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GEOGRAFIA Editora Exato 60 POPULAÇÃO E URBANIZAÇÃO 1. CRESCIMENTO E DISTRIBUIÇÃO População Conjunto de habitantes de uma dada área, pode ser definido desde o aspecto local ao aspecto global. O campo da geografia que estuda a população é a demografia, que tem como significado o estudo da descrição do povo. Populoso Número de habitantes de um determinado lu- gar, região ou país. Caracteriza-se pela população absoluta. Países populosos do mundo (2001) 1.China 2. Índia 3. Estados Unidos 4. Indonésia 5. Brasil 6. Rússia 7. Paquistão 8. Japão 9. Nigéria 10. Bangladesh 1310 1005 268 205 170 148 144 126 121 120 128 290 28 102 19 8,6 181 332 118 834 País População absoluta (em milhões de hab.) População relativa (hab./km )2 Fonte: l´état du monde. Paris, la Découverte,1999. Povoado Número de habitantes por quilômetro quadrado de um lugar, região ou país. Caracteriza-se pela po- pulação relativa. Um termo atualmente muito em- pregado para se definir povoado é o termo densidade demográfica Aspectos gerais do crescimento A população cresce de duas formas em uma determinada área: Pela diferença entre a taxa de natalidade e mortalidade (crescimento natural ou vegetativo). Pela diferença entre a taxa de imigração (en- trada de pessoas) e emigração (saída de pessoas). Evolução do crescimento demográfico Um fato marcante na sociedade mundial foi a- tingido simbolicamente na data de 12 de outubro de 1999, quando a sociedade mundial atingiu a estron- dosa marca de 6 bilhões de habitantes. Dados estatís- ticos têm demonstrado que a população vem crescendo no âmbito global, contudo com intensida- des e proporções geográficas diferentes. 10 00 0 a. C. 50 00 a .C . 40 00 a .C . 30 00 a .C . 20 00 a .C . 10 00 a .C . 50 0 a. C. 0 50 0 10 00 15 00 16 00 17 00 18 00 19 00 19 50 19 75 19 93 20 23 4 mi lhõ es 5 mi lhõ es 7 mi lhõ es 14 m ilh õe s 27 m ilh õe s 50 m ilh õe s 10 0 m ilh õe s 17 0 m ilh õe s 19 0 m ilh õe s 26 5 mi lhõ es 42 5 mi lhõ es 54 5 m ilh õe s 61 0 m ilh õe s 90 0 m ilh õe s 16 25 m ilh õe s2 50 0 m ilh õe s 39 00 m ilh õe s 55 06 m ilh õe s Oxford concise atlas of the world, 1995. anos Crescimento da população mundial No último século, a população mundial cresceu em uma escala nunca antes vista, principalmente nos países subdesenvolvidos. Países da África, América Latina e Ásia tiveram um crescimento substancial de suas populações, caracterizando um aspecto claro de explosão demográfica. Entretanto, já existem dados de análise que de- terminam que, aproximadamente no ano de 2023, a população tende a diminuir o ritmo de crescimento, buscando assim um equilíbrio populacional. 2. FASES DO CRESCIMENTO POPULACIO- NAL 1ªFase: Crescimento Lento Ocorreu nos países europeus da idade média até o período marcado pela revolução industrial, mar- cada por altas taxas de natalidade, aliada à alta taxa de mortalidade, devido principalmente a fatores co- mo problemas de saúde e higiene, guerras e fome; Durante esse período a expectativa de vida da população era extremamente baixa para os parâme- tros atuais (cerca de 30 anos em média). 2ªFase: Crescimento Exagerado Nos países desenvolvidos da Europa, ocorreu durante o século XVIII e XIX, durante o período da Revolução Industrial; já nos países desenvolvidos di- tos “novos” ocorreu no início do século XX (EUA e Japão) e nos países subdesenvolvidos em geral ocor- reu na segunda metade do século XX. Esse crescimento demográfico substancial o- correu pela diminuição considerável da taxa de mor- talidade (combate a epidemias, melhorias médico- hospitalares, de higiene e limpeza, diminuição das guerras e combate a fome), aliada a uma diminuição menos ampla da taxa de natalidade. Os países mais pobres ainda estão atravessan- do essa fase. GEOGRAFIA Editora Exato 61 3ªFase: Estabilidade Fase em que ocorrem baixas taxas de natalida- de e mortalidade, estão atravessando essa fase os paí- ses desenvolvidos, nos quais a taxa de crescimento é muito baixa (cerca de 1%) ou às vezes nula. Alguns países que apresentam um crescimento muito baixo estão investindo no aumento populacio- nal como forma de manter os traços culturais e a i- dentidade nacional, como é caso da França, Suíça, Finlândia, dentre outros. Os países subdesenvolvidos ainda apresentam altos índices de crescimento populacional. Países que menos crescem Países Bulgária Hungria Romênia Portugal Itália Dinamarca Espanha Bélgica Reino Unido França -0,6 -0,5 -0,3 -0,1 -0,1 -0,2 -0,2 -0,3 -0,3 -0,4 Taxa média anual de crescimento no périodo 1990-1995 (%) 3. CARACTERÍSTICAS GERAIS DE DISTRI- BUIÇÃO A distribuição geográfica da população no mundo não é homogênea, fato facilmente constatado com a análise de um mapa de distribuição populacio- nal. A densidade média da população esconde pro- fundas disparidades regionais, que diferenciam o espaço em função de sua ocupação. Essa má distribuição é conseqüência de vários fatores, que grande parte das vezes agem em conjun- to (fatores físicos/naturais, econômicos, sociais, étni- cos, culturais, políticos e históricos). Esses fatores favorecem ou restringem a ocupação humana no ter- ritório. Distribuição Continental Continente População Ásia América África Europa Oceania 3,6 bilhões 794 milhões 778 milhões 773 milhões 29,1 milhões 4. FATORES QUE DETERMINAM A DISTRI- BUIÇÃO Fatores Físicos/Naturais Fatores como terremotos, vulcanismo e en- chentes são fatores naturais de repulsão populacional, outros, como boa qualidade do solo, chuvas bem dis- tribuídas, presença de rios e lagos, já se caracterizam como um elemento positivo para a atração popula- cional. Fatores Históricos Muitas regiões populosas do globo estão rela- cionadas a ocupações antigas, como no caso da Eu- ropa, do leste da Ásia (China e Japão) e da Índia. Esses países e regiões já possuíam uma população numerosa desde o início da era cristã. Fatores Políticos Normalmente ligados a fatores de reestrutura- ção fronteiriça, ou implementação de perseguições, que determinam mudanças de ocupação. Fatores Étnicos/Culturais Ligados a critérios de formação de grupos (buscando desenvolver um país), mas também liga- dos a perseguições. Fatores Econômicos Busca de melhores condições econômicas. 