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As Mais Belas Histórias - Livro 1

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- 1 - 
 
C O L E Ç Ã O D I D Á T I C A D E M I N A S G E R A I S 
Série “As mais belas histórias” VOL. 1 
 
 LÚCIA MONTEIRO CASASANTA 
 
 
 As mais belas 
 h i s t ó r i a s 
 PRIMEIRO LIVRO 
 
 
 
 EDITORA DO BRASIL EM MINAS GERAIS S. A. 
 B E L O H O R I Z O N T E – R u a d a B a h i a , 2 2 0 0 
 
 
- 2 - 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
- 3 - 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Apresentação 
 
 
 
 
 
 
 
- 4 - 
 
 
 
 
 
 
 Contra Apresentação 
 
 
 
 Í N D I C E 
 
Prefácio ........................................................................................................... 7 
Plutão é Valente ........................................................................................... 9 
Espantada ..................................................................................................... 11 
Papa-Capim e o Bode Chifrão ............................................................... 13 
A enxadinha – Faria Neto ...................................................................... 16 
Tita e Beca ................................................................................................... 17 
Sambo .............................................................................................................. 20 
Natal .................................................................................................................. 24 
A Raposa e o Coelho .................................................................................... 26 
A boneca – Francisca Júlia ........................................................................ 28 
O Nabo Teimoso ............................................................................................ 29 
Maria dos Tamancos .................................................................................... 32 
O Outro Emprego de Maria ...................................................................... 35 
Janoca ................................................................................................................ 38 
 
 
- 5 - 
 
Santo Antônio e os Peixinhos .................................................................... 41 
Coraçãozinho – Henriqueta Lisboa ......................................................... 43 
Corra, Corra, Cabacinha ............................................................................... 44 
O Menino Luxento – Arduino Bolívar ................................................... 47 
História do João Bolinha ............................................................................. 48 
Chitão, O Macaco Chorão .......................................................................... 57 
A Barca Nova ................................................................................................... 61 
D. Baratinha e João Ratão ......................................................................... 62 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O Leão e os Ratinhos ..................................................................................... 65 
Os Três Ursos ................................................................................................... 67 
A Casa Que Pedro Fez .................................................................................. 71 
A Fornalha do Rei ....................................................................................... 77 
O Ninho de Passarinho – Zalina Rolim ................................................. 79 
História dos Girinos Contada por Roberto ......................................... 80 
Um Passeio à Fazenda ............................................................................... 85 
A Chegada ....................................................................................................... 87 
Xô Passarinho! – Sílvio Romero ............................................................... 90 
Um Passeio no Campo ................................................................................. 91 
É Hora do Almoço ........................................................................................ 93 
O Almoço – Heli Menegale ......................................................................... 95 
Os Patinhos da Fazenda ............................................................................. 96 
Os Gansos ......................................................................................................... 97 
As Vacas ............................................................................................................ 99 
A Cobra e a Rolinha .................................................................................... 101 
 
 
- 6 - 
 
A Pesca ........................................................................................................... 102 
O Ninho dos Periquitos ............................................................................ 104 
O Periquitinho ............................................................................................. 107 
Um Ninho – Zalina Rolim ........................................................................ 109 
A Cabana ........................................................................................................ 111 
A Visita à Cabana ......................................................................................... 113 
A Volta ............................................................................................................ 115 
Os Cães ............................................................................................................ 117 
 
 
 
 
 PREFÁCIO 
 Meus meninos, 
 Vocês agora já sabem ler. 
 É tão bom ler! 
 
 
- 7 - 
 
 Escrevi estas histórias para vocês. 
 Se vocês não gostarem de uma, virem a folha. 
Aí vocês vão encontrar outra mais bonita. 
 Mas eu acho que vocês vão gostar de todas as histórias deste 
livro. 
 LÚCIA MONTEIRO CASASANTA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
- 8 - 
 
 
 PLUTÃO É VALENTE 
 
Sofia pôs Lalá na cama e disse: 
- Durma, Lalá, durma! 
Lalá fechou os olhinhos e dormiu. 
Depois, Sofia pôs Loló no berço e 
disse: 
 - Durma, Loló, durma! 
 
 
- 9 - 
 
 
Loló fechou os olhinhos. 
Loló dormiu também. 
Depois, Sofia chamou Plutão e disse: 
- Plutão, tome conta das bonecas. 
Não durma, não. 
E Sofia saiu. 
Plutão é valente. 
Plutão tomou conta das bonecas a 
noite inteirinha. 
E sem piscar. 
 
 
- 10 - 
 
 
 ESPANTADA 
Espantada é uma galinha. 
Um coquinho caiu na cabeça 
 de Espantada. 
Espantada saiu gritando: 
- O mundo está acabando! 
Então, a bicharada saiu gritando 
também. 
- O mundo está acabando! 
- O mundo está acabando! 
 
 
 
- 11 - 
 
 
 
 A raposa é muito esperta. 
 Ela chamou os bichos assim: 
 - Venham! Venham para o meu 
buraco. Eu escondo vocês. 
 Então, a bicharada entrou no buraco 
da raposa. 
E não saiu mais de lá. 
Por que será? 
 
 
- 12 - 
 
 
 PAPA-PAPIM E O BODE CHIFRÃO 
 Um dia, o cabrito Chifrinho foi passar 
na ponte. 
 Papa-Papim avançou no cabrito 
Chifrinho. 
 O cabrito Chifrinho, então, disse: 
 - Não me coma, não, Papa-Papim. 
 A cabra Chifrona é muito gorda. 
 Ela vem aí. 
 Então, Papa-Papim deixou o cabrito 
Chifrinho passar. 
 
 
- 13 - 
 
 
Depois a cabra Chifrona foi passar 
na ponte.Papa-Papim avançou na cabra 
Chifrona. 
A cabra Chifrona, então, disse: 
- Não me coma, não. 
O bode Chifrão é muito gordo. 
Ele vem aí atrás de mim. 
Papa-Papim deixou também a cabra 
Chifrona passar. 
 
 
- 14 - 
 
 
 Depois, veio o bode Chifrão. 
 Papa-Papim avançou no bode 
Chifrão. 
 Então, bode Chifrão deu uma chifrada 
em Papa-Papim. 
Papa-Papim caiu no rio. 
Depois, bode Chifrão passou na ponte. 
Bode Chifrão foi pastar com a 
cabra Chifrona e o cabrito Chifrinho. 
 
