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- 1 - C O L E Ç Ã O D I D Á T I C A D E M I N A S G E R A I S Série “As mais belas histórias” VOL. 1 LÚCIA MONTEIRO CASASANTA As mais belas h i s t ó r i a s PRIMEIRO LIVRO EDITORA DO BRASIL EM MINAS GERAIS S. A. B E L O H O R I Z O N T E – R u a d a B a h i a , 2 2 0 0 - 2 - - 3 - Apresentação - 4 - Contra Apresentação Í N D I C E Prefácio ........................................................................................................... 7 Plutão é Valente ........................................................................................... 9 Espantada ..................................................................................................... 11 Papa-Capim e o Bode Chifrão ............................................................... 13 A enxadinha – Faria Neto ...................................................................... 16 Tita e Beca ................................................................................................... 17 Sambo .............................................................................................................. 20 Natal .................................................................................................................. 24 A Raposa e o Coelho .................................................................................... 26 A boneca – Francisca Júlia ........................................................................ 28 O Nabo Teimoso ............................................................................................ 29 Maria dos Tamancos .................................................................................... 32 O Outro Emprego de Maria ...................................................................... 35 Janoca ................................................................................................................ 38 - 5 - Santo Antônio e os Peixinhos .................................................................... 41 Coraçãozinho – Henriqueta Lisboa ......................................................... 43 Corra, Corra, Cabacinha ............................................................................... 44 O Menino Luxento – Arduino Bolívar ................................................... 47 História do João Bolinha ............................................................................. 48 Chitão, O Macaco Chorão .......................................................................... 57 A Barca Nova ................................................................................................... 61 D. Baratinha e João Ratão ......................................................................... 62 O Leão e os Ratinhos ..................................................................................... 65 Os Três Ursos ................................................................................................... 67 A Casa Que Pedro Fez .................................................................................. 71 A Fornalha do Rei ....................................................................................... 77 O Ninho de Passarinho – Zalina Rolim ................................................. 79 História dos Girinos Contada por Roberto ......................................... 80 Um Passeio à Fazenda ............................................................................... 85 A Chegada ....................................................................................................... 87 Xô Passarinho! – Sílvio Romero ............................................................... 90 Um Passeio no Campo ................................................................................. 91 É Hora do Almoço ........................................................................................ 93 O Almoço – Heli Menegale ......................................................................... 95 Os Patinhos da Fazenda ............................................................................. 96 Os Gansos ......................................................................................................... 97 As Vacas ............................................................................................................ 99 A Cobra e a Rolinha .................................................................................... 101 - 6 - A Pesca ........................................................................................................... 