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1BTG Pactual digital dez investimentos para você fazer agora 2BTG Pactual digital índice Retrospectiva 2020 O que esperar para 2021 O melhor investimento para sua reserva de emergência Renda fixa e crédito privado Fundos imobiliários As melhores ações para 2021 04 07 09 12 15 24 10 investimentos para você fazer agora 3BTG Pactual digital retrospectiva 2020 3BTG Pactual digital 4BTG Pactual digital Início Dizem que o tempo passa mais devagar quando prestamos muita atenção nele... Definitivamente não foi o caso de 2020! Depois de um começo de ano relativamente tranquilo, com tudo correndo dentro da normalidade até o Carnaval, nos deparamos com a chegada de um vírus desconhecido que alterou a rotina de milhões de brasileiros. O isolamento social imposto pela pandemia do novo corona- vírus provocou impactos relevantes não apenas nos hábitos da população, mas também em toda a atividade da econo- mia, encaminhando o Brasil para aquela que provavelmente deve ser a pior recessão de sua história. Mercado Para o mercado, por sua vez, foi um ano marcado por fortes emoções. A volatilidade muito acima da média veio para tes- tar o estômago até dos investidores de perfil mais arrojado, acostumados a correr mais riscos em suas aplicações. Fomos da euforia ao medo e à euforia novamente no embalo de notícias sobre o rápido avanço da Covid–19 pelo mundo e de também rápidas – e trilionárias – respostas dos ban- cos centrais. Agora, com a eleição americana definida e as empresas retomando a normalidade de suas operações, os mercados vivem dias mais tranquilos, bem diferentes dos que nos acostumamos a ver na maior parte de 2020. Brasil No Brasil, depois de uma série de Circuit Breakers em mar- ço, o Ibovespa amargou seu pior mês desde agosto de 1998, com uma queda acumulada de 29,90% no período. De lá para cá, porém, nosso principal índice de ações retomou o fôlego e recuperou boa parte dos pontos perdidos, ainda que em meio à muita volatilidade. “A volatilidade muito acima da média veio para testar o estômago até dos investido- res de perfil mais arrojado.” retrospectiva 2020 5BTG Pactual digital retrospectiva 2020 Dólar O dólar, por sua vez, começou 2020 em R$ 4,01, bateu sucessivos recordes até chegar muito perto dos R$ 6,00 em meados de maio e voltou um pouco aos atuais R$ 5,30 no momento em que escrevo, com os sucessivos cortes de juros retirando boa parte da atratividade dos ativos brasileiros aos olhos dos investidores estrangeiros. Juros Por falar em juros, a taxa Selic também não passou incólume à pandemia, caindo de 4,50% no início do ano para os atuais 2,00%, renovando assim o menor patamar histórico diante da retração da atividade econômica e da consequente menor inflação em décadas do país. Basicamente, este foi o retrato de 2020 para o mercado, onde a palavra de ordem para os investidores foi sobreviver. 6BTG Pactual digital o que esperar para 2021 6BTG Pactual digital 7BTG Pactual digital o que esperar para 2021 2021 Agora, depois de muita turbulência e de muitas lições apren- didas, a pergunta que todos se fazem é o que esperar para 2021. Longe de mim ter a pretensão de responder e, principalmen- te, de querer frustrar os mais otimistas. Mas se a recuperação observada ao longo do segundo trimestre anima, a realidade que vem se impondo desde então assusta. Por mais que tenhamos alguns bons indicadores sinalizando uma tendência de recuperação da economia global, também temos outros indicando que os casos de coronavírus volta- ram a uma trajetória ascendente, sendo este o principal fator de risco e incerteza para quase todas as classes de ativos – ao menos enquanto não tivermos uma vacina disponível para a população. Política No campo político, a eleição do democrata Joe Biden nos EUA tende a beneficiar os mercados emergentes, na medida em que a imprevisibilidade e instabilidade de Donald Trump dão lugar a um governo mais comedido e previsível, garantido por uma provável maioria republicana no Senado que pode barrar qualquer mudança mais brusca na política econômica americana. Por mais que a vitória de Biden, avesso a Jair Bolsonaro, pos- sa estremecer as relações comerciais dos EUA com o Brasil num primeiro momento, existe também a expectativa de uma melhor relação dos americanos com os chineses, o que pode estimular a economia global e nos beneficiar indiretamente, dado que somos um dos maiores exportadores de matérias- -primas do planeta. Por aqui, especificamente, o governo ainda terá a dura mis- são de desarmar a bomba relacionada ao quase trilionário déficit primário do setor público, inflado por um gigantesco volume de estímulos fiscais que fez inclusive acender o sinal de alerta no mercado a respeito da possibilidade de descum- primento do teto de gastos – uma das maiores conquistas de nossa área econômica nos últimos anos. 8BTG Pactual digital A insegurança acerca do respeito à regra e a falta de um compromisso claro do governo com uma trajetória susten- tável das contas públicas podem amplificar os problemas econômicos e barrar a recuperação da atividade no país. Nosso cenário básico, contudo, ainda é de respeito ao teto, bem como de avanço na agenda de reformas – em especial a tributária e a administrativa –, o que se traduziria em retorno do crescimento do Produto Interno Bruto, melhores condi- ções para o financiamento da dívida pública, inflação contro- lada e, consequentemente, manutenção dos juros baixos.. Sobre estes dois últimos pontos, especificamente, a equi- pe econômica precisa lutar contra o