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MEIO AMBIENTE

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GEOGRAFIA 
 
Editora Exato 52 
MEIO AMBIENTE 
1. CONCEITOS FUNDAMENTAIS 
a) Meio ambiente: conjunto de fatores físicos, 
químicos e biológicos que integra o ambiente natural 
e humanizado. 
b) Ecologia: ramo da ciência que estuda a re-
lação dos seres vivos com o meio ambiente. Caracte-
riza-se por um aspecto mais social e político. 
c) Poluição: qualquer forma de desequilíbrio 
dos aspectos ambientais normais, ou do meio social. 
Essas alterações, quando acarretam mudanças no 
meio social, determinando perda da qualidade de vi-
da, são consideradas formas de poluição. 
d) Desenvolvimento sustentável: termo que se 
refere ao desenvolvimento econômico e social que 
possa atender às necessidades do presente, mas que 
não coloque em perigo as capacidades das futuras ge-
rações de também virem atender às suas próprias ne-
cessidades. 
e) Biodiversidade: variedade de espécies em 
uma dada região. Também conhecido como diversi-
dade biológica. 
f) Princípio poluidor-pagador: transferência 
aos poluidores dos custos da prevenção, da luta con-
tra a poluição, incentivando, com isso, as pesquisas 
sobre meio, e produtos e tecnologia que possam auxi-
liar na redução dos níveis de poluição. Determina-se 
bem a idéia do princípio da utilização racional dos 
recursos ambientais. 
2. POLÍTICA AMBIENTAL 
Um dos problemas mais importantes a ser veri-
ficado é a influência negativa gerada pela utilização 
em massa dos recursos naturais, principalmente pelos 
países desenvolvidos, destacando-se os Estados Uni-
dos. Os países desenvolvidos utilizam cerca de 70% 
dos recursos energéticos (combustíveis), e são res-
ponsáveis por cerca de 80% da poluição mundial. 
Principais organizações ecológicas: essas or-
ganizações são conhecidas como ONGs, que signifi-
ca “Organizações Não Governamentais”, são 
entidades sem fins lucrativos que buscam pressionar 
governos e grupos econômicos para a resolução de 
questões ambientais, surgiram na década de 1960. As 
principais ONGs são: 
- Word Wildlife Fund (WWF): Fundo Mundial 
para a Natureza - presente em cerca de 27 países. 
- Greenpeace Internacional: organiza protestos 
pacíficos no mundo inteiro. 
 
 
 
I Conferência Mundial Sobre Meio Am-
biente. 
O primeiro grande passo para a discussão da 
questão ambiental no critério global foi a Conferên-
cia, de Estocolmo (Suécia), em 1972. Nessa confe-
rência a posição do Brasil foi de neutralidade. 
RIO-92-II-Conferência das Nações Unidas pa-
ra o Meio Ambiente e Desenvolvimento. 
Agenda 21 (disparidades existentes entre na-
ções ricas e pobres, busca a melhoria global da quali-
dade de vida, constituída de 40 capítulos). É 
caracterizada como o manual do desenvolvimento 
sustentável. 
Carta da Terra: documento que determinava 
que a exploração desenfreada, ocasionada principal-
mente pelos países desenvolvidos mais industrializa-
dos, estava causando fortes desequilíbrios no meio 
ambiente. Como esses países são os que mais poluem 
precisam ser os mais atuantes no combate à poluição, 
auxiliando programas voltados ao desenvolvimento 
sustentável e pesquisas científicas para tecnologias 
menos poluentes e mais eficazes. 
Conferência da Biodiversidade: preservação 
ambiental e equilíbrio dos lucros obtidos com os as-
pectos genéticos (Royalties). 
Declaração dos Princípios da Floresta: prin-
cipal ponto de discussão foi a questão da madeira. A 
utilização foi defendida pelo Brasil, para que se tenha 
uma política ampla e eficaz de fiscalização da utiliza-
ção, que hoje é desenfreada. 
Convenção do Clima: principal fator de dis-
cussão, pois determinava uma diminuição da explo-
ração dos recursos naturais, com isso proporcionando 
uma diminuição da produção. Esse aspecto foi dura-
mente criticado pelos Estados Unidos. 
Fórum Global: reunião organizada por mem-
bros das ONG’s, buscando promover saídas viáveis 
sobre os temas discutidos nas reuniões. 
Embora não tenha atingido todos os objetivos, 
foi um grande passo para a questão ambiental, no 
sentido da promoção da discussão em âmbito global, 
destacando o debate direto entre países ricos, desen-
volvidos e altamente poluidores, com os países sub-
desenvolvidos, que, muitas vezes explorados, tendem 
a promover desequilíbrios ambientais. 
3. FATORES RECENTES 
Nas últimas décadas, o critério de pensamento 
sobre meio ambiente no que se refere à utilização, 
manutenção, conservação e sustentabilidade deu 
margem à discussão entre os países produtores de po-
luição, que antes se supriam dos recursos naturais 
 
