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ebook Tabagismo Nunca Mais

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TABAGISMOTABAGISMO
NUNCA MAISNUNCA MAIS
Produzido e editado por:Produzido e editado por:
Equipe executora do Projeto de Extensão "Acenda aEquipe executora do Projeto de Extensão "Acenda a
esperança: apague o cigarro".esperança: apague o cigarro".
CARTILHA DE APOIO
 
 
TABAGISMO NUNCA MAIS 
CARTILHA DE APOIO 
RONDONÓPOLIS – MT 
2020 
PROJETO DE EXTENSÃO: “ACENDA A 
ESPERANÇA:APAGUE O CIGARRO"
 
 
 1 
SOBRE NÓS 
A proposta da formatação do grupo Acenda a esperança: apague o cigarro, 
surgiu diante do empenho e engajamento de um grupo de estudantes de medicina da 
Universidade Federal de Rondonópolis (UFR), bem como de sua orientadora 
responsável, durante período de estágio obrigatório da disciplina interação 
comunitária em uma Unidade Básica de Saúde (UBS) de Rondonópolis, o qual tornou 
visível a necessidade de um esforço coletivo pelo bem da saúde de tantas pessoas 
que buscam um auxílio na luta contra o hábito de fumar. 
As atividades práticas para a batalha contra o fumo foi proposta a partir do 
desenvolvimento de Planejamento Estratégico Situacional (PES). Com dados 
objetivos e plano de ação em mãos, tornou-se possível a implementação de um Grupo 
Tabagista na Unidade. Para tanto, toda a dinâmica contou com o apoio de residentes 
estagiários dos cursos de farmácia e enfermagem, além da equipe da própria 
Estratégia de Saúde da Família (ESF) e da Secretária de Saúde do município e, após 
árduo esforço, atingiu seu objetivo de promover melhores hábitos de vida nessa 
população. 
A experiência foi tão positiva que o grupo de estagiários do curso de medicina, 
juntamente de sua tutora sentiram a necessidade de ampliar a oferta de conhecimento 
e estratégias para outras pessoas que teriam o intuito de controlar e/ou abster-se do 
cigarro. Surgiu-se então a proposta do grupo em formato de Extensão. Novos 
integrantes foram aderidos ao grupo pré-formado e assim inicia-se uma história. Após 
formação da equipe, explanação da proposta e submissão do projeto à Câmara de 
Extensão da Universidade Federal de Rondonópolis – MT, o mesmo foi aprovado e 
homologado em 27/07/2020 sob protocolo de nº 200420201735151739 do edital 02-
PBExt Ações-PROECE-2020. 
Diante da pandemia do novo corona vírus, no entanto, suas atividades devem 
permanecer respeitando o distanciamento social e, para tanto, serão ofertados 
conteúdos e interações por meios das mídias sociais, sempre embasados em 
referências seguras e orientados por profissionais experientes na área. 
A presente cartilha “Tabagismo nunca mais” tem, portanto, o intuito de prestar 
esclarecimentos e divulgar informações confiáveis para atualizar e orientar o estudo e 
compreensão dos hábitos e consequências relacionados ao tabagismo, de modo que 
está destinado aos fumantes, aos profissionais de saúde de Rondonópolis, bem como 
à qualquer pessoa interessada no assunto. 
 
 
 
 
 
 2 
AUTORES 
Ana Paula Biazi Marras 
Patrícia de Lima Bonfim 
Otto Gerardo Mojica Veras 
Guilherme Bezerra Ferreira 
Isadora Dias Alves 
Jessica Fonseca Barbosa 
Matheus Barcelos de Souza Lopes 
Paola Barros Macieski 
Thaynara Oliveira da Silva 
Tiago de Santana Melo 
 
 
 
Para dúvidas, sugestões ou críticas, encontre em contato por 
acendaaesperanca@gmail.com ou pelo Instagram, procure 
por @acendaaesperanca ou utilize o QR Code: 
 
 
 
 
 3 
COLABORADORES 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Dr. Cesar Rodrigues Balduino Neto 
Psiquiatra pela ABP/AMB 
Professor na Universidade Federal de Rondonópolis 
Diretor Clínico do Hospital Paulo de Tarso 
Dr. Daniel Borges Marras 
Oftalmologista 
Hospital de Olhos de Rondonópolis 
Dr. Pedro Marques Ferreira 
Neurologista 
Prof.ª Dr.ª Lorena Araújo Ribeiro 
Universidade Federal de Rondonópolis 
 
 
 4 
AGRADECIMENTOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
À Prof.ª Dr.ª Lorena Araújo Ribeiro pela brilhante análise textual desta cartilha, 
cujas contribuições enriqueceram sobremaneira essa atividade extensionista. 
E à todos que, direta ou indiretamente, contribuíram e nos apoiaram para a 
produção desse trabalho. 
 
 
 5 
SUMÁRIO 
CAPÍTULO 1 – ASPECTOS GERAIS DO TABAGISMO ........................................... 6 
1.1 – Definição ......................................................................................................... 7 
1.2 – Prevalência do tabagismo ............................................................................... 8 
1.3 – Malefícios do tabagismo ................................................................................ 11 
1.4 – Aspectos psicológicos ................................................................................... 12 
1.5 – Benefícios em cessar o tabagismo ............................................................... 14 
CAPÍTULO 2 – FUMANTE PASSIVO ....................................................................... 16 
CAPÍTULO 3 – A IMPORTÂNCIA DA ESF E O PAPEL DA EQUIPE ..................... 19 
3.1 – O panorama da importância .......................................................................... 20 
3.2 – Ambiente livre de cigarro ............................................................................... 21 
3.3 – Importância da promoção da saúde e prevenção de doenças ...................... 21 
3.4 – O papel de cada membro da equipe ............................................................. 22 
CAPÍTULO 4 – TRATAMENTO ................................................................................ 24 
4.1 – Abordagem cognitivo-comportamental .......................................................... 25 
4.2 – Abordagem medicamentosa ......................................................................... 27 
CAPÍTULO 5 – COMO MONTAR UM GRUPO TABAGISTA? ................................. 31 
CAPÍTULO 6 – FUMANTE EM RECAÍDA ................................................................ 35 
CAPÍTULO 7 – TABAGISMO E O COVID-19 ........................................................... 37 
REFERÊNCIAS BIBLOGRÁFICAS .......................................................................... 40 
ANEXOS ................................................................................................................... 46 
Anexo 1 – Teste de Fageström .............................................................................. 46 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 6 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CAPÍTULO 1 
ASPECTOS GERAIS DO TABAGISMO 
 
 
 7 
CAPÍTULO 1 – ASPECTOS GERAIS DO TABAGISMO 
1.1 – Definição. 
 O tabagismo é definido como o ato de se consumir cigarros ou qualquer outro 
produto que contenha tabaco, cuja droga ou princípio ativo é a nicotina (SILVA, 2018). 
Tal hábito, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), deve ser considerado 
como uma pandemia, uma vez que está presente em todo planeta e causa prejuízos 
extremos às saúde da população, devendo, portanto, ser combatido como o grande 
problema de saúde pública que representa, em razão da alta prevalência de fumantes 
e da mortalidade decorrente das doenças relacionados ao tabaco. 
 Sendo reconhecido como doença crônica causada pela dependência à nicotina, 
o tabagismo é uma das principais causas evitáveis isoladas de adoecimento e mortes 
precoces, além de integrar o grupo de transtornos mentais e comportamentais em 
razão do uso de substancias psicoativas, de acordo com a Revisão da Classificação 
Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde (CID-10). 
 Tal como divulgado pelo Instituto Nacional de Câncer (INCA) em 2020, as 
folhas da planta Nicotina tabacum são utilizadas como matéria prima para confecção 
de diversos produtos que utilizam a nicotina como princípio ativo, tais como cigarro, 
charuto, cachimbo, cigarro de palha, cigarrilha, bidi, tabaco para narguilé, rapé, fumo-
de-rolo, dispositivos eletrônicospara fumar, dentre outros tantos com capacidade de 
causar dependência. Vale ressaltar nesse ponto que, no Brasil, a Agência Nacional 
de Vigilância Sanitária (Anvisa), por meio de sua Resolução da Diretoria Colegiada n.º 
46 de 2009, torna proibida comercialização, importação e propaganda de qualquer 
dispositivo eletrônica para fumar. 
 Diversos fatores estão relacionados com o tabagismo e o início desse hábito 
que na maioria dos casos ocorre em idade precoce, o que possui íntima relação com 
o status, influência de pais, professores, ídolos e amigos, bem como fatores 
psicológicos associados (INCA, 2020). 
Diante desses aspectos, as ações que visam combater o tabagismo devem 
possuir um direcionamento voltado para educação, com linguagem acessível e que 
alcance diferentes níveis de escolaridade, sempre prezando por um ambiente seguro 
e confortável em que o tabagista se sinta acolhido e possa participar compartilhando 
suas experiências e sensações. 
 