relógio para conter o rápido avanço dos preços observado nos últimos meses e evitar uma desancoragem das expectativas de inflação. Caso contrário, teremos uma antecipação do processo de aperto monetário e, possivelmente, no ano que vem, um crescimen- to da economia mais modesto do que o esperado. Mercado Hoje, olhando para a curva de juros futuros, o mercado está dizendo que a Selic pode terminar 2021 em 5,00%, mais que o dobro do patamar atual. Não faço ideia se o mercado está certo ou errado, mas não há como negar que a trajetória da taxa de juros para o próximo ano é, sim, ascendente. Mas, por mais que os nossos juros possam voltar a subir, ain- da continuaremos muito distantes daquela era de ouro para a renda fixa no Brasil. De modo que o investidor que almeja uma rentabilidade expressiva em seus investimentos terá ne- cessariamente que sofisticar suas aplicações, pensando mais no longo prazo e montando uma carteira muito mais diversi- ficada e balanceada, com parte de seus recursos alocada na renda variável. Conclusão Dito isso, e sabendo que nem todos possuem disposição ao risco, a primeira dica é iniciar a transição de forma gradual, sempre baseando suas decisões em opiniões de especia- listas. Nossa missão aqui no BTG Pactual digital é ajudá-lo nesse processo, motivo pelo qual listamos abaixo nossas principais ideias de investimentos para 2021. o que esperar para 2021 9BTG Pactual digital o melhor investimento para sua reserva de emergência 9BTG Pactual digital 10BTG Pactual digital Reserva Começamos por aquela que talvez seja a lição mais impor- tante para um investidor conseguir fazer suas finanças pros- perarem de forma consistente: a montagem de uma reserva de emergência. Como o próprio nome indica, trata-se daquele montante de dinheiro que precisamos ter à mão em um momento emer- gencial, como a perda de emprego, um problema de saúde, acidente de carro, entre diversas outras situações inespera- das que fazem parte do cotidiano. A reserva de emergência é o que garante que a pessoa terá segurança e tranquilidade para quitar seus débitos sem afetar tanto seu padrão de vida em momentos de dificuldade. Tamanho O tamanho da reserva depende muito de cada pessoa, mas o ideal é que a quantia seja suficiente para cobrir no mínimoseis meses de todas as despesas – ou seja, seis vezes o valor que você gasta com todas as suas contas ao longo do mês, incluindo lazer. Dessa forma, você garante um tempo razoável para resolver seu imprevisto sem ter que recorrer a moda- lidades de endividamento, como empréstimos ou o temido cheque especial. Liquidez Como é possível perceber, um dos principais requisitos para sua reserva de emergência é a liquidez. Afinal, o dinheiro investido precisará estar disponível rapidamente em um mo- mento de urgência. Por conta disso, títulos de renda fixa em que o investidor acaba travando sua aplicação por períodos mais longos e fundos de investimento que só permitem o resgate semanas depois da solicitação acabam não sendo escolhas interessantes para esse fim específico. o melhor investimento para sua reserva de emergência 11BTG Pactual digital Volatilidade Outro ponto diz respeito à volatilidade do investimento, ou seja, as oscilações para cima ou para baixo que o valor apli- cado pode sofrer. Obviamente, por se tratar de um dinheiro para situações emergenciais que pode ser sacado a qualquer momento, o investidor precisa que a aplicação lhe ofereça previsibilidade, evitando assim o risco de surpresas negativas. Com isso, o investimento em ativos de renda variável também não é uma escolha interessante para este caso. Mas então qual o melhor investimento para a reserva de emergência? Se após todas essas restrições você só consegue se lembrar da famigerada poupança, temos uma ótima notícia... Em nossa plataforma oferecemos dois CDBs (Certificados de Depósitos Bancários) com liquidez diária do BTG Pactual, uma das instituições financeiras mais sólidas do país de acor- do com as principais agências de classificação de risco. Com prazos de 12 ou 24 meses e uma aplicação inicial mínima de apenas R$ 100,00, eles oferecem taxas de remuneração de 103% e 104% do CDI, respectivamente – ambas superiores à rentabilidade da poupança indepen- dentemente da faixa de cobrança do imposto de renda, cuja alíquota no CDB é regressiva ao longo do tempo. Para investir, basta entrar na seção de Renda Fixa em sua área logada ou em nosso catálogo no site, podendo filtrar por “BTG Pactual” no campo “Emissor”. Lembrando que a modalidade possui o respaldo do FGC (Fundo Garantidor de Créditos), que garante o saldo das apli- cações em até 250 mil reais por CPF. Para as demais modalidades de investimento, recorri aos es- pecialistas do BTG Pactual digital, que nos apresentam abaixo suas principais recomendações para o ano novo. Confira a seguir. o melhor investimento para sua reserva de emergência 12BTG Pactual digital renda fixa e crédito privado por Odilon Costa 13BTG Pactual digital O que é Embora a reserva de emergência contemple uma aplicação de renda fixa, o conceito de renda fixa propriamente dito é bem mais amplo do que parece. Em sua essência, a renda fixa nada mais é do que um em- préstimo feito por um investidor em troca de uma remu- neração, que são os juros. Esses empréstimos podem ser realizados para financiar governos, bancos e empresas. Nós chamamos a renda fixa de “fixa” porque a remuneração da aplicação é definida no momento do investimento. Diferentemente de um acionista, que depende de lucros pre- sentes e da expectativa de lucros futuros para ser remunera- do, o investidor de renda fixa empresta dinheiro. A remune- ração de um título de renda fixa é dada pelas condições do financiamento, pela capacidade do devedor em honrar suas obrigações financeiras e pela liquidez do título. O pagamento dos juros e a devolução do principal são obri- gações contratuais. Ou seja, quando uma empresa emite um título de renda fixa, ela é legalmente obrigada a repagar os valores relacionados ao empréstimo – independentemente de ele gerar, ou não, lucros. No caso da renda variável, não há um contrato que obrigue a empresa a pagar dividendos aos investidores. Ou seja, a renda variável varia porque o investidor não sabe se será remunerado e, ainda que seja, não há como saber o valor exato do dividendo até ele ser anunciado. 