5. POPULAÇÃO MUNDIAL 11 10 9 8 7 6 5 4 3 2 1 0 1804 1927 1960 1974 1987 1998 2009 2021 2035 2054 123 33 14 13 11 11 12 14 19 39 anos anos anos anos anos anos anos anos anos anos O crescimento da população mundial (1804-2093) bilhões de habitantes Distribuição por área A densidade demográfica do planeta é de 44 habitantes/Km2. Centros de Concentração populacional Leste e sul da Ásia, onde se concentram 25% da população mundial em uma área em torno de 4% das terras emersas. Destacam-se nessa região a China e a Índia, com mais de 1 bilhão de habitantes cada. Espaços vazios ou pouco povoados Abrange cerca de 30% da superfície emersa do globo e apresenta pouco mais de 2% da população mundial. Essas áreas estão situadas em regiões de la- titudes altas, grandes desertos, planaltos elevados e montanhas. Com o advento da melhoria tecnológica e científica, essas áreas são propícias a serem ocupadas no futuro próximo. Dentre as regiões continentais, a Oceania é um destaque de baixa ocupação popula- cional, nessa área a ocupação é de 3 habitantes/Km2. GEOGRAFIA Editora Exato 62 6. ESTRUTURA POPULACIONAL Para se entender a estrutura populacional de um país, deve-se analisar como a população está dis- tribuída pelo território, de acordo com critérios como a idade, o sexo, as atividades econômicas eseus ren- dimentos. 7. ESTRUTURA POR IDADE E POR SEXO Pirâmide etária do Brasil homens Idade mulheres idosos adultos jovens 10 108 86 64 42 20 0 milhões de habitantes 70 ou mais 65 a 69 60 a 64 0 a 4 5 a 9 10 a 14 15 a 19 20 a 24 25 a 29 30 a 34 35 a 39 40 a 44 45 a 49 50 a 54 55 a 59 Anuário Estatístico do Brasil, RJ, IBGE, 1998. A pirâmide etária tem o fundamento de repre- sentar a distribuição por idade e sexo de um país, re- gião ou lugar. A distribuição da população por idade é feita da seguinte forma: � População jovem (0 a 19 anos); � População adulta (19 a 59 anos); � População idosa, senil, (59 em diante), atu- almente muito destacado como terceira ida- de. O estudo da estrutura da população pela idade é chamado de estrutura etária. 80 anos e mais 75 a 79 anos 70 a 74 anos 65 a 69 anos 60 a 64 anos 55 a 59 anos 50 a 54 anos 45 a 59 anos 40 a 44 anos 35 a 39 anos 30 a 34 anos 25 a 59 anos 20 a 24 anos 15 a 19 anos 10 a 14 anos 5 a 9 anos 0 a 4 anos milhares de habitantes 10 108 86 64 42 20 homens mulheres Fonte: IBGE 2000 Base da Pirâmide Países que possuem uma pirâmide etária com base larga apresentam algumas características peculi- ares. Dentre as quais: � Alta taxa de natalidade, o que demonstra nesses casos a falta de uma política de pla- nejamento familiar eficiente; � Baixo índice de desenvolvimento humano - IDH (baixos indicadores de escolaridade, saúde, lazer e péssimas condições de vida); � Alta taxa de mortalidade infantil; � Baixa expectativa de vida; � Trabalho infantil como realidade nesses pa- íses; � Plano governamental voltado a investimen- tos no setor de educação fundamental, cre- ches, postos de saúde, dentre outros. Normalmente esses investimentos não tra- zem retorno direto a curto prazo, o que a- carreta o maior empobrecimento do Estado e a dificuldade de manutenção dos investi- mentos. Parte Intermediária Quando a parte central da pirâmide concentra a maioria da população, este país apresenta algumas características comuns: � Aumenta o nível de desenvolvimento eco- nômico e social do país; � A parcela de adultos gera impostos diretos e indiretos, possibilitando o desenvolvi- mento econômico da nação, pois são eles que mantém o grande número de jovens e idosos que não exercem atividade; � Ocorre uma mudança de planejamento no país, com investimentos nos setores de em- prego, universidades, turismo, lazer, dentre outros; GEOGRAFIA Editora Exato 63 Ápice da Pirâmide Quanto maior o ápice da pirâmide, maior o ní- vel de desenvolvimento social, econômico e político do país, o que propicia uma maior expectativa de vi- da. Apesar disso, existem fatores negativos sobre a grande concentração de idosos no país, dentre os quais: � Endividamento da previdência social; � Aumento do número de pessoas nos centros de saúde. Existem países em que a expectativa supera os 77 anos de idade, como a Holanda, a Suíça e a Bélgi- ca. No entanto, esses países apresentam uma elevada qualidade de vida, proporcionada por esses governos, através de bons planos de saúde, programas de lazer, entre outros benefícios. No Brasil, a realidade é bem diferente, com a população idosa de nível mais baixo vivendo em condições de alta dependência social e econômica, e grande parte das vezes tratada com desprezo pelos órgãos públicos. 8. MOVIMENTOS MIGRATÓRIOS As migrações sempre foram uma constante na sociedade, a migração foi responsável por vários tra- ços culturais, religiosos e físicos da humanidade. Pa- ra entender a dinâmica da sociedade deve-se analisar também a evolução do deslocamento populacional e sua ocupação nas mais extensas regiões da terra. Emigração: Saída de pessoas de um determi- nado lugar, região ou país. Imigração: Entrada de pessoas de um deter- minado lugar, região ou país. Fatores da Migração Econômico: principal fator que leva à migra- ção. Qualidade de Vida: Agrupa fatores econômicos, mas também sociais, políticos, territoriais e culturais, dentre outros. Político: normalmente ligado a migrações for- çadas, como no caso do período da ditadura no Bra- sil, quando várias pessoas ligadas a movimentos pró- democracia tiveram que sair do país para não serem presas. Aspectos Físicos e Naturais: fatores como ter- remotos, vulcanismos, enchentes e secas são fatores que proporcionam migrações, na sua maioria força- das pela situação. Étnico e Religioso: ligados, sobretudo, a per- seguições e discriminação, são fatores ligados tam- bém a migração forçada, antigamente tinha como exemplo os cristãos novos. Atualmente os exemplos mais marcantes são grandes grupos de refugiados na África. Fatores da Imigração no Brasil Fatores Favoráveis: No período de forte imigração, os fatores de destaque eram: � Amplo espaço territorial ainda não explora- do; � Fim do tráfico de escravos-1850 e abolição da Escravatura-1888; � Crise Econômica na Europa; � Crescimento da produção de café (mão-de- obra). Fatores Desfavoráveis: � Dificuldade de integração para vários gru- pos de estrangeiros; � Diferenças Climáticas; � Temor do imigrante em ser tratado como escravo nas