil acesso Paralelismo entre faces A conservação do relógio apalpador exige que se observem alguns cuidados: • Evitar choques, arranhões e sujeira; • Guardá-lo em estojo apropriado; • Montá-lo rigidamente em seu suporte; • Descer suavemente a ponta de contato sobre a peça; • Verificar se o relógio é antimagnético antes de colocá-lo em contato com a mesa magnética. Tecnologia aplicada I SENAI-SP – INTRANET AA331-11 56 Créditos Unidades Escolares do SENAI-SP/2011 Elaboradores: Regina Célia Roland Novaes Selma Ziedas Conteudistas: Abilio José Weber Adriano Ruiz Secco Ilustradores: José Joaquim Pecegueiro José Luciano de Souza Filho Leury Giacomeli Conteúdo técnico avaliado por docentes das Unidades Escolares com critérios definidos pela Gerência de Educação do SENAI-SP em concordância com a Ditec 010 v.6 – Diretrizes para a produção de material didático impresso. Referência SENAI-SP. Tecnologia Aplicada I – Caminhão Betoneira Cara Chata. 1997. Tecnologia aplicada I Avaliado pelas Unidades Escolares do SENAI-SP/2011 SENAI-SP – INTRANET AA331-1157 Goniômetro O goniômetro é um instrumento de medição ou de verificação de medidas angulares. O goniômetro simples, também conhecido como transferidor de grau, é utilizado em medidas angulares que não exigem extremo rigor; sua menor divisão é de um grau (1º). Existem diversos modelos de goniômetro que servem para medir ângulo agudo e ângulo obtuso; existe também o goniômetro de precisão. No goniômetro de precisão, o disco graduado apresenta quatro graduações de 0 a 90º. A extremidade do articulador, que gira como o disco do vernier, tem um ressalto adaptável à régua, que possibilita a medição de ângulos em várias posições. Tecnologia aplicada I SENAI-SP – INTRANET AA331-11 58 Resolução do goniômetro de precisão Resolução é a menor variação da grandeza a medir que pode ser indicada ou registrada pelo sistema de medição. A resolução do nônio é dada pela fórmula geral, também utilizada em outros instrumentos de medida com nônio: divide-se a menor divisão do disco graduado pelo número de divisões do nônio. Resolução = 5 12 06 12 º1 ′= ′ = Na leitura do nônio do goniômetro, utiliza-se o valor de 5’ (cinco minutos) para cada traço do nônio; dessa forma, se é o segundo traço que coincide com um traço da escala fixa, adiciona-se 10’ aos graus lidos na escala fixa; se é o terceiro traço, adiciona-se 15’ e assim por diante. Leitura do goniômetro Os graus inteiros são lidos na graduação do disco, com o traço zero do nônio. Na escala fixa, a leitura pode ser feita tanto no sentido horário quanto no sentido anti- horário. Tecnologia aplicada I SENAI-SP – INTRANET AA331-11 59 A leitura dos minutos é realizada a partir do zero do nônio, seguindo a mesma direção da leitura dos graus. Considerando que na escala fixa a medida seja de um ângulo de 64º, em relação ao zero do nônio (A1) em seguida lêem-se os minutos no nônio, observando o traço que coincide com a escala fixa, o resulta 30’ (B1); portanto, a leitura completa é 64º 30’. Neste outro exemplo, a leitura completa é 42º 20’: Conservação do goniômetro Como outros instrumentos de medição, o goniômetro deve ser guardado em local apropriado, livre de pó ou umidade; evitar quedas e contato com ferramentas de oficina. Tecnologia aplicada I SENAI-SP – INTRANET AA331-11 60 Créditos Unidades Escolares do SENAI-SP/2011 Elaboradores: Regina Célia Roland Novaes Selma Ziedas Conteudistas: Abilio José Weber Adriano Ruiz Secco Ilustradores: José Joaquim Pecegueiro José Luciano de Souza Filho Leury Giacomeli Conteúdo técnico avaliado por docentes das Unidades Escolares com critérios definidos pela Gerência de Educação do SENAI-SP em concordância com a Ditec 010 v.6 – Diretrizes para a produção de material didático impresso. Referência SENAI-SP. Tecnologia Aplicada I – Caminhão Betoneira Cara Chata. 