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Unidade 1 Método Cientí�co AUTORIA Ana Paula Stroher Introdução Prezado(a) aluno(a), essa Unidade tem como objetivo apresentar os principais conceitos da ciência e consequentemente da metodologia cientí�ca. Essa contextualização é importante para prepará-lo(a) para as unidades seguintes que tratam mais especi�camente da pesquisa cientí�ca. Como sabemos, a pesquisa, o conhecimento e a produção de informações novas evoluem muito rapidamente nos dias atuais. Nesse contexto, falar sobre ciência é algo um tanto quanto complexo, não só pela grande abrangência da mesma, mas pelo fato dela ser dinâmica e em constante mutação. Para tanto, abordaremos aqui uma concepção mais prática que permita a você aluno(a) não só conhecer a teoria como também colocar esses conceitos em práticas e quem sabe até uma possível inserção na comunidade cientí�ca brasileira. Há alguns anos, a pesquisa era mais voltada para a formação pro�ssional e ingresso no mercado de trabalho. Atualmente, muitas das pesquisas respondem a demandas do governo e da sociedade. Assim, espero que você compreenda os conceitos apresentados nessa unidade para posteriormente compreender a aplicação da pesquisa cientí�ca e quem sabe futuramente fazer sua contribuição para a sociedade como um pesquisador. Pense nisso! Bons estudos! Plano de Estudo Conceito de ciência. O conhecimento cientí�co e suas abordagens. De�nição e etapas da metodologia cientí�ca. Objetivos de Aprendizagem Conceituar e contextualizar ciência. Compreender o conhecimento cientí�co. Estabelecer a importância e aplicação da metodologia cientí�ca. A De�nição de Ciência AUTORIA Ana Paula Stroher Caro(a) aluno(a) você com certeza já deve ter ouvido falar sobre a ciência e sua importância para a humanidade. Pode-se dizer que a ciência é tão antiga quanto a própria existência do homem pois a partir da sua existência consequentemente houve sua inquietude e in�nitos questionamentos diante da percepção e da compreensão dos fenômenos que o cercam. Isso pode ser comprovado por meio dos conhecimentos sobre astronomia, geometria e física oriundas já das antigas civilizações que constituem a base do pensamento cientí�co contemporâneo. Podemos dizer ainda que a ciência é o de conhecimento que almeja a compreensão das verdades, teorias ou leis para assim conseguir explicar o funcionamento do universo como um todo. É por isso que cientistas fazem observações, veri�cações, medições, análises e classi�cações, procurando entender os fatos e traduzi-los para uma linguagem estatística. E é aí que entra o método cientí�co. O Conceito de ciência de Ander-Egg (1978, p.15) é de�nido como “o conjunto de conhecimentos racionais, certos ou prováveis, obtidos metodicamente sistematizados e veri�cáveis, que fazem referência a objetos de uma mesma natureza.” De outra maneira, ciência é: uma sistematização de conhecimentos, um conjunto de proposições logicamente correlacionadas sobre o comportamento de certos fenômenos que se deseja estudar. A ciência é todo um conjunto de atitudes e atividades racionais, dirigidas ao sistemático conhecimento com objetivo limitado, capaz de ser submetido à veri�cação (TRUJILLO, 1974) Cervo, Bervian e Silva (2007, p.3) a�rmam que a ciência, atualmente, é “o resultado de descobertas ocasionais ,nas primeiras etapas, e de pesquisas cada vez mais metódicas, nas etapas posteriores.” Os autores ainda a�rmam que ela é uma das poucas realidade que podem ser deixadas às gerações seguintes pois os seres humanos de cada período histórico usam e assimilam a ciência desenvolvida nas gerações anteriores, ampliando assim novos horizontes. Assis (2009) apresenta em seu estudo algumas características da Ciência, entre elas: É objetiva, pois descreve a realidade dos fatos; É racional e sistemática, pois obtém resultados por meio da razão e organiza esses resultados por meio de sistemas; Apresenta generalidade e é veri�cável, pois elabora normas e leis que explicam certo fenômeno e é possível comprová-los. Reconhece sua capacidade de errar. Para Dencker e Viá (2001) o papel da ciência é: Buscar conhecimento coerente e que na prática seja demonstrável, ou seja, produzir conjunto de leis e teorias que sejam harmonizados entre si. Fazer uma ligação entre o que se a�rma e os fenômenos observados, em outras palavras, construir a teoria por meio das relações entre os fatos, resultados e a�rmações. Por �m, Koche (1997) a�rma que não existe uma única concepção de ciência. Desta maneira podemos dividi-la em períodos tóricos, cada um com modelos e paradigmas teóricos diferentes a respeito da concepção de mundo, de ciência e de método. De uma forma simpli�cada podemos fazer essa análise da seguinte maneira: Ciência grega, que abrange o período do século VIII aC até o �nal do século XVI; Ciência moderna, do século XVII até o início do século XX; Ciência contemporânea que surge no início deste século até os dias atuais. O Conhecimento Cientí�co AUTORIA Ana Paula Stroher Prezado(a) aluno(a) você já deve ter ouvido falar sobre conhecimento cientí�co. Esse tipo de conhecimento vai um pouco além do que chamamos de conhecimento empírico (que é aquele que adquirimos com nossa experiência do dia a dia). O conhecimento empírico tem como característica o que chamamos de conhecimento super�cial, com base nos nossos sentidos e subjetividade. Além disso ele é tratado como conhecimento de senso comum que tem origem popular e é adquirido pela convivência com coisas e pessoas ao longo do tempo. Nesse tipo de conhecimento não é necessário o aprofundamento do assunto, e sim, somente a observação. De acordo com Cervo, Bervian e Silva (2007, p.7) “o conhecimento cientí�co vai além do empírico, procurando compreender, além do ente, do objeto, do fato e do fenômeno, sua estrutura, sua organização e funcionamento, sua composição, suas causas e leis.” É importante ressaltar que o conhecimento cientí�co trata de informações e fatos que passaram por análises e testes e consequentemente foram comprovados. Além disso lida com fatos e ocorrências, podendo ser veri�cado. Outro ponto importante é que ele é aproximadamente exato e sistemático, ou seja, ordenado logicamente. São ainda características do conhecimento cientí�co segundo Cervo, Bervian e Silva (2007): É certo, pois sabe explicar os motivos da sua certeza; Se refere a ocorrências ou fatos; É geral, pois conhece no real o que há de mais universal e válido para todos os casos da mesma espécie; A ciência partindo do indivíduo concreto, procura o que nele há de comum com relação aos demais da mesma espécie; Trabalha com ensaios e experiências ; É metódico e sistemático , pois o conhecimento está logicamente ordenado; É veri�cável, pois pode ser testado; É falível, pois está em permanente evolução. O autor ainda ressalta que a essas características pode-se acrescentar outras propriedades da ciências, como a objetividade, o interesse intelectual e o espírito crítico. Metodologia Cientí�ca: Conceitos e De�nições AUTORIA Ana Paula Stroher Olá aluno(a) você já deve ter ouvido falar dela, a metodologia cientí�ca, mas muitos estudantes �cam confusos sobre o que ela trata e como aplicá-la em seus trabalhos. Por isso vamos falar aqui sobre a metodologia cientí�ca e tudo o que é importante você saber sobre ela para conseguir concluir seu curso com êxito em seus trabalhos. A metodologia cientí�ca tem fundamental importância para a elaboração de vários tipo de pesquisa acadêmica, tais como: TCC, monogra�a, artigo cientí�co, tese, dissertação, entre outros. É importante salientar que para a formação do conhecimento cientí�co é necessário compreender que a Ciência atende a um procedimento metódico onde partimos do problema de pesquisa. Assim, a metodologia, de uma forma geral, é o estudo dos métodos e dos instrumentos que visam e auxiliam a elaboração de um trabalho cientí�co (KOCHE, 1997). De uma maneira geral, o método pode ser entendido como um conjunto de processos ou etapas, dos quaisé possível chegar a algum conhecimento (LAKATOS E MARCONI, 2003). Neste contexto, Cervo e Bervian (2007) a�rmam que o pesquisador não pode se dar ao luxo de fazer tentativas ao acaso para ver se obter algum êxito inesperado. Em outras palavras, o método não é escolhido ao acaso ou inventado. Você como aluno(a) aplicará uma metodologia para a conclusão de um curso de graduação ou pós graduação, seja no formato de um artigo, tcc ou monogra�a. Portanto, compreender o método cientí�co é vital para a produção da ciência, mas também pode ser utilizado em situações da sua vida pro�ssional ou até mesmo em situações simples do seu dia a dia. Imagine caro(a) aluno(a), por exemplo, que ao chegar em casa após um dia cansativo de trabalho, você decide ligar sua televisão para assistir seu canal preferido. Porém, ao apertar o botão do controle remoto para ligá-la nada acontece. Mais do que depressa, você começa a pensar nas hipóteses que possam explicar esse problema. Por exemplo, pensando em uma das hipóteses: o cabo de alimentação não está ligado na tomada de energia. Entretanto, você observa que o mesmo está conectado. Assim, a primeira hipótese é refutada. Agora pensando em outra hipótese: acabou a energia da sua rua. Para veri�car você tenta ligar alguma luz ou outro aparelho da sua casa e veri�ca que tudo está funcionando perfeitamente. Ou seja, a segunda hipótese também é rejeitada. Você poderia pensar em inúmeras hipóteses na tentativa de descobrir a causa da televisão não ligar. Descobrindo ou não, você acabou de aplicar o método cientí�co em uma simples situação corriqueira Assim, o método cientí�co pode ser de�nido como um conjunto de regras básicas para realizar uma experiência, a �m de produzir um novo conhecimento, bem como corrigir e integrar conhecimentos pré-existentes (VIANNA, 2001). Método Racional e Método Cientí�co Alguns autores identi�cam a ciência com o método. O método cientí�co quer descobrir a realidade dos fatos e assim orientarem o seu uso. Porém o