2021 Como estratégia para 2021, entendemos que a visão mais ampla de renda fixa faz bastante sentido para o investi- dor que pretende diversificar sua carteira sem abrir mão dessa classe de ativos. A verdade é que a expectativa de uma Selic baixa ao longo do ano e a retomada gradual da inflação fizeram a rentabili- dade real dos títulos públicos mais curtos ficar negativa num horizonte de dois anos. Por outro lado, o contexto fiscal mais turbulento resultou em aumento das taxas dos prazos inter- mediário e longo. renda fixa e crédito privado por Odilon Costa 14BTG Pactual digital renda fixa e crédito privado por Odilon Costa O cenário macroeconômico criou um momento bastante oportuno para alocações em títulos mais longos atrela- dos ao IPCA, o indicador oficial da inflação, com prazo superior a cinco anos. Além da remuneração atrativa em termos reais, o título público Tesouro IPCA+ oferece proteção contra o aumento dos preços. Diferentemente da reserva de emergência, esses papéis, caso vendidos antes do vencimento, podem apresen- tar ganhos ou perdas de capital. No entanto, esse risco de variação de preços pode ser gerido a partir da diversificação de prazos. Quanto menor o prazo de um título de renda fixa, menor será a variação de seu preço. No mesmo sentido, os papéis privados atrelados à infla- ção também são uma ótima forma de buscar retornos maiores na renda fixa. Uma vez definidos o indexador (IPCA+) e o prazo da aplica- ção, é sempre bom considerar a hipótese de se investir em Debêntures Incentivadas, CRIs (Certificados de Recebíveis Imobiliários) e CRAs (Certificados de Recebíveis do Agrone- gócio). A remuneração desses papéis normalmente acompanha a de um título público com características similares e inclui um prêmio de crédito. Para papéis com ótima qualidade de crédito (rating AAA), esse prêmio adicional varia entre 0,60 e 0,80 ponto percentual ao ano, dependendo do título. Quando considerada a isenção de impostos sobre o rendi- mento desses papéis (taxa e inflação), o prêmio de crédito ajustado fica entre 260 e 290 pontos percentuais. Além da isenção sobre os juros, os papéis incentivados de crédito privado também são isentos de Imposto de Renda sobre os ganhos de capital. Para saber quais papéis de renda fixa e crédito privado mais adequados ao seu perfil, entre em contato com seu assessor de investimentos. Teremos o maior prazerem ajudá-lo a otimizar a fatia mais conservadora de sua carteira. 15BTG Pactual digital fundos imobiliários por Daniel Marinelli A porta de entrada para a renda variável 16BTG Pactual digital fundos imobiliários por Daniel Marinelli A porta de entrada para a renda variável Dilema Uma vez constituída a reserva de emergência e definida a alocação em renda fixa e crédito privado, o investidor poderá começar a pensar em sofisticar suas aplicações. E, conforme dito acima, diante da mudança de cenário para o mercado brasileiro, isso implica necessariamente a alocação de parte dos recursos em ativos de renda variável. É aqui que costuma surgir uma grande barreira psicológica, pois, ao mesmo tempo que o investidor mais defensivo e conservador reconhece que sua carteira de renda fixa não está mais apresentando um retorno satisfatório, ele também tem medo de começar a investir em ações. Se este for o seu dilema, fique tranquilo, pois ele é o mesmo enfrentado por outros milhões de brasileiros. Afinal, enquanto a grande maioria ainda prefere a “segurança” da poupança, uma minoria bem pequena – nem 1% da população – já pos- sui algum recurso aplicado na B3. O medo, no entanto, nem sempre significa falta de disposi- ção. Saber separar um do outro é o primeiro passo para o ingresso na Bolsa. E, para os que estão realmente dispostos a seguirem frente com a transição, provavelmente não existe uma porta de entrada mais adequada para a renda variável do que a dos fundos imobiliários. Como funcionam Os fundos imobiliários – ou FIIs – são negociados em Bolsa e funcionam como ações, mas, em vez de empresas, o aporte é em imóveis. Trata-se de uma das modalidades que mais tem despertado o interesse dos brasileiros nos últimos dois anos, o que faz sentido para um povo que tem tradição de investir em imóveis, mas que, em sua grande maioria, ainda desconhece as vantagens de fazê-lo através da compra de cotas dos FIIs. Na maioria dos casos, os fundos imobiliários se mostram ve- ículos muito mais interessantes do que o investimento direto em imóveis. 