1997. Tecnologia aplicada I Avaliado pelas Unidades Escolares do SENAI-SP/2011 SENAI-SP – INTRANET AA331-11 61 Verificadores e calibradores Verificadores e calibradores são instrumentos utilizados para medição indireta, quer dizer, quando não se conhece o valor numérico da medida; a medição indireta consiste em confrontar a peça que se quer medir com aquela de padrão ou de dimensão pré- estabelecidos. Nos verificadores, a verificação consiste em comparar o contorno do instrumento com o contorno da peça, observando a passagem de luz entre o instrumento e a peça. Os calibradores são confeccionados nos limites máximo e mínimo da peça; a verificação é feita pelo método passa-não-passa. Verificador O verificador pode ser classificado em: verificador de raio, de rosca, de folga, de ângulo, escantilhão e fieira. Verificador de raio O verificador de raio serve para verificar raios internos e externos. Em cada lâmina é estampada uma medida de raio; suas dimensões variam, geralmente de 1 a 15 mm ou de 32 "1 a 2 "1 . Tecnologia aplicada I SENAI-SP – INTRANET AA331-11 62 Verificador de rosca Usa-se para verificar roscas em todos os sistemas. Em suas lâminas está gravado o número de fios por polegada ou o passo da rosca em milímetros. Verificador de folga O verificador de folga é utilizado para medir folga nos mecanismos ou conjuntos; é confeccionado de lâminas de aço temperado, rigorosamente calibradas em diversas espessuras. As lâminas são móveis e podem ser trocadas. De modo geral, o verificador de folga se apresenta em forma de canivete; em ferramentas, entretanto, utiliza-se calibrador de folga em rolos. O verificador de folga deve ser empregado com cuidado, pois a aplicação de esforço excessivo pode danificar suas lâminas. Verificador de ângulo Verificador de ângulo é uma lâmina de aço temperado com ranhuras ou recortes em ângulo, rigorosamente talhados nas bordas. É utilizado colocando-o em contato com a ferramenta à qual se quer dar o ângulo desejado. Tecnologia aplicada I SENAI-SP – INTRANET AA331-11 63 A verificação deve ser feita com rigor; se há contato entre o fio da lâmina e a face inteira da ferramenta, o ângulo que se verifica está correto. A ilustração mostra a verificação do ângulo de uma talhadeira. Existem vários tipos de verificador de ângulo, adequados à ferramenta que se quer examinar. Verificador de ângulos universal - um único instrumento serve para conferir ângulos de ferramentas de torno e brocas. Tecnologia aplicada I SENAI-SP – INTRANET AA331-11 64 Verificador de ângulos com lâminas articuladas - apresenta dois jogos de lâminas: as da direita para ângulos de 2º; 4º, 6º; 8º; 12º; 20º; 30º; 45º; as da esquerda verificam ângulos de 1º;3º; 5º; 10º; 14º; 15º; 25º; 35º. A ilustração mostra o uso de uma das lâminas para verificar o ângulo de folga nas ferramentas de corte de torno e plaina. Verificador de ângulos de ferramentas para roscar - este tipo de verificador permite conferir ângulos da ferramenta de abrir rosca triangular e rosca quadrada. Tecnologia aplicada I SENAI-SP – INTRANET AA331-11 65 Existem também verificadores de ângulos de 120º ou de perfil sextavado, e de ângulos de 135º ou perfil oitavado; são usados, em geral, para ângulos de peças. Escantilhão É um tipo de verificador de ângulo utilizado para verificar e posicionar ferramentas de roscar em torno mecânico. Verificador de ângulo de broca - serve para a verificação de ângulo de 59o e para medição da aresta de corte de brocas. Tecnologia aplicada I SENAI-SP – INTRANET AA331-11 66 Fieira Fieira é um tipo de verificador utilizado para conferir espessura e diâmetro de chapas e de fios. É de aço temperado e retificado e caracteriza-se por uma série de entalhes; cada entalhe corresponde, rigorosamente, a uma medida de diâmetro de fio ou espessura de chapa, conforme a fieira adotada. Calibrador O calibrador pode ter formatos especiais, dependendo da