método é apenas um meio de acesso, só o pesquisador por meio da inteligência e re�exão descobrem a verdade sobre os fatos e fenômenos (CERVO, BERVIAN E SILVA, 2007). “Em suma, método cientí�co é a lógica geral, tácita ou explicitamente empregada para apreciar os méritos de uma pesquisa” (NAGEL, 1969, p.19) O outro tipo de método, o racional, também é cientí�co, embora os assuntos a que se aplica não seja, realidades, fatos ou fenômenos que possam ser comprovados experimentalmente. Desta maneira as disciplinas que o empregam, como por exemplo as áreas da �loso�a, não por isso deixam de ser verdadeiras ciências (KOCHE, 1997). Etapas do Método Cientí�co Como vimos nos tópicos anteriores, método é a ordem que se deve impor aos diferentes processos necessários para atingir um objetivo. Nas ciências, por exemplo, é o conjunto de processos empregados na investigação e demonstração da verdade (CERVO, BERVIAN E SILVA, 2007) Agora que você compreendeu a de�nição de método cientí�co, vamos falar das etapas do mesmo. Marconi e Lakatos (2003) de�nem que o método cientí�co é dividido em quatro etapas, sendo elas: Segundo Nagel (1969, p.19) “o método cientí�co é a lógica geral, tácita ou explicitamente empregada para apreciar os méritos de uma pesquisa.” Assim, vemos que o método cientí�co faz uso da observação, analise, descrição, comparação e processos de dedução e indução para se chegar ao objetivo da pesquisa. O Método Cientí�co e suas Abordagens AUTORIA Ana Paula Stroher Caro(a) aluno(a), ao desenvolvermos uma pesquisa cientí�ca as principais abordagens metodológicas utilizadas são qualitativas e quantitativas (KOCHE, 1997). Há autores, porém, que apresentam a possibilidade da junção entre as duas abordagens, surgindo assim uma pesquisa considerada mista. Repensando o conceito de paradigma postulado por Kuhn (1962), existe um conjunto de crenças e valores partilhados por uma comunidade cientí�ca; a escolha de um pesquisador por um paradigma envolve uma visão de mundo e a forma de como estudá-lo. Agora você deve estar se perguntando: e qual forma devo utilizar em minha pesquisa cientí�ca? A resposta é: depende do tipo de pesquisa que você está desenvolvendo. Lalande (1996, p.899) faz a seguinte comparação: “O estudo qualitativo de uma curva, por exemplo, é a descrição de seu aspecto geral e, por assim dizer, físico, por oposição ao estudo quantitativo que analisa exatamente a sua equação.” Falaremos a partir de agora de cada uma dessas abordagens. Abordagem Quantitativa De acordo com Soares (2003) esse tipo de abordagem, como já diz o nome, tem a ver com a quanti�cação de dados por meio de uma pesquisa, dessa maneira são necessários estudos e técnicas estatísticas (porcentagem, medidas de tendência central e de dispersão, entre outras). O autor ainda aconselha a utilização desse tipo de abordagem quando se estuda e dimensiona a relação entre variáveis, ou ainda, relação entre fenômenos. Abordagem Qualitativa Para Oliveira (1997) ao contrário da abordagem quantitativa, a qualitativa não aplicará métodos e ferramentas estatísticas para análise de um problema. O autor destaca ainda que, na abordagem qualitativa, o pesquisador irá analisar os fatos por meio de teorias, buscando então a solução do problema inicial. São exemplos de aplicações desse tipo de abordagem: descrever hipóteses e problemas, classi�car e compreender processos sociais, interpretar fatos, leis, teorias, entre outros. Abordagem Mista Como o nome já diz, trata-se de uma abordagem que mistura técnicas de pesquisa qualitativa juntamente com a abordagem quantitativa. Essa combinação de diferentes formas de coleta de dados inicia-se na década de 1950 e nos anos 70 houve um crescimento no número de pesquisas que juntavam dados qualitativos e quantitativos. Já na década de 80 cresce o interesse quanto aos procedimentos que caracterizam estudos mistos e, �nalmente, nos anos 90, surgem obras escritas sobre metodologia mista. Rocco (2003) apresenta as divisões das etapas de um estudo misto que são: Primeira Etapa: tipo de projeto a investigar podendo ser exploratórios ou con�rmatórios; Segunda Etapa: tipo de coleta de dados; Terceira Etapa: análise e Inferência dos dados. Tanto os métodos quantitativos quanto os métodos qualitativos apresentam limitações. Nesse sentido, a utilização da abordagem mista, aparece como forma de se obter uma compreensão mais abrangente dos fenômenos ao combinar os diferentes métodos utilizando os pontos fortes de cada um deles (CRESWELL; 2009) Segundo Silverman (2009), na prática, há três maneiras principais de combinar a pesquisa qualitativa e quantitativa. A primeira consiste na utilização da pesquisa qualitativa para explorar um tema especí�co, visando montar um estudo quantitativo. O autor ressalta também que é possível começar com um estudo quantitativo a �m de estabelecer os contornos amplos do campo para, a seguir, utilizar a pesquisa qualitativa. E por �m, existe a possibilidade da elaboração de um estudo qualitativo que utiliza dados quantitativos para localizar resultados em um contexto mais amplo. Prezado(a) aluno(a), vimos nessa unidade conceitos da ciência e da metodologia cientí�ca como forma de prepará-lo(a) para as unidades seguintes que tratam mais especi�camente da pesquisa cientí�ca. Vimos que, a pesquisa, o conhecimento e a produção de informações novas evoluem constantemente nos dias atuais tornando assim o assunto complexo. Há alguns anos, a pesquisa era mais voltada para a formação pro�ssional e ingresso no mercado de trabalho já nos dias de hoje muitas das pesquisas respondem a demandas do governo e da sociedade. Assim, a ciência é o conhecimento que almeja a compreensão das verdades, teorias ou leis para assim conseguir explicar o funcionamento do universo como um todo. É por isso que cientistas fazem observações, veri�cações, medições, análises e classi�cações, procurando entender os fatos e traduzi-los para uma linguagem estatística. E é aí que entra o método cientí�co.A metodologia, de uma forma geral, é o estudo dos métodos e dos instrumentos que visam e auxiliam a elaboração de um trabalho cientí�co. Você como aluno(a) aplicar uma metodologia para a conclusão de um curso de graduação ou pós graduação, seja no formato de um artigo, tcc ou monogra�a. Bons estudo e até a próxima! Leitura Complementar A importância da Ciência para a sociedade Conclusão - Unidade 1 A Ciência exerce uma grande in�uência em nossa vida cotidiana a ponto de ser difícil imaginar com seria o mundo atual sem a sua contribuição ao longo do tempo. Particularmente no mundo dos medicamentos é fácil relembrar a grande evolução acontecida após a segunda guerra mundial. A Ciência tem sido a grande responsável pelas transformações tecnológicas que têm suportado as incríveis evoluções nas concepções dos novos medicamentos, aos entendimentos de mecanismos de ação de fármacos, das particularidades das relações entre estruturas químicas e efeitos farmacológicos, assim como dos efeitos adversos. Contudo, a Ciência, ao lado de proporcionar novas abordagens em torno da maioria dos aspectos envolvidos em nossa vida, também produziu seus efeitos colaterais, tais como as questões éticas importantes envolvidas na clonagem ou nas manipulações genéticas, no uso de animais de laboratório, entre outros. Dessa forma, é inegável que muitas coisas não existiriam ou teriam um entendimento muito limitado sem a contribuição decisiva das teorias cientí�cas, mas também é certo que muitos outros novos problemas derivados dessa evolução virão a existir num futuro próximo. Embora, no passado, nem sempre houve uma percepção clara da contribuição da Ciência na vida cotidiana, ela sempre esteve presente nos grandes eventos da humanidade, por exemplo, desde a percepção do ser humano para a manutenção e aproveitamento do fogo e das técnicas de preparação de corpos por mumi�cação. Na atualidade, a Ciência tem um papel fundamental no conhecimento do ser humano em torno da realidade e do signi�cado do mundo em que vivemos. Livro Filme Web Acesse o link https://www.youtube.com/watch?v=u7eVkTJC2ds Unidade 2 Pesquisa Cientí�ca AUTORIA Ana Paula Stroher Introdução Prezado(a) aluno(a) daremos início a segunda unidade da nossa apostila. Aqui falaremos mais especi�camente sobre a pesquisa cientí�ca e as questões éticas que estão envolvidas nesse contexto. A pesquisa cientí�ca é um dos instrumentos que permitem se manter informado e também gerar conhecimento. Veremos que a pesquisa é iniciada a partir de fontes de informação que possam trazer o conteúdo desejado, seja em livros, teses, dissertações, artigos cientí�cos etc. É aí que falaremos também sobre a importância da escolha das fontes de pesquisa. A escolha das fontes de pesquisa faz parte da ética do pesquisador. Entre outros quesitos se o pesquisador não obedecer a regras de conduta ética, métodos rigorosos da pesquisa cientí�ca, padrões de qualidade e a procedimentos reconhecidos no meio cientí�co, esse legado não será deixado de forma íntegra e com credibilidade. Com a intensi�cação do uso da internet o plágio tem sido um assunto preocupante no meio acadêmico. Além disso, muitas pessoas acham que tudo o que é publicado na internet é válido. Veremos que não é bem assim. Dessa maneira, é essencial que os pesquisadores em seus diferentes níveis, utilizem-se de preceitos éticos e ao desenvolverem suas pesquisas. Ao longo dessa unidade abordaremos esses preceitos e ajudaremos você aluno(a) com os primeiros passos para ingressar na pesquisa cientí�ca. Bons estudos! Plano de Estudo Conceitos e De�nições de pesquisa cientí�ca. Cuidados com a escolha das fontes de pesquisa. Principais aspectos da ética da pesquisa. Objetivos de Aprendizagem Conceituar e contextualizar a pesquisa cientí�ca. Compreender a ética na pesquisa. Estabelecer a importância da escolha das fontes de pesquisa. Pesquisa Cientí�ca AUTORIA Ana Paula Stroher Caro(a) aluno(a) quando falamos em pesquisa várias são as de�nições que podemos apresentar, tanto em