 
 8 
1.2 – Prevalência do tabagismo. 
 Estima-se que no mundo há cerca de mais de um bilhão de fumantes, dos 
quais, segundo a OMS, 80% vive em países de baixa e média renda, onde a carga 
das doenças e mortes associadas ao tabaco é mais elevada. Tais tabagistas 
consumem anualmente cerca de 6 trilhões de cigarros. 
 A OMS aponta, ainda, que o tabagismo mata mais de 8 milhões de pessoas 
por ano, ao passo que mais de 7 milhões dessas mortes resultam diretamente do uso 
desse produto, enquanto aproximadamente 1,2 milhão de mortes estão atreladas à 
não-fumantes expostos ao fumo passivo. 
 De acordo com o INCA (2020), o padrão de prevalência do consumo de tabaco 
no mundo vem sofrendo ao longo dos anos um padrão de crescimento em países em 
desenvolvimento e de redução em países desenvolvidos. A maior prevalência quanto 
ao sexo, contudo, persiste sendo maior em homens. 
 No ano de 2013 o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 
parceria com o Ministério da Saúde e a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), realizou a 
Pesquisa Nacional de Saúde (PNS), a qual atualizou dados acerca da prevalência de 
adultos fumantes com 18 anos ou mais no Brasil. Tal levantamento apontou uma 
proporção de fumantes de 14,7% da população brasileira. 
A monitorização do percentual de fumantes no Brasil ocorre, ainda, 
anualmente, por meio da Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças 
Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), o qual é realizado nas 26 capitais 
brasileiras e no Distrito Federal com adultos maiores de 18 anos. Segundo tal 
levantamento, observa-se ao longo dos últimos anos um decaimento do número de 
fumantes (INCA, 2020). 
Gráfico 1 – Fumantes, Variação Temporal, Vigitel (2006-2009). 
Fonte: Vigitel Brasil 2006 a 2019: Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas 
por Inquérito Telefônico. 
 
 
 9 
Apesar desse decréscimo nos valores percentuais é possível observar que 
existem discrepâncias, no que diz respeitos as unidades federativas do país, além de 
uma heterogeneidade regional relacionada ao percentual de fumantes de acordo com 
o sexo. 
Gráfico 2 – Percentual de Homens fumantes de acordo com capital. 
Fonte: Inquérito domiciliar sobre comportamentos de risco e morbidade referida de doenças e agravos 
não-transmissíveis. MS/SVS/INCA – Brasil, 2002-2005. 
Gráfico 3 – Percentual de Mulheres fumantes de acordo com capital. 
Fonte: Inquérito domiciliar sobre comportamentos de risco e morbidade referida de doenças e agravos 
não-transmissíveis. MS/SVS/INCA – Brasil, 2002-2005. 
 
 
 10 
 O INCA (2020), publicou dados que acrescentam o conhecimento no que tange 
a dados relacionados tabagismo. Dentre tais dados, demonstrou-se que 428 pessoas 
morrem diariamente vítimas da dependência à nicotina. É estimado que 56,9 bilhões 
de reais são perdidos a cada ano por despesas médicas. 
 Em tal estudo, o INCA traz ainda dados que revelam o tabagismo como 
potencial doença pediátrica uma vez que 90% dos fumantes começam a fumar antes 
dos 19 anos, sendo que 15 anos é a idade média de iniciação. Diariamente 100 mil 
jovens começam a fumar no mundo, dos quais 80% corresponderiam aqueles que 
vivem em países em desenvolvimento. 
É evidente, ainda, que além de riscos para os fumantes, diversas pesquisas 
apontam evidências de prejuízo para não-fumantes atingidos pelo tabagismo passivo, 
sendo esse a causa de diversas doenças, inclusive câncer de pulmão e infarto. Dentre 
tal grupo de fumantes passivos, mulheres e crianças constituem o grupo de maior 
risco em ambientes domésticos. Há ainda o risco de exposição no ambiente de 
trabalho, o que levou a OMS considerar a exposição à fumaça do tabaco como fator 
de risco ocupacional. 
Gráfico 4 – Percentual de indivíduos expostos a fumaça de acordo com capital. 
Fonte: Inquérito domiciliar sobre comportamentos de risco e morbidade referida de doenças e agravos 
não-transmissíveis. MS/SVS/INCA – Brasil, 2002-2005. 
 
 
 11 
1.3 – Malefícios do Tabagismo. 
 O tabagismo, como já discutido, pode trazer graves consequências para a 
saúde da população, estando relacionado com o acometimento de diversas 
comorbidades associadas. O fumante, em uma única tragada de cigarro, inala mais 
de 4.720 substâncias tóxicas, além de aproximadamente 43 substâncias 
cancerígenas. Como resultado disso, o hábito de fumar é diretamente o fator causal 
de cerca de 50 patologias, muitas delas incapacitantes e fatais, tais como câncer, 
doenças cardiovasculares e doenças respiratórias crônicas. Isso, de acordo com a 
OMS, representa a principal causa de mortes evitáveis no mundo, o que representa 
63% dos óbitos relacionados às doenças crônicas não transmissíveis (AMARANTE, 
2018). 
 De acordo com o INCA (2005), são atribuíveis ao consumo de tabaco: 45% das 
mortes por doenças coronarianas (como o infarto do miocárdio); 85% das mortes por 
doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC); 25% das mortes por doenças 
cerebrovasculares (como os derrames); 30% das mortes por câncer, sendo que 90% 
dos casos de câncer de pulmão ocorrem em fumantes. 
 O desenvolvimento cânceres está intimamente relacionado ao tabagismo, 
incluindo-se nisso diversos tipos como: leucemia mieloide aguda; câncer de bexiga; 
câncer de pâncreas; câncer de fígado; câncer do colo do útero; câncer de esôfago; 
câncer de rim e ureter; câncer de laringe; câncer na cavidade oral; câncer de faringe; 
câncer de estômago; câncer de cólon e reto; câncer de traqueia, brônquios e pulmão 
(INCA, 2020). 
 Entre tantos tipos de cânceres associados, o de pulmão é a consequência mais 
frequente, possuindo, ainda, um risco de ocorrência e morte que é diretamente 
proporcional a intensidade de exposição, de modo que a mortalidade por esse tipo de 
câncer é 15 vezes maior para fumantes, ao passo que aqueles que fumam de 1 a 14 
cigarros, 15 a 24 cigarros e mais de 25 cigarros possuem, respectivamente, um risco 
8, 14 e 24 vezes maior de morte quando comparados às pessoas que nunca fumaram 
(INCA, 2020). 
 O tabagismo além de estar associado a tais doenças crônicas, também é fator 
importante de maior risco para o desenvolvimento de diversas outras comorbidades, 
tais como tuberculose, infecções respiratórias, úlcera gastrointestinal, impotência 
 
 
 12 
sexual, infertilidade - tanto em mulheres como em homens -, osteoporose, catarata, 
dentre outras (INCA, 2020). 
Segundo o levantamento de dados divulgado pelo INCA (2005), anualmente 
das mortes causadas pelo uso do tabaco 34.999 correspondem a doenças cardíacas; 
31.120 por DPOC; 23.762 por câncer de pulmão; 26.651 por outros cânceres; 17.972 
por tabagismo passivo; 10.900 por pneumonia; 10.812 por acidente vascular cerebral 
(AVC). 
1.4 – Aspectos psicológicos. 
 Tal como relatado pelo INCA (2020), a nicotina, presente em quaisquer 
produtos contendo tabaco, é responsável por estimular a sensação de prazer, sendo 
considerada uma droga por possuir propriedade psicoativas,de modo que ao ser 
inalada produz alterações no sistema nervoso central, o que gera modificação do 
estado emocional e comportamental do usuário, podendo induzir ao abuso e à 
dependência, ao passo que sua inalação continua induz adaptações psicossomáticas 
que passa exigir doses cada vez maiores para manter o nível de satisfação que tinha 
no início. 
 O quadro de dependência resulta, então, em níveis de tolerância, abstinência 
e comportamento compulsivo para o consumo da droga, o que contribui para um 
padrão de continuo abuso da substância, diante das necessidade físicas e 
psicológicas adquiridas, apesar do pleno conhecimento dos efeitos prejudiciais à 
saúde. 
 De acordo com dados publicados em 2007, no Jornal Brasileiro de 
Pneumologia, cerca de 70% dos fumantes apresentam o desejo em parar de fumar, 
mas o nível de dependência da nicotina, representando um desordem complexa de 
difícil superação, exige um grande esforço, o que na maioria dos casos demanda 
tentativas múltiplas de abstinência antes de deixar o cigarro definitivamente (Rondina; 
Gorayeb; Botelho, 2007). 
 O perfil de tabagista abrange um grande conjunto de indivíduos, de modo que 
diversos fatores podem influenciar diretamente no início do ato de fumar, bem como 
no grau de esforço para abandonar esse hábito. Tais fatores, dentre outros tantos com 
capacidade de interferência, encontram uma característica central no que tange ao 
perfil de personalidade do fumante, bem como possíveis transtornos psiquiátricos 
associados. 
 