aplicação, como, por exemplo, medidas de roscas, furos e eixos. Geralmente fabricado de aço carbono e com as faces de contato temperadas e retificadas, o calibrador é empregado nos trabalhos de produção em série de peças intercambiáveis, isto é, peças que podem ser trocadas entre si por constituírem conjuntos praticamente idênticos. Quando isso acontece, as peças estão dentro dos limites de tolerância, quer dizer, entre o limite máximo e o limite mínimo, ou passa-não- passa. O calibrador pode ser classificado em três tipos básicos: tampão, de boca e de rosca. Calibrador tampão Existem quatro tipos de calibrador tampão: • calibrador tampão; • calibrador chato, utilizado para furos cilíndricos; • calibrador tampão e anel cônico; • calibrador tampão e anel cônico morse, para furos e eixos cônicos.Tecnologia aplicada I SENAI-SP – INTRANET AA331-11 67 O funcionamento do calibrador tampão é simples: o furo que será medido deve permitir a entrada da extremidade mais longa do tampão (lado passa), mas não da outra extremidade (lado não-passa); para facilitar a identificação, este lado tem uma marca vermelha. Este tipo de calibrador é normalmente utilizado em furos e ranhuras de até 100 mm. Calibrador chato, ou calibrador de contato parcial - É usado para dimensões internas, na faixa de 80 a 260 mm, tendo em vista a redução de peso. Para dimensões internas entre 100 e 260 mm, usa-se o calibrador escalonado. Com a finalidade de diminuir o peso do calibrador, para verificar dimensões acima de 260 mm, usa-se o calibrador tipo vareta, que são hastes metálicas com pontas em forma de calota esférica. Tecnologia aplicada I SENAI-SP – INTRANET AA331-11 68 Calibrador tampão e anel cônico - Estes dois instrumentos formam um par, utilizado para medição de duas peças de um conjunto cônico. Para a verificação simples do cone, tenta-se uma movimentação transversal do padrão. Quando o cone é exato, o movimento é nulo; em seguida, procede-se à verificação por atrito, depois de ter estendido sobre a superfície do cone padrão uma camada muito fina de tinta de contraste, que deixará traços nas partes em contato. Por fim, verifica-se o diâmetro pela posição de penetração do calibrador. Esse método é muito sensível na calibração de pequenas inclinações. Calibrador tampão e anel cônico morse - também trabalham em pares; possibilitam ajustes com aperto enérgico entre peças que serão montadas ou desmontadas com frequência. Servem para furos e eixos cônicos. Calibrador de boca O calibrador de boca pode ser de boca separada, de boca escalonada e de boca ajustável. É utilizado geralmente 78% para eixos cilíndricos. Tecnologia aplicada I SENAI-SP – INTRANET AA331-11 69 Este calibrador tem duas bocas para controle: uma passa, com a medida máxima, e a outra não-passa, com a medida mínima. O lado não-passa tem chanfros e uma marca vermelha; é normalmente utilizado para eixos e materiais planos de até 100 mm. O calibrador deve entrar no furo ou passar sobre o eixo por seu próprio peso, sem pressão. Calibrador de boca separada - para dimensões muito grandes, compreendidas entre 100 e 500 mm, são utilizados dois calibradores de bocas separadas: um passa e o outro não-passa. Tecnologia aplicada I SENAI-SP – INTRANET AA331-11 70 Calibrador de boca escalonada ou de boca progressiva - É para verificações com maior rapidez; O eixo deve passar no diâmetro máximo (Dmáx.) e não passar no diâmetro mínimo (Dmín.). Sua utilização compreende dimensões de até 500 mm. Calibrador de boca ajustável - Tem dois ou quatro parafusos de fixação e pinos de aço temperado e retificado. É feito de ferro fundido, em forma de ferradura. A dimensão máxima pode ser ajustada entre os dois pinos anteriores, enquanto a dimensão mínima é ajustada entre os dois pinos posteriores. Este calibrador normalmente é ajustado com auxílio de blocos-padrão. Calibrador de rosca Um processo