fazendas; � Constituição de 1934: Houve uma medida restritiva de entrada de imigrantes, denomi- nada lei de cotas, na qual estipulava como cota anual de imigração a taxa de até 2% do total já inserido no país nos últimos 50 a- nos; � Atualmente, o principal fator é o baixo in- centivo econômico. Movimentos Migratórios No Brasil Século XVI: imigrantes portugueses para o li- toral nordeste do país (produção de cana-de-açúcar). Século XVII: transferência de uma grande massa de migrantes para o sertão nordestino, esse fa- to ocorreu devido ao avanço da criação de gado. Século XVIII: migração inter-regional para a região central do país, principalmente o Sudeste e o Centro-Oeste, em busca do ouro, esse fator propor- cionou uma forte migração interna e a ocupação sig- nificativa do interior do Brasil. Século XIX: esse período foi marcado por vá- rios focos de ocupação, destacando-se o Sul do país, pelos imigrantes estrangeiros, a região central do país (café) e a região norte (borracha). Século XX: marcada por uma forte migração inter-regional, destacada pela evolução das cidades e pelo desenvolvimento da industrialização. Nesse pe- ríodo houve um fluxo de pessoas, principalmente pa- ra os estados de São Paulo e Rio de Janeiro, principais períodos (décadas de 1960, 1970 e 1980). Década de 1940 e 1950: período conhecido como “Marcha para o Oeste”, ocasionado pelo preço das terras na região e pela construção de Brasília. A marcha para o oeste Os mais importantes deslocamentos de traba- lhadores agrícolas da história recente do Brasil inicia- ram-se na década de 40 e se relacionam tanto à modernização da agricultura do Sudeste, em via de industrialização, quanto à estagnação econômica e ao elevado incremento demográfico do Nordeste rural. Esse processo empurrou milhares de agricultores para GEOGRAFIA Editora Exato 64 as novas áreas de povoamento, a maior parte delas localizadas no Centro-Oeste. Nelas, abriam-se as frentes de expansão, caracterizadas pela predominân- cia de ocupantes e posseiros e da economia do exce- dente. A década de 50 foi marcada pelas iniciativas oficiais e particulares de colonização dessas novas áreas. A corrida para o oeste acelerava-se ainda mais. Era a vez das frentes pioneiras: áreas de colonização, os agricultores tornavam-se proprietários da terra e, via de regra, produziam para o mercado. Nas frentes pioneiras, a terra transformava-se em uma mercado- ria ferozmente disputada. Com elas, a especulação e os mecanismos de valorização fundiária, típicos do mercado de terras capitalista, chegaram ao Centro- Oeste. As frentes de expansão e as frentes pioneiras do Centro-Oeste reproduziam mecanismos já antigos na história da ocupação produtiva do território brasi- leiro. Elas haviam estado presentes naconquista do oeste cafeeiro paulista no início do século XX. A par- tir das décadas de 20 e 30 e até a década de 60, as á- reas cafeeiras e algodoeiras do norte do Paraná funcionaram como frentes pioneiras. Os fluxos mi- gratórios associam-se ao elevado crescimento popu- lacional da Região Centro-Oeste. Nos decênios 1950 –1960 (e 1960 -1970, essa foi a região brasileira com maiores índices de crescimento populacional. Além dos projetos de colonização, os migrantes foram atra- ídos pela abertura de novas estradas de rodagem (Be- lém-Brasília e Brasília-Acre, principalmente) e pela construção de Brasília. Os maiores projetos de colonização oficial da região, Colônia Agrícola Nacional de Goiás, no mu- nicípio de Ceres, e Colônia Agrícola Nacional de Dourados, no atual Mato grosso do Sul, foram im- plantados ainda na década de 40. Neles, o Governo Federal distribuía ou financiava a aquisição de lotes de até 50 hectares. Os mineiros eram maioria entre os colonos, seguidos pelos nordestinos e paulistas. O milho e o arroz eram os principais produtos cultiva- dos. Maranhão Ceará Bahia Rio Grande do Norte Paraíba Pernambuco Alagoas Sergipe São Paulo Piauí Minas Gerais Migração para o Centro-Oeste (década de 40) Década de 1970: Evolução para a nova fron- teira agrícola brasileira, a região norte do país. Essa migração também teve como causa os fatores eco- nômicos. Imigração -Brasil SP 55,3% RJ 12,4% MG 7,6% RS 7,3% PR 4,5% SC 3% PE 2,2% Outros 7,7% Grupos de Imigrantes no Brasil Portugueses: maior grupo de imigrantes no Brasil, estavam presentes em todo o território nacio- nal. Italianos: segunda maior leva de imigrantes no Brasil, se concentrou na região Centro-Sul, desta- que para o RS (Caxias do Sul, Canela), SC (Criciú- ma, Uruçanga) e São Paulo (cultivo do café). Espanhóis: principais colônias no Rio de Ja- neiro e São Paulo. Alemães: esse grupo se concentrou no Sul do país, principalmente em Santa Catarina (Blumenau, Vale do Itajaí) e Rio Grande do Sul (Brusque, Lauro Muller) e no Espírito Santo (Colatina). Japoneses: destacaram-se em duas regiões: São Paulo, principalmente nas fazendas de café, e re- gião Amazônica, no cultivo da pimenta-do-reino. Eslavos: provindos da parte leste da Europa (Polônia, Hungria), a principal cidade é Ivaí, no Pa- raná. GEOGRAFIA Editora Exato 65 Turcos/Libaneses/Sírios: presentes em todo o país, atuavam principalmente como “caixeiros viajan- tes”, destacaram-se no comércio. Portugueses Italianos Espanhóis Alemães Japoneses Outros Imigração para o Brasil segundo a nacionalidade (1820-1980) 31,06% 29,90% 12,90% 4,87% 4,17% 17,10% Migrações Internas Êxodo Rural: Transferência de pessoas do campo para a ci- dade. Causas: � Busca de Melhores condições de vida, ofe- recidas pela cidade. � Mecanização do Campo. � Estatuto da Terra de 1964 - inseriu direitos do trabalhador urbano para o trabalhador rural. � Empréstimos (hipoteca). � Problemas Climáticos. Conseqüências: � Aumento do número de pessoas nas cidades gerando desequilíbrio e problemas; � Aumento de grupos ligados ao campo, co- mo o MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra). Movimento Pendular: Ocorre diariamente nos grandes centros urba- nos: inúmeras pessoas saem de sua residência diari- amente, em áreas que se localizam afastadas do seu trabalho, saem de manhã e só voltam no fim da tarde ou início da noite. Essa forma de migração é presente em todo o mundo e envolve milhares de pessoas. No Brasil, é muito visto e tem tendência ao crescimento. Transumância ou Sazonal: Migração