 
- 15 - 
 
 
 A ENXADINHA 
 FARIA NETO 
 Minha enxadinha 
 trabalha bem; 
 corta matinhos 
 num vai-e-vém. 
 
Minha enxadinha Adeus, rocinhas! 
vai descansar, adeus, trabalho! 
para amanhã A vós, plantinhas, 
recomeçar. o doce orvalho. 
 
 
 
- 16 - 
 
 
 
 TITA E BECA 
 
Era uma vez dois ratinhos – Tita e 
Beca. 
Um dia, Beca morreu. 
Tita, então, começou a chorar. 
Alazão viu Tita chorar e começou a 
correr. 
A vassoura viu Tita chorar e viu 
Alazão correr. 
 
 
 
 
- 17 - 
 
 
Então, a vassoura começou a varrer. 
A vaca viu Tita chorar, 
viu Alazão correr 
e viu a vassoura varrer. 
Então, a vaca perguntou a Alazão: 
- Alazão, por que Tita chora? 
Por que você corre? 
Por que a vassoura varre? 
Alazão respondeu: 
- É porque Beca morreu. 
A vaca disse: 
 
 
 
 
- 18 - 
 
- Então, eu vou quebrar os meus 
chifres. 
E a vaca quebrou os chifres. 
E agora? 
Agora, Tita chora. 
Alazão corre. 
A vassoura varre. 
A vaca quebrou os chifres. 
E acabou-se a história. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
- 19 - 
 
 
 SAMBO 
Sambo morava no mato. 
Um dia, Sambo vestiu uma roupa 
nova e saiu. 
Logo, Sambo viu os três tigres: o 
Amarelinho, o Valente e o Pintado. 
Os tigres cercaram Sambo. 
Sambo, então, disse: 
- Não me comam, não. 
Eu dou minha roupa nova a vocês. 
 
 
- 20 - 
 
 
 
Sambo, então, deu a roupa nova aos 
tigres. 
Deu o paletó ao Valente. 
Deu as calças ao Pintado. 
Deu os sapatos ao Amarelinho. 
Depois, Sambo disse: 
- O gorro é para o mais bonito. 
E Sambo subiu a uma árvore. 
 
 
- 21 - 
 
 
Valente vestiu o paletó. 
Pintado vestiu as calças. 
Amarelinho calçou os sapatos. 
Depois, Valente disse assim: 
- O gorro é meu. Eu sou o mais 
bonito. 
O Amarelinho disse também: 
- Não, o gorro é meu. Eu sou o 
mais bonito. 
Pintado disse: 
- Não! Não! O gorro é meu. Eu sou 
o mais bonito de todos. 
 
 
 
 
- 22 - 
 
Depois, os tigres tiraram a roupa e 
começaram a brigar. 
Sambo, então, desceu da árvore. 
Sambo pegou as calças, o paletó, os 
sapatos e o gorro. 
E Sambo correu para casa. 
Os tigres brigaram, brigaram, até 
virar farelo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
- 23 - 
 
 
 NATAL 
Um dia o galo cantou assim: 
- Có-có-ri-có! Jesus Cristo nasceu! 
O boi berrou: 
- Onde? Onde? Onde? 
O carneirinho respondeu: 
- Belém! Belém! Belém! Belém! 
O patinho começou a cantar: 
- Vamos lá! Vamos lá! Vamos lá! 
 
 
- 24 - 
 
 
 
E o galo, o boi, o carneirinho e o 
patinho saíram para Belém. 
O galo ia na frente. 
O boi ia atrás do galo. 
O carneirinho ia atrás do boi. 
O patinho ia atrás de todos. 
Eles chegaram a Belém e viram 
Jesus. 
 
 
 
- 25 - 
 
 
 A RAPOSA E O COELHO 
A raposa queria comer o coelho. 
Então, a raposa fingiu de morta. 
Depois, a raposa mandou a arara 
avisar o coelho. O coelho foi lá. 
Ele viu a raposa na cama. 
Ela estava dura, dura, dura como um 
pau. 
O coelho disse: 
- Coitada da raposa! Coitada! 
 
 
- 26 - 
 
 
 
Depois, o coelho disse à arara: 
- Raposa espirra na hora de morrer. 
Ela já espirrou? 
A raposa, então, deu três espirros. 
O coelho saiu correndo e disse: 
- Bicho morto não espirra. 
E o coelho chegou a casa e fechou a 
porta bem fechadinha. 
 
 
- 27 - 
 
 
 A BONECA 
 FRANCISCA JÚLIA 
 Nenê, a rede embalando 
quer provocar a soneca 
à sua linda boneca 
nuns versos que vai cantando. 
“Bonequinha, A tua rede balanço 
bonequinha, num vai-vém; 
tão lourinha, os olhos fecha 
por que ficas a sorrir de manso 
sem dormir? que o sono vem.” 
 
 
- 28 - 
 
 
 O NABO TEIMOSO 
Um dia, seu Quincas queria arrancar 
um nabo. 
O nabo era teimoso. 
Ele não queria sair do lugar. 
Então, seu Quincas chamou todo o 
mundo, para ajudar a arrancar o nabo. 
Chamou Benedita. 
Chamou Ritinha. 
Chamou Plutão. 
Chamou Bichano. 
 
 
- 29 - 
 
 
Seu Quincas puxava o nabo. 
Benedita puxava seu Quincas. 
Ritinha puxava Benedita. 
Plutão puxava Ritinha. 
Bichano puxava Plutão. 
E eles deram um puxão e arrancaram 
o nabo. 
Então, foi muito engraçado. 
Seu Quincas caiu em cima de 
Benedita. 
Benedita caiu em cima de Ritinha. 
 
Ritinha caiu em cima de Plutão. 
 
 
- 30 - 
 
Plutão caiu em cima de Bichano. 
E eles riram, riram, riram, até não 
poder mais. 
E acabou-se a história. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
- 31 - 
 
 
 MARIA DOS TAMANCOS 
Maria vai para o emprego. 
Os seus tamancos vão cantando pelo 
caminho: toc-toc... toc-toc... 
Maria chega ao emprego e começa a 
trabalhar na mesma hora. 
Ela varre aqui, varre ali, limpa aqui, 
limpa ali, espana e espana. 
Depois, Maria vai lavar pratos. 
 