usual e rápido de verificar roscas consiste no uso do calibrador de rosca. É uma peça de aço temperado e retificado, obedecendo a dimensões e condições de execução para cada tipo de rosca. Pode ser fixo e regulável. Calibrador fixo de rosca - um tipo de calibrador fixo de rosca é o composto por dois anéis, sendo que um lado passa e o outro não passa, para verificação de rosca externa. Tecnologia aplicada I SENAI-SP – INTRANET AA331-11 71 Outro tipo de calibrador fixo é o modelo comum do tampão de rosca, servindo para verificação de rosca interna. A extremidade de rosca mais longa do calibrador tampão verifica o limite mínimo: ela deve penetrar suavemente, sem ser forçada, na rosca interna da peça que está sendo verificada; este é o lado passa. A extremidade de rosca mais curta, que é o lado não- passa, verifica o limite máximo. As ranhuras existentes dentro do anel servem para coletar os cavacos ou sujeira aderidos aos filetes da rosca. É conveniente limpar cuidadosamente a rosca antes de fazer a verificação. Calibrador regulável de rosca - é geralmente de boca escalonada, o que torna a operação muito rápida, não só porque é desnecessário virar o calibrador, mas também porque o calibrador não á aparafusado à peça. O calibrador em forma de ferradura pode ter quatro roletes cilíndricos ou quatro segmentos de cilindro. Os roletes cilíndricos geralmente têm roscas ou sulcos circulares, com perfil e passo iguais aos do parafuso que se vai verificar, e são ajustados às dimensões máxima e mínima do diâmetro médio dos flancos da rosca. Tecnologia aplicada I SENAI-SP – INTRANET AA331-11 72 As vantagens sobre o calibrador de anéis são: verificação mais rápida; desgaste menor, pois os roletes giram; regulagem exata; uso de um só calibrador para vários diâmetros. Conservação dos calibradores • Evitar choques e quedas. • Limpar e passar um pouco de óleo fino após o uso. • Guardar em estojo e em local apropriado. Créditos Unidades Escolares do SENAI-SP/2011 Elaboradores: Regina Célia Roland Novaes Selma Ziedas Conteudistas: Abilio José Weber Adriano Ruiz Secco Ilustradores: José Joaquim Pecegueiro José Luciano de Souza Filho Leury Giacomeli Conteúdo técnico avaliado por docentes das Unidades Escolares com critérios definidos pela Gerência de Educação do SENAI-SP em concordância com a Ditec 010 v.6 – Diretrizes para a produção de material didático impresso. Referência SENAI-SP. Tecnologia Aplicada I – Caminhão Betoneira Cara Chata. 1997. Tecnologia aplicada I Avaliado pelas Unidades Escolares do SENAI-SP/2011 SENAI-SP – INTRANET AA331-11 73 Régua de verificação As réguas de verificação são instrumentos construídos com granito, ferro fundido ou aço carbono temperado, usado para a verificação de planeza de superfícies planas ou do ajuste de peças. De acordo com o material com o qual é fabricada, a régua de verificação pode ser de três tipos: • Régua de aço; • Régua de granito; • Régua de ferro fundido. Régua de aço com fio A régua de aço, também chamada de régua com fio, é fabricada com aço carbono temperado e retificado. O fio, ou seja, a face de contato, é lapidado para garantir sua retitude. Essa régua é empregada na verificação de superfícies planas de peças pequenas em relação ao comprimento da régua. Essa verificação consiste em comparar a retitude da régua com a planeza obtida observando-se a passagem da luz entre a régua e a peça a ser verificada. Nessa tarefa, a régua deve ser maior do que a superfície sob verificação. A régua de aço com fio pode ser de dois tipos: • Biselada; • Triangular. Tecnologia aplicada I SENAI-SP – INTRANET AA331-11 74 A régua com fio biselada tem o formato de faca. As faces são retificadas e o fio ligeiramente abaulado e lapidado. A régua de controle triangular apresenta canais côncavos e arestas de contato arredondadas e lapidadas. Essa régua é indicada para verificar superfícies