temporária, ligada a períodos de sa- fras agrícolas, presentes em todas as regiões brasilei- ras. Urbano - Rural: Migração de pessoas da cidade para o campo, pode ser exemplificada pelos bóias-frias, como tam- bém por técnicos agrícolas, veterinários e grandes fa- zendeiros que vivem nas cidades e trabalham no campo Inter-Regionais: São muito vistas no Brasil, podem ser migra- ções do campo para a cidade, como de uma cidade para outra, possuem como pilar a busca de melhorias sócio-econômicas. Brasil Moderno, um País de Emigrantes Atualmente o Brasil caracteriza-se como um país de emigrantes, a situação social e econômica do país, dificulta muitas vezes a obtenção de bons em- pregos, proporcionando uma maior dificuldade na obtenção de uma qualidade de vida desejada. Esse fa- tor negativo presente no nosso país determina que vá- rias pessoas saiam em busca de melhores oportunidades em países desenvolvidos, como os Es- tados Unidos, Japão e países da Europa Ocidental. Grande parte desses emigrantes possui o desejo de se estabilizar economicamente e voltar para o Brasil, o que determina que a saída do país seja tipicamente por fatores econômicos, ou seja, falta de oportunida- des de crescimento. Uma das cidades que apresenta taxas de emigração mais elevada é Governador Vala- dares-MG. Europa Ásia Quantidade de brasileiros vivendo no exterior Canadá 9.500 América Central México e Caribe 3.110 Paraguai 325.000 Estados Unidos Total Nova York Boston Miami Washington Houston San Francisco Los Angeles Chicago San Juan 610.130 230.000 150.000 130.000 47.000 15.000 15.000 13.000 10.000 130 América do Sul Total Argentina Uruguai Bolíbia Guiana Francesa Venezuela Colômbia Chile Suriname Guiona Peru Equador 71.450 16.000 15.000 12.000 9.600 6.000 3.300 3.200 2.150 2.000 1.500 700 África 4.135 Ásia 10.036 Austrália 12.000 Japão 170.000 Escala 0 2380 7140 Km N O S L Europa Total 126.828 Alemanha Portugal Inglaterra Itália Espanha França Suiça Suécia 23.700 22.000 19.500 16.600 12.000 8.200 7.500 7.000 Bélgica Grécia Holanda Áustria Dinamarca Noruega Finlândia Polônia 2.900 2.500 2.000 1.000 600 480 134 124 Rússia Hungria Irlanda República Tcheca Iugoslávia Romênia Bulgária 120 80 75 56 25 24 10 Editora Exato 66 Migração Internacional No mundo, a migração também ocorre de for- ma intensa, sobretudo por: � Guerras e conflitos étnicos na África, ge- rando uma grande massa de refugiados mi- seráveis. � Na Europa, uma grande parcela de migran- tes da Ásia e África que se dirigem para es- sa região, determinando o aumento do xenofobismo (aversão aos estrangeiros). � Latinos, sobretudo mexicanos que entram clandestinamente nos Estados Unidos. 9. URBANIZAÇÃO E CRESCIMENTO URBA- NO Urbanização: aumento do número de pessoas na cidade em relação ao campo. Crescimento Urbano: crescimento do número de pessoas na cidade. Esse crescimento pode ser ver- tical e/ou horizontal. Esse crescimento não é necessa- riamente devido à vinda pessoas do campo para a cidade. Histórico da Urbanização Brasileira no Século XVI As primeiras cidades brasileiras surgiram ao longo do litoral, pelo fluxo comercial da produção do açúcar que iria abastecer a metrópole. Embora a pro- dução de cana-de-açúcar se realizasse no campo, a sua comercialização levou ao desenvolvimento de uma atividade urbana. Grande parcela dessas cidades se tornaram centros comerciais e político- administrativos, como no caso de Salvador. A lavou- ra canavieira permitiu apenas um pequeno crescimen- to urbano, fato marcante no Brasil por cerca de dois séculos. No Brasil existiam poucas cidades localiza- das no litoral, que tinham como base econômica as exportações, já que, o mercado interno era altamente deficiente, pois uma grande parcela da população (escravos) não possuíam renda para consumir. Século XVIII Com a descoberta de ouro na região central do Brasil, houve a mudança do eixo econômico do lito- ral para o interior, o que fez surgir uma quantidade significativa de pequenas e médias cidades. Embora a mineração tenha propiciado um crescimento urbano considerável, várias das cidades formadas entraram em crise com a estagnação da atividade nas minas. Esse fator fez com que, no Brasil, nessa época não fosse desenvolvida uma quantidade ampla de cidades de médioporte. Século XIX Com o ciclo do café, houve o retorno do cres- cimento de cidades de médio e pequeno porte. Essa atividade também proporcionou o crescimento de muitas cidades, principalmente no eixo Rio – São Paulo - Paraná. Uma das grandes cidades que se de- senvolveu nesse período foi São Paulo, que hoje é amaior metrópole brasileira. Século XX A urbanização só se tornou algo significativo no Brasil durante a industrialização. Nesse período houve um forte fluxo de pessoas do campo para a ci- dade (êxodo rural). Durante as décadas de 1960 e 1970, o Brasil tornou-se um país urbano, sendo essa urbanização caracterizada com uma urbanização re- cente. % 80 70 60 50 30 20 10 40 18 72 18 90 19 00 19 20 19 40 19 5019 60 19 70 19 80 19 91 20 00 5,9% 6,8% 9,4% 10,7% 31,24% 45,08% 36,16% 56% 65,1% 75,6% 81,2% (ANUÁRIO estatístico do Brasil 1998, 1999. IBGE. Disponível em: www.ibge.go.br/presidencia/noticias/21122000-1.shtm. Acesso em: 9 fev. 2001.) BRASIL: POPULAÇÃO URBANA (1872-2000) 10. CIDADES Possuem várias denominações: Segundo o aspecto político-administrativo, ci- dade é a sede do município; Segundo a ONU, para ser considerado cidade o local deve possuir mais habitantes do que a anterior- mente planejado. Formação das Cidades Cidades Espontâneas: esse constitui o maior grupo de cidades. Essas cidades são formadas a partir de fatores como mineração, desenvolvimento de ro- dovias, arraiais, bases militares, missões jesuíticas, dentre outras. Cidades Planejadas: são cidades formadas a partir de um prévio estudo espacial, são cidades que possuem funções definidas desde sua formação. Bra- sília-DF, Palmas-TO, Goiânia-GO, Aracaju-SE, Belo Horizonte-MG e Washington-EUA. Funções da Cidade Cidades Político-administrativas: têm como função principal sediar órgãos públicos, principal- mente governos. Exemplo Brasília-DF, Washington (EUA). Cidades Históricas e Culturais: ligado tam- bém a cidades turísticas, mas com um enfoque mais sócio-cultural. Exemplos: Ouro Preto-MG e Pirenó- polis-GO. Cidades Militares: quando abrigam ou abriga- ram instalações militares. Exemplos: Resende-RJ, Natal-RN. Editora Exato 67 Cidades Turísticas: quando a cidade vive principalmente em função do turismo, fato crescente no Brasil. Exemplos: Bonito-MS e Fernando de No- ronha-PE. Cidades Portuárias: destacam-se pela impor- tância dos seus portos. Exemplo: Santos-SP, Parana- guá-PR e Itaquí-MA. Cidades Industriais: cidades que possuem como pilar central de desenvolvimento o setor indus- trial. Exemplos: Cubatão-SP, Volta Redonda-RJ, Chicago-USA. Cidades Comerciais: quando o setor comerci- al é o ponto chave do desenvolvimento da cidade. Exemplos: Caruaru-PE, Campina Grande-PB, Feira de Santana-BA. Cidades Religiosas: quando o destaque maior é a presença de aspectos relacionados às religiões. Exemplos: Fátima (Portugal), Aparecida do Norte- SP, Meca (Arábia Saudita) e Jerusalém (Oriente Mé- dio). Cidades Universitárias: cidades que depen- dem bastante das universidades, que atraem um gran- de número de pessoas e movimentam o seu comércio. Exemplos: Campinas-SP e Uberaba-MG. Uma cidade de um porte maior normalmente possui uma dinâmica espacial muito grande, o que determina que ela possua uma integração de vários fatores, ou seja, uma cidade como o Rio de Janeiro, ao mesmo tempo em que é uma cidade turística, se caracteriza como uma cidade comercial e portuária. São Paulo é uma cidade industrial, comercial e uni- versitária, dentre outras funções. Rede Urbana Brasileira A relação de cidades ou regiões dentro de um sistema político, econômico, cultural e social caracte- riza a rede urbana, que se integra dentro de uma hie- rarquia de desenvolvimento das cidades. A rede urbana possui como centro polarizador uma grande cidade, com economia mais desenvolvida e diversifi- cada. O processo de urbanização intensiva no Brasil é bastante recente e marcado pela industrialização. Essa caracterização fez com que a rede urbana se tor- nasse concentrada no eixo São Paulo – Rio de Janei- ro. Atualmente essas cidades são os grandes cen- tros da dinâmica político-econômica do Brasil. 11. HIERARQUIA DAS METRÓPOLES Metrópoles Nacionais: as duas metrópoles nacionais brasileiras são o Rio de Janeiro e São Pau- lo. Essas duas cidades possuem o ditame de serem metrópoles nacionais por possuírem uma grande di- nâmica de prestação de serviços especializados (insti- tuições financeiras, laboratórios, universidades, recursos médicos avançados…). No Brasil, alguns dos serviços mais modernos e os produtos industria- lizados de maior tecnologia são encontrados nessas metrópoles. São Paulo que é a maior metrópole do país e é destacada como uma cidade que “não dorme” tal é a dinâmica espacial presente nessa metrópole. Metrópoles Regionais: as metrópoles regio- nais possuem uma influência sobre outras cidades da região. Cidades como Belo Horizonte, Porto Alegre, Salvador, Recife, Fortaleza são caracterizadas como metrópoles regionais. Uma metrópole regional que possui uma caracterização diferenciada é Brasília, uma metrópole regional incompleta por não possuir um forte parque industrial. Centros Regionais: são centros polarizados das metrópoles nacionais e regionais, que participam da influência regional. São exemplos: Campinas-SP, Curitiba-PR, Goiânia-GO. Centros Locais: são centros que atuam sobre as pequenas cidades. Exemplos: Unaí-MG e Porto Velho-RO. Esquema clássico Vila Cidade local Centro regional Metrópole regional Vila Cidade local Centro regional Metrópole regionalMetrópole nacional Metrópole nacional Relações entre as cidades em uma rede urbana Esquema atual Conceitos Importantes Área metropolitana: forma-se a partir de um crescimento econômico ou industrial, onde a cidade cresce estendendo seu espaço as áreas vizinhas, te- mos como exemplo a Grande São Paulo (SP, o ABCD, mais cidades como Osasco, Guarulhos, den- tre outras), o Grande Rio (RJ, Niterói, Baixada Flu- minense, Duque de Caxias, São João do Meriti, dentre outros). Atualmente o Distrito Federal foi de- terminado como área metropolitana (Brasília e o en- torno). Rio de Janeiro – Região metropolitana Editora Exato 68 RIO DE JANEIRO MG SP Nilópolis Ilha do governador Mangaratiba Ilha Grande Baía de Sepetiba Restinga de Marambaía Oceano Atlântico Itaguaí Rio de Janeiro Seropédica Par aca mb i Japeri Queimados Nova Iguaçu Belford Roxo São João de Meriti Duque de Caxias Magé Guapimirim Baía de Guanabara Itaboraí Tanguá MaricáNiterói São Gonçalo Lagoa de Maricá 0 13 Km www.policiacivil.rj.gov.br Macrocefalismo: crescimento rápido e exage- rado das cidades, gerando problemas da estrutura ur- bana e espacial. Megalópole: união de grandes metrópoles formando verdadeiras áreas superurbanizadas. O ter- mo megalópole significa grande cidade. Temos como exemplo Washbost (EUA), Tokaido (Japão). O Brasil vem desenvolvendo uma megalópole, contudo cami- nha a passos largos no eixo Rio-São Paulo-Belo Ho- rizonte. A megalópole atlântica dos Estados unidos ESTADOS UNIDOS Oceano Pacífico Oceano Atlântico Boston Nova York Filadélfia Baltimore Washington Área de megalópole atlântica As maiores cidades O N L S Escala 0 480 960km Géographie terminales. Paris, 1995 A megalópole japonesa Mar do Japão Oceano Pacífico Kanazawa Iwaki Tóquio Kawasaki Yokohama Nagóia Hamamatsu Kioto Osaka KobeOkayama Hiroxima Kiakiushu Fukuoka Nagasaki Kumamoto Densidade demográfica superior a 500 hab./km 2 Ferrovia de alta velocidade (Shinkansen) Nota: o tamanho do círculo varia de acordo com o número de habitantes. Escala 0 85 170km O N L S Historie/Geographie 5. Paris, Hachette, 1997 A Megalópole em formação Limeira Moji-Guaçu Moji-Mirim Americana Campinas Jundiaí Itu Sorocaba SÃO PAULO Guarulhos Osasco Diadema Santos AndréMauá São Bernardo do Campo Cubatão São vicente Santos Atibaia SÃO PAULO Gragança Paulista MINAS GERAIS Campos do Jordão Pindamonhagaba Taubaté São José dos Campos Jacareí Moji das Cruzes Ubatatuba Parati Guaratinguetá Lorena Cruzeiro Resende Volta Redonda Angra dos Reis Itaguaí Barra do Piraí Petrópolis Teresópolis Nova Iguaçu RIO DE JANEIRO Duque de Caxias Magé S. João do Meriti São Gonçalo Itaboraí Niterói RIO DE JANEIRO São Sebastião Caraguatatuba OCEANO ATLÂNTICO População das Cidades 10.000.000 hab. 5.000.000 1.000.000 500.000 0 30km São Caetano do Sul Nilópolis IBGE, Estimativa populacional 1998 Cortiço: muito presente em grandes cidades, tornou-se uma grande saída para a população de bai- xa renda que busca moradia em um local no centro. Os cortiços normalmente estão localizados em áreas consideradas decadentes pelo mercado imobiliário. Esses prédios, galpões e edifícios, na sua maioria sem infra-estrutura, são divididos por várias famílias, que não possuem renda para adquirir um imóvel ou para pagar um aluguel. Suburbanização: condomínios residenciais em áreas periféricas. Periferização: concentração de pessoas em á- reas periféricas, nem sempre pessoas de baixa renda. Cornubação: crescimento de uma grande ci- dade, que pode gerar o encontro de espaços urbanos. 