 
- 32 - 
 
 
E Maria lava, lava, lava e enxuga, 
enxuga tudo num instante. 
Agora, Maria vai guardar os pratos. 
Maria pega a pilha de pratos e vai 
indo ... vai indo ... vai indo ... vai 
indo... 
De repente, Maria esbarra. 
Os pratos - pra-a-a- ... caem todos 
no chão. 
A patroa fica brava. 
 
 
- 33 - 
 
 
Maria, então, pega sua trouxinha e 
volta para casa. 
Os seus tamancos vão cantando pelo 
caminho: toc-toc... toc-toc... 
Maria vai cantando também. 
Ela está contente. 
Ela vai ver outra vez suas rocinhas. 
 
 
 
 
 
- 34 - 
 
 
 O OUTRO EMPREGO DE MARIA 
Agora, Maria é ama. 
Já vai ela, empurrando o carrinho de 
Luisinha. 
De repente, o velhinho dos balões 
aparece lá longe. 
Maria deixa o carrinho perto de outro 
carrinho, e vai ver os balões. 
Nisto, Luisinha chora. 
Maria corre e empurra o carrinho 
para casa. 
 
 
- 35 - 
 
 
A patroa vai encontrar Maria. 
Ela levanta a capota do carrinho e 
grita: 
- Maria, você trocou o carrinho! 
Não é Luisinha! 
Maria sai correndo. 
Ela encontra a outra ama com o 
carrinho trocado. 
A patroa fica tão brava! 
Maria, então, pega sua trouxinha e 
volta outra vez para sua roça. 
Os seus tamancos vão cantando pelo 
caminho afora: toc-toc ... toc-toc... 
 
 
 
- 36 - 
 
 
Maria agora toma conta dos patinhos 
e dos marrecos. 
Os patinhos falam assim com Maria: 
Quac... quac... nós gostamos muito 
de você, Maria. 
Os marrecos falam assim: 
- Quic... quic... nós também 
gostamos muito de você, Maria. 
- Quac... quac... quac... quac... 
- Quic... quic... quic... quic... 
 
 
- 37 - 
 
 
 JANOCA 
Janoca era um coelhinho muito, 
muito levado. 
Um dia, Janoca foi passear no mato. 
Um caçador estava caçando no mato. 
O caçador deu um tiro em Janoca: 
- Pum! 
Janoca correu. 
O caçador deu outro tiro - Pum! 
Então, Janoca começou a correr pelo 
mato adentro. 
 
 
- 38 - 
 
 
 
 Lá longe, Janoca disse: 
 - E agora? Eu não sei mais voltar 
para casa. 
 Janoca, então, começou a chorar. 
 Dona Coelha esperou Janoca, esperou.Foi ficando tarde, foi ficando tarde. 
 A noite chegou. 
 Então, Dona Coelha pôs uma capa, 
pegou uma lanterna e saiu para o mato. 
 
 
 
- 39 - 
 
 
O mato estava escuro, muito escuro. 
Dona coelha levantou a lanterna e 
viu uma coisa lá longe. 
Era o coelhinho. 
Dona Coelha gritou: 
- Janoca, Janoca. 
Janoca acordou. 
Janoca viu Dona Coelha e correu 
para ela. 
Dona Coelha voltou depressa com o 
seu coelhinho querido. 
Janoca nunca mais foi passear no 
mato. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
- 40 - 
 
 
SANTO ANTÔNIO E OS PEIXINHOS 
Uma vez, Santo Antônio foi pregar 
em uma cidade. 
O povo não quis ouvir Santo Antônio 
pregar. 
Então, Santo Antônio foi à praia e 
chamou os peixinhos assim: 
- Peixinhos! Peixinhos! 
Os peixinhos apareceram. 
Eles puseram a cabeça fora d’água e 
começaram a ouvir Santo Antônio pregar. 
 
 
- 41 - 
 
 
 
O povo começou a ajuntar na praia, 
para ver os peixinhos. 
E a praia ficou cheia, cheiinha. 
Santo Antônio, então, disse aos 
peixinhos: 
- Obrigado, peixinhos. Agora vocês 
podem ir embora. 
Os peixinhos voltaram para os seus 
cantinhos no fundo do mar. 
E Santo Antônio pregou para o povo. 
 
 
- 42 - 
 
 
 CORAÇÃOZINHO 
 HENRIQUETA LISBOA 
Coraçãozinho que bate 
tic-tic... 
Reloginho de Papai 
tic-tac... 
Vamos fazer uma troca? 
tic-tic tic-tac... 
Relógio fica comigo 
tic-tac... 
Dou o coração a Papai 
tic-tic tic-tac. 
 
 
- 43 - 
 
 
CORRA, CORRA, CABACINHA 
Cabriola era uma cabrita. 
Um dia, Cabriola ia à casa de sua avó. 
No caminho, ela encontrou a onça, a 
raposa e o lobo. 
Todos tentaram comer Cabriola. 
Mas Cabriola falava assim: 
- Não me comam agora, não! 
Eu vou voltar muito gorda da casa da 
vovó. 
Então, o lobo, a onça e a raposa 
ficaram esperando Cabriola voltar da 
casa de sua avó. 
 
 
- 44 - 
 
 
Cabriola era muito esperta. 
No dia de voltar, Cabriola disse: 
- Vovó, como há de ser? O lobo, a 
raposa e a onça querem me comer! 
A avó, então, trouxe uma cabacinha 
e disse: 
- Entre aqui. Não tenha medo de 
nada! 
Depois, a avó disse à cabacinha: 
- Corra, corra, cabacinha, até a casa 
de minha netinha. 
A cabacinha saiu rolando pelo 
caminho. 
 
 
- 45 - 
 
 
A cabacinha passou perto da onça, 
da raposa e do lobo. 
Eles perguntavam assim: 
- Cabacinha, você viu uma cabrita 
por aí? 
Cabriola respondia lá de dentro: 
- Não vi cabrita, nem cabritinha. 
Corra, corra, cabacinha! 
A raposa conheceu a voz de Cabriola. 
Ela saiu correndo atrás da cabacinha. 
Mas a cabacinha correu mais depressa 
e chegou à casa de Cabriola. 
 