planas de difícil acesso, nas quais não se pode utilizar a régua biselada. Régua plana de granito Essa régua é fabricada em granito e tem as superfícies de uso lapidadas para manter a planeza. Apresenta manípulos acoplados que facilitam o manuseio. É usada principalmente para verificar a planeza de superfícies em guias de máquinas e equipamentos. Tecnologia aplicada I SENAI-SP – INTRANET AA331-11 75 Régua plana de ferro fundido Fabricada com ferro fundido submetido a um tratamento especial. Suas faces são rasqueteadas para garantir a estabilidade dimensional e planeza. É usada na verificação de planeza de barramentos e guias de máquinas. Uso e conservaçãoO comprimento da régua de aço com fio deve ser sempre maior que o da superfície a ser verificada. As dimensões são encontradas em catálogos de fabricantes. Após o uso, as réguas de aço e de ferro fundido devem ser limpas, lubrificadas e guardadas em local apropriado. Para que o fio e a faca não sejam danificados, deve-se evitar o contato da régua com outras ferramentas. Tecnologia aplicada I SENAI-SP – INTRANET AA331-11 76 Créditos Unidades Escolares do SENAI-SP/2011 Elaboradores: Regina Célia Roland Novaes Selma Ziedas Conteudistas: Abilio José Weber Adriano Ruiz Secco Ilustradores: José Joaquim Pecegueiro José Luciano de Souza Filho Leury Giacomeli Conteúdo técnico avaliado por docentes das Unidades Escolares com critérios definidos pela Gerência de Educação do SENAI-SP em concordância com a Ditec 010 v.6 – Diretrizes para a produção de material didático impresso. Referência SENAI-SP. Tecnologia Aplicada I – Caminhão Betoneira Cara Chata. 1997. Tecnologia aplicada I Avaliado pelo Comitê Técnico de Processos de Usinagem/2008 SENAI-SP – INTRANET AA331-11 77 Instrumentos de traçagem Antes que seja iniciada a usinagem de peças em bruto produzidas por forjamento ou por fundição, ou de peças pré-usinadas, realiza-se uma operação que indica o local e a quantidade de material a ser retirado. Essa operação se chama traçagem. Instrumentos e materiais Para realizar a traçagem, é necessário ter alguns instrumentos e materiais. Os instrumentos são muitos e variados: desempeno, escala, graminho, riscador, régua de traçar, suta, compasso, esquadro e cruz de centrar, punção e martelo, blocos prismáticos, macacos de altura variável, cantoneiras, cubos de traçagem. Para cada etapa da traçagem, um desses instrumentos ou grupos de instrumentos é usado. Assim, para apoiar a peça, usa-se o desempeno. Tecnologia aplicada I SENAI-SP – INTRANET AA331-11 78 Para medir, usa-se a escala e o goniômetro ou calibrador traçador. Para traçar, usa-se o riscador, o compasso e o calibrador traçador. Dependendo do formato da peça, e da maneira como precisa ser apoiada, é necessário também usar calços, macacos, cantoneiras e/ou o cubo de traçagem. Tecnologia aplicada I SENAI-SP – INTRANET AA331-11 79 Para auxiliar na traçagem, usa-se régua, esquadros com base, esquadro de centrar, suta, tampões, gabaritos. Para marcar, usam-se um punção e um martelo. Desempeno Tecnologia aplicada I SENAI-SP – INTRANET AA331-11 80 O desempeno é um bloco robusto, retangular ou quadrado, construído de ferro fundido ou granito. Sua face superior é rigorosamente plana. O plano de referência serve para traçado com calibrador traçador ou para a verificação de superfícies planas. Os desempenos são tecnicamente projetados e cuidadosamente construídos com ferro fundido de qualidade especial. As nervuras são projetadas e dispostas de tal forma que não permitem deformações, mantendo bem plana a face de controle. Os desempenos apresentam, em geral, as dimensões mostradas no quadro a seguir. Dimensões (mm) 400 x 250 1.000 x 1.000 400 x 400 1.600 x 1.000 630 x 400 2.000 x 1.000 630 x 630 3.000 x 1.000 1000 x 630 Os desempenos devem ser manuseadas com o máximo cuidado e mantidos bem nivelados com o auxílio dos