12. CAUSAS DA URBANIZAÇÃO No Brasil, o desenvolvimento da urbanização obteve grande força a partir da década de 1930, quando o desenvolvimento industrial se intensifica, acarretando o crescimento rápido das cidades, princi- palmente do sudeste por receberem a população do campo, atraída pela indústria e pela possibilidade de novas oportunidades. Outro fator de grande impor- tância para o processo de urbanização foram as trans- formações ocorridas no campo, como a mecanização, que também determinaram o êxodo rural. � Êxodo Rural � Busca de Melhores Condições de Vida 13. CONSEQÜÊNCIAS DA URBANIZA- ÇÃO Editora Exato 69 Recentemente o processo de urbanização a- brange quase todas as partes do país, sendo que o processo de urbanização brasileira foi acelerado e ca- ótico, proporcionando grandes problemas sociais e econômicos. As cidades atualmente atravessam gra- ves problemas, como a falta de moradia, o amplo de- semprego, a violência urbana, a diminuição da qualidade dos serviços públicos, o que acaba desen- cadeando uma má qualidade de vida. Problemas Sociais � Violência Urbana; � Moradia (crescimento de favelas, invasões e áreas periféricas); � Desemprego e crescimento do subemprego; � Diminuição da qualidade dos serviços pú- blicos. Outros aspectos O processo de urbanização é geral no Brasil, mas não se apresenta como uniforme. Do ponto de vista regional se apresentam fortes diferenças no rit- mo da transferência de pessoas do campo para a ci- dade. As desigualdades no ritmo da urbanização refletem as disparidades econômicas regionais e a própria inserção diferenciada de cada região na eco- nomia nacional. O Brasil atualmente apresenta uma forte pro- cesso de interiorização, as cidades de médio porte es- tão apresentando um índice de crescimento populacional superior às grandes metrópoles, o que tem determinado alterações na política de planeja- mento urbano. A partir de 1971, todas as cidades brasileiras com mais de 20.000 habitantes ficaram obrigadas a criar uma Lei de Zoneamento Urbano, para organizar o uso do solo no município. No entanto, muitas vezes essa lei é desrespeitada, seja por suborno ou altera- ções feitas pelas câmaras municipais. Quando isso ocorre, são inseridos mecanismos como shopping, prédios diferenciados, casas noturnas em zonas resi- denciais, além de outras infrações que comprometem a qualidade de vida da população local. No âmbito mundial, o processo de urbanização é mais acelerado atualmente nos países subdesenvol- vidos, todavia a população mundial ainda se concen- tra no campo. ESTUDO DIRIGIDO 1 Destaque os principais fatores condicionantes da ocupação populacional no planeta. 2 Quais são as áreas com menor ocupação popula- cional no planeta? 3 Baseado na estrutura etária representada abaixo, responda as questões: 80 anos e mais 75 a 79 anos 70 a 74 anos 65 a 69 anos 60 a 64 anos 55 a 59 anos 50 a 54 anos 45 a 59 anos 40 a 44 anos 35 a 39 anos 30 a 34 anos 25 a 59 anos 20 a 24 anos 15 a 19 anos 10 a 14 anos 5 a 9 anos 0 a 4 anos milhares de habitantes 10 108 86 64 42 20 homens mulheres Fonte: IBGE 2000 a) Destaque as principais características presentes na base dessa estrutura. b) Analise os fatores que proporcionam o topo es- treito dessa estrutura. 4 Cite os principais fatores responsáveis pelo pro- cesso de migração. 5 Identifique a diferença entre urbanização e cres- cimento urbano. EXERCÍCIOS 1 No dia 12 de outubro de 1999, a população mun- dial atingiu a marca de 6 bilhões de habitantes, essa data simbólica foi determinada como o mar- co do crescimento populacional. Sobre o cresci- mento da população mundial, julgue os itens abaixo com V (verdadeiras) e F (falsas) 1111 População pode ser entendida como conjunto de habitantes de uma área. 2222 A China e o país mais populoso do mundo. 3333 Todos os países do mundo são populosos. 4444 Povoado significa número de habitantes por quilômetro quadrado. 5555 O crescimento exagerado da população auxilia no aumento da pobreza. 2 São considerados aspectos que influenciam no crescimento, exceto: a) A emigração (saída de pessoas). b) A diferença entre a taxa de mortalidade e nata- lidade. c) Crescimento Vegetativo. d) Guerras e Epidemias. Editora Exato 70 e) As estações do ano. 3 Sobre as fases do crescimento populacional, ana- lise as questões abaixo com V (verdadeiro) e F (falso): 1111 A Europa atualmente já possui uma estabilida- de no seu crescimento. 2222 O Brasil é um dos países mais estáveis no que se refere ao crescimento demográfico. 3333 Durante a Revolução Industrial houve um forte crescimento nos países desenvolvidos. 4444 Os países subdesenvolvidos ainda enfrentam um forte crescimento da população. 5555 Existem países, nos dias de hoje, que buscam incentivar o nascimento, no sentido de aumen- tar a população absoluta. 4 Analise as questões relativas à distribuição da população mundial: 1111 Fatores físicos e naturais. 2222 Fatores históricos. 3333 Fatores políticos. 4444 Fatores étnicos e culturais. 5555 Fatores econômicos. 5 A ONU determinou, na Cúpula Mundial Sobre o Combate à Pobreza no Mundo, que cerca de 3 bi- lhões de pessoas vivem na linha de pobreza, e que esse fator deve ser combatido o mais rápido possível para que a pobreza não se torne algo ple- namente insustentável. Sobre a pobreza no mun- do, julgue os itens: 1111 Um dos maiores bolsões de pobreza no mundo localiza-se na Europa. 2222 Na Ásia meridional, existe quase metade dos pobres do mundo. 3333 Na África, a maioria da população vive abaixo da linha de pobreza. 4444 A pobreza é encontrada com maior intensidade nos países rurais do que nos urbanas. 5555 Existem três grandes bolsões de pobreza no mundo – um na áfrica, um na Ásia oriental e outro na parte sul da Ásia. 6 Analise as questões abaixo, verificando a pirâmi- de etária do Brasil: Pirâmide etária absolutado Brasil - 2000 80 anose mais 75 a 79 anos 70 a 74 anos 65 a 69 anos 60 a 64 anos 55 a 59 anos 50 a 54 anos 45 a 49 anos 40 a 44 anos 35 a 39 anos 30 a 34 anos 25 a 29 anos 20 a 24 anos 15 a 19 anos 10 a 14 anos 5 a 9 anos 0 a 4 anos 10000 8000 6000 4000 2000 0 2000 4000 6000 8000 10000 Homens Mulheres 1111 A pirâmide etária representa a distribuição por idade e sexo de um país, região ou lugar. 2222 Até os 19 anos a população é considerada jo- vem. 3333 Dos 19 anos até os 59 anos é considerada adul- ta. 4444 A partir dos 59 anos é considerada idosa. 5555 O Brasil hojeé caracterizado com um país de adultos. 7 A população brasileira cresceu 7% entre o censo de 1991 e o de 1996, atingindo 157 milhões de habitantes. A taxa de crescimento anual foi de 1,38%, a mais baixa já registrada no país. Essas tendências vão provocar mudanças significativas no perfil da população brasileira. Assinale a alternativa que indica uma dessas mu- danças. a) Aumento percentual da população jovem. b) Diminuição do contingente de jovens e de ve- lhos. c) Diminuição da população potencialmente pro- dutiva. d) Aumento, em números absolutos, do contin- gente com mais de 65 anos. e) Manutenção da composição da população por faixas de idade. 8 Sobre a estrutura populacional do Brasil, julgue os itens abaixo: 1111 O Brasil é hoje um país de adultos, esse fato determina que o Brasil apresente nos últimos anos uma melhoria nas condições socioeconô- micas. 2222 O Brasil já possui um equilíbrio no crescimen- to populacional, fato gerado pelo eficiente pla- nejamento familiar efetuado pelo governo. 3333 A maioria da população brasileira ainda é em- pregada no setor primário, sendo esse fator que torna o Brasil um país subdesenvolvido. Editora Exato 71 4444 Em todos os estados brasileiros existe uma maior quantidade de mulheres do que homens. 9 Tipos de pirâmide etária (está na apostila 2 pg 19) Analisem as questões abaixo, inserindo V (verdadeiras) e F (falsas): 1111 A primeira pirâmide reflete a situação de um país com amplo crescimento populacional. 2222 Na segunda pirâmide, existe boa condição de vida, o que se reflete na alta expectativa de vi- da. 3333 A terceira pirâmide é muito vista nos países da Europa, países que já atingiram a estabilidade populacional. 4444 A quarta pirâmide determina que houve uma guerra durante o período de análise. 5555 Todos os países do mundo já possuíram todos os tipos de pirâmides determinados acima. 10 Sobre a estrutura da pirâmide etária é correto a- firmar que: a) quanto maior o ápice da pirâmide etária menor a expectativa de vida. b) um dos aspectos da concentração da população adulta é a mudança do foco de planejamento, pois o país busca investir mais em qualificação profissional e emprego, proporcionando um maior crescimento econômico. c) a população adulta determina uma diminuição do desenvolvimento econômico. d) a concentração de jovens determina sempre boas condições de vida. e) quanto menos crianças nascem, maior é a taxa de mortalidade infantil. 11 Migração diária de pessoas das suas residências para locais de trabalho e estudo. Essa migração determina que a residência se torne apenas área para dormitório, visto que, as pessoas passam a maior parte do dia fora de casa. Dentre as opções abaixo, qual é a forma de migração referida? a) Migração rural-urbana. b) Migração das regiões (inter-regional). c) Migração pendular. d) Migração rural-rural. e) Èxodo rural. 12 Com base no processo de migração brasileiro, julgue os itens abaixo, com V (verdadeiros) e F (falsos): 1111 O Brasil possuiu desde a sua colonização uma intensa ocupação do interior do Brasil, ocasio- nada principalmente pela industrialização. 2222 Devido à mecanização no campo, houve a mi- gração de um grande número de pessoas para a cidade, esse movimento ficou conhecido como êxodo rural. 3333 Atualmente o Brasil é um país de imigrantes, determinado pelo crescimento econômico do país nos últimos anos. 4444 Durante o século XVIII ocorreu uma forte mi- gração para o interior do país, ocasionada pela descoberta de ouro na região de Minas Gerais e Goiás. 5555 Hoje uma das regiões que mais recebe imi- grante é a região norte, por ser a última frontei- ra agrícola do país. 13 Determine a opção correta, no que se refere aos conceitos de imigração e emigração: a) São sinônimos. b) Imigração refere-se à saída de pessoas de uma área, região ou país. c) Emigração refere-se à entrada de pessoas de uma área, região ou país. d) Imigração é a entrada de pessoas para uma á- rea, região ou país. e) Ambos caracterizam a saída de pessoas. 14 Sobre os principais grupos de imigrantes que vie- ram para o Brasil, analise as questões abaixo, co- locando V (verdadeiras) e F (falsas) 1111 O maior grupo de imigrantes que se dirigiu pa- ra o nosso país foi o de italianos, tanto que a base da nossa língua é proveniente daquela re- gião. 2222 Houve uma grande entrada de alemães em nos- so país, sendo que esse grupo se instalou prin- cipalmente no Sul do país, nos estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina. 3333 Não houve a imigração de turcos, sírios e liba- neses para o Brasil devido à forte diferença cultural. 4444 Os orientais também migraram para o nosso país, merecendo destaque os japoneses, que formaram núcleos em São Paulo e no Amazo- nas. 5555 Os portugueses foram o grupo que mais influ- enciou a cultura e a língua do Brasil. 15 São fatores de grande importância para o movi- mento de migração, exceto: a) Perseguições políticas, como ocorreu no Brasil durante o período da ditadura militar. b) Catástrofes naturais, como no caso de inunda- ções e movimento internos que proporcionem terremotos e vulcanismo. c) Busca de melhores condições de vida e opor- tunidade profissional d) Perseguições étnicas e religiosas, que determi- nam a fuga de uma grande massa populacional Editora Exato 72 em regiões do continente africano, formando amplos campos de refugiados. e) Grandes movimentos para conhecer o mundo, sendo hoje o principal fator da migração mun- dial. 16 Dentre as opções abaixo quais são as cidades classificadas como metrópoles nacionais? a) Belo Horizonte e Manaus. b) Recife e Olinda. c) Porto Alegre e Goiânia. d) Rio de Janeiro e São Paulo. e) Teresina e Belém. 