17BTG Pactual digital produtos selecionados Primeiro, porque eles tornam possíveis a qualquer pessoa ter uma participação em grandes empreendimentos de altíssima qualidade e com gestão profissional, antes restrito a uma pequena parcela de abastados. Segundo, porque consideramos a modalidade ideal para investidores que desejam receber uma renda periódica pingando na conta, dado que os FIIs costumam distribuir mensalmente seus dividendos oriundos dos aluguéis, isen- tos de imposto de renda – as vendas das cotas com lucro, porém, são taxadas em 20%, podendo incidir ainda taxas de administração e de corretagem, sendo que esta última não é cobrada para quem opera pelo BTG Pactual digital. Em meio à queda das taxas de juros, os fundos imobiliários são ativos bastante indicados para o investidor mais conser- vador começar a tomar risco de maneira muito menos volátil do que ao fazê-lo através das ações, especialmente se focar a montagem de sua carteira em FIIs mais líquidos, isto é, aqueles mais negociados na B3, que você consegue vender mais rápido quando assim decidir. Produtos Para auxiliá-lo na montagem de sua carteira, selecionamos três fundos imobiliários que consideramos capazes de apre- sentar uma performance acima da média em 2021. Vamos a eles: → BTG PACTUAL CORPORATE OFFICE FUND (BRCR11) → BTG PACTUAL LOGÍSTICA (BTLG11) → CAPITÂNIA SECURITIES II FII (CPTS11) fundos imobiliários por Daniel Marinelli A porta de entrada para a renda variável 18BTG Pactual digital BTG PACTUAL CORPORATE OFFICE FUND (BRCR11) Uma aposta de alto padrão para o cenário de retomada dos escritórios O fundo O BC Fund é o maior fundo de lajes corporativas do merca- do, com patrimônio líquido de R$ 2,5 bilhões, liquidez diária de R$ 5,1 milhões na B3 e mais de 100 mil cotistas. O fundo é gerido pelo BTG Pactual Asset Management e possui taxas de administração de 0,25% ao ano e de gestão de 1,1% ao ano, ambas calculadas sobre o valor de mercado do fundo. Vantagens Nossa recomendação está pautada pelos seguintes fatores: (I) carteira formada em sua maioria por imóveis AAA, localiza- dos nas principais regiões de negócio do país; (II) capacidade de originação de novos negócios pela excelente gestão; (III) cenário positivo para o segmento de lajes corporativas de alto padrão em São Paulo no longo prazo; (IV) ótima liquidez; e (V) valuation atrativo. Portifólio Seu portfólio é formado por 14 ativos que, somados, equi- valem a uma ABL (Área Bruta Locável) de 268 mil metros quadrados, distribuídos entre os estados de São Paulo (83%) e Rio de Janeiro (17%). A carteira de locatários é bastante diversificada, possuindo grandes empresas como a Cargil, E&Y, Volkswagen, Samsung, TIM, entre outras. Atualmente, o fundo possui uma vacância de 14,6%, inferior à vacância dos imóveis de alto padrão na cidade de São Paulo (16%). A gestão tem feito um trabalho muito ativo na reciclagem do portfólio do fundo, com destaque para as últimas duas aquisições de altíssimo padrão (AAA) em São Paulo: (I) Mo- rumbi Corporate – Diamond Tower; e (II) EZ Towers – Tor- re B. Ambas as negociações foram estruturadas com uma Renda Mínima Garantida equivalente a um cap rate atrativo de 7,25% ao ano por 24 meses. Assim, a compra desses dois ativos diversifica o portfólio, reforça a posição do fundo em empreendimentos de excelente qualidade em São Paulo e entrega um bom rendimento para o cotista. Fundos imobiliários 19BTG Pactual digital Cenário Além disso, seguimos otimistas com o cenário de lajes cor- porativas de alto padrão em São Paulo para o longo prazo. Entendemos que o curto prazo é desafiador por conta da contração da atividade econômica, com potencial aumento de vacância via devoluções, mas sem pressão pelo lado da oferta – olhando para os próximos 3 anos temos entrada de aproximadamente 510 mil metros quadrados de novo esto- que (queda de 45% em relação ao período de 2014 a 2016). Portanto, acreditamos que a retomada do mercado (mesmo com a introdução do home office), associado à baixa taxa de vacância das regiões premiums, podem gerar potencial aumento real nos valores de aluguel para o longo prazo. Conclusão Por fim, o fundo negocia com desconto sobre o valor patri- monial (P/VPA de 0,84x) e um dividend yield real e líquido es- perado para 2021 de 6,1%, prêmio de 310 bps sobre a NTN-B 2035 líquida e acima da média do mercado para fundos de lajes corporativas. BTG PACTUAL CORPORATE OFFICE FUND (BRCR11) Fundos imobiliários 145 135 125 115 105 95 85 75 ou t1 9 no v1 9 de z1 9 ja n2 0 fe v2 0 m ar 20 ab r2 0 m ai 20 ju n2 0 ju l2 0 ag o2 0 se t2 0 ou t2 0 3.000 2.700 2.400 2.100 1.800 1.500 1.200 900 600 300 0 ou t1 9 no v1 9 de z1 9 ja n2 0 fe v2 0 m ar 20 ab r2 0 m ai 20 ju n2 0 ju l2 0 ag o2 0 se t2 0 ou t2 0 120% 114% 108% 102% 96% 90% 84% 78% 72% 66% 60% Performance LT BRCR11 IFIX CDI Valor de mercado (R$ Milhões) P/VPA (%) Valor de mercado e e P/VPA Fontes: Economatica e BTG Pactual 20BTG Pactual digital Transformações positivas com potencial de longo prazo O fundo O BTLG11 é um fundo de galpões logísticos que iniciou suas atividades no ano de 2010. A gestão do fundo é realizada pelo BTG Pactual Asset Management, que cobra uma taxa de administração de 0,90% ao ano sobre seu valor de mercado. Recomendação Nossa recomendação está pautada pelos seguintes pilares: (I) maior diversificação e liquidez pós-oferta, em aquisições de ativos com taxas atrativas; (II) portfólio com ativos bem localizados e bons locatários; (III) gestão experiente; (IV) boa liquidez; e (V) valuation atrativo. O fundo encerrou recentemente sua 9a emissão de cotas (ICVM 400), com subscrição de 6 milhões de novas cotas e captação total de R$ 600 milhões, o que diversifica o passi- vo do fundo (cotistas) e potencialmente aumenta o volume diário de negociação (liquidez), que hoje é de aproximada- mente R$ 3 milhões. Os recursos estão sendo usados para adquirir até seis novos galpões logísticos, entre eles