pés niveladores. Além disso, não devem sofrer golpes que possam danificar sua superfície. Tecnologia aplicada I SENAI-SP – INTRANET AA331-11 81 É aconselhável alternar a superfície de uso do desempeno para que o desgaste seja regular em todo o seu plano. Ele deve ser mantido limpo, untado com óleo anti- corrosivo e protegido com um tampo de madeira. Régua, riscador, esquadro A régua de traçar é fabricada de aço-carbono, sem escala, com faces planas e paralelas. Tem uma das bordas biselada, ou seja, chanfrada. Ela serve de guia para o riscador, quando se traçam linhas retas. O esquadro que serve de guia ao riscador quando são traçadas linhas perpendiculares a uma face de referência, é chamado de esquadro com base. Ele é constituído de aço-carbono retificado e, às vezes, temperado. Riscador e compasso O riscador também é fabricado com aço-carbono e tem a ponta temperada. Pode também ter a ponta feita de metal duro afilada em formato cônico num ângulo de 15o. Tecnologia aplicada I SENAI-SP – INTRANET AA331-11 82 Geralmente o riscador tem o corpo recartilhado para facilitar a empunhadura ao riscar. Seu comprimento varia de 120 a 150 mm. Riscador Compasso O compasso é um instrumento construído em aço-carbono ou em aço especial, dotado de duas pernas que se abrem ou se fecham por meio de uma articulação. Ele é constituído por um pino de manejo, um sistema de articulação e um sistema de regulagem que permitem a fixação das pernas na abertura com a medida desejada. Ele é usado para traçar circunferências e arcos de circunferências. Para melhor conservação, após o uso, todos esses instrumentos devem ser limpos, lubrificados e guardados em local apropriado livre de umidade e de contato com outras ferramentas. Tecnologia aplicada I SENAI-SP – INTRANET AA331-11 83 Martelo e punção O martelo é uma ferramenta manual que serve para produzir choques. O martelo pode ser de dois tipos: de pena e de bola. Tanto o martelo de bola quanto o martelo de pena apresentam as partes mostradas na ilustração a seguir. A face de choque (pancada) é ligeiramente abaulada. A bola (semi-esférica) e a pena (arredondada na extremidade) são usadas para trabalhos de rebitagem e de forja. O olhal, orifício de seção oval, onde se introduz a espiga do cabo é geralmente estreitado na parte central. A cabeça e a bola (ou a pena) são tratadas termicamente, para terem a dureza aumentada e para resistirem aos choques. Tecnologia aplicada I SENAI-SP – INTRANET AA331-11 84 A madeira do cabo deve ser flexível, sem defeitos e de boa qualidade. Sua seção é oval para possibilitar maior firmeza na empunhadura. O comprimento vai de 30 a 35 cm. O engastamento no olhal é garantido por uma cunha de aço cravada na extremidade do cabo. Essa cunha abre as fibras da madeira de modo que a ponta do cabo fique bem apertada contra a superfície do olhal. O estreitamento do cabo aumenta a flexibilidade e ajuda o golpe pois age como amortecedor e diminui a fadiga do punho do operador. A figura a seguir mostra a posição correta de segurar o martelo. A energia é bem aproveitada quando a ferramenta é segurada pela extremidade do cabo. O punho de quem martela é que faz o trabalho no martelamento. A amplitude do movimento do martelo é de cerca de um quarto de círculo, ou seja, 90º. O punção é outro instrumento usado na traçagem. É um instrumento fabricado de aço- carbono, temperado, com um comprimento entre 100 e 125 mm, ponta cônica e corpo cilíndrico recartilhado ou octogonal (com oito lados). O corpo do punção recartilhado ou octogonal serve para auxiliar a empunhadura da ferramenta durante o uso, impedindo que ele escorregue da mão. Tecnologia aplicada I SENAI-SP – INTRANET AA331-11 85 Essa ferramenta é usada para marcar pontos de referência no traçado e centros para furação de peças. A marcação é feita por meio de pancadas dadas com martelo na cabeça do punção. O