 
 13 
 De acordo com estudos que buscam uma relação entre o tabagismo e 
características de personalidade, há um enfoque em 3 dimensões de temperamento 
ou personalidade que estão supostamente relacionadas ao tabagismo: extroversão, 
neuroticismo e psicoticismo. Tais estudos recentes levam em consideração o modelo 
teórico de análise proposto por Hans J. Eysenck em 1967. 
 Segundo artigo desenvolvido na Universidade de São Paulo (USP) por 
Rondina, Gorayeb e Botelho (2007), o qual buscou analisar uma série de outros 
estudos documentando relações entre os aspectos de personalidade e o tabagismo, 
apontou-se que, apesar de alguns resultados controversos, os fumantes tendem a ser 
mais extrovertidos, tensos, ansiosos, depressivos, impulsivos e com mais traços de 
neuroticismo, psicoticismo, além de apresentarem indícios de distúrbios de humor, em 
comparação à não fumantes e à ex-fumantes. 
 Além desses fatores, é possível observa na prática clínica um interesse em 
investigar a associação entre transtornos psiquiátricos e o tabagismo, uma vez que a 
nicotina interfere no pleno funcionamento de sistemas neurotransmissores, bem como 
exerce diversas ações neuroendócrinas e configura-se como fator capaz de influenciar 
no quadro psicopatológico e na responsividade do paciente ao tratamento que estiver 
sendo instituído (INCA,2020). 
 Diante desse panorama encontram-se evidencias de associação entre o 
tabagismo e depressão/transtornos depressivos; ansiedade; transtorno obsessivo-
compulsivo; transtorno do pânico; esquizofrenia; transtorno do déficit de atenção; 
alcoolismo; outras doenças mentais (Rondina; Gorayeb; Botelho, 2007). 
 Tais relações podem ser corroboradas de acordo com estudo de Rombaldi et 
al (2010) publicado na Revista Brasileira de Epidemiologia, o qual buscou analisar a 
prevalência de fatores associados aos sintomas depressivos, de modo que encontrou 
dados de significância que apontaram uma relação direta entre a depressão e o 
tabagismo. 
 Diante desses aspectos, é possível afirmar que o conhecimento acerca da 
relação entre o tabagismo e a psicologia possui importantes fins práticos, uma vez 
que ao compreender tais nuances é possível incorporar tratamentos individualizados 
e específicos para o usuário dependente da nicotina. 
 É importante, para tanto, que todos os pacientes tabagistas devam receber uma 
atenção no âmbito de suas nuances psicológicas antes que se inicie o processo de 
 
 
 14 
tratamento para o abandono do tabaco, uma vez que a falta da nicotina de maneira 
abrupta poderá agravar os sintomas da síndrome de abstinência, o que possibilita o 
favorecimento de agravar e/ou gerar condições psiquiátricas. 
Tal intima relação apresentada demonstra a estreita conexão interprofissional 
exigida durante programas que atuam contra o tabagismo para que se garanta 
maiores possibilidades de sucesso terapêutico, prezando sempre pelo bem-estar do 
usuário. 
1.4 – Benefícios em cessar o tabagismo. 
 É evidente que a cessação dos hábitos relacionados ao tabagismo promove 
uma melhoria significativamente notória para saúde, uma vez que ocorre uma gradual 
melhoria das funções corporais, bem como diminuição do risco de desenvolver 
alguma comorbidades associada. O risco de morte, segundo o INCA, seria 
consideravelmente menor por causas relacionadas ao tabagismo, o que aumentaria a 
sobrevida média da população. 
 Ainda no tocante à um melhor estilo de vida após cessação do tabagismo, a 
Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS) divulgou uma folha informativa, a qual 
ditou alguns pontos que devem ser ressaltados como benefícios em parar de fumar. 
São eles: 
 Benefícios imediatos e de longo prazo para saúde após parar de fumar: 
o Dentro de 20 minutos, o ritmo cardíaco e a pressão arterial baixam. 
o Em 12 horas, o nível de monóxido de carbono (CO) no sangue cai para 
níveis normais. 
o De 2 a 12 semanas, a circulação sanguínea melhora e a função 
pulmonar aumenta. 
o Entre 1 a 9 meses, a tosse e a falta de ar diminuem. 
o Em 1 ano, o risco de desenvolver uma doença coronariana cai pela 
metade (em relação a um fumante). 
o Entre 5 e 15 anos, o risco de ter um AVC é reduzido ao de um não 
fumante. 
o Em 10 anos, o risco de câncer de pulmão cai para cerca de metade em 
relação a um fumante e o risco de câncer de boca, garganta, esôfago, 
bexiga, colo do útero e pâncreas também diminui. 
 
 
 15 
o Em 15 anos, o risco de doença cardíaca coronária é o mesmo de um 
não fumante. 
 População de qualquer idade que já tenha desenvolvido algum problema de 
saúde também irá se beneficiar, de modo que aqueles: 
o Por volta dos 30 anos de idade: ganha-se quase10 anos em expectativa 
de vida. 
o Aos 40: ganha-se 9 anos em expectativa de vida. 
o Aos 50: ganha-se 6 anos em expectativa de vida. 
o Aos 60: ganha-se 3 anos em expectativa de vida. 
o Após início de doença com risco de morte os benefícios são rápidos, 
observando que as pessoas que param de fumar após sofrer ataque 
cardíaco reduzem pela metade as chances de ter outro ataque cardíaco. 
 Além desses já citados pode-se afirmar ainda que as chances de impotência 
sexual, dificuldade para engravidar, partos prematuros, nascimento de bebês com 
baixo peso e aborto espontâneo, são circunstâncias bem menores na vida de um ex-
tabagista. 
 Uma consideração importante diz respeito, ainda, às crianças reféns do fumo 
passivo, uma vez que ao interromper esse hábito diminui-se o risco de muitas 
patologias, especialmente as respiratórias e infecções. 
Tais benefícios, portanto, apontam que parar de fumar traz muitas vantagens 
para aqueles que almejam alcançar isso, independente de idade ou sexo e de quanto 
tempo de vida foi tabagista. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 16 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CAPÍTULO 2 
FUMANTE PASSIVO 
 
 
 17 
CAPÍTULO 2 – FUMANTE PASSIVO 
 O tabagismo passivo é toda exposição involuntária ao tabaco ou à poluição 
tabagista ambiental (PTA). Pode se dar por diferentes modalidades como cigarro, 
charuto, cigarrilhas, cachimbo, narguilé e outros produtores de fumaça. Considera-se 
tal fator como a terceira causa de morte evitável no mundo, após o tabagismo ativo e 
o alcoolismo. Estima-se que metade das crianças do mundo encontra-se exposta à 
PTA (BRASIL, 2015). 
 Doenças relacionadas: rinite, sinusite, otite, asma, DPOC e câncer de pulmão, 
além do aumento em 30% do riscocardiovascular (RCV) do indivíduo; 
 Gestantes e seus recém-nascidos expostos à fumaça de derivados do tabaco 
apresentam mais problemas de saúde; 
 O tabagismo passivo também contribui para a menor fertilidade de homens e 
mulheres. 
 De acordo com o INCA (2014), existem efeitos de curto e longo prazo para o 
fumante passivo 
 Efeitos de curto prazo: 
o Irritação dos olhos e nariz, dor de cabeça, dor de garganta e tosse 
 Efeitos de longo prazo: 
o Em lactentes: Risco cinco vezes maior de Síndrome da Morte Súbita 
Infantil Aumento da frequência de doenças pulmonares diversas. 
o Em crianças: Redução do crescimento, redução da função pulmonar, 
aumento da frequência de tosse e chieira torácica, desenvolvimento e/ou 
agravamento de asma, aumento da frequência de outras doenças 
respiratórias como pneumonia e bronquite, aumento do risco 
cardiovascular quando na idade adulta 
o Em adultos: Risco aumentado em 30% de câncer de pulmão, risco 
aumentado em 24% de infarto do miocárdio, aumento do risco de câncer 
de seios da face, desenvolvimento e agravamento de bronquite crônica 
e enfisema 
o Em gestantes: Pode reduzir o peso do neonato, contribuir para a 
síndrome da morte súbita do bebê, além de causar importantes 
alterações no desenvolvimento do sistema nervoso fetal. 
 