o terreno da fábrica da Ford em São Bernardo do Campo, onde será construído um dos maiores parques logísticos de alto padrão (AAA) da América Latina. Estima-se que os ativos sejam ad- quiridos por um cap rate atrativo de 8,0% a 9,0% ao ano. Expectativa A expectativa é que, após alocados os recursos da oferta, o fundo apresente um patrimônio líquido de R$ 1,3 bilhão em um portfólio diversificado com 17 ativos. Grande parte da carteira estará localizada em São Paulo (73% da ABL), com exposição de 75% da receita a contratos atípicos de longo prazo (76% com vencimento após 2025), o que gera maior segurança em termos de ocupação dos locatários e maior previsibilidade de pagamento dos rendimentos. BTG PACTUAL LOGÍSTICA (BTLG11) Fundos imobiliários 21BTG Pactual digital Hoje Atualmente, o fundo possui uma carteira de locatários formada por empresas em boa situação de crédito, como a Natura, a BRF e a FEMSA (Coca-Cola). Após as aquisições dos novos galpões, a carteira de locatários será ainda maior e mais diversificada, sendo os setores alimentício e de varejo os mais representativoscom 34% e 24% da ABL total, res- pectivamente. O fundo opera com um prêmio de 10% sobre o valor pa- trimonial (P/VPA de 1,10x), abaixo da média dos seus pares que negocia com ágio de 18%. O dividend yield real e líquido esperado para 2021 é de 6,6%, prêmio de 360 bps sobre a NTN-B 2035. BTG PACTUAL LOGÍSTICA (BTLG11) Fundos imobiliários Performance LT BTLG11 IFIX CDI Valor de mercado (R$ Milhões) P/VPA (%) Valor de mercado e e P/VPA ou t1 9 no v1 9 de z1 9 ja n2 0 fe v2 0 m ar 20 ab r2 0 m ai 20 ju n2 0 ju l2 0 ag o2 0 se t2 0 ou t2 0 160 150 140 130 120 110 100 90 80 70 ou t1 9 no v1 9 de z1 9 ja n2 0 fe v2 0 m ar 20 ab r2 0 m ai 20 ju n2 0 ju l2 0 ag o2 0 se t2 0 ou t2 0 900 800 700 600 500 400 300 200 100 0 125% 120% 115% 110% 105% 100% 95% 90% 85% 80% Fontes: Economatica e BTG Pactual 22BTG Pactual digital Gestão ativa para um ambiente desafiador O fundo O Capitânia Securities II é um fundo de recebíveis com exposição a papéis majoritariamente high grade (papéis que possuem uma estrutura de garantia sólida), mas possuindo também mandato para investir em cotas de fundos imobili- ários, preponderantemente fundos de CRIs (Certificados de Recebíveis Imobiliários). O fundo é gerido pela Capitânia, uma das maiores gestoras independentes do país, que cobra taxa de administração de 1,05% ao ano sobre seu valor de mercado. O CPTS11 tem liquidez diária muito boa, de R$ 3,2 milhões ao dia. Recomendação Nossa recomendação está pautada pelos seguintes pontos: (I) carteira diversificada em papéis de qualidade com taxas atrativas; (II) gestão de primeira linha; (III) ótima liquidez; e (IV) valuation atrativo. O patrimônio líquido atual do fundo é de R$ 789 milhões, sendo certo que o fundo já anunciou uma nova emissão de cotas visando a captação de R$ 390 milhões, o que permitirá diversificar ainda mais sua carteira de ativos. Atualmente, o fundo possui um portfólio constituído por CRIs (58% do PL), cotas de outros fundos imobiliários (36% do PL) e ativos de alta liquidez (6% do PL). Carteira Sobre a carteira de CRIs, o fundo conta com 34 papéis, pulverizados em diferentes devedores e segmentos, em sua maioria indexados à inflação (75%) e o restante indexado ao CDI (25%). Em termos da carteira de CRIs, o fundo possui cerca de 40 papéis, pulverizados em diferentes devedores e segmentos, com exposição a papéis de qualidade e garantias bem amarradas em ativos performados. CAPITÂNIA SECURITIES II FII (CPTS11) Fundos imobiliários 23BTG Pactual digital Objetivo O fundo tem como objetivo entregar um rendimento de CDI + 3,0% ao ano aos seus cotistas, a partir dos rendimentos gerados pelos CRIs que formam a carteira do fundo e por transações de compra e venda de papéis realizados pela gestão visando o ganho de capital. O perfil da carteira tem mudado nos últimos três anos para um viés mais high grade (70% a 80%) e maior diversificação por segmento, o que está alinhado com o pensamento de ficar posicionado em fundos de risco controlado neste momento, sem perder o potencial de bons rendimentos via alocação em papéis high yield (30% a 20%). Capitânia A Capitânia é uma gestora de recursos que atua no mercado há quase duas décadas e tem um time capacitado com gran- de expertise no mercado de crédito. Grande parte dos CRIs são estruturados dentro da gestora (cerca de 75% da carteira atual), o que possibilita a geração de valor via negociação de taxas e garantias em operações exclusivas, bem como os investimentos em cotas de outros fundos imobiliários que também apresentam oportunidades restritas. Conclusão Por fim, o CPTS11 negocia a um preço justo com um leve prêmio de 3,6% sobre o patrimônio líquido, em linha com a média histórica do fundo (P/VPA de 1,03x), e dividend yield anualizado de 11,1% (último provento de R$ 0,90 por cota). Olhando para a frente, entendemos que o fundo tende a diminuir a distribuição de rendimentos para um patamar mais sustentável em torno de R$ 0,62 por cota, o que ainda gera um bom dividend yield forward de 7,7% ao ano. CAPITÂNIA SECURITIES II FII (CPTS11) Fundos imobiliários 24BTG Pactual digital CPTS11 IFIX CDI Valor de mercado (R$ Milhões) P/VPA (%) Valor de mercado e e P/VPA ou t1 9 no v1 9 de z1 9 ja n2 0 fe v2 0 m ar 20 ab r2 0 m ai 20 ju n2 0 ju l2 0 ag o2 0 se t2 0 ou t2 0 140 130 120 110 100 90 80 70 60 ou t1 9 no v1 9 de z1 9 ja n2 0 fe v2 0 m ar 20 ab r2 0 m ai 20 ju n2 0 ju l2 0 ag o2 0 se t2 0 ou t2 0 900 800 700 600 500 400 300 200 100 0 157% 148% 140% 131% 123% 114% 106% 97% 