punção é classificado de acordo com o ângulo da ponta. Existem punções de 30º, 60º, 90º, 120º. Os punções de 30º e 60º são usados quando se deseja marcar os centros e os pontos de referência com mais intensidade. Os punções de 90º e 120º são usados para fazer marcações leves e guias para pontas de brocas. Tipos Usos Marca traçosde referência. Marca centros que servem de guias para pontas de brocas. Para marcar, o punção deve ser apoiado sobre o ponto desejado e inclinado para frente, a fim de facilitar a visão do operador. Tecnologia aplicada I SENAI-SP – INTRANET AA331-11 86 Em seguida, o punção é colocado na posição perpendicular à peça para receber o golpe do martelo. Esse golpe deve ser único e sua intensidade deve ser compatível com a marcação desejada e com a espessura do material puncionado. Soluções corantes Para que o traçado seja mais nítido, as superfícies das peças devem ser pintadas com soluções corantes. O tipo de solução depende da superfície do material e do controle do traçado. O quadro a seguir resume as informações sobre essas soluções. Substância Composição Superfície Traçado Verniz Goma-laca, álcool, anilina. Lisa ou polida Rigoroso Solução de alvaiade Alvaiade, água ou álcool Em bruto Sem rigor Gesso diluído Gesso, água, cola comum de madeira, óleo de linhaça, secante. Em bruto Sem rigor Gesso seco Gesso comum (giz) Em bruto Pouco rigoroso Tinta Já preparada no comércio Lisa Rigoroso Créditos Comitê Técnico de Processos de Usinagem/2008 Elaboradores: Regina Célia Roland Novaes Selma Ziedas Conteudistas: Abilio José Weber Adriano Ruiz Secco Ilustradores: José Joaquim Pecegueiro José Luciano de Souza Filho Leury Giacomeli Carlos Eduardo Binati José Roberto da Silva Rogério Augusto Spatti Referência SENAI-SP. Tecnologia Aplicada I – Caminhão Betoneira Cara Chata. 1997. Tecnologia aplicada I Avaliado pelas Unidades Escolares do SENAI-SP/2011 SENAI-SP – INTRANET AA331-11 87 Calibrador traçador de altura O calibrador traçador de altura é um instrumento muito usado em medições de altura, em traçagem, nivelamento de peças, verificação de paralelismo e ajuste de peças em montagens de conjuntos mecânicos. Esse instrumento é constituído basicamente por uma haste cilíndrica ou retangular sobre a qual desliza um suporte corrediço com um riscador e por uma base. Há vários tipos e modelos de calibradores traçadores. Os mais simples não possuem uma escala própria impressa no próprio corpo e são chamados de graminhos. Os calibradores traçadores apresentam escalas próprias, graduadas em milímetro ou em milímetro e polegada. Alguns apresentam relógios comparadores e os modelos mais avançados tecnologicamente são os eletrônicos. Tecnologia aplicada I SENAI-SP – INTRANET AA331-11 88 Os traçadores com escala no próprio corpo permitem determinar medidas com resolução de até centésimos de milímetro ou milésimos de polegada. O modelo ilustrado acima possui uma cremalheira na qual desliza um cursor juntamente com o riscador. Esse modelo permite determinar medidas de baixo para cima e de cima para baixo. Para ser utilizado, esse traçador precisa ser regulado. Isto é feito colocando-se a ponta do riscador no plano de referência e fazendo o traço zero do nônio (ou vernier) coincidir com o traço zero da escala graduada. Após isso, o riscador e a escala são fixados e o instrumento estará regulado. Tecnologia aplicada I SENAI-SP – INTRANET AA331-11 89 Em seguida, girando o parafuso de chamada, leva-se o cursor até a medida desejada e aperta-se o parafuso de fixação. O instrumento está pronto para ser usado. O outro modelo também possui um cursor dotado de nônio. O ajuste para a tomada de uma medida é feito soltando o parafuso de fixação do ajuste fino e o parafuso do cursor. Estando ambos os parafusos soltos, o cursor é levado próximo à medida desejada. A seguir, fixa-se o parafuso de fixação do ajuste