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1BTG Pactual digital
dez 
investimentos 
para você 
fazer agora
2BTG Pactual digital
índice Retrospectiva 2020
O que esperar para 2021
O melhor investimento para sua reserva de emergência
Renda fixa e crédito privado
Fundos imobiliários
As melhores ações para 2021
04
07
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15
24
10 investimentos para 
você fazer agora
3BTG Pactual digital
retrospectiva
2020
3BTG Pactual digital
4BTG Pactual digital
Início
Dizem que o tempo passa mais devagar quando prestamos 
muita atenção nele... Definitivamente não foi o caso de 2020!
Depois de um começo de ano relativamente tranquilo, com 
tudo correndo dentro da normalidade até o Carnaval, nos 
deparamos com a chegada de um vírus desconhecido que 
alterou a rotina de milhões de brasileiros.
O isolamento social imposto pela pandemia do novo corona-
vírus provocou impactos relevantes não apenas nos hábitos 
da população, mas também em toda a atividade da econo-
mia, encaminhando o Brasil para aquela que provavelmente 
deve ser a pior recessão de sua história.
Mercado
Para o mercado, por sua vez, foi um ano marcado por fortes 
emoções. A volatilidade muito acima da média veio para tes-
tar o estômago até dos investidores de perfil mais arrojado, 
acostumados a correr mais riscos em suas aplicações.
Fomos da euforia ao medo e à euforia novamente no embalo 
de notícias sobre o rápido avanço da Covid–19 pelo mundo 
e de também rápidas – e trilionárias – respostas dos ban-
cos centrais. Agora, com a eleição americana definida e as 
empresas retomando a normalidade de suas operações, os 
mercados vivem dias mais tranquilos, bem diferentes dos que 
nos acostumamos a ver na maior parte de 2020.
Brasil
No Brasil, depois de uma série de Circuit Breakers em mar-
ço, o Ibovespa amargou seu pior mês desde agosto de 1998, 
com uma queda acumulada de 29,90% no período. De lá para 
cá, porém, nosso principal índice de ações retomou o fôlego 
e recuperou boa parte dos pontos perdidos, ainda que em 
meio à muita volatilidade.
“A volatilidade muito acima da média veio 
para testar o estômago até dos investido-
res de perfil mais arrojado.”
retrospectiva
2020
5BTG Pactual digital
retrospectiva
2020
Dólar
O dólar, por sua vez, começou 2020 em R$ 4,01, bateu 
sucessivos recordes até chegar muito perto dos R$ 6,00 em 
meados de maio e voltou um pouco aos atuais R$ 5,30 no 
momento em que escrevo, com os sucessivos cortes de juros 
retirando boa parte da atratividade dos ativos brasileiros aos 
olhos dos investidores estrangeiros.
Juros
Por falar em juros, a taxa Selic também não passou incólume 
à pandemia, caindo de 4,50% no início do ano para os atuais 
2,00%, renovando assim o menor patamar histórico diante da 
retração da atividade econômica e da consequente menor 
inflação em décadas do país.
Basicamente, este foi o retrato de 2020 para o mercado, 
onde a palavra de ordem para os investidores foi sobreviver.
6BTG Pactual digital
o que 
esperar 
para 2021
6BTG Pactual digital
7BTG Pactual digital
o que esperar 
para 2021
2021
Agora, depois de muita turbulência e de muitas lições apren-
didas, a pergunta que todos se fazem é o que esperar para 
2021.
Longe de mim ter a pretensão de responder e, principalmen-
te, de querer frustrar os mais otimistas. Mas se a recuperação 
observada ao longo do segundo trimestre anima, a realidade 
que vem se impondo desde então assusta.
Por mais que tenhamos alguns bons indicadores sinalizando 
uma tendência de recuperação da economia global, também 
temos outros indicando que os casos de coronavírus volta-
ram a uma trajetória ascendente, sendo este o principal fator 
de risco e incerteza para quase todas as classes de ativos – 
ao menos enquanto não tivermos uma vacina disponível para 
a população.
Política
No campo político, a eleição do democrata Joe Biden nos 
EUA tende a beneficiar os mercados emergentes, na medida 
em que a imprevisibilidade e instabilidade de Donald Trump 
dão lugar a um governo mais comedido e previsível, garantido 
por uma provável maioria republicana no Senado que pode 
barrar qualquer mudança mais brusca na política econômica 
americana.
Por mais que a vitória de Biden, avesso a Jair Bolsonaro, pos-
sa estremecer as relações comerciais dos EUA com o Brasil 
num primeiro momento, existe também a expectativa de uma 
melhor relação dos americanos com os chineses, o que pode 
estimular a economia global e nos beneficiar indiretamente, 
dado que somos um dos maiores exportadores de matérias-
-primas do planeta.
Por aqui, especificamente, o governo ainda terá a dura mis-
são de desarmar a bomba relacionada ao quase trilionário 
déficit primário do setor público, inflado por um gigantesco 
volume de estímulos fiscais que fez inclusive acender o sinal 
de alerta no mercado a respeito da possibilidade de descum-
primento do teto de gastos – uma das maiores conquistas de 
nossa área econômica nos últimos anos.
8BTG Pactual digital
A insegurança acerca do respeito à regra e a falta de um 
compromisso claro do governo com uma trajetória susten-
tável das contas públicas podem amplificar os problemas 
econômicos e barrar a recuperação da atividade no país.
Nosso cenário básico, contudo, ainda é de respeito ao teto, 
bem como de avanço na agenda de reformas – em especial a 
tributária e a administrativa –, o que se traduziria em retorno 
do crescimento do Produto Interno Bruto, melhores condi-
ções para o financiamento da dívida pública, inflação contro-
lada e, consequentemente, manutenção dos juros baixos..
Sobre estes dois últimos pontos, especificamente, a equi-
pe econômica precisa lutar contra o relógio para conter o 
rápido avanço dos preços observado nos últimos meses e 
evitar uma desancoragem das expectativas de inflação. Caso 
contrário, teremos uma antecipação do processo de aperto 
monetário e, possivelmente, no ano que vem, um crescimen-
to da economia mais modesto do que o esperado.