 
- 46 - 
 
 
- Menino luxento, você quer empada? 
- Não, mamãezinha, está muito salgada. 
- Você quer assado? 
- Não, mamãezinha, está muito tostado. 
- Você quer salada? 
- Não, mamãezinha, está muito aguada. 
- Você quer pudim? 
- Não, mamãezinha, está muito ruim. 
- Menino luxento, 
Você não quer nada? 
Menino luxento, 
Pois tome palmada. 
 ARDUINO BOLIVAR 
 
 
 
- 47 - 
 
 
HISTÓRIA DO JOÃO BOLINHA 
Era uma vez um João Bolinha. 
Era feito de bolas azuis e brancas. 
Quando o vento batia de cá, 
ele virava para lá. 
Quando o vento batia de lá, 
ele virava para cá. 
E era um João Bolinha feliz. 
Minau tinha inveja de João Bolinha. 
Mas João Bolinha não tinha 
medo de nada, nada, nada! 
Nem do Minau. 
 
 
- 48 - 
 
 
Um dia, Minau deu um pulo 
e agarrou as pernas de João Bolinha. 
E Minau balançava para cá 
e balançava para lá, 
e não podia largar as pernas 
de João Bolinha. 
De repente, João Bolinha arrebentou. 
As bolinhas rolaram pelo quarto. 
Minau fugiu. 
 
 
 
- 49 - 
 
 
 
Quando Evelina chegou, 
viu as bolinhas espalhadas no quarto. 
Ela ajuntou todas, 
mas faltava uma bolinha. 
O pai de Evelina 
enfiou as bolas 
num elástico novo. 
Mas, João Bolinha ficou manco. 
E era um João Bolinha infeliz. 
 
 
 
- 50 - 
 
 
Dizem ... 
Dizem que a noite 
quando todos dormiam em casa, 
João Bolinha saía à procura 
da bolinha perdida. 
Ia mancando, mancando 
por toda a parte. 
Parava em todo lugar 
sem descansar, 
até o sol aparecer ... 
 
 
- 51 - 
 
 
 
Tita, uma ratinha muito esperta, 
veio de longe, de muito longe, 
só para ajudar a procurar 
a bolinha perdida. 
Mas ... nada! 
Porfim, cansada de procurar Tita 
chamou uma baratinha, e disse-lhe: 
- Você que é fininha 
e pode entrar em todos os buraquinhos, 
veja se acha a bolinha perdida. 
 
 
- 52 - 
 
 
 
 
E a baratinha entrava aqui, 
e saía ali. 
Ela punha seus dois 
olhões e seus muitos olhinhos 
em tudo e em todo lugar. 
Mas ... nada! 
Uma noite ... 
- Achei! Achei a bolinha! 
Gritou a baratinha de 
dentro de um buraco. 
 
 
- 53 - 
 
 
João Bolinha mancando, mancando, 
chegou à beira do buraco 
e espiou lá dentro. 
Lá no fundo, estava 
a bolinha branca perdida. 
As baratinhas ajudaram 
a empurrar a bolinha 
até a beira do buraco. 
E depois, todas juntas, 
deram um empurrão 
e a bolinha correu pela sala. 
 
 
 
- 54 - 
 
 
 
 
 
 
Naquela hora, 
o relógio da sala bateu seis horas. 
Maria, a cozinheira, entrou. 
As baratinhas correram e 
enfiaram-se em seus buraquinhos. 
 
 
 
- 55 - 
 
 
 
 
 
 
Um raio de sol 
entrando pela janela 
iluminou o rosto de João Bolinha. 
Junto dele, estava a bolinha perdida. 
E João Bolinha sorria... 
 
 
 
- 56 - 
 
 
CHITÃO, O MACACO CHORÃO 
Chitão era um macaco chorão. 
Ele trabalhava no Circo Angola. 
Um dia, um carroceiro cortou um 
pedaço do rabo de Chitão. 
Para Chitão não chorar, o carroceiro 
lhe deu uma sacola. 
Chitão saiu cantando: 
- Din-glin! Din-glão! 
Perdi meu rabo, 
ganhei uma sacola. 
 
 
- 57 - 
 
 
Din-glin! Din-glão! 
Agora, eu vou para Angola. 
 Um padeiro pediu a sacola empres 
tada. 
Mas, a sacola furou e logo Chitão 
começou a chorar. 
Então, o padeiro deu uma cocada a 
Chitão, para acabar com a choradeira. 
Chitão saiu cantando muito alegre: 
- Din-glin! Din-glão! 
Perdi meu rabo, 
ganhei uma sacola. 
Perdi a sacola, 
ganhei uma cocada. 
 
 
- 58 - 
 
Din-glin! Din-glão! 
Agora eu vou para Angola. 
 Depois, Chitão encontrou com João, 
um tocador de viola. 
Chitão deu a cocada a João e ficou 
esperando. 
Quando João acabou de comer a 
cocada, Chitão começou a chorar. 
Ele queria a cocada ou a viola. 
João, então, deu a viola ao macaco. 
O macaco saiu cantando assim: 
- Din-glin! Din-glão! 
Perdi meu rabo, 
ganhei uma sacola. 
Perdi a sacola, 
ganhei uma cocada. 
Perdi a cocada, 
ganhei uma viola. 
Din-glin! Din-glão! 
Agora, eu vou para Angola. 
Depois, Chitão encontrou o palhaço. 
O palhaço estava procurando o 
macaco. 
 
 
- 59 - 
 
 
Ele levou o macaco para o Circo. 
O macaco saiu cantando assim: 
- Din-glin! Din-glão! 
Perdi o meu rabo, 
ganhei uma sacola, 
Perdi a sacola, 
ganhei uma cocada. 
Perdi a cocada, 
ganhei uma viola. 
Din-glin! Din-glão! 
Agora, eu vou para Angola. 
Agora, Chitão está no Circo Angola. 
Ele canta, ele dança, ele toca viola. 
 
 
- 60 - 
 
 
 A BARCA NOVA 
Oh! Vamos, maninha, vamos 
Pela praia passear; 
Vamos ver a barca nova 
Que do céu caiu no mar. 
 Nossa Senhora vai dentro, 
 Os anjinhos a remar; 
 Remem, remem, remadores, 
 Que essas águas são de flores. 
 
