Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
COMENTÁRIO À LEI GERAL DE PROTEÇÃO DE DADOS ARTIGO 3º, inciso I Art. 3º Esta Lei aplica-se a qualquer operação de tratamento realizada por pessoa natural ou por pessoa jurídica de direito público ou privado, independentemente do meio, do país de sua sede ou do país onde estejam localizados os dados, desde que: I - a operação de tratamento seja realizada no território nacional; O presente artigo traz em seu caput algumas informações já vistas: agente de tratamento é toda pessoa natural ou jurídica, de direito público ou privado, e que trata dados pessoais por qualquer meio, físico ou digital. Acrescenta, ainda, que independe do país de sede e do país de origem dos dados, ou seja, o critério para incidência da LGPD não é o domicílio da PJ ou da pessoa natural, tampouco do local onde os dados pessoais são armazenados. Então quando se aplicará a LGPD? Em três hipóteses e cada inciso trará uma, que será comentada em materiais distintos. O inciso I determina que a operação de tratamento deve ser realizada em território nacional. Assim, se uma empresa norte-americana trata dados pessoais de um banco de dados argentinos, mas a operação é realizada em São Paulo, incidirá a LGPD, nos termos deste inciso. Além disso, o inciso I não precisa ser cumulativo com os dois incisos que veremos posteriormente, bastando por si só. É claro que esse não é o único critério. Por exemplo, devemos lembrar que dados pessoais só pertencem a pessoas naturais e nunca jurídicas, sem mencionar outras exceções que serão vistas ao longo destes comentários Carlos Eduardo Ferreira de Souza Advogado na área de Proteção de Dados e Regulatório de Novas Tecnologias do Lima ≡ Feigelson Advogados. Mestrando em Teoria do Estado e Direito Constitucional pela PUC-RIO. Membro do Grupo de Pesquisa em Liberdade de Expressão no Brasil (PLEB/PUC-RIO)
Compartilhar