 
 18 
De acordo com a Organização Mundial de Saúde – OMS (2006): 
 O tabagismo passivo é a 3ª maior causa de morte evitável no mundo. 
 Estima-se que existam 2 bilhões de fumantes passivos no mundo, desses, 700 
milhões seriam crianças. Aproximadamente, a metade das crianças do mundo 
é fumante passiva. 
 O tabagismo passivo é a maior causa de doença respiratória em crianças. 
 Mais de 100.000 casos anuais de câncer podem ser atribuídos ao fumo 
passivo. 
 O risco de desenvolver câncer de pulmão, para um fumante passivo, é três 
vezes maior do que para os que não estejam expostos à fumaça. 
 A PTA é a principal poluente de ambientes fechados. 
As ações de controle do tabagismo devem ser direcionadas para: 
 Educação 
 Legislação 
 Econômicas 
 Políticas por ambientes livres da fumaça do tabaco devem ser incentivadas, 
principalmente, quanto a locais fechados como domicílios, trabalho, lazer, 
escolas, serviços de saúde, empresas, e locais públicos, criando-se ambientes 
100% livres do tabaco. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 19 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CAPÍTULO 3 
A IMPORTÂNCIA DA ESF E O PAPEL 
DA EQUIPE 
 
 
 20 
 CAPÍTULO 3 – A IMPORTÂNCIA DA ESF E O PAPEL DA 
EQUIPE 
3.1 – O panorama da importância 
 A Estratégia Saúde da Família (ESF) são unidades de Atenção Primária à 
Saúde (APS), que se expressam como uma atenção não especializada de baixa 
densidade tecnológica (LAVRAS, 2011), ou seja, é capaz de resolver a maioria dos 
problemas de saúde apresentados pelos pacientes. De acordo com a Política Nacional 
de Atenção Básica (PNAB), APS é um termo equivalente a Atenção Básica (AB) e, 
portanto, os princípios e diretrizes da PNAB pertencem a ambos. Uma característica 
fundamental da APS é servir de porta de entrada do usuário ao Sistema Único de 
Saúde (SUS) no contexto de Redes de Atenção à Saúde (RAS). 
 Segundo Soratto (2014), a ESF é uma proposta de mudança em relação ao 
modelo tradicional de assistência em saúde, que é focado na doença e na resolução 
da mesma, enquanto a ESF prope a promoção e a prevenção da saúde do usuário, 
de forma holística e biopsicossocial e espiritual. 
 De acordo com a PNAB de 2017, os servidores das ESF possuem deveres 
comuns e específicos a cada profissão. Os comuns englobam o cuidado integral, 
ações de atenção à saúde da população adscrita, visitas domiciliares, 
aperfeiçoamento permanente e continuado, participação no processo de 
territorialização. 
 Existem dois tipos de equipes de saúde, sendo a primeira a de Saúde da 
Família (eSF) que deve cumprir 40 horas semanais de trabalho e é composta 
minimamente por: 
 Médico, preferencialmente especialista em medicina da família e comunidade; 
 Enfermeiro, preferencialmente especialista em saúde da família; 
 Auxiliar e/ou técnico de enfermagem; 
 Agente comunitário de saúde (ACS); 
 Opcionais: agente de combate às endemias (ACE) e os profissionais de saúde 
bucal, que incluem cirurgião-dentista e técnico e/ou auxiliar em saúde bucal. 
 A segunda equipe é a de Atenção Primária (eAP), que foi alterada na portaria 
nº 2.539 de 26 de setembro de 2019, cuja carga horária de trabalho é de 20 ou 30 
 
 
 21 
horas semanais, sendo constituída minimamente por médico (de preferência 
especialista em medicina da família e comunidade) e enfermeiro (preferencialmente 
especialista em saúde da família). 
Conforme dados da portaria nº 3.566 de 19 de dezembro de 2019, no Brasil, 
haviam 45.796 equipes de Saúde de Família, enquanto a portaria nº 3.704 de 23 de 
dezembro de 2019 informa que existiam 1.296 equipes de Atenção Primária. 
3.2 – Ambiente Livre de Cigarro 
 De acordo com a lei nº 12.546/2011 e o decreto nº 8.262/2014 que a 
regulamenta, desde 3 de dezembro de 2014 é proibido fumar cigarros, charutos, 
cachimbos, narguilés e outros produtos derivados do tabaco em locais de uso coletivo, 
públicos ou privados, em todo o Brasil. Esta proibição é válida para restaurantes, 
bares, boates, escolas, universidades, hotéis, áreas comuns de condomínios, 
museus, teatros, farmácias, supermercados, centros comercias, igrejas, veículos 
públicos, hospitais e instituições de saúde. 
 Silva et al (2014) afirma que instituições de saúde são espaços fundamentais 
para a política de ambientes livres da fumaça do tabaco, pois os profissionais de saúde 
podem irradiar modelos de comportamento, contribuindo tanto para quem deseja 
parar de fumar quanto para outras pessoas não começarem com esse hábito. 
 A promoção de ambientes livres de tabaco está entre as seis medidas indicadas 
pela Organização Mundial da Saúde (OMS) (2008) para conter a expansão do 
tabagismo e suas consequências para a saúde, sendo as outras: monitorar o uso do 
tabaco e desenvolver políticas de prevenção, oferecer ajuda a quem queira parar de 
utilizar o tabaco, advertir sobre os perigos do tabaco, proibir propagandas e aumentar 
as taxas de impostos sobre a comercialização do tabaco. 
Ainda conforme Silva et al (2014), o Programa Nacional de Combate ao 
Tabagismo é inserido na ESF por ser a porta de entrada do SUS, ofertar um ambiente 
livre de cigarro e priorizar ações de promoção à saúde e prevenção de doenças dos 
indivíduos e famílias adscritas. 
3.3 – Importância da Promoção da saúde e prevenção de doenças 
 De acordo com Czeresnia (2003), promoção de saúde está vinculada a fazer 
com que o paciente aumente o controle e melhore sua saúde atrelada a uma visão 
holística e socioambiental, fundamentada nos determinantes sociais da saúde que 
 
 
 22 
englobam as condições de trabalho, o modo de viver, o ambiente, a educação, o lazer 
e o acesso a serviços essenciais. 
 No âmbito da APS, a promoção da saúde viabiliza a articulação de ações 
individuais e coletivas que envolvam a comunidade e abordem os determinantes 
sociais da saúde. Além disso, segundo Zampier et al (2019), nas ações em grupos, 
pode-se promover a motivação e a autoconfiança dos usuários para que interrompam 
o hábito de fumar em adição a providenciar suporte a fim de remover as barreiras 
comportamentais que prejudicam a cessação do tabagismo. 
 Ainda conforme Czeresnia (2003), a prevenção de doenças não observa o que 
está em volta da pessoa, e sim apenas a enfermidade, sendo que considera saúde 
apenas a ausência de doenças. Objetiva reduzir o risco de se adquirir determinada 
doença através do uso de conhecimentos epidemiológicos e da história natural da 
doença. É classificada em quatro tipos: 
 Prevenção primária, que trata de remover fatores de risco de determinado 
problema antes que a pessoa desenvolva alguma condiçãoclínica específica 
(ex. imunização) e está vinculada a promoção da saúde que possui medidas 
gerais; 
 Prevenção secundária, trata de detectar um problema de saúde quando está 
no início, o que facilita o diagnóstico e tratamento, e assim, reduzindo a possível 
disseminação para a população ou efeitos a longo prazo (ex. rastreamento); 
 Prevenção terciária, reduz os prejuízos consequentes de um problema agudo 
ou crônico (ex. previne complicações do diabetes ou acidente vascular 
cerebral); 
 Prevenção quaternária, visa evitar danos associados a intervenções médicas 
excessivas e sugerir alternativas adequadas. 
 No contexto de tabagismo, conforme Zampier et al (2019), a prevenção ao 
aumento do número de tabagistas pode ocorrer através da associação da ESF com 
escolas e outros equipamentos sociais, buscando fazer trabalhos educativos e de 
conscientização com as crianças e adolescentes. 
3.4 – O papel de cada membro da equipe 
 Segundo a PNAB, e no contexto de cessação do tabagismo, cada membro da 
equipe de saúde da família tem atribuições específicas: 
 
 
 23 
 Enfermeiro: de acordo com Zampier et al (2019), o enfermeiro pode abordar o 
usuário tabagista de modo individual, quando surge uma oportunidade durante 
procedimentos de enfermagem, ou de modo coletivo em abordagens com base 
na teoria cognitivo-comportamental; 
 Técnico e/ou auxiliar de enfermagem: contribui como disseminador de 
informações durante procedimentos; 
 Médico: verifica outras medicações que o usuário utiliza e definir se o mesmo 
pode fazer uso da terapia medicamentosa que o ajude a parar de fumar; 
 Agente comunitário de saúde (ACS): segundo a cartilha do agente comunitário 
(2014), o ACS deve realizar um levantamento do número de fumantes 
residentes por domicílio; orientar os fumantes a não fumarem em ambientes 
fechados, a fim de evitar o tabagismo passivo e suas consequências para as 
pessoas que convivem com eles; alertar adultos a não fumarem na frente de 
crianças; aconselhar fumantes a deixarem de fumar e, sempre que possível, 
encaminhá-los a unidades de saúde que tenham tratamento para tabagismo; e 
também, motivar os fumantes que se encontram em tratamento de cessação 
de tabagismo. 
 Existem outros profissionais, como por exemplo, psicólogos, nutricionistas, 
dentistas e fisioterapeutas que não são obrigatórios numa ESF, mas que podem 
contribuir com os grupos de tabagismo como convidados para as reuniões. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 24 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CAPÍTULO 4 
TRATAMENTO 
 