 
- 61 - 
 
 
 
D. BARATINHA E JOÃO RATÃO 
 
Era uma vez uma baratinha, 
Um dia, ela achou um cruzeiro. 
Então, ela foi para a janela e falou 
assim: 
- Quem quer casar, com D. Barati- 
nha, tão bonitinha! 
E ela tem dinheiro na caixinha! 
 
 
 
- 62 -João Ratão, o boi, o carneiro, o 
cabrito, o cachorro e o cavalo passaram 
por lá. Eles todos queriam casar com 
D. Baratinha. 
D. Baratinha gostou mais de João 
Ratão e tratou casamento com ele. 
No dia do casamento, D. Baratinha 
fez uma feijoada. 
Depois, ela vestiu o vestido de noiva, 
pôs o véu, e foi para a igreja. 
 
 
- 63 - 
 
 
D. Baratinha chegou à igreja e ficou 
esperando João Ratão chegar. Esperou, 
esperou. 
Então, D. Baratinha voltou a casa, 
para procurar João Ratão. 
Ela foi entrando na cozinha e foi 
vendo o tamborete perto do fogão e a 
cartola de João Ratão no chão. 
D. Baratinha adivinhou tudo e 
começou a chorar. Chorou, chorou, 
até ficar feia. 
Assim, acabou a história de D. Bara- 
tinha tão bonitinha, que tinha dinheiro 
na caixinha. 
 
 
 
 
- 64 - 
 
 
 
 
 
 
 O LEÃO E OS RATINHOS 
Um dia, um leão caiu numa armadi- 
lha. 
Ficou bravo, muito bravo e urrou, 
urrou, até cansar. 
Depois, dormiu. 
Um ratinho não sabia de nada e 
passou perto do leão. 
Na mesma hora, o leão acordou e 
agarrou o ratinho. 
O ratinho tremia de medo. Não podia 
nem falar, nem gemer. 
 
 
- 65 - 
 
 
O leão teve pena dele e disse: 
- Vá embora! Não vou comer você! 
O ratinho falou: 
- Não! Não vou embora. Primeiro, 
eu vou salvar sua vida. 
Então, o ratinho deu um assobio. 
Na mesma hora, uma rataria apareceu 
ali e roeu a armadilha toda. 
O leão fugiu. 
Os ratinhos ficaram tão alegres! 
Eles cantaram e dançaram a noite 
inteira. 
 
 
- 66 - 
 
 
 OS TRÊS URSOS 
Um dia, Bocadinhos de Ouro foi 
passear no mato e viu a casinha dos 
três ursos. 
Bocadinhos de Ouro entrou na 
casinha. 
Ela viu a sopa na mesa: 
era um prato de sopa, 
era um pratão de sopão, 
era um pratinho de sopinha. 
 
 
- 67 - 
 
 
Bocadinhos de Ouro provou a sopa 
do prato, 
provou o sopão do pratão, 
e tomou a sopinha toda 
do pratinho. 
Depois, Bocadinhos de Ouro entrou 
no quarto. 
Ela viu uma cama grande, 
uma cama menor 
e uma caminha. 
Bocadinhos de Ouro dormiu na 
caminha. 
De tarde, o ursão, a ursa e o ursinho 
chegaram. 
 
 
- 68 - 
 
 
 
Eles foram tomar a sopa. 
Logo, o ursão perguntou com o seu 
vozeirão: 
- Quem provou meu sopão? 
A ursa perguntou também: 
- Quem provou a minha sopa? 
O ursinho começou a chorar e disse: 
- Tomaram minha sopinha toda. 
 
 
 
- 69 - 
 
 
O ursão era muito bravo. Ele pegou 
um pedaço de pau e disse: 
- Quem tomou a sopinha do ursinho 
me paga. 
E o ursão começou a correr a casa. 
Bocadinhos de Ouro acordou com o 
vozeirão do ursão. 
Ela levou muito susto e saiu pelo 
mato, gritando, gritando. 
Os caçadores ouviram os gritos. 
Eles saíram correndo e acharam a 
menina. 
Ela estava branca de tanto medo. 
Depois, eles todos foram juntos para 
a casa de Bocadinhos de Ouro. 
 
 
 
 
 
 
 
- 70 - 
 
 
 
 A CASA QUE PEDRO FEZ 
Esta é a casa que Pedro fez. 
 
 
 
Este é o milho 
que está na cozinha 
da casa que Pedro fez. 
 
 
 
 
- 71 - 
 
 
 
Este é o rato 
que roeu o milho 
que está na cozinha 
da casa que Pedro fez. 
 
Este é o gato 
que espantou o rato 
que roeu o milho 
que está na cozinha 
da casa que Pedro fez. 
 
 
- 72 - 
 
 
Este é o cão 
que ladrou para o gato 
que espantou o rato 
que roeu o milho 
que está na cozinha 
da casa que Pedro fez. 
 
Esta é a vaca 
que chifrou o cão 
que ladrou para o gato 
que espantou o rato 
que roeu o milho 
que estava na cozinha 
da casa que Pedro fez. 
 
 
- 73 - 
 
 
Esta é a moça 
que tocou a vaca 
que chifrou o cão 
que ladrou para o gato 
que espantou o rato 
que roeu o milho 
que está na cozinha 
da casa que Pedro fez. 
 
Este é o macaco 
que fez medo à moça 
que tocou a vaca 
 
 
 
- 74 - 
 
que chifrou o cão 
que ladrou para o gato 
que espantou o rato 
que roeu o milho 
que está na cozinha 
da casa que Pedro fez. 
 
Este é o padre 
que tocou o macaco 
que fez medo a moça 
que tocou a vaca 
que chifrou o cão 
que espantou o rato 
que roeu o milho 
que está na cozinha 
da casa que Pedro fez. 
 
 
- 75 - 
 
 
Este é o galo 
que acordou o padre 
que tocou o macaco 
que fez medo à moça 
que tocou a vaca 
que chifrou o cão 
que ladrou para o gato 
que espantou o rato 
que roeu o milho 
que está na cozinha 
da casa que Pedro fez. 
 
E este? 
Este é o Pedro 
que fez a casa. 
 