Editora Exato 53 
sem uma preocupação maior com as conseqüências 
que isso acarretaria ao meio ambiente. Um dos mar-
cos iniciais desse novo período foi o movimento eco-
lógico, determinado pela ecologia ambiental e social. 
Essa visão protecionista anteriormente não presente 
(sociedade econômica, poluidora e instável) passou a 
gerar preocupação, pelo fato de se conhecer que o 
ambiente é estável, quando não agredido. 
A sociedade contemporânea tem o pilar princi-
pal apoiado no fator econômico (produção e consu-
mo), com isso há um conflito muito grande devido ao 
jogo do mercado (procura e oferta), que acaba acarre-
tando o consumo exagerado de produtos e serviços, 
que necessitam cada vez mais de recursos (grande 
parte naturais) e acabam determinando um desequilí-
brio ambiental. 
Nas últimas décadas, libertando-se do conceito 
errôneo de que os recursos naturais são bens de 
atividade inesgotável, e partindo do pressuposto de 
meio ambiente global, os países (principalmente os 
desenvolvidos) passaram a ter maior preocupação 
com a inesgotabilidade dos recursos (renováveis e 
não renováveis) e a mobilidade dos poluentes. 
No mês de setembro de 2002, ocorreu a Rio + 
10 – Reunião Mundial Sobre Desenvolvimento Sus-
tentável. Essa reunião, organizada por governos, a-
gências da ONU e ONG’s (organizações não-
governamentais) ocorreu em Johannesburgo (África 
do Sul). Entre as principais questões que foram deba-
tidas nessa conferência mundial estão: 
Os países em geral têm se esforçado para cum-
prir a agenda 21? 
Foram ratificadas as convenções criadas em 
1992? 
O que é preciso para conseguir alcançar os ob-
jetivos traçados? 
Quais são as novas prioridades e assuntos a se-
rem tratados? 
Para que área os esforços deverão ser direcio-
nados? 
Os resultados obtidos nessa conferência foram 
aquém do esperado, esse fato se deu principalmente 
pela continuidade da política do consumismo exage-
rado em detrimento do meio ambiente. Foi constata-
do também que reuniões de grande porte como essa 
não são a melhor forma de desenvolvimento de polí-
ticas ambientais. 
4. PRINCIPAIS PROBLEMAS AMBIENTAIS 
DOS CENTROS URBANOS 
� Poluição sonora. 
� Poluição visual. 
� Microclimas urbanos – “ilhas de calor”. 
� Acúmulo de lixo. 
� Diminuição das áreas verdes. 
 