89% 80% CAPITÂNIA SECURITIES II FII (CPTS11) Fundos imobiliários Performance LT Fontes: Economatica e BTG Pactual 25BTG Pactual digital as melhores ações para 2021 por Ricardo Cavalieri 26BTG Pactual digital As melhores ações para 2021 B3 (B3SA3) por Ricardo Cavalieri Por último, mas não menos importante, selecionamos tam- bém cinco ações para surfar a recuperação esperada para a economia brasileira em 2021. São papéis de empresas de diferentes setores que, em nossa opinião, encontram-se em boa situação para aumentar seus lucros e gerar valor aos acionistas, proporcionando a monta- gem de uma carteira balanceada e diversificada – caracterís- ticas que acabam diluindo naturalmente eventuais impactos negativos de alguma delas que, por qualquer motivo, venha a ter uma performance ruim. Se você já está convencido da importância de ter uma carteira de ações, mas não sabe por onde começar e quais empresas escolher, as alternativas abaixo podem ser uma boa opção para conseguir superar a rentabilidade que era facil- mente conquistada durante a era de ouro para a renda fixa no Brasil. Vamos a elas: Histórico De 2016 até a chegada da pandemia, vimos um aumento contínuo e consistente nas alocações em ações brasileiras por investidores locais. E, em nossa opinião, esta alocação aumentará com o tempo, principalmente em função do nível historicamente baixo da taxa Selic. Além disso, no terceiro trimestre, foram concluídos 25 negócios (13 IPOs + 12 Follow- -Ons) de acordo com a B3, tornando-se o trimestre com maior número de ofertas de todos os tempos. Somente em setembro, o montante de capital levantado em ofertas iniciais de ações foi superior ao de todo o ano de 2019. Com os nú- meros de outubro, 2020 já se tornou o ano de maior volume financeiro no mercado de capitais desde 2010, passando dos R$ 89,6 bilhões do ano passado. 27BTG Pactual digital No acumulado do ano até novembro, a Bolsa lançou: (i) o RLP (Retail Liquidity Provider), ferramenta que permite às corretoras internalizar parte do seu fluxo de varejo em mini- contratos (Índices e Dólares Futuros), permitindo à corretora atuar como contraparte do seu fluxo de ordens; (ii) Fundos de Investimento em Direitos Creditórios (FIDCs) e Fundos de Infraestrutura na plataforma listada; (iii) implementou uma nova e melhor política de preços no mercado de balcão (OTC); que compartilha mais ganhos de escala com os clientes; (iv) lançou um novo serviço que calcula o preço de aproximadamente 900 debêntures usando a última cotação e uma abordagem de modelagem de crédito; e (v) facilitou a negociação de BDRs não patrocinados por investidores individuais. Futuro E há muitos novos produtos por vir em 2021: a B3 espera lançar uma nova tela de negociação para o empréstimo de tí- tulos, facilitando o processo para os investidores e se conec- tando ao ciclo de liquidação D+1 da clearing e com funcio- nalidades de pré-negociação controladas por corretoras para garantir a solidez do sistema. A nova política de precificação de ações, anunciada no início do ano, também deverá ser implementada durante o primeiro semestre de 2021, com um esquema de descontos mais assertivo. Também será lança- do o exercício automáticode opções, solução que facilita a operação e reduz o risco operacional dos operadores de alta frequência. Além disso, novos mercados, como os registros de apólices de seguros e de duplicatas eletrônicas, estão sendo criados por órgãos reguladores, dos quais a B3 tem participado de forma ativa. Conclusão Vemos o valuation atual (24x P/L ajustado de 2021) como um bom ponto de entrada, visto que enxergamos os pares globais negociando perto de 30x P/L. O mercado de capitais brasileiro está crescendo, e nossas estimativas para os lucros de 2021 ainda são conservadoras. Reiteramos a B3 como nosso nome preferido para aproveitar a transformação que está acontecendo no mercado de capitais brasileiro. B3 (B3SA3) 28BTG Pactual digital Histórico A história de transformação da Vale nos últimos anos tem sido algo notável e marcou o renascimento de uma gigante da mineração. Por um lado, a tragédia de Brumadinho exigiu um choque na gestão para mudar os rumos da empresa. Não é preciso dizer que a segurança e uma agenda ESG mais ampla se tornaram metas primordiais de longo prazo, à medida que a Vale busca restaurar a credibilidade diante da sociedade. Embora houvesse temores de como a agenda dos acionistas seria tratada no novo ambiente, estamos convencidos de que a Vale permanecerá altamente “amigável aos acionistas” daqui para a frente. Uma abordagem disciplinada de aloca- ção de capital e um forte impulso de retorno de caixa devem permanecer em vigor, mesmo enquanto a empresa estiver abordando seus infortúnios recentes. A Vale continua sendo nossa principal escolha no setor de mineração e siderurgia, e reiteramos nossa recomendação de compra de longo prazo. O minério de ferro foi uma história isolada da crise, explican- do a estabilidade relativa dos resultados da Vale em 2020. A demanda de minério de ferro da China (aproximadamente 70% do mercado transoceânico) permanece forte como sempre, enquanto as agudas interrupções no lado da oferta colocaram os mercados em déficit até o momento no ano – os preços spot permanecem próximos de US$ 120/ton (mesmo que esperemos que eles caiam à frente). Hoje Embora as ações estejam inegavelmente baratas em qualquer métrica, ainda acreditamos que a redução na percepção de risco da tese da ação será um processo gradual, com base em três pilares: (I) o retorno de caixa em níveis atrativos deve gerar entradas