um simples pesquisa no nosso dia a dia como em uma pesquisa para descoberta de um novo medicamento. Nosso foco aqui será a pesquisa cientí�ca no âmbito acadêmico. A pesquisa é de�nida como um questionamento, uma investigação, uma indagação que leva ao conhecimento, ou seja, visa o conhecimento de aspectos da realidade. Pode-se dizer que é um processo de produção de conhecimento (TOZONI-REIS, 2007). Para Knechtel (2014), a pesquisa é uma investigação cientí�ca, que produz conhecimento por meio de uma atividade intelectual, intencional e sistemática, procurando respostas para necessidades do ser humano. Dependendo da quali�cação do pesquisador, a pesquisa terá objetivos e resultados diferentes. O estudante universitário, iniciante na pesquisa e o pesquisador pro�ssional (já há tempos trabalhando com pesquisa) terão objetivos diferentes. O objetivo dos iniciantes é a aprendizagem e treino de técnicas, refazendo então caminhos já percorridos por pesquisadores (CERVO, BERVIAN, SILVA, 2007). Segundo Leite (2008), a pesquisa cientí�ca obrigatoriamente usa o método cientí�co e tem por objetivo buscar, através dos métodos e das técnicas, as soluções para os problemas identi�cados. Além disso, por meio dela é possível a elaboração de teorias e a construção de um conhecimento metódico, sistemático, válido e universal. Veremos ao longo desta apostila que ao realizarmos uma pesquisa cientí�ca utilizamos a metodologia cientí�ca, de�nindo uma série de etapas como: escolha do tema, a de�nição dos objetivos, o procedimento de coleta de dados (método e técnica), a interpretação das informações e apresentação dos resultados. Tipos de Pesquisa O interesse e curiosidade do homem pelo saber levam-no a investigar a realidade e cada abordagem permite diferentes aprofundamentos e enfoques, isso porque depende do objeto de estudo e da quali�cação do pesquisador. Dessa maneira, existem diferentes tipos de pesquisa (CERVO, BERVIAN E SILVA, 2007). Koche (1997) de�ne os tipos de pesquisa de acordo com o procedimento geral que é utilizado para investigar o problema e os distingue em: Pesquisa bibliográ�ca: é a que se executa tentando explicar um problema, utilizando conhecimentos prévios já publicados. Seu objetivo é o de conhecer e analisar as contribuições teóricas existentes sobre um determinado tema ou problema. Pesquisa experimental: o pesquisador analisa o problema, constrói hipóteses e manipula variáveis para avaliar suas relações com o fenômeno em estudo. Neste tipo de pesquisa o pesquisador pode controlar e avaliar os resultados dessas relações. Pesquisa descritiva, não experimental ou ex post facto: estuda a relação entre as variáveis de um fenômeno, porém sem manipulá-las. Ela constata e avalia as relações à medida que as variáveis se manifestam espontaneamente. Pesquisa exploratória: é utilizada nos casos onde ainda não tem-se teorias e conhecimentos desenvolvidos. É necessário então, desencadear um processo de investigação que identi�que a natureza e as variáveis do fenômeno. Ética na Pesquisa Cientí�ca AUTORIA Ana Paula Stroher Caro(a) aluno(a) ao se elaborar e apresentar uma pesquisa cientí�ca acredita que o que se tem são linhas que transcrevem a verdade de um sujeito de moral, baseado em suas pesquisas e estudos. É fácil perceber isso. Quando você vai até a biblioteca e escolhe um livro para entender melhor um determinado assunto: você acredita no autor do livro ou descon�a daquilo que ele escreveu? Acreditamos, pois partimos do princípio que o autor teve ética em sua pesquisa e assim entre vários dos seus deveres, está transmitindo informações verdadeiras. Segundo Chauí (1994), o termo ético advém do sentido grego de ethos: “caráter, índole natural, temperamento”. Nesse sentido, a ética é utilizada para estabelecer deveres e regras de um indivíduo em sociedades: seja em suas atividades pro�ssionais, em seu relacionamento com clientes ou até mesmo nas amizades. Quando falamos em pesquisacientí�ca, é importante citar o Conselho Nacional de Desenvolvimento Cientí�co e Tecnológico (CNPq) que é uma agência governamental, junto ao Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT). O CNPq tem como �nalidade o incentivo da pesquisa cientí�ca e tecnológica e a formação de pesquisadores no Brasil. Para tanto, fez-se necessário de�nir um conjunto de diretrizes para promover a ética na publicação de pesquisas cientí�cas e estabelecer parâmetros de investigação para condutas não adequadas. Assim, o CNPq (2020) estabelece diretrizes básicas para a integridade na atividade cientí�ca, sendo algumas delas: Além disso, outro ponto que merece atenção é o plágio. A apropriação indevida de obras de outros autores é antiético e é caracterizado como crime de violação do direito autoral pela lei brasileira, assim como pela legislação de outros países. Hoje já existem ferramentas para veri�cação de plágio em questões dissertativas e produções textuais por exemplo, que pode ser facilmente detectado em programas computacionais. De acordo com Maurer, Kappe e Zaka (2006) os métodos de descoberta de plágio através de softwares geralmente são divididos em três categorias: comparação entre documentos, busca por parágrafo suspeito na internet e a estilometria. Portanto para evitar uma situação desagradável, toda obra que você utilizar em seu trabalho deve ser dado os devidos créditos aos autores por meio das citações. Caro(a) aluno(a) é importante ressaltar que quando se pratica pesquisa, é indispensável pensar na responsabilidade do pesquisador no processo de suas investigações e de seus produções cientí�cas. Características da Pesquisa Cientí�ca AUTORIA Ana Paula Stroher De acordo com Ruiz (1985) "Pesquisa cientí�ca é a realização concreta de uma investigação planejada, desenvolvida e redigida de acordo com as normas da metodologia consagradas pela ciência" Naves (1998) destaca algumas características da pesquisa cientí�ca: Ocorre e se desenvolve em torno de um problema: a razão de ser de uma pesquisa é a de estar ligada a um problema e não necessariamente resolvê-lo ou ter uma aplicação imediata. É necessário trabalho criativo em todas as fases, para tanto é preciso ter curiosidade cientí�ca. Visa descobrir generalizações, isto é, transferir a informação obtida a partir de uma amostra, para toda a população de origem. Busca "dominar" um fenômeno: através da geração de novos conhecimentos e novos problemas, levando a um maior entendimento do fenômeno. Faz uso de método cientí�co: o estudo que não utiliza métodos e técnicas fundamentados na ciência, não constitui uma pesquisa (falaremos do método cientí�co mais adiante). Envolve informações precisas. A autora ainda destaca que é importante que o pesquisador também tenha algumas características: Espírito cientí�co e curiosidade para investigar o problema; Raciocínio lógico, capacidade de observar e interpretar; Criatividade; Disciplina; Rigor cientí�co. Dessa maneira, pode-se dizer que a pesquisa cientí�ca é essencial para a construção do saber nas universidades, para que assim elas possam cumprir com o seu papel social e do bem-estar e soberania da sociedade. Caro(a) aluno(a) visto a importância da pesquisa cientí�ca para a sociedade como um todo, pense na possibilidade em fazer parte desse meio cientí�co já na graduação, quem sabe até por meio de uma Iniciação Cientí�ca! Mas lembre-se, é importante que você esteja disposto a cumprir com os deveres de um pesquisador, pois pesquisa cientí�ca é rigorosa! Etapas da Pesquisa Cientí�ca AUTORIA Ana Paula Stroher Caro(a) aluno(a), de acordo com Severino (2013) a documentação é uma prática do trabalho e da pesquisa. Cabe ao aluno recolher as informações dadas em sala de aula, anotações e depois submetê-las a uma triagem. Dessa maneira, é possível fazer uma comparação com a pesquisa cientí�ca: esse mesmo processo equivale ao início da estruturação do trabalho acadêmico. O estudante deve identi�car qual o tema será trabalhado em sua pesquisa cientí�ca, e posteriormente buscar as fontes que o ajudarão no desenvolvimento de seu trabalho. Nesse processo de escolha das fontes de pesquisa, deve-se fazer uma análise textual para que o embasamento teórico deste estudo seja o mais adequado e delimitado possível. Atenção: nesse processo deve cuidar para não se distanciar do tema. Aqui, ainda, deve-se atentar às fontes con�áveis de informação, evitando-se assim o uso de informações incorretas e não validadas cienti�camente. Prezado(a) aluno(a), as fontes de pesquisa farão parte de todo o trabalho acadêmico desenvolvido por você ao longo do seu curso. As fontes de pesquisa se referem ao conjunto de materiais que você utilizará para fundamentar o seu projeto de pesquisa. É importante ressaltar que por mais simples que seja o trabalho ou a pesquisa, estes não poderão ser desenvolvidos com apenas uma fonte de pesquisa. É necessário fazer uma pesquisa ampla, selecionando as melhores fontes de pesquisa para dar embasamento ao seu trabalho . Lembre-se é necessário termos ética em nossa pesquisa, por isso, é preciso ser criterioso com as referências que se utiliza e tomar cuidado para não reproduzir conteúdos sem validade cientí�ca. A seguir vamos apresentar algumas dicas que auxiliarão você aluno(a) em buscar adequadamente as fontes de pesquisa para o seu trabalho. Você pode estar se questionando: mas então quais são os meios con�áveis que posso utilizar para minha pesquisa? Aluno(a) é natural que você �que um pouco perdido nas suas primeiras pesquisas. Vamos aqui então indicar algumas fontes que você pode consultar quando precisar: Lembre-se : a correta escolha da fonte de pesquisa também faz parte da ética do pesquisador! Agora você pode estar se perguntando: mas onde encontrar todo esse material? Segue abaixo algumas bases que você pode acessar. Entre outras inúmeras bases de publicações cientí�cas que existem. De acordo com Beaud (2000) apresentamos aqui, de uma forma resumida, as etapas do processo de pesquisa cientí�ca: Posteriormente falaremos mais