102 O Ninho dos Periquitos ............................................................................ 104 O Periquitinho ............................................................................................. 107 Um Ninho – Zalina Rolim ........................................................................ 109 A Cabana ........................................................................................................ 111 A Visita à Cabana ......................................................................................... 113 A Volta ............................................................................................................ 115 Os Cães ............................................................................................................ 117 PREFÁCIO Meus meninos, Vocês agora já sabem ler. É tão bom ler! - 7 - Escrevi estas histórias para vocês. Se vocês não gostarem de uma, virem a folha. Aí vocês vão encontrar outra mais bonita. Mas eu acho que vocês vão gostar de todas as histórias deste livro. LÚCIA MONTEIRO CASASANTA - 8 - PLUTÃO É VALENTE Sofia pôs Lalá na cama e disse: - Durma, Lalá, durma! Lalá fechou os olhinhos e dormiu. Depois, Sofia pôs Loló no berço e disse: - Durma, Loló, durma! - 9 - Loló fechou os olhinhos. Loló dormiu também. Depois, Sofia chamou Plutão e disse: - Plutão, tome conta das bonecas. Não durma, não. E Sofia saiu. Plutão é valente. Plutão tomou conta das bonecas a noite inteirinha. E sem piscar. - 10 - ESPANTADA Espantada é uma galinha. Um coquinho caiu na cabeça de Espantada. Espantada saiu gritando: - O mundo está acabando! Então, a bicharada saiu gritando também. - O mundo está acabando! - O mundo está acabando! - 11 - A raposa é muito esperta. Ela chamou os bichos assim: - Venham! Venham para o meu buraco. Eu escondo vocês. Então, a bicharada entrou no buraco da raposa. E não saiu mais de lá. Por que será? - 12 - PAPA-PAPIM E O BODE CHIFRÃO Um dia, o cabrito Chifrinho foi passar na ponte. Papa-Papim avançou no cabrito Chifrinho. O cabrito Chifrinho, então, disse: - Não me coma, não, Papa-Papim. A cabra Chifrona é muito gorda. Ela vem aí. Então, Papa-Papim deixou o cabrito Chifrinho passar. - 13 - Depois a cabra Chifrona foi passar na ponte.Papa-Papim avançou na cabra Chifrona. A cabra Chifrona, então, disse: - Não me coma, não. O bode Chifrão é muito gordo. Ele vem aí atrás de mim. Papa-Papim deixou também a cabra Chifrona passar. - 14 - Depois, veio o bode Chifrão. Papa-Papim avançou no bode Chifrão. Então, bode Chifrão deu uma chifrada em Papa-Papim. Papa-Papim caiu no rio. Depois, bode Chifrão passou na ponte. Bode Chifrão foi pastar com a cabra Chifrona e o cabrito Chifrinho. - 15 - A ENXADINHA FARIA NETO Minha enxadinha trabalha bem; corta matinhos num vai-e-vém. Minha enxadinha Adeus, rocinhas! vai descansar, adeus, trabalho! para amanhã A vós, plantinhas, recomeçar. o doce orvalho. - 16 - TITA E BECA Era uma vez dois ratinhos – Tita e Beca. Um dia, Beca morreu. Tita, então, começou a chorar. Alazão viu Tita chorar e começou a correr. A vassoura viu Tita chorar e viu Alazão correr. - 17 - Então, a vassoura começou a varrer. A vaca viu Tita chorar, viu Alazão correr e viu a vassoura varrer. Então, a vaca perguntou a Alazão: - Alazão, por que Tita chora? Por que você corre? Por que a vassoura varre? Alazão respondeu: - É porque Beca morreu. A vaca disse: - 18 - - Então, eu vou quebrar os meus chifres. E a vaca quebrou os chifres. E agora? Agora, Tita chora. Alazão corre. A vassoura varre. A vaca quebrou os chifres. E acabou-se a história. - 19 - SAMBO Sambo morava no mato. Um dia, Sambo vestiu uma roupa nova e saiu. Logo, Sambo viu os três tigres: o Amarelinho, o Valente e o Pintado. Os tigres cercaram Sambo. Sambo, então, disse: - Não me comam, não. Eu dou minha roupa nova a vocês. - 20 - Sambo, então, deu a roupa nova aos tigres. Deu o paletó ao Valente. Deu as calças ao Pintado. Deu os sapatos ao Amarelinho. Depois, Sambo disse: - O gorro é para o mais bonito. E Sambo subiu a uma árvore. - 21 - Valente vestiu o paletó. Pintado vestiu as calças. Amarelinho calçou os sapatos. Depois, Valente disse assim: - O gorro é meu. Eu sou o mais bonito. O Amarelinho disse também: - Não, o gorro é meu. Eu sou o mais bonito. Pintado disse: - Não! Não! O gorro é meu. Eu sou o mais bonito de todos. - 22 - Depois, os tigres tiraram a roupa e começaram a brigar. Sambo, então, desceu da árvore. Sambo pegou as calças, o paletó, os sapatos e o gorro. E Sambo correu para casa. Os tigres brigaram, brigaram, até