Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
MANIFESTAÇÕES DO SISTEMA DIGESTÓRIO DISFAGIA: O que é a disfagia? A disfagia é a dificuldade para engolir alimentos, líquidos ou saliva em qualquer etapa do trajeto da boca ao estômago. O que causa a disfagia? Causas comuns incluem problemas com o sistema nervoso, músculos ou problemas mecânicos envolvendo a cabeça e pescoço e também pode decorrer do envelhecimento natural. Sinais e sintomas de disfagia ● Dificuldade de mastigar ou manter o alimento dentro da boca; ● Tempo prolongado para engolir; ● Necessidade de engolir várias vezes para o alimento, líquido ou saliva descer; ● Dor ao engolir/ Sensação de alimento parado na garganta; ● Escape de alimento pelo nariz durante a alimentação; ● Mudança na voz após engolir; ● Mudança da cor da pele durante ou após a alimentação (palidez/cianose); ● Tosse e engasgos frequentes durante as refeições ou ao deglutir saliva ● Falta de ar; ● Perda de peso; ● Pneumonias de repetição; ● Falta de interesse em se alimentar. Tipos de Disfagia O processo de deglutição é complexo e, por isso, as causas são variadas. Identificá-las é fundamental para o tratamento. Os tipos são: Disfagia esofágica Refere-se a uma sensação de alimento ou líquido “preso” na base da garganta ou no peito depois que o paciente começa a engolir. As causas incluem acalasia, espasmo esofágico difuso, tumores, esclerodermia, inflamação do esôfago devido à radioterapia, entre outras. Disfagia orofaríngea Refere-se a um sufocamento ou tosse ao tentar engolir, ou sensação de alimento ou líquido descendo pela traqueia ou subindo pelo nariz. A disfagia orofaríngea pode levar à pneumonia. As causas incluem doenças VICTÓRIA ALKMIM ALVES 1 neurológicas (Parkinson, Esclerose Múltipla, etc), divertículo de Zenker e câncer. Tratamento A principal função do tratamento da disfagia é evitar o engasgamento e a desnutrição dos pacientes. O tratamento pode ser feito de duas formas, clínico ou cirúrgico. Se for feito clinicamente, exige o acompanhamento fonoaudiológico juntamente com o uso de medicamentos. O tratamento com o fonoaudiólogo é feito para que a qualidade de vida do paciente, previna possíveis complicações e para que ele consiga engolir melhor os alimentos e as bebidas consumidas. Disfagia orofaríngea Exercícios com ajuda da fonoaudiologia podem ser realizados para auxiliar na coordenação dos músculos da deglutição ou a reestimular os nervos que acionam o reflexo da deglutição. Disfagia esofágica Pode ser necessário o uso de um tubo específico para esticar o esôfago, fazendo com que ocorra a dilatação. Isso pode ser feito através da endoscopia com um balão especial anexado para expandir a largura do esôfago. Nesses casos ainda pode ser recomendado a cirurgia para que haja a limpeza (desobstrução) do caminho esofágico. Além disso, o uso de medicamentos pode ser indicado para diminuir a acidez que há no estômago. Os medicamentos geralmente precisam ser tomados por um longo período. Dicas para alimentação na Disfagia ● Alimente-se em posição confortável, de preferência sentado; ● Alimente-se em ritmo e velocidade confortáveis e seguros; ● Evite distrações enquanto se alimenta; ● Se presenciar alguém engasgando, nunca ofereça água ou coloque o dedo na garganta da pessoa; ● Se identificar consistências alimentares que causam dificuldades, procure um médico. Complicações É preciso ficar atento aos sinais de engasgo, aspiração do alimento para o pulmão que podem causar pneumonia aspirativa, além do risco de desnutrição e desidratação. Os pacientes podem perder o prazer em se alimentar por conta dos diversos problemas que podem ser acarretados se houver disfagia. O que acontece quando uma pessoa se engasga? O trajeto correto é que o alimento passa da faringe para o esôfago, que são duas estruturas que estão localizadas na garganta. Quando há desvio no trajeto e o alimento ou saliva vai à laringe ou até a traquéia, o organismo reage tossindo como resposta de proteção, causando o engasgo. A tosse e o engasgo são estratégias de defesa do organismo contra a entrada de corpo estranho na via respiratória. Como ajudar alguém que está engasgado? VICTÓRIA ALKMIM ALVES 2 Nunca ofereça água. Deixar tossir é a melhor forma de expulsar o alimento que entrou no canal da respiração. Refluxo gastroesofágico (DRGE) O que é? A doença