 
 25 
CAPÍTULO 4 – TRATAMENTO 
 A base fundamental do tratamento do tabagismo encontra-se na abordagem 
cognitivo-comportamental, de forma que a mudança no comportamento do indivíduo 
influa em mudanças nos seus hábitos. Entretanto, o tabagismo se constitui de três 
pilares de dependência, sendo eles: psicológico, comportamental e fisiológico em 
relação à nicotina e, por isso, a terapêutica nesse processo utiliza de medicamentos 
para minimizar os sintomas da síndrome de abstinência, o que facilita a cessação do 
hábito de fumar (BRASIL, 2015). 
4.1 – Abordagem cognitivo-comportamental 
 Fundamentação: identificar as situações de risco de recaída e desenvolver de 
técnicas de enfrentamento. 
Principais técnicas envolvidas: (BRASIL, 2001). 
 Identificação de pensamentos disfuncionais que trazem sentimentos ruins; 
 Auto-observação dos comportamentos relacionados ao hábito de fumar; 
 Orientação para identificação do pensamento relacionado às suas crenças; 
 Identificação e aprendizado de padrões de pensamentos funcionais; 
 Reatribuição, que significa treinar o usuário para mudar a forma como ele 
atribui significado a determinadas situações; 
 Descatastrofização, que é ensinar ao usuário como lidar em determinadas 
situações, mostrando que a ansiedade, naquele momento, dura muito pouco; 
 Técnicas de relaxamento, nas quais são mais utilizados o exercício de 
respiração profunda e o relaxamento muscular progressivo, para aprender a 
lidar com a ansiedade; 
 Adiamento, quando o usuário adia cada momento antes de acender o cigarro, 
como forma de autocontrole; 
 Treino de assertividade, para que ele possa enfrentar situações onde é tentado 
a fumar. Ou mesmo procurar dizer, da forma mais adequada, algo que o 
incomode, como forma de não aumentar sua ansiedade; 
 Quebra de condicionamento, que significa sair do local ao qual o usuário 
associou o cigarro; 
 
 
 26 
 Autoinstrução, situação em que o participante é ensinado a argumentar consigo 
mesmo sobre a situação que tenta induzi-lo a fumar; 
 Solução de problemas, para que o usuário seja ensinado sobre formas 
adequadas de resolver uma situação problemática (onde antes a resposta seria 
fumar). Portanto, ele é treinado a buscar estas respostas; 
 Exposição e prevenção de respostas – por exemplo, o fumante é treinado em 
várias situações reais que podem levá-lo a fumar, e ele deve achar a resposta 
alternativa para não o fazer. 
 A abordagem ao tabagista pode ser realizada de maneira mínima e intensiva: 
 Abordagem mínima 
 Pode ser realizada por qualquer profissional de saúde com duração média de 
3 minutos a cada contato; 
 Mnemônico Paap: perguntar e avaliar, aconselhar e preparar o fumante para a 
cessação, sem haver um acompanhamento posterior. 
 Abordagem básica 
 Contato profissional-usuário entre 3 e 10 minutos de duração para cada 
encontro; 
 Tem maior taxa de sucesso; 
 Diferencia-se pelo acompanhamento posterior; 
 Mnemônico Paapa: perguntar e avaliar, aconselhar, preparar e acompanhar. 
 Abordagem intensiva 
 Estrutura-se de locais específicos para o atendimento de tabagistas que 
desejam parar de fumar, podendo ser individual ou em grupo de apoio; 
 Realizada por profissionais de saúde, sendo prioritariamente da Atenção 
Básica; 
 Contato profissional-usuário superior a 10 minutos de duração para cada 
encontro; 
 Sempre que possível, é a mais indicada; 
 Diferencia-se pela intensidade do acompanhamento que se dá de forma 
sistemática e sequencial; 
 Mnemônico Paapa: perguntar e avaliar, aconselhar, preparar e acompanhar. 
 
 
 
 27 
4.2 – Abordagem medicamentosa 
 Visa a controlar os sintomas de abstinência provocados pela suspensão do uso 
da nicotina; 
 Atuação apenas na dependência física; 
 Individualizado; 
 A avaliação individual deve ser pelo enfermeiro ou pelo médico de família; 
 Todos os pacientes em uso de apoio medicamentoso devem ser 
acompanhados e avaliados durante o tratamento; 
 Leva-se em conta o perfil e as preferências do fumante, histórico de saúde, uso 
de medicamentos, complicações geradas pelo cigarro, estágio de motivação 
da pessoa e a possibilidade de outras mudanças de estilo de vida; 
 Cardiopatas e hipertensos merecem atenção especial. 
 Existem critérios para utilização de farmacoterapia na cessação de tabagismo, 
de acordo com o Consenso de Abordagem e Tratamento do Fumante (2001), sendo: 
 Consumir 20 ou mais cigarros ao dia; 
 Fumar o primeiro cigarro até 30 minutos após acordar com consumo mínimo 
de dez cigarros por dia; 
 Escore de Fageström (Anexo 1) igual ou maior a cinco, ou dependência 
moderada ou grave segundo avaliação individual; 
 Tentativa anterior sem êxito devido a sintomas de abstinência a nicotina. 
 Não haver contraindicações clínicas para a farmacoterapia. 
 Possíveis medicamentos disponíveis no SUS: Terapia de Reposição de 
Nicotina (adesivo transdérmico, goma de mascar e pastilha) e o Cloridrato de 
Bupropiona. 
 Terapia de Reposição de Nicotina: agentes de ação rápida com goma e pastilha 
e agente de ação longa com adesivo. 
o Contraindicações absolutas: hipersensibilidade ao medicamento, 
doença cardiovascular não compensada, quadro de angina pectoris 
constante, eventos coronarianos agudos em um período inferior a duas 
semanas. 
o Contraindicações relativas: gravidez e amamentaçãoe idade inferior a 
18 anos. 
 
 
 28 
 Adesivo transdérmico de nicotina 
o Adesivo fixado na pele e trocado a cada 24 horas. 
o A nicotina é absorvida pela derme com liberação lenta e contínua na 
corrente sanguínea. 
o A sua concentração máxima é atingida entre 5 a 10h após a aplicação 
do adesivo. 
o Ao final de 24h há uma absorção de 75% do total de nicotina do adesivo. 
o O adesivo deve ser aplicado na pele por meio de rodízio do local da 
aplicação a cada 24 horas. 
o O efeito colateral mais comum é irritação local e com menor frequência 
náuseas e vômitos 
 Na mulher, evitar colocá-lo no seio, e no homem, evitar colocá-lo em região que 
apresente pelos. 
 A região deve estar protegida da exposição direta do sol, porém, não há 
restrição quanto ao uso na água. 
 É necessário parar de fumar ao iniciar o medicamento, devido à possibilidade 
de intoxicação nicotínica. 
 Pastilha de Nicotina 
 Dissolvem na boca completamente entre 20 a 30 minutos. Sua absorção ocorre 
pela mucosa oral (100%). 
Mover uma pastilha de um lado para o outro da boca, repetidamente, até que 
esteja totalmente dissolvida. 
o Evitar morder a pastilha 
o Evitar comer ou beber enquanto estiver com a pastilha na boca, para 
não interferir na absorção de nicotina. 
o A dose máxima recomendada é de 15 pastilhas de 2mg por dia. 
o Efeitos colaterais comuns: tonteira, cefaleia, náuseas, vômitos, 
desconforto gastrintestinal, eructação, diarreia, flatulência, constipação, 
ulceração na boca ou língua 
 Goma de Mascar de Nicotina 
 É um resinato que deve ser mascado com força várias vezes. 
 