virar farelo. - 23 - NATAL Um dia o galo cantou assim: - Có-có-ri-có! Jesus Cristo nasceu! O boi berrou: - Onde? Onde? Onde? O carneirinho respondeu: - Belém! Belém! Belém! Belém! O patinho começou a cantar: - Vamos lá! Vamos lá! Vamos lá! - 24 - E o galo, o boi, o carneirinho e o patinho saíram para Belém. O galo ia na frente. O boi ia atrás do galo. O carneirinho ia atrás do boi. O patinho ia atrás de todos. Eles chegaram a Belém e viram Jesus. - 25 - A RAPOSA E O COELHO A raposa queria comer o coelho. Então, a raposa fingiu de morta. Depois, a raposa mandou a arara avisar o coelho. O coelho foi lá. Ele viu a raposa na cama. Ela estava dura, dura, dura como um pau. O coelho disse: - Coitada da raposa! Coitada! - 26 - Depois, o coelho disse à arara: - Raposa espirra na hora de morrer. Ela já espirrou? A raposa, então, deu três espirros. O coelho saiu correndo e disse: - Bicho morto não espirra. E o coelho chegou a casa e fechou a porta bem fechadinha. - 27 - A BONECA FRANCISCA JÚLIA Nenê, a rede embalando quer provocar a soneca à sua linda boneca nuns versos que vai cantando. “Bonequinha, A tua rede balanço bonequinha, num vai-vém; tão lourinha, os olhos fecha por que ficas a sorrir de manso sem dormir? que o sono vem.” - 28 - O NABO TEIMOSO Um dia, seu Quincas queria arrancar um nabo. O nabo era teimoso. Ele não queria sair do lugar. Então, seu Quincas chamou todo o mundo, para ajudar a arrancar o nabo. Chamou Benedita. Chamou Ritinha. Chamou Plutão. Chamou Bichano. - 29 - Seu Quincas puxava o nabo. Benedita puxava seu Quincas. Ritinha puxava Benedita. Plutão puxava Ritinha. Bichano puxava Plutão. E eles deram um puxão e arrancaram o nabo. Então, foi muito engraçado. Seu Quincas caiu em cima de Benedita. Benedita caiu em cima de Ritinha. Ritinha caiu em cima de Plutão. - 30 - Plutão caiu em cima de Bichano. E eles riram, riram, riram, até não poder mais. E acabou-se a história. - 31 - MARIA DOS TAMANCOS Maria vai para o emprego. Os seus tamancos vão cantando pelo caminho: toc-toc... toc-toc... Maria chega ao emprego e começa a trabalhar na mesma hora. Ela varre aqui, varre ali, limpa aqui, limpa ali, espana e espana. Depois, Maria vai lavar pratos. - 32 - E Maria lava, lava, lava e enxuga, enxuga tudo num instante. Agora, Maria vai guardar os pratos. Maria pega a pilha de pratos e vai indo ... vai indo ... vai indo ... vai indo... De repente, Maria esbarra. Os pratos - pra-a-a- ... caem todos no chão. A patroa fica brava. - 33 - Maria, então, pega sua trouxinha e volta para casa. Os seus tamancos vão cantando pelo caminho: toc-toc... toc-toc... Maria vai cantando também. Ela está contente. Ela vai ver outra vez suas rocinhas. - 34 - O OUTRO EMPREGO DE MARIA Agora, Maria é ama. Já vai ela, empurrando o carrinho de Luisinha. De repente, o velhinho dos balões aparece lá longe. Maria deixa o carrinho perto de outro carrinho, e vai ver os balões. Nisto, Luisinha chora. Maria corre e empurra o carrinho para casa. - 35 - A patroa vai encontrar Maria. Ela levanta a capota do carrinho e grita: - Maria, você trocou o carrinho! Não é Luisinha! Maria sai correndo. Ela encontra a outra ama com o carrinho trocado. A patroa fica tão brava! Maria, então, pega sua trouxinha e volta outra vez para sua roça. Os seus tamancos vão cantando pelo caminho afora: toc-toc ... toc-toc... - 36 - Maria agora toma conta dos patinhos e dos marrecos. Os patinhos falam assim com Maria: Quac... quac... nós gostamos muito de você, Maria. Os marrecos falam assim: - Quic... quic... nós também gostamos muito de você, Maria. - Quac... quac... quac... quac... - Quic... quic... quic... quic... - 37 - JANOCA Janoca era um coelhinho muito, muito levado. Um dia, Janoca foi passear no mato. Um caçador estava caçando no mato. O caçador deu um tiro em Janoca: - Pum! Janoca correu. O caçador deu outro tiro - Pum! Então, Janoca começou a correr pelo mato adentro. - 38 - Lá longe, Janoca disse: - E agora? Eu não sei mais voltar para casa. Janoca, então, começou a chorar. Dona Coelha esperou Janoca, esperou.Foi ficando tarde, foi ficando tarde. A noite chegou. Então, Dona Coelha pôs uma capa, pegou uma lanterna e saiu para o mato. - 39 - O mato estava escuro, muito escuro. Dona coelha levantou a lanterna e viu uma coisa lá longe. Era o coelhinho. Dona Coelha gritou: - Janoca, Janoca. Janoca acordou. Janoca viu Dona Coelha e correu para ela. Dona Coelha voltou depressa com o seu coelhinho querido. Janoca nunca mais foi passear no mato. - 40 - SANTO ANTÔNIO E OS PEIXINHOS Uma vez, Santo Antônio foi pregar em uma cidade. O povo não quis