5. POLUIÇÃO DO AR 
Esse tipo de poluição ganhou importância a 
partir da Revolução Industrial, período em que as in-
dústrias passaram a se concentrar em um determina-
do espaço e a produzir em larga escala, emitindo 
assim mais resíduos para a atmosfera. 
A poluição ambiental está intimamente ligada 
à queima de combustíveis fósseis, principalmente 
carvão e petróleo. Esses dois produtos são intensa-
mente utilizados por vários setores da economia mo-
derna, como a geração de energia elétrica, de 
transporte e o setor industrial. A ONU estipula que 
cerca de 90% da energia comercial utilizada em todo 
o mundo provenha desses combustíveis. 
O mundo contemporâneo vê que a emissão ca-
da vez maior de poluentes estava afetando de maneira 
concreta o equilíbrio ambiental (aumento do efeito 
estufa, aumento do buraco da camada de ozônio…). 
Esses problemas estão intimamente ligados a níveis 
de produção, os quais estão relacionados à explora-
ção ambiental. 
Os principais poluentes são: monóxido de car-
bono — emitido por carros e chaminés de indústrias, 
e que podem causar problemas pulmonares e levar à 
morte em grande concentração. Dióxido de carbono 
— gás que acelera o efeitoestufa. CFC (cloroflúor-
carbono) — principal elemento ligado ao aumento do 
buraco na camada de ozônio. 
6. POLUIÇÃO DO SOLO 
Os principais agentes de poluição do solo são 
os resíduos sólidos das indústrias e residências. Ele-
mentos muito comuns como plásticos, vidros e papel, 
em grande concentração determinam sérios proble-
mas ambientais. 
A demora na decomposição de alguns resíduos 
sólidos determina uma preocupação intensa dos go-
vernos, que vêem seus depósitos de lixo crescerem e 
se acumularem. Uma das saídas utilizadas é a incine-
ração e a formação de grandes aterros, contudo essas 
medidas apenas possibilitam novas formas de polui-
ção. 
Em vários países, principalmente nos subde-
senvolvidos, o lixo ainda se concentra a céu aberto, 
em contato direto com o solo, determinando muitas 
vezes o alto nível de concentração de elementos quí-
micos nocivos à vida. 
A diminuição de áreas agricultáveis é um pro-
blema auxiliado também pela poluição do solo. Nesse 
caso, entram fertilizantes, adubos químicos e pestici-
das. 
Revolução Verde: plano utilizado para se ob-
ter maior produtividade, baseado em técnicas moder-
nas de produção e materiais químicos (inseticidas, 
pesticidas, etc.), para aumentar a produção (quanti-
dade, tamanho e durabilidade do produto). Entretanto 
essa forma de produção acarreta prejuízo ao solo (uso 
 
Editora Exato 54 
intensivo) e problemas socioeconômicos (concentra-
ção de terras). 
As melhores formas de amenizar o alto grau de 
concentração de resíduos sólidos é a reciclagem dos 
produtos e o uso de materiais biodegradáveis e não 
descartáveis. 
7. POLUIÇÃO DA ÁGUA 
A poluição gerada pelo crescimento exagerado 
da população e o aumento intensivo da utilização de 
fontes de água, associada à poluição, tornou-se se-
gundo pesquisas da revista Science um dos principais 
problemas ambientais do novo milênio. 
Os principais poluentes dos rios, lagos e área 
costeira são os resíduos domésticos, acompanhados 
de resíduos industriais, os quais são bastante perigo-
sos, como fertilizantes, pesticidas - o mais famoso 
deles, o inseticida DDT. Essa poluição gerada pela 
indústria é responsável por um grande aumento na 
incidência de doenças. O ramo industrial que é o 
principal vilão é o setor químico. 
O meio de vida considerado o mais ameaçado 
é o ecossistema de água doce, que ocupa pouco me-
nos que 1% da superfície terrestre. Esse meio sofre 
com fatores típicos da poluição ambiental, aliado a 
fatores modernos, como a construção de diques e bar-
ragens, que determinam uma mudança brusca no e-
quilíbrio local, muitas vezes transformando tanto o 
meio ambiente, que ele acaba sendo destruído. 
Na poluição das águas, há destaque também 
para a poluição dos mares. Esse aspecto está intima-
mente relacionado a derrames de produtos concentra-
dos, principalmente petróleo, por grandes cargueiros 
e petroleiros. Os países hoje buscam inserir na legis-
lação, leis e penas severas para os países ou grupos 
econômicos ligados a acidentes globais, infelizmente 
muito comuns nos dias atuais. 
Outros Problemas 
� Desastre na Baía de Minamata (Japão) — 
contaminação de mercúrio que acarretou o 
envenenamento da população, o governo 
japonês proibiu o consumo de peixe no Ja-
pão. 
� Maré Vermelha — aumento da produção de 
algas cianofíceas, devido ao acúmulo de re-
síduos orgânicos. Essas algas liberam subs-
tâncias tóxicas que causam riscos de 
sobrevivência a vida aquática. 
� Eutrofização — aumento da produção de 
algas em rios e lagos. 
 