 
 29 
 Sua absorção ocorre pela mucosa oral, não é contínua, e sim em picos, 
variando com a força da mastigação, levando entre 2 a 3 minutos para a nicotina 
atingir o cérebro. 
 Deve-se mascar a goma com força algumas vezes até sentir o sabor de tabaco. 
Após isso, parar de mastigar e repousar a goma entre a bochecha e a gengiva por 
alguns minutos para, em seguida, voltar a mastigar com força, repetindo esta 
operação por 30 minutos, sendo que depois poderá jogar fora a goma de mascar. 
o Não ingerir nenhum líquido durante o processo 
o A dose máxima recomendada é de 15 gomas de 2 mg por dia 
 Efeitos colaterais comuns: vertigem, cefaleia, náuseas, vômitos, desconforto 
gastrintestinal, soluços, dor de garganta, dor bucal, aftas, fadiga muscular com dor na 
região mandibular, hipersalivação e amolecimento dos dentes 
 Cloridrato de Bupropiona 
 Antidepressivo atípico: inibe a recaptação neuronal de dopamina e 
norepinefrina, em maior intensidade e de serotonina em menor grau com atividade 
dopaminérgica no núcleo accumbens e noradrenérgica no locus coeruleos. 
 Precisa ser iniciada uma semana antes da data marcada para parar de fumar, 
pois leva de 5 a 7 dias para produzir efeito 
Posologia: 
o 1 comprimido de 150mg pela manhã nos primeiros 3 dias de tratamento. 
o 1 comprimido de 150mg pela manhã e outro comprimido de 150mg, oito 
horas após, a partir do 4º dia de tratamento, até completar 12 semanas. 
o A dose máxima recomendada de Bupropiona é de 300mg por dia. 
 A duração recomendada para o tratamento é de 12 semanas. Entretanto, em 
casos específicos é possível considerar um tratamento mais prolongado. 
Contraindicações absolutas: 
o Hipersensibilidade ao medicamento. 
o Antecedente convulsivo ou epilepsia ou qualquer outro risco para 
convulsão. Alcoolistas em fase de retirada do álcool. 
o Doença cerebrovascular. 
o Bulimia ou anorexia nervosa. 
o Uso de inibidor da MAO há menos de 15 dias. 
o Gestação e amamentação. 
 
 
 30 
Contraindicações relativas: 
o Uso concomitante de carbamazepina, cimetidina, barbitúricos, fenitoína, 
antipsicóticos, antidepressivos, teofilina, corticoesteroides sistêmicos, 
pseudoefedrina ou benzodiazepínicos. 
o Diabetes mellitus em uso de hipoglicemiante oral ou insulina. 
o Hipertensão arterial não controlada. 
 Possibilidades de associação terapêutica: 
o Adesivo de nicotina + goma de mascar de nicotina 
o Adesivo de nicotina + pastilha de nicotina 
o Adesivo de nicotina + bupropiona 
o Bupropiona + goma de mascar de nicotina 
o Bupropiona + pastilha de nicotina 
o Adesivo de nicotina + bupropiona + goma de mascar de nicotina 
o Adesivo de nicotina + bupropiona + pastilha de nicotina 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 31 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CAPÍTULO 5 
COMO MONTAR UM GRUPO DE 
TABAGISTAS? 
 
 
 32 
CAPÍTULO 5 – COMO MONTAR UM GRUPO DE 
TABAGISTAS? 
 Foi publicada pelo Ministério da Saúde no dia 05 de abril de 2013, a portaria 
nº571, que atualizou as diretrizes de cuidado à pessoa tabagista no âmbito da Rede 
de Atenção à Saúde das pessoas com Doenças Crônicas do SUS, essa portaria ainda 
estabeleceu diretrizes sobre a adesão ao Programa Nacional de Controle ao 
Tabagismo (PNCT). O PNTC é gerido e controlado pelo Instituto Nacional do Câncer 
(INCA), esse programa se desenvolve sobre o tratamento do tabagismo em nível 
individual (já explicado nessa cartilha no capítulo 4) e nível coletivo (em grupos). 
 De acordo com essa portaria, a adesão ao PNCT é feita prioritariamente pelas 
Unidades Básicas de Saúde (UBS), sendo dever das Secretarias Municipais de Saúde 
(SMS) manifestar interesse de determinada unidade em ingressar no programa, 
entretanto, isso deve ocorrer após a unidade acatar ao Programa Nacional de 
Melhoria do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica (PMAQ). Após esses passos 
o gestor da saúde ainda deverá responder um questionário que subsidiará a 
programação e compra dos medicamentos pelo governo federal. 
 Os medicamentos disponibilizados através do programa são os adesivos 
transdérmicos que contém nicotina, goma de mascar de nicotina, pastilha de nicotina 
e o cloridrato de bupropiona, sendo que esses são adquiridos pelo governo federal e 
distribuídos aos estados e municípios. A quantidade de medicamentos enviados é 
correspondente a 80% dos indivíduos tabagistas que serão tratados com apoio 
medicamentoso ou não em um período de 12 meses (esse dado é preenchido pelo 
gestor da saúde no questionário fornecido para organização do programa). 
 O município pode estimar o número de usuários do cigarro a serem atendidos 
se conhecer o número de pessoas tabagistas do seu território considerando o 
percentual de tabagistas da sua região que desejam parar de fumar, ainda pode ser 
considerada a capacidade das equipes em realizar os atendimentos individuais ou em 
grupo. 
 Dessa forma, é importante que a equipe interessada em aderir ao PNCT para 
desenvolver grupos, realize uma reunião com o objetivo de elucidar os aspectos gerais 
do tabagismo e a importância de ações na atenção primária que busquem a sua 
 
 
 33 
cessação, pode-se ainda comunicar as ACS’s sobre a necessidade de um 
levantamento da quantidade de tabagistas do território e quantos desses desejam 
parar de fumar, para subsidiar com dados a SMS. 
 É importante salientar que após a adesão ao PNCT os municípios são 
incumbidos de capacitar os profissionais de nível superior que trabalham nas unidades 
cadastradas, a capacitação deve ocorrer com pelo menos um profissional por equipe. 
O grupo de tabagistas deve ser preferencialmente conduzido por equipe 
multiprofissional, entretanto, isso depende da organização dos serviços de saúde, 
podendo os grupos serem conduzidos por um único profissional, duplas ou equipes. 
 O grupo deve fornecer informações e estratégias para direcionar cada indivíduo 
a cessação do tabagismo, de modo que cada um deve conter de 10 a 15 participantes, 
sendo que o programa consiste em quatro sessões de uma hora e meia por semana. 
As orientações para condução do grupo e das sessões são disponibilizadas no manual 
“Deixando de fumar sem mistérios” disponibilizado pelo Ministério da Saúde e pelo 
INCA. 
 Durante o desenvolvimento do programa na UBS, trimestralmente devem ser 
enviadas planilhas de produção pormeio do sistema e-SUS, tanto por coleta de dados 
simplificada quanto por prontuário eletrônico. 
O fluxograma 1 apresenta uma proposta de fluxo a ser seguida para adesão ao 
PNCT e implantação do tratamento coletivo nas Unidades Básicas de Saúde. 
 
 
 34 
Fluxograma 1 – Fluxo para implantação de tratamento coletivo em UBS. 
 
 
 35 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CAPÍTULO 6 
FUMANTE EM RECAÍDA 
 
 
 36 
CAPÍTULO 6 – FUMANTE EM RECAÍDA 
 O caderno da atenção básica de número 40 produzido pelo Ministério da Saúde 
discorre sobre o tabagismo, nele é relatado que no processo de cessação do hábito 
de fumar, podem surgir para os indivíduos muitos desafios que comprometam a sua 
tentativa, frente a esses os profissionais da saúde envolvidos no tratamento devem 
estar preparados para ampara-los e fornecer orientações para enfretamento da 
abstinência. Dessa forma, a prevenção da recaída se faz de melhor maneira quando 
se controla o estresse e ansiedade pois esses se configuram como grandes gatilhos, 
pode-se ainda evitar ficar perto de pessoas que fumam, evitar ingestão de bebida 
alcoólica e procurar ocupar o tempo com atividades mais saudáveis. 
Os principais fatores de risco para recaída são: 
 Fracassos em tentativas anteriores a cessação; 
 Presença de outros fumantes no domicilio ou no trabalho; 
 Uso exagerado do tabaco; 
 Status socioeconômico baixo; 
 Situações de estresse; 
 Problemas psiquiátricos; 
 Baixa motivação. 
 É importante diferenciar o lapso da recaída. Os lapsos ocorrem quando o 
indivíduo no tratamento para cessação do tabagismo fuma esporadicamente, sem 
retornar aos hábitos de tabagista. Já a recaída se caracteriza quando ele retorna a 
fumar regularmente, ou seja, quando retorna aos hábitos de tabagista. 
Essas situações podem gerar culpa no indivíduo e sensação de incapacidade, 
causando frustação e vergonha o que pode impedir o retorno ou continuação do 
tratamento. Diante desse quadro, cabe ao profissional de saúde o papel de sensibilizar 
esse tabagista e encaminhá-lo a unidade para dar continuidade ao tratamento seja 
em grupo ou de forma individual. 
 