ouvir Santo Antônio pregar. Então, Santo Antônio foi à praia e chamou os peixinhos assim: - Peixinhos! Peixinhos! Os peixinhos apareceram. Eles puseram a cabeça fora d’água e começaram a ouvir Santo Antônio pregar. - 41 - O povo começou a ajuntar na praia, para ver os peixinhos. E a praia ficou cheia, cheiinha. Santo Antônio, então, disse aos peixinhos: - Obrigado, peixinhos. Agora vocês podem ir embora. Os peixinhos voltaram para os seus cantinhos no fundo do mar. E Santo Antônio pregou para o povo. - 42 - CORAÇÃOZINHO HENRIQUETA LISBOA Coraçãozinho que bate tic-tic... Reloginho de Papai tic-tac... Vamos fazer uma troca? tic-tic tic-tac... Relógio fica comigo tic-tac... Dou o coração a Papai tic-tic tic-tac. - 43 - CORRA, CORRA, CABACINHA Cabriola era uma cabrita. Um dia, Cabriola ia à casa de sua avó. No caminho, ela encontrou a onça, a raposa e o lobo. Todos tentaram comer Cabriola. Mas Cabriola falava assim: - Não me comam agora, não! Eu vou voltar muito gorda da casa da vovó. Então, o lobo, a onça e a raposa ficaram esperando Cabriola voltar da casa de sua avó. - 44 - Cabriola era muito esperta. No dia de voltar, Cabriola disse: - Vovó, como há de ser? O lobo, a raposa e a onça querem me comer! A avó, então, trouxe uma cabacinha e disse: - Entre aqui. Não tenha medo de nada! Depois, a avó disse à cabacinha: - Corra, corra, cabacinha, até a casa de minha netinha. A cabacinha saiu rolando pelo caminho. - 45 - A cabacinha passou perto da onça, da raposa e do lobo. Eles perguntavam assim: - Cabacinha, você viu uma cabrita por aí? Cabriola respondia lá de dentro: - Não vi cabrita, nem cabritinha. Corra, corra, cabacinha! A raposa conheceu a voz de Cabriola. Ela saiu correndo atrás da cabacinha. Mas a cabacinha correu mais depressa e chegou à casa de Cabriola. - 46 - - Menino luxento, você quer empada? - Não, mamãezinha, está muito salgada. - Você quer assado? - Não, mamãezinha, está muito tostado. - Você quer salada? - Não, mamãezinha, está muito aguada. - Você quer pudim? - Não, mamãezinha, está muito ruim. - Menino luxento, Você não quer nada? Menino luxento, Pois tome palmada. ARDUINO BOLIVAR - 47 - HISTÓRIA DO JOÃO BOLINHA Era uma vez um João Bolinha. Era feito de bolas azuis e brancas. Quando o vento batia de cá, ele virava para lá. Quando o vento batia de lá, ele virava para cá. E era um João Bolinha feliz. Minau tinha inveja de João Bolinha. Mas João Bolinha não tinha medo de nada, nada, nada! Nem do Minau. - 48 - Um dia, Minau deu um pulo e agarrou as pernas de João Bolinha. E Minau balançava para cá e balançava para lá, e não podia largar as pernas de João Bolinha. De repente, João Bolinha arrebentou. As bolinhas rolaram pelo quarto. Minau fugiu. - 49 - Quando Evelina chegou, viu as bolinhas espalhadas no quarto. Ela ajuntou todas, mas faltava uma bolinha. O pai de Evelina enfiou as bolas num elástico novo. Mas, João Bolinha ficou manco. E era um João Bolinha infeliz. - 50 - Dizem ... Dizem que a noite quando todos dormiam em casa, João Bolinha saía à procura da bolinha perdida. Ia mancando, mancando por toda a parte. Parava em todo lugar sem descansar, até o sol aparecer ... - 51 - Tita, uma ratinha muito esperta, veio de longe, de muito longe, só para ajudar a procurar a bolinha perdida. Mas ... nada! Porfim, cansada de procurar Tita chamou uma baratinha, e disse-lhe: - Você que é fininha e pode entrar em todos os buraquinhos, veja se acha a bolinha perdida. - 52 - E a baratinha entrava aqui, e saía ali. Ela punha seus dois olhões e seus muitos olhinhos em tudo e em todo lugar. Mas ... nada! Uma noite ... - Achei! Achei a bolinha! Gritou a baratinha de dentro de um buraco. - 53 - João Bolinha mancando, mancando, chegou à beira do buraco e espiou lá dentro. Lá no fundo, estava a bolinha branca perdida. As baratinhas ajudaram a empurrar a bolinha até a beira do buraco. E depois, todas juntas, deram um empurrão e a bolinha correu pela sala. - 54 - Naquela hora, o relógio da sala bateu seis horas. Maria, a cozinheira, entrou. As baratinhas correram e enfiaram-se em seus buraquinhos. - 55 - Um raio de sol entrando pela janela iluminou o rosto de João Bolinha. Junto dele, estava a bolinha perdida. E João Bolinha sorria... - 56 - CHITÃO, O MACACO CHORÃO Chitão era um macaco chorão. Ele trabalhava no Circo Angola. Um dia, um carroceiro cortou um pedaço do rabo de Chitão. Para Chitão não chorar, o carroceiro lhe deu uma sacola. Chitão saiu cantando: - Din-glin! Din-glão! Perdi meu rabo, ganhei uma sacola. - 57 - Din-glin! Din-glão! Agora, eu vou para Angola. Um padeiro pediu a sacola