 
 
 
 
8. BURACO NA CAMADA DE OZÔNIO 
As pesquisas determinam que esse fator se dá 
devido à emissão de um elemento químico conhecido 
como CFC (cloroflúorcarbono), muito presente em 
geladeiras, refrigeradores e aparelhos de ar. O buraco 
na camada de ozônio se concentra na região da An-
tártica. 
O buraco na camada de ozônio é um fator gra-
víssimo, que fez com que 24 países desenvolvidos 
assinassem um tratado de erradicação gradual do clo-
roflúorcarbono (CFC) do mundo. Esse tratado é co-
nhecido como Protocolo de Montreal, realizado no 
Canadá em 1987. 
A camada de ozônio localiza-se na estratosfe-
ra, área que varia de 20 a 45 Km e atinge cerca de 15 
Km de diâmetro. Essa camada possibilita a vida na 
terra, ela impede a passagem de parte da radiação ul-
travioleta (nociva aos seres vivos), e possibilita a fo-
tossíntese, dentre outros aspectos. 
Os governos dos países desenvolvidos estão 
buscando novas tecnologias para que ocorra a substi-
tuição do CFC. Com isso diminui também a dimen-
são do buraco da camada de ozônio, a longo prazo. 
Essa atitude vai buscar diminuir a incidência de cân-
cer de pele e outras doenças ocasionadas pela emis-
são direta de raios ultravioletas. 
Hoje, a camada de ozônio também é afetada 
pelos efeitos da utilização de brometo de metila, um 
inseticida que possui as mesmas características que o 
CFC. Esse inseticida é muito utilizado nas plantações 
de morango e tomate. 
Conseqüências 
O buraco na camada de ozônio pode aumentar 
a incidência de câncer de pele, devido ao aumento da 
radiação. 
O buraco na camada de ozônio pode gerar dis-
túrbios nas plantas, pelo alto grau de radiação. 
9. CHUVA ÁCIDA 
Devido à intensa queima de combustíveis fós-
seis (petróleo, carvão), utilizada pelos vários setores 
econômicos, sobretudo industrial, a concentração de 
resíduos na atmosfera tornou-se muito intensa. A par-
tir da emissão de CO2 (dióxido de carbono ou gás 
carbônico), NO2 (óxido nitroso) e SO2 (óxido de en-
xofre), formam-se elementos altamente ácidos, como 
H2SO4 (ácido sulfúrico) e HNO3 (ácido nitroso), os 
quais por meio de chuvas, alteram a composição das 
águas e do solo. Esses gases a médio e longo prazo 
poluem os rios e causam destruição de florestas (des-
troem as folhas), exemplo típico é a floreta negra, no 
Reino Unido. Outro aspecto negativo é a destruição 
de monumentos públicos. 
A chuva ácida não atinge apenas a região de 
concentração industrial, muitas vezes, pelo movimen-
to das massas de ar, ela atinge regiões distantes do 
 
Editora Exato 55 
foco de origem. Na Europa, é comum a ajuda eco-
nômica a países altamente poluidores (Exemplo: Suí-
ça ajudando a Polônia). 
No Brasil, existe um caso típico de degradação 
ambiental ocasionada pela chuva ácida. A Mata A-
tlântica está sofrendo perdas substanciais de área de-
vido a agravamento do fenômeno, esse fenômeno foi 
ocasionado pela grande concentração industrial de 
Cubatão (SP), principalmente nas décadas de 80. 
Como é um fator acumulativo, atualmente se verifica 
o grande mal causado pela má organização industrial 
nessa região. 
Local da Transformação química 
HNO3 
SO2 H2SO6 
N 2 O
Gases 
Particulados 
Deposição úmida
Chuva ácida e neve 
H2 SO4 HNO3
Geração 
eletricidade 
Fotoxidação 
poluentes ácidos 
 Como se forma a chuva ácida
Hidrocaborneto N
Emissões para a atmosfera
O2 S 2O
H SO
2 4
 