adicionais de capital (esperamos um dividend yield em torno de 10-15% para 2021; (II) forte recuperação nos volumes e custos decrescentes; e (III) melhora marginal da percepção ESG, dado o foco maior da administração no tema desde Brumadinho (longo prazo). Vale (VALE3) 29BTG Pactual digital Conclusão Tentando calcular alguns “danos” que possam impactar o preço da ação da Vale, vemos que esses são provenientes de: percepção de risco de volumes, questões ESG, provisões adicionais, entre outros. A conclusão aqui é: mesmo que a Vale acrescente provisões e faça um acordo com o governo de MG no valor próximo a US$ 4 bilhões, isso ainda seria apenas uma fração do dano precificado na ação. Portanto, acreditamos que as ações podem continuar se valorizando, mesmo se a Vale fechar um acordo multibilionário com o go- verno. Muitos observadores considerariam um acordo com as autoridades um catalisador, já que todas as questões seriam resolvidas e, finalmente, a página seria virada. Por fim, reiteramos a Vale como principal escolha, uma vez que as ações continuam subvalorizadas. Fazendo um exercí- cio de marcação a mercado: com minério de ferro em torno de US$ 125/ton, vemos a Vale sendo negociada próximo a 3,4x EV/EBITDA 2021 e gerando um FCF yield de cerca de 25%. Isso representa um desconto de aproximadamente 40% para os pares australianos como a Rio Tinto, o que não achamos justo, acreditando que esse “gap” tende a diminuir à frente. Além disso, a ação da Vale é uma forma interessante de estar exposto a um dólar forte. 2020 O ano de 2020 foi relevante para o e-commerce no Brasil, visto que a pandemia acelerou o processo de migração do canal offline para o online. Além de crescimento secular para os próximos anos, acreditamos que existe uma tendência de consolidação nesse segmento, com alguns poucos vencedo- res. A empresa A Magazine Luiza é uma de nossas Top Picks para o varejo e e-commerce, considerando sua evolução como ecossistema de produtos e serviços, foco na experiência do consumidor e tráfego e sortimento relevantes. Vale (VALE3) Magazine Luiza (MLGU3) 30BTG Pactual digital No terceiro trimestre, a empresa reportou resultados melho- res que o esperado, com o e-commerce mais uma vez como destaque positivo, além de sua operação de varejo físico com uma recuperação relevante, após um período de lojas fechadas. Evolução A evolução da empresa como ecossistema completo de varejo/e-commerce e de serviços tem sido um diferencial. O crescimento impressionante do e-commerce deve-se ao au- mento da base de vendedores (3P), aumento da utilização do Superapp da MGLU (incluindo os apps da Netshoes, Zattini e Época Cosméticos), que hoje já possui mais de 30 milhões de usuários, e à melhora em seus processos de logística: com aumento de entregas expressas (em 24 horas) para as vendas 1P; as lojas funcionando como ponto de saída dos produtos para entregas e a utilização do modelo de cross-docking. As recentes aquisições da Canaltech, Inloco Media (plata- formas de anúncios digitais), Hubsales (plataforma para a indústria), da Stoq e da AiQFome mostram a estratégia da Magalu de digitalizar o varejo offline no Brasil e aprimorar seu ecossistema, adicionando novos vendedores e sortimento para sua plataforma de marketplace (especialmente em cate- gorias de alta frequência) e utilizando sua estrutura logística e modelo multicanal. Conclusão A Magazine Luiza deve continuar sendo vista pelo mercado como uma verdadeira empresa de tecnologia/omnichannel (crescendo acima do mercado tanto online quanto offline e sustentando um momentum sólido). A base de nossa tese estrutural positiva sobre MGLU permanece centrada em dois pilares: (i) o e-commerce continuará crescendo a uma taxa secular, devendo pelo menos triplicar até 2025, aumentan- do a penetração nas vendas totais do varejo; e (ii) como em mercados mais maduros, há uma tendência de consolidação pela frente, com poucos vencedores. Magazine Luiza (MLGU3) 31BTG Pactual digital Petrobras (PETR4) 2020 Em razão dos efeitos da pandemia, o ano de 2020 se mos- trou ainda mais desafiador para a indústria de petróleo. A demanda pela commodity caiu bruscamente em todo o mun- do conforme os países impunham restrições sociais e eco- nômicas. Do lado da oferta, a briga comercial entre Rússia e os países da Opep contribuíram para levar o preço do barril de petróleo para as mínimas históricas. Não por acaso, as ações da Petrobras foram fortemente impactadas por esses eventos. Ainda assim, vale ressaltar os resultados resilientes apresentados pela companhia, que não somente entregou bom desempenho operacional, como performou acima de players comparáveis globais, gerando caixa em todos os tri- mestres até aqui. Para 2021, continuamos vendo PETR4 como uma boa oportunidade de investimento. Hoje Do ponto de vista macroeconômico, a reabertura das eco- nomias (ainda que gradual) e a remoção das restrições para deslocamentos e viagens trazem uma melhor perspectiva para o lado da demanda. Reflexo disso é a clara melhora nos preços do petróleo, que vêm se recuperando desde março e continuam com uma curva futura ascendente. Resultados da companhia devem naturalmente ser impulsionados por tal melhora de preços e volumes de vendas. Em nossas proje- ções, esperamos um lucro líquido de US$ 5,5 bilhões para 2021, entregando um lucro por ação de R$ 2,25. Igualmente importante, o contínuo aumento do foco da com- panhia emativos de E&P (segmento de exploração e pro- dução) no pré-sal e uma alocação de capital mais racional devem continuar a melhorar a rentabilidade da companhia, que