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NORMAS INTERNACIONAIS DE CONTABILIDADE Servem como base para elaboração das Demonstrações Contábeis São emitidas pelo IASB (International Accounting Standards Board – Conselho de Normas Internacionais) Organização mundial da profissão de auditoria destinada ao interesse público. Visa fortificar a profissão e contribuir para o desenvolvimento de economias internacionais. Estabelece normas internacionais de auditoria e segurança. Estabelece normas de ética e outras instruções para o setor governamental CPCs (Comitê de Pronunciamentos Contábeis), Responsável pela padronização contábil aplicável para as demonstrações financeiras de companhias de capital aberto, instituições financeiras que possuam Comitê de Auditoria NBC e CPC - As normas internacionais de contabilidade que têm por base as IFRS são traduzidas e depois analisadas pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis - CPC. ... As NBC T 16, que são as normas aplicadas ao setor público, devem ser revogadas quando da conversão das IPSAS (As normas internacionais de contabilidade para o setor público também são chamadas de IPSAS, sigla de International Public Sector Accounting Standards) da IFAC ( International Federation of Accountants) em NBCs TSP, com a mesma numeração das IPSAS IAS - International Accounting Standards, conjunto de normas que ditam como uma determinada transação ou evento deve ser refletido nas demonstrações financeiras. O International Accounting Standards Committee (IASC) tem emitido essas normas de 1973 até 2001. Em 2001, o IASB assumiu a responsabilidade do IASC na definição das normas. De 1973 a 2001, foram emitidas 41 IAS IFRS - Quando o International Accounting Standards Board (IASB) assumiu as responsabilidades do IASC em 2001, eles decidiram adotar as normas existentes, embora algumas precisassem de revisões. Essas futuras normas foram definidas como International Financial Reporting Standards (IFRS), Cujo principal objetivo é fornecer para as empresas, em nível mundial, um conjunto normativo que deverá ser utilizado para a elaboração e divulgação das demonstrações contábeis. Até o momento foram publicadas 17 IFRS (2019) para serem aplicadas e incorporadas na contabilidade dos países IAS e o IFRS são tecnicamente os mesmos. IFRS é o conjunto atual de normas que reflete as mudanças nas práticas contábeis e de negócios nas últimas duas décadas. IAS é o que costumava ser antes da introdução do IFRS. O IASB não emite mais IAS. Quaisquer normas futuras agora serão chamadas de IFRS e, se forem contraditórias às IAS existentes, as IFRS serão seguidas. Todas as reuniões do IASB e de seus grupos de trabalho formal são públicas. Para criar as normas (IFRS ou IAS) o IASB segue um processo aberto e extremamente rigoroso PROCESSO FORMAL DO IASB Objetivos Desenvolvimento de um conjunto único de normas contábeis globais de alta qualidade, compreensíveis e susceptíveis de serem impostas Informação transparente e comparável nas demonstrações financeiras, para ajudar os participantes nos mercados de capitais e outros utentes a tomarem decisões econômicas . Promoção do uso e rigorosa aplicação das normas Convergência de normas contábeis nacionais e internacionais, com vista a unificação. • Acordo de constituição do IASC (antecessor do IASB) celebrado pelos órgãos de classe de Contabilidade da Austrália, Canadá, França, Alemanha, Japão, México, Holanda, Reino Unido/Irlanda e Estados Unidos. 1973 • Primeiras normas IAS em versões finais publicadas: IAS 1 – Divulgação de Políticas Contábeis e IAS 2 – Avaliação e Apresentação de Estoques no Contexto do Sistema de Custo Histórico. 1975 • O número de curadores do IASC aumenta para 17, incluindo membros de 13 países nomeados pelo Conselho da Federação Internacional de Contadores. 1982 HISTÓRICO DO IASB • A Federação Europeia de Contabilidade apoia a harmonização internacional e um maior envolvimento dos países europeus no IASC. • O Conselho da Federação Internacional de Contadores adota uma orientação para o setor público que requer a adoção das IAS e IFRS pelas empresas estatais. 1989 • É estabelecido o Conselho Consultivo do IASC, com responsabilidade fiscal e financeira. 1994 • A Comissão Europeia apoia o acordo entre o IASC e a Organização Internacional das Comissões de Valores Mobiliários para conclusão das normas-base e decide que os padrões IAS devem ser cumpridos pelas multinacionais. 1995 • A Comissão de Valores Mobiliários apoio ao objetivo do IASC de desenvolverem normas contábeis que possam ser utilizadas na elaboração de demonstrações financeiras para fins de ofertas internacionais. 1996 • É constituído o Comitê Permanente de Interpretações do IASC com 12 membros e com direito a voto. Sua missão é desenvolver interpretações da IAS para aprovação final pelo IASC. 1997 • O número de membros do Conselho da Federação Internacional de Contadores sobe para 140 órgãos de Contabilidade em 101 países. O IASC conclui as normas- base com aprovação da IAS 39 1998 • Os Ministros das Finanças do G7 (Grupo dos Sete é um grupo internacional que reúne os sete países mais industrializados e desenvolvidos) e o Fundo Monetário Internacional pedem apoio para que as IAS “fortaleça a arquitetura internacional financeira”. 1999 • A Organização Internacional das Comissões de Valores Mobiliários (IOSCO) recomenda a seus membros que permitam a emitentes multinacionais o uso das normas do IASC em ofertas e listagem em bolsas internacionais. 