 
 
 
 
 
 37 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CAPÍTULO 7 
TABAGISMO E COVID-19 
 
 
 38 
CAPÍTULO 7 – TABAGISMO E COVID-19 
 De acordo com Szklo (2020), o tabagismo é um grave problema de saúde 
pública que aumenta o risco de complicações de diversas doenças, principalmente 
cardiovasculares e respiratórias, além de diminuir a capacidade pulmonar de um 
indivíduo. O tabaco também causa diferentes tipos de inflamações, prejudica os 
mecanismos de defesa do organismo e, portanto, provoca maior risco de infecções 
por vírus, bactérias e fungos. 
 O mundo está vivendo uma pandemia de COVID-19, doença provocada pelo 
SARS-CoV-2, um novo tipo de coronavírus que afeta diversos sistemas do organismo, 
mas principalmente o respiratório. O tabagista tem um possível comprometimento da 
capacidade pulmonar, o que o leva a ter maiores chances de desenvolver sintomas 
graves da doença, como pneumonia e insuficiência respiratória, podendo levar a 
morte, assim como traz Silva, Moreira, Martins (2020), que também afirma que 
fumantes com COVID-19 têm 3,25 vezes mais chances de desenvolver quadros mais 
graves que não fumantes. 
 Ademais, levar as mãos não higienizadas à boca para fumar, pode facilitar a 
entrada do vírus no corpo, de acordo com alerta do Instituto Nacional do Câncer 
(INCA). 
 No caso do narguilé, a situação pode ser mais grave, pois normalmente é uma 
atividade realizada em grupos, sendo que a mangueira e a piteira (parte que é 
colocada na boca) são compartilhadas por todos. Além disso, a água fria na base que 
funciona como um filtro para a fumaça pode facilitar a sobrevivência de vírus e 
bactérias. Todavia a contaminação ainda pode ocorrer durante o processo de 
preparação do narguilé. 
 Um ponto importante levantado por Silva, Moreira, Martins (2020), diz respeito 
ao isolamento social, pois com a indicação de se ficar em casa, os fumantes podem 
expor não fumantes ao tabagismo passivo com mais frequência que antes da 
pandemia. 
 Com o surgimento da pandemia de COVID-19, o Programa Nacional de 
Controle do Tabagismo (PNCT) emitiu uma nota à rede nacional de coordenadores 
de programas de cessação do tabagismo a fim de reduzir o risco de contágio pelo 
vírus, sugerindo: 
 
 
 39 
 Evitar aglomerações num mesmo ambiente; 
 Evitar exposição do tabagista na unidade de saúde, a não ser que seja 
absolutamente necessário; 
 Evitar começar novos grupos ou atendimento individual de tratamento para 
tabagismo, orientando e justificando o adiamento do início do tratamento; 
 E para os que já estavam em tratamento, garantir a medicação e a manutenção 
das orientações em grupo ou individual por mensagens eletrônicas (ex.: 
WhatsApp, Telegram). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 40 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
REFERÊNCIAS 
BIBLIOGRÁFICAS 
 
 
 41 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
1. AMARANTE, Suely. O cigarro e os seus malefícios. Disponível em: 
http://www.iff.fiocruz.br/index.php/8-noticias/471-cigarro-
maleficios#:~:text=O%20fumo%20%C3%A9%20causa%20direta,cerebrovascular
es%20(acidente%20vascular%20cerebral). Acesso em: 08 ago. 2020. 
 
2. BRASIL. Ministério da Saúde. Decreto nº 8.262, de 31 de maio de 2014. Altera o 
Decreto nº 2.018, de 1º de outubro de 1996 que regulamenta a Lei nº 9.294, de 
15 de julho de 1996. Diário Oficial da União, seção 1, p. 1, publicado dia 02 de 
junho de 2014. Disponível em: 
https://www2.camara.leg.br/legin/fed/decret/2014/decreto-8262-31-maio-2014-
778840-publicacaooriginal-144275-pe.html. Acesso em: 09 ago. 2020. 
 
3. BRASIL. Ministério da Saúde. Gabinete do Ministro. Lei Antifumo nº 12.546, de 
2011. Proíbe fumar em locais totalmente ou parcialmente fechados em 
qualquer um de seus lados por uma parede, divisória, teto ou toldo; também 
vale para áreas comuns de condomínios e clubes. Disponível em: 
http://portalarquivos.saude.gov.br/campanhas/leiantifumo/index.html#:~:text=Lei%
20Antifumo%20nº%2012.546%2F2011,%2C%20divisória%2C%20teto%20ou%2
0toldo.&text=A%20lei%20vale%20também%20para%20áreas%20comuns%20de
%20condomínios%20e%20clubes. Acesso em: 09 ago. 2020. 
 
4. BRASIL. Ministério da Saúde. Gabinete do Ministro. Portaria nº 571, de 05 de abril 
de 2013. Atualiza as diretrizes de cuidado à pessoa tabagista no âmbito da 
Rede de Atenção à Saúde das Pessoas com Doenças Crônicas do Sistema 
Único de Saúde (SUS) e dá outras providências. Diário Oficial da União, p. 56 
e 57, publicado em 08 de abril de 2013. Disponível em: 
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2013/prt0571_05_04_2013.html. 
Acesso em: 09 ago. 2020. 
 
5. BRASIL. Ministério da Saúde. Gabinete do Ministro. Portaria nº 1.035, de 31 de 
maio de 2004. Amplia o acesso à abordagem e tratamento de tabagismo para 
a rede de atenção básica e de média complexidade do Sistema Único de 
Saúde (SUS), com o objetivo de consolidar o Programa Nacional de Controle 
do Tabagismo. Diário Oficial da União, seção 1, p. 24, publicado em 01 de junho 
de 2004. Disponível em: 
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2004/prt1035_31_05_2004_comp.h
tml. Acesso em: 07 ago. 2020. 
 
6. BRASIL. Ministério da Saúde. Gabinete do Ministro. Portaria nº 1.575, de 29 de 
agosto de 2002. Consolida o Programa Nacional de Controle do Tabagismo. 
Diário Oficial da União, publicado em 03 de setembro de 2002. Disponível em: 
https://www.legisweb.com.br/legislacao/?id=183019. Acesso em: 08 ago. 2020. 
 
7. BRASIL. Ministério da Saúde. Gabinete do Ministro. Portaria nº 2.436, de 21 de 
setembro de 2017. Aprova a Política Nacional de Atenção Básica, 
estabelecendo a revisão de diretrizes para a organização da Atenção Básica, 
 
 
 42 
no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS). Diário Oficial da União, ed. 183, 
seção 1, p. 68, publicado dia 22 de setembro de 2017. Disponível em:https://www.in.gov.br/materia/-
/asset_publisher/Kujrw0TZC2Mb/content/id/19308123/do1-2017-09-22-portaria-n-
2-436-de-21-de-setembro-de-2017-19308031. Acesso em: 08 ago. 2020. 
 
8. BRASIL. Ministério da Saúde. Gabinete do Ministro. Portaria nº 2.539, de 26 de 
setembro de 2019. Altera as Portarias de Consolidação nº 2/GM/MS, de 28 de 
setembro de 2017, e nº 6, de 28 de setembro de 2017, para instituir a equipe 
de Atenção Primária – eAP e dispor sobre o financiamento de equipe de 
Saúde Bucal – eSB com carga horária diferenciada. Diário Oficial da União, ed. 
188, seção 1, p. 164, publicado dia 27 de setembro de 2019. Disponível em: 
https://www.in.gov.br/en/web/dou/-/portaria-n-2.539-de-26-de-setembro-de-2019-
218535009. Acesso em: 07 ago. 2020. 
 
9. BRASIL. Ministério da Saúde. Gabinete do Ministro. Portaria nº 3.566, de 19 de 
dezembro de 2019. Fixa o quantitativo de equipes de Saúde de Família e 
equipe Saúde Bucal composta por profissionais com carga horária individual 
de 40 horas semanais e estabelece regra transitória para às equipes de Saúde 
da Família com as tipologias I, II, III, IV e V (transitória). Diário Oficial da União, 
ed. 246, seção 1, p. 198, publicado dia 20 de dezembro de 2019. Disponível em: 
https://www.in.gov.br/web/dou/-/portaria-n-3.566-de-19-de-dezembro-de-2019-
234647326. Acesso em: 08 ago. 2020. 
 
10. BRASIL. Ministério da Saúde. Gabinete do Ministro. Portaria nº 3.704, de 23 de 
dezembro de 2019. Credencia municípios a receberem incentivos financeiros 
referentes às Equipes de Atenção Primária (eAP). Diário Oficial da União, ed. 
248, seção 1, p. 287, publicado dia 24 de dezembro de 2019. Disponível em: 
https://www.in.gov.br/en/web/dou/-/portaria-n-3.704-de-23-de-dezembro-de-2019-
235215601. Acesso em: 08 ago. 2020. 
 
11. BRASIL. Ministério da Saúde. Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes 
da Silva. Alerta do Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva 
(INCA) à população sobre tabagismo e coronavírus. Disponível em: 
https://www.inca.gov.br/sites/ufu.sti.inca.local/files//media/document//inca-alerta-
risco-tabagismo-coronavirus.pdf. Acesso em: 07 ago. 2020. 
 