Fonte: Atlas do Meio Ambiente.1998 
10. DESERTIFICAÇÃO 
A palavra “deserto” derivou da raiz latina de-
sertus, que significa “solitário”. Durante a História, 
várias ciências determinaram diferentes conceitos pa-
ra esse fator natural que está sendo acelerado pela a-
ção antrópica. 
A desertificação é um problema grave que está 
sendo enfrentado por uma grande quantidade de paí-
ses, sobretudo os países subdesenvolvidos. Nesses 
países, o problema se torna mais grave, pelo aspecto 
claro de que esse grupo não apresenta recursos para a 
manutenção e melhoria das condições do solo, utili-
zando o solo de forma intensa e sem nenhum cuidado 
com sua manutenção. Assim, possibilitam o aumento 
das áreas de deserto. Segundo dados da ONU, a Áfri-
ca e a Ásia Meridional são as regiões onde houve um 
aumento substancial das áreas de deserto. 
Hoje se calcula que cerca de 1/3 das áreas a-
gricultáveis em todo o mundo esteja passando por 
processos acelerados de desertificação. 
No Brasil, ocorre intensamente em algumas á-
reas, tornando-se um problema espacial local.No Sul 
do país, na região dos pampas gaúchos, ocorre atual-
mente forte desertificação. Essa característica é ex-
plicada pelo alto índice de desmatamento, e pela falta 
de utilização de técnicas produtivas mais eficientes e 
menos degradantes. Esses fatores, aliados à condição 
frágil do solo acaba acarretando um nível alto de de-
sertificação. No Nordeste, principalmente o agreste e 
o sertão, o nível de desertificação tem aumento muito 
nos últimos anos, principalmente pela falta de em-
prego de técnicas agrícolas de produção. Outra região 
propícia à desertificação é a Amazônia. O desmata-
mento, aliado à utilização para a agricultura e a pecu-
ária, tem proporcionado o aumento das áreas de 
deserto, isso ocorre sobretudo, pela fragilidade do so-
lo amazônico, que se caracteriza como um solo ex-
tremamente pobre. Embora haja regiões com grande 
incidência de formação de deserto (como as coloca-
das anteriormente). No país, esse grave problema o-
corre em praticamente todos os Estados, tendo como 
base o uso intensivo da terra. 
A desertificação do mundo: 
Europa Ásia 
Deserto existente Área com moderado 
risco de desertificação
Florestas existentes 
Áreas florestais devastas
Áreas com alto risco 
de desertificação
LO
S
N
 
Fonte: adaptado de Concise Atlas of the would. New York, Oxford 
University, 1994. 
Conseqüências 
Diminuição das áreas produtivas. 
Diminuição da produção mundial, principal-
mente nos países mais necessitados. 
Custo alto e muito tempo para a recuperação 
de áreas degradadas. 
11. DESMATAMENTO 
O rápido aumento do fluxo econômico na soci-
edade determinou novas necessidades, que recaem na 
utilização cada vez maior de recursos naturais e no-
vas áreas, ocasionando muitas vezes um crescimento 
exagerado e o desmatamento. 
Um dos principais fatores do desmatamento é a 
prática da agropecuária, que muitas vezes utiliza a 
queimada para “limpar o terreno”. Contudo existem 
outros ramos que ocasionam fortes desmatamentos 
como a ocupação urbana e a mineração. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Editora Exato 56 
Desmatamento no Brasil (1500-2000): 
1500 1989- Área da floresta
Amazônica destruída:
 343,9 mil km2
2000- Área da floresta 
Amazônica destruída:
1,5milhões de km2
Mata Atlântica
Floresta Amazônica
Outros ecossistemas
Áreas desmatas
 