empres tada. Mas, a sacola furou e logo Chitão começou a chorar. Então, o padeiro deu uma cocada a Chitão, para acabar com a choradeira. Chitão saiu cantando muito alegre: - Din-glin! Din-glão! Perdi meu rabo, ganhei uma sacola. Perdi a sacola, ganhei uma cocada. - 58 - Din-glin! Din-glão! Agora eu vou para Angola. Depois, Chitão encontrou com João, um tocador de viola. Chitão deu a cocada a João e ficou esperando. Quando João acabou de comer a cocada, Chitão começou a chorar. Ele queria a cocada ou a viola. João, então, deu a viola ao macaco. O macaco saiu cantando assim: - Din-glin! Din-glão! Perdi meu rabo, ganhei uma sacola. Perdi a sacola, ganhei uma cocada. Perdi a cocada, ganhei uma viola. Din-glin! Din-glão! Agora, eu vou para Angola. Depois, Chitão encontrou o palhaço. O palhaço estava procurando o macaco. - 59 - Ele levou o macaco para o Circo. O macaco saiu cantando assim: - Din-glin! Din-glão! Perdi o meu rabo, ganhei uma sacola, Perdi a sacola, ganhei uma cocada. Perdi a cocada, ganhei uma viola. Din-glin! Din-glão! Agora, eu vou para Angola. Agora, Chitão está no Circo Angola. Ele canta, ele dança, ele toca viola. - 60 - A BARCA NOVA Oh! Vamos, maninha, vamos Pela praia passear; Vamos ver a barca nova Que do céu caiu no mar. Nossa Senhora vai dentro, Os anjinhos a remar; Remem, remem, remadores, Que essas águas são de flores. - 61 - D. BARATINHA E JOÃO RATÃO Era uma vez uma baratinha, Um dia, ela achou um cruzeiro. Então, ela foi para a janela e falou assim: - Quem quer casar, com D. Barati- nha, tão bonitinha! E ela tem dinheiro na caixinha! - 62 -João Ratão, o boi, o carneiro, o cabrito, o cachorro e o cavalo passaram por lá. Eles todos queriam casar com D. Baratinha. D. Baratinha gostou mais de João Ratão e tratou casamento com ele. No dia do casamento, D. Baratinha fez uma feijoada. Depois, ela vestiu o vestido de noiva, pôs o véu, e foi para a igreja. - 63 - D. Baratinha chegou à igreja e ficou esperando João Ratão chegar. Esperou, esperou. Então, D. Baratinha voltou a casa, para procurar João Ratão. Ela foi entrando na cozinha e foi vendo o tamborete perto do fogão e a cartola de João Ratão no chão. D. Baratinha adivinhou tudo e começou a chorar. Chorou, chorou, até ficar feia. Assim, acabou a história de D. Bara- tinha tão bonitinha, que tinha dinheiro na caixinha. - 64 - O LEÃO E OS RATINHOS Um dia, um leão caiu numa armadi- lha. Ficou bravo, muito bravo e urrou, urrou, até cansar. Depois, dormiu. Um ratinho não sabia de nada e passou perto do leão. Na mesma hora, o leão acordou e agarrou o ratinho. O ratinho tremia de medo. Não podia nem falar, nem gemer. - 65 - O leão teve pena dele e disse: - Vá embora! Não vou comer você! O ratinho falou: - Não! Não vou embora. Primeiro, eu vou salvar sua vida. Então, o ratinho deu um assobio. Na mesma hora, uma rataria apareceu ali e roeu a armadilha toda. O leão fugiu. Os ratinhos ficaram tão alegres! Eles cantaram e dançaram a noite inteira. - 66 - OS TRÊS URSOS Um dia, Bocadinhos de Ouro foi passear no mato e viu a casinha dos três ursos. Bocadinhos de Ouro entrou na casinha. Ela viu a sopa na mesa: era um prato de sopa, era um pratão de sopão, era um pratinho de sopinha. - 67 - Bocadinhos de Ouro provou a sopa do prato, provou o sopão do pratão, e tomou a sopinha toda do pratinho. Depois, Bocadinhos de Ouro entrou no quarto. Ela viu uma cama grande, uma cama menor e uma caminha. Bocadinhos de Ouro dormiu na caminha. De tarde, o ursão, a ursa e o ursinho chegaram. - 68 - Eles foram tomar a sopa. Logo, o ursão perguntou com o seu vozeirão: - Quem provou meu sopão? A ursa perguntou também: - Quem provou a minha sopa? O ursinho começou a chorar e disse: - Tomaram minha sopinha toda. - 69 - O ursão era muito bravo. Ele pegou um pedaço de pau e disse: - Quem tomou a sopinha do ursinho me paga. E o ursão começou a correr a casa. Bocadinhos de Ouro acordou com o vozeirão do ursão. Ela levou muito susto e saiu pelo mato, gritando, gritando. Os caçadores ouviram os gritos. Eles saíram correndo e acharam a menina. Ela estava branca de tanto medo. Depois, eles todos foram juntos para a casa de Bocadinhos de Ouro. - 70 - A CASA QUE PEDRO FEZ Esta é a casa que Pedro fez. Este é o milho que está na cozinha da casa que Pedro fez. - 71 - Este é o rato que roeu o milho que está na cozinha da casa que Pedro fez. Este é o gato que espantou o rato que roeu o milho que está na cozinha da casa que Pedro fez. - 72 - Este é o cão que ladrou para o gato que espantou o rato que roeu o milho que está na cozinha da casa que Pedro fez. Esta é a vaca