12. BRASIL. Ministério da Saúde. Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes 
da Silva. Alerta do Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva 
(INCA) sobre os riscos do tabagismo e do uso e compartilhamento do 
narguilé para infecção pelo coronavírus (COVID-19). Disponível em: 
https://www.inca.gov.br/sites/ufu.sti.inca.local/files//media/document//inca-alerta-
risco-narguile-coronavirus.pdf. Acesso em: 09 ago. 2020. 
 
13. BRASIL. Ministério da Saúde. Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes 
da Silva. Causalidade: tabagismo. Disponível em: 
http://www1.inca.gov.br/situacao/arquivos/causalidade_tabagismo.pdf. Acesso 
em: 08 ago. 2020. 
 
 
 
 43 
14. BRASIL. Ministério da Saúde. Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes 
da Silva. Coordenação de Prevenção e Vigilância. Deixando de fumar sem 
mistérios: manual do coordenador, 2 ed., 7 reimpr., 49 p., 2019. Disponível em: 
https://www.inca.gov.br/sites/ufu.sti.inca.local/files//media/document//manual-
coordenador-deixando-de-fumar-sem-misterio.pdf. Acesso em: 07 ago. 2020. 
 
15. BRASIL. Ministério da Saúde. Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes 
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tratamento do fumante – consenso 2001, 38 p., 2001. Disponível em: 
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16. BRASIL. Ministério da Saúde. Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes 
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Controle do Tabagismo. O agente comunitário de saúde e o controle do 
tabagismo no Brasil, 2. ed. rev., 23 p., 2014. Disponível em: 
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17. BRASIL. Ministério da Saúde. Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes 
da Silva. Dados e números da prevalência do tabagismo. 2020; Disponível em: 
https://www.inca.gov.br/observatorio-da-politica-nacional-de-controle-do-
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tabagismo#:~:text=PREVAL%C3%8ANCIA%20DO%20TABAGISMO%20NO%20
MUNDO,tabaco%20relacionadas%20%C3%A9%20mais%20pesada. Acesso em: 
08 ago. 2020. 
 
18. BRASIL. Ministério da Saúde. Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes 
da Silva. Esclarecimento à Rede Nacional de Coordenadores do Programa 
Nacional de Controle do Tabagismo – Programa de Cessação do Tabagismo. 
Disponível em: 
https://www.inca.gov.br/sites/ufu.sti.inca.local/files//media/document//nota-
esclarecimento-programa-cessacao-do-tabagismo-22-05.pdf. Acesso em: 09 ago. 
2020. 
 
19. BRASIL. Ministério da Saúde. Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes 
da Silva. Tabagismo. 2020. Disponível em: https://www.inca.gov.br/tabagismo. 
Acesso em: 08 ago. 2020. 
 
20. BRASIL. Ministério da Saúde. Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes 
da Silva. Tabagismo passivo. 2020. Disponível em: 
https://www.inca.gov.br/tabagismo/tabagismo-passivo. Acesso em: 09 ago. 2020. 
 
21. BRASIL. Ministério da Saúde. Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes 
da Silva. Tratamento do tabagismo. 2020. Disponível em: 
https://www.inca.gov.br/programa-nacional-de-controle-do-tabagismo/tratamento. 
Acesso em: 08 ago. 2020 
 
 
 
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22. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de 
Atenção Básica. Estratégias para o cuidado da pessoa com doença crônica: o 
cuidado da pessoa tabagista, 154 p., 2015. Disponível em: 
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23. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Portaria nº 442 de 
13 de agosto de 2004. Regulamenta a Portaria GM/MS nº 1.035, de 31 de maio 
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2004. Disponível em: 
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prevenção e promoção. Cadernos de Saúde Pública, p. 39-53, ed. Fiocruz, 2003. 
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25. LAVRAS, Carmen. Atenção primária à saúde e a organização de redes regionais 
de atenção à saúde no Brasil. Saúde e Sociedade, v. 20, n. 4, p. 867-874, 2011. 
Disponível em: https://www.scielo.br/pdf/sausoc/v20n4/05.pdf. Acesso em: 10 ago. 
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26. ORGANIZAÇÃO PAN-AMERICANA DA SAÚDE. Folha informativa – parar de 
fumar e seus benefícios à saúde. Disponível em: 
https://www.paho.org/bra/index.php?option=com_content&view=article&id=5685:f
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27. RIO DE JANEIRO. Unimed. Fumo: benefícios para quem deixa de fumar. 
Disponível em: http://www.unimedrio.com.br/static/media/uploads/fumo.pdf. 
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28. RIO GRANDE DO SUL. Centro Estadual de Vigilância em Saúde. Protocolo 
clínico e diretrizes terapêuticas dependência à nicotina. Disponível em: 
https://www.cevs.rs.gov.br/upload/arquivos/201704/25092135-protocolo-clinico-e-
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29. ROMBALDI, Airton José et al. Prevalência e fatores associados a sintomas 
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30. RONDINA, Regina de Cássia; GORAYEB, Ricardo; BOTELHO, Clóvis. 
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http://www.fiocruz.br/biosseguranca/Bis/infantil/tabagismo.htm#:~:text=O%20taba
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33. SILVA, Sandra Tavares da et al. Combate ao tabagismo no Brasil: a importância 
estratégica das ações governamentais. Ciência & Saúde Coletiva, v. 19, n.2, 2014. 
Disponível em: https://www.scielosp.org/article/csc/2014.v19n2/539-552/. Acesso 
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saúde. Texto & Contexto – Enfermagem, v. 24, n.2, p. 584-592, 2015. Disponível 
em: https://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0104-
07072015000200584&script=sci_arttext&tlng=pt. Acesso em: 10 ago. 2020. 
 
35. SZKLO, André Salem. Associação entre fumar e progressão para complicações 
respiratórias graves em pacientes com Covid-19. Revista Brasileira de 
Cancerologia, v. 66, n. 2, p. 27-30, 2020. Disponível em: 
https://rbc.inca.gov.br/revista/index.php/revista/article/view/974/587. Acesso em: 
09 ago. 2020. 
 
36. WHO Report on the Global Tobacco Epidemic, 2008: the MPOWER package. 
World Health Organization, 2008. Disponível em: 
https://apps.who.int/iris/bitstream/handle/10665/43818/9789241596282_eng.pdf;j
sessionid=54E6F023B76B121526FEC8C6A9A5A9F9?sequence=1. Acesso em: 
09 ago. 2020. 
 
37. ZAMPIER, Vanderleia Soéli de Barros et al. Abordagem do enfermeiro aos 
usuários tabagistas na atenção primária à saúde. Revista Brasileira de 
Enfermagem, v. 72, n. 4, p. 948-955, 2019. Disponível em: 
https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-
71672019000400948&lng=en&nrm=iso&tlng=pt#:~:text=No%20aconselhamento
%20comportamental%2C%20o%20enfermeiro,prejudicam%20a%20cessação%2
0do%20tabagismo. Acesso em: 08 ago. 2020. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 46 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ANEXOS 
 
 
 47 
ANEXOS 
Anexo 1 – Teste de Fageström 
TESTE DE FAGESTRÖM: QUAL O SEU GRAU DE DEPENDÊNCIA À NICOTINA? 
Quanto tempo após acordar você fuma o primeiro cigarro? 
5 minutos 
6 - 30 minutos 
31 – 60 minutos 
Após 60 minutos 
Dentro de 5 minutos = 3 
Entre 6-30 minutos = 2 
Entre 31-60 minutos = 1 
Após 60 minutos = 0 
Você acha difícil não fumar em lugares proibidos como igrejas, cinemas, 
ônibus, etc.? 
SIM 
NÃO 
Sim = 1 
Não = 0 
Qual o cigarro do dia que traz mais satisfação? 
O primeiro da manhã 
Outros 
O primeiro da manhã = 1 
Outros = 0 
Quantos cigarros você fuma por dia? 
Menos de 10 
De 11 a 20 
De 21 a 30 
Mais de 31 
 
 
 48 
Menos de 10 = 0 
De 11 a 20 = 1 
De 21 a 30 = 2 
Mais de 31 = 3 
Você fuma mais frequentemente pela manhã? 
SIM 
NÃO 
Sim = 1 
Não = 0 
Você fuma mesmo doente, quando precisa ficar de cama? 
SIM 
NÃO 
Sim = 1 
Não = 0 
Grau de Dependência: 
0 - 2 pontos = muito baixo 
3 - 4 pontos = baixo 
5 pontos = médio 
6 - 7 pontos = elevado 
8 - 10 pontos = muito elevado 
 
 
 
 
Projeto de extensão: 
"Acenda a esperança: apague o cigarro"
Cartilha de Apoio:
Tabagismo Nunca Mais

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