detalhadamente de cada uma dessas etapas. Prezado(a) aluno(a) o objetivo dessa unidade foi fornecer conhecimentos sobre a pesquisa cientí�ca e principalmente com as questões éticas envolvidas nesse meio. Assim como devemos ter ética nas nossas relações com clientes, colegas, etc, ao desenvolver uma pesquisa cientí�ca temos também um conjunto de regras e deveres a serem cumpridos. Ao iniciar no mundo da pesquisa é importante termos a convicção que estamos unidos tanto àqueles cuja pesquisa utilizamos quanto àqueles que utilizarão a nossa futuramente. Dessa maneira, mais uma vez ressaltamos a importância do cuidado ao desenvolvermos uma pesquisa: estamos produzindo conhecimento para a sociedade. Uma das coisa que mais assusta o estudante é desenvolver uma pesquisa cientí�ca. Muitos deles não sabem nem por onde começar. Vimos aqui que escolher boas fontes de pesquisa já é um primeiro passo para o sucesso no seu trabalho. Dessa maneira, ao longo das nossas unidades queremos oferecer a você subsídios para garantir o maior nível de qualidade nos trabalhos cientí�cos a serem apresentados durante a sua vida acadêmica. Leitura Complementar O CNPQ, o plágio e a ética na pesquisa acadêmica Longe de um devido aprofundamento técnico, já que a proposta do presente texto é o trato objetivo-informativo da temática em voga, o plágio possui várias peculiaridades, como se pode observar, não obstante, existirem duas características das quais não se pode desviar: é prática de ato fraudulento e é mera repetição de algo já existente, não constituindo nenhum tipo de evolução tecnológica para qualquer seara da ciência – trata-se de atraso na produção de conhecimento humano, com re�exos sociais, econômicos, culturais e políticos. Conclusão - Unidade 2 O Conselho Nacional de Pesquisa (CNPq), atualmente chamado de Conselho Nacional de Desenvolvimento Cientí�co e Tecnológico, órgão público classi�cado como agência vinculada aoMinistério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, preocupado com o aumento da incidência de plágios e fraudes no meio cientí�co e com a necessidade de nortear boas condutas nesta seara, que evitem ou amenizem os malefícios da “cópia desmedida”, instituiu em 2011 uma Comissão com a missão, dentre outras, de produzir relatório especí�co sobre a “integridade” da pesquisa no Brasil. Este citado relatório de�ne modalidades de fraude e más condutas nas publicações (entre elas, o plágio e o autoplágio) e é profícuo em boas observações e contribuições para a pesquisa nacional e respectivo desenvolvimento tecnológico futuro, entretanto, ele se destaca por criar parâmetros éticos (com re�exos no âmbito normativo, claro), no que tange à fraude na pesquisa, recomendando ao CNPq duas linhas de atuação: a) ações preventivas e pedagógicas – diante da importância de uma boa orientação na seara da pesquisa e produção de conhecimento, o CNPq deve de�nir para todos, principalmente para os jovens, as boas práticas e as práticas que não são consideradas aceitáveis, deve estimular o oferecimento de disciplinas com conteúdo ético e de integridade de pesquisa nos cursos de pós-graduação e de graduação e quali�car/nortear os professores, devido a importância dos mesmos como orientadores acadêmicos. (CNPq, 2017). b) ações de desestímulo a más condutas (inclusive, com punições): instituição de uma comissão permanente pelo Conselho Deliberativo do CNPq, constituída de membros de alta respeitabilidade de diferentes áreas do conhecimento, com competência para examinar situações em que surjam dúvidas fundamentadas quanto à integridade da pesquisa realizada/publicada (não estimulando denúncias falsas ou infundadas), decidir preliminarmente se há fundamentação que justi�que uma investigação especí�ca, a ser realizada por especialistas da área nomeados ad hoc, propor ou não à Diretoria Executiva do CNPq os desdobramentos adequados, e, por �m, avaliar a qualidade do material disponível sobre ética e integridade de pesquisa, a ser publicado nas páginas do CNPq. (CNPq, 2017). Além disso, e talvez como maior contribuição, esse citado relatório cria um conjunto das principais e mais adequadas posturas éticas (‘diretrizes’ é o termo no teor do texto), no que tange a citações, indicações de fonte de consulta, respeito à pesquisa e à produção de conhecimento de outrem, aqui no Brasil – regras morais norteadoras de arcabouço jurídico constituído a partir de então e inspiradas em condutas anteriormente já disciplinadas – a saber: 1) O autor deve sempre dar crédito a todas as fontes que fundamentam diretamente seu trabalho. 2) Toda citação in verbis de outro autor deve ser colocada entre aspas. 3) Quando se resume um texto alheio, o autor deve procurar reproduzir o signi�cado exato das ideias ou fatos apresentados pelo autor original, que deve ser citado. 4) Quando em dúvida se um conceito ou fato é de conhecimento comum, não se deve deixar de fazer as citações adequadas. 5) Quando se submete um manuscrito para publicação contendo informações, conclusões ou dados que já foram disseminados de forma signi�cativa (p.ex. apresentado em conferência, divulgado na internet), o autor deve indicar claramente aos editores e leitores a existência da divulgação prévia da informação. 6) Se os resultados de um estudo único complexo podem ser apresentados como um todo coesivo, não é considerado ético que eles sejam fragmentados em manuscritos individuais. 7) Para evitar qualquer caracterização de autoplágio, o uso de textos e trabalhos anteriores do próprio autor deve ser assinalado, com as devidas referências e citações. 8) O autor deve assegurar-se da correção de cada citação e que cada citação na bibliogra�a corresponda a uma citação no texto do manuscrito. O autor deve dar crédito também aos autores que primeiro relataram a observação ou ideia que está sendo apresentada. 9) Quando estiver descrevendo o trabalho de outros, o autor não deve con�ar em resumo secundário desse trabalho, o que pode levar a uma descrição falha do trabalho citado. Sempre que possível consultar a literatura original. 10) Se um autor tiver necessidade de citar uma fonte secundária (p.ex. uma revisão) para descrever o conteúdo de uma fonte primária (p. ex. um artigo empírico de um periódico), ele deve certi�car-se da sua correção e sempre indicar a fonte original da informação que está sendo relatada. 11) A inclusão intencional de referências de relevância questionável com a �nalidade de manipular fatores de impacto ou aumentar a probabilidade de aceitação do manuscrito é prática eticamente inaceitável. 12) Quando for necessário utilizar informações de outra fonte, o autor deve escrever de tal modo que �que claro aos leitores quais ideias são suas e quais são oriundas das fontes consultadas. 13) O autor tem a responsabilidade ética de relatar evidências que contrariem seu ponto de vista, sempre que existirem. Ademais, as evidências usadas em apoio a suas posições devem ser metodologicamente sólidas. Quando for necessário recorrer a estudos que apresentem de�ciências metodológicas, estatísticas ou outras, tais defeitos devem ser claramente apontados aos leitores. 14) O autor tem a obrigação ética de relatar todos os aspectos do estudo que possam ser importantes para a reprodutibilidade independente de sua pesquisa. 15) Qualquer alteração dos resultados iniciais obtidos, como a eliminação de discrepâncias ou o uso de métodos estatísticos alternativos, deve ser claramente descrita junto com uma justi�cativa racional para o emprego de tais procedimentos. 16) A inclusão de autores no manuscrito deve ser discutida antes de começar a colaboração e deve se fundamentar em orientações já estabelecidas, tais como as do International Committee of Medical Journal Editors. 17) Somente as pessoas que emprestaram contribuição signi�cativa ao trabalho merecem autoria em um manuscrito. Por contribuição signi�cativa entende-se realização de experimentos, participação na elaboração do planejamento experimental, análise de resultados ou elaboração do corpo do manuscrito. Empréstimo de equipamentos, obtenção de �nanciamento ou supervisão geral, por si só não justi�cam a inclusão de novos autores, que devem ser objeto de agradecimento. 18) A colaboração entre docentes e estudantes deve seguir os mesmos critérios. Os supervisores devem cuidar para que não se incluam na autoria estudantes com pequena ou nenhuma contribuição nem excluir aqueles que efetivamente participaram do trabalho. Autoria fantasma em Ciência é eticamente inaceitável. 19) Todos os autores de um trabalho são responsáveis pela veracidade e idoneidade do trabalho, cabendo ao primeiro autor e ao autor correspondente responsabilidade integral, e aos demais autores responsabilidade pelas suas contribuições individuais. 20) Os autores devem ser capazes de descrever, quando solicitados, a sua contribuição pessoal ao trabalho. 