fino e gira-se a porca de ajuste fino até obter a medida desejada. Quando a medida desejada é obtida, o cursor é fixado e o instrumento estará pronto para ser usado. Outros modelos de traçadores verticais são mostrados a seguir. Utilização e conservação Uma vez preparados, os traçadores verticais poderão ser utilizados para a traçagem ou verificação de medidas. Para a traçagem, as peças deverão estar com as superfícies a serem traçadas devidamente pintadas. Tecnologia aplicada I SENAI-SP – INTRANET AA331-11 90 Quando as peças possuem formato geométrico que favorece seu apoio, elas poderão ser colocadas diretamente sobre o desempeno. Em caso contrário, será necessário o uso de acessórios para o apoio adequado da peça. Como todo instrumento de medição, os calibradores traçadores verticais devem ser protegidos contra choques e quedas. Após o uso, eles devem ser limpos e guardados em locais apropriados. Créditos Unidades Escolares do SENAI-SP/2011 Elaboradores: Regina Célia Roland Novaes Selma Ziedas Conteudistas: Abilio José Weber Adriano Ruiz Secco Ilustradores: José Joaquim Pecegueiro José Luciano de Souza Filho Leury Giacomeli Conteúdo técnico avaliado por docentes das Unidades Escolares com critérios definidos pela Gerência de Educação do SENAI-SP em concordância com a Ditec 010 v.6 – Diretrizes para a produção de material didático impresso. Referência SENAI-SP. Tecnologia Aplicada I – Caminhão Betoneira Cara Chata. 1997. Tecnologia aplicada I Avaliado pelas Unidades Escolares do SENAI-SP/2011 SENAI-SP – INTRANET AA331-11 91 Esquadros Os esquadros são instrumentos de verificação em forma de ângulo reto, construídos de aço carbono retificado às vezes, temperado, e com as superfícies de trabalho e fios lapidados. Esse tipo de instrumento, é composto por uma lâmina de aço em forma de “L”. É usado para traçar retas perpendiculares ou verificar ângulos de 90º. A base do esquadro pode ser montada na lâmina ou constituir um prolongamento dela. A norma brasileira NBR 9972 fixa as características e a nomenclatura dos esquadros de aço. Segundo essa norma, os tipos de esquadros são os seguintes: 1. Esquadro plano (tipo A); Tecnologia aplicada I SENAI-SP – INTRANET AA331-11 92 2. Esquadro com placa de apoio (tipo B). É usado para traçar retas perpendiculares a um plano e também para verificar ângulos retos de peças que exigem pouca exatidão; 3. Esquadro com base (tipo C). Tem a mesma aplicação do esquadro do tipo B; 4. Esquadro com fio (tipo D). Tecnologia aplicada I SENAI-SP – INTRANET AA331-11 93 Devido ao pequeno contato proporcionado pelo raio lapidado de 0,2 mm, o esquadro com fio é empregado na verificação de peças que exigem exatidão. A verificação com esse tipo de esquadro consiste em comparar a perpendicularidade do esquadro com a perpendicularidade obtida na peça, observando a passagem de luz entre o esquadro e a peça. Nessa situação, é interessante que o comprimento da lâmina do esquadro seja maior que a superfície sob verificação. O angulo de 90º dos esquadros deve, de tempos em tempos, ser comparado com o ângulo de 90º de um esquadro cilíndrico para ter sua exatidão verificada. O esquadro cilíndrico padrão é fabricado de aço carbono temperado e retificado. Esse instrumento é usado para a verificação de superfícies em ângulo de 90º quando a face de referência é suficientemente ampla para oferecer um bom apoio. Tecnologia aplicada I SENAI-SP – INTRANET AA331-11 94 O esquadro cilíndrico padrão tem suas duas bases rigorosamente perpendiculares a qualquer geratriz da sua superfície cilíndrica. A verificação é realizada de forma indireta, por meio de escolha e introdução de pinos calibrados ou lâmina de folga entre a peça e a geratriz do cilindro determinando o valor do desvio linear proposto pela tolerância de perpendicularidade. Uso e conservação Durante o uso, todos os instrumentos
Compartilhar