já apresenta custos de exploração baixíssimos que su- portam nossa visão de uma história de investimento resiliente no longo-prazo, mesmo a preços deprimidos. A gestão da Petrobras também continua comprometida com a redução do endividamento da empresa. A companhia terminou o terceiro trimestre de 2020 com uma dívida bruta de US$ 80 bilhões, e caminha para sua meta de US$60 bilhões até 2022. Para atingir esse objetivo, a empresa tem feito uma série de 32BTG Pactual digital Petrobras (PETR4) Oi (OIBR3) desinvestimentos em subsidiárias. Destacamos a venda dos ativos do refino, com alto potencial de geração de valor por sua contribuição para a desalavancagem da companhia e também por reduzir ainda mais a percepção de risco dos investidores em relação à tese de investimento da Petrobras. Adicionalmente, a Petrobras atualizou sua política de divi- dendos, permitindo ao conselho maior flexibilidade quanto ao pagamento de dividendos. Com uma forte geração de caixa esperada para os próximos anos, vemos a empresa se tornando uma boa pagadora de dividendos no médio prazo. Conclusão Por fim, as ações da companhia ainda negociam com altos descontos versus outros participantes da indústria, o que reforça nossa visão para a Petrobras como uma das histórias de valor mais assimétricas em nosso universo de cobertura, suportada pela maior rentabilidade advinda do pré-sal, desa- lavancagem e menor custo de capital. Segmento O setor de telecomunicações vem passando por grandes transformações nos últimos anos. Os serviços mais requisita- dos mudaram com a demanda maior pela telefonia móvel em detrimento da fixa, além da crescente demanda por serviços de internet rápida, intensificada pela pandemia. Dentro desse cenário, ainda temos a reestruturação da Oi, que vem me- xendo bastante com a dinâmica do setor e deve levar à maior transformação desde as privatizações. A empresa A Oi passa por um processo de recuperação judicial iniciado em 2016. Desde então, a empresa tem investido fortemente na construção de uma infraestrutura de internet super-rápida baseada em fibra ótica, com o intuito de se tornar o maior negócio da empresa. Em setembro deste ano, a aprovação do aditamento ao plano de recuperação judicial da Oi per- 33BTG Pactual digital mitiu que a companhia reduzisse de forma significativa a sua dívida, além de receber sinal verde para vender uma série de ativos não essenciais. Reestruturação A venda de ativos é parte fundamental da reestruturação da Oi, já que vai permitir que a empresa pague antecipadamente uma grande parte de suas dívidas e intensifique seus inves- timentos em fibra ótica. Apenas a venda da unidade móvel, com leilão marcado para 14 de dezembro, deve gerar R$ 16,5 bilhões para a empresa, sendo a TIM, a Vivo e a Claro as principais interessadas, dado o potencial de consolidação setorial e o ganho com sinergias. A Oi também vai vender parte da sua operação de fibra ótica, levantando, pelas nos- sas estimativas, cerca de R$ 6,5 bilhões. É importante res- saltar que existem chances consideráveis da Oi vender sua participação por valores maiores, gerando ainda mais upside para o papel Crescimento A decisão de focar seus investimentos em fibra ótica tem se mostrado assertiva. O crescimento das receitas provenien- tes do segmento ultrapassou no terceiro trimestre as perdas relacionadas à estrutura de cobre, mostrando que a receita vinda do novo negócio da Oi já está conseguindo superar as perdas relacionadas ao antigo. A empresa tem sido rápida e eficiente na implantação de sua rede FTTH (Fiber-To-The- -Home) de última geração. No terceiro trimestre, a operadora já passava sua fibra por 7,9 milhões de residências, conectan- do 1,75 milhão de clientes. Esperamos que a Oi termine 2020 com 2,1 milhões de clientes conectados e faturamento anuali- zado de mais de R$ 2 bilhões. A expansão deve continuar de maneira rápida em 2021, com a operadora terminando o ano com aproximadamente 3,5 milhões de clientes. Oi (OIBR3) 34BTG Pactual digital Conclusão Em nossa análise, somando todos os ativos da Oi (unidade móvel, unidade de fibra, torres e datacenter) e removendo a dívida líquida ajustada, chegamos a um valor total de R$ 16,6 bilhões para a companhia, ou R$ 2,80 por ação. Dentro desse número, consideramos que o valor total da InfraCo seja de R$ 24 bilhões, ou conservadores 12x EV/EBITDA 2022E. Levando em conta que as empresas de infraestrutura são negociadas a múltiplos maiores, fato comprovado pela venda recente da Copel Telecom por 14,6x EV/EBITDA, não seria surpresa se a operação da Oi fosse negociada por múltiplos ainda maiores. Se a InfraCo for vendida por 15x EV/EBITDA 2022E, isso seria o equivalente ao valor adicional de R$ 1,00 por ação. Outro upside pode vir da nova lei de falências que foi aprovada no Senado, já que ela possibilita uma grande redução no valor da dívida da Oi com a Anatel, além de maiores ganhos fiscais. Pelas nossas contas, isso poderia ser o equivalente a um upside de mais R$ 0,40 por ação. Dessa maneira, nós vemos a Oi com uma ótima relação risco-retorno. Oi (OIBR3) 35BTG Pactual digital Agora que você já sabe quais os melhores investimentos para 2021, que tal abrir uma conta no maior e mais premiado ban- co de investimentos da América Latina? Além de uma plataforma extremamente ágil e moderna, oferecemos assessoria especializada e acesso ao material produzido pela melhor equipe de Research do país. Tudo sem nenhuma cobrança de taxa. Baixe o app e comece a investir com o BTG Pactual digital! 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