21) Todo trabalho de pesquisa deve ser conduzido dentro de padrões éticos na sua execução, seja com animais ou com seres humanos. (CNPq, 2017). Como se pode ver, cada um dos itens elencados acima mereceria uma re�exão profunda e isso seria campo fértil para a produção de um novo texto acadêmico que demonstrasse a importância de uma postura de respeito a tais condutas no processo de criação do conhecimento; contudo, a lista em foco, além de ser parâmetro ético para todos que desenvolvem pesquisa, serve de referencial, devido a uma razoável e sinérgica relação com os ideais de um Estado de Direito, para as regras de padronização para trabalhos cientí�cos da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), por exemplo – entidade privada, sem �ns lucrativos e de grande utilidade pública –, que por sua vez, se apresentam como norteadoras das normas de padronização que cada instituição de ensino superior (IES) disponibiliza para seus discentes! Portanto, vejam a dimensão e o alcance destas presentes ‘diretrizes’. Livro Filme Web Acesse o link http://g1.globo.com/globo-news/jornal-globo-news/videos/v/perfil-falso-na-wikipedia-e-citado-em-decisao-judicial-e-em-trabalho-academico/4833592/Unidade 3 Projeto de pesquisa AUTORIA Ana Paula Stroher Introdução Caro (a) acadêmico (a), daremos continuidade a nossa ementa, agora falaremos sobre o projeto de pesquisa, que não é considerado algo �xo, ou seja, caso o objetivo da sua pesquisa seja alterado no decorrer da sua estruturação, você pode realizar alteração do mesmo e manter o tema proposto inicialmente. Em geral, o projeto de pesquisa possui os seguintes pontos principais: fundamentação teórica, objetivos, justi�cativa, metodologia, cronograma e lista de referenciais. O projeto pode apresentar também os recursos necessários, os resultados esperados, entre outros pontos que auxiliam no desenvolvimento da pesquisa. Pensamos, durante a construção de uma casa ou algo que precisa ser planejado a primeira situação envolvida é a busca por materiais de construção para obter as matérias primas necessárias como areia, cimento, pedras, tijolos, madeira entre outros. No entanto, realizar uma construção é algo de grande importância para nossas vidas, assim como é um trabalho de TCC, Monogra�a, Dissertação e/ou Tese. Para tanto, tudo precisa ser planejado a �m de garantir uma estruturação perfeita que agradará a nós como autores, bem como a todos que realizaram a leitura ou no caso, de uma casa a ser construída as pessoas terão uma posição a respeito da construção como bela, razoável, etc. Assim, um projeto de pesquisa apresenta fases que são necessárias para que possamos divulgar nosso trabalho. E quando falamos em trabalho, é necessário estabelecer os passos que devem ser seguidos para obter um bom resultado �nal. Bons estudos! Plano de Estudo Conceitos e importância do projeto de pesquisa. Importância e aplicação do projeto de pesquisa. Etapas de um projeto de pesquisa. Objetivos de Aprendizagem Conceituar o projeto de pesquisa. Estabelecer a importância da elaboração do projeto de pesquisa. Compreender as etapas de um projeto de pesquisa. Iniciando um Projeto de Pesquisa: De�nição do Tema, Título e Objetivos AUTORIA Ana Paula Stroher Prezado (a) um projeto de pesquisa pode ser simbolicamente comparado com coordenadas, isso mesmo, coordenadas geográ�cas como latitude e longitude. Para isso, é necessário que o pesquisador busque ao longo de todo o processo de sua pesquisa a sincronia com os seguintes tópicos que falaremos ao longo desta unidade. Escolhendo o Tema e o Título da Pesquisa Segundo Cervo, Bervian e Silva (2007) a escolha do tema é o primeiro passo da pesquisa, porém muitas vezes já nessa etapa o pesquisador encontra di�culdades para de�ni-lo, visto os inúmeros temas existentes. O tema da pesquisa se refere a um assunto que necessite melhores de�nições e clareza daquilo já publicado. Um tema deve ser apresentado como uma competência do autor, ou seja, precisamos nos identi�car com o propósito a ser instituído. Sua escolha deve levar em conta possibilidade de desenvolvê-lo e capacidade de quem irá elaborar a pesquisa (em conjunto com seu orientador). Dessa maneira, espera-se que o grau de conhecimento sobre o assunto possa ser aumentado em função da pesquisa (KOCHE, 1996) Aluno(a), vamos iniciar nossa jornada, enumerando aqui algumas pretensões quanto a escolha do tema. De acordo com Beaud (2000) podemos citar: O pesquisador e a abordagem do tema: um tema deve ser proposto de ideologias, aquelas que vêm na nossa mente por meio de muita pesquisa realizada. Assim, o pesquisador precisa iniciar seu trabalho, com muita dedicação na leitura e discussões que possam despertar o leitor por sua pesquisa. Por isso, nunca deixe de buscar a interação com artigos cientí�cos, livros e muita pesquisa sobre o seu tema, para que possa viabilizar a pesquisa de uma forma interativa e não monótona. Gosto e curiosidade pela pesquisa: quando apresentamos um interesse pela leitura é um fator de grande prestígio pela academia (estudos), especialmente pelo objetivo da descoberta de fontes e/ou conhecimento que possam estabelecer uma conversação e acima de tudo uma escrita bem �uida. Muitas pessoas acham, erroneamente, que tema e título são sinônimos dentro de uma pesquisa cientí�ca. Título e tema não são sinônimos, mesmo que estejam ligados e se completem. É importante ressaltar que tão importante quanto a escolha do tema é a elaboração do título pois ele surge em primeiro lugar como anúncio ou mesmo um rótulo da sua pesquisa. Volpato (2006) sugere que o título deve ser curto, pois, por possuir uma leitura rápida, o leitor quase sempre irá ignorar títulos longos; uma vez que o excesso de artigos cientí�cos existentes demandam uma triagem daqueles que serão lidos. Ainda, de acordo com o autor, o título deve ser simples, conciso, claro, curto e impactante. O título deve ser um “resumo bem compactado” de cada trabalho cientí�co. Se bem escrito, pode ser o principal motivo para que alguém leia o que está sendo oferecido. Outro ponto importante é que ele deve ser �el ao conteúdo do trabalho, não podendo confundir o leitor. Dessa maneira ele deve informar precisamente o conteúdo do trabalho, ressaltando seu objetivo ou sua conclusão. De�nindo o Objetivo Geral e Especí�co Para Cervo, Bervian e Silva (2007) os objetivos que se tem em vista, de�nem a natureza do trabalho, o tipo de problema, o material e dados de coleta, etc, e podem ser de�nidos como geral e especí�co como seguem: Geral: procura-se determinar, com clareza e objetividade, o propósito do estudante com a realização da pesquisa. Especí�co: procura-se aprofundar as intenções apresentadas no objetivo geral, ou seja, irá detalhar o que se pretende com a pesquisa. Desta maneira, os objetivos especí�cos estão sempre ligados ao objetivo geral. Veja que no objetivo geral, de uma forma clara e sucinta, o autor deixou claro as pretensões de sua pesquisa. Já, os objetivos especí�cos devem estar de acordo com o objetivo geral e apresentar a seguinte conformação: Avaliar formas de minimizar o impacto negativo, que envolvam o setor da gestão de processos; Aplicar procedimentos que visam a melhoria da capacidade de crescimento das empresas mediante ao consumo consciente de matérias primas, redução de estoques e gerenciamento ativo. Neste sentido, os objetivos especí�cos precisam ser aprofundados ao tema, para detalhar todo o contexto explorado pelo autor. Assim, a utilização dos verbos, devem seguir o tempo verbal in�nitivo, por exemplo: interpretar, levantar, relatar, de�nir, propor entre outros. De�nindo o Problema , Hipóteses e Justi�cativa da Pesquisa AUTORIA Ana Paula Stroher Determinando um Problema de Pesquisa e aplicando Hipóteses Após realizarmos a escolha do tema para abordar a nossa pesquisa cientí�ca, precisamos focar no desenvolvimento do problema, que será exposto no projeto de pesquisa. Inúmeras são as de�nições da palavra "problema" segundo o dicionário, porém na pesquisa cientí�ca consiste em dizer de maneira explícita, clara, compreensível e operacional, qual a di�culdade nos defrontamos e que pretendemos resolver (KOCHE, 1996). Uma vez formulado o problema, com a certeza de ser cienti�camente válido, propõe-se uma resposta “suposta”, provável e provisória, isto é, uma hipótese. Ambos, problema e hipótese são enunciados de relações entre variáveis, a diferença reside em que o problema constitui sentença interrogativa e a hipótese sentença a�rmativa (MARCONI E LAKATOS, 2009). De acordo com Koche (1996) ao delimitar o problema de pesquisa, o investigador propõe, através da sua imaginação e conhecimento, uma possível relação entre fatos. Essa fase é resultado de um trabalho mental onde estrutura-se as peças de um quebra-cabeça, procurando entender as ligações entre os fatos. Essa busca é determinada pelo problema da investigação. Após a formulação do problema é necessário propor explicações que nortearão o processo de investigação. Para Cervo e Bervian (2002), a formulação de hipóteses é essencial para o processo da investigação, que visa a busca de informações. Para tanto, quando relacionamos hipóteses é necessário considerar abusca por explicação. Assim, a formação de uma hipótese deve ser destinada a suposições ou causas que visam a sua inclusão ao projeto de pesquisa. Portanto, a aplicação das hipóteses, visam agregar aos pesquisadores a indicação de um caminho a ser seguido. Para isso, é necessário utilizar explicações que possam ser plausíveis de respostas e apontamentos do problema lançado (GIL, 1999). Justi�cativa do Projeto de Pesquisa Prezado aluno(a) a justi�cativa é muito importante para avaliarmos a nossa trajetória relacionada a um projeto de pesquisa. Assim, a justi�cativa é baseada em uma resposta no formato do “por quê? Em outras palavras: por que estou desenvolvendo essa pesquisa ? Nessa frase, é importante re�etir e explanar sobre relações que levaram o pesquisador a escolher o tema proposto (MARCONI e LAKATOS, 2009). Assim de acordo com Beaud (2000), precisamos �car atentos nas seguintes informações aplicadas na justi�cativa como: Importância da pesquisa: no âmbito da prática e intelectual; Contribuições para compreensão ou solução do problema que poderá advir com a realização de tal pesquisa; Contribuições teóricas que o trabalho pode trazer; possíveis respostas/soluções para problemas gerais e/ou especí�cos; possíveis modi�cações que poderão ser geradas a partir deste estudo Estado da arte, estágio de desenvolvimento do tema proposto, como vem sendo tratado na literatura. Prezado(a) aluno para �nalizar, segue alguns questionamentos que podem ser feitos para facilitar a construção da justi�cativa : Qual a importância deste estudo? Quem ganha? O que ganha? Portanto, na formação da justi�cativa o autor deve atuar em evidências de sua trajetória ao tema e do fortalecimento das evidências sobre sua formação. Metodologia, Embasamento Teórico e Cronograma AUTORIA Ana Paula Stroher Prezados alunos (a) aqui trataremos sobre a descrição dos procedimentos que devem ser abordados na obtenção de resultados, objetivos bem