Mercado
Hoje, olhando para a curva de juros futuros, o mercado está 
dizendo que a Selic pode terminar 2021 em 5,00%, mais que 
o dobro do patamar atual. Não faço ideia se o mercado está 
certo ou errado, mas não há como negar que a trajetória da 
taxa de juros para o próximo ano é, sim, ascendente.
Mas, por mais que os nossos juros possam voltar a subir, ain-
da continuaremos muito distantes daquela era de ouro para 
a renda fixa no Brasil. De modo que o investidor que almeja 
uma rentabilidade expressiva em seus investimentos terá ne-
cessariamente que sofisticar suas aplicações, pensando mais 
no longo prazo e montando uma carteira muito mais diversi-
ficada e balanceada, com parte de seus recursos alocada na 
renda variável.
Conclusão
Dito isso, e sabendo que nem todos possuem disposição ao 
risco, a primeira dica é iniciar a transição de forma gradual, 
sempre baseando suas decisões em opiniões de especia-
listas. Nossa missão aqui no BTG Pactual digital é ajudá-lo 
nesse processo, motivo pelo qual listamos abaixo nossas 
principais ideias de investimentos para 2021. 
o que esperar 
para 2021
9BTG Pactual digital
o melhor 
investimento 
para sua reserva 
de emergência
9BTG Pactual digital
10BTG Pactual digital
Reserva
Começamos por aquela que talvez seja a lição mais impor-
tante para um investidor conseguir fazer suas finanças pros-
perarem de forma consistente: a montagem de uma reserva 
de emergência.
Como o próprio nome indica, trata-se daquele montante de 
dinheiro que precisamos ter à mão em um momento emer-
gencial, como a perda de emprego, um problema de saúde, 
acidente de carro, entre diversas outras situações inespera-
das que fazem parte do cotidiano. A reserva de emergência 
é o que garante que a pessoa terá segurança e tranquilidade 
para quitar seus débitos sem afetar tanto seu padrão de vida 
em momentos de dificuldade.
Tamanho
O tamanho da reserva depende muito de cada pessoa, mas 
o ideal é que a quantia seja suficiente para cobrir no mínimoseis meses de todas as despesas – ou seja, seis vezes o valor 
que você gasta com todas as suas contas ao longo do mês, 
incluindo lazer. Dessa forma, você garante um tempo razoável 
para resolver seu imprevisto sem ter que recorrer a moda-
lidades de endividamento, como empréstimos ou o temido 
cheque especial.
Liquidez
Como é possível perceber, um dos principais requisitos para 
sua reserva de emergência é a liquidez. Afinal, o dinheiro 
investido precisará estar disponível rapidamente em um mo-
mento de urgência. Por conta disso, títulos de renda fixa em 
que o investidor acaba travando sua aplicação por períodos 
mais longos e fundos de investimento que só permitem o 
resgate semanas depois da solicitação acabam não sendo 
escolhas interessantes para esse fim específico.
o melhor 
investimento 
para sua reserva 
de emergência
11BTG Pactual digital
Volatilidade
Outro ponto diz respeito à volatilidade do investimento, ou 
seja, as oscilações para cima ou para baixo que o valor apli-
cado pode sofrer. Obviamente, por se tratar de um dinheiro 
para situações emergenciais que pode ser sacado a qualquer 
momento, o investidor precisa que a aplicação lhe ofereça 
previsibilidade, evitando assim o risco de surpresas negativas. 
Com isso, o investimento em ativos de renda variável também 
não é uma escolha interessante para este caso.
Mas então qual o melhor investimento para a reserva de 
emergência?
Se após todas essas restrições você só consegue se lembrar 
da famigerada poupança, temos uma ótima notícia...
Em nossa plataforma oferecemos dois CDBs (Certificados 
de Depósitos Bancários) com liquidez diária do BTG Pactual, 
uma das instituições financeiras mais sólidas do país de acor-
do com as principais agências de classificação de risco.
Com prazos de 12 ou 24 meses e uma aplicação inicial 
mínima de apenas R$ 100,00, eles oferecem taxas de 
remuneração de 103% e 104% do CDI, respectivamente 
– ambas superiores à rentabilidade da poupança indepen-
dentemente da faixa de cobrança do imposto de renda, cuja 
alíquota no CDB é regressiva ao longo do tempo.
Para investir, basta entrar na seção de Renda Fixa em sua 
área logada ou em nosso catálogo no site, podendo filtrar por 
“BTG Pactual” no campo “Emissor”. 
Lembrando que a modalidade possui o respaldo do FGC 
(Fundo Garantidor de Créditos), que garante o saldo das apli-
cações em até 250 mil reais por CPF.
Para as demais modalidades de investimento, recorri aos es-
pecialistas do BTG Pactual digital, que nos apresentam abaixo 
suas principais recomendações para o ano novo.
Confira a seguir.
o melhor 
investimento 
para sua reserva 
de emergência
12BTG Pactual digital
renda fixa e 
crédito privado
por Odilon Costa
13BTG Pactual digital
O que é
Embora a reserva de emergência contemple uma aplicação 
de renda fixa, o conceito de renda fixa propriamente dito é 
bem mais amplo do que parece.
Em sua essência, a renda fixa nada mais é do que um em-
préstimo feito por um investidor em troca de uma remu-
neração, que são os juros. Esses empréstimos podem ser 
realizados para financiar governos, bancos e empresas. Nós 
chamamos a renda fixa de “fixa” porque a remuneração da 
aplicação é definida no momento do investimento.
Diferentemente de um acionista, que depende de lucros pre-
sentes e da expectativa de lucros futuros para ser remunera-
do, o investidor de renda fixa empresta dinheiro. A remune-
ração de um título de renda fixa é dada pelas condições do 
financiamento, pela capacidade do devedor em honrar suas 
obrigações financeiras e pela liquidez do título. 
O pagamento dos juros e a devolução do principal são obri-
gações contratuais. Ou seja, quando uma empresa emite um 
título de renda fixa, ela é legalmente obrigada a repagar os 
valores relacionados ao empréstimo – independentemente 
de ele gerar, ou não, lucros. No caso da renda variável, não 
há um contrato que obrigue a empresa a pagar dividendos 
aos investidores. Ou seja, a renda variável varia porque o 
investidor não sabe se será remunerado e, ainda que seja, 
não há como saber o valor exato do dividendo até ele ser 
anunciado.
2021
Como estratégia para 2021, entendemos que a visão mais 
ampla de renda fixa faz bastante sentido para o investi-
dor que pretende diversificar sua carteira sem abrir mão 
dessa classe de ativos. 
A verdade é que a expectativa de uma Selic baixa ao longo 
do ano e a retomada gradual da inflação fizeram a rentabili-
dade real dos títulos públicos mais curtos ficar negativa num 
horizonte de dois anos. Por outro lado, o contexto fiscal mais 
turbulento resultou em aumento das taxas dos prazos inter-
mediário e longo. 
renda fixa e 
crédito privado
por Odilon Costa
14BTG Pactual digital
renda fixa e 
crédito privado
por Odilon Costa
O cenário macroeconômico criou um momento bastante 
oportuno para alocações em títulos mais longos atrela-
dos ao IPCA, o indicador oficial da inflação, com prazo 
superior a cinco anos. 
Além da remuneração atrativa em termos reais, o título 
público Tesouro IPCA+ oferece proteção contra o aumento 
dos preços. Diferentemente da reserva de emergência, esses 
papéis, caso vendidos antes do vencimento, podem apresen-
tar ganhos ou perdas de capital. No entanto, esse risco de 
variação de preços pode ser gerido a partir da diversificação 
de prazos. Quanto menor o prazo de um título de renda fixa, 
menor será a variação de seu preço. 
No mesmo sentido, os papéis privados atrelados à infla-
ção também são uma ótima forma de buscar retornos 
maiores na renda fixa. 
Uma vez definidos o indexador (IPCA+) e o prazo da aplica-
ção, é sempre bom considerar a hipótese de se investir em 
Debêntures Incentivadas, CRIs (Certificados de Recebíveis 
Imobiliários) e CRAs (Certificados de Recebíveis do Agrone-
gócio). 
A remuneração desses papéis normalmente acompanha a 
de um título público com características similares e inclui 
um prêmio de crédito. Para papéis com ótima qualidade de 
crédito (rating AAA), esse prêmio adicional varia entre 0,60 e 
0,80 ponto percentual ao ano, dependendo do título.
Quando considerada a isenção de impostos sobre o rendi-
mento desses papéis (taxa e inflação), o prêmio de crédito 
ajustado fica entre 260 e 290 pontos percentuais. Além da 
isenção sobre os juros, os papéis incentivados de crédito 
privado também são isentos de Imposto de Renda sobre os 
ganhos de capital. 
Para saber quais papéis de renda fixa e crédito privado mais 
adequados ao seu perfil, entre em contato com seu assessor 
de investimentos.
Teremos o maior prazerem ajudá-lo a otimizar a fatia mais 
conservadora de sua carteira.
15BTG Pactual digital
fundos
imobiliários
por Daniel Marinelli
A porta de 
entrada para a 
renda variável
16BTG Pactual digital
fundos 
imobiliários
por Daniel Marinelli
A porta de entrada 
para a renda variável
Dilema
Uma vez constituída a reserva de emergência e definida a 
alocação em renda fixa e crédito privado, o investidor poderá 
começar a pensar em sofisticar suas aplicações. E, conforme 
dito acima, diante da mudança de cenário para o mercado 
brasileiro, isso implica necessariamente a alocação de parte 
dos recursos em ativos de renda variável.
É aqui que costuma surgir uma grande barreira psicológica, 
pois, ao mesmo tempo que o investidor mais defensivo e 
conservador reconhece que sua carteira de renda fixa não 
está mais apresentando um retorno satisfatório, ele também 
tem medo de começar a investir em ações. 
Se este for o seu dilema, fique tranquilo, pois ele é o mesmo 
enfrentado por outros milhões de brasileiros. Afinal, enquanto 
a grande maioria ainda prefere a “segurança” da poupança, 
uma minoria bem pequena – nem 1% da população – já pos-
sui algum recurso aplicado na B3.
O medo, no entanto, nem sempre significa falta de disposi-
ção. Saber separar um do outro é o primeiro passo para o 
ingresso na Bolsa. E, para os que estão realmente dispostos 
a seguirem frente com a transição, provavelmente não existe 
uma porta de entrada mais adequada para a renda variável 
do que a dos fundos imobiliários.
Como funcionam
Os fundos imobiliários – ou FIIs – são negociados em Bolsa e 
funcionam como ações, mas, em vez de empresas, o aporte 
é em imóveis. Trata-se de uma das modalidades que mais 
tem despertado o interesse dos brasileiros nos últimos dois 
anos, o que faz sentido para um povo que tem tradição de 
investir em imóveis, mas que, em sua grande maioria, ainda 
desconhece as vantagens de fazê-lo através da compra de 
cotas dos FIIs.
Na maioria dos casos, os fundos imobiliários se mostram ve-
ículos muito mais interessantes do que o investimento direto 
em imóveis. 
17BTG Pactual digital
produtos
selecionados
Primeiro, porque eles tornam possíveis a qualquer pessoa ter 
uma participação em grandes empreendimentos de altíssima 
qualidade e com gestão profissional, antes restrito a uma 
pequena parcela de abastados.
Segundo, porque consideramos a modalidade ideal para 
investidores que desejam receber uma renda periódica 
pingando na conta, dado que os FIIs costumam distribuir 
mensalmente seus dividendos oriundos dos aluguéis, isen-
tos de imposto de renda – as vendas das cotas com lucro, 
porém, são taxadas em 20%, podendo incidir ainda taxas de 
administração e de corretagem, sendo que esta última não é 
cobrada para quem opera pelo BTG Pactual digital.
Em meio à queda das taxas de juros, os fundos imobiliários 
são ativos bastante indicados para o investidor mais conser-
vador começar a tomar risco de maneira muito menos volátil 
do que ao fazê-lo através das ações, especialmente se focar 
a montagem de sua carteira em FIIs mais líquidos, isto é, 
aqueles mais negociados na B3, que você consegue vender 
mais rápido quando assim decidir.
Produtos
Para auxiliá-lo na montagem de sua carteira, selecionamos 
três fundos imobiliários que consideramos capazes de apre-
sentar uma performance acima da média em 2021. Vamos a 
eles:
→ BTG PACTUAL CORPORATE OFFICE FUND (BRCR11)
→ BTG PACTUAL LOGÍSTICA (BTLG11)
→ CAPITÂNIA SECURITIES II FII (CPTS11)
fundos 
imobiliários
por Daniel Marinelli
A porta de entrada 
para a renda variável
18BTG Pactual digital
BTG PACTUAL 
CORPORATE 
OFFICE FUND 
(BRCR11)
Uma aposta de alto padrão para o cenário de retomada 
dos escritórios
O fundo
O BC Fund é o maior fundo de lajes corporativas do merca-
do, com patrimônio líquido de R$ 2,5 bilhões, liquidez diária 
de R$ 5,1 milhões na B3 e mais de 100 mil cotistas. O fundo 
é gerido pelo BTG Pactual Asset Management e possui taxas 
de administração de 0,25% ao ano e de gestão de 1,1% ao 
ano, ambas calculadas sobre o valor de mercado do fundo.
Vantagens
Nossa recomendação está pautada pelos seguintes fatores: 
(I) carteira formada em sua maioria por imóveis AAA, localiza-
dos nas principais regiões de negócio do país; (II) capacidade 
de originação de novos negócios pela excelente gestão; (III) 
cenário positivo para o segmento de lajes corporativas de 
alto padrão em São Paulo no longo prazo; (IV) ótima liquidez; 
e (V) valuation atrativo. 
Portifólio
Seu portfólio é formado por 14 ativos que, somados, equi-
valem a uma ABL (Área Bruta Locável) de 268 mil metros 
quadrados, distribuídos entre os estados de São Paulo (83%) 
e Rio de Janeiro (17%). A carteira de locatários é bastante 
diversificada, possuindo grandes empresas como a Cargil, 
E&Y, Volkswagen, Samsung, TIM, entre outras. Atualmente, o 
fundo possui uma vacância de 14,6%, inferior à vacância dos 
imóveis de alto padrão na cidade de São Paulo (16%). 
A gestão tem feito um trabalho muito ativo na reciclagem 
do portfólio do fundo, com destaque para as últimas duas 
aquisições de altíssimo padrão (AAA) em São Paulo: (I) Mo-
rumbi Corporate – Diamond Tower; e (II) EZ Towers – Tor-
re B. Ambas as negociações foram estruturadas com uma 
Renda Mínima Garantida equivalente a um cap rate atrativo 
de 7,25% ao ano por 24 meses. Assim, a compra desses dois 
ativos diversifica o portfólio, reforça a posição do fundo em 
empreendimentos de excelente qualidade em São Paulo e 
entrega um bom rendimento para o cotista.
Fundos imobiliários
19BTG Pactual digital
Cenário
Além disso, seguimos otimistas com o cenário de lajes cor-
porativas de alto padrão em São Paulo para o longo prazo. 
Entendemos que o curto prazo é desafiador por conta da 
contração da atividade econômica, com potencial aumento 
de vacância via devoluções, mas sem pressão pelo lado da 
oferta – olhando para os próximos 3 anos temos entrada de 
aproximadamente 510 mil metros quadrados de novo esto-
que (queda de 45% em relação ao período de 2014 a 2016). 
Portanto, acreditamos que a retomada do mercado (mesmo 
com a introdução do home office), associado à baixa taxa 
de vacância das regiões premiums, podem gerar potencial 
aumento real nos valores de aluguel para o longo prazo.
Conclusão
Por fim, o fundo negocia com desconto sobre o valor patri-
monial (P/VPA de 0,84x) e um dividend yield real e líquido es-
perado para 2021 de 6,1%, prêmio de 310 bps sobre a NTN-B 
2035 líquida e acima da média do mercado para fundos de 
lajes corporativas. 
BTG PACTUAL 
CORPORATE 
OFFICE FUND 
(BRCR11)
Fundos imobiliários
145
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3.000
2.700
2.400
2.100
1.800
1.500
1.200
900
600
300
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9
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120%
114%
108%
102%
96%
90%
84%
78%
72%
66%
60%
Performance LT
BRCR11
IFIX
CDI
Valor de mercado (R$ Milhões)
P/VPA (%)
Valor de mercado e e P/VPA
Fontes: Economatica e BTG Pactual
20BTG Pactual digital
Transformações positivas com potencial de longo prazo
O fundo
O BTLG11 é um fundo de galpões logísticos que iniciou suas 
atividades no ano de 2010. A gestão do fundo é realizada 
pelo BTG Pactual Asset Management, que cobra uma taxa de 
administração de 0,90% ao ano sobre seu valor de mercado.
Recomendação
Nossa recomendação está pautada pelos seguintes pilares: 
(I) maior diversificação e liquidez pós-oferta, em aquisições 
de ativos com taxas atrativas; (II) portfólio com ativos bem 
localizados e bons locatários; (III) gestão experiente; (IV) boa 
liquidez; e (V) valuation atrativo. 
O fundo encerrou recentemente sua 9a emissão de cotas 
(ICVM 400), com subscrição de 6 milhões de novas cotas e 
captação total de R$ 600 milhões, o que diversifica o passi-
vo do fundo (cotistas) e potencialmente aumenta o volume 
diário de negociação (liquidez), que hoje é de aproximada-
mente R$ 3 milhões. Os recursos estão sendo usados para 
adquirir até seis novos galpões logísticos, entre eles o terreno 
da fábrica da Ford em São Bernardo do Campo, onde será 
construído um dos maiores parques logísticos de alto padrão 
(AAA) da América Latina. Estima-se que os ativos sejam ad-
quiridos por um cap rate atrativo de 8,0% a 9,0% ao ano.
Expectativa
A expectativa é que, após alocados os recursos da oferta, o 
fundo apresente um patrimônio líquido de R$ 1,3 bilhão em 
um portfólio diversificado com 17 ativos. Grande parte da 
carteira estará localizada em São Paulo (73% da ABL), com 
exposição de 75% da receita a contratos atípicos de longo 
prazo (76% com vencimento após 2025), o que gera maior 
segurança em termos de ocupação dos locatários e maior 
previsibilidade de pagamento dos rendimentos. 
BTG PACTUAL 
LOGÍSTICA 
(BTLG11)
Fundos imobiliários
21BTG Pactual digital
Hoje
Atualmente, o fundo possui uma carteira de locatários 
formada por empresas em boa situação de crédito, como a 
Natura, a BRF e a FEMSA (Coca-Cola). Após as aquisições 
dos novos galpões, a carteira de locatários será ainda maior 
e mais diversificada, sendo os setores alimentício e de varejo 
os mais representativoscom 34% e 24% da ABL total, res-
pectivamente.
O fundo opera com um prêmio de 10% sobre o valor pa-
trimonial (P/VPA de 1,10x), abaixo da média dos seus pares 
que negocia com ágio de 18%. O dividend yield real e líquido 
esperado para 2021 é de 6,6%, prêmio de 360 bps sobre a 
NTN-B 2035.
 
BTG PACTUAL 
LOGÍSTICA 
(BTLG11)
Fundos imobiliários
Performance LT
BTLG11
IFIX
CDI
Valor de mercado (R$ Milhões)
P/VPA (%)
Valor de mercado e e P/VPA
ou
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140
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110
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900
800
700
600
500
400
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125%
120%
115%
110%
105%
100%
95%
90%
85%
80%
Fontes: Economatica e BTG Pactual
22BTG Pactual digital
Gestão ativa para um ambiente desafiador
O fundo
O Capitânia Securities II é um fundo de recebíveis com 
exposição a papéis majoritariamente high grade (papéis que 
possuem uma estrutura de garantia sólida), mas possuindo 
também mandato para investir em cotas de fundos imobili-
ários, preponderantemente fundos de CRIs (Certificados de 
Recebíveis Imobiliários). 
O fundo é gerido pela Capitânia, uma das maiores gestoras 
independentes do país, que cobra taxa de administração de 
1,05% ao ano sobre seu valor de mercado. O CPTS11 tem 
liquidez diária muito boa, de R$ 3,2 milhões ao dia. 
Recomendação
Nossa recomendação está pautada pelos seguintes pontos: 
(I) carteira diversificada em papéis de qualidade com taxas 
atrativas; (II) gestão de primeira linha; (III) ótima liquidez; e (IV) 
valuation atrativo. 
O patrimônio líquido atual do fundo é de R$ 789 milhões, 
sendo certo que o fundo já anunciou uma nova emissão de 
cotas visando a captação de R$ 390 milhões, o que permitirá 
diversificar ainda mais sua carteira de ativos. Atualmente, o 
fundo possui um portfólio constituído por CRIs (58% do PL), 
cotas de outros fundos imobiliários (36% do PL) e ativos de 
alta liquidez (6% do PL). 
Carteira
Sobre a carteira de CRIs, o fundo conta com 34 papéis, 
pulverizados em diferentes devedores e segmentos, em sua 
maioria indexados à inflação (75%) e o restante indexado ao 
CDI (25%). Em termos da carteira de CRIs, o fundo possui 
cerca de 40 papéis, pulverizados em diferentes devedores e 
segmentos, com exposição a papéis de qualidade e garantias 
bem amarradas em ativos performados. 
CAPITÂNIA 
SECURITIES II FII 
(CPTS11)
Fundos imobiliários
23BTG Pactual digital
Objetivo
O fundo tem como objetivo entregar um rendimento de CDI 
+ 3,0% ao ano aos seus cotistas, a partir dos rendimentos 
gerados pelos CRIs que formam a carteira do fundo e por 
transações de compra e venda de papéis realizados pela 
gestão visando o ganho de capital. O perfil da carteira tem 
mudado nos últimos três anos para um viés mais high grade 
(70% a 80%) e maior diversificação por segmento, o que está 
alinhado com o pensamento de ficar posicionado em fundos 
de risco controlado neste momento, sem perder o potencial 
de bons rendimentos via alocação em papéis high yield (30% 
a 20%). 
Capitânia
A Capitânia é uma gestora de recursos que atua no mercado 
há quase duas décadas e tem um time capacitado com gran-
de expertise no mercado de crédito. Grande parte dos CRIs 
são estruturados dentro da gestora (cerca de 75% da carteira 
atual), o que possibilita a geração de valor via negociação 
de taxas e garantias em operações exclusivas, bem como 
os investimentos em cotas de outros fundos imobiliários que 
também apresentam oportunidades restritas.
Conclusão
Por fim, o CPTS11 negocia a um preço justo com um leve 
prêmio de 3,6% sobre o patrimônio líquido, em linha com a 
média histórica do fundo (P/VPA de 1,03x), e dividend yield 
anualizado de 11,1% (último provento de R$ 0,90 por cota). 
Olhando para a frente, entendemos que o fundo tende a 
diminuir a distribuição de rendimentos para um patamar mais 
sustentável em torno de R$ 0,62 por cota, o que ainda gera 
um bom dividend yield forward de 7,7% ao ano.
CAPITÂNIA 
SECURITIES II FII 
(CPTS11)
Fundos imobiliários
24BTG Pactual digital
CPTS11
IFIX
CDI
Valor de mercado (R$ Milhões)
P/VPA (%)
Valor de mercado e e P/VPA
ou
t1
9
no
v1
9
de
z1
9
ja
n2
0
fe
v2
0
m
ar
20
ab
r2
0
m
ai
20
ju
n2
0
ju
l2
0
ag
o2
0
se
t2
0
ou
t2
0
140
130
120
110
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70
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ou
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se
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0
ou
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0
900
800
700
600
500
400
300
200
100
0
157%
148%
140%
131%
123%
114%
106%
97%
89%
80%
CAPITÂNIA 
SECURITIES II FII 
(CPTS11)
Fundos imobiliários
Performance LT
Fontes: Economatica e BTG Pactual
25BTG Pactual digital
as melhores 
ações para 2021
por Ricardo Cavalieri
26BTG Pactual digital
As melhores 
ações para 2021
B3 (B3SA3)
por Ricardo Cavalieri
Por último, mas não menos importante, selecionamos tam-
bém cinco ações para surfar a recuperação esperada para a 
economia brasileira em 2021. 
São papéis de empresas de diferentes setores que, em nossa 
opinião, encontram-se em boa situação para aumentar seus 
lucros e gerar valor aos acionistas, proporcionando a monta-
gem de uma carteira balanceada e diversificada – caracterís-
ticas que acabam diluindo naturalmente eventuais impactos 
negativos de alguma delas que, por qualquer motivo, venha a 
ter uma performance ruim.
Se você já está convencido da importância de ter uma 
carteira de ações, mas não sabe por onde começar e quais 
empresas escolher, as alternativas abaixo podem ser uma boa 
opção para conseguir superar a rentabilidade que era facil-
mente conquistada durante a era de ouro para a renda fixa 
no Brasil. 
Vamos a elas:
Histórico
De 2016 até a chegada da pandemia, vimos um aumento 
contínuo e consistente nas alocações em ações brasileiras 
por investidores locais. E, em nossa opinião, esta alocação 
aumentará com o tempo, principalmente em função do nível 
historicamente baixo da taxa Selic. Além disso, no terceiro 
trimestre, foram concluídos 25 negócios (13 IPOs + 12 Follow-
-Ons) de acordo com a B3, tornando-se o trimestre com 
maior número de ofertas de todos os tempos. Somente em 
setembro, o montante de capital levantado em ofertas iniciais 
de ações foi superior ao de todo o ano de 2019. Com os nú-
meros de outubro, 2020 já se tornou o ano de maior volume 
financeiro no mercado de capitais desde 2010, passando dos 
R$ 89,6 bilhões do ano passado. 
27BTG Pactual digital
No acumulado do ano até novembro, a Bolsa lançou: (i) o 
RLP (Retail Liquidity Provider), ferramenta que permite às 
corretoras internalizar parte do seu fluxo de varejo em mini-
contratos (Índices e Dólares Futuros), permitindo à corretora 
atuar como contraparte do seu fluxo de ordens; (ii) Fundos 
de Investimento em Direitos Creditórios (FIDCs) e Fundos 
de Infraestrutura na plataforma listada; (iii) implementou uma 
nova e melhor política de preços no mercado de balcão 
(OTC); que compartilha mais ganhos de escala com os 
clientes; (iv) lançou um novo serviço que calcula o preço de 
aproximadamente 900 debêntures usando a última cotação 
e uma abordagem de modelagem de crédito; e (v) facilitou 
a negociação de BDRs não patrocinados por investidores 
individuais. 
Futuro
E há muitos novos produtos por vir em 2021: a B3 espera 
lançar uma nova tela de negociação para o empréstimo de tí-
tulos, facilitando o processo para os investidores e se conec-
tando ao ciclo de liquidação D+1 da clearing e com funcio-
nalidades de pré-negociação controladas por corretoras para 
garantir a solidez do sistema. A nova política de precificação 
de ações, anunciada no início do ano, também deverá ser 
implementada durante o primeiro semestre de 2021, com um 
esquema de descontos mais assertivo. Também será lança-
do o exercício automáticode opções, solução que facilita a 
operação e reduz o risco operacional dos operadores de alta 
frequência. Além disso, novos mercados, como os registros 
de apólices de seguros e de duplicatas eletrônicas, estão 
sendo criados por órgãos reguladores, dos quais a B3 tem 
participado de forma ativa.
Conclusão
Vemos o valuation atual (24x P/L ajustado de 2021) como 
um bom ponto de entrada, visto que enxergamos os pares 
globais negociando perto de 30x P/L. O mercado de capitais 
brasileiro está crescendo, e nossas estimativas para os lucros 
de 2021 ainda são conservadoras. Reiteramos a B3 como 
nosso nome preferido para aproveitar a transformação que 
está acontecendo no mercado de capitais brasileiro.
B3 (B3SA3)
28BTG Pactual digital
Histórico
A história de transformação da Vale nos últimos anos tem 
sido algo notável e marcou o renascimento de uma gigante da 
mineração. Por um lado, a tragédia de Brumadinho exigiu um 
choque na gestão para mudar os rumos da empresa. Não é 
preciso dizer que a segurança e uma agenda ESG mais ampla 
se tornaram metas primordiais de longo prazo, à medida que 
a Vale busca restaurar a credibilidade diante da sociedade. 
Embora houvesse temores de como a agenda dos acionistas 
seria tratada no novo ambiente, estamos convencidos de 
que a Vale permanecerá altamente “amigável aos acionistas” 
daqui para a frente. Uma abordagem disciplinada de aloca-
ção de capital e um forte impulso de retorno de caixa devem 
permanecer em vigor, mesmo enquanto a empresa estiver 
abordando seus infortúnios recentes. A Vale continua sendo 
nossa principal escolha no setor de mineração e siderurgia, e 
reiteramos nossa recomendação de compra de longo prazo.
O minério de ferro foi uma história isolada da crise, explican-
do a estabilidade relativa dos resultados da Vale em 2020. 
A demanda de minério de ferro da China (aproximadamente 
70% do mercado transoceânico) permanece forte como 
sempre, enquanto as agudas interrupções no lado da oferta 
colocaram os mercados em déficit até o momento no ano 
– os preços spot permanecem próximos de US$ 120/ton 
(mesmo que esperemos que eles caiam à frente).
Hoje
Embora as ações estejam inegavelmente baratas em qualquer 
métrica, ainda acreditamos que a redução na percepção de 
risco da tese da ação será um processo gradual, com base 
em três pilares: (I) o retorno de caixa em níveis atrativos deve 
gerar entradas adicionais de capital (esperamos um dividend 
yield em torno de 10-15% para 2021; (II) forte recuperação 
nos volumes e custos decrescentes; e (III) melhora marginal 
da percepção ESG, dado o foco maior da administração no 
tema desde Brumadinho (longo prazo). 
Vale (VALE3)
29BTG Pactual digital
Conclusão 
Tentando calcular alguns “danos” que possam impactar o 
preço da ação da Vale, vemos que esses são provenientes 
de: percepção de risco de volumes, questões ESG, provisões 
adicionais, entre outros. A conclusão aqui é: mesmo que a 
Vale acrescente provisões e faça um acordo com o governo 
de MG no valor próximo a US$ 4 bilhões, isso ainda seria 
apenas uma fração do dano precificado na ação. Portanto, 
acreditamos que as ações podem continuar se valorizando, 
mesmo se a Vale fechar um acordo multibilionário com o go-
verno. Muitos observadores considerariam um acordo com as 
autoridades um catalisador, já que todas as questões seriam 
resolvidas e, finalmente, a página seria virada.
Por fim, reiteramos a Vale como principal escolha, uma vez 
que as ações continuam subvalorizadas. Fazendo um exercí-
cio de marcação a mercado: com minério de ferro em torno 
de US$ 125/ton, vemos a Vale sendo negociada próximo a 
3,4x EV/EBITDA 2021 e gerando um FCF yield de cerca de 
25%. Isso representa um desconto de aproximadamente 
40% para os pares australianos como a Rio Tinto, o que não 
achamos justo, acreditando que esse “gap” tende a diminuir 
à frente. Além disso, a ação da Vale é uma forma interessante 
de estar exposto a um dólar forte.
2020 
O ano de 2020 foi relevante para o e-commerce no Brasil, 
visto que a pandemia acelerou o processo de migração do 
canal offline para o online. Além de crescimento secular para 
os próximos anos, acreditamos que existe uma tendência de 
consolidação nesse segmento, com alguns poucos vencedo-
res. 
A empresa
A Magazine Luiza é uma de nossas Top Picks para o varejo e 
e-commerce, considerando sua evolução como ecossistema 
de produtos e serviços, foco na experiência do consumidor e 
tráfego e sortimento relevantes.
Vale (VALE3)
Magazine Luiza 
(MLGU3)
30BTG Pactual digital
No terceiro trimestre, a empresa reportou resultados melho-
res que o esperado, com o e-commerce mais uma vez como 
destaque positivo, além de sua operação de varejo físico 
com uma recuperação relevante, após um período de lojas 
fechadas.
Evolução
A evolução da empresa como ecossistema completo de 
varejo/e-commerce e de serviços tem sido um diferencial. O 
crescimento impressionante do e-commerce deve-se ao au-
mento da base de vendedores (3P), aumento da utilização do 
Superapp da MGLU (incluindo os apps da Netshoes, Zattini 
e Época Cosméticos), que hoje já possui mais de 30 milhões 
de usuários, e à melhora em seus processos de logística: com 
aumento de entregas expressas (em 24 horas) para as vendas 
1P; as lojas funcionando como ponto de saída dos produtos 
para entregas e a utilização do modelo de cross-docking.
As recentes aquisições da Canaltech, Inloco Media (plata-
formas de anúncios digitais), Hubsales (plataforma para a 
indústria), da Stoq e da AiQFome mostram a estratégia da 
Magalu de digitalizar o varejo offline no Brasil e aprimorar seu 
ecossistema, adicionando novos vendedores e sortimento 
para sua plataforma de marketplace (especialmente em cate-
gorias de alta frequência) e utilizando sua estrutura logística e 
modelo multicanal.
Conclusão
A Magazine Luiza deve continuar sendo vista pelo mercado 
como uma verdadeira empresa de tecnologia/omnichannel 
(crescendo acima do mercado tanto online quanto offline 
e sustentando um momentum sólido). A base de nossa tese 
estrutural positiva sobre MGLU permanece centrada em dois 
pilares: (i) o e-commerce continuará crescendo a uma taxa 
secular, devendo pelo menos triplicar até 2025, aumentan-
do a penetração nas vendas totais do varejo; e (ii) como em 
mercados mais maduros, há uma tendência de consolidação 
pela frente, com poucos vencedores.
Magazine Luiza 
(MLGU3)
31BTG Pactual digital
Petrobras (PETR4)
2020
Em razão dos efeitos da pandemia, o ano de 2020 se mos-
trou ainda mais desafiador para a indústria de petróleo. A 
demanda pela commodity caiu bruscamente em todo o mun-
do conforme os países impunham restrições sociais e eco-
nômicas. Do lado da oferta, a briga comercial entre Rússia e 
os países da Opep contribuíram para levar o preço do barril 
de petróleo para as mínimas históricas. Não por acaso, as 
ações da Petrobras foram fortemente impactadas por esses 
eventos. Ainda assim, vale ressaltar os resultados resilientes 
apresentados pela companhia, que não somente entregou 
bom desempenho operacional, como performou acima de 
players comparáveis globais, gerando caixa em todos os tri-
mestres até aqui. Para 2021, continuamos vendo PETR4 como 
uma boa oportunidade de investimento.
Hoje
Do ponto de vista macroeconômico, a reabertura das eco-
nomias (ainda que gradual) e a remoção das restrições para 
deslocamentos e viagens trazem uma melhor perspectiva 
para o lado da demanda. Reflexo disso é a clara melhora nos 
preços do petróleo, que vêm se recuperando desde março 
e continuam com uma curva futura ascendente. Resultados 
da companhia devem naturalmente ser impulsionados por tal 
melhora de preços e volumes de vendas. Em nossas proje-
ções, esperamos um lucro líquido de US$ 5,5 bilhões para 
2021, entregando um lucro por ação de R$ 2,25.
Igualmente importante, o contínuo aumento do foco da com-
panhia emativos de E&P (segmento de exploração e pro-
dução) no pré-sal e uma alocação de capital mais racional 
devem continuar a melhorar a rentabilidade da companhia, 
que já apresenta custos de exploração baixíssimos que su-
portam nossa visão de uma história de investimento resiliente 
no longo-prazo, mesmo a preços deprimidos. A gestão da 
Petrobras também continua comprometida com a redução 
do endividamento da empresa. A companhia terminou o 
terceiro trimestre de 2020 com uma dívida bruta de US$ 80 
bilhões, e caminha para sua meta de US$60 bilhões até 2022. 
Para atingir esse objetivo, a empresa tem feito uma série de 
32BTG Pactual digital
Petrobras (PETR4)
Oi (OIBR3)
desinvestimentos em subsidiárias. Destacamos a venda dos 
ativos do refino, com alto potencial de geração de valor por 
sua contribuição para a desalavancagem da companhia e 
também por reduzir ainda mais a percepção de risco dos 
investidores em relação à tese de investimento da Petrobras.
Adicionalmente, a Petrobras atualizou sua política de divi-
dendos, permitindo ao conselho maior flexibilidade quanto 
ao pagamento de dividendos. Com uma forte geração de 
caixa esperada para os próximos anos, vemos a empresa se 
tornando uma boa pagadora de dividendos no médio prazo.
Conclusão
Por fim, as ações da companhia ainda negociam com altos 
descontos versus outros participantes da indústria, o que 
reforça nossa visão para a Petrobras como uma das histórias 
de valor mais assimétricas em nosso universo de cobertura, 
suportada pela maior rentabilidade advinda do pré-sal, desa-
lavancagem e menor custo de capital.
Segmento
O setor de telecomunicações vem passando por grandes 
transformações nos últimos anos. Os serviços mais requisita-
dos mudaram com a demanda maior pela telefonia móvel em 
detrimento da fixa, além da crescente demanda por serviços 
de internet rápida, intensificada pela pandemia. Dentro desse 
cenário, ainda temos a reestruturação da Oi, que vem me-
xendo bastante com a dinâmica do setor e deve levar à maior 
transformação desde as privatizações.
A empresa
A Oi passa por um processo de recuperação judicial iniciado 
em 2016. Desde então, a empresa tem investido fortemente 
na construção de uma infraestrutura de internet super-rápida 
baseada em fibra ótica, com o intuito de se tornar o maior 
negócio da empresa. Em setembro deste ano, a aprovação 
do aditamento ao plano de recuperação judicial da Oi per-
33BTG Pactual digital
mitiu que a companhia reduzisse de forma significativa a sua 
dívida, além de receber sinal verde para vender uma série de 
ativos não essenciais.
Reestruturação
A venda de ativos é parte fundamental da reestruturação da 
Oi, já que vai permitir que a empresa pague antecipadamente 
uma grande parte de suas dívidas e intensifique seus inves-
timentos em fibra ótica. Apenas a venda da unidade móvel, 
com leilão marcado para 14 de dezembro, deve gerar R$ 16,5 
bilhões para a empresa, sendo a TIM, a Vivo e a Claro as 
principais interessadas, dado o potencial de consolidação 
setorial e o ganho com sinergias. A Oi também vai vender 
parte da sua operação de fibra ótica, levantando, pelas nos-
sas estimativas, cerca de R$ 6,5 bilhões. É importante res-
saltar que existem chances consideráveis da Oi vender sua 
participação por valores maiores, gerando ainda mais upside 
para o papel
Crescimento
A decisão de focar seus investimentos em fibra ótica tem se 
mostrado assertiva. O crescimento das receitas provenien-
tes do segmento ultrapassou no terceiro trimestre as perdas 
relacionadas à estrutura de cobre, mostrando que a receita 
vinda do novo negócio da Oi já está conseguindo superar as 
perdas relacionadas ao antigo. A empresa tem sido rápida e 
eficiente na implantação de sua rede FTTH (Fiber-To-The-
-Home) de última geração. No terceiro trimestre, a operadora 
já passava sua fibra por 7,9 milhões de residências, conectan-
do 1,75 milhão de clientes. Esperamos que a Oi termine 2020 
com 2,1 milhões de clientes conectados e faturamento anuali-
zado de mais de R$ 2 bilhões. A expansão deve continuar de 
maneira rápida em 2021, com a operadora terminando o ano 
com aproximadamente 3,5 milhões de clientes.
Oi (OIBR3)
34BTG Pactual digital
Conclusão
Em nossa análise, somando todos os ativos da Oi (unidade 
móvel, unidade de fibra, torres e datacenter) e removendo a 
dívida líquida ajustada, chegamos a um valor total de R$ 16,6 
bilhões para a companhia, ou R$ 2,80 por ação. Dentro desse 
número, consideramos que o valor total da InfraCo seja de 
R$ 24 bilhões, ou conservadores 12x EV/EBITDA 2022E. 
Levando em conta que as empresas de infraestrutura são 
negociadas a múltiplos maiores, fato comprovado pela venda 
recente da Copel Telecom por 14,6x EV/EBITDA, não seria 
surpresa se a operação da Oi fosse negociada por múltiplos 
ainda maiores. Se a InfraCo for vendida por 15x EV/EBITDA 
2022E, isso seria o equivalente ao valor adicional de R$ 1,00 
por ação. Outro upside pode vir da nova lei de falências que 
foi aprovada no Senado, já que ela possibilita uma grande 
redução no valor da dívida da Oi com a Anatel, além de 
maiores ganhos fiscais. 
Pelas nossas contas, isso poderia ser o equivalente a um 
upside de mais R$ 0,40 por ação. Dessa maneira, nós vemos 
a Oi com uma ótima relação risco-retorno.
Oi (OIBR3)
35BTG Pactual digital
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