que chifrou o cão que ladrou para o gato que espantou o rato que roeu o milho que estava na cozinha da casa que Pedro fez. - 73 - Esta é a moça que tocou a vaca que chifrou o cão que ladrou para o gato que espantou o rato que roeu o milho que está na cozinha da casa que Pedro fez. Este é o macaco que fez medo à moça que tocou a vaca - 74 - que chifrou o cão que ladrou para o gato que espantou o rato que roeu o milho que está na cozinha da casa que Pedro fez. Este é o padre que tocou o macaco que fez medo a moça que tocou a vaca que chifrou o cão que espantou o rato que roeu o milho que está na cozinha da casa que Pedro fez. - 75 - Este é o galo que acordou o padre que tocou o macaco que fez medo à moça que tocou a vaca que chifrou o cão que ladrou para o gato que espantou o rato que roeu o milho que está na cozinha da casa que Pedro fez. E este? Este é o Pedro que fez a casa. - 76 - A FORNALHA DO REI Um rei pagão mandou fazer uma estátua de ouro. E mandou anunciar por tôda parte: - Quem não adorar a estátua de ouro será jogado no forno aceso! E todos foram e adoraram a estátua. Três moços disseram: - Nós não podemos adorar a estátua. Nosso Deus é vivo e é um só. - 77 - O rei ficou furioso e mandou jogar os moços na fornalha acesa. Na mesma hora, um anjo desceu do céu e entrou na fornalha. O anjo não deixou as chamas tocarem nos moços. O rei viu os moços com o anjo e gritou: - Tirem os moços daí e adoremos a Deus. Agora, eu fiquei sabendo que não há outro Deus mais poderoso do que o Deus deles. - 78 - O NINHO DE PASSARINHO ZALINA ROLIM Um belo dia, no ninho três ovitos descobri ... A mãe olhou-me assustada eu tive pena e fugi. Dias passados, voltando, nem um ovo dessa vez! E, abrindo ansiosos biquinhos, vi três passaritos ... três! - 79 - HISTÓRIA DOS GIRINOS CONTADA POR ROBERTO Nós fomos apanhar espuma de sapo. Nós vimos uns carocinhos no meio da espuma. Os carocinhos eram os ovinhos dos sapos. Nós pusemos a espuma de sapo num vidro grande com água. Os ovinhos foram crescendo, foram crescendo, e ficaram pretinhos, pretinhos, assim: Os ovinhos tinham virado girinos. - 80 - Depois, os girinos ganharam uma cauda. E ficaram assim: Os girinos nadavam tão depressa! Nós gostávamos muito de ver os girinos. Depois, os girinos ganharam duas patinhas atrás. E ficaram assim: Depois ... Depois, os girinos ganharam duas patinhas na frente. E ficaram assim: Os girinos haviam virado sapinhos. - 81 - Dona Antônia pôs umas pedrinhas dentro do vidro. Sabem o que aconteceu no outro dia? Os sapinhos subiram pelas pedrinhas e fugiram. - Ah! fujões! Dona Antônia disse: - Agora, os sapinhos não querem mais ficar no vidro. Nós, então, arrumamos o tabuleiro de areia para os sapinhos. Primeiro, nós cobrimos tudo com grama. - 82 - Depois, nós fizemos um esconderijo para eles, com pedras e plantas. Nós pusemos uma banana na grama. Os sapinhos não comiam a banana. Eles comiam só os mosquitinhos que ficavam na banana. Todos os dias nós olhávamos os sapinhos. A cauda dos sapinhos cada dia ficava mais curtinha e ... desapareceu. Um dia, nós vimos o vidro vazio. Nós procuramos os sapinhos por toda a parte. - 83 - Dona Antônia levantou uma pedrinha e ... - Oh! Que coisa bonitinha! Os sapinhos estavam debaixo da pedra. Agora há três sapinhos na classe. Êles têm nome. Êles se chamam Tão, Tim e Tote. Tim, Tão e Tote são, agora, os jardineirinhos do nosso grupo. - 84 - UM PASSEIO À FAZENDA Nuno, Ricardo e Coli vão passear na Fazenda da Serrinha. Nuno leva a sacola. Ricardo leva o saco. Coli leva o saquinho. A camioneta vai cheia. Tio Afonso, tia Tide e os primos vão também na camioneta. As garrafas para o leite, os cestos para as frutas vão atrás, na camioneta. - 85 - A camioneta atravessou a cidade epegou a estrada de Betim. Um carro de boi ia ringindo pela estrada. - Rin-nhem... rin-nhem... rin-nhem... O carro de boi estava cheio de espigas de milho. Nuno desceu da camioneta e trepou no carro de boi. Nuno gritou lá do carro de boi: - Oa! Brilhante! Oa Bonitão! O carro de boi saiu ringindo pela estrada afora ... Rin-nhem... rin-nhem... rin-nhem... - 86 - A CHEGADA Ricardo e Coli vão chegar antes de Nuno. A camioneta está quase chegando à fazenda. O carro de boi está lá atrás, lá atrás. A camioneta buzina para chamar Zacarias, o empregado. Zacarias vem correndo para abrir a porteira. Tango, Papelão e Surpresa ouviram a camioneta buzinar e começaram a latir: - Au! Au! Au! - 87 - A camioneta parou em frente da fazenda. Ricardo e Coli estão com medo dos cães. Os cães querem fazer festa a todos. Ricardo grita: - Passe, Papelão! Passe, Surpresa! Vão fazer festas ao Tancredinho. Surpresa e Papelão entenderam Ricardo. - 88 - Eles saltaram em cima do Tancredi- nho e farejaram o Tancredinho todo. Tancredinho não tem medo dos cães. E Nuno? Nuno ainda não chegou. Os meninos escutam o carro de boi ringir longe, muito longe. - Rin-nhem... rin-hem... rin-hem... - 89 - XÔ, PASSARINHO! SÍLVIO ROMERO Xô, passarinho, Saia for a do meu arrozal! Você não me ajudou a plantar, Você não me ajudou a colher. Você não me ajudou a aterrar, Nem me ajudou a cortar! Mas quando meu papoá vier, Eu tudo hei de contar. Xô, passarinho, Saia fora do meu arrozal! - 90 - UM PASSEIO NO CAMPO Os meninos vão esperar o carro de boi lá no campo. Cada um leva uma varinha na mão. Coli segura o avental de Beatriz. Ela tem medo de escorregar. O campo está florido. O campo está tão bonito! As meninas fazem coroas de flores e põem flores nas orelhas. Como as meninas estão bonitas! - 91 - Helena fez uma coroa de flores azuis, vermelhas e amarelas. Helena pôs a coroa na cabeça de Coli. Coli ficou bonita como uma princesa. Agora, os meninos ouvem o carro de boi. - Rin-nhem... rin-hem... rin-nhem… O carro de boi apareceu lá longe. Nuno pulou do carro de boi e foi encontrar os meninos. - 92 - É HORA DO ALMOÇO Os meninos já vêm subindo para almoçar. Teresinha e Maria Flora vêm chegan- do da pesca. Elas não pescaram nem um peixinho! Ricardo e Coli ainda têm medo dos cães e gritam: - Titia! Titia! Tia Tide grita: - 93 - - Passe, Surpresa! Passe, Papelão! José Afonso e Lúcio apearam do Alazão. Todos vão para a mesa. Os cães também vão. Coli, Nuno e Ricardo estão com as pernas em cima da cadeira. - Tanto medo de cachorro! - diz Maria Flora. - Que vergonha, Nuno! Que vergonha, Coli! Ninguém tem medo de cachorro, só vocês. Todos comem alegres e comem muito. Joaquim está esperando José Afonso e Lúcio. Ele trouxe uma latinha cheiinha de Iscas para os meninos. - 94 - O ALMOÇO HELI MENEGALE Branca de Neve trabalha. Nas jarras põe malmequeres, põe sobre a mesa toalha e pratos, copos, talheres... Na cozinha se evapora o cheiro próprio do almoço, e estão cantando lá fora as aves em alvoroço. Os anões virão em breve, gritando pelo seu nome: - o almoço, Branca de Neve! Que nós estamos com fome! - 95 - OS PATINHOS DA FAZENDA Coli, Ricardo e Sandra vão ao galinheiro. Cada um leva um cestinho. Coli, Sandra e Ricardo passam no meio dos patinhos. Os patos estão espalhados na grama. Os patos viram os meninos e falaram assim: - Quac ... quac ... Lá vêm os meninos! Vamos fugir deles? E os patinhos foram pulando n’água, um por um. - 96 - OS GANSOS Sandra vem correndo com uma fatia de bolo na mão. Sandra passa no meio dos gansos. Os gansos rodeiam Sandra. Sandra está com medo e fala assim com eles: - Meus gansinhos, eu quero passar, sim? - 97 - Os gansos esticam o pescoço, viram a cabeça e falam: - Ssss! Ssss! Ssss! Sandra sai correndo. Os gansos saem correndo atrás dela. De repente, Sandra cai e as fatias de bolo saltam de sua mão. Os gansos avançam nas fatias de bolo. Sandra levou muito susto. - Ah! Gansinhos! Vocês são muito maus! Muito maus mesmo! - 98 - AS VACAS Os meninos foram ver as vacas. Eduardinho trepou logo na cerca. Formosa viu Eduardinho na cerca e foi chegando, foi chegando. Sabem o que Formosa queria? Formosa queria lamber os braços de Eduardinho. Eduardinho pulou da cerca, branco de tanto susto. - 99 - Lá longe, vem Zacarias gritando: - Oa! Brilhante! Zacarias vai levando os bois para o pasto. Os meninos trepam na cerca para ver os bois bem de perto. Nuno diz: - Quero dar uma palmada no Dengoso. E Nuno estende o braço. Dengoso vira a cabeça e olha para Nuno com aqueles olhões. Nuno fica branco de susto e pula para o outro lado da cerca. - Ah! Nuno! Você também gosta de contar lorotas, hein? - 100 - A COBRA E A ROLINHA A rolinha fêz seu ninho Para seus ovos chocar Veio a cobra e os comeu, A rola pos-se a chorar! Cale a boca, minha rola, Que a cobra eu vou matar Os ovos que ela comeu Ela há de me pagar. - 101 - A PESCA Lúcio, José Afonso e Joaquim vão pescar. Joaquim leva as latinhas com as iscas. Lúcio leva o balde. José Afonso leva os anzóis. Papelão vai com eles também. Eles vão pescar lá embaixo perto da ponte. - 102 - O rio corre claro debaixo dos ingazeiros. O rio está cheiinho de peixes. Os meninos sentaram numas pedras. Lúcio jogou o anzol primeiro. Depois, José Afonso jogou o dêle. O balde ficou cheiinho de peixes num instante. Depois, os meninos levaram os peixes para fazer uma fritada. - 103 - O NINHO DOS PERIQUITOS Os meninos ouviram o pio de uns filhotinhos