como, funcionalidades com base em de�nições e desenvolvimento da pesquisa. Então, pensamos precisamos estabelecer o per�l da pesquisa como uso da amostragem populacional, descrição da obtenção dos dados e apresentação dos mesmos. (GIL, 2009). Para tanto, segundo o autor, é necessário estabelecer as seguintes informações: Modelo ou tipo de pesquisa: a apresentação sobre a pesquisa deve relacionar sua ação ou natureza, podendo ser exploratória, descritiva e/ou explicativa. Assim, deve ser analisado no formato de delineamento entre eles: trata-se de uma pesquisa experimental, levantamento, estudo de caso e pesquisa bibliográ�ca; Amostragem ou população: busca a interação do estudo como a extensão e formato a ser aplicado; Coletando dados da pesquisa metodológica: os dados serão desenvolvidos e interpretados mediante as coletas que envolvam o per�l aplicado. Dentre eles formatos envolvendo: questionários estruturados e semiestruturados, testes focados em escalas. Bem como, o uso de pesquisas no formato de entrevista e observações a serem destacadas; Analisando dados da pesquisa metodológica: com base em procedimentos abordados em seu estudo, é necessário a utilização de análises que envolvam análise de conteúdo, testes focados em hipóteses, de análises qualitativa e quantitativa. Embasamento Teórico A formação da etapa de embasamento é basicamente o processo teórico da pesquisa a ser desenvolvida. Para tanto, toda a pesquisa precisa do embasamento teórico para dar continuidade ao tema proposto pelo pesquisador. Assim, aluno(a) pensamos em trabalhar com um determinado tema de grande importância na atualidade. Para tanto, o pesquisador irá abordar todo o contexto sobre esse tema buscando fontes cientí�cas e dados con�áveis para redigir o embasamento teórico e posterior fechamento da sua pesquisa com seus resultados e posterior conclusão. Assim, as autorias citadas no embasamento teórico devem seguir uma legitimidade da abordagem, segundo Gil (2009), descrever citação de trabalhos e concluir sobre o tema abordado auxilia e muito na pesquisa criada pelo autor, especialmente no quesito conhecimento, fontes abordadas e escrita aplicada. Para tanto Marconi e Lakatos (2009) atribuem ao autor a função de interpretar e organizar a citação de fontes que irão compor a sua pesquisa para auxiliar na formação do escopo e acima de tudo na solução do problema, veri�cação das hipóteses e por último as conclusões para �nalização da pesquisa. De acordo com Cervo, Bervian e Silva (2007) a citação pode ser: Direta, quando representa transcrição textual de parte da obra do autor consultado. Indireta, quando o texto é baseado na obra do autor consultado. A formatação das citações deve seguir orientação da NBR 10520 de 2002. O Cronograma No projeto de pesquisa é necessário também apresentar o cronograma que deve ser elaborado para atender às diversas etapas do projeto de pesquisa. O cronograma indica com clareza o tempo de execução previsto para as diversas fases da pesquisa e apresentará desde o período da escolha do tema e de�nição do problema até o momento da apresentação do trabalho �nal (defesa). Figura 1 - Modelo de cronograma Fonte: o autor. É importante ressaltar que não existe um modelo único para o cronograma, cada pesquisador deve elaborá-lo de acordo com suas necessidades especí�cas. Conclusão/ Considerações Finais, Resumo e Lista de Referências AUTORIA Ana Paula Stroher Conclusão e/ou Considerações Finais Ao chegarmos às considerações �nais do nosso projeto de pesquisa deveremos considerar o estado da arte, ou seja, todo o processo anteriormente contextualizado. Assim, o encerramento de um projeto exige muita sincronia e concentração sobre o tema abordado, e deve ser conciso e pontual. Prezado(a) aluno(a) quando trabalharmos com a consideração �nal, não é usual utilizarmos citações de outros autores para o encerramento do nosso projeto, especialmente por serem acordos que abordam o nosso conhecimento adquirido ao longo da confecção. Assim, a busca de respostas e seu fechamento da conclusão elevam o nível de con�ança do escritor, pois é nessa sintonia que ele será o facilitador relacionado ao conteúdo por ele descrito ao longo do escopo do projeto (THIOLLENT, 1997). Neste sentido, a consideração �nal deve ser realizada e trabalhada sobre o objetivo inicial tratado no seu projeto de pesquisa, que deve ser respondido bem como, os objetivos especí�cos ligados a justi�cativa e fundamentação teórica focando em informações que irão estabelecer conexão com seus tema proposto com conclusões signi�cativas conforme dados obtidos ao longo do estudo. Prezado(a) aluno(a), caso a escrita não esteja de acordo com o seu conhecimento, aplique listas fortalecendo os principais tópicos relacionados ao seu projeto de pesquisa, utilize um resumo de cada item proposto. Assim, posterior a isso, inclua textos dissertativos a partir de resumos. Veja um exemplo da aplicação que poderá ser alinhada ao elaborar uma conclusão: Faça um breve resumo de cada capítulo abordado; Aplique uma síntese dos resultados alcançados; Disponha de sugestões para outras pesquisas. Resumo Um resumo deve seguir a normativa ABNT NBR 6028. Assim a sua aplicação é obrigatória, e trata-se de um síntese do trabalho desenvolvido pelo pesquisador o que prevê em sua escrita é a informação, na qual a primeira frase adiciona-se o assunto a ser estudado, seguido pelo objetivo do estudo e aplicação da metodologia imposta na pesquisa e �naliza-se com considerações �nais conhecidas também conhecida como conclusão do trabalho. Lembrando prezados alunos (as) toda o resumo deve ser apresentado em espaço simples sem a adição de parágrafos e conter entre 250 a 500 palavras. Além destes recursos aplicados ao resumo o mesmo deve apresentar palavras-chave ( em geral de 3 a 5), que são de extrema importância e devem estar direcionadas ao tema da pesquisa. Ainda, é importante ressaltar que, um resumo não recebe citações de autores, é de cunho próprio do autor da presente obra. Após apresentar o resumo énecessário apresentá-lo traduzido para língua estrangeira onde o também seguirá parâmetros da ABNT NBR 6028 (2003). A linguagem pode ser: Inglês, Espanhol e/ou Francês. A formatação segue o mesmo padrão do resumo em português (já discutido anteriormente). Lista de Referências Ao término da escrita do seu projeto de pesquisa, é necessário listar todas as referências utilizadas na composição da sua estrutura escrita. Lembre-se, somente poderão ser listados nas referências ao �nal do projeto os autores que forem citados na pesquisa. Assim, realizamos várias leituras para fortalecer a nossa informação ao tema escolhido, mas não poderemos incluir os nomes dos autores somente por ter realizado a leitura do trabalho dos mesmos. Neste sentido a norma brasileira para referências é a NBR 6023 ( com última atualização em 2018), a qual relata sobre elementos obrigatórios incluídos no referenciamento. Assim, a referência é constituída de elementos que são considerados informações indispensáveis no quesito identi�cação de obras, por caracterizar documentos e suas padronizações. Todas as referências listadas devem estar com espaçamento simples entre as linhas de um mesma referência, e espaçamento de 1,5 cm entre uma referência e outra. Todas devem estar alinhadas à margem esquerda. Já os título das obras devem ser destacados em negrito. Para as obras que possuem subtítulo, esses não são destacados. Outro ponto importante a destacar, no momento de elaborar a lista de referências, é observar quantidade de autores em uma obra. Em caso de referência de obra de até três autores deve-se sempre indicar todos. Já quando forem quatro ou mais autores pode-se indicar todos, mas também é permitido que se indique apenas o primeiro, seguido da expressão et al. Todos os autores citados devem ser listados em ordem alfabética Deve-se iniciar pelo sobrenome do autor (em caixa alta) e em caso de entidades autoras, deve-se seguir pelo título da entidade. Segue abaixo os modelos de referências para diferentes tipos de obras: Modelo de referência de livro: SOBRENOME, Nome; SOBRENOME, Nome. Título: Subtítulo (se houver). n° ed (se houver). Cidade: Editora, Ano. Modelo de referência de trabalho acadêmico: SOBRENOME, Nome. Título: Subtítulo(se houver). n° de folhas. Tipo de trabalho, Curso, instituição, Ano. Modelo de referência de entidade: NOME DA INSTITUIÇÃO, Título. Cidade: Editora, Ano. Modelo de referência de coletânea: SOBRENOME, Nome (Org.;Ed; etc). Título. Cidade: Editora, Ano Modelo de referência de página da web: NOME DO SITE, Título. Disponível em: (endereço completo do site). Acesso em: DD Mês (abreviado) AAAA Modelo de referência de revista: SOBRENOME, Nome. Título Artigo. Título Revista. Cidade, Editora, Volume, Número, Mês(abreviado), Ano. Modelo de referência de lei ou decreto: PAÍS, ESTADO OU MUNICÍPIO, Lei n° XXXX de DD de Mês(completo) de AAAA. Ementa. Publicação, Local de publicação, volume, ano. Prezado(a) aluno(a) nesta terceira unidade, trabalhamos com a aplicação de hipóteses referente ao problema a ser proposto pelo nosso tema e elaboração do projeto de pesquisa. Para tanto, observamos que a formação de um tema focado na proposta de uma pesquisa deve atender e inúmeros procedimentos de grande relevância para que os leitores possam compreender o estudo, bem como a descrição concretizada pelo autor. A formação do problema traz à tona a problematização do tema relacionado à pesquisa, e em seguida elaboramos hipóteses para solucioná-lo. O embasamento teórico também é importante pois buscamos em trabalhos já publicados, teorias que auxiliam no nosso estudo. Toda essa contextualização alunos (as) não seria possível sem o uso da metodologia cientí�ca que visa contribuir para formatação coerente de um projeto a ser desenvolvido. Ainda sobre a elaboração do projeto de pesquisa é necessário, ao �nal do mesmo, referenciar todos os dos autores citados e suas respectivas obras mediante norma da ABNT. Aluno (a) estudamos aqui uma estruturação bem dinâmica para o projeto de pesquisa e suas abordagens, agora precisamos que você faça o estudo e aprofundem todo o conhecimento adquirido e zelem pelo mesmo, além disso, tenham comprometimento no quesito pesquisa e qualidade na produção de trabalhos acadêmicos. Estamos combinados? Um grande abraço a todos! Leitura Complementar Conclusão - Unidade 3 A Importância da Metodologia Cientí�ca para o Ensino e Aprendizagem no Ensino Superior Diferentemente do Ensino Básico, a entrada numa universidade e faculdade exige um grande uso de algumas habilidades, e a boa escrita é uma delas. Num país que passa por di�culdades estruturais na educação, como o Brasil, escrever tornou-se um problema crônico. Assim, a passagem do Ensino Básico para o superior deveria ser tratado com maior cuidado por parte dos sistemas de ensino público e privado. A situação atual do ensino médio encerra várias e complexas questões, como aspectos estruturais que ainda não foram resolvidos, a precariedade desse ensino público no Brasil. O cenário educacional em que convivem velhos e novos problemas aponta para a expansão do ensino médio com baixa qualidade, para a privatização da sua gestão e, simultaneamente, exibe um forte componente de exclusão. Tal fato re�etirá na sua atuação enquanto discente de uma instituição de nível superior. O impacto da chegada ao Ensino Superior é sentido em diversos aspectos, e o campo da pesquisa acadêmica é setor de maior repercussão. Obrigatória em todos os cursos, a metodologia cientí�ca é fundamental para todo percurso da vida acadêmica dos alunos que cursam o Ensino Superior no Brasil. Com o objetivo de solucionar problemas propostos, a pesquisa acadêmica tem seus pressupostos na metodologia cientí�ca e em normas devidamente rígidas e controladas. Assim, o objetivo deste trabalho é apresentar o universo da metodologia cientí�ca e a importância da mesma para o ensino/aprendizagem no Ensino Superior. A Metodologia Cientí�ca signi�ca estudo dos métodos ou da forma, ou dos instrumentos necessários para a construção de uma pesquisa cientí�ca; é uma disciplina a serviço da Ciência. Metodologia é a parte onde será indicado o tipo de pesquisa que será empregado, as etapas a serem realizadas. Assim, a melhoria focada na metodologia cientí�ca viabiliza o objetivo de todas as instituições de ensino: estimular a construção criativa de conhecimento pelo aluno. Lima (2004) deixa bem clara essa ideia ao declarar que a pedagogia de ensino fundada na reprodução inde�nida de conhecimentos acumulados, que prevalece no ensino fundamental e médio, frequentemente não capacita técnica, conceptual, teórica e metodologicamente jovens universitários para construir um pensamento crítico e re�exivo. Livro Filme Unidade 4 As Modalidades de Trabalhos Cientí�cos AUTORIA Ana Paula Stroher Introdução Caro (a) acadêmico (a), daremos continuidade ao nosso conteúdo, falando agora sobre o trabalho de síntese, trabalho cientí�co e monogra�a, relatório da pesquisa e iniciação cientí�ca, relatório de estágio e por último �nalizaremos com a preparação para a defesa e apresentação da pesquisa. Para tanto, durante todos os capítulos descritos neste livro observamos que a metodologia da pesquisa, precisa seguir normas e saberes envolvidos durante o seu projeto de pesquisa a ser elaborado. Assim, a estruturação da síntese do trabalho, devem ser abordados ao leitor sobre os passos que foram seguidos durante o projeto proposto pelo autor. E para isso, é necessário utilizar contextos que possam explorar todo o conteúdo produzido em poucas palavras ao leitor. Os diferentes tipos de trabalhos cientí�cos abordam todo um contexto já explanado na Unidade III e aqui iremos aplicá-lo em relatórios de pesquisa e estágio. E por último, �nalizaremos com a abordagem da apresentação e defesa do trabalho acadêmico. Para tanto, buscaremos centralizar nosso estudo de modo que a apresentação do trabalho seja clara e objetiva de modo que o público consiga entender os pontos principaisda sua pesquisa dentro do tempo destinado para a mesma. Bons estudos! Plano de Estudo Modalidades de trabalhos cientí�cos. Estruturação de trabalhos e relatórios. Tipos de relatório de pesquisa. Apresentação da pesquisa cientí�ca. Objetivos de Aprendizagem Conceituar e estruturar o trabalho acadêmico. Compreender os tipos de relatório de pesquisa. Estabelecer a importância da apresentação da pesquisa cientí�ca. Trabalho de Síntese AUTORIA Ana Paula Stroher Prezado (a) o trabalho de síntese, é basicamente um resumo que busca orientar o leitor para que se tenha uma apresentação breve do assunto e dos principais pontos de um texto, �lme, etc. Em outras palavras, a síntese é um tipo de texto que apresenta as principais ideias e não detalha e aprofunda o assunto. De acordo com Koche (1996) o próprio nome “síntese” já indica que se trata de um pequeno resumo, portanto nunca será mais extenso que o trabalho original. Portanto, na síntese de um artigo cientí�co por exemplo, apresenta-se o assunto a ser estudado, seguido pelo objetivo do estudo e aplicação da metodologia utilizada na pesquisa. Por último �naliza-se com considerações e conclusão. Em outras palavras, seguimos a estrutura do trabalho inicial, mas de modo resumido. É importante ressaltar que a síntese não deve ser extensa e detalhada, ela deve relatar os principais ponto do trabalho, aspectos secundários são deixados de lado. Assim, a metodologia de um trabalho de síntese caminha com procedimentos de�nidos de modo que o leitor não tenha problemas de interpretação (MINAYO, 2013). Para tanto, de acordo com Cervo, Brevian e Silva (2007), a síntese dos dados representados no formato de grá�co oferece interpretação com maior facilidade de todo o contexto da pesquisa. Outros cuidados devem ser citados ao elaborarmos uma síntese: Trabalho Cientí�co e Monogra�a AUTORIA Ana Paula Stroher Um trabalho cientí�co deve atender e discorrer sobre determinada problemática que será estudada e elaborada ao longo da organização deste projeto. Assim, a formatação é realizada mediante ao uso da ABNT NBR 14724/2011, que especi�ca os princípios da elaboração de trabalhos acadêmicos entre eles: trabalhos de conclusão de cursos TCC, dissertações e monogra�as entre outros documentos tem como �nalidade a apresentação a uma instituição de ensino. Para tanto, a de defesa do trabalho é composta por uma banca (comissão examinadora) formada por professores da área com formação superior ao do acadêmico avaliado. Prezado(a) aluno(a), para entendermos um pouco sobre formação acadêmica, os níveis de titulação envolvidos posteriormente a uma graduação são: especialista, mestre e doutor. Todos são julgados por uma banca que realizará a avaliação do tema proposto pelo apresentador e candidato ao título. Assim, conforme a norma ABNT NBR 14724/2011 toda a estruturação dos trabalhos acadêmicos deve compreender os elementos: pré-textuais, textuais e pós-textuais conforme estruturação e sequência a seguir. Elementos pré-textuais: Capa; Folha de rosto (obrigatório); Errata (opcional); Folha de aprovação (obrigatório); Dedicatória (opcional); Agradecimentos (opcional); Epígrafe (opcional); Resumo na língua vernácula (obrigatório); Resumo em língua estrangeira (obrigatório); Lista de ilustrações (opcional); Lista de tabelas (opcional); Lista de abreviaturas e siglas (opcional); Lista de símbolos (opcional); Sumário (obrigatório). Elementos textuais: Introdução; Desenvolvimento; Conclusão. Elementos pós-textuais: Referências (obrigatório); Glossário (opcional); Apêndice (opcional); Anexo (opcional); Índice (opcional). Falaremos a seguir dos principais elementos listados anteriormente. Elementos Pré-textuais Capa É um elemento obrigatório e deve apresentar: nome da instituição e nome do autor; título do trabalho: deve ser claro e preciso, identi�cando o seu conteúdo e possibilitando indexação e recuperação da informação; subtítulo: se houver, deve ser precedido de dois pontos, evidenciando a sua subordinação ao título; local (cidade) da instituição onde deve ser apresentado; ano de depósito (da entrega); Folha de rosto É um elemento obrigatório e deve conter as seguintes informações: nome do autor. título. subtítulo, se houver. natureza do trabalho: tese, dissertação, trabalho de conclusão de curso e outros. objetivo do trabalho: aprovação em disciplina, grau pretendido e outros, nome da instituição a que é submetido e a área de concentração. nome do orientador e quando houver, do coorientador; local (cidade) da instituição de apresentação; ano de depósito (da entrega). Errata É um elemento opcional. Sua inserção ocorre depois da folha de rosto, condicionado a referência do trabalho seguido do texto da errata. Folha de aprovação É um elemento obrigatório. Sua disposição é após a folha de rosto, e deve conter o nome do autor do trabalho, título do trabalho e subtítulo (caso ocorra). Ainda, deverá apresentar a natureza do trabalho, objetivo, nome da instituição a que é submetido, área de concentração, data de aprovação. Lembrando que deve estar inserido ainda: nome, titulação e assinatura dos componentes da banca examinadora e instituições a que pertencem, bem como a data de aprovação . Dedicatória e Agradecimentos Ambos são elementos opcionais. A dedicatória deve ser inserida após a folha de aprovação e em seguida vem os agradecimentos. Epígrafe É um elemento opcional e deve ser elaborada conforme a ABNT NBR 10520/2002. Sua inserção ocorre após os agradecimentos. Resumo na língua vernácula Trata-se de um elemento obrigatório. Deve ser elaborado conforme a ABNT NBR 6028/2003 e é uma síntese do estudo apresentado, visando informar o leitor dos pontos principais levantados. Deve conter o assunto proposto, e na sequência, o(s) objetivo(s) do estudo, a metodologia adotada na pesquisa, os resultados e as considerações �nais (conclusão). Todo o resumo deve ser digitado em espaço simples e sem abertura de parágrafos. Além disso deve conter entre 250 e 500 palavras (a variação das palavras ocorre conforme normas de cada instituição). Ao �m do resumo devem ser incluídas as palavras-chave (3 a 5 ) que caracterizam o trabalho em questão. Resumo em língua estrangeira Trata-se de um elemento obrigatório. É elaborado conforme a ABNT NBR 6028/2003. Sua descrição pode ser realizada nas línguas: espanhola, inglesa e/ou francesa. Deve acompanhar o resumo, as palavras-chave, também com a linguagem escolhida. Lista de ilustrações Trata-se de um elemento opcional. Deve ser apresentado conforme a ordem em que se apresenta no texto, onde cada item deve ser designado por seu nome especí�co, título e respectivo número da folha ou página em que se encontra. Lista de tabelas Trata-se elemento opcional. Conforme a ordem apresentada no texto, onde cada item deve ser designado por seu nome especí�co, acompanhado do respectivo número da página em que se encontra. Lista de abreviaturas e siglas É um elemento opcional. Corresponde a uma relação em ordem alfabética das abreviaturas e siglas utilizadas no texto, seguidas das palavras ou expressões correspondentes grafadas por extenso. Sumário Trata-se de um elemento obrigatório. É também chamado de índice e apresenta todos os títulos e subtítulos dentro do trabalho, bem como suas paginações Elementos Textuais Introdução A introdução é composta por linguagem clara e coerente apresentando o tema que o pesquisador esboçou seu estudo. Aqui também é apresentado o problema que pretende elucidar com a pesquisa, os objetivos, a importância e sua relação com o assunto juntamente com a justi�cativa abordada. Desenvolvimento A formação do desenvolvimento é o fortalecimento do corpo do trabalho, trata-se da sua execução. Assim, sua formação é composta pela fundamentação teórica, a metodologia e, para a pesquisa de campo, a análise e interpretação de dados. Considerações Finais ou Conclusão A conclusão �nal de um trabalho é focada em considerações esperadas pelo leitor parao fechamento da pesquisa. Assim, a escrita deve concentrar toda argumentação do fechamento do estudo abordado pelo autor, sem incluir citações de outros autores. Portanto, nas considerações �nais devem ser abordadas nos seguintes formatos: um breve resumo de cada capítulo; síntese de resultados obtidos; sugestões futuras para continuidade da pesquisa. Elementos pós-textuais Trata-se da parte �nal do trabalho, ou seja, são tópicos que devem ser inseridos no trabalho após os elementos textuais. Assim, entre eles con�guram os elementos conforme abaixo explanado. Referências Trata-se de uma listagem de autores que foram citados ao longo do trabalho. Assim, sua adição é obrigatória em qualquer tipo de trabalho e nela devem �gurar apenas os materiais que foram citados ao longo do projeto de pesquisa. Glossário Trata-se de um elemento opcional focado na apresentação de palavras que não sejam de uso comum do leitor, que possam causar dúvidas a respeito de seu signi�cado. Apêndice O apêndice trata-se de um item opcional, no qual devem ser inseridos documentos elaborados pelo próprio autor do projeto de pesquisa. Relatório de Pesquisa de Iniciação Cientí�ca e Relatório de Estágio AUTORIA Ana Paula Stroher Caro(a) aluno (a), falaremos aqui sobre alguns tipos de relatório que fazem parte do relatório acadêmico. Iniciaremos com o relatório de pesquisa de Iniciação Cientí�ca (IC) também podendo ser aplicado em outra modalidades de pesquisa. O relatório de pesquisa trata de um documento que visa a demonstração de como o seu projeto foi executado, como os dados foram obtidos e forma de coletas bem como análise de resultados e discussão dos mesmos. Relatório de Iniciação Cientí�ca A formação de um relatório de IC caracteriza-se como um estudo no qual o aluno desenvolveu atividades durante o período em que esteve no programa da Instituição de Ensino Superior (IES) que ele pertence. Assim, os resultados alcançados com a execução do Plano de Atividades do aluno devem incluir uma formatação conforme padronização de cada IES. No entanto, o relatório �nal deve ser entregue com a assinatura do professor orientador responsável, e eventuais participações do aluno em congressos da área. Além disso, as publicações em periódicos devem ser indexados o nome da IES que realizou a sua atividade de IC bem como, o nome do professor orientador responsável. Ainda, o mesmo deve conter a seguinte estruturação: Além de seguir essa estruturação, outros cuidados deve-se ter ao redigir o relatório: não utilizar gírias ou linguagem coloquial na escrita cientí�ca; cuidar com parágrafos muito longos; cuidar com o plágio, lembre-se: é crime intelectual. Relatório de Estágio Ao escrever um documento como um relatório de estágio os alunos de forma geral “sofrem” com a formatação e estruturação do mesmo, por isso é necessário que busquem auxílio de seus orientadores. Ao longo de um estágio, os alunos devem aprimorar seus conhecimentos mediante técnicas e conhecimentos envolvidos na sua jornada. Para tanto, as atividades propostas durante a realização do estágio fazem com que os acadêmicos busquem a criação de um relatório de estágio, que passará por avaliação de seu orientador. Assim, o relatório de estágio é formado por atividades desenvolvidas pelo aluno na empresa, e deve seguir as normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) que propõe um padrão de formatação de textos e técnicas que visam de�nir critérios que devem ser seguidos pelo autor. Com base neste contexto vejamos sobre as formatações: Pois bem aluno(a), a estrutura utilizada para o relatório de estágio é semelhante àquela discutida no item 3.1. e conforme padrão e norma estabelecido pelas IES a qual você está matriculado. Lembrem-se, um relatório de estágio é necessário para que o aluno faça integração entre a teoria e prática na empresa a qual desenvolveu suas atividades. Preparação da Defesa e Apresentação da Pesquisa AUTORIA Ana Paula Stroher A preparação de uma defesa e apresentação relacionada a uma pesquisa é de grande interesse para os avaliadores. Assim, utilize no material de apresentação os seguintes tópicos: títulos, introdução, revisão da literatura, metodologia, resultados e discussão, conclusões e referências bibliográ�cas. Para tanto é necessário cuidar com o tempo destinado à apresentação e não deixar a sua defesa muito extensa. Uma dica é treinar sua apresentação em casa e cronometrar o tempo da mesma. Muitos avaliadores são criteriosos quanto ao tempo cabendo ainda notas mais baixas ao aluno que extrapolá-lo. Outros cuidados na apresentação são destacados a seguir: Título: deve ser convincente no quesito projeto proposto, além de preciso, simples e curto tendo foco na pesquisa e investigação proposta. No entanto, para apresentações de trabalhos cientí�cos como Trabalho de Conclusão de Cursos (TCCs), Monogra�as, Dissertações e Teses devem ser adicionadas no slide inicial o título, nome do autor, nome do orientador dados da instituição, cidade da apresentação e ano. Introdução: deve conter a abordagem geral da pesquisa bem como, a justi�cativa da mesma. Assim, a inclusão da introdução deve expor o tema abordado no formato de demonstração do conteúdo que refere-se propriamente ao tema do projeto. Revisão da literatura: a menção do uso da revisão da literatura em uma apresentação de defesa, busca fundamentar basicamente pesquisas já estudadas que atribuem ao assunto proposto informações relevantes do estudo apresentado. Assim, a construção da base teórica é apoiada em trabalhos cientí�cos que relacionam a estruturação de assuntos correlatos ao tema. Metodologia: devem ser inseridos na apresentação, os materiais e métodos utilizados na pesquisa bem como a descrição de procedimentos relevantes para que os avaliadores possam obter informações su�cientes para esclarecer questionamentos e acima de tudo terem o julgamento �nal da defesa. Resultados: aqui serão apresentados os principais resultados obtidos na pesquisa, podendo ser por meio de grá�cos, �guras entre outros. Assim, os dados obtidos ao longo da pesquisa devem ser plotados e apresentados bem como discutidos para que a banca avaliadora e certi�que-se que seus dados são objetivos, precisos e coerentes. Discussão: o processo de discussão é a parte de maior importância na apresentação de uma defesa, por tratar-se da explanação dos dados obtidos bem como, a citação de dados de outros autores para �ns comparativos. Conclusões: propõe o fechamento do trabalho do autor, mediante a resultados obtidos e devem ser esclarecidos com a descrição de dados somente da pesquisa apresentada, ou seja, não é usual citar autores de outras obras na conclusão, trata- se de um fechamento pessoal. Referências: é formada por uma lista em ordem alfabética de autores citados na apresentação propriamente dita. Assim, sua inclusão representa a base da discussão dos resultados bem como justi�ca os dados obtidos ao longo do estudo. Prezado (a) aluno (a) neste quarto capítulo, focamos como ponto de estudo os trabalhos cientí�cos e seu per�l de estruturação bem como, a argumentação do projeto de pesquisa proposto pelo pesquisador. Assim, basicamente toda a sua estruturação contou com elementos pré-textuais, textuais e pós-textuais. E, portanto, observem que os elementos pós-textuais �guraram como elementos obrigatórios e elementos opcionais. A abordagem focada na atribuição do conhecimento da escrita é muito importante e deve atender, a formatação necessária ao tipo de documento a ser realizado quando tratado como documentos cientí�cos, entre eles: formação de monogra�as, relatórios de iniciação cientí�ca entre outros, de grande importância acadêmica. Por último, muitos dos trabalhos cientí�cos são apresentados mediante uma banca avaliadora. Assim, a apresentação deve passar também por uma metodologia que visa organizá-la, assim como ocorre em trabalhos cientí�cos com a apresentação da introdução, objetivos, justi�cativa, materiais e métodos, procedimentos, discussão
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