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GESTÃO DA SUSTENTABILIDADE

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UNISALESIANO 
Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium 
Curso de Administração 
ALEX SOARES CRACCO 
PAULO THIAGO BENTO ARRIBARD 
THIAGO FLÁVIO DE SOUZA 
THIAGO FRASTRONE 
GESTÃO DA SUSTENTABILIDADE 
AES Tietê Promissão/SP 
LINS SP 
2008 
 
1
 
ALEX SOARES CRACCO 
PAULO THIAGO BENTO ARRIBARD 
THIAGO FLÁVIO DE SOUZA 
THIAGO FRASTRONE 
GESTÃO DA SUSTENTABILIDADE 
Trabalho de Conclusão de Curso 
apresentado à Banca Examinadora do 
Centro Universitário Católico Salesiano 
Auxilium, curso de Administração, sob a 
orientação da Profª M.Sc. Máris de Cássia 
Ribeiro e orientação técnica da Profª 
M.Sc. Heloísa Helena Rovery da Silva. 
LINS SP 
2008
 
 
2
 
Cracco, Alex Soares; Arribard, Paulo Thiago Bento; Souza, Thiago 
Flávio; Frastrone, Thiago 
Gestão da sustentabilidade: AES Tietê S/A / Alex Soares Cracco; 
Paulo Thiago Bento Arribard; Thiago Flávio de Souza; Thiago 
Frastrone. 
 
 Lins, 2008. 
111p. il. 31cm. 
Monografia apresentada ao Centro Universitário Católico 
Salesiano Auxilium 
 
UNISALESIANO, Lins-SP, para graduação em 
Administração, 2008 
Orientadores: Máris de Cássia Ribeiro; Heloisa Helena Rovery 
da Silva 
1. Sustentabilidade. 2. Econômica. 3. AES Tietê S/A. I Título. 
CDU 658 
C921g 
 
 
2
 
ALEX SOARES CRACCO 
PAULO THIAGO BENTO ARRIBARD 
THIAGO FLÁVIO DE SOUZA 
THIAGO FRASTRONE 
GESTÃO DA SUSTENTABILIDADE 
Monografia apresentada ao Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium, 
para obtenção do título de Bacharel em Administração. 
Aprovada em: _____/_____/_____ 
Banca Examinadora: 
Profª Orientadora: Máris de Cássia Ribeiro 
Titulação: Mestre em Administração pela Universidade Metodista de Piracicaba 
 UNIMEP 
Assinatura:___________________________________ 
1º Prof(a): _______________________________________________________ 
Titulação:_______________________________________________________ 
_______________________________________________________________ 
Assinatura:___________________________________ 
2º Prof(a): _______________________________________________________ 
Titulação:_______________________________________________________ 
_______________________________________________________________ 
Assinatura: ___________________________________
 
 
3
 
DEDICATÓRIA 
A DEUS 
Ao Senhor por nos dar sabedoria ao longo de nossa graduação. Obrigado por 
tudo que vimos, ouvimos e aprendemos. Obrigado pela vida. 
A NOSSA FAMÍLIA 
A vocês, que nos deram a vida e nos ensinaram a vivê-la com dignidade. A 
vocês, que se doaram inteiros e renunciaram aos seus sonhos, para que, 
pudéssemos realizar os nossos. A vocês, pais por natureza, por opção, que 
não temos palavras para agradecer tudo isso. Amamos vocês. 
AOS AMIGOS 
A todos aqueles que direta ou indiretamente contribuíram para a realização 
desse trabalho. Inclusive àqueles que estiveram conosco desde o inicio. 
A EMPRESA 
Pela cordialidade na qual fomos recebidos. Obrigado pela oportunidade, 
sabedoria em relação ao assunto pesquisado. E principalmente ao Sr. José 
Simionato pois sem sua confiança nada seria possível. 
AOS MESTRES 
Em cada professor um mestre. Em cada mestre um universo. Obrigado 
professores por dedicar seu tempo e sua sabedoria para que nossa formação 
fosse um aprendizado de vida. 
AS NAMORADAS E NOIVA 
As nossas amadas que entenderam nossas ausências, compartilharam de 
nossas lágrimas e sorrisos, dividimos, agora, o mérito desta conquista. As 
alegrias de hoje também são suas, pois seu amor, estímulo e carinho foram as 
armas desta vitória. Nós amamos vocês. 
Alex Cracco, Paulo Arribard, Thiago Flávio, Thiago Frastrone 
 
 
4
 
AGRADECIMENTOS 
Agradecemos a Deus, por ser presença 
constante em nossas vidas e iluminando 
nossos caminhos para que conseguíssemos 
chegar até aqui. 
Aos professores e orientadoras Máris e 
Heloísa, que dedicaram seu tempo, nos 
ensinando a crescer profissionalmente. 
 
 
5
 
RESUMO 
O termo sustentabilidade, incorporado definitivamente ao repertório 
cultural contemporâneo, não está relacionado apenas aos aspectos ambientais, 
mas também às questões econômicas, sociais e culturais da sociedade 
humana. Em linhas gerais, sustentabilidade significa suprir as necessidades 
das gerações presentes sem afetar a habilidade das gerações futuras de 
suprirem as suas. O risco de uma catástrofe ambiental que se aproxima a 
passos rápidos, caso não sejam tomadas medidas radicais que desacelerem o 
processo de degradação e esgotamento dos recursos naturais, tem feito com 
que o tema esteja cada vez mais presente na vida das pessoas e corporações. 
Assim, os consumidores conscientes e empresas ecologicamente responsáveis 
são os novos personagens desta tarefa desafiadora e de impactos definitivos 
na qualidade de vida das futuras gerações. Já não bastam apenas a boa 
vontade pessoal ou iniciativas domésticas individuais e projetos de maior 
abrangência liderados por ONG s e grandes empresas. Separação do lixo, 
descarte de pilhas ou economia de água e ações para projetar a imagem de 
uma marca são válidas, no entanto, é importante destacar que a 
sustentabilidade requer um objetivo coletivo. Neste sentido, a empresa AES 
Tietê, em que foi realizada a pesquisa para este trabalho, tem como objetivo 
garantir o desenvolvimento sustentável de seu negócio e da comunidade onde 
está inserida, na busca de prestar de forma responsável, um serviço público à 
sociedade: a geração de energia; e consequentemente comunicar com 
transparência seus investidores a fim de aproximar ainda mais a AES Tietê dos 
participantes do mercado de capitais. Essa política está relacionada à 
estratégia de nortear sua atuação na sustentabilidade visando maior 
valorização econômica. 
Palavras-chave: Sustentabilidade. AES Tietê. Valorização Econômica. 
 
 
6
 
ABSTRACT 
The term sustenance incorporated definitely in the contemporary cultural 
compilation, isn t related to just the environmental aspects but also to 
economical, social and cultural matters of the human society. In general, 
sustenance means supply the needs of the present generations without 
preventing the ability of the future generations to supply theirs. The risk of an 
environmental catasthrophe that has approximated that has approximated at 
fast steps in case that radical measures aren t taken to decrease the process of 
depredation and depletion of natural resources has made this topic be present 
more and more in people s lives and corporations. This way, the aware 
consumers and companies ecologically responsible are the new characters of 
this challenging task and decisive impacts in the life quality of the future 
generations. Personal good will or domestic individual initiatives and projects of 
larger embracement led by ONG S and big companies aren t enough. 
Separation of garbage, discard of batteries or water savings and actions to 
project a bland image are valid, however it s important to emphasize the 
sustenance requires a collective goal. In this sense the company AES Tietê 
where this work was carried out, has the objective to guarantee the sustainable 
development of its business and the community where it s inserted, in order 
serve in a responsible way, a public service to society: the energy production 
and consequently communicate honestly its investors to approximate more the 
AES Tietê to the participants of the capital market. This policy is related to the 
strategy of guiding its performance in the sustenance aiming a higher 
economical valorization. 
Key words: Sustenance. AES Tietê. Economical Valorization. 
 
 
7
 
LISTA DE FIGURAS 
Figura 1: Usina Hidrelétrica Água Vermelha ................................................. 46 
Figura 2: Usina Hidrelétrica Caconde............................................................ 46 
Figura3: Usina Hidrelétrica Euclides da Cunha............................................ 47 
Figura 4: Usina Hidrelétrica Limoeiro ............................................................ 48 
Figura 5: Pequena Central Hidrelétrica Mogi-Guaçu..................................... 49 
Figura 6: Usina Hidrelétrica Barra Bonita ...................................................... 49 
Figura 7: Usina Hidrelétrica Bariri .................................................................. 50 
Figura 8: Usina Hidrelétrica Ibitinga............................................................... 51 
Figura 9: Usina Hidrelétrica Promissão ......................................................... 52 
Figura 10: Usina Hidrelétrica Nova Avanhandava......................................... 52 
Figura 11: Empresas que compõem o IEE.................................................... 85 
Figura 12: Valorização do ISE ....................................................................... 86 
Figura 13: Valorização do IBOV .................................................................... 87 
Figura 14: Análise da valorização da AES Tietê GETI4............................. 88 
Figura 15: Análise da valorização da Eletrobrás ELET6............................ 89 
Figura 16: Estrutura Acionária da AES Tietê................................................. 90 
LISTA DE QUADROS 
Quadro 1: Os dez compromissos da Empresa Amiga da Criança................ 29 
Quadro 2: Composição Acionária da AES Tietê ........................................... 90 
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS 
ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas 
ADVB - Associação dos Dirigentes de Vendas e Marketing do Brasil 
AEM - Avaliação Ecossistêmica do Milênio 
AAFC - Associação dos Aposentados da Fundação Cesp 
Aneel - Agência Nacional de Energia Elétrica 
Bovespa - Bolsa de Valores de São Paulo 
 
 
8
 
BM&FBovespa - Bolsa de Valores, Mercadorias & Futuros 
Nyse - Bolsa de Nova York 
BNDESpar - Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Financeiro e 
Participações 
BNDES - Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Financeiro 
CESP - Companhia Energética de São Paulo 
CESFGV - Centro de Estudos em Sustentabilidade da Fundação Getúlio 
Vargas 
CISE - Conselho Deliberativo do ISE 
CSPE - Comissão de Serviços Públicos de Energia 
CVM - Comissão de Valores Mobiliários 
CEP - Código de Endereçamento Postal 
CMMAD - Comissão Mundial sobre o Meio Ambiente e o Desenvolvimento 
CNUMAD - Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e 
Desenvolvimento 
CDB - Convenção sobre a Biodiversidade 
CDS - Comissão sobre o Desenvolvimento Sustentável 
CMDS - Cúpula Mundial de Desenvolvimento Sustentável 
CO2 - Dióxido de Carbono 
ECOSOC - Conselho Econômico e Social das Nações Unidas 
FGV Fundação Getúlio Vargas 
FAM - Florianópolis Audiovisual Mercosul 
GWh - Gigawatt-hora 
GEE - Gases do Efeito Estufa 
IBOV - Índice Bovespa 
IEE - Índice de Energia Elétrica 
IGP-M - Índice Geral de Preço do Mercado 
ISE - Índice de Sustentabilidade Empresarial 
ISO - Organização Internacional para Padronização 
km² - Quilômetros Quadrados 
MRE - Mecanismo de Realocação de Energia 
m³ - Metros Cúbicos 
m - Metros 
m³/s - Metros Cúbicos por Segundo 
 
 
9
 
MW - Megawatt 
NBR - Normas Brasileiras 
Osesp - Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo 
O.D. - Overdose Digital 
ONU - Organização das Nações Unidas 
PCHs - Pequenas Centrais Hidrelétricas 
PGA - Programa de Gestão Ambiental 
PLR Programa de Participação nos Lucros e Resultados 
PNUMA - Programa das Nações Unidas sobre Meio Ambiente 
RCE - Redução Certificada de Emissões 
RI - Relacionamento com Investidores 
SELA Sistema Econômico Latinoamericano 
TP Tietê Participações 
UHE - Usina Hidrelétrica 
 
 
10
 
SUMÁRIO 
INTRODUÇÃO............................................................................................... 14 
CAPÍTULO I GRUPO AES TIETÊ.............................................................. 16 
1 HISTÓRICO ........................................................................................ 16 
1.1 Missão ................................................................................................. 18 
1.2 A Visão de Sustentabilidade ............................................................... 18 
1.3 Valores ................................................................................................ 19 
1.4 Ações Ambientais ............................................................................... 19 
1.4.1 Objetivos ambientais, com as suas respectivas metas ambientais ... 22 
1.5 Projetos Sociais .................................................................................. 23 
1.5.1 O Projeto Guri ..................................................................................... 23 
1.5.2 Programa Geração Cidadania ............................................................ 23 
1.5.3 Salas de Leitura .................................................................................. 24 
1.5.4 Acorde Para o Meio Ambiente ............................................................ 25 
1.5.5 Fundação Dorina Nowill ...................................................................... 26 
1.5.6 Energia não se Aposenta.................................................................... 26 
1.5.7 Mozarteum Brasileiro .......................................................................... 26 
1.5.8 Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo .................................... 27 
1.5.9 A Ecos do Planeta............................................................................... 27 
1.5.10 Overdose Digital.................................................................................. 28 
1.5.11 Empresa Amiga da Criança ................................................................ 28 
1.5.12 Voluntariado ........................................................................................ 29 
1.5.13 Campanha de Natal ............................................................................ 29 
1.5.14 Campanha da Páscoa......................................................................... 30 
1.5.15 Campanha do Agasalho...................................................................... 30 
1.6 Reconhecimento ................................................................................. 30 
1.6.1 TOP Social da Associação dos Dirigentes de Vendas e Marketing do 
Brasil (ADVB) 2007........................................................................................ 31 
1.7 Investimentos ...................................................................................... 31 
1.8 Mitigação do Meio Ambiente e distribuição de Energia Sustentável.. 32 
 
 
11
 
1.9 Gestão de pessoas relacionamento com o público interno............. 33 
1.9.1 Comunicação ...................................................................................... 35 
1.10 Política de responsabilidade sócio-ambiental - Política de Meio 
Ambiente, Saúde e Segurança do Trabalho do Grupo AES ......................... 36 
1.11 Cultura empresarial Governança Corporativa ................................. 37 
1.11.1 Conselho de Administração ................................................................ 38 
1.11.2 Conselho Fiscal .................................................................................. 38 
1.11.3 Comitês ............................................................................................... 38 
1.11.3.1 Comitê de Gestão ............................................................................ 38 
1.11.3.2 Comitê de Gestão de Riscos Regulatórios...................................... 39 
1.11.4 Relações com Investidores................................................................. 39 
1.11.5 Sarbanes-Oxley .................................................................................. 40 
1.11.6Auditoria .............................................................................................. 40 
1.11.7 Estrutura Societária............................................................................. 40 
1.12 Contrato Governamental Contrato de Concessão .......................... 41 
1.13 Gerenciamento de Riscos................................................................... 41 
1.14 Eclusas................................................................................................ 45 
1.14.1 Ficha Técnica...................................................................................... 45 
1.14.1.1 Escritório Sede................................................................................. 45 
1.14.1.2 Usina Hidrelétrica Água Vermelha................................................... 45 
1.14.1.3 Usina Hidrelétrica Caconde ............................................................. 46 
1.14.1.4 Usina Hidrelétrica Euclides da Cunha ............................................. 47 
1.14.1.5 Usina Hidrelétrica Limoeiro.............................................................. 48 
1.14.1.6 Pequena Central Hidrelétrica Mogi-Guaçu...................................... 48 
1.14.1.7 Usina Hidrelétrica Barra Bonita ....................................................... 49 
1.14.1.8 Usina Hidrelétrica Bariri ................................................................... 50 
1.14.1.9 Usina Hidrelétrica Ibitinga................................................................ 51 
1.14.1.10 Usina Hidrelétrica Promissão ........................................................ 51 
1.14.1.11 Usina Hidrelétrica Nova Avanhandava.......................................... 52 
CAPÍTULO II - CONCEITOS SOBRE GESTÃO DA SUSTENTALIDADE .. 54 
2 A EVOLUÇÃO DOS PROBLEMAS AMBIENTAIS............................ 54 
2.1 Protocolo de Kyoto.............................................................................. 58 
 
 
12
 
2.2 Relatório Brundtland ........................................................................... 59 
2.3 Agenda 21........................................................................................... 60 
2.4 Gestão ambiental ................................................................................ 61 
2.5 Normas ambientais e ISO 14000........................................................ 62 
2.6 A construção de uma consciência ecológica...................................... 64 
2.7 Responsabilidade Social..................................................................... 65 
2.8 Economia empresarial ........................................................................ 66 
2.9 Crescimento econômico e meio ambiente.......................................... 69 
2.10 Capital ambiental e o capital social..................................................... 69 
2.11 Desenvolvimento sustentável ............................................................. 71 
2.12 Sustentabilidade.................................................................................. 73 
2.13 Dimensões de sustentabilidade .......................................................... 74 
2.14 A importância da sustentabilidade na empresa.................................. 75 
2.15 Sustentabilidade: governança no mundo tripolar ............................... 77 
2.16 Sustentabilidade como tendência de mercado................................... 78 
2.17 Créditos de carbono............................................................................ 79 
CAPÍTULO III - GESTÃO DA SUSTENTABILIDADE: UM DIFERENCIAL 
COMPETITIVO DO GRUPO AES TIÊTE...................................................... 81 
3 GRUPO AES TIETÊ ........................................................................... 81 
3.1 Introdução ........................................................................................... 81 
3.2 Análise dos Índices ............................................................................. 82 
3.2.1 Índice Bovespa (IBOV)........................................................................ 82 
3.2.2 Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE) .................................... 83 
3.2.3 Índice de Energia Elétrica (IEE).......................................................... 84 
3.3 Análise comparativa dos índices: IBOV versus ISE ........................... 85 
3.4 Análise comparativa setorial: IEE ....................................................... 87 
3.5 Estrutura Acionária.............................................................................. 89 
3.6 Análise dos controladores da AES Tietê ............................................ 90 
3.7 Perfil dos investidores brasileiros ....................................................... 91 
3.7.1 Cultura dos investidores estrangeiros ................................................ 92 
3.8 Resultado da pesquisa........................................................................ 93 
 
 
13
 
PROPOSTA DE INTERVENÇÃO ................................................................. 96 
CONCLUSÃO................................................................................................ 97 
REFERÊNCIAS ............................................................................................. 99 
APÊNDICES .................................................................................................. 102 
 
 
14
 
INTRODUÇÃO 
Nos últimos anos, a sustentabilidade passou a fazer parte do cotidiano 
de um crescente número de empresas de todos os setores como um conceito 
de negócios. 
A Sustentabilidade pode ser definida como a capacidade de uma 
empresa desenvolver sua atividade de forma a atender às necessidades da 
geração atual, sem comprometer a vida das gerações futuras. Em outras 
palavras, significa buscar o lucro duradouro, meta de qualquer empresa, por 
meio de práticas econômico-financeiras, ambientais e sociais responsáveis, 
integradas à administração do próprio negócio. 
Os objetivos da Gestão da Sustentabilidade estão basicamente apoiados 
em três pilares: social, ambiental e econômico. Tais áreas são determinantes 
no planejamento sustentável correto, que podem trazer retornos financeiros 
significativos para a empresa. 
A Gestão da Sustentabilidade se tornou no mercado atual um grande 
diferencial competitivo. As empresas que trabalham com produtos e serviços 
visando um sistema socialmente justo, ambientalmente equilibrado e 
economicamente próspero, vêm evoluindo gradativamente com o aumento do 
conhecimento da sociedade. 
Os objetivos da pesquisa foram fundamentar as teorias referentes à 
Gestão Ambiental e Responsabilidade Social; verificar se a Gestão da 
Sustentabilidade adotada pela empresa AES Tietê contribui para sua 
valorização econômica; descrever a evolução histórica da empresa; analisar a 
importância da sustentabilidade no âmbito social e ambiental visando um 
melhor desempenho econômico; analisar como é aplicada a Gestão da 
Sustentabilidade; avaliar os benefícios que a Gestão da Sustentabilidade 
proporciona e demonstrar as vantagens da Gestão da Sustentabilidade na 
valorização econômica da empresa. 
Diante do que foi pesquisado e em virtude do que foi observado na 
empresa, questiona-se: A Gestão da Sustentabilidade adotada pela empresa 
AES Tietê contribui para sua valorização econômica? 
Através desta pergunta surgiu a seguinte hipótese que norteia o 
 
15
 
trabalho: a gestão da sustentabilidade baseada nas áreas ambientais e sociais 
proporciona resultados positivos no âmbito econômico da empresa, 
desenvolvendo vantagens favoráveis diante de um mercado competitivo. 
Para intensificar a análise foi realizada uma pesquisa na empresa AES 
Tietê, que atua no setor de geração de energia elétrica, localizada na cidade de 
Promissão-SP. 
Foram utilizados neste trabalho os métodos e técnicas descritos no 
Capítulo III. 
O trabalho está estruturadoda seguinte maneira: 
Capitulo I 
 
Apresenta a empresa na qual foi realizada a pesquisa, 
incluindo o histórico, localização, projetos, área de atuação, entre outros. 
Capitulo II 
 
Descreve o conceito de sustentabilidade e suas 
características. 
Capitulo III Descreve a pesquisa realizada na empresa AES Tietê. 
A Proposta de Intervenção e a Conclusão são resultado de uma 
comparação entre a teoria aplicada e as práticas apresentadas pela empresa, e 
constituem a parte final deste trabalho. 
 
16
 
CAPÍTULO I 
GRUPO AES TIETÊ 
1 HISTÓRICO 
Fundada em 1981, a AES é um dos maiores investidores do setor 
elétrico mundial. Possui 28 mil colaboradores envolvidos em operações que 
incluem distribuição e geração hídrica, térmica e de fontes alternativas, em 28 
países. 
Na América Latina, onde opera desde 1993, a AES está presente na 
Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, El Salvador, Panamá e República 
Dominicana. 
São aproximadamente dez mil colaboradores e oito milhões de clientes 
atendidos. A AES chegou ao Brasil em 1997, com a aquisição da Companhia 
Centro-Oeste de Distribuição de Energia Elétrica, do Rio Grande do Sul (AES 
Sul). No País, o Grupo AES controla ainda a Companhia Brasiliana de Energia, 
controladora direta da AES Tietê, AES Eletropaulo, AES Uruguaiana, AES 
Infoenergy, AES Com Rio e AES Eletropaulo Telecom. São mais de 6,3 
milhões de clientes e 5,4 mil colaboradores na força de trabalho. 
A AES Tietê é uma empresa de destaque no ramo de geração de 
energia elétrica no Brasil. Foi constituída em abril de 1999, como resultado da 
reestruturação e da privatização de determinados ativos da Companhia 
Energética de São Paulo (CESP). Em outubro de 1999, a AES Corporation, por 
meio de suas controladas diretas ou indiretas, adquiriu a maioria das ações de 
emissão da AES Tietê em um leilão público realizado na Bolsa de Valores de 
São Paulo (Bovespa). A AES Corporation, cujas ações são negociadas na 
Bolsa de Valores de Nova Iorque, é uma das principais empresas do ramo de 
energia nos Estados Unidos, com atividades de geração e distribuição. 
Em seguida à privatização, em dezembro de 1999, a AES Tietê celebrou 
um Contrato de Concessão com a Agência Nacional de Energia Elétrica 
 
17
 
(Aneel) para operar dez Usinas Hidrelétricas. O Contrato de Concessão foi 
celebrado com prazo de 30 anos, que termina em 20 de dezembro de 2029, e 
poderá ser prorrogado por um período adicional de 30 anos, mediante 
solicitação prévia da AES Tietê e desde que determinadas condições sejam 
atendidas. 
As atividades da AES Tietê compreendem a geração e o fornecimento 
de energia para distribuidoras de energia elétrica localizadas em várias regiões 
do Estado de São Paulo. A base de operações da AES Tietê está localizada no 
Estado de São Paulo e a capacidade instalada é de 2.651 Megawatt (MW), o 
que corresponde a 18,5% do parque gerador do Estado de São Paulo, 
provenientes de 10 usinas localizadas nas regiões centro e nordeste do Estado 
de São Paulo (Barra Bonita, Bariri, Ibitinga, Promissão, Nova Avanhandava, 
Caconde, Euclides da Cunha, Limoeiro, Mogi-Guaçu e Água Vermelha). A 
Usina Hidrelétrica (UHE) de Água Vermelha responde por mais da metade da 
energia gerada pela AES Tietê e por aproximadamente 53,0% de sua 
Capacidade Instalada. A AES Tietê controla a AES Minas, uma empresa 
detentora de 7 Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs), no Estado de Minas 
Gerais, que juntas têm capacidade instalada de 5,45 MW. 
Os reservatórios das usinas são parte integrante da paisagem e da vida 
das regiões onde estão localizados. Sua utilização vai além da geração de 
energia, pois permite o controle de cheias, projetos de irrigação, navegação 
hidroviária e diversas atividades comerciais e de lazer, como turismo, 
recreação e pesca esportiva e profissional. 
As usinas da AES Tietê proporcionaram uma geração efetiva de 12,5 mil 
Gigawatt-hora (GWh) de energia ao longo de 2006, 12% acima dos 11,1 mil 
GWh de energia assegurada, determinada pela Aneel, ainda que 3% menor do 
que foi gerado em 2005. Os ganhos de produtividade, que vêm proporcionando 
ano a ano um volume de geração superior ao determinado inicialmente no 
contrato de concessão como energia assegurada, são reflexos do intenso 
programa de manutenção efetiva, que garante às usinas a manutenção de seu 
índice de confiabilidade entre os melhores do setor elétrico no País. 
Baseada na performance operacional histórica superior aos níveis 
estabelecidos pela Aneel, a AES Tietê pleiteia junto ao poder concedente 
aumentar o volume de energia assegurada. Porém, o Ministério de Minas e 
 
18
 
Energia determinou, em 2004, que essa capacidade passe por uma revisão 
apenas em 2014. 
A usina hidrelétrica Mario Lopes Leão (Promissão), com potência 
instalada de 264 MW é a segunda usina da AES em capacidade, no rio Tietê. A 
usina Promissão está à jusante da usina Ibitinga e nas proximidades da 
corredeira de Lajes. Suas obras civis foram iniciadas em janeiro de 1966 e o 
primeiro gerador entrou em operação em julho de 1975. A usina foi concluída 
em abril de 1977. 
O reservatório de promissão abrange uma área de 530 km² e, com a 
implantação da hidrovia Tietê-Paraná o desenvolvimento da região foi 
beneficiado através da atividade mais importante local, o cultivo da cana-de-
açúcar. 
1.1 Missão 
A AES Tietê S.A. tem como missão: Gerar e distribuir eletricidade e 
outros serviços, para atender as necessidades do mundo, de uma maneira 
segura, limpa, confiável e socialmente responsável. 
1.2 A Visão de Sustentabilidade 
A AES Tietê, assim como das demais empresas do Grupo AES, 
sedimenta-se sobre três pilares: econômico, social e ambiental, que agem e 
interagem entre si. Sob esse prisma, a companhia desenvolve suas atividades 
a partir de boas práticas econômico-financeiras, com vistas a contribuir para o 
desenvolvimento social das regiões em que atua, além de manter seu 
compromisso com preservação do meio ambiente, conservando e restaurando 
recursos ambientais impactados por suas atividades. Para a companhia, o 
equilíbrio entre esses fatores garantirá a sustentabilidade e a perenidade de 
sua atividade-fim, que é prestar, de forma responsável, um serviço público à 
 
19
 
sociedade: a geração de energia. 
1.3 Valores 
A AES Tietê adota os valores da AES Corporation: 
a) segurança: o Grupo AES sempre coloca a segurança em primeiro 
lugar em relação ao seu pessoal, contratados e integrantes das 
comunidades atendidas; 
b) integridade: as pessoas do Grupo AES são honestas, confiáveis e 
fidedignas. A integridade está no centro de tudo o que fazem - como 
conduzem suas ações, como desempenham seu trabalho e como 
interagem umas com as outras e com todas as partes envolvidas; 
c) compromisso: o Grupo AES tem um compromisso com as partes 
envolvidas (clientes, funcionários, comunidades, acionistas, 
fornecedores e parceiros) e quer que todas as suas empresas dêem 
uma contribuição positiva para a sociedade; 
d) excelência: o Grupo AES buscará ser o melhor em tudo o que fizer, e 
irá desempenhar atividades de classe mundial bem como fornecer 
serviços de alta qualidade confiáveis aos seus clientes; 
e) realizar-se no trabalho: o Grupo AES quer que seu pessoal goste de 
seu trabalho, apreciando a auto-realização proporcionada por fazer 
parte de um time de sucesso que faz a diferença. As pessoas 
trabalham porque se sentem realizadas, úteis e motivadas. 
1.4 Ações Ambientais 
Desde o ano 2000, a AES Tietê desenvolve uma série de programas 
ambientais. Dentre eles destacam-se: 
a) o Programa de Manejo de Flora: tem por objetivo produzir 1 milhão 
de mudas por ano e é realizado no viveiro localizado na UHE 
 
20
 
Promissão (Promissão-SP). Parte dessas mudas é disponibilizada 
para as comunidades e prefeituras da região através do Programa de 
Fomento Florestal, sendo especialmente destinadas parao 
reflorestamento e a recomposição de áreas degradadas; 
b) o Programa de Manejo Pesqueiro: contribui para a manutenção da 
ictiofauna nos reservatórios formados, visando, de um modo geral, a 
preservação da diversidade biológica e a sustentação da exploração 
pesqueira racional; 
c) os estudos dos ambientes aquáticos e suas interfaces com os 
terrestres, necessários à implementação do povoamento e 
repovoamento dos reservatórios e seus tributários, são 
desenvolvidos como parte da política ambiental da empresa e 
também em cumprimento da legislação. O Programa é realizado 
como uma forma de mitigar e compensar os impactos resultantes da 
construção dos reservatórios, além de também permitir o 
fornecimento de subsídios para estudos e pesquisas, objetivando a 
caracterização das novas condições do sistema aquático do Estado 
de São Paulo, modificadas substancialmente pela construção dos 
reservatórios; 
d) repovoamento com peixes: aponta como um dos mais importantes 
subprogramas do Manejo Pesqueiro da AES Tietê conta, para sua 
execução, com a estrutura de duas Estações de Piscicultura, estando 
uma localizada na UHE de Promissão e a outra na UHE de Barra 
Bonita, somando uma produção aproximada de 2.500.000 alevinos 
por ano. O povoamento e o repovoamento dos reservatórios é 
executado exclusivamente com espécies autóctones de piracema ou 
endêmicas de cada bacia considerada. De um modo geral, são 
utilizadas sete espécies de peixes nos processos de povoamento 
e/ou repovoamento dos reservatórios, sendo elas: curimbatá 
(Prochilodus lineatus), piapara (Leporinus elongatus), pacu-guaçu 
(Piaractus mesopotamicus), dourado (Salminus maxillosus), tabarana 
(Salminus hilarii), piracanjuba (Brycon orbignyanus) e lambari 
(Astyanax sp.), sendo que os três primeiros são os mais utilizados. O 
período de peixamento pode ser realizado em praticamente todos os 
 
21
 
meses do ano, com exceção de julho e agosto, sendo que o período 
exato depende da disponibilidade de alevinos, em número e 
comprimento requeridos, nas Estações de Piscicultura. Os pontos de 
peixamento contemplam a bacia dos rios Tietê, Grande e Pardo; 
e) viveiro: o viveiro de Promissão completou, em 2007, 32 anos de 
atividades, tendo capacidade de produção de 1.000.000 mudas de 
árvores por ano. A AES Tietê terceiriza todas as etapas do processo 
de produção para uma equipe especializada que executa a coleta, 
seleção e beneficiamento das sementes, bem como todas as etapas 
de produção de mudas. A finalidade da produção das mudas é o 
florestamento e reflorestamento de áreas impactadas pela 
construção dos reservatórios; 
f) educação ambiental: o objetivo deste programa é desenvolver ações 
de educação e informação sobre os recursos ambientais, elaborando 
e implementando ações de comunicação junto à rede escolar dos 
municípios da área de influência, informando sobre as características 
da Usina, os recursos físicos e bióticos que ela comporta e as ações 
necessárias para assegurar sustentabilidade ao uso dos mesmos. 
Para isso desenvolve e gerencia uma visita orientada às instalações 
das UHE Promissão, Barra Bonita e Água Vermelha, na qual os 
visitantes (morador local, estudantes e/ou turistas) têm uma visão 
geral do funcionamento técnico da usina, sua história, as 
características de seu reservatório e os recursos físicos, bióticos e 
paisagísticos que ela dispõe, sendo concluída com informações 
institucionais da AES Tietê e de sua presença no estado de São 
Paulo. A realização desta visita é integrada às alternativas de lazer 
da população, quanto a roteiros turísticos da região, bem como às 
ações de educação ambiental. As visitas programadas são 
realizadas uma vez a cada 15 dias e serão marcadas sob a seguinte 
orientação: envio de ofício da instituição ou contato telefônico; 
programação de no mínimo 1 semana de antecedência; visita de no 
máximo 20 pessoas; estudantes até a 2ª série deverão estar 
acompanhados de, no mínimo, 02 professores responsáveis; todos 
os visitantes devem estar calçando sapatos fechados. 
 
22
 
1.4.1 Objetivos ambientais, com as suas respectivas metas ambientais 
De acordo com as Normas Brasileiras (NBR) e a Organização 
Internacional para Padronização (ISO) 14001/96, define-se: 
a) parte interessada: indivíduo ou grupo interessado ou afetado pelo 
desempenho ambiental de uma organização; 
b) desempenho ambiental: resultados mensuráveis do sistema de 
gestão ambiental, relativos ao controle de uma organização sobre 
seus aspectos ambientais, com base na sua política, seus objetivos e 
suas metas ambientais; 
c) objetivo ambiental: propósito ambiental global, decorrente da política 
ambiental, que uma organização se propõe a atingir, sendo 
mensurável sempre que exeqüível; 
d) meta ambiental: requisito de desempenho detalhado, quantificado 
sempre que exeqüível, aplicado à organização ou parte dela, 
resultante dos objetivos ambientais e que necessita ser estabelecido 
e atendido para que tais objetivos sejam atendidos; 
e) política ambiental: declaração da organização, expondo suas 
intenções e princípios em relação ao seu desempenho ambiental 
global, que prevê uma estrutura para ação e definição de seus 
objetivos e metas ambientais. 
Os objetivos e metas são assegurados por Programas de Controle dos 
Impactos Significativos, formando o Programa de Gestão Ambiental da AES 
Tietê S.A. Os programas de controle de impactos significativos são 
desdobrados em Planos de Ação (5W2H) para cada UHE. Nesses planos de 
ação são especificados: o que 
 
ações; por que 
 
justificativa; quem 
 
responsável; onde 
 
local; quando - cronograma de execução; como - 
metodologia; quanto custa - recursos necessários, definindo indicadores de 
desempenho ambiental da UHE, a serem medidos, monitorados e controlados. 
A esse conjunto de Planos de Ação denomina-se Programa de Gestão 
Ambiental (PGA) da UHE. 
 
23
 
1.5 Projetos Sociais 
A política de responsabilidade social da AES Tietê tem por objetivo 
atingir a excelência em cidadania empresarial, com foco no desenvolvimento 
humano e a partir de ações focadas em meio ambiente, cultura e educação. 
Por isso, a empresa promove, de forma consistente, a integração da AES Tietê 
com as comunidades nas quais a empresa está inserida, por meio de ações de 
desenvolvimento sustentável. Segue os projetos sociais da AES Tietê: 
1.5.1 O Projeto Guri 
É uma organização social sem fins lucrativos com o objetivo de 
promover a inclusão social e cultural por meio do ensino da música. 
Desenvolvem a sociabilidade, auto-estima e senso de cidadania em crianças e 
adolescentes de 8 a 18 anos, além de incentivar o interesse pelas artes. 
A AES Tietê retomou a parceria com o projeto em Caconde e estendeu a 
ação a mais quatro cidades do interior do Estado de São Paulo: Barra Bonita, 
Boracéia, Brejo Alegre e Igaraçú do Tietê. 
Com esta iniciativa, mais de 700 crianças de famílias de baixa renda 
podem estudar violino, viola, violoncelo, contrabaixo, violão, cavaquinho, 
percussão, saxofone, clarinete, flauta, trompete, trombone e coral. 
O Projeto Guri foi criado há dez anos pela Secretaria da Cultura do 
Estado de São Paulo e conta com o apoio da Associação Amigos do Projeto 
Guri e financiamento de empresas privadas. Atualmente, o projeto leva cultura 
a mais de 48 mil crianças de 8 a 18 anos que participam dos seus cursos de 
música. 
1.5.2 Programa Geração Cidadania 
 
24
 
Foi lançado pela AES Tietê em maio de 2005. Seu objetivo é fortalecer o 
relacionamento da companhia com as comunidades nas quais está inserida por 
meio de ações culturais e de educação ambiental, como a transformação de 
materiais reciclados em artesanatos típicos da região, literatura circulante, 
música e artes plásticas, entre outras. 
As entidades participantes deste programa estão situadas nos seguintes 
municípios do interior de São Paulo: 
a)Mococa: Projeto Beija Flor 
 
curso gratuito de dança e 
desenvolvimento da coordenação motora, postura e capacidades 
físicas e mentais para crianças e adolescentes de baixa renda com 
necessidades especiais. Em 2006, 320 crianças e adolescentes 
foram atendidas pelo projeto; 
b) São José do Rio Pardo: Projeto Música e Arte 
 
escola de música e 
orquestra com a participação de 70 crianças e adolescentes 
carentes; 
c) Buritama: Projeto Criança tem Concerto 
 
oficina de artes, música, 
teatro, dança, artesanato e reforço escolar que beneficiam 170 
crianças, jovens e adolescentes em situação de risco; 
d) Mogi Guaçu: Projeto Eco-Arte Inclusão 
 
oficinas de música, material 
reciclável e artesanatos para deficientes físicos, visuais e auditivos. 
Em 2006, participaram dessa iniciativa 234 crianças e adolescentes; 
e) Ibitinga: Projeto Reciclando a Vida 
 
oficinas de reciclagem de papel 
e desenvolvimento da conscientização ambiental para 245 crianças e 
adolescentes e o Projeto Biblioteca em Movimento: ônibus adaptado 
percorrem escolas e bairros da periferia para oferecer consulta e 
empréstimo de livros. A previsão é de atender 100 pessoas por dia e 
2.200 por mês. 
1.5.3 Salas de Leitura 
Com as salas de leitura, mais de 123 mil livros foram doados pelas 
empresas do grupo AES no Brasil nos últimos três anos. Em 2007, mais de 80 
 
25
 
mil exemplares foram distribuídos. Entre as iniciativas responsáveis por esses 
números está o projeto Sala de Leitura, patrocinado pela AES Tietê e pela AES 
Eletropaulo. 
Desde seu início, em 1° de junho de 2006, o projeto já inaugurou 75 
minibibliotecas no Estado de São Paulo, 25 patrocinadas pela AES Tietê e 50 
pela AES Eletropaulo. Parceria entre o Instituto Oldemburg de 
Desenvolvimento e o Grupo Editorial Record, o projeto incentiva a leitura com 
doação de acervo inicial e instalação de salas em escolas, centros culturais e 
instituições de todo o Brasil como forma de ampliar o acesso da população 
carente aos livros. 
O projeto Sala de Leitura tem ainda como objetivo estimular a 
mobilização das comunidades beneficiadas, reforçando sua participação em 
todas as etapas, desde o processo de montagem até a manutenção do espaço. 
No total, foram doados 75 mil livros. Os moradores têm livre acesso aos 
espaços e cada localidade recebe duas coleções de 500 títulos cada uma para 
empréstimo e para consulta no local. 
O acervo reúne obras de autores nacionais e estrangeiros de gêneros 
diversos como história, artes, literatura infantil e infanto-juvenil, religião, 
ciências, filosofia, educação, ciências sociais, literatura nacional e estrangeira, 
entre outros. Cada sala de leitura recebe o nome de um autor brasileiro. 
1.5.4 Acorde Para o Meio Ambiente 
O Projeto Acorde para o meio ambiente, realizado em parceria com a 
Secretaria de Estado do Meio Ambiente, é uma série de concertos realizados 
periodicamente em diferentes parques do Estado de São Paulo. 
Seu objetivo é aproximar a população do meio ambiente e incentivar a 
cultura e a responsabilidade social, levando música gratuita de qualidade à 
população. A ação gera recursos para os parques nos quais é realizada e 
contribui para programas sociais como o Fome Zero. 
Em 2006, foram realizadas apresentações em 13 municípios, com 
presença de 33,4 mil pessoas e arrecadação de 18,7 mil quilos de alimentos, 
 
26
 
doados às entidades assistenciais das cidades que sediaram o evento. 
1.5.5 Fundação Dorina Nowill 
Fundação Dorina Nowill - A AES Tietê, em parceria com a AES 
Eletropaulo, patrocina o projeto Implementação da Produção e Distribuição de 
Livros em Braille e Falados para Cegos, desenvolvido pela Fundação Dorina 
Nowill para Cegos. 
Em 2006, a parceria publicou e distribuiu 1.050 livros em Braille. Deste 
total, 510 exemplares foram doados a instituições cadastradas na Fundação. 
Os demais foram encaminhados às 75 Salas de Leitura, inauguradas pela AES 
no Brasil em 2006, e também a algumas universidades que atendem cegos. 
1.5.6 Energia não se Aposenta 
A AES Tietê, em parceria com a AES Eletropaulo, patrocinou o livro 
Energia Não Se Aposenta, da Associação dos Aposentados da Fundação Cesp 
(AAFC) e da Fundação Energia e Saneamento. A iniciativa teve como objetivo 
contribuir para a preservação da memória do setor elétrico, bem como da 
história sobre as relações trabalhistas no País. 
Lançada em abril de 2008, a obra resgata a história da AAFC e das suas 
contribuições para o desenvolvimento do setor e de seus trabalhadores. 
1.5.7 Mozarteum Brasileiro 
A AES Tietê, em parceria com a AES Eletropaulo, patrocina desde 2006 
as temporadas anuais do Mozarteum Brasileiro, associação cultural que 
promove espetáculos de música e dança clássicas e contemporâneas para o 
 
27
 
público em geral. 
Em 2006, foram 19 apresentações com as orquestras WDR Sinfonie-
Orchester Koln, Freiburguer Kammerphilharmonie, Trondheim Soloists, o Coro 
Barroco da Bahia e a soprano Dame Felicity Lott, entre outros, atraindo mais de 
45 mil pessoas. Em 2007 foram 20 apresentações de música erudita, sendo 
quatro concertos ao ar livre com entrada franca. Houve ainda 16 palestras 
gratuitas denominadas Clube do Ouvinte, uma introdução aos concertos da 
Temporada Internacional. Estes encontros têm a intenção de despertar nos 
participantes um modo mais criativo de ouvir música e gerar maior interesse 
pelo programa musical apresentado. 
O patrocínio contempla ainda 31 master classes gratuitas (encontros 
didáticos entre artistas estrangeiros convidados e estudantes de música) e a 
concessão de 50% de desconto nos ingressos das atrações internacionais para 
maiores de 60 anos e estudantes em geral. O público em 2007 foi de 104 mil 
pessoas, sendo 80 mil não-pagantes. 
1.5.8 Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo 
O grupo AES no Brasil está entre os patrocinadores da Orquestra 
Sinfônica do Estado de São Paulo (Osesp). A série de concertos da 
Temporada 2007 foi apresentada na Sala São Paulo, na região central da 
capital paulista. 
A Osesp é hoje a principal referência da música sinfônica no Brasil e 
modelo de excelência musical no exterior. 
1.5.9 A Ecos do Planeta 
A AES Tietê patrocinou o Ecos do Planeta 2006, dentro do qual foi 
realizado o 5° Ecocine Festival Internacional de Cinema e Vídeo Ambiental. O 
instituto Ecos do Planeta envolve entidades, especialistas e empresas 
 
28
 
comprometidas com o meio ambiente e sua sustentabilidade. 
O intuito é semear comprometimento e consciência ambiental para, 
assim, criar uma nova atitude em relação à vida do planeta. O evento oferece 
em um mesmo local show, filmes, teatro, exposição e debates. 
Em outubro de 2007, a AES Tietê foi patrocinadora deste importante 
evento, na Fundação Bienal de São Paulo, no Ibirapuera. 
1.5.10 Overdose Digital 
A AES Tietê patrocinou o curta-metragem Overdose Digital (O.D.), que 
estreou em janeiro de 2007. Dirigido pelo cineasta Marcos de Brito, o filme 
relata a história de um dependente químico que recebe uma proposta 
indecente para conseguir a mercadoria desejada. 
A produção ganhou o prêmio de melhor trilha sonora da Florianópolis 
Audiovisual Mercosul 2007 (FAM), em junho. No 35º Festival de Cinema de 
Gramado, realizado entre 12 e 18 de agosto, Francisco Gaspar recebeu o 
prêmio de melhor ator por seu papel no curta-metragem. 
1.5.11 Empresa Amiga da Criança 
Em 2007, à AES Tietê conquistou o selo Empresa Amiga da Criança, da 
Fundação Abrinq, organização que promove a defesa da cidadania e dos 
direitos da criança e do adolescente. O selo representa o reconhecimento das 
iniciativas da empresa em prol da educação, saúde e bem-estar de crianças e 
adolescentes. 
Para receber a distinção, é necessário assumir dez compromissos 
determinados pela Fundação Abrinq, de como respeitar o jovem trabalhador e 
fornecer auxílio-creche (Quadro1). 
Em outubro de 2006, a AES Tietê verificou que preenchia todos os 
requisitos para a obtenção do certificado, faltando apenas a doação ao Fundo 
 
29
 
de Direito da Criança e do Adolescente, o que ocorreu em dezembro, quando 
1% do imposto de renda da companhia foi destinado a esse fim. 
Fonte: AES Tietê, 2007 
Quadro 1: Os dez compromissos da Empresa Amiga da Criança 
1.5.12 Voluntariado 
A AES Tietê promove, desde 2006, campanhas corporativas anuais de 
Natal, Páscoa e do Agasalho. A empresa incentiva e apóia a adesão dos 
funcionários por meio de boletim eletrônico. Além de proporcionar apoio 
logístico às ações, a empresa realiza eventos para reconhecer o mérito das 
equipes que mais se destacam em cada edição das campanhas. Os números 
comprovam o quanto o público interno da AES Tietê está sensível às questões 
sociais. 
1.5.13 Campanha de Natal 
Durante as três semanas da Campanha de Natal, 109 crianças foram 
apadrinhadas por colaboradores da AES Tietê em 2006. Tamanha adesão 
permitiu o atendimento de crianças e adolescentes de três entidades 
1. Não empregar menores de 16 anos, exceto na condição de aprendizes a partir 
de 14 anos; 
2. Respeitar o jovem trabalhador; 
3. Deixar claro aos fornecedores que uma denúncia de trabalho infantil pode 
causar rompimento de contrato; 
4. Fornecer creche ou auxílio-creche aos filhos dos funcionários; 
5. Assegurar que os funcionários matriculem seus filhos menores de 18 anos no 
ensino fundamental; 
6. Incentivar e auxiliar as funcionárias gestantes a realizar o pré-natal; 
7. Estimular as funcionárias a amamentar seus filhos até no mínimo seis meses 
de idade; 
8. Orientar os funcionários a fazer o registro de nascimento dos seus filhos; 
9. Fazer investimento social compatível com o porte da empresa; 
10. Contribuir para o Fundo de Direitos da Criança e do Adolescente. 
 
 
30
 
assistenciais: o asilo Lar de Jesus (São José do Rio Pardo-SP), Casa Abrigo 
(Bariri-SP) e creche Deus Menino (Iturama-MG). 
1.5.14 Campanha da Páscoa 
A Campanha da Páscoa de 2007 arrecadou fundos suficientes para a 
compra de 208 ovos de chocolate de 250 gramas. Os produtos foram doados 
às seguintes instituições: Lar Menino Jesus (Caconde-SP), creche Santa Rita 
de Cássia (Brejo Alegre-SP) e creche Cenira Ghilter Follini (Barra Bonita-SP). 
Em 2006, os empregados doaram 188 ovos de chocolate de 350 gramas 
a seis instituições selecionadas pelos colaboradores da AES Tietê: Lar da 
Esperança (Promissão-SP), Associação Cristã de Proteção à Criança (Ibitinga-
SP), Associação Bom Jesus 
 
Casa da Criança (Ibitinga-SP), Sociedade Cristã 
Francisco de Assis (Mococa-SP), Associação Assistencial São Francisco 
 
Casa Abrigo (Mococa-SP) e Paróquia Santa Luzia (Mococa-SP). 
1.5.15 Campanha do Agasalho 
Os empregados da AES Tietê contribuíram com mais de 20 mil peças de 
roupas e cobertores na Campanha do Agasalho 2007, ação realizada em 
parceria com o Fundo Social de Solidariedade do Governo do Estado de São 
Paulo e coordenada pela Comissão de Serviços Públicos de Energia (CSPE). 
A arrecadação foi entregue aos Fundos Sociais Municipais de Ibitinga, 
Ubarama, Brejo Alegre, Ouroeste, Barra Bonita, Mogi Guaçu, Mococa, 
Caconde, Bauru e São José do Rio Pardo. Na Campanha do Agasalho de 
2006, foram doadas 5,1 mil peças aos mesmos fundos municipais. 
1.6 Reconhecimento 
 
31
 
1.6.1 TOP Social da Associação dos Dirigentes de Vendas e Marketing do 
Brasil (ADVB) 2007 
O investimento da AES Tietê em incentivo à leitura torna-se modelo e 
referência de iniciativa social corporativa. O conjunto de programas Ler, mais 
energia na sua vida, em parceria com a AES Eletropaulo, foi um dos destaques 
do TOP Social da ADVB 2007. 
Concedido anualmente pela ADVB, o prêmio é voltado a programas 
socialmente responsáveis promovidos por empresas. Neste ano, foi entregue a 
outras 35 companhias entre 187 inscritas. 
Para a AES Tietê, a premiação é um reconhecimento importante de sua 
política sócio-cultural, que prioriza educação, preservação da memória e a 
língua portuguesa. De 2004 a 2007, as empresas do grupo AES no Brasil 
colocaram à disposição da sociedade mais de 123 mil livros. Até o final de 
2007, mais 80,6 mil serão distribuídos. 
1.7 Investimentos 
Os investimentos realizados em 2007 somaram R$ 50,7 milhões, com 
crescimento de 9,1% em relação ao mesmo período de 2006. Esse aumento 
deve-se principalmente a maiores investimentos em modernização e 
capacitação dos equipamentos para as usinas operacionais e em projetos 
ambientais, como reflorestamentos. 
Para 2008, o montante de investimento previsto é de R$ 224 milhões, 
sendo as principais ações: 
a) Construção de três PCHs localizadas no Estado do Rio de Janeiro 
(R$ 141,2 milhões); 
b) Construção de duas PCHs no Estado de São Paulo (R$ 26,2 
milhões); 
c) Reflorestamento e monitoramento das bordas dos reservatórios (R$ 
15,2 milhões); 
 
32
 
d) Manutenções de rotina (R$ 26 milhões). 
1.8 Mitigação do Meio Ambiente e distribuição de Energia Sustentável 
A produção de peixes para o repovoamento dos rios é apenas uma das 
atividades que fazem parte do dia-a-dia dos trabalhos da AES Tietê para suas 
dez hidrelétricas o que resulta em uma grande melhoria da biodiversidade do 
rio Tietê. 
As dez usinas hidrelétricas da AES Tietê foram projetadas e construídas 
antes da privatização prevendo o múltiplo aproveitamento da água. Além da 
geração de energia, os reservatórios da empresa formam espelhos d água de 
aproximadamente 2.000 km² e contribuem para o processo de regularização 
das vazões dos rios ao longo do ano, possibilitando a irrigação, o 
abastecimento confiável dos municípios, a pesca, a operação da hidrovia Tietê-
Paraná e atividades de lazer, entre outras. 
A construção de uma usina, entretanto, gera vários impactos ambientais 
e socioeconômicos. A maior parte deles já foi devidamente compensada na 
época de implantação do empreendimento, como por exemplo, a indenização 
compensatória da população realocada. Outros impactos precisam ser 
continuamente monitorados e mitigados, como é o caso da produção de peixes 
para o repovoamento dos rios, uma vez que a barragem pode prejudicar várias 
espécies que necessitam da água corrente para se reproduzir. A AES Tietê 
melhorou a eficiência da produção de peixes nativos através da implementação 
do controle genético e monitoramento e obteve sucesso na produção da 
espécie nativa Dourado (Salminus Maxillosus), assegurou ainda a produção 2,5 
milhões de alevinos de seis diferentes espécies nativas. 
Os impactos potenciais na geração de energia elétrica foram 
categorizados pelo Banco Mundial. O documento Diretrizes para avaliação 
ambiental de projetos da indústria e de energia, publicado em 1991, lista as 
interferências negativas causadas pela construção e operação de uma usina 
hidrelétrica. 
 
33
 
1.9 Gestão de pessoas relacionamento com o público interno 
A inclusão de conceitos e desenvolvimento de boas práticas a seus 
recursos humanos é um fator-chave para a AES Tietê. 
Por isso, a companhia dedica atenção especial à valorização de seu 
pessoal, com o desenvolvimento de lideranças e investimentos em 
capacitação. 
A AES Tietê conta com uma estrutura bastante enxuta, o que lhe confere 
altos índices de produtividade. Em 2006, a produtividade média de seus 285 
colaboradores, calculada pelo indicador receita bruta por funcionário, 
apresentou crescimento de 8,3%, totalizando R$ 5,35 milhões. A produtividade 
operacional foi de 43,8 GWh por funcionário. 
O relacionamento da AES Tietê com seus colaboradores pauta-se pelos 
Valores da AES Corporation, estendidos a todas as empresas do Grupo no 
Brasil e no mundo, e pelo trabalho conjunto entre as áreas Operacional e de 
Recursos Humanos. Esse alinhamento permite constante adequação das 
políticas de Recursos Humanos às necessidades da atividade-fimda 
companhia e investimentos contínuos no desenvolvimento dos colaboradores. 
Em sintonia com o princípio de valorizar seus recursos humanos, a AES 
Tietê atua de forma que eleve cada vez mais o índice de satisfação de seus 
colaboradores diretos, prática que direciona a gestão de recursos humanos, 
cujos principais pontos são: 
a) política de relacionamento: empenhada em promover o bem-estar de 
seus colaboradores, a AES Tietê possui políticas e mecanismos 
formais para ouvir, avaliar e acompanhar posturas, preocupações, 
sugestões e críticas, sempre com o objetivo de agregar novos 
aprendizados e conhecimentos. Dessa forma, a companhia previne 
situações de assédio moral ou sexual. Possui, ainda, política 
expressa de respeito à privacidade de seus funcionários no que se 
refere a informações sensíveis (inclusive médicas), obtidas e 
mantidas sob responsabilidade da área de recursos humanos. O 
relacionamento da AES Tietê com seu público interno inclui, ainda, 
acordo coletivo com o sindicato da categoria principal, negociando 
 
34
 
um patamar mínimo de benefícios comuns com o sindicato da região 
em que atua. Além disso, a companhia tem a preocupação de 
divulgar informações que venham a afetar seus colaboradores em 
tempo hábil para que tanto eles quanto o sindicato possam se 
posicionar; 
b) remuneração e benefícios: é baseada no conceito de remuneração 
total, que compreende salário-base, adicionais, benefícios e 
remuneração variável, política que abrange a totalidade dos 
colaboradores. Em 2006, a média salarial dos colaboradores, 
excluindo diretores executivos e vice-presidentes, atingiu R$ 
5.528,00, valor 5,5% maior que a média de 2005. Além dos 
benefícios assegurados em lei, a companhia oferece planos de 
saúde familiar e programas de previdência complementar a todos os 
seus funcionários, oferecidos sem distinção de sexo ou raça aos que 
exerçam a mesma função em qualquer nível hierárquico. A 
companhia mantém acordo coletivo com o sindicato da categoria 
principal que abrange 100% dos colaboradores, de modo que 
negocie um patamar mínimo de benefícios comuns com o sindicato 
da região em que atua. Em 2006, o Programa de Participação nos 
Lucros e Resultados (PLR), estabelecido por meio de negociação 
com comissão de empregados e em conformidade com a legislação, 
distribuiu um total de R$ 3,7 milhões, equivalentes a 16,6% da 
remuneração total. Além da remuneração variável relacionada ao 
cumprimento de metas operacionais e financeiras pré-definidas, os 
funcionários podem receber bônus adicionais orientados por 
elementos de sustentabilidade, como o alcance de metas 
relacionadas ao desempenho social e ambiental da companhia; 
c) treinamento e capacitação: mais do que oferecer o treinamento, a 
AES Tietê entende que é necessário incentivar os processos de 
aprendizagem corporativa. Ao longo do ano, a companhia 
proporcionou 25.886 horas de treinamento aos funcionários, um 
número que supera em 116% o verificado no ano anterior. Os 
colaboradores receberam preparação para assumir novos postos de 
trabalho, adquirir competências básicas e estratégicas, eliminar 
 
35
 
carências de desempenho, adequar-se às novas tecnologias, praticar 
a excelência operacional, obter informações sobre eficiência 
energética e elevar o nível de segurança do trabalho. 
1.9.1 Comunicação 
A comunicação com todos os públicos relacionados 
 
colaboradores, 
fornecedores, comunidades das regiões em que atuam órgãos reguladores, 
acionistas, entre outros 
 
é essencial para a AES Tietê, pois representa a base 
de um relacionamento de transparência e confiança. 
Dentro da estratégia de relacionamento com a comunidade das regiões 
em que atua para manter esse público informado e divulgar os programas 
sociais que desenvolve, a AES Tietê cria e veicula campanhas publicitárias 
institucionais em rádios, TVs, jornais, revistas e outdoors, além de patrocinar 
diversos eventos no interior do Estado, ligados à preservação do meio 
ambiente e à promoção da cultura regional. 
A companhia investe no relacionamento pró-ativo e transparente com a 
imprensa, com o objetivo de consolidar um relacionamento consistente, 
promovendo encontros com profissionais da mídia regional e divulgando 
informações financeiras e de impacto nas comunidades onde estão localizadas 
suas usinas hidrelétricas. Em 2006, a imprensa nacional e regional publicou 
362 notícias sobre a empresa, sendo 207 positivas, 49 negativas e 106 
neutras. 
A AES Tietê também oferece treinamento a seus profissionais com o 
objetivo de auxiliá-los a interagir com a imprensa e detectar, prevenir e 
administrar eventuais crises de imagem. 
A veiculação de notícias internas sobre a companhia e empresas do 
grupo é feita pelo boletim eletrônico Infogenco, enviado a todos os funcionários 
lotados nos escritórios de São Paulo, Bauru e nas usinas. O boletim somou 201 
edições em 2006. 
Dentro da política de transparência com seus stakeholders, a empresa 
publica na Internet, no site www.aestiete.com.br, seus relatórios anuais. 
http://www.aestiete.com.br
 
36
 
1.10 Política de responsabilidade sócio-ambiental - Política de Meio 
Ambiente, Saúde e Segurança do Trabalho do Grupo AES 
A política de Responsabilidade Social da AES Tietê tem por objetivo 
atingir a excelência em cidadania empresarial, com foco no desenvolvimento 
humano, a partir de ações em meio ambiente, cultura e educação. Por isso, é 
promovida, de forma consistente, a integração da AES Tietê com as 
comunidades nas quais está inserida, por meio de ações voltadas ao 
desenvolvimento sustentável. 
As empresas do Grupo AES no Brasil, em suas atividades de geração, 
distribuição e comercialização de energia, produção de bens e prestação de 
serviços diversos, têm como política assegurar a integridade e a saúde de seus 
colaboradores e preservar e conservar o meio ambiente para produzir e 
distribuir energia limpa, confiável e segura, tendo como base os seguintes 
compromissos: 
a) prevenção: atuar com foco na prevenção de acidentes, incidentes, 
doenças ocupacionais, danos ambientais e poluição; 
b) responsabilidade social: ter como objetivo prioritário das ações o 
benefício a todas as comunidades com as quais o Grupo AES se 
relaciona; 
c) conscientização: assegurar que seus colaboradores e parceiros 
estejam informados, conscientizados e capacitados, motivando-os a 
assumir uma postura adequada para evitar e atuar em situações de 
riscos a saúde, a segurança e em potenciais impactos ambientais 
decorrentes de suas atividades; 
d) melhoria contínua: planejar, projetar e desenvolver suas atividades 
aprimorando continuamente a desempenho das operações, 
monitorando, de forma pró-ativa, indicadores de saúde ocupacional, 
segurança do trabalho e meio-ambiente, e aplicando tecnologias, 
processos e insumos que minimizem os riscos ao trabalhador e 
impactos ao meio ambiente, visando a saúde e a segurança dos 
colaboradores, das empresas parceiras e da comunidade; 
e) respeito aos recursos naturais: usar de forma racional e sustentável 
 
37
 
os recursos naturais necessários aos processos sob 
responsabilidade da AES no Brasil; 
f) gerenciamento de emissões: mitigar os impactos decorrentes de 
suas atividades, reduzindo suas emissões para o meio ambiente e 
para o ambiente de trabalho, buscando soluções econômica e 
tecnicamente sustentáveis; 
g) fornecedores e contratados: atuar em parceria com seus 
fornecedores e contratados, orientando-os e estabelecendo critérios 
para o atendimento aos requisitos de saúde, segurança e meio 
ambiente, na prestação de serviços; 
h) comunicação: fomentar programas de conscientização, educação 
ambiental, saúde e segurança, junto à comunidade na qual está 
inserida, apoiando o desenvolvimento de projetos que atendam as 
expectativas das partes interessadas, e manter uma comunicação 
aberta e permanente através dadivulgação de suas práticas e 
desempenho; 
i) compromisso com a legislação: operar e manter todas as unidades, 
garantindo o cumprimento da legislação aplicável a saúde, segurança 
e meio ambiente, bem como o atendimento a outros requisitos 
pertinentes a suas atividades. 
As lideranças das empresas são responsáveis por implementar, divulgar 
e fazer cumprir esta Política, bem como garantir a estrutura para o 
estabelecimento e análise dos objetivos e metas de meio ambiente, saúde e 
segurança. Seus colaboradores são responsáveis por praticar esta Política, de 
forma individual e intransferível, assegurando seu cumprimento por prestadores 
de serviços. 
1.11 Cultura empresarial Governança Corporativa 
Por estar focada no crescimento sustentável a longo prazo, foi 
estabelecida, no segundo semestre de 2006, uma nova estrutura 
organizacional na companhia. O modelo tem por objetivo prover maior 
 
38
 
integração entre as áreas, orientar a organização por processos, obter maior 
agilidade e qualidade na tomada de decisões e aumentar o foco nos clientes, 
tanto externos quanto internos. 
1.11.1 Conselho de Administração 
O Conselho de Administração é o mais alto órgão de governança 
corporativa da AES Tietê, sendo responsável pelo planejamento e pelas 
questões estratégicas da empresa. É composto por dez membros efetivos e 
seis membros suplentes, dos quais dois membros efetivos são conselheiros 
independentes e um conselheiro efetivo e seu suplente são representantes 
eleitos pelos colaboradores. 
O mandato é de três anos, sendo permitida a reeleição. 
1.11.2 Conselho Fiscal 
O Conselho Fiscal, órgão permanente, possui quatro membros efetivos 
e quatro suplentes, sendo um membro efetivo e seu suplente indicados pelos 
acionistas minoritários e os demais, indicados pelo acionista controlador. O 
mandato é de um ano. 
É composto por até cinco membros, dos quais três representantes do 
Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Financeiro (BNDES) e dois 
membros indicados pelos acionistas minoritários. 
1.11.3 Comitês 
1.11.3.1 Comitê de Gestão 
 
39
 
Este comitê permanente, formado por seis membros 
 
três 
representantes da AES e três do BNDES 
 
presta suporte e assessoria técnica 
ao Conselho de Administração e à Diretoria. O grupo analisa os planos de 
investimento, acompanha a evolução dos índices de desempenho e afere a 
adequada prestação de serviços em atendimento aos padrões exigidos pelo 
órgão regulador. Acompanha ainda a execução do Plano de Negócios Anual e 
analisa as questões que envolvam aspectos estratégicos e relevantes, sejam 
eles de natureza técnico-operacional, jurídica, administrativa, econômico-
financeira, ambiental ou social. 
1.11.3.2 Comitê de Gestão de Riscos Regulatórios 
O grupo mantém, há dois anos, reuniões semanais para discutir 
procedimentos a serem utilizados pelas empresas da AES no Brasil, usando 
metodologia de gestão de riscos baseada no método COSO da Basiléia. 
1.11.4 Relações com Investidores 
A missão da área de Relações com Investidores da companhia vai além 
de atender às demandas e divulgar informações aos investidores e analistas. O 
objetivo principal é manter um relacionamento baseado na transparência e 
aproximar ainda mais a AES Tietê dos participantes do mercado de capitais. 
Tal política faz parte da estratégia de nortear sua atuação na responsabilidade 
e sustentabilidade. 
Para garantir total transparência e perfeita eqüidade na divulgação de 
informações, a companhia dispõe e efetivamente utiliza, desde 2004, uma 
Política de Divulgação de Informações Relevantes, aprovada pelo Conselho de 
Administração, de acordo com as determinações da Comissão de Valores 
Mobiliários (CVM). 
Canais de comunicação ágeis e pronto atendimento às solicitações são 
 
40
 
imprescindíveis para a empresa cumprir seus objetivos no relacionamento com 
investidores e com o mercado de capitais: manter um consistente e pró-ativo 
fluxo de comunicação e evitar o acesso privilegiado às informações, 
divulgando-as simultaneamente a todo o mercado. 
1.11.5 Sarbanes-Oxley 
Por pertencer a um grupo norte-americano com ações listadas na Bolsa 
de Nova York, a AES Tietê está preparada para suprir a AES Corporation com 
informações exigidas pela Lei Sarbanes-Oxley. 
1.11.6 Auditoria 
A empresa Ernst & Young Auditores Independentes responde pela 
auditoria externa da AES Tietê desde 2004, atendendo à obrigatoriedade de 
rodízio a cada cinco anos. Durante o ano, não foram contratados serviços 
complementares ou de consultoria com essa empresa, mantendo o foco de 
seus serviços exclusivamente em auditoria contábil. 
1.11.7 Estrutura Societária 
Desde setembro de 2006, a Companhia Brasiliana de Energia 
(Brasiliana), sociedade controladora direta da AES Tietê, com 52,6% do capital 
total, tem empreendido uma reorganização financeira e societária, cujos 
principais objetivos são fortalecer a estrutura de capital do grupo, eliminar 
ineficiências decorrentes da existência de empresas holding ou de participação 
intermediárias e reestruturar o perfil de seu endividamento resultante da 
reorganização de suas controladas. 
 
41
 
Como parte da reorganização societária, em 22 de março de 2007, a 
Tietê Holdings Ltda transferiu as ações detidas no capital da AES Tietê 
Participações S.A. (TP) para a Brasiliana. 
Adicionalmente, em 28 de setembro de 2007, houve a cisão da TP, com 
incorporação de parte da empresa pela Brasiliana, no montante de R$ 32 
milhões, representando todos os ativos e passivos da TP. Já o valor de R$ 39,3 
milhões, referente ao ágio e aos impostos diferidos sobre o ágio já amortizado, 
foi incorporado pela própria AES Tietê. Como conseqüência, ocorreram o 
cancelamento das ações detidas pela TP na AES Tietê e a emissão de novas 
ações em favor da Brasiliana. 
1.12 Contrato Governamental Contrato de Concessão 
O contrato de concessão de uso de bem público para geração 
hidrelétrica ou, simplesmente, concessão de geração, tem por objeto a 
transferência da execução de um serviço do Poder Público ao particular, que 
se remunerará dos gastos com o empreendimento, aí incluídos os ganhos 
normais do negócio, através de tarifa cobrada aos usuários. 
O contrato de concessão da empresa tem duração de 30 anos, a partir 
de 20 de dezembro de 1999, com autorização para operar como 
concessionária de uso do bem público, na produção e comercialização de 
energia elétrica, na condição de Produtor Independente de Energia. 
1.13 Gerenciamento de Riscos 
A AES Tietê identifica, classifica analisa e trata os riscos empresariais 
mais significativos a que está exposta por meio de ações definidas em seu 
Plano de Negócios. A identificação desses riscos começa com a análise de 
cenários e ambientes relacionados à atuação da empresa em que são 
avaliados os pontos fortes e fracos, as ameaças e as oportunidades de 
 
42
 
melhoria. 
Para isso, conta com uma equipe especializada e diferentes 
ferramentas, que atuam no constante monitoramento de cada um dos fatores 
que apresentem risco potencial à companhia, entre os quais: 
a) risco de produto: como geradora de energia, que atua em setor 
regulamentado e com um contrato de venda de longo prazo, não há o 
risco de a AES Tietê ter seu produto defasado tecnologicamente ou 
enfrentar diferentes condições de mercado como conseqüência da 
atuação da concorrência; 
b) risco de mercado: o contrato de fornecimento funciona como um 
hedge, tanto para os volumes quanto para os preços de venda. Há 
risco de despesas imprevistas, típico das atividades da companhia, 
mas a margem de comercialização permite absorver uma eventual 
necessidade de desembolso extra, sem grande impacto. O Contrato 
Bilateral com a AES Eletropaulo vigorará até 2015 e a AES Tietê 
aguarda decisão na justiça quanto à validação do aditamento firmado 
em outubro de 2003, queprorrogava o contrato até 2028, e foi 
negado pela Aneel em março de 2004. Caso esse aditamento não 
seja aprovado, a energia gerada pela AES Tietê estará exposta a 
leilões de energia elétrica a partir de 2016; 
c) risco de operação: a companhia dispõe de seguro para as barragens 
que apresentam maior risco hidrológico e para equipamentos, 
cobrindo eventuais falhas operacionais. Em termos de volume de 
energia gerada, existe uma proteção do próprio sistema energético 
brasileiro representado pelo Mecanismo de Realocação de Energia 
(MRE). O MRE é um mecanismo de compartilhamento de risco por 
meio do qual toda a geração das usinas excedente à energia 
assegurada é transferida, às usinas que tiveram desempenho abaixo 
do nível assegurado, ao custo mínimo estabelecido para a água; 
d) risco ambiental: o Sistema de Gestão Ambiental, instituído em 2002, 
e a adoção de tecnologias de ponta minimizam os riscos ambientais 
envolvidos na operação e manutenção das usinas, como a 
contaminação dos rios por vazamentos de óleos e/ou destinação 
incorreta de resíduos. As bordas dos reservatórios, consideradas 
 
43
 
Áreas de Preservação Permanente, podem sofrer invasões de 
terceiros. Para evitar esse problema, a AES Tietê está 
implementando um Sistema de Informações Geográficas, que 
permite acompanhar e fiscalizar eventuais ocupações; 
e) risco de clima/desastre: os planos de contingência, seguros ou 
sistemas de back-up minimizam consideravelmente os riscos 
decorrentes de alterações no clima. Para o caso de desastres 
naturais, como cheias que possam comprometer as estruturas, foi 
criado um plano de atuação para vazões. Em situações que excedam 
esse dimensionamento ou outras catástrofes, não existem planos de 
contingência factíveis. Para reduzir as perdas decorrentes desses 
riscos, a empresa possui seguros nas modalidades riscos 
operacionais, que protegem bens e instalações, e responsabilidade 
civil, que visam minimizar as perdas por danos causados a terceiros; 
f) riscos de sistema, gestão ou controle: para eliminar o risco de falhas 
nos sistemas de suporte operacionais, as unidades geradoras podem 
ser operadas via painéis locais, independentemente da coordenação 
do centro de operação. Com relação aos sistemas de gestão, 
existem controles de acesso por nível hierárquico e back-ups; 
g) o Sistema de Gestão Ambiental: foi instituído na companhia em 2002, 
e a adoção de tecnologia de ponta na condução das operações são 
ferramentas que permitem minimizar os riscos ambientais envolvidos 
nas atividades; 
h) risco regulatório: todas as regras do setor e exigências do contrato de 
concessão são continuamente acompanhadas e cumpridas. Há dois 
anos a companhia participa, juntamente a representantes das outras 
empresas AES no Brasil, do Comitê de Gestão de Risco, que se 
reúne semanalmente para definir estratégias e avaliar metodologias 
de controle, sempre mensurando o impacto, tanto financeiro quanto 
de imagem, das estratégias adotadas. O principal risco regulatório 
com o qual a AES Tietê se defronta no momento é a obrigação de 
expansão de sua capacidade, estipulada no edital de privatização. O 
não cumprimento dessa obrigação poderá resultar em penalizações 
impostas à companhia pelo Governo do Estado de São Paulo e/ou 
 
44
 
pela Aneel. Nesse caso, a AES Tietê poderá tomar as medidas 
judiciais cabíveis visando resguardar a saúde financeira da empresa, 
uma vez que houve uma alteração substancial da regulamentação do 
setor de energia elétrica desde a origem da obrigação até o presente 
momento, tornando inviável o seu cumprimento, na forma como está 
estabelecida; 
i) risco de imagem: a AES Tietê, por meio de sua assessoria de 
comunicação, atua com os meios de imprensa e diretamente com o 
seu público, tanto de forma proativa como atendendo rapidamente 
solicitações e questionamentos; 
j) risco comunitário: a AES Tietê entende que as relações com as 
comunidades de seu entorno podem impactar, de forma positiva ou 
não, sua atividade de geração de energia. Por essa razão, a 
companhia está seriamente comprometida a operar de forma que 
garanta a máxima segurança para as comunidades localizadas 
próximas às suas instalações; 
k) risco trabalhista: a companhia atua de acordo com as regras 
vigentes, empenhada em promover o bem-estar de seus 
funcionários, minimizando, ao máximo, o número de processos 
trabalhistas; 
l) risco de capital intelectual: a fim de reconhecer e motivar os talentos 
que compõem seu quadro de colaboradores, a AES Tietê oferece 
condições de crescimento e desenvolvimento de carreiras, 
promovendo programas de treinamento periodicamente; 
m) riscos financeiros: crédito, a garantia de preço e volume na venda da 
totalidade da energia até 2015, assegurada pelo Contrato Bilateral 
com a AES Eletropaulo, representa uma proteção (hedge) para a 
AES Tietê. Quantos aos juros e inflação, a dívida da AES Tietê tem 
seu custo determinado a juros fixos e correção pelo Índice Geral de 
Preço do Mercado (IGP-M). Por outro lado, o mesmo indicador é a 
base do reajuste definido no contrato de venda de energia, o que 
representa uma proteção natural para o custo da dívida. Já quanto a 
liquidez, a estrutura financeira da companhia, com baixo nível de 
endividamento e forte geração de caixa garantida pelo Contrato 
 
45
 
Bilateral de longo prazo, somada à baixa necessidade de 
desembolsos para investimentos em ativo fixo, minimiza o risco de 
liquidez. O câmbio em sua totalidade da dívida da companhia é 
cotada em moeda local, assim como a totalidade de sua receita. O 
risco cambial é associado apenas a aplicações lastreadas em moeda 
estrangeira, que representavam cerca de 13% da disponibilidade 
total em 31 de dezembro de 2006. 
1.14 Eclusas 
Após a privatização, a AES Tietê continuou responsável 
 
por meio de 
contrato com o governo de São Paulo 
 
pela operação e manutenção das 
eclusas, aprimoramento de vias e canais. 
Seis eclusas da AES Tietê permitem, hoje, que até 10 milhões de 
toneladas de cargas sejam transportadas pelo rio Tietê durante um ano. 
Utilizando essas eclusas, as embarcações podem transpor barragens de até 30 
metros de altura e prosseguir com o transporte de cargas fazendo a ligação 
entre a região metropolitana de São Paulo e o entorno da usina de Itaipu, no 
Paraná. 
1.14.1 Ficha Técnica 
1.14.1.1 Escritório Sede 
Localização: Rua Lourenço Marques, 158 
 
Vila Olímpia - CEP 04547-
100 São Paulo-SP. 
1.14.1.2 Usina Hidrelétrica Água Vermelha 
 
46
 
Fonte: AES TIETÊ, 2008 
Figura 1: Usina Hidrelétrica Água Vermelha 
Entrada em operação: 1978 
Localização: Rio Grande 
Reservatório: área de 647 km² e volume de 11.025 x 106 m³ 
Barragem: tipo mista, comprimento 3940 m 
Turbina: tipo Francis de eixo vertical, queda bruta de 57 m 
Gerador: tipo Umbrella de eixo vertical e potência total de 6 x 232,7 = 
1396,2 MW 
Vertedouro: tipo Comporta de superfície e descarga total de 8 x 2.481 = 
19.848 m³/s. 
 Não tem eclusa. 
1.14.1.3 Usina Hidrelétrica Caconde 
 
Fonte: AES TIETÊ, 2008 
Figura 2: Usina Hidrelétrica Caconde 
 
47
 
Entrada em operação: 1966 
Localização: Rio Pardo 
Reservatório: área de 31 km² e volume de 636 x 106 m³ 
Barragem: tipo Terra, comprimento 640 m 
Turbina: tipo Francis de eixo vertical, queda bruta de 105 m 
Gerador: tipo Umbrella de eixo vertical e potência total de 1 x 39,2 e 1 x 
41,2 = 80,4 MW 
Vertedouro: tipo Comporta de superfície e descarga total de 2 x 426 = 
852 m³/s tipo Comporta de fundo e descarga total de 1 x 200 = 200 m³/s. 
Tipo Tulipa e descarga total de 726 m³/s. 
Não tem eclusa. 
1.14.1.4 Usina Hidrelétrica Euclides da Cunha 
 
Fonte: AES TIETÊ, 2008 
Figura 3: Usina Hidrelétrica Euclides da Cunha 
Entrada em operação: 1960 
Localização: Rio Pardo 
Reservatório: área de 1 km² e volume de 18,45 x 106 m³ 
Barragem: tipo Terra, comprimento:

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