numa árvore. Joaquim olhou para cima e disse: - Vamos subir? O pai e a mãe não estão no ninho. Tudo estava quieto ao redor. Joaquim e Lúcio foram subindo, foram subindo. Os meninos chegaram perto do ninho e olharam lá dentro. - 104 - Eles viram dois filhotinhos no ninho. De repente, os meninos ouviram um barulho de asas. Joaquim gritou: - O pai e a mãe estão chegando! Vamos descer depressa! Os pássaros avançaram contra os meninos e - pec! pec! pec! pec! - bicaram os meninos de todo lado. Joaquim, então, berrou de mêdo. Um filhotinho levou susto e caiu do ninho. - 105 - Lúcio e Joaquim desceram da árvore. Joaquim estava todo ferido. Lúcio estava tremendo, tremendo! Lúcio embrulhou o filhotinho no lenço. O filhotinho estava tremendo muito também. Os meninos voltaram correndo para casa. Os pássaros davam gritos furiosos. Lá longe, os meninos ouviam ainda o grito dos pássaros. - 106 - O PERIQUITINHO Lúcio, Joaquim e José Afonso chegaram a casa tarde. Já estava escuro. Tia Tide estava muito zangada. Tia Tide viu o passarinho embrulhado no lenço e disse: - Lúcio,eu quero ver o passarinho! Lúcio pôs o passarinho na mesa. - 107 - O passarinho estava com a cabeça baixa e os olhos fechados. O passarinho tremia, tremia. - Você foi mau, meu filho! Coitadi- nho do passarinho! - disse tia Tide. Lúcio começou a chorar e disse: - Eu estou arrependido, mamãe! Eu vou tratar muito dele! Ele não há de morrer, mamãe. - 108 - UM NINHO ZALINA ROLIM Um ninho de tico-tico, Feito com arte e primor, Achei no galho mais rico Da minha roseira em flor. Entre as flores encoberto Ninguém sabe se ele existe; É preciso olhar de perto Para que a gente o aviste. - 109 - E lá no fundo, somente Três ovitos, e nada mais... E o ninho tão fofo e quente! E os três ovos tão iguais! Mas tive muito cuidado Não toquei com meus dedinhos; Mamãe disse que é sagrado O ninho dos passarinhos. - 110 - A CABANA Lúcio, José Afonso e Joaquim viram a casa de um galinheiro velho. A casa do galinheiro estava destelha- da e tinha só uma porta. Os meninos, então, combinaram fazer uma cabana da casa velha. Eles foram ao mato e apanharam muito capim. Depois, os meninos puseram o capim nas costas do Alazão e do Castanho. - 111 - Lúcio montou no Alazão, José Afonso e Joaquim montaram no Castanho. Lúcio e José Afonso cobriram a cabana com o capim. Joaquim fez uma janelinha de tábuas para a cabana. A cabana ficou tão bonitinha! Lúcio e José Afonso varreram lá dentro, bem varridinho. Depois, eles fizeram uma mesa de caixote. Joaquim fez dois tamboretes. - 112 - A VISITA À CABANA Tia tide e tio Afonso foram visitar a cabana. Teresinha, Sandra e Maria Flora também foram. Todos acharam a cabana muito bonitinha. - Já está ficando escuro – disse tia Tide. Agora vamos embora. - Amanhã nós vamos passar o dia inteirinho aqui, disse Lúcio. - 113 - Os meninos fecharam a cabana. E todos foram andando muito alegres para casa. De repente, os meninos ouviram a camioneta buzinar muito longe. - A camioneta vem por aí! - disse tio Afonso. Tia Tide logo perguntou: - Por que será que a camioneta vem hoje? Todos foram andando mais depressa. - Que será que aconteceu? - 114 - A VOLTA A camioneta apareceu lá em cima, na curva do caminho. Os meninos foram encontrar Chi- quinho perto da porteira. Todos perguntaram a mesma coisa. Por que veio você hoje, Chiquinho? Chiquinho respondeu: - Sua avó chegou do Rio e mandou buscar vocês. Os meninos entraram na camioneta e desceram até a porta da fazenda. - 115 - Tio Afonso e tia Tide estavam esperando a camioneta à porta da fazenda Chiquinho conversou com eles. Na mesma hora, todos começaram a arrumar as coisa para voltar. Zacarias trouxe as alfaces e os tomates fresquinhos. Durvalino trouxe as garrafas de leite. Maria Flora e Teresinha arrumavam o cesto das verduras. Tia Tide arrumava os ovos e as frutas nos balaios. - 116 - OS CÃES Papelão, Tango e Surpresa entravam e saíam calados. Eles estavam adivinhando tudo. Eles estavam tristes, muito tristes, porque os meninos iam embora. Eles entravam por aqui, saíam por alí, iam e voltavam, sempre calados. - Venham meninos! Venham! - gritou tia Tide. - 117 - A camioneta ia partir. Os cães latiam, ladravam e ganiam. Zacarias fechou a porteira. De longe, um sino perdido tocava o Ângelus. Então, tia Tide convidou a todos para rezarem as Aves-Marias. Todos pediram a Nossa Senhora que abençoasse a gente e as terras do Brasil. Depois, a camioneta partiu. A noite caiu logo. A escuridão escondeu tudo. - 118 - - 119 - - 120 - - 121 - - 122 -
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