do refluxo gastroesofágico (DRGE), popularmente conhecida como azia, caracteriza-se pelo retorno do conteúdo gástrico para o esôfago , cuja mucosa não está preparada para receber substâncias ácidas e irritantes, e que também pode alcançar a boca, provocando alterações dentárias, ou atingir a laringe e os pulmões. OB.: Crianças pequenas podem apresentar episódios de refluxo em virtude da fragilidade dos tecidos existentes na transição entre o estômago e o esôfago. Na maioria dos casos, o problema desaparece espontaneamente. Causas: ● Alterações no esfíncter que separa o esôfago do estômago e que deveria funcionar como uma válvula para impedir o retorno dos alimentos; ● Hérnia de hiato provocada pelo deslocamento da transição entre o esôfago e o estômago, que se projeta para dentro da cavidade torácica; ● Fragilidade das estruturas musculares existentes na região. Sintomas: ● Azia ou queimação que se origina na boca do estômago, mas pode atingir a garganta; ● Dor torácica intensa, que pode ser confundida com a dor da angina e do infarto do miocárdio; ● Tosse seca; ● Doenças pulmonares de repetição como pneumonias, bronquites e asma. Fatores de risco: ● Obesidade: os episódios de refluxo tendem a diminuir quando a pessoa emagrece; ● Refeições volumosas antes de deitar; ● Aumento da pressão intra-abdominal; ● Ingestão de alimentos como café, chá preto, chá mate, chocolate, molho de tomate, comidas ácidas, bebidas alcoólicas e gasosas. Diagnóstico: O diagnóstico leva em conta os sintomas clínicos. A endoscopia digestiva alta e a pHmetria são exames importantes para estabelecer o diagnóstico definitivo. Tratamento: O tratamento da DRGE pode ser clínico ou cirúrgico. O clínico inclui a administração de medicamentos que diminuem a produção de ácido pelo estômago e melhoram a motilidade do esôfago para favorecer o esvaziamento gástrico. Paralelamente, o paciente recebe orientação para perder peso, evitar alimentos e bebidas que agravam o quadro (como gordura e cafeína), fracionar a dieta e praticar exercícios físicos. O paciente também deve aguardar 3 horas após as refeições antes de se deitar, não consumir álcool e nem fumar antes de ir para a cama. VICTÓRIA ALKMIM ALVES 3 http://drauziovarella.uol.com.br/corpo-humano/esofago/ http://drauziovarella.uol.com.br/corpo-humano/laringe/ http://drauziovarella.uol.com.br/corpo-humano/pulmao/ https://drauziovarella.uol.com.br/doencas-e-sintomas/hernia-de-hiato/ https://drauziovarella.uol.com.br/doencas-e-sintomas/pneumonia/ https://drauziovarella.uol.com.br/doencas-e-sintomas/bronquite/ https://drauziovarella.uol.com.br/doencas-e-sintomas/asma/ Ao deitar, elevar a cabeça cerca de 15 cm ao deitar. A cirurgia de fundoplicação pode ser realizada por laparoscopia e está indicada nos casos de hérnia de hiato, para os pacientes que não respondem bem ao tratamento clínico ou quando é necessário confeccionar uma válvula anti-refluxo. Ela é sempre um procedimento adequado quando a repetição do refluxo gastroesofágico provoca esofagite grave, uma vez que a acidez do suco gástrico pode alterar as células do revestimento esofágico e dar origem a tumores malignos. Recomendações: ● Não se automedique se tiver episódios repetidos de azia ou queimação. Procure assistência médica para diagnóstico e tratamento adequados;● Evite alimentos e bebidas, especialmente as alcoólicas, que favorecem o retorno do conteúdo gástrico; ● Fique longe do cigarro; ● Procure perder peso; ● Não use cintos ou roupas apertadas na região do abdômen; ● Não se deite logo após as refeições; ● Distribua os alimentos em pequenas quantidades por várias refeições (café da manhã, almoço, lanche da tarde e jantar); ● Faça refeições mais leves. Sente-se e coma sem pressa, mastigando bem os alimentos; ● Aumente a salivação com gomas de mascar ou balas duras. A saliva pode aliviar a dor; ● Não ponha o bebê na cama assim que acabar de mamar. Mantenha-o em pé no colo até que elimine o ar que deglutiu durante a amamentação. Icterícia O que é? Icterícia é definida como a presença de uma cor amarelada na pele, nas membranas mucosas ou nos olhos. A icterícia não é uma doença em si, mas sim a manifestação visível de alguma doença subjacente. Causas: A cor amarelada típica da icterícia é provocada pela deposição do pigmento biliar (bilirrubina) nos tecidos e sua identificação tem