Conseqüências 
Diminuição da fauna e flora (extinção). 
Auxilia na diminuição de áreas agricultáveis. 
12. EFEITO ESTUFA 
No que se refere a efeito estufa, existe o efeito 
naturalmente produzido pela natureza que não 
determina nenhum fator maléfico ao ecossistema, e 
existe o efeito estufa antrópico, que acarreta o 
aquecimento global pela retenção do calor emanado 
pelo planeta, sob a forma de raios infravermelhos 
impedindo de dissipar-se pelo espaço exterior. Com o 
excesso gerado, que ultrapassa as fontes naturais, a 
temperatura nos últimos anos tem aumentado 
vertiginosamente. 
Os principais gases que determinam o efeito 
estufa são: 
CO2 (gás carbônico ou dióxido de carbono), 
gerado pela queima de combustíveis fósseis 
(petróleo, gás natural, carvão), pelo desmatamento e 
queimadas. Esse gás permanece na atmosfera por 
centenas de anos e compõe cerca de 50% do efeito 
estufa. O CO2 é um gás fundamental à manutenção 
da vida na terra (serve para manter a temperatura, 
sem ele a temperatura média do nosso planeta seria 
de -18ºC). Contudo o aumento progressivo de 
eliminação desse gás tem produzido aumentos 
excessivos de temperatura. 
CH4 (gás metano) produzido por bactérias, 
aterros sanitários, mineração, queima de biomassa, 
possui uma vida útil de 7 a 10 anos. Contudo 
participa com cerca de 15 a 20% do efeito estufa. 
CFC (cloroflúorcarbono) gases que reagem 
com o ozônio, destroem o “escudo” que protege a 
terra dos raios ultravioleta e participam também do 
aquecimento global da terra (efeito estufa), são 
provenientes de aparelhos de ar condicionado, 
geladeiras, aerossóis, responsáveis por cerca de 20% 
do efeito estufa. 
O N2O (óxido nitroso), liberado por micróbios, 
aumentou drasticamente devido à utilização de 
fertilizantes químicos, queima e desmatamento, 
contribui com 6% do efeito estufa. 
A temperatura, desde o século XIX, aumentou 
cerca de 0,5%; parece um aumento insignificante, 
contudo quando se verifica que nos últimos 10 anos 
aumentou cerca de 1%, nota-se que o aumento da 
temperatura está sendo progressivo e bastante rápido. 
A cada ano registram-se recordes de pico de 
temperatura (Ìndia, 51ºC, ocasionou a morte de 3.000 
pessoas). 
Efeito estufa: retenção de energia que aumenta a temperatura 
da atmosfera 
Calor 
refletido 
Calor enviado 
para a terra 
energia 
solar
CO2 
O3 CH4 
Gases absorvem 
calor 
 
Fonte: adaptado de Conti, José Bueno. Clima e Meio Ambiente.São 
Paulo.1998 
Protocolo de Kyoto: pela necessidade rápida 
de mudanças nos níveis de produção, foi organizada 
uma reunião, na qual discutiu-se os passos futuros e a 
forma de utilização e exploração dos recursos natu-
rais. Esse protocolo foi assinado em 1997 e previa a 
redução das taxas de emissão dos gases que contribu-
em para o efeito estufa (cerca de 5,2% em relação aos 
níveis de gases nocivos ao ambiente em 1990, essa 
redução tem que dar entre 2008 e 2012). Todavia, Es-
tados Unidos, principal emissor de gases no mundo, 
não ratificou o tratado. Destacou como critério que 
esse protocolo ia contra os interesses de aumento de 
produção e alargamento do setor industrial america-
no. 
Conseqüências 
O derretimento das geleiras e o aumento do ní-
vel do mar, ocasionarão o desaparecimento de várias 
ilhas e regiões de alguns países. 
Mudanças climáticas: em algumas regiões o-
correrá chuvas intensas e alagamentos, em outras se-
cas intensas e desertificação. 
 
Se forem mantidas as tendências atuais, a tem-
peratura media atual irá aumentar 3,5º C até 2050. 
 
Editora Exato 57 
13. INVERSÃO TÉRMICA 
Normalmente o ar mais quente está próximo ao 
chão devido ao aquecimento do solo. Por ser um ar 
mais quente, as moléculas estão mais separadas e por 
isso se tornam mais leves e tendem a subir. Com a 
formação de uma área de “vazio”, o ar mais frio loca-
lizado na parte superior tende a descer, formando um 
movimento de ar vertical, chamado de correntes de 
convecção. Nos dias de inversão térmica, a massa in-
ferior está mais fria (devido ao menor aquecimento 
do solo) determinando a estagnação do movimento 
da massa de ar. 
Situação térmica normal: 
Ar frio (mais pesado) 
Ar quente (mais leve) 
Aquecimento 
Resfriamento
Superfície fria 
Inversão térmica: 
Ar quente (mais leve) 
Ar frio (mais pesado) 
Retenção 
de poluentes
Superfície fria 
Fonte: Adaptado de Conti, José Bueno. Clima e Meio Ambiente, São 
Paulo, Atual, 1998. 
Características e conseqüências 
Ocorre no inverno; 
Bastante visível nos grandes centros urbanos e 
industriais; 
Causa aumento de doenças pulmonares; 
Diminui o campo visual; 
Também conhecida com a denominação de 
smog (nevoeiro e fumaça). 
ESTUDO DIRIGIDO 
1 O que vem a ser desenvolvimento sustentável? 
Dê um exemplo prático. 
2 Determine os fatores que causam a Chuva Ácida. 
 