 
 
- 76 - 
 
 
 
 A FORNALHA DO REI 
Um rei pagão mandou fazer uma 
estátua de ouro. 
E mandou anunciar por tôda parte: 
- Quem não adorar a estátua de 
ouro será jogado no forno aceso! 
E todos foram e adoraram a estátua. 
Três moços disseram: 
- Nós não podemos adorar a estátua. 
Nosso Deus é vivo e é um só. 
 
 
- 77 - 
 
 
O rei ficou furioso e mandou jogar os 
moços na fornalha acesa. 
Na mesma hora, um anjo desceu do 
céu e entrou na fornalha. 
O anjo não deixou 
as chamas tocarem nos moços. 
O rei viu os moços com o anjo e 
gritou: 
- Tirem os moços daí e adoremos a 
Deus. 
Agora, eu fiquei sabendo que não 
há outro Deus mais poderoso 
do que o Deus deles. 
 
 
- 78 - 
 
 
 O NINHO DE PASSARINHO 
 ZALINA ROLIM 
 
Um belo dia, no ninho 
três ovitos descobri ... 
A mãe olhou-me assustada 
eu tive pena e fugi. 
 
Dias passados, voltando, 
nem um ovo dessa vez! 
E, abrindo ansiosos biquinhos, 
vi três passaritos ... três! 
 
 
- 79 - 
 
 
 HISTÓRIA DOS GIRINOS CONTADA 
 POR ROBERTO 
 
Nós fomos apanhar espuma de sapo. 
Nós vimos uns carocinhos no meio da 
espuma. 
Os carocinhos eram os ovinhos dos 
sapos. 
Nós pusemos a espuma de sapo num 
vidro grande com água. 
 
Os ovinhos foram crescendo, foram 
crescendo, e ficaram pretinhos, pretinhos, 
assim: 
 
Os ovinhos tinham virado girinos. 
 
 
 
- 80 - 
 
Depois, os girinos ganharam uma 
cauda. 
E ficaram assim: 
 
Os girinos nadavam tão depressa! 
Nós gostávamos muito de ver os 
girinos. 
 
Depois, os girinos ganharam duas 
patinhas atrás. 
 
E ficaram assim: 
 
Depois ... 
Depois, os girinos ganharam duas 
patinhas na frente. 
 
E ficaram assim: 
 
Os girinos haviam virado sapinhos. 
 
 
- 81 - 
 
 
Dona Antônia pôs umas pedrinhas 
dentro do vidro. 
Sabem o que aconteceu no outro dia? 
Os sapinhos subiram pelas pedrinhas 
e fugiram. 
- Ah! fujões! 
Dona Antônia disse: 
- Agora, os sapinhos não querem 
mais ficar no vidro. 
Nós, então, arrumamos o tabuleiro 
de areia para os sapinhos. 
Primeiro, nós cobrimos tudo com 
grama. 
 
 
 
- 82 - 
 
 
 
Depois, nós fizemos um esconderijo 
para eles, com pedras e plantas. 
Nós pusemos uma banana na grama. 
Os sapinhos não comiam a banana. 
Eles comiam só os mosquitinhos que 
ficavam na banana. 
Todos os dias nós olhávamos os 
sapinhos. 
A cauda dos sapinhos cada dia ficava 
mais curtinha e ... desapareceu. 
Um dia, nós vimos o vidro vazio. 
Nós procuramos os sapinhos por toda 
a parte. 
 
 
- 83 - 
 
Dona Antônia levantou uma pedrinha 
e ... 
- Oh! Que coisa bonitinha! Os 
sapinhos estavam debaixo da pedra. 
Agora há três sapinhos na classe. 
Êles têm nome. 
Êles se chamam Tão, Tim e Tote. 
Tim, Tão e Tote são, agora, os 
jardineirinhos do nosso grupo. 
 
 
 
 
 
 
- 84 - 
 
 
 
 UM PASSEIO À FAZENDA 
Nuno, Ricardo e Coli vão passear na 
Fazenda da Serrinha. 
Nuno leva a sacola. 
Ricardo leva o saco. 
Coli leva o saquinho. 
A camioneta vai cheia. 
Tio Afonso, tia Tide e os primos vão 
também na camioneta. 
As garrafas para o leite, os cestos 
para as frutas vão atrás, na camioneta. 
 
 
 
- 85 - 
 
 
 
A camioneta atravessou a cidade epegou a estrada de Betim. 
Um carro de boi ia ringindo pela 
estrada. 
- Rin-nhem... rin-nhem... rin-nhem... 
O carro de boi estava cheio de espigas 
de milho. 
Nuno desceu da camioneta e trepou 
no carro de boi. 
Nuno gritou lá do carro de boi: 
- Oa! Brilhante! Oa Bonitão! 
O carro de boi saiu ringindo pela 
estrada afora ... 
Rin-nhem... rin-nhem... rin-nhem... 
 
 
- 86 - 
 
 
 A CHEGADA 
Ricardo e Coli vão chegar antes de 
Nuno. 
A camioneta está quase chegando à 
fazenda. 
O carro de boi está lá atrás, lá atrás. 
A camioneta buzina para chamar 
Zacarias, o empregado. 
Zacarias vem correndo para abrir a 
porteira. 
Tango, Papelão e Surpresa ouviram a 
camioneta buzinar e começaram a latir: 
- Au! Au! Au! 
 
 
- 87 - 
 
 
 
 
A camioneta parou em frente da 
fazenda. 
Ricardo e Coli estão com medo dos 
cães. 
Os cães querem fazer festa a todos. 
Ricardo grita: 
- Passe, Papelão! Passe, Surpresa! 
Vão fazer festas ao Tancredinho. 
Surpresa e Papelão entenderam 
Ricardo. 
 
 
- 88 - 
 
 
 
Eles saltaram em cima do Tancredi- 
nho e farejaram o Tancredinho todo. 
Tancredinho não tem medo dos cães. 
E Nuno? Nuno ainda não chegou. 
Os meninos escutam o carro de boi 
ringir longe, muito longe. 
- Rin-nhem... rin-hem... rin-hem... 
 
 
 
- 89 - 
 
 
 XÔ, PASSARINHO! 
 SÍLVIO ROMERO 
 
 
Xô, passarinho, 
Saia for a do meu arrozal! 
Você não me ajudou a plantar, 
Você não me ajudou a colher. 
 
Você não me ajudou a aterrar, 
Nem me ajudou a cortar! 
Mas quando meu papoá vier, 
Eu tudo hei de contar. 
Xô, passarinho, 
Saia fora do meu arrozal! 
 