um importante significado clínico uma vez que reflete uma anormalidade na produção, metabolismo ou eliminação deste pigmento. A bilirrubina é formada principalmente a partir da morte de glóbulos vermelhos presentes no sangue. Este processo de destruição ocorre nas células do baço, fígado e medula óssea. Em condição habitual, praticamente toda bilirrubina produzida é levada para ao fígado pela corrente sanguínea e sua eliminação se dá para o intestino através das vias biliares, após o seu armazenamento na vesícula biliar. No entanto, quando ocorre alguma anormalidade em qualquer etapa deste processo, pode ocorrer o acúmulo dessa substância no corpo, provocando icterícia. Doenças que podem levar à icterícia: ● Malária ● Leptospirose ● Anemia falciforme ● Talassemia VICTÓRIA ALKMIM ALVES 4 https://www.minhavida.com.br/saude/temas/ictericia https://www.minhavida.com.br/saude/temas/malaria https://www.minhavida.com.br/saude/temas/leptospirose https://www.minhavida.com.br/saude/temas/anemia-falciforme https://www.minhavida.com.br/temas/talassemia ● Esferocitose hereditária ● Hemoglobinúria paroxística noturna ● Síndrome de Gilbert ● Síndrome de Crigler-Najjar ● Hepatites virais ● Hepatite alcoólica ● Cirrose hepática ● Esteatose hepática aguda da gravidez ● Cirrose biliar ● Hepatite tóxico-medicamentosa ● Sepse ● Obstrução das vias biliares em decorrência da presença de cálculos ● Câncer. Fatores de risco: A icterícia pode acontecer se muitos glóbulos vermelhos estiverem morrendo, ou seja, por aumento de produção da bilirrubina, mas também se houver a presença de alguma doença hepática - neste caso a anormalidade está na metabolização. Além disso, também pode haver icterícia se a bilirrubina não for capaz de passar adequadamente pelo trato digestivo, caracterizando algum problema obstrutivo. Na maior parte das vezes a icterícia é sinal de algum problema no fígado, vesícula biliar ou no pâncreas. Vale ressaltar que, conforme já mencionado acima, infecções, o uso de drogas, câncer, doenças do sangue e defeitos congênitos também podem provocar icterícia. Recém-nascidos podem apresentar a icterícia como algo fisiológico (normal) desde que isso aconteça após 24 horas de vida, ou seja, entre segundo e terceiro dias de vida e vá melhorando entre o quinto e sétimo dias de vida. Caso essas características não sejam seguidas, doenças devem ser pesquisadas a fim de se identificar a causa. Sintomas: A icterícia é uma condição que pode aparecer repentinamente ou desenvolver-se lentamente com o tempo. Os principais sinais e sintomas da icterícia costumam incluir: ● Pele amarelada ● Esclera (a parte branca do olho) amarela. Se a icterícia for ainda mais grave, essa parte pode apresentar também uma coloração marrom ● Cor amarela na parte de dentro da boca ● Urina de cor anormal – em geral em tons mais escuros ● Fezes esbranquiçadas ou cor de barro. Exames que podem ser pedidos para a detecção: ● Painel do vírus da hepatite para procurar infecção no fígado ● Testes de função hepática para determinar se o fígado está funcionando bem ● Hemograma completo para verificar baixa contagem de glóbulos sanguíneos ou anemia ● Ultrassom abdominal ● Tomografia computadorizada abdominal ● Colangiopancreatografi a retrógrada endoscópica (ERCP) ● Biópsia do fígado. Tratamento: O tratamento da icterícia depende única e exclusivamente da causa VICTÓRIA ALKMIM ALVES 5 https://www.minhavida.com.br/temas/hepatites https://www.minhavida.com.br/saude/temas/cirrose https://www.minhavida.com.br/saude/temas/sepse https://www.minhavida.com.br/temas/c%C3%A2ncer https://www.minhavida.com.br/temas/doen%C3%A7a-hep%C3%A1tica https://www.minhavida.com.br/temas/doen%C3%A7a-hep%C3%A1tica subjacente. Tendo sido estabelecido o diagnóstico, todo arsenal terapêutico será dirigido para a resolução da doença que levou à icterícia. E este tratamento pode ser feito com o paciente hospitalizado ou em casa com acompanhamento regular em consultas médicas. Sangramento gastrointestinal O que é? O sangramento gastrointestinal é definido como a perda de sangue a partir de qualquer porção do trato gastrointestinal. Tipos: Costuma-se dividir os sangramentos gastrointestinais em alto e baixo: ● Sangramento gastrointestinal alto é todo sangramento próximo ao início do intestino delgado, incluindo esôfago, estômago e duodeno ● Sangramