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Bruna França – Medicina UFAL Sistema reprodutor masculino Os órgãos sexuais masculinos compreendem um arranjo complexo de órgãos genitais internos e externos que formam o sistema reprodutor masculino, este apresenta enquanto função, a reprodução e o prazer sexual. Os órgãos genitais internos são as gônadas masculinas (testículos), o epidídimo, uma série de ductos e as glândulas acessórias. O pênis e o escroto compõem os órgãos sexuais externos. Suprimento sanguíneo Genitália interna: Artérias testicular, vesical superior e vesical inferior. Genitália externa: Artérias pudenda interna, pudenda externa e retal média. Inervação Genitália interna: Nervos esplâncnicos lombares, plexos hipogástrico e pélvico (simpático); nervos esplâncnicos pélvicos (parassimpático). Genitália externa: Nervo pudendo (sensitivo, simpático e motor somático); plexo prostático (parassimpático). Bruna França – Medicina UFAL Genitália interna: Testículos: são uma rede intrincada de túbulos (túbulos seminíferos e a rede testicular) e células secretoras dispersas (células de Leydig e de Sertoli). OOs espermatozoides saem dos testículos através do epidídimo e sua continuação, o ducto deferente (canal deferente). O ducto deferente deixa o escroto pelo funículo espermático. São os órgãos responsáveis pela produção dos espermatozoides – é necessária uma temperatura menor para formação - e hormônios sexuais masculinos (testosterona), estão alojados no escroto. Os testículos descendem do abdômen durante a vida intrauterina pelo canal inguinal, o que promove analogia entre paredes do escroto e parede abdominal, dão uma volta sobre si mesmo ao descer criando lâmina parietal e visceral que tem espaço parietal entre elas com líquida, permitindo mobilidade. Camadas: 1. Pele 2. Túnica Dartus (Mm. Liso) 3. Fáscia espermática externa 4. Músculo cremáster 5. Fáscia espermática interna 6. Túnica vaginal composta por lâmina visceral e parietal (não está presente na região dos ductos) 7. Túnica albugínea – forma septos que dividem o testículo em lóbulos. Clínica: a) Testículo não descer do abdômen para o escroto: criptorquidia (posicionamento do testículo fora do seu local habitual – ausência da espermatogênese por falta de condições adequadas, embora produção hormonal ocorra normalmente); Apresenta tratamento cirúrgico. b) Não ocorrer fechamento adequado do canal inguinal com túnica vaginal, o que pode possibilitar herniação e encarceramento; Conduta cirúrgica. Epidídimo: Localizado na superfície posterior do testículo. É uma série de ductos enovelados que tem como principal função o armazenamento e a maturação dos espermatozóides. O epidídimo é dividido em três partes: a cabeça, que está conectada aos ductos eferentes dos testículos, o corpo e a cauda. A cauda do epidídimo continua distalmente como o ducto deferente. Funículo espermático: Conduz o feixe neurovascular dos testículos e os suspende no escroto. O feixe consiste em artérias, nervos, plexos pampiniformes, vasos deferentes, vasos linfáticos e túnica vaginal dos testículos, e no músculo cremaster. Envolvendo essas estruturas neurovasculares estão três camadas de tecido: fáscia espermática externa, músculo cremaster e fáscia espermática interna. Bruna França – Medicina UFAL Ducto deferente: Saída do epidídimo com passagem para o canal inguinal – se une ao ducto seminal, tornando-se ducto ejaculatório, daí desemboca na parte prostática da uretra denominada funículo espermático, além dele, desemboca A. testicular; A. cremastérica; A. do ducto deferente; Nervos; Vasos linfáticos e veias que formam plexo pampiniforme. Vesículas seminais: Há duas vesículas seminais (uma de cada lado) e produzem o fluído seminal que é a parte líquida do sémen. Sémen: líquido da vesícula seminal + secreção prostática + espermatozoides Próstata: A próstata é uma glândula única do sistema reprodutor masculino, encontrada inferiormente à bexiga e é atravessada pela uretra, anterior ao reto, sendo formada de musculatura lisa e uma cápsula fibrosa, a uretra atravessa a próstata tendo parte prostática que se desemboca secreção protástica. A função da próstata é produzir um fluido que é secretado na uretra durante a ejaculação A irrigação ocorre através de ramos da artéria pudenda interna, da artéria vesical inferior e das artérias retais médias. A inervação é realizada pelas fibras parassimpáticas dos nervos esplâncnicos pélvicos através do plexo prostático e fibras simpáticas do plexo hipogástrico inferior. Clínica: toque retal por meio da inserção do dedo no canal anal, avaliando o volume e a consistência da próstata anteriormente ao reto. Glândulas bulbouretrais: produz secreção lubrificante para a uretra, facilitando a locomoção do semen. Genitália externa: Assoalho da pelve é recoberto por membrana perineal, tudo que está abaixo do assolho da pelve corresponde ao períneo que possui parte superficial (genitália externa) e profunda. Pode ser dividido em triangulo urogenital e anal. Superficialmente, encontram-se três músculos principais: Mm. Transverso superficial do períneo; M. Isquiocavernoso e Mm. Bulboesponjoso. Pênis: É dividido em três partes: raiz, corpo e glande. A raiz é encontrada na bolsa perineal superficial, fixando o pênis ao períneo. O corpo do pênis é constituído por três tecidos eréteis: um único corpo esponjoso (preso ao diafragma da pelve) e um par de corpos cavernosos. Os corpos cavernosos são atravessados pela A. profunda do pênis e o corpo esponjoso é atravessado pela área esponjosa da uretra. Superficialmente, encontramos Aa. E Vv. Dorsais do pênis. Esses três corpos eréteis são protegidos por três camadas de fáscia: túnica albugínea, fáscia profunda do pênis (fáscia de Buck) e fáscia superficial do pênis. A glande é a porção mais distal do corpo esponjoso. Uma duplicidade de pele chamada de prepúcio envolve a glande e a protege. Partes do Pênis 1. Raiz do pênis (parte fixa do pênis): Mm. Isquiocavernoso e bulboesponjoso, ramos do corpos cavernosos, estando fixa no espaço superficial do períneo. 2. Corpo do pênis: formado exclusivamente por tecidos eréteis e de sustentação 3. Glande: dilatação distal do corpo esponjoso, formada pela coroa e colo sendo o local de abertura do conteúdo da uretra. O pênis é suprido por ramos da artéria pudenda interna, enquanto o sangue venoso é conduzido pela veia pudenda externa superficial. A inervação do pênis é oferecida por três nervos principais: Nervo pudendo - fornece informações sensoriais e simpáticas; Nervos esplâncnicos pélvicos - fornecem inervação parassimpática envolvida na função erétil através do plexo prostático; Nervo Ilioinguinal - inerva a pele da raiz peniana. Bruna França – Medicina UFAL Uretra masculina: se inicia saindo da bexiga com parte transmural/pré prostática, entre essas partes há Mm. Interno da bexiga, seguida da parte próstatica onde há uma dilatação denominada colículo seminal que tem o trínculo prostático, os óstios dos ductos ejaculatórios e os óstios prostáticos, atravessa a camada profunda do períneo tendo o esfíncter externo da uretra, e assoalho da pelve, tendo nesse momento a parte membranosa e por fim, a parte esponjosa que atravessa o pênis com saída para o meio externo. Escroto: O suprimento sanguíneo do escroto provém dos ramos escrotais das artérias pudendas internas e externas. Quanto à inervação, os ramos do plexo sacral suprem a parte anterior do escroto, enquanto o plexo lombar inerva sua região posterior.
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