3 Identifique três (3) das principais causas do des-
matamento no Brasil. 
 
4 Para que serve o Protocolo de Kyoto? Destaque 
por que ainda não foi plenamente implantado. 
 
5 Como ocorre o processo de Inversão Térmica? 
 
EXERCÍCIOS 
1 Foram discutidos e votados na RIO-92 os seguin-
tes aspectos, com exceção de: 
a) Conferência sobre o Clima; 
b) Carta da Terra; 
c) Constituição do Brasil; 
d) Agenda 21; 
e) Conferência sobre a biodiversidade. 
 
2 Existe uma técnica de tratamento do lixo que di-
minui a sua concentração nos lixões e aterros sa-
nitários, o método consiste em transformar lixo 
em adubo orgânico. Entre as opções abaixo, des-
taque qual a técnica utilizada: 
a) Coleta normal; 
b) Incineração; 
c) Deposição a céu aberto; 
d) A reciclagem do lixo orgânico; 
e) Enterrar o lixo. 
 
3 Sobre os conceitos básicos demeio ambiente, 
destaque a opção incorreta: 
a) Ecologista é a pessoa que estuda a fauna e a 
flora; 
b) Meio ambiente é a junção de elementos físicos, 
químicos e biológicos, associados à ação hu-
mana; 
c) Utilizando o ambiente sem degradá-lo é o que 
se chama de desenvolvimento sustentável; 
d) Poluição é utilizar os recursos de maneira sus-
tentável, sem gerar excedentes e rejeitos; 
e) Biodiversidade é a variedade de espécies natu-
rais. 
 
4 Um dos grupos mais ativos de combate à polui-
ção e à destruição do meio ambiente, presente em 
vários países, prestando consultoria e apoiando 
na regulamentação de leis que possibilitem um 
desenvolvimento sustentável amplo. Esse grupo é 
denominado: 
a) Viva a vida; 
b) Políticos; 
 
Editora Exato 58 
c) Greenpeace; 
d) Terroristas; 
e) Economistas. 
 
5 Tratado firmado em 1994 buscando reduzir as ta-
xas de emissão de dióxido de carbono (CO2). 
Hoje um dos tratados mais discutidos nas grandes 
reuniões sobre o meio ambiente: 
a) Tratado de Kiev; 
b) Tratado de Kyoto; 
c) Tratado do papa; 
d) Tratado de Madri; 
e) Tratado da peca; 
 
6 Hoje o mundo atravessa um grande problema que 
é a retirada das árvores para fins econômicos, 
merecendo destaque as madeireiras, a agricultura, 
a pecuária e a ocupação urbana e desenvolvimen-
to de cidades. Esse processo é conhecido como: 
a) Reflorestamento; 
b) Florestamento; 
c) Plantio; 
d) Desmatamento; 
e) Criação. 
 
7 Sobre o efeito estufa, destaque a opção incorreta: 
a) Existe o efeito estufa natural, que é benéfico 
para a manutenção da vida na terra. 
b) Significa um aumento da temperatura, que, de 
forma exagerada e rápida, determina desequilí-
brios na temperatura e no clima. 
c) Nos últimos anos, a temperatura só vem au-
mentando. 
d) Um dos principais causadores é o CO2 (gás 
carbônico), elemento que mais influi hoje no au-
mento da temperatura. 
e) O aumento constante da temperatura só traz 
benefícios para a sociedade. 
 
8 Na Europa, em algumas áreas da Ásia, nos Esta-
dos Unidos e até mesmo no Brasil esse problema 
ambiental vem ocorrendo. No Brasil, a região de 
Cubatão concentrava uma grande quantidade de 
indústrias poluidoras as quais formavam uma 
chuva que proporcionava a destruição da floresta 
em volta da cidade, no caso a Serra do Mar. Esse 
problema embora seja local, é visto em várias 
partes do mundo. Destaque o nome dessa chuva 
entre as opções abaixo: 
a) Chuva Temporal; 
b) Chuva de Verão; 
c) Chuva Quente; 
d) Chuva Ácida; 
e) Chuvisco. 
 
9 Alguns dias, durante o inverno, podem acontecer 
de a massa de ar mais fria está próxima ao solo 
determinando uma parada na circulação e propor-
cionando uma concentração de poluentes, princi-
palmente nas grandes cidades. Esse fenômeno é 
conhecido como: 
a) Poluição da água; 
b) Efeito estufa; 
c) Buraco na Camada de Ozônio; 
d) Desmatamento; 
e) Inversão Térmica. 
 
10 O principal agente causador do buraco na camada 
de ozônio é o gás conhecido como: 
a) venenoso; 
b) CFC (cloroflúorcarbono); 
c) condensado; 
d) mostarda; 
e) ativo. 
 
GABARITO 
Estudo Dirigido 
1 Desenvolvimento sustentável: termo que se re-
fere ao desenvolvimento econômico e social que 
possa atender às necessidades do presente, mas 
que não coloque em perigo a capacidade das futu-
ras gerações de também virem atender às suas 
próprias necessidades. 
2 Devido à intensa queima de combustíveis fósseis 
(petróleo, carvão…), utilizada pelos vários seto-
res econômicos, sobretudo industrial, a concen-
tração de resíduos na atmosfera tornou-se muito 
intensa. A partir da emissão de CO2 (dióxido de 
carbono ou gás carbônico), NO2 (óxido nitroso) e 
SO2 (óxido de enxofre), formam-se elementos al-
tamente ácidos, como H2SO4 (ácido sulfúrico) e 
HNO3 (ácido nitroso), os quais por meio de chu-
vas alteram a composição das águas e do solo. 
Esses gases a médio e longo prazo poluem os rios 
e causam a destruição de florestas (destroem as 
folhas), exemplo típico é a floreta negra, no Rei-
no Unido. Outro aspecto negativo é a destruição 
de monumentos públicos. 
3 O rápido aumento do fluxo econômico na socie-
dade determinou novas necessidades, que recaem 
na utilização cada vez maior de recursos naturais 
e novas áreas, ocasionando muitas vezes um 
crescimento exagerado e desmatamento. 
Um dos principais fatores do desmatamento é a 
prática da agropecuária, que muitas vezes utiliza a 
queimada para “limpar o terreno”. Contudo existem 
outros ramos que ocasionam fortes desmatamentos, 
como a ocupação urbana e a mineração. 
 
Editora Exato 59 
4 Pela necessidade rápida de mudanças nos níveis 
de produção, foi organizada uma reunião, na qual 
discutiu-se os passos futuros e a forma de utiliza-
ção e exploração dos recursos naturais. Esse pro-
tocolo foi assinado em 1997 e previa a redução 
das taxas de emissão dos gases que contribuem 
para o efeito estufa (cerca de 5,2% em relação 
aos níveis de gases nocivos ao ambiente em 
1990, essa redução tem que dar entre 2008 e 
2012). Contudo, Estados Unidos, principal emis-
sor de gases no mundo, não ratificou o tratado. 
Destacou como critério que esse protocolo ia 
contra os interesses de aumento de produção e a-
largamento do setor industrial americano. 
5 Normalmente o ar mais quente está próximo ao 
chão devido ao aquecimento do solo. Por ser um 
ar mais quente, as moléculas estão mais separa-
das e por isso se tornam mais leves e tendem a 
subir. Com a formação de uma área de “vazio”, o 
ar mais frio localizado na parte superior tende a 
descer, formando um movimento de ar vertical, 
chamado de correntes de convecção. Nos dias de 
inversão térmica, a massa inferior está mais fria 
(devido ao menor aquecimento do solo) determi-
nando a estagnação do movimento da massa de 
ar. 
Exercícios 
1 C 
2 D 
3 D 
4 C 
5 B 
6 D 
7 E 
8 D 
9 E 
10 B

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