17 As cidades possuem determinadas funções que as caracterizam. Dentre as cidades abaixo, qual pos- sui função político-administrativa? a) São Paulo. b) Brasília. c) Ouro Preto. d) Santos. e) Fortaleza. 18 Sobre a rede urbana Brasileira, é incorreto afir- mar que: a) é uma rede extremamente bem organizada, possuindo uma integração dos vários tipos de transporte, como rodoviário, ferroviário, hi- droviário e aéreo. b) concentra-se na região centro-sul. c) é marcada por uma hierarquia de importância econômica e política. d) a rede urbana possui como centro polarizador uma grande cidade, com economia mais de- senvolvida e diversificada. e) o processo de urbanização intensiva no Brasil é bastante recente e marcado pela industrializa- ção. Essa caracterização fez com que a rede urbana se tornasse concentrada no eixo São Paulo – Rio de Janeiro. 19 No Sudeste brasileiro, no vale do Paraíba, entre as metrópoles de São Paulo e Rio de Janeiro, é possível encontrar uma extensa área urbanizada que se estende também para Noroeste de São Paulo, abrangendo Campinas e Limeira. A con- centração descrita corresponde ao processo de formação do que se costuma denominar: a) enclave urbano. b) cornubação. c) terceirização urbana. d) rede urbana. e) megalópole. 20 No que se refere à formação, existem as cidades classificadas como espontâneas e as classificadas como planejadas, dentre as opções abaixo qual não é classificada como planejada? a) Brasília-DF. b) Goiânia-GO. c) Aracaju –SE. d) Palmas-TO. e) São Paulo-SP. GABARITO Estudo Dirigido 1 A distribuição geográfica da população no mun- do não é homogênea, fato facilmente constatado com a análise de um mapa de distribuição popu- lacional. A densidade média da população escon- de profundas disparidades regionais, que diferenciam o espaço em função de sua ocupação. Essa má distribuição é conseqüência de vários fa- tores, que grande parte das vezes agem em con- junto (fatores físicos/naturais, econômicos, sociais, étnicos, culturais, políticos e históricos) Esses fatores favorecem ou restringem a ocupa- ção humana no território. 2 Abrangecerca de 30% da superfície emersa do globo e apresenta pouco mais de 2% da popula- ção mundial. Essas áreas estão situadas em regi- ões de latitudes altas, grandes desertos, planaltos elevados e montanhas. Com o advento da melho- ria tecnológica e científica, essas áreas são propí- cias a serem ocupadas no futuro próximo. Dentre as regiões continentais, a Oceania é um destaque de baixa ocupação populacional, nessa área a o- cupação é de 3 habitantes/Km2. 3 (A) Países que possuem uma pirâmide etária com base larga apresentam algumas características pe- culiares. Dentre as quais: � Alta taxa de natalidade, o que demonstra nesses casos a falta de uma política de pla- nejamento familiar eficiente; � Baixo índice de desenvolvimento humano - IDH (baixos indicadores de escolaridade, saúde, lazer e péssimas condições de vida); � Alta taxa de mortalidade infantil; � Baixa expectativa de vida; � Trabalho infantil como realidade nesses pa- íses; � Plano governamental voltado a investimen- tos no setor de educação fundamental, cre- ches, postos de saúde, dentre outros. Normalmente esses investimentos não tra- Editora Exato 73 zem retorno direto a curto prazo, o que a- carreta o maior empobrecimento do Estado e a dificuldade de manutenção dos investi- mentos. Parte Intermediária Quando a parte central da pirâmide concentra a maioria da população, este país apresenta algumas características comuns: � Aumenta o nível de desenvolvimento eco- nômico e social do país; � A parcela de adultos gera impostos diretos e indiretos, possibilitando o desenvolvi- mento econômico da nação, pois são eles que mantém o grande número de jovens e idosos que não exercem atividade; � Ocorre uma mudança de planejamento no país, com investimentos nos setores de em- prego, universidades, turismo, lazer, dentre outros; (B) Ápice da Pirâmide - Quanto maior o ápi- ce da pirâmide, maior o nível de desenvolvimento social, econômico e político do país, o que propicia uma maior expectativa de vida. Apesar disso, existem fatores negativos sobre a grande concentração de ido- sos no país, dentre os quais: � Endividamento da previdência social; � Aumento do número de pessoas nos centros de saúde. Existem países em que a expectativa supera os 77 anos de idade, como a Holanda, a Suíça e a Bélgi- ca. No entanto, esses países apresentam uma elevada qualidade de vida, proporcionada por esses governos, através de bons planos de saúde, programas de lazer, entre outros benefícios. No Brasil, a realidade é bem diferente, com a população idosa de nível mais baixo vivendo em condições de alta dependência social e econômica, e grande parte das vezes tratada com desprezo pelos órgãos públicos. 4 Econômico: principal fator que leva à migração. Qualidade de Vida: Agrupa fatores econômicos, mas também sociais, políticos, territoriais e cultu- rais, dentre outros. Político: normalmente ligado a migrações for- çadas, como no caso do período da ditadura no Bra- sil, quando várias pessoas ligadas a movimentos pró- democracia tiveram que sair do país para não serem presas. Aspectos Físicos e Naturais: fatores como ter- remotos, vulcanismos, enchentes e secas, são fatores que proporcionam migrações, na sua maioria força- das pela situação. Étnico e Religioso: ligados, sobretudo, a per- seguições e discriminação, são fatores ligados tam- bém à migração forçada, antigamente tinha como exemplo os cristãos novos. Atualmente os exemplos mais marcantes são grandes grupos de refugiados na África. 5 Urbanização: aumento do número de pessoas na cidade em relação ao campo. Crescimento Urbano: crescimento do número de pessoas na cidade. Esse crescimento pode ser ver- tical e/ou horizontal. Esse crescimento não é necessa- riamente devido à vinda pessoas do campo para a cidade. Exercícios 1 C, C, E, C, C 2 E 3 C, E, C, C, C 4 C, C, C, C, C 5 E, C, C, C, C 6 C, C, C, C, C 7 D 8 C, E, E, E 9 C, C, C, C, E 10 B 11 C 12 E, C, E, C, C 13 D 14 E, C, E, C, C 15 E 16 D 17 B 18 A 19 B 20 E
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