Buscar

Trabalho de Descartes e de Hume

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 6 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 6 páginas

Prévia do material em texto

Maria Eduarda R. M. Lopes 
 José Manuel Lopes dos Santos 
 Línguas e Humanidades 
 
A ideia de Deus na filosofia de Descartes e de 
Hume 
Braga 
Fevereiro de 2021 
1
Agrupamento de Escolas
Alberto Sampaio | 150976
Sede: Escola Secundária de Alberto Sampaio | www.esas.pt
Rua Álvaro Carneiro | 4715-086 Braga 
Telefone: 253 204 220 
Faxe: 253 204 224 
Págin
a
1
 de 1
Ano letivo de 2020/2021
Guião para o Trabalho de Descartes / Hume
Introdução:
- Apresentação do tema do trabalho.
- Breve resumo da forma como vais trabalhar o tema / problema selecionado.
 - Justificação da tua escolha. Deves indicar qual é a razão pela qual escolheste trabalhar o problema 
que selecionaste.
20 Pontos
Problema:
- Apresentação e explicação do problema selecionado. 
30 Pontos
Tese:
- Apresentação da tese que tu vais defender no teu trabalho, explicando a forma como o problema foi 
abordado, quer na filosofia de Descartes, quer na filosofia de David Hume.
- Deves mostrar como o problema foi resolvido, ou não, na teoria do conhecimento de cada um dos 
autores.
50 Pontos
Argumentos:
- Apresentação das razões que apoiam a tua tese. Deves explicar o raciocínio que te levou a 
apresentar a tese que estás a defender.
- Procura apresentar os teus argumentos de forma pessoal, interessa que quem vá ler o teu trabalho 
perceba que os teus argumentos são “os teus argumento”. 
50 Pontos
Apreciação crítica / Conclusão:
- Apreciação crítica à forma como o problema foi tratado na filosofia do conhecimento dos autores. 
Expressa o teu posicionamento face à forma como o problema foi levantado, apresentado e solucionado por 
cada um dos autores, apresentando possíveis objeções e/ou apoio aos argumentos.
50 Pontos
Total do Trabalho 200 Pontos 
Nota 1: Podes e deves usar fontes de informação além do teu manual e caderno diário. No entanto, 
essa informação deve ser trabalhada por ti, ou então devidamente citada no teu trabalho. A utilização 
indevida de informação de fontes no teu trabalho determinará a atribuição de zero valores.
Nota 2: Podes consultar os teus colegas de turma sobre o tema do teu trabalho, no entanto, este é 
autónomo e individual. É, por isso, muito improvável que a respeito de um mesmo problema duas pessoas 
diferentes apresentem o mesmo trabalho, ou tenham uma interpretação do mesmo muito similar. Por isso, a 
apresentação de trabalhos nesta condição determinará a sua anulação.
Nota 3: A exatidão na identificação do problema, na proposta da tese, na argumentação e na 
apreciação crítica, dita, a par da originalidade e criatividade, os pontos dados em cada um dos elementos.
Nota 4: A classificação deste trabalho ponderará 100% para a tua classificação nos produtos deste 
período.
1. Introdução: 
Este trabalho nasce de uma proposta do professor José Santos da disciplina de Filosofia e visa a comparação 
entre duas teorias explicativas do conhecimento, personificadas no pensamento de René Descartes e David 
Hume, respectivamente. A ideia de Deus será o tema abordado, em outras palavras, irei falar sobre o papel 
de Deus no racionalismo cartesiano e também falarei sobre o empirismo de Hume. A razão que me levou a 
escolher tal tema, foi porque achei interessante, visto que possuem opiniões bem distintas, a forma como os 
filósofos o abordaram. No entanto, depois de apresentar e explicar o problema da existência de Deus, irei 
estabelecer uma posição pessoal, de forma a defender, ou não, a tese de um dos filósofos. Depois mostrarei 
como o problema foi resolvido, ou não, na teoria do conhecimento de cada um dos autores. Por fim, será 
feita uma apreciação crítica à forma como o problema foi tratado na filosofia do conhecimento dos autores. 
2. Problema: 
O mistério de Deus tem sido um tema dominante através da história da filosofia, seja como afirmação seja 
como negação. Neste trabalho veremos a posição dos filósofos René Descartes e David Hume perante o 
assunto apresentado. 
O papel de Deus no racionalismo cartesiano: 
É da evidência do cogito que Descartes deduz a existência de Deus. Um dos argumentos-chave, totalmente a 
priori, procura sustentar a existência de um ser perfeito a partir da ideia de perfeição. A linha de raciocínio é 
esta: apesar de imperfeito - pois sou um ser que duvida -, tenho em mim a ideia de perfeição, pois, de outro 
modo, nunca poderia pensar que não sou perfeito. Qual é pois, a origem dessa ideia? Não pode ter surgido 
do exterior, uma vez que a perfeição nunca foi observada; também não pode ter tido origem em mim, pois 
um ser imperfeito e finito não pode ser a causa de uma ideia que lhe é superior. Assim, a ideia de perfeição 
só pode ter sido colocada na minha mente pelo próprio ser perfeito, isto é, pelo criador da ideia que 
Descartes tem de perfeição. Trata-se assim de uma ideia nata. 
Provada a existência do cogito, o sistema cartesiano afirma a existência de um sujeito pensante e das suas 
ideias e nada mais. Permanecem dois problemas sem solução: primeiro, a hipótese da existência de um 
génio maligno; segundo, consequência do primeiro, a hipótese de o mundo físico não existir. Para poder 
prosseguir, Descartes tem de resolver este impasse e ultrapassar o solipsismo. Para tal, Descartes tentar 
provar a existência de um Deus sumamente bom. O raciocínio que nos propõe é o seguinte: Eu, sujeito 
pensante, erro e duvido. Errar e duvidar são sinais de imperfeição. Saber que sou imperfeito implica ter em 
mim a ideia de um ser perfeito. De onde me terá vindo a ideia de um ser mais perfeito do que eu? A causa 
desta ideia ou está em mim ou em algo distinto de mim. Sei que a imperfeição não pode ser causa da 
perfeição. Assim, a causa da ideia de um ser perfeito não posso ser eu, sujeito pensante, pois sou imperfeito; 
a causa da ideia de ser perfeito tem, pois, de proceder de algo absolutamente perfeito e exterior a mim – 
2
Deus. Se Deus é perfeito, então não pode ser enganador (um ser perfeito que fosse maldoso não seria 
perfeito) e tem de, forçosamente, existir. 
Como Deus é perfeito e, por essa razão, não é enganador, podemos confiar na nossa razão quando esta pensa 
ter descoberto ideias claras e distintas. Deus é assim a garantia de que aquilo que conhecemos clara e 
distintamente é verdadeiro. Com Deus como garantia, Descartes pode deduzir outras verdades – a existência 
do seu corpo e do mundo físico, por exemplo – e construir, com toda segurança, o edifício do conhecimento 
verdadeiro. 
O empirismo de David Hume: 
Para David Hume, ao contrário do que defendia Descartes, as crenças básicas (fundacionais) que permitem 
responder ao desafio cético (e afirmar a possibilidade do conhecimento) provêm da experiência sensível. 
Assim, o funcionalismo de Hume, ao sustentar a tese de que a justificação das nossas crenças é feita a 
posteriori, a partir das nossas impressões sensíveis, radica numa posição empirista. 
Para o empirismo, a experiência é o ponto de partida e o limite do conhecimento. Assim, antes do contacto 
sensorial com o objeto, não há qualquer possibilidade de representação. Se, para um empirista, o conteúdo 
das ideias é, obrigatoriamente, a matéria sensível, então - ao contrário do que defendem os racionalistas - 
não existem ideias inatas. Deste modo, no empirismo, a experiência sensível tem capacidade de validar a 
adequação de uma proposição à realidade. 
Para David Hume, todo o conhecimento começa com a experiência, uma vez que é pelos sentidos que 
captamos a matéria das representações. Deste forma, os conteúdos da mente são os dados imediatos da 
experiência, ou seja, as impressões (sensações, sentimentos e emoções) e as ideias (as representações que 
construímos a partir das impressões). É com base nessa diferença que Hume distingue os atos de sentir e de 
pensar, afirmando que o primeiro é muito mais vívido e intenso do que o segundo. 
E a ideia de Deus? Como se explica a sua formação? 
Diz Hume: “(…) ao analisarmos os nossos pensamentos ou ideias, por mais compostos e sublimes que 
sejam, sempre descobrimos que elas se resolvem em ideias tão simples como se fossem copiadas de uma 
sensação ou sentimento precedente. Mesmo as ideias que, à primeira vista, parecem afastadas desta origem, 
descobre-se, após um escrutínio mais minucioso, serem delas derivadas. A ideia de Deus, enquanto significa 
um Ser infinitamente inteligente, sábio e bom, promana [procede] da reflexão sobre as operações da nossa 
própria mente, e eleva sem limite essas qualidades da bondade e da sabedoria. Podemos prosseguir esta 
inquirição até ao ponto que nos agradar, onde sempre descobriremos que toda a ideia que examinamos é 
copiada de uma impressão similar.” 
David Hume, Investigação sobre o entendimento humano, Edições 70, tradução de Artur Morão, Lisboa, 
1985, pág. 25. 
3
A ideia de Deus (Ser infinitamente inteligente, sábio e bom), é uma ideia complexa que procede das ideias 
simples de seres inteligentes, bondosos e sábios, e como ele próprio afirma “eleva sem limite essas 
qualidades da bondade e da sabedoria” 
Como? Através da imaginação. 
Contrariamente a Descartes, Hume defende que não há conhecimento de realidades metafísicas. Porque? 
Porque não podemos ter experiência directa (impressões) desse tipo de realidades. 
3. Tese: 
Depois de analisar quer a filosofia de Descartes, quer a filosofia de Hume, a respeito da ideia de Deus, 
cheguei a conclusão de que não defendo nenhuma das teses. Irei explicar o porque desta minha opinião 
quando for apresentar os argumentos que apoiam esta minha tese. Para entenderem melhor a minha opinião 
vou apresentar a forma como o problema foi abordado, quer na filosofia de Descartes, quer na filosofia de 
David Hume. 
Descartes aceitava que o mundo tivesse sido criado por Deus, aceitava que, se Deus existisse, ele seria 
garantia e suporte de todas as outras verdades. Descartes apresentou três provas da existência de Deus. A 
primeira prova a priori foi pela simples consideração da ideia de ser perfeito, que consiste em mostrar que, 
porque existe em nós a simples ideia de um ser perfeito e infinito, daí resulta que esse ser necessariamente 
tem que existir. A segunda prova a posteriori foi pela causalidade das ideias, que consiste em mostrar que, 
porque possuímos a ideia de Deus como ser perfeitíssimo, somos levados a concluir que esse ser 
efectivamente existe como causa da nossa ideia da sua perfeição. E a terceira prova a posteriori foi baseada 
na contingência do espírito, que demonstra a existência de Deus a partir do facto de que não nos podemos 
conservar a nós próprios. Se não podemos garantir a nossa existência, mas apesar disso existimos, é porque 
alguém nos pode garantir essa existência. 
Hume nega as três verdades de René Descartes (o ser, Deus e o mundo). Em relação ao “eu”, que Descartes 
provara através da intuição, Hume não acredita que o pensamento intuitivo seja um caminho seguro para a 
verdade, devido à impossibilidade do Homem poder enumerar causas. Depois, relativamente à questão da 
existência de Deus, que Descartes provara baseando-se em que tudo tem uma causa, e a primeira dessas 
causas era Deus, Hume diz ser impossível conhecer Deus pois as provas cartesianas estão fundadas na 
existência de ideias inatas, originárias da razão, nas quais não acredita. Ou seja, para ele o Homem não pode 
conhecer algo do qual não tem uma única percepção. Por fim, Hume nega igualmente a existência do mundo 
exterior que para ele não passa de uma crença. E é uma crença que não podemos eliminar, mas que também 
não podemos provar por qualquer tipo de argumento, seja ele dedutivo ou indutivo. 
4
4. Argumentos: 
Uma das perguntas que julgo inúteis na filosofia é se Deus existe, é por essa razão que não defendo 
nenhuma tese. O raciocínio que tive para chegar a esta conclusão foi que, não adianta tentar provar a 
existência de Deus, porque não chegamos à fé pelo uso da razão e seus argumentos, mas sim pelo facto de 
Deus nos dar ou não a graça de ter fé Nele. A fé é fruto da graça divina, é sobrenatural, e não fruto de um 
calculo racional. 
No meu ponto de vista, mesmo que a filosofia de Descartes e Hume sejam distintas, acho que o facto 
concordarmos com uma delas não implica a rejeição ou o descarte da outra, muito pelo contrário, eu acredito 
que o ser humano é um ser complexo, que possui a capacidade de obter conhecimento de inúmeras formas, e 
por este motivo, uma não exclui a outra, mas se complementam. 
O conhecimento, na minha perspetiva, não é obtido apenas por uma forma, pois estamos constantemente 
aprendendo coisas novas, tanto através das nossas experiencias, como diz Hume, quanto através das ideias 
inatas, como diz Descartes. 
Em suma, o que me leva a acreditar em Deus é que: Na natureza tudo tem seu lugar. Cada criatura é 
extremamente detalhada e existem milhões de criaturas vivas! O mundo é demasiado complexo e funciona 
demasiado bem para ser apenas obra do acaso. Somente um grande Artista poderia ter criado um mundo tão 
elaborado... Tudo que você vê, ouve e sente prova que Deus existe. 
5. Apreciação crítica / Conclusão: 
É um facto que a perspectiva de Descartes representa uma marca incontornável na história do pensamento 
filosófico ocidental. No entanto, tal não significa que ela seja isente de criticas. A primeira objeção levantada 
à concepção cartesiana prende-se com a forma como Descartes sustenta, logicamente, a sua teoria filosófica. 
Para Descartes, Deus é a garantia de que aquilo que concebem de forma clara e distinta é, efetivamente, 
verdadeiro. Mas como se pode saber que Deus existe? Porque tenho a ideia inata de Deus, responderia 
Descartes. Isto é, se tenho a ideia de Deus (como ser perfeito), então, Deus existe. Ora esse argumento - 
conhecido como círculo cartesiano - é falacioso, pois ao dar como provado, na conclusa do seu raciocínio, 
aquilo que pretende provar, Descartes incorre numa petição de principio, comprometendo assim, a forma 
como fundamenta o conhecimento. Acresce que é a clareza e a distinção das ideias - ou seja, o critério que 
as valida - que assegura a crença justificada de que Deus existe. Inversamente só posso saber que aquilo que 
concebo de forma clara e distinta é verdadeiro após assegurada a existência de Deus, o que configura, 
novamente um raciocínio circular. 
5
Pode ainda criticar-se o modo como Descartes, partindo da ideia de perfeição, deduz a existência de Deus. 
Em primeiro lugar, porque nada garante que a ideia de (um ser) perfeito tenha, de facto, origem num ser 
perfeito. Em segundo lugar, frisou Kant, porque existir não é uma propriedade de Deus, mas tão-somente 
uma condição de possibilidade que tem de ser satisfeita para que Deus possa, por exemplo, ser perfeito. 
Como tal, pensar um ser perfeito não implica a sua excelência. 
Perante estas críticas, o principio de causalidade usado por Descartes para provar a existência de Deus tem 
dificuldade em sustentar-se. 
Para Hume, a indução não permite justificar a verdade das nossas crenças, pois o que designamos por 
relação de causalidade mais não é do que o resultado do hábito. Pelo facto de observarmos, repetidamente, a 
conjunção entre dois fenômenos, inferimos um é a causa do outro. Ora, esta resposta de David Hume ao 
problema da indução (e à forma como nas ciências se procede à validação do conhecimento) foi o alvo de 
várias críticas, nomeadamente, de Bertrand Russell. 
Embora Russell aceite, como Hume, que a indução não garante a verdade do conhecimento, considere, no 
entanto, que é possível justificar racionalmente esta crença. Se fazemos constantemente conjunções entre os 
fenômenos, é porque a razão no-lo autoriza. Ou seja, há boas razoes que sustentam uma tal inferência, sendo 
que não se trata, como pretendia Hume, de induzir o desconhecimento a partir de casos conhecidos. Pelo 
contrario: só fazemos uma conjunção constanteentre dois fenômenos se, efetivamente, um deles for a 
melhor explicação racional para o outro, e não porque tal sempre assim aconteceu. Dito de outra forma, 
quando, por exemplo, após ter dado ordem de impressão de um documento (X), a folha de papel que 
imprimi. Afirmo, neste momento, que X é causa de Y. No entanto, não é o hábito, mas o facto de haver tinta 
no tinteiro e de a impressora estar a funcionar corretamente que justificam a minha crença de que o 
documento será impresso. A minha inferência é feita, tão-somente, a partir da interpretação racional de um 
conjunto de sinais que me fazem procurar a melhor explicação possível para o sucedido. Trata-se, portanto, 
de abduzir, ou seja, de encontrar novos elementos (razões válidas) que justifiquem tal interferência. Ora, 
esses elementos novos são, por si só, a razão suficiente para fazermos uma tal conjunção constante entre 
fenômenos. Assim, na perspectiva de Russell, é racionalmente aceitável que a existência de uma conjunção 
constante entre X e Y seja a melhor explicação para que X seja causa de Y. E, por isso e ao contrario do que 
defendia Hume, a nossa crença nas relações causais entre acontecimentos pode ser racionalmente justificada.
6

Outros materiais