Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
IMUNIZAÇÃO E CALENDÁRIO VACINAL ➔ Resposta Imunológica do Hospedeiro - Imunidade ativa: vacinação - Imunidade passiva: imunoglobulinas e soros ➔ Imunização ativa e passiva - Imunidade ativa: vacina ativa Duração prolongada Proteção após a aplicação de 72hrs a 2 semanas --> induz resposta humoral ** Imunoglobulina anti varicela- zoster: vacina da catapora - Imunidade passiva: vacina passiva Duração transitória Proteção após a aplicação é imediata - As vacinas promovem proteção contra: Tuberculose Hepatites A e B Poliomielite Diferia, coqueluche e tétano Rotavírus Hemófilo influenza B Meningococo A, B, C, Y, W135 Pneumococo (10 a 13 sorotipos) Sarampo, rubéola e caxumba Varicela Vírus influenza (gripe) Febre amarela Papilomavírus Dengue ➔ Calendário vacinal: PNI - Das 19 doenças imunoprevinives, o calendário vacinal cobre 18 doenças (só não cobre a vacina da dengue) - 90% de produção nacional ➔ Tipos de vacinas - Organismos inteiros: Atenuadas: componente infeccioso atenuado --> em um indivíduo imunossuprimido é capaz de se reativar (contraindicação) Inativa: agente infeccioso morto - Conjugada: são aquelas nas quais antígenos polissacarídicos sofrem mudança química pela associação com proteínas, levando à mudança no tipo de resposta imune ao antígeno, originalmente timo-independente, passando a resposta a timo- dependente Exemplos são as vacinas conjugadas pneumocócicas, meningocócicas e Haemophilus influenzae tipo B - Vacinologia reversa - Quiméricas: permitem a introdução de genes dos vírus da dengue em vetores, como o vírus da vacina da febre amarela ou o próprio vírus da dengue modificado geneticamente ** Vacinas atenuadas: ** Vacinas Inativadas/conjugadas: Obs.: DTP: REAÇÃO pelo pertussis da coqueluche! DTPa: acelular, não é organismo inteiro Para quem têm reação a DPT (tríplice bacteriana) Em MENORES de 7 anos, DPT é mto reativa (pode usar DTPa) Componente pertussis são só frações Reforça anticorpos da coqueluxe - ideal que adultos recebessem DTPa a cada 10 anos DT: Crianças com reação a tríplice bacteriana Dose plena DT (crianças menores de 7 anos que tiveram reação a DPT → pertussis) dT: ADULTOS, reforço → dzinho, metade da dose dá difteria Acima de 7 anos : DT (difteria e tétano) --> difteria um pouco menos concentrado Reforço a cada 10 anos (tétano) ➔ Contra indicações gerais - As vacinas de bactérias ou vírus atenuado, não devem ser administradas em pessoas: Com imunodeficiência congênita ou adquirida Em tratamento com corticoides em dose alta (a mais de 15 dias – não é contra indicado em caso de tratamento para asma) ou submetidas a outras terapêuticas imunossupressoras (quimioterapia antineoplásica, radioterapia) Gravidas (salvo situações de alto risco de exposição a algumas doenças virais imunopreveniveis, como, influenza, febre amarela) - Situações em que se recomenda o adiamento da vacinação: Até três meses após o tratamento com imunossupressores ou com corticoides em dose alta Administração de imunoglobulina ou de sangue e derivados Durante a evolução de doenças agudas febris graves - Falsas contra- indicações à vacinação: Doenças infecções ou alérgicas do trato respiratório superior com tosse e ou coriza Desnutrição Uso de antimicrobiano Doença neurológica estável, convulsão controlada ou pregressa Tratamento com corticoides de curta duração Alergias (exceto as relacionadas aos componentes das vacinas) Prematuridade ou baixo peso ao nascimento Internação hospitalar ➔ Calendário Vacinal para Crianças até seis anos de idade - BCG: deverá ser aplicada o mais precocemente possível, de preferência ainda na maternidade, em recém-nascidos com peso maior ou igual a 2.000 g. A revacinação com BCG não é recomendada mesmo para crianças que não desenvolveram cicatriz vacinal, pela ausência de evidências de que a repetição traga benefício adicional Caso a BCG não tenha sido aplicada na maternidade, aplicar na primeira visita ao serviço de saúde - Hepatite B: aplicar a primeira dose nas primeiras 12 horas de vida O esquema de quatro doses pode ser adotado quando é utilizada uma vacina combinada que inclua a vacina hepatite B, ou seja, a primeira dose ao nascer, com a vacina isolada, e aos 2, 4 e 6 meses de idade com DTPw- HB-Hib ou DTPa-HB-VIP-Hib Se mãe HBsAg+, administrar vacina nas primeiras 12 horas de vida e HBIG o mais precocemente possível (até sete dias após o parto) A vacina de hepatite B deve ser administrada, preferencialmente, na maternidade. Caso não seja administrada na maternidade, deve ser aplicada na primeira visita ao serviço de saúde --> se essa visita acontecer depois da 6ª semana de vida, administrar a vacina pentavalente (DTP + Hib+ Hepatite B) - Pentavalente: 3 doses no primeiro ano e 2 reforços, com 15 meses e 4 anos A vacina pentavalente não pode ser aplicada antes da 6ª semana de vida --> pode induzir tolerância imunológica às doses adicionais de Pertussus e Hib - Tríplice bacteriana: o uso da vacina DTPa é preferível ao da DTPw, pois os eventos adversos associados com sua administração são menos frequentes e intensos O reforço dos 4 a 5 anos pode ser feito com dTpa, DTPa ou DTPw O reforço dos 9 a 10 anos de idade deve ser feito com a vacina tríplice acelular do tipo adulto (dTpa) - Hib: recomenda-se o reforço aos 15-18 anos, principalmente quando forem utilizadas, na serie primaria, vacinas Hib nas combinações DTPa - DTP: Só pode ser administrada em crianças de até 6 anos, 11 meses e 29 dias --> após os 7 anos deve ser aplicada a dT - Poliomielite: recomenda-se que, idealmente, todas as doses sejam com a VIP Não utilizar VOP em crianças hospitalizadas e imunodeficientes - Pneumocócica conjugada: A partir dos 2 meses de idade e sempre que possível, o uso preferencial da VPC13, com o intuito de ampliar a proteção para os três sorotipos adicionais em relação à VPC10 No entanto, quando isso não for possível, crianças menores de 6 anos com esquema completo ou incompleto de VPC10 podem se beneficiar com dose(s) adicional(is) de VPC13, respeitando-se a recomendação de bula para cada idade de início e o intervalo mínimo de dois meses da dose anterior da VPC10 A SBIm mantém a recomendação de três doses quando utilizada a VPC13: aos 2, 4 e 6 meses de vida com reforço entre 12 e 15 meses --> O PNI adotou, desde janeiro de 2016, o esquema de duas doses da VPC10 aos 2 e 4 meses de vida, com reforço aos 12 meses - Influenza: é recomendada para todas as crianças a partir dos 6 meses de idade Quando administrada pela primeira vez em crianças menores de 9 anos, aplicar duas doses com intervalo de 30 dias Desde que disponível, a vacina influenza 4V é preferível à vacina influenza 3V, por conferir maior cobertura das cepas circulantes Na impossibilidade de uso da vacina 4V, utilizar a vacina 3V - Vacina do Rotavírus Monovalente: duas doses, idealmente aos 2 e 4 meses de idade - Vacina do Rotavírus Pentavalente: três doses, idealmente aos 2, 4 e 6 meses de idade ** Para ambas as vacinas, a primeira dose pode ser feita a partir de 6 semanas de vida e no máximo até 3 meses e 15 dias, e a última dose até 7 meses e 29 dias. O intervalo mínimo entre as doses é de 30 dias - Meningocócica B: Crianças entre 3 e 11 meses devem receber duas doses com intervalo de dois meses entre elas, idealmente aos 3 e 5 meses de idade, e uma dose de reforço entre 12 e 15 meses de idade (esquema 2 + 1) Crianças de 12 a 23 meses devemreceber duas doses com intervalo de 2 meses entre elas, também com uma dose de reforço A partir dos 24 meses de idade: duas doses com intervalo mínimo de um mês entre elas e não estabelecida ainda a necessidade de doses de reforço - Febre Amarela: Duas doses: aos 9 meses de vida e aos 4 anos de idade Recomenda-se que crianças menores de 2 anos de idade não recebam as vacinas febre amarela e tríplice viral no mesmo dia --> respeitar intervalo de 30 dias entre as doses Contraindicada para imunodeprimidos, mas se o risco de adquirir a doença superar os riscos potenciais da vacinação, o médico deve avaliar seu uso - Hepatite A: Para crianças a partir de 12 meses de idade não vacinadas para hepatite B no primeiro ano de vida, a vacina combinada hepatites A e B na formulação adulto pode ser considerada para substituir a vacinação isolada (A ou B) com esquema de duas doses (0 - 6 meses) - Sarampo, Caxumba e Rubéola: Em situação de risco para o sarampo – por exemplo, surto ou exposição domiciliar – a primeira dose pode ser aplicada a partir de 6 meses de idade. - Rotavírus: aplicada aos 4 meses de vida Intervalo mínimo de 4 semanas entre a primeira e a segunda dose Idade máxima para receber a vacina é de 7 meses e 29 dias ➔ Esquema de vacinação para crianças de 7 anos ou mais e adolescentes - A vacina BCG é indicada, prioritariamente, para pessoas com até 15 anos de idade - Caso o adolescente já tenha recebido anteriormente 3 ou mais doses de vacinas pentavalente (DTP- Hib- hepatite B), tetravalente (DTP- Hib), DTP, DT, Dt, aplicar uma dose de reforço, se já decorridos 10 anos da última dose - Vacina papilomavírus humano 6,11, 16, 18 (HPV): Para meninas: a partir de 9 anos até 14 anos de idade Para meninos: a partir de 11 anos até 14 anos de idade - Caso a pessoa tenha recebido apenas uma dose da vacina de febre amarela antes de completar 5 anos de idade, deverá receber uma dose adicional, independentemente da idade que o individuo procure o serviço de vacinação ➔ Calendário vacinal para adultos entre 20 e 59 anos ➔ Calendário de vacinação para adultos maiores de 60 anos ➔ Calendário de vacinação para gestantes e puérperas ** Alterações no Calendário Vacinal 2020 - Vacina contra sarampo: crianças a partir de 6 meses até 1 ano também são vacinadas – esta dose não será considerada válida para o esquema de rotina, deverá receber novamente a tríplice viral aos 12 meses e a tetraviral aos 15 meses - Vacina contra febre amarela: para crianças a partir de 9 meses – reforço para os que receberam a dose com menos de 5 anos - Vacina contra de varicela: segunda dose para criança de 4 a 6 anos de idade – a primeira dose da varicela é aplicada aos 15 meses de idade - Vacina meningocócica ACW135Y para adolescentes de 11 a 14 anos ➔ Hepatite B - Está no calendário como Pentavalente Brasileira: vacina combinada DTP/HiB/HB - 2, 4 e 6 meses de vida ** A primeira dose da vacina de hepatite B deve ser idealmente aplicada nas primeiras 12 horas de vida, desta forma os lactentes recebem quatro doses da vacina de hepatite B - Se a gestante for HgBs positiva: imunoglobulina em até 7 dias Obs.: a pentavalente do serviço privado é a DPTa + HiB + Salk (penta acelular) ou Hexavalente: DPTa + HiB + Salk + HB No serviço público: “pentavalente brasileira” – DTP + Hib+ HB ➔ Poliomielite - 1994: Américas receberam o certificado de erradicação ** Poliomielite associada à vacina: durante a replicação, o vírus vacinal pode sofrer mutação reversa com aumento da neurovirulencia (1 caso/ 3,2 milhões) - A partir de 2016: três doses da inativada + reforços Vacina VIP: aos 2, 4e 6 meses de idade Vacina VOP: 1º e 2º reforços VOP: bivalente (pólio 1 e 3) ➔ Rotavírus: - Vacina rotavírus humano monovalente (público): Rotarix 1ª dose: até 3 meses e 15 dias 2ª dose: até 7 meses e 29 dias - Vacina Rotavírus Bovino/Humano Pentavalente (G1, G2, G3, G4 e P8): Rotateq: 2º, 4º e 6º mês ➔ Tríplice Bacteriana: DPT/ DTpa/ dTpa - A vacina DTP (células inteiras) é eficaz e bem tolerada - A vacina DTPa (acelular) apresenta menor reatogenicidade - Para cada 100.000 doses de dTpa aplicadas, 23 convulsões febris foram evitadas - Reforços estão indicados a cada 10 anos com dT, sugerindo-se, de preferência, o primeiro reforço com dTpa --> intervalos: 0-2- 6 meses **dTpa: metade da dose de difteria --> menos reatogênica - Contra indicações da vacina: Episódio hipotônico- hiporresponsivo nas primeiras 48 horas (convulsões nas primeiras 72 horas, reação anafilática nas primeiras duas horas e encefalopatia aguda nos primeiros sete dias após a vacinação) Episódio hipotônico- hiperrresponsivo: caracterizado por palidez, irritabilidade e gemência - Vacinação de gestantes: redução de transmissão para lactantes --> proteção da mãe e transferência de anticorpos para o feto (dPTa) Deve ser administrada idealmente no 3º trimestre (a partir da 20ª semana) Deverá ser reaplicada em cada gestação Se não for aplicada na gestação, deve ser realizada após o parto, até 45 dias ** Adolescentes e adultos que tem ou terão contato com lactentes < 12 meses, deverão receber um dose de dTPa, idealmente 2 semanas antes do contato (esquema COCOOM) ➔ Vacina Haemophilus influenza B (HiB) - Na rede privada tem mais uma dose (reforço) A quarta dose contribui para diminuir o risco de ressurgimento das doenças invasivas causadas pelo Hib em longo prazo ➔ Pneumocócicas - Pneumocócica conjugada(10V – publica, 13V- privada) É recomendada a todas as crianças até 5 anos de idade Recomendam-se três doses no primeiro ano de vida (2, 4, e 6 meses) e uma dose de reforço aos 15 meses de vida (pelo PNI, 3 doses) Crianças saudáveis que fizeram as três ou quatro primeiras doses com 10 valente podem receber um dose adicional com a vacina 13 valente, até os 5 anos de idade - Pneumocócica polissacaridica 23 valente: vacinar a cada dois anos Para crianças ou adolescentes com risco aumentado para DPI, mesmo que tenham recebido a vacina conjugada pneumocócica anteriormente ➔ Meningocócicas conjugadas - Vacina MenC conjugada até 5 anos (4 anos, 11 meses e 29 dias) - Recomenda-se duas doses da vacina contra meningococo C conjugada no primeiro ano de vida e uma dose de reforço aos 12 meses Esquema habitual: 2 + 1 (3, 5 e 15 meses) Crianças maiores de 12 meses: uma dose Reforço: entre 11 e 12 anos de idade com ACW125Y - 5 doses no serviço privado e 4 doses no serviço publico ➔ Vacina contra Influenza - Vacinação anual - Considerar o esquema de primovacinação até os 9 anos de idade (duas doses): primeira dose + reforço após 3 a 4 semanas - Público: crianças de 6 meses a menores de 5 anos de idade ou com comorbidade - Privado: qualquer idade, a partir do 6º mês de vida ➔ Tríplice viral e varicela - Uma dose da vacina quadrupla viral aos 15 meses de idade e reforço com 4 anos - Estender a vacina até 6 anos, 11 meses e 29 dias - SBP: mantém a recomendação da vacinação contra varicela aos 12 meses Vacinas isoladas: SRC + Varicela Vacina quadrupla viral: SCRV ** A vacinação da tríplice viral em adultos diminui a incidência de caxumba ➔ Vacina contra hepatite A - Indicada a partir dos 12 meses de idade - O MS indica aos 15 meses até 4 anos, 11 meses e 29 dias - Individuos suceptiveisdeve receber duas doses da vacina, com intervalo de 6 meses entre a dose 1 e a dose 2 **Vacina combinada A + B - Pode ser utilizada na primovacinação de crianças de 1 a 15 anos de idade, em duas doses com intervalo de 6 meses - Acima de 16 anos o esquema dever ser com 3 doses ** Indicações da vacina de hepatite A: - Hepatopatias crônicas de qualquer etiologia, inclusive portadores do vírus da hepatite C - Portadores crônicos de VHB - Coagulopatias - Pacientes com HIV/ aids - Imunodepressao terapêutica ou por doença imunossupressora - Doenças de deposito - Fibrose cística -Trissomias - Candidatos a transplante de órgão solido, cadastrados no programa de transplantes - Transplantados de órgão solido ou de células tronco hematopoiéticas - Doadores de células tronco hematopoiéticas - Hemoglobinopatias ➔ HPV - Vacina bivalente (16, 18): Indicada para meninas de 10 a 25 anos, em três doses A segunda dose deve ser feita um mês após a primeira e a terceira dose, 6 meses após a primeira - Vacina quadrivalente (6, 11, 16, 18): Indicada para meninos e meninas de 9 a 26 anos, em três doses A segunda dose deve ser feita dois meses após a primeira e a terceira dose, 6 meses após a primeira Grupo de risco: 3 doses (0- 2- 6 meses) ➔ Febre amarela - Crianças abaixo de 5 anos: duas doses IMUNIZAÇÃO EM SITUAÇÕES ESPECIAIS ➔ Paciente Prematuro - Crianças nascidas pré-termo (menores de 37 semanas de gestação) ou com baixo peso (menos de 2.500 gramas) muitas vezes desenvolvem problemas no período neonatal, requerem internações prolongadas em unidades de terapia intensiva neonatal e desenvolvem doença pulmonar crônica ou sequelas como encefalopatia crônica não evolutiva Em virtude desses problemas, por precaução nem sempre justificada, muitas crianças ficam sem receber as vacinas necessárias e acabam expostas ao risco de adoecer Por outro lado, o pré-termo apresenta peculiaridades do desenvolvimento imunológico que requerem observação especial e, eventualmente, imunobiológicos especiais - O RN apresenta pouca capacidade de uma resposta imune efetiva Quanto menor a idade gestacional, menos desenvolvido será o sistema imunológico ao nascer O recém-nascido pré termo apresenta concentrações séricas de anticorpos menores em relação aos RN de termo, pois os anticorpos maternos transplacentários (IgG), alcançam o feto, no terceiro trimestre da gravidez (diminuição da imunidade humoral passiva) O RNPT apresenta resposta imune humoral mais imatura, desenvolvendo títulos de anticorpos protetores mais baixos após vacinação contra difteria, pertussis, tétano, HiB, influenza e hepatite B - Importância do leite materno: “primeira vacina” Mantem a transferência da IgG Fornece IgA Não se justifica deixar de vacinar ou adiar o procedimento nos prematuros A deficiência na imunidade humoral, presente ao nascer, se reverte com o passar das semanas após o parto, não alterando de maneira significante, a imunogenicidade das vacinas administradas a esta população Depende mais da idade cronológica do que da idade gestacional - Condição clínica: Local de aplicação: aplicação de vacinas IM, de preferência no musculo vasto lateral da coxa, com agulhas curtas e adequadas à anatomia do prematuro Doses e intervalos: não fracionar as doses Calendário: com exceção da vacina BCG (acima de 2kgs), o calendário deve ser seguido de acordo com a idade cronológica da criança Orientação aos pais: devem ser informados sobre a importância e os benefícios da imunização, potenciais eventos adversos, eficácia e necessidade de reforço --> é fundamental orientar os pais sobre a necessidade de monitorização do próprio calendário vacinal - Eventos adversos Apneia: Pertussis e Pneumo conjugada (12 a 330% dos casos) - Fatores de risco: < IG, < IC, < peso ao nascer, doença grave, uso de VM, alterações neurológicas e apneia anterior - Recomendações: uso de Ibuprofeno ou paracetamol --> os RNPT que forem imunizados na UTI, devem ser monitorizados por 48hrs - Calendário: BCG: aplicação a partir de 2.000g Hepatite B: aplicar a 1 dose logo após o nascimento, de preferência nas primeiras 12 horas (os RN cujas mães sejam HBsAg positivas, além da vacinação nas primeiras 12 horas de vida, deverão receber também a imunoglobulina hiperimune específica para hepatite B também logo ao nascer – até sete dias) Rotavírus: não utilizar a vacina em ambiente hospitalar --> vacinar na idade cronológica, iniciando aos 2 meses ( 1ª dose até 3 meses e 15 dias e 2ª dose até 7 meses e 29 dias) Tríplice bacteriana: em RNs prematuros, hospitalizados ou não, utilizar preferencialmente vacinas acelulares. Vacinar na idade cronológica, iniciando aos 2 meses de vida (aos 2, 4 e 6 meses com reforços aos 15 meses e entre 4 e 6 anos) VIP (vacina do poliovírus inativo/ Salk) Hemófilo influenza tipo B: as vacinas combinadas de DTPa com HiB e outros antígenos são preferenciais, permitem a aplicação simultânea e se mostram eficazes e seguras. --> na rede pública, para os RNPT extremos, a DTPa é disponibilizada pelos CRIES e, nesses casos, a conduta do MS é adiar a aplicação da HiB para 15 dias após a DTPa Pneumocócica Conjugada: iniciar o mais precocemente possível (aos 2 meses), respeitando a idade cronológica --> três doses (2- 4- 12 meses) Meningocócicas (C, ACYW135, B): vacinar na idade cronológica, iniciando aos 3 meses de idade (3-5-12 meses) Influenza (gripe): respeitar a idade cronológica e a sazonalidade da circulação do viria --> duas doses a partir dos 6 meses, com intervalo de 30 dias entre elas Rotavírus: não utilizar em ambiente hospitalar- vacinar na idade cronológica (iniciando aos 2 meses de vida): 1ª dose até 3 meses e 15 dias; 2ª dose até 7 meses e 29 dias DTP: em RNs prematuros, hospitalizados ou não, utilizar preferencialmente vacinas acelulares (ao invés de fazer pentavalente, DTPa) - Vacinação para prevenção da infecção pelo Vírus Sincicial Respiratório (VSR) O VSR é o principal agente de infecções respiratórias agudas que acometem o trato respiratórios inferior em crianças menores de um ano de idade É de fundamental importância para os recém nascidos pré termo que apresentam risco aumentado de evolução mais grave (frequência de hospitalização: 10 vezes mais que em recém nascidos de termo) Maior morbidade da infecção por VSR nos prematuros, associada a um tempo de hospitalização mais prolongado Outros grupos de risco: pacientes com doença pulmonar crônica, cardiopatias e com imunodeficiências Prevenção: imunização passiva com o anticorpo monoclonal humanizado (palivizumabe), dirigido contra a glicoproteína F do VSR Mecanismo de ação: o Palivizumabe se liga à proteína F, prevenindo a ligação do VSR com receptores presentes nas células do hospedeiro --> reduz a replicação viral e a transmissão do VSR entre as células Aplicação por via intramuscular em até 5 doses mensais consecutivas de 15mg/kg Indicação do Palivizumabe: aplicado por via intramuscular em até 5 doses mensais, consecutivas de 15mg/kg, durante o período de circulação do vírus sincicial respiratório (sudeste- março a agosto) - Imunização passiva do prematuro Imunoglobulina humana anti- hepatite B (IGHAHB): para RNs de mães portadoras de vírus da hepatite B --> aplicar preferencialmente nas primeiras 12 a 24 horas, até, no máximo, 7 dias de vida Imunoglobulina humana antivaricela zoster (IGHVZ): esta recomendada para RN cujas mães apresentam varicela cinco dias antes e até dois dias após o parto ; para prematuros nascidos entre 28 semanas e 36 semanas de gestação expostos à varicelaquando a mãe tiver historia negativa para varicela; para prematuros nascidos com menos de 28 semanas de gestação ou com menos de 1.000g de peso expostos à varicela, independente da história materna de varicela --> deve ser aplicada até 96 horas de vida do RN Imunoglobulina humana antitetânica (IGHAT): para RNs prematuros com lesões potencialmente tetanogênicas, independente da história vacinal da mãe ➔ Indicações dos CRIES: vacinação de cardiopatas, pneumopatas, nefropatas, hepatopatas - O paciente crônico de modo geral é mais suscetível às doenças infecciosas e corre maior risco de complicações e descompensação de sua doença de base, independentemente de sua faixa etária Cardiopatas ou pneumopatas (inclusive asmáticos): vacinas anti-influenza e anti- pneumocócica VPC10V ou VPC13V e VPP23V (a partir de dois anos, duas doses com intervalo de 5 anos) Hepatopatas: vacina anti- influenza, anti- hepatite A e B Nefropatas: em hemodiálise recebe também esquema reforçado de 4 doses (0-1-2-6) dobradas da vacina de anti- hepatite B ➔ Vacinação no paciente imunodeprimido - População com incapacidade de resposta a estímulos antigênicos ou infecciosas, mais suscetíveis a apresentar infecções, geralmente com maior gravidade, respondendo de forma menos eficiente a estímulos vacinais - Condições clínicas como asplenia, câncer, transplante, doenças inflamatórias, mais suscetíveis a infecção por HIV e outras, induzem alterações qualitativas, quantitativas e persistência de resposta imune - Familiares, pessoas de convívio próximo e profissionais de saude devem ter seus calendários atualizados com atenção para as vacinas: varicela, influenza, IPV - Classificação de imunodepressão: Primaria ou congênita: deficiência combinada da imunidade celular e humoral, deficiência de IgA, deficiência do complemento, deficiência da função fagocitaria Secundária ou adquirida: HIV, aids, quimioterapia para câncer, uso de corticoides em doses imunossupressoras - HIV/ Aids: categorias imunológicas conforme percentual de CD4 e idade - Esquema vacinal para crianças e adolescentes de 0 a 19 anos expostos/ infectados com HIV: ** Além disso, é muito importante também a estratégia de vacinar pessoas que convivem com imunodrprimidos, de modo a diminuir o risco de contágio Familiares, pessoas de convívio próximo e profissionais de saúde devem ter seus calendários atualizados chamando atenção para as vacinas contra o sarampo, caxumba, rubéola, varicela e influenza, segundo orientações do CRIE. ➔ Transplantes de órgãos sólidos - Os candidatos a receber transplantes de orgãos sólidos devem ter seus esquemas vacinais avaliados e atualizados - A vacinação do doador (desde que cadastrado em programa de transplante) deve ser considerada para que ele não constitua fonte de transmissão de doenças imunopreviniveis para o receptor - Sua vacinação deve ser orientada com antecedência suficiente para que os esquemas vacinais sejam realizados até 14 dias antes do transplante - A imunogenicidade e eficácia da vacina de hepatite B recombinante em pacientes imunodeprimidos, são menores que nos indivíduos saudáveis, portanto, é recomendado quatro doses da vacina de HB, com o dobro da dose habitual - O transplante pode ser: Autólogo: o doador e o receptor são a mesma pessoa Alogênico: um doador selecionado a partir da compatibilidade entre doador e receptor de antígenos do sistema HLA humano No transplante alogênico relacionado, essa seleção é feita entre familiares do paciente e, em geral, um irmão ou irmã é selecionado e o alogênico não relacionado, onde a busca do doador é feita por meio do Banco de Medula óssea A atualização do esquema vacinal do doador devera ser completado ate 14 dias antes do transplante para vacinas inativas e 30 dias antes para vacinas ativas A imunidade do doador transferida para o receptor é de curta duração O transplantado deve ter seu esquema vacinal refeito, que pode variar de 1 a 2 anos para as vacinas de vírus atenuados e 3 a 6 meses para as inativadas ➔ Imunodeficiência secundária à altas doses de medicação imunossupressora - Vacinar 2 semanas (para vacinas inativadas) e 4 semanas (para vacinas atenuadas), antes do início da terapia imunossupressora Corticoides: Considerados imunossupressores em dose maior ou igual a 2mg/Kg/dia de prednisona ou se equivalente, para crianças, ou maior ou igual que 20 mg/kg/dia por 14 dias, para crianças e adultos O uso de corticoide tópico, inalatório ou intra- articular não é considerado imunossupressor Revacinar um mês após o término Imunossupressores não biológicos Metotrexato, Ciclosporina, Tacrolimus, Micofenolato, ciclofosfamida Agentes Biológicos (qualquer dose é considerada imunossupressora) Infliximabe (anti- TNF alfa) e outros anti- TNF, Rituximabe (anticélulas B), Abatacept (reduz ativação de células T), tocilizumabe (anti IL-6), Eculizumabe (reduz a ativação do complemento) Revacinar 3 a 6 meses após o término ➔ Asplenia anatômica ou funcional, hemoglobinopatias, doenças de depósito e outras condições associadas a disfunção esplânica - A anemia falciforme é uma hemoglobinopatia com esplenomegalia evoluindo com trombose e infartos, atrofia e fobrose do baço - Cursa com infecções graves por germes capsulados, principalmente Haemophilus influenzae tipo B, pneumococco e meningococco - Outras hemoglobonopatias podem vir a sofrer esplenectomia eletiva como método de controle da hemólise - Na esplenectomia eletiva, a vacinação deverá preceder o procedimento cirurgico pelo periodo minimo de 14 dias - Os pacientes já esplenectomizados apresentam resposta melhor à vacinação a partir de 14 dias do ato cirurgico
Compartilhar