 
- 90 - 
 
 
 
 UM PASSEIO NO CAMPO 
 
Os meninos vão esperar o carro de 
boi lá no campo. 
Cada um leva uma varinha na mão. 
Coli segura o avental de Beatriz. 
Ela tem medo de escorregar. 
O campo está florido. 
O campo está tão bonito! 
As meninas fazem coroas de flores e 
põem flores nas orelhas. 
Como as meninas estão bonitas! 
 
 
- 91 - 
 
 
Helena fez uma coroa de flores azuis, 
vermelhas e amarelas. 
Helena pôs a coroa na cabeça de Coli. 
Coli ficou bonita como uma princesa. 
Agora, os meninos ouvem o carro 
de boi. 
- Rin-nhem... rin-hem... rin-nhem… 
O carro de boi apareceu lá longe. 
Nuno pulou do carro de boi e foi 
encontrar os meninos. 
 
 
- 92 - 
 
 
 É HORA DO ALMOÇO 
Os meninos já vêm subindo para 
almoçar. 
Teresinha e Maria Flora vêm chegan- 
do da pesca. 
Elas não pescaram nem um peixinho! 
Ricardo e Coli ainda têm medo dos 
cães e gritam: 
- Titia! Titia! 
Tia Tide grita: 
 
 
- 93 - 
 
 
- Passe, Surpresa! Passe, Papelão! 
José Afonso e Lúcio apearam do 
Alazão. 
 Todos vão para a mesa. 
 Os cães também vão. 
Coli, Nuno e Ricardo estão com as 
pernas em cima da cadeira. 
- Tanto medo de cachorro! - diz 
Maria Flora. - Que vergonha, Nuno! Que 
vergonha, Coli! Ninguém tem medo de 
cachorro, só vocês. 
Todos comem alegres e comem muito. 
Joaquim está esperando José Afonso 
e Lúcio. 
Ele trouxe uma latinha cheiinha de 
Iscas para os meninos. 
 
 
- 94 - 
 
 
 O ALMOÇO 
 HELI MENEGALE 
Branca de Neve trabalha. 
Nas jarras põe malmequeres, 
põe sobre a mesa toalha 
e pratos, copos, talheres... 
 
Na cozinha se evapora 
o cheiro próprio do almoço, 
e estão cantando lá fora 
as aves em alvoroço. 
 
Os anões virão em breve, 
gritando pelo seu nome: 
- o almoço, Branca de Neve! 
Que nós estamos com fome! 
 
 
- 95 - 
 
 
 OS PATINHOS DA FAZENDA 
 
Coli, Ricardo e Sandra vão ao 
galinheiro. 
Cada um leva um cestinho. 
Coli, Sandra e Ricardo passam no 
meio dos patinhos. 
Os patos estão espalhados na grama. 
Os patos viram os meninos e falaram 
assim: 
- Quac ... quac ... Lá vêm os 
meninos! Vamos fugir deles? 
E os patinhos foram pulando n’água, 
um por um. 
 
 
- 96 - 
 
 
 
 OS GANSOS 
 
Sandra vem correndo com uma fatia 
de bolo na mão. 
Sandra passa no meio dos gansos. 
Os gansos rodeiam Sandra. 
Sandra está com medo e fala assim 
com eles: 
- Meus gansinhos, eu quero passar, 
sim? 
 
 
- 97 - 
 
 
Os gansos esticam o pescoço, viram a 
cabeça e falam: 
- Ssss! Ssss! Ssss! 
Sandra sai correndo. 
Os gansos saem correndo atrás dela. 
De repente, Sandra cai e as fatias de 
bolo saltam de sua mão. 
Os gansos avançam nas fatias de bolo. 
Sandra levou muito susto. 
- Ah! Gansinhos! Vocês são muito 
maus! Muito maus mesmo! 
 
 
 
- 98 - 
 
 
 
 AS VACAS 
Os meninos foram ver as vacas. 
Eduardinho trepou logo na cerca. 
Formosa viu Eduardinho na cerca e 
foi chegando, foi chegando. 
Sabem o que Formosa queria? 
Formosa queria lamber os braços de 
Eduardinho. 
Eduardinho pulou da cerca, branco 
de tanto susto. 
 
 
- 99 - 
 
 
Lá longe, vem Zacarias gritando: 
- Oa! Brilhante! 
Zacarias vai levando os bois para o 
pasto. 
Os meninos trepam na cerca para ver 
os bois bem de perto. 
Nuno diz: 
- Quero dar uma palmada no 
Dengoso. 
E Nuno estende o braço. 
Dengoso vira a cabeça e olha para 
Nuno com aqueles olhões. 
Nuno fica branco de susto e pula para 
o outro lado da cerca. 
- Ah! Nuno! Você também gosta 
de contar lorotas, hein? 
 
 
- 100 - 
 
 
 
 A COBRA E A ROLINHA 
 
A rolinha fêz seu ninho 
Para seus ovos chocar 
Veio a cobra e os comeu, 
A rola pos-se a chorar! 
 
Cale a boca, minha rola, 
Que a cobra eu vou matar 
Os ovos que ela comeu 
Ela há de me pagar. 
 
 
- 101 - 
 
 
 
 
 A PESCA 
 Lúcio, José Afonso e Joaquim vão 
pescar. 
 Joaquim leva as latinhas com as iscas. 
 Lúcio leva o balde. 
 José Afonso leva os anzóis. 
 Papelão vai com eles também. 
 Eles vão pescar lá embaixo perto da 
ponte. 
 
 
- 102 - 
 
 
O rio corre claro debaixo dos 
ingazeiros. 
O rio está cheiinho de peixes. 
Os meninos sentaram numas pedras. 
Lúcio jogou o anzol primeiro. 
Depois, José Afonso jogou o dêle. 
 O balde ficou cheiinho de peixes num 
instante. 
 Depois, os meninos levaram os peixes 
para fazer uma fritada. 
 
 
- 103 - 
 
 
 O NINHO DOS PERIQUITOS 
 Os meninos ouviram o pio de uns 
filhotinhos numa árvore. 
Joaquim olhou para cima e disse: 
 - Vamos subir? O pai e a mãe não 
estão no ninho. 
Tudo estava quieto ao redor. 
 Joaquim e Lúcio foram subindo, 
foram subindo. 
 Os meninos chegaram perto do ninho e 
olharam lá dentro. 
 