2000 • Anúncio dos membros e do novo nome do IASB. É constituída a Fundação IASB. O IASB muda-se para a nova sede em Cannon Street, Londres. 2001 • O Comitê Permanente de Interpretações do IASC - SIC é renomado como IFRIC Comitê de Interpretações das IFRSs. A Europa passa a exigir a adoção das IFRSs pelas companhias abertas a partir de 2005. O IASB e o FASB (Financial Accounting Standards Board – EUA – Conselho de Normas Contábeis e Financeiras) publicam um acordo conjunto sobre a convergência. 2002 • Primeira IFRS em versão final e primeira Minuta de Interpretação do IFRIC publicada. Conclusão do projeto de melhoria – importantes alterações em 14 IASs. 2003 • Extensas discussões sobre a IAS 39 na Europa levando a CE (Comissão Europeia) a endossar duas seções da IAS 39. Início das transmissões das reuniões do IASB pela internet. Publicação das IFRSs 2 a 6. Publicação das Minutas de Interpretação das IFRICs 1 a 5. 2004 • Mudanças estatutárias. A SEC publica o “roteiro” para eliminar a reconciliação IFRS- US GAAP (normas de contabilidade nos EUA). A CE elimina a opção de valor justo das IAS 39. Reuniões de trabalho abertas ao público. Publicação da IFRS 7. Publicação dos IFRICs 6 e 7 (e retirada do IFRIC 3) 2005 • IASB/FASB atualiza acordo sobre convergência. Pronunciamento do IASB sobre relações de trabalho com outros órgãos reguladores. O IASB anuncia que nenhuma norma de importância crítica entrará em vigor antes de 2009. Publicação dos IFRICs 8 a 12 2006 • Expansão do IFRIC de 12 para 14 membros. A SEC remove a exigência para conciliação com o US GAAP de empresas estrangeiras listadas que usem as IFRSs e solicita comentários das empresas americanas listadas sobre o uso IFRSs. Publicação das revisões dos IASs 1 e 23. Publicação dos IRFICs 13 e 14. Proposta do IASB para uma norma específica de IFRS para PMEs. 2007 • O Instituto Americano de Contadores Públicos Certificados designa o IASB como órgão responsável pela definição de normas segundo suas regras éticas. A SEC propõe a adoção de um “roteiro” para uso das IFRSs por empresas americanas listadas. Emissão das Alterações às IFRSs 1,2,3 e 7 e às IASs 1,27,32 e 39. A resposta do IASB à crise financeira mundial inclui novas orientações sobre a mensuração ao valor justo. 2008 • O número de membros do IASB aumenta para 16 (incluindo no máximo três membros em tempo parcial). O númerode representantes por área geográfica é estabelecido. 2009 • Emissão das alterações da IFRS 1, da IFRS 7 e da IAS 12. Requerimentos para passivos financeiros são adicionados à IFRS 9 (classificação e mensuração) como parte da primeira fase do processo de substituição da IAS 39. 2010 • Emitidas as IFRSs 10 a 13. Emissão das alterações das IASs 27 e 28 2011 • Alterações às IFRSs 1, 10, 11 e 12 são emitidas. Quarta edição das Melhorias Anuais é emitida. IASB e o FASB estabelecem um novo objetivo de complementação dos projetos de conversão relevantes remanescentes para o primeiro semestre de 2013 em seu relatório para o G20. 2012 ADOÇÃO DA IFRS NO MUNDO Abaixo uma lista que ilustra o uso, ao redor do mundo, das IFRSs por empresas listadas em bolsa de valores em suas demonstrações financeiras consolidadas.. Logicamente, trata-se uma lista já bastante alterada nos dias atuais. A lista foi retirada em um livreto preparado pela Deloitte Touche Thmatsu Obrigatório para algumas empresas nacionais listadas em bolsa Não tem bolsa de valores Obrigatório para todas as empresas nacionais listadas em bolsa Obrigatório para algumas empresas nacionais listadas em bolsa Obrigatório para todas as empresas nacionais listadas em bolsa IFRS não permitido IFRS não permitido Obrigatório para todas as empresas nacionais listadas em bolsa IFRS não permitido Arábia Saudita Argélia Armênia Azerbaijao Bahrein Bangladesh Camboja Cazaquistão China ÁSIA Obrigatório para algumas empresas nacionais listadas em bolsa, com ressalva IFRS não permitido Obrigatório para algumas empresas nacionais listadas em bolsa, com ressalva Obrigatório para algumas empresas nacionais listadas em bolsa IFRS não permitido Obrigatório para algumas empresas nacionais listadas em bolsa Não tem bolsa de valores IFRS permitido, com ressalva IFRS não permitido Chipre Cingapura Cisjordânia Coréia do Sul Filipinas Geórgia Iêmen Índia Indonésia ÁSIA IFRS não permitido Obrigatório para todas as empresas nacionais listadas em bolsa Todas, exceto bancos IFRS permitido Obrigatório para todas as empresas nacionais listadas em bolsa Obrigatório para todas as empresas nacionais listadas em bolsa IFRS permitido Obrigatório para todas as empresas nacionais listadas em bolsa Não tem bolsa de valores Irã Iraque Israel Japão Jordânia Kwait Laos Líbano Macau ÁSIA IFRS não permitido IFRS permitido IFRS não permitido Obrigatório para todas as empresas nacionais listadas em bolsa Obrigatório para todas as empresas nacionais listadas em bolsa IFRS não permitido IFRS permitido Obrigatório para todas as empresas nacionais listadas em bolsa Malásia Maldivas Mongólia Nepal Quirguistão Síria Sri Lanka Suécia Tailândia ÁSIA IFRS permitido Obrigatório para todas as empresas nacionais listadas em bolsa IFRS não permitido IFRS não permitido Taiwan Tajiquistão Vietnã Uzbequistão ÁSIA EUROPA Obrigatório para todas as empresas listadas em bolsa Não tem bolsa de valores Obrigatório para todas as empresas listadas em bolsa, com ressalvas. Obrigatório para todas as empresas listadas em bolsa, com ressalvas. Todas as empresas de grande e médio porte Obrigatório para todas as empresas listadas em bolsa Obrigatório para todas as empresas listadas em bolsa Obrigatório para todas as empresas listadas em bolsa, com ressalvas. Obrigatório para todas as empresas listadas em bolsa, com ressalvas. Abu Dhabi Albânia Alemanha Áustria Bósnia Bulgária Croácia Dinamarca Eslovênia EUROPA Obrigatório para todas as empresas listadas em bolsa Obrigatório para todas as empresas listadas em bolsa, com ressalvas Obrigatório para todas as empresas listadas em bolsa, com ressalvas Obrigatório para todas as empresas listadas em bolsa, com ressalvas.. IFRS permitido Obrigatório para todas as empresas listadas em bolsa, com ressalvas Obrigatório para todas as empresas listadas em bolsa, com ressalvas Obrigatório para todas as empresas listadas em bolsa, com ressalvas. Espanha Estônia Finlândia França Gibraltar Grécia Holanda Hungria EUROPA Obrigatório para todas as empresas listadas em bolsa, com ressalvas. Obrigatório para todas as empresas listadas em bolsa, com ressalvas. Obrigatório para todas as empresas listadas em bolsa, com ressalvas. Obrigatório para todas as empresas listadas em bolsa, com ressalvas. Obrigatório para todas as empresas listadas em bolsa, com ressalvas. Obrigatório para todas as empresas listadas em bolsa, com ressalvas. Obrigatório para todas as empresas listadas em bolsa, com ressalvas. Obrigatório para todas as empresas listadas em bolsa. Obrigatório para todas as empresas listadas em bolsa, com ressalvas. Irlanda Islândia Itália Letônia Liechteinstein Lituânia Luxemburgo Macedônia Malta EUROPA Obrigatório para todas as empresas listadas em bolsa. Obrigatório para todas as empresas listadas em bolsa, com ressalvas. Obrigatório para todas as empresas listadas em bolsa, com ressalvas. Obrigatório para todas as empresas listadas em bolsa, com ressalvas. Obrigatório para todas as empresas listadas em bolsa, com ressalvas. Obrigatório para todas as empresas listadas em bolsa, com ressalvas. Obrigatório para todas as empresas listadas em bolsa, com ressalvas. Obrigatório para todas as empresas listadas em bolsa. IFRS não permitido Montenegro Noruega Polônia Portugal Reino Unido República Eslováquia República Tcheca Romênia Rússia Obrigatório para todas as empresas listadas em bolsa IFRS permitido Obrigatório para todas as empresas listadas em bolsa, a partir de 2011 IFRS não permitido Não tem bolsa de valores IFRS permitido Obrigatório para todas as empresas listadas em bolsa Não tem bolsa de valores Obrigatório para todas as empresas listadas em bolsa Anguilla Bermuda Canadá Estados Unidos Groelandia Ilhas do Caiman Antigua e Barbuda Belize Costa Rica AMERICANO IFRS não permitido IFRS permitido IFRS permitido Obrigatório para todas as empresas listadas em bolsa Obrigatório para todas as empresas listadas em bolsa IFRS permitido Obrigatório para todas as empresas listadas em bolsa Obrigatório para todas as empresas listadas em bolsa Obrigatório para todas as empresas listadas em bolsa Cuba Dominica El Salvador Granada Guatemala Haiti Honduras Jamaica Nicarágua AMERICANO Obrigatório para todas as empresas listadas em bolsa IFRS permitido Obrigatório para todas as empresas listadas em bolsa IFRS permitido IFRS permitido Obrigatório para todas as empresas Obrigatório para todas as empresas listadas em bolsa IFRS não permitido IFRS permitido Panamá República Dominicana São Cristóvão e Nevis Suriname Bolívia Brasil Chile Colômbia Equador AMERICANO Obrigatório para todas as empresas listadas em bolsa IFRS permitido Obrigatório para todas as empresas listadas em bolsa IFRS não permitido IFRS não permitido Guiana Paraguai Peru Uruguai Venezuela AMERICANO Obrigatório para todas as empresas listadas em bolsa, com ressalvas Obrigatório para todas as empresas listadas em bolsa Não tem bolsa de valores Não tem bolsa de valores Obrigatório para todas as empresas listadas em bolsa, com ressalvas Obrigatório para todas as empresas listadas em bolsa Não tem bolsa de valores Não tem bolsa de valores Não tem bolsa de valores Austrália Fuji Guam Nova Caledônia Nova Zelândia Papua Nova Guiné Samoa Samoa Americana Vanuatu OCEANIA ADOÇÃO DA IFRS NO BRASIL Como parte do processo de harmonização com as Normas Internacionais de Contabilidade iniciado em 2008 através da regulamentação das práticas contábeis alteradas a partir da edição das Leisnº 11.638/2007 e 11.941/2009: (i) Em 2008, 14 pronunciamentos, 1 norma sobre a estrutura conceitual básica e 1 orientação técnica foram editados pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC) e aprovados pela CVM e pelo CFC (ii) Em 2009, o CPC editou mais 27 pronunciamentos, 2 orientações técnicas e 12 interpretações técnicas que, também, foram aprovados pela CVM e pelo CFC (iii) Foi editado, também, o CPC PME contendo as práticas contábeis que podem ser optadas por entidades consideradas como de pequeno e médio portes, desde que não sejam companhias abertas (ações negociadas em bolsa de valores) e sociedades de grande porte (SGP) definidas na Lei 11.638/2007. (iv) Em 2010, o CPC editou 1 novo pronunciamento, diversas revisões em pronunciamentos emitidos, 2 orientações técnicas e 4 interpretações técnicas. Como parte do processo de harmonização com as Normas Internacionais de Contabilidade iniciado em 2008 através da regulamentação das práticas contábeis alteradas a partir da edição das Leis nº 11.638/2007 e 11.941/2009: As instituições financeiras e demais instituições autorizadas a funcionar pelo BACEN, ainda não se utilizam dos CPC´s , exceto os CPCs 00, 01, 03, 05, 10, 23, 24 e 25 que foram aprovados pelas Resoluções do CMN (Conselho Monetário Nacional). COMITÊ DE PRONUCIAMENTOS CONTÁBEIS - CPC O CPC - Comitê de Pronunciamentos Contábeis foi idealizado a partir da união de esforços e comunhão de objetivos das seguintes entidades ABRASCA (Associação Brasileira de Companhias Abertas) BOVESPA – BM&F – B3 (Bolsa de Valores de São Paulo) APIMEC (Associação de Analistas e Profissionais de Investimentos do Mercado de Capitais) CFC (Conselho Federal de Contabilidade) FIPECAFI (Fundação Instituto de Pesquisas Contábeis, Atuariais e Financeiras) IBRACON (Instituto dos Auditores Independentes do Brasil) Os membros do CPC são compostos a cada duas pessoas por entidade, na maioria contadores e não auferem remuneração. Seis entidades: 12 membros. Os CPC foi criado pela Resolução nº 1.055/2005 do CFC e é uma entidade autônoma de todas as demais. Além dos 12 membros atuais, serão sempre convidados a participar representantes dos seguintes órgãos: CVM (Comissão de Valores Mobiliários) RFB (Receita Federal do Brasil) BACEN (Banco Central do Brasil) SUSEP (Superintendência de Seguros Privados) Os Pronunciamentos são sempre submetidos a audiência pública. Os produtos do CPC - Comitê de Pronunciamentos Contábeis PRONUNCIAMENTOS TÉCNICOS ORIENTAÇÕES TÉCNICAS INTERPRETAÇÕES TÉCNICAS NORMAS TÉCNICAS EMITIDAS PELO CPC Abaixo segue quadro contendo Pronunciamentos Técnicos, Orientações e Interpretações editadas pelo CPC e a respectiva referência para as IFRSs e IASs. Nº CPC 00 CPC 01 CPC 02 CPC 03 CPC 04 Pronunciamento Técnico Estrutura Conceitual para Elaboração e Divulgação de Relatório Redução ao Valor Recuperável de Ativos Efeitos da Mudanças nas Taxas de Câmbio e Conversão de Demonstrações Contábeis Demonstração dos Fluxos de Caixa Ativo Intangível IASB Framework IAS 36 IAS 21 IAS 7 IAS 38 Nº CPC 05 CPC 06 CPC 07 CPC 08 CPC 09 Pronunciamento Técnico Divulgação de Partes Relacionadas Operações de Arrendamento Mercantil Subvenções e Assistências Governamentais Custos de Transações e Prêmios na Emissão de Títulos e Valores Mobiliários Demonstração do Valor Adicionado (DVA) IASB IAS 24 IAS 17 IAS 20 IAS 39 (partes) - Nº CPC 10 CPC 11 CPC 12 CPC 13 CPC 14 Pronunciamento Técnico Pagamento Baseado em Ações Contratos de Seguro Ajuste a Valor Presente Adoção Inicial da lei nº 11.638/2007 Instrumentos Financeiros: reconhecimento, mensuração e Evidenciação IASB IFRS 2 IFRS 4 - - - Nº CPC 15 CPC 16 CPC 17 CPC 18 CPC 19 Pronunciamento Técnico Combinação de Negócios Estoques Contratos de Construção Investimentos em Coligada, em Controlada e em Empreendimentos Controlado em Conjunto Negócios em Conjunto IASB IFRS 3 IAS 2 IAS 11 IAS 28 IFRS 11 Nº CPC 20 CPC 21 CPC 22 CPC 23 CPC 24 Pronunciamento Técnico Custos de Empréstimos Demonstração Intermediária Informações por Segmento Políticas Contábeis, Mudança de Estimativa e Retificação de Erro Evento Subsequente IASB IAS 23 IAS 34 IFRS 8 IAS 8 IAS 10 Nº CPC 25 CPC 26 CPC 27 CPC 28 CPC 29 Pronunciamento Técnico Provisões, Passivos Contingentes e Ativos Contingentes Apresentação das Demonstrações Contábeis Ativo Imobilizado Propriedade para Investimento Ativo Biológico e Produto Agrícola IASB IAS 37 IAS 1 IAS 16 IAS 40 IAS 41 Nº CPC 30 CPC 31 CPC 32 CPC 33 CPC 34 Pronunciamento Técnico Receitas Ativo não Circulante Mantido para Venda e Operação Descontinuada Tributos sobre o Lucro Benefícios a Empregados Exploração e Avaliação de Recursos Minerais IASB IAS 18 IFRS 5 IAS 12 IAS 19 IFRS 6 Nº CPC 35 CPC 36 CPC 37 CPC 38 CPC 39 Pronunciamento Técnico Demonstrações Separadas Demonstrações Consolidadas Adoção Inicial Normas Internacionais de Contabilidade Instrumentos Financeiros, Mensuração e Reconhecimento Instrumentos Financeiros, Apresentação IASB IFRS 27 IFRS 10 IFRS 1 IAS 39 IAS 32 Nº CPC 40 CPC 41 CPC 42 CPC 43 CPC 44 Pronunciamento Técnico Instrumentos Financeiros, Evidenciação Resultado por Ação Contabilidade e Evidenciação em Economia Altamente Inflacionária Adoção Inicial dos Pronunciamentos Técnicos CPCs 15 a 41 Demonstrações Combinadas IASB IFRS 7 IAS 33 IAS 29 IFRS 1 - Nº CPC 45 CPC 46 CPC PME Pronunciamento Técnico Divulgação de Participações em Outras Entidades Mensuração ao Valor Justo Contabilidade para Pequenas e Médias Empresas IASB IFRS 12 IAS 33 IFRS para SMES Além dos CPCs foram, também, emitidas as Orientações Técnicas e as Interpretações Técnicas ESCRITURAÇÃO CONTÁBIL ITG 2000 CONTABILIDADE PARA TODAS AS ENTIDADES (REGRAS GERAIS) CONJUNTO DE CPCs CIA ABERTA SOCIEDADE DE GRANDE PORTE TG 1000 Res. CFC nº 1.255/09 PEQUENA E MÉDIA EMPRESA ITG 1000 Res. CFC nº 1.418/12 ME E EPP ITG 2002 Res. CFC nº 1.409/12 ENTIDADES SEM FINS LUCRATIVOS ITG 2003 Res. CFC nº 1.429/13 ENTIDADE DESPORTIVA PROFISSIONAL CPC IFRS PARA PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS No Brasil, em dezembro de 2009, o Comitê aprovou o Pronunciamento Técnico PME. O Pronunciamento foi homologado pela Resolução CFC nº 1.255/09 e entrou em vigor a partir de 1º de janeiro de 2010. PMEs são Sociedades por Ações de Capital Fechado mesmo que obrigadas à publicação de suas demonstrações financeiras e, também, as sociedades limitadas e demais sociedades comerciais, desde que não enquadradas pela Lei 11.638/2007 como SGPs (sociedades de grande porte). Sociedades ou conjunto de sociedades sob controle comum que, no exercício social anterior, apresentem ativo total superior a R$ 240.000,00 ou Receita Bruta anual superior a R$ 300.000,00 VISÃO GERAL DO CONJUNTO DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS De acordo com o IAS 1, o conjunto de demonstrações contábeis geralmente compreende: 1) Balanço Patrimonial 2) Demonstração do Resultado 3) Demonstração do Resultado Abrangente 4) Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido 5) Demonstrações dos Fluxos de Caixa do Período 6) Notas Explicativas 7) Adicionalmente, consta no CPC 26 como fazendo parte do conjunto das Demonstrações Contábeis: a Demonstração do Valor Adicionado Demonstração Contábil BP DRE DRA DLPA DMPL DFC NE DVA ME e EPP ITG 1000 Obrigatório Obrigatório Facultativo Facultativo Facultativo Facultativo Obrigatório Facultativo PME CPC PME Obrigatório Obrigatório Pode ser substituída pela DLPA Obrigatória, se substituir a DRA ou a DMPL Pode ser substituída pela DLPA Obrigatório Obrigatório Facultativo SGP Obrigatório Obrigatório Obrigatório Facultativo Obrigatório Obrigatório Obrigatório Facultativo S/A de Capital Aberto Obrigatório Obrigatório Obrigatório FacultativoObrigatório Obrigatório Obrigatório Obrigatório Perspectiva Doutrinária A Teoria da Contabilidade é fundamentada em pesquisas e estudos validados internacionalmente pela comunidade científica, pois é aderente à filosofia e a metodologia científica, bem como aos Modelos Contábeis de Mercado. Portanto, não é uma visão puramente Legal (normativa) – vai muito além de Normas (Leis). Não obstante, na maioria dos casos, a legislação brasileira é convergente com a doutrina!!! 54 Normas Internacionais e a Teoria da Contabilidade Perspectiva Doutrinária Ainda hoje, há certa confusão entre o que é teoria e o que é norma contábil. Precisamos, contudo, entender que a doutrina contábil apresenta sustentação científica. Hoje, já temos convergência internacional significativa em decorrência das necessidades sociais e dos esforços dos profissionais da área. Não obstante, há alguns atropelos da legislação tributária, p. ex. O importante é que o profissional deve conhecer e aplicar adequadamente todas as vertentes, sem divergir dos princípios e dos aspectos qualitativos da informação contábil útil!!! 55 Arcabouço da Ciência Contábil A Resolução 750/93, alterada pela Resolução 1.282/10. Como em qualquer outra ciência a contabilidade possui seu arcabouço conceitual baseado em: ➢ Postulados; ➢ Princípios; ➢ Convenções. Postulados São as bases sobre as quais se desenvolve todo o raciocínio contábil (o ambiente e as condições em que a contabilidade deve atuar). São comumente chamados de "Pilares da Contabilidade", por serem a base de toda a teoria contábil. Subdividem-se em: ➢ Postulado da Entidade; ➢ Postulado da Continuidade. 57 Postulado da Entidade 58 Reconhece o Patrimônio como objeto da Contabilidade, afirmando a autonomia patrimonial da entidade, pela necessidade de diferenciar o Patrimônio particular no universo dos patrimônios existentes, independentemente de pertencer a uma pessoa, um conjunto de pessoas, uma sociedade ou instituição de qualquer natureza ou finalidade, com ou sem fins lucrativos. Nesta acepção, o Patrimônio não se confunde com aqueles dos seus sócios ou proprietários, no caso de sociedade ou instituição. Postulado da Continuidade Neste postulado admite-se a entidade como algo em continuidade (going concern), cuja principal finalidade é gerir e utilizar ativos, não para serem vendidos, mas para servirem à entidade no esforço de produzir benefícios futuros (ou receita). Em síntese, estes postulados admitem que a Contabilidade é mantida para a entidade, de forma distinta de seus sócios, supondo-se ainda que continuará operando por um longo período de tempo. 59 Princípios Os princípios dão suporte aos postulados e a sua observância constitui a condição de legitimidade das Normas Brasileiras de Contabilidade (NBC). São eles: ➢Oportunidade; ➢ Registro pelo Valor Original; ➢ Competência. 60 Oportunidade 61 Este refere-se ao processo de mensuração e apresentação das informações sobre os componentes patrimoniais de forma íntegra e tempestiva. A falta de integridade e a tempestividade na produção e na divulgação das informações pode ocasionar perda de relevância, por isso é necessário ponderar a relação entre a oportunidade e a confiabilidade. O Princípio do Registro pelo Valor Original determina que os componentes do Patrimônio devem ser inicialmente registrados pelos valores originais das transações, expressos em moeda nacional. As seguintes bases de mensuração devem ser utilizadas em graus distintos e combinadas, ao longo do tempo, de diferentes formas: Custo Histórico e Variações do Custo Histórico. Registro pelo Valor Original Custo Histórico 62 Os ativos são registrados pelos valores pagos ou a serem pagos em caixa ou equivalentes de caixa ou pelo valor justo (fair value) dos recursos que são entregues para adquiri-los na data da aquisição. Os passivos são registrados pelos valores dos recursos que foram recebidos em troca da obrigação ou, em algumas circunstâncias, pelos valores em caixa ou equivalentes de caixa, os quais serão necessários para liquidar o passivo no curso normal das operações (valor atual ou descontado). Variação do Custo Histórico Uma vez integrado ao patrimônio pelo custo histórico, os componentes patrimoniais podem sofrer variações decorrentes de fatores, afetando a mensuração com as seguintes bases: ➢ Custo Corrente; ➢ Valor Realizável; ➢ Valor Presente; ➢ Valor Justo. 63 Custo Corrente 64 Os passivos são reconhecidos pelos valores em caixa ou equivalentes de caixa, não descontados, que seriam necessários para liquidar a obrigação na data ou no período das demonstrações contábeis. Os ativos são reconhecidos pelos valores em caixa ou equivalentes de caixa, os quais teriam de ser pagos se esses ativos ou ativos equivalentes fossem adquiridos na data ou no período das demonstrações contábeis. Valor Realizável 65 Os passivos são mantidos pelos valores em caixa e equivalentes de caixa, não descontados, que se espera seriam pagos para liquidar as correspondentes obrigações no curso normal das operações da entidade. Os ativos são mantidos pelos valores em caixa ou equivalentes de caixa, os quais poderiam ser obtidos pela venda de forma ordenada. Valor Presente 66 Os ativos são mantidos pelo valor presente, descontado do fluxo futuro de entrada líquida de caixa que se espera seja gerado pelo item no curso normal das operações da Entidade. Os passivos são mantidos pelo valor presente, descontado do fluxo futuro de saída líquida de caixa que se espera seja necessário para liquidar o passivo no curso normal das operações da entidade. Valor Justo É o valor pelo qual um ativo pode ser trocado, ou um passivo liquidado, entre partes conhecedoras, dispostas a isso, em uma transação sem favorecimentos. Competência 67 Determina que os efeitos das transações e outros eventos sejam reconhecidos nos períodos a que se referem, independentemente do recebimento ou pagamento. Este princípio decorre da fusão de dois princípios o da realização da receita e da confrontação dos custos e despesas, por isso pressupõe a simultaneidade da confrontação de receitas, custos e de despesas correlatas. Convenções 68 As convenções são mais objetivas, indicando a conduta adequada, que deve ser observada no exercício profissional da contabilidade. São elas: ✓Objetividade; ✓Materialidade; ✓Prudência ou Conservadorismo; ✓Consistência. Deve-se primar pela neutralidade, não se deixando levar por expectativas que venham a influenciar no trabalho do profissional, e verificabilidade, sempre que possível, em documentos que comprovem a ocorrência dos fatos contábeis. Objetividade Materialidade 69 A informação contábil deve ser relevante, justa e adequada, bem como o profissional deve considerar a relação custo x benefício da informação que será gerada, evitando perda de recursos e de tempo da entidade. Prudência ou Conservadorismo Determina a adoção do menor valor para os componentes ativos e maior para os passivos, sempre que se apresentem alternativas igualmente válidas para a quantificação das mutações patrimoniais que alterem o patrimônio líquido. Pressupõe a precaução no exercício de julgamentos nas estimativas, em certas condições de incerteza, de forma que os ativos e receitas não sejam superestimados e que passivos e despesas não sejam subestimados, atribuindo maior confiabilidade a mensuração dos componentes patrimoniais. 70 Consistência Deve-se utilizar critérios consistentes, semelhantes para mesmas classes de elementos e períodos distintos, quando do registro e evidenciação, para facilitar sua interpretação e análise pelos diversos usuários. Quando houver necessidade de adoção de outro critério ou método de avaliação, o profissional deve informar a modificação e apresentar os reflexos que a mudança poderá causar se não for observada pelo usuário. Estrutura Conceitual 71 CPC 00 (R1) – Estrutura Conceitual para Elaboração e Divulgação de Relatório Contábil-Financeiro O CPC 00 (R1) aborda a EstruturaConceitual para Elaboração e Divulgação de Relatório Contábil-Financeiro. Neste pronunciamento são destacadas as características qualitativas da informação contábil- financeira útil, bem como os conceitos relacionados ao capital, manutenção de capital e objetivos do Relatório Contábil-Financeiro de propósito geral. Informação Contábil-Financeira Útil 72 A Estrutura Conceitual trata a informação contábil-financeira útil, considerando as características fundamentais e as características de melhoria. As fundamentais determinam que a informação contábil precisa ser relevante e representar a informação com fidedignidade. As de melhoria reafirmam a necessidade da informação ser comparável, verificável, tempestiva e compreensível. TIME LINE DO IRFS Estrutura das Normas IFRSs e CPCs Países que aderiram (posição atual) Países que aderiram ao IFRS PARA REFLETIR O que acontecia no mercado ? Volume de Fusões e Aquisições de Empresas na Europa (berço do IFRS) OS ENTRAVES DA LEI 6.404/76 PRÁTICAS CONTÁBEIS O que é aplicável no Brasil COMPARATIVO DA ESTRUTURA CONCEITUAL REVISÃO CPC 00 – R2 0 ESTRUTURA CONCEITUAL Elaboradas para atender propósitos gerais OBJETIVOS DO CPC 00 ESTRUTURA CONCEITUAL Objetivo Primário e Usuários Primários 1.1 Objetivo, Utilidade e Limitações do Relatório para Fins Gerais 1.2 - O objetivo do relatório financeiro para fins gerais é fornecer informações financeiras sobre a entidade que reporta que sejam úteis para investidores, credores por empréstimos e outros credores, existentes e potenciais, na tomada de decisões referente à oferta de recursos à entidade. Essas decisões envolvem decisões sobre: (a) comprar, vender ou manter instrumento de patrimônio e de dívida; (b) conceder ou liquidar empréstimos ou outras formas de crédito; ou (c) exercer direitos de votar ou de outro modo influenciar os atos da administração que afetam o uso dos recursos econômicos da entidade Estrutura Conceitual Objetivo da Estrutura Conceitual 1.3 - As decisões descritas no item 1.2 dependem dos retornos que os existentes e potenciais investidores, credores por empréstimos e outros credores esperam, por exemplo, dividendos, pagamentos de principal e juros ou aumentos no preço de mercado. As expectativas dos investidores, credores por empréstimos e outros credores quanto aos retornos dependem de sua avaliação do valor, da época e da incerteza (perspectivas) de futuros fluxos de entrada de caixa líquidos para a entidade e de sua avaliação da gestão de recursos da administração sobre os recursos econômicos da entidade. Investidores, credores por empréstimos e outros credores, existentes e potenciais, precisam de informações para ajudá-los a fazer essas avaliações. Objetivo, Utilidade e Limitações do Relatório para Fins Gerais Objetivo, Utilidade e Limitações do Relatório para Fins Gerais 1.5 - Muitos investidores, credores por empréstimos e outros credores, existentes e potenciais, não podem exigir que as entidades que reportam forneçam informações diretamente a eles, devendo se basear em relatórios financeiros para fins gerais para muitas das informações financeiras de que necessitam. Consequentemente, eles são os principais usuários aos quais se destinam relatórios financeiros para fins gerais. 1.6 - Contudo, relatórios financeiros para fins gerais não fornecem nem podem fornecer todas as informações de que necessitam investidores, credores por empréstimos e outros credores, existentes e potenciais. Esses usuários precisam considerar informações pertinentes de outras fontes, como, por exemplo, condições e expectativas econômicas gerais, eventos políticos e ambiente político e perspectivas do setor e da empresa. Objetivo, Utilidade e Limitações do Relatório para Fins Gerais 1.7 - Relatórios financeiros para fins gerais não se destinam a apresentar o valor da entidade que reporta, mas fornecem informações para auxiliar investidores, credores por empréstimos e outros credores, existentes e potenciais, a estimar o valor da entidade que reporta. 1.8 - Usuários primários individuais têm necessidades e desejos de informação diferentes e possivelmente conflitantes. Ao desenvolver os Pronunciamentos, busca-se fornecer um conjunto de informações que atenda às necessidades do maior número de principais usuários. Contudo, concentrar-se em necessidades de informação ordinárias não impede que a entidade que reporta inclua informações adicionais que sejam mais úteis para um subconjunto específico de principais usuários. Objetivo, Utilidade e Limitações do Relatório para Fins Gerais 1.9 - A administração da entidade que reporta também está interessada em informações financeiras sobre a entidade. Contudo, a administração não precisa se basear em relatórios financeiros para fins gerais, pois ela pode obter internamente as informações financeiras de que precisa. 1.10 - Outras partes, como reguladores e o público em geral, que não investidores, credores por empréstimos e outros credores, podem também considerar relatórios financeiros para fins gerais úteis. Contudo, esses relatórios não são direcionados essencialmente a esses outros grupos 1.11 - Em grande medida, relatórios financeiros baseiam-se em estimativas, julgamentos e modelos e, não, em representações exatas. Esta Estrutura Conceitual estabelece os conceitos subjacentes a essas estimativas, julgamentos e modelos. Os conceitos são a meta que os responsáveis pela elaboração (preparadores) de relatórios financeiros se esforçam por atingir. Como na maioria das metas, a visão desta Estrutura Conceitual de relatório financeiro ideal é improvável de ser atingida integralmente, ao menos não em curto prazo, pois leva tempo para compreender, aceitar e implementar novas formas de analisar transações e outros eventos. Contudo, estabelecer uma meta a ser atingida é essencial para que o relatório financeiro evolua de modo a melhorar a sua utilidade. Objetivo, Utilidade e Limitações do Relatório para Fins Gerais 1.12 - Relatórios financeiros, para fins gerais, fornecem informações sobre a posição financeira da entidade que reporta, as quais consistem em informações sobre os recursos econômicos da entidade e as reivindicações contra a entidade que reporta. Os relatórios financeiros fornecem ainda informações sobre os efeitos de transações e outros eventos que alteram os recursos econômicos e reivindicações da entidade que reporta. Ambos os tipos de informações fornecem dados úteis para decisões referentes à oferta de recursos à entidade. Informações sobre recursos econômicos da entidade que reporta, reivindicações contra a entidade e alterações em recursos e reivindicações CARACTERÍSTICAS QUALITATIVAS DAS DEMONSTRAÇÕES CONTABEIS 2.4 - Se informações financeiras devem ser úteis, elas devem ser relevantes e representar fidedignamente aquilo que pretendem representar. A utilidade das informações financeiras é aumentada se forem comparáveis, verificáveis, tempestivas e compreensíveis. CARACTERÍSTICAS QUALITATIVAS DAS DEMONSTRAÇÕES CONTABEIS CARACTERÍSTICAS QUALITATIVAS FUNDAMENTAIS As características qualitativas fundamentais são relevância e representação fidedigna Relevância Relevância 2.10 - Os valores preditivo e confirmatório das informações financeiras estão inter-relacionados. Informações que possuem valor preditivo frequentemente possuem também valor confirmatório. Por exemplo, informações sobre receitas para o ano corrente, que podem ser utilizadas como base para prever receitas em anos futuros, também podem ser comparadas a previsões de receitas para o ano corrente que tenham sido feitas em anos anteriores. Os resultados dessas comparações podem ajudar o usuário a corrigir e a melhorar os processos que foram utilizados para fazer essas previsões anteriores. Representação Fidedigna 2.12 - Relatórios financeiros representam fenômenos econômicos em palavras e números. Para serem úteis, informações financeiras não devem apenas representar fenômenos relevantes, mastambém representar de forma fidedigna a essência dos fenômenos que pretendem representar. Em muitas circunstâncias, a essência de fenômeno econômico e sua forma legal são as mesmas. Se não forem as mesmas, fornecer informações apenas sobre a forma legal não representaria fidedignamente o fenômeno econômico (ver itens de 4.59 a 4.62). Completa, neutra e livre de erros Informação O que é Completa Contém o necessário para compreender o fenômeno retratado Neutra Não possui viés na apresentação e seleção. Não é distorcida Livre de erros isso não significa que as mensurações devem ser perfeitamente precisas em todos os aspectos 2.16 - A neutralidade é apoiada pelo exercício da prudência. Prudência é o exercício de cautela ao fazer julgamentos sob condições de incerteza. O exercício de prudência significa que ativos e receitas não estão superavaliados e passivos e despesas não estão subavaliados.6 Da mesma forma, o exercício de prudência não permite a subavaliação de ativos ou receitas ou a superavaliação de passivos ou despesas. Essas divulgações distorcidas podem levar à superavaliação ou subavaliação de receitas ou despesas em períodos futuros. Prudência Características qualitativas de melhoria 2.23 - Comparabilidade, capacidade de verificação, tempestividade e compreensibilidade são características qualitativas que melhoram a utilidade de informações que sejam tanto relevantes como forneçam representação fidedigna do que pretendem representar. As características qualitativas de melhoria podem também ajudar a determinar qual de duas formas deve ser utilizada para representar o fenômeno caso se considere que ambas fornecem informações igualmente relevantes e representação igualmente fidedigna desse fenômeno. Comparabilidade 2.24 As decisões dos usuários envolvem escolher entre alternativas, como, por exemplo, vender ou manter o investimento, ou investir em uma ou outra entidade que reporta. Consequentemente, informações sobre a entidade que reporta são mais úteis se puderem ser comparadas a informações similares sobre outras entidades e a informações similares sobre a mesma entidade referentes a outro período ou a outra data. Comparabilidade Comparabilidade 2.25 Comparabilidade é a característica qualitativa que permite aos usuários identificar e compreender similaridades e diferenças entre itens. Diferentemente das outras características qualitativas, a comparabilidade não se refere a um único item. A comparação exige, no mínimo, dois itens. 2.26 Consistência, embora relacionada à comparabilidade, não é a mesma coisa. Consistência refere-se ao uso dos mesmos métodos para os mesmos itens, seja de período a período na entidade que reporta ou em um único período para diferentes entidades. Comparabilidade é a meta; a consistência ajuda a atingir essa meta. Consistência 2.27 Comparabilidade não é uniformidade. Para que informações sejam comparáveis, coisas similares devem parecer similares e coisas diferentes devem parecer diferentes. A comparabilidade de informações financeiras não é aumentada fazendo-se que coisas diferentes pareçam similares, tanto quanto se fazendo que coisas similares pareçam diferentes Esquematizando Comparabilidade Comparação de informações com entidades similares e outros períodos da mesma entidade Consistência: uso dos mesmos métodos para os mesmos itens Comparabilidade não significa uniformidade Tempestividade 2.33 - Tempestividade significa disponibilizar informações aos tomadores de decisões a tempo para que sejam capazes de influenciar suas decisões. De modo geral, quanto mais antiga a informação, menos útil ela é. Contudo, algumas informações podem continuar a ser tempestivas por muito tempo após o final do período de relatório porque, por exemplo, alguns usuários podem precisar identificar e avaliar tendências. 2.34 Classificar, caracterizar e apresentar informações de modo claro e conciso as torna compreensíveis. 2.35 Alguns fenômenos são inerentemente complexos e pode não ser possível tornar a sua compreensão fácil. Excluir informações sobre esses fenômenos dos relatórios financeiros pode tornar mais fácil a compreensão das informações contidas nesses relatórios financeiros. Contudo, esses relatórios seriam incompletos e, portanto, possivelmente distorcidos. 2.36 Relatórios financeiros são elaborados para usuários que têm conhecimento razoável das atividades comerciais e econômicas e que revisam e analisam as informações de modo diligente. Algumas vezes, mesmo usuários bem informados e diligentes podem precisar buscar o auxílio de consultor para compreender informações sobre fenômenos econômicos complexos. Compreensibilidade Resumindo Estrutura Conceitual para a Elaboração e Apresentação das Demonstrações Contábeis Estrutura Conceitual para a elaboração e apresentação das demonstrações contábeis Estrutura Conceitual para a Elaboração e Apresentação das Demonstrações Contábeis
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