 
- 104 - 
 
 
Eles viram dois filhotinhos no ninho. 
De repente, os meninos ouviram um 
barulho de asas. 
Joaquim gritou: 
- O pai e a mãe estão chegando! 
Vamos descer depressa! 
Os pássaros avançaram contra os 
meninos e - pec! pec! pec! pec! - 
bicaram os meninos de todo lado. 
Joaquim, então, berrou de mêdo. 
 Um filhotinho levou susto e caiu do 
ninho. 
 
 
- 105 - 
 
 
Lúcio e Joaquim desceram da árvore. 
Joaquim estava todo ferido. 
Lúcio estava tremendo, tremendo! 
 Lúcio embrulhou o filhotinho 
no lenço. 
 O filhotinho estava tremendo muito 
também. 
Os meninos voltaram correndo 
para casa. 
Os pássaros davam gritos furiosos. 
 Lá longe, os meninos ouviam ainda o 
grito dos pássaros. 
 
 
- 106 - 
 
 
 O PERIQUITINHO 
 Lúcio, Joaquim e José Afonso 
chegaram a casa tarde. 
Já estava escuro. 
Tia Tide estava muito zangada. 
 Tia Tide viu o passarinho embrulhado 
no lenço e disse: 
- Lúcio,eu quero ver o passarinho! 
Lúcio pôs o passarinho na mesa. 
 
 
- 107 - 
 
 
 
O passarinho estava com a cabeça 
baixa e os olhos fechados. 
O passarinho tremia, tremia. 
- Você foi mau, meu filho! Coitadi-
nho do passarinho! - disse tia Tide. 
Lúcio começou a chorar e disse: 
 - Eu estou arrependido, mamãe! Eu 
vou tratar muito dele! Ele não há de 
morrer, mamãe. 
 
 
- 108 - 
 
 
 UM NINHO 
 ZALINA ROLIM 
Um ninho de tico-tico, 
Feito com arte e primor, 
Achei no galho mais rico 
Da minha roseira em flor. 
 
Entre as flores encoberto 
Ninguém sabe se ele existe; 
É preciso olhar de perto 
Para que a gente o aviste. 
 
 
 
- 109 - 
 
E lá no fundo, somente 
Três ovitos, e nada mais... 
E o ninho tão fofo e quente! 
E os três ovos tão iguais! 
 
Mas tive muito cuidado 
Não toquei com meus dedinhos; 
Mamãe disse que é sagrado 
O ninho dos passarinhos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
- 110 - 
 
 
 
 A CABANA 
Lúcio, José Afonso e Joaquim viram 
a casa de um galinheiro velho. 
A casa do galinheiro estava destelha- 
da e tinha só uma porta. 
Os meninos, então, combinaram fazer 
uma cabana da casa velha. 
Eles foram ao mato e apanharam 
muito capim. 
Depois, os meninos puseram o capim 
nas costas do Alazão e do Castanho. 
 
 
- 111 - 
 
 
 Lúcio montou no Alazão, José Afonso 
e Joaquim montaram no Castanho. 
Lúcio e José Afonso cobriram a 
cabana com o capim. 
Joaquim fez uma janelinha de tábuas 
para a cabana. 
A cabana ficou tão bonitinha! 
Lúcio e José Afonso varreram lá 
dentro, bem varridinho. 
Depois, eles fizeram uma mesa de 
caixote. 
Joaquim fez dois tamboretes. 
 
 
 
- 112 - 
 
 
 
 A VISITA À CABANA 
Tia tide e tio Afonso foram visitar a 
cabana. 
Teresinha, Sandra e Maria Flora 
também foram. 
Todos acharam a cabana muito 
bonitinha. 
- Já está ficando escuro – disse tia 
Tide. Agora vamos embora. 
- Amanhã nós vamos passar o dia 
inteirinho aqui, disse Lúcio. 
 
 
- 113 - 
 
Os meninos fecharam a cabana. 
E todos foram andando muito alegres 
para casa. 
De repente, os meninos ouviram a 
camioneta buzinar muito longe. 
- A camioneta vem por aí! - disse 
tio Afonso. 
Tia Tide logo perguntou: 
- Por que será que a camioneta vem 
hoje? 
Todos foram andando mais depressa. 
- Que será que aconteceu? 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
- 114 - 
 
 
A VOLTA 
A camioneta apareceu lá em cima, na 
curva do caminho. 
Os meninos foram encontrar Chi- 
quinho perto da porteira. 
Todos perguntaram a mesma coisa. 
Por que veio você hoje, Chiquinho? 
Chiquinho respondeu: 
- Sua avó chegou do Rio e mandou 
buscar vocês. 
Os meninos entraram na camioneta e 
desceram até a porta da fazenda. 
 
 
- 115 - 
 
 
Tio Afonso e tia Tide estavam 
esperando a camioneta à porta da fazenda 
Chiquinho conversou com eles. 
Na mesma hora, todos começaram a 
arrumar as coisa para voltar. 
Zacarias trouxe as alfaces e os 
tomates fresquinhos. 
Durvalino trouxe as garrafas de leite. 
Maria Flora e Teresinha arrumavam 
o cesto das verduras. 
Tia Tide arrumava os ovos e as frutas 
nos balaios. 
 
 
- 116 - 
 
 
 OS CÃES 
Papelão, Tango e Surpresa entravam 
e saíam calados. 
Eles estavam adivinhando tudo. 
Eles estavam tristes, muito tristes, 
porque os meninos iam embora. 
Eles entravam por aqui, saíam por 
alí, iam e voltavam, sempre calados. 
- Venham meninos! Venham! - 
gritou tia Tide. 
 
 
- 117 - 
 
 
A camioneta ia partir. 
Os cães latiam, ladravam e ganiam. 
Zacarias fechou a porteira. 
De longe, um sino perdido tocava o 
Ângelus. 
Então, tia Tide convidou a todos para 
rezarem as Aves-Marias. 
Todos pediram a Nossa Senhora que 
abençoasse a gente e as terras do Brasil. 
Depois, a camioneta partiu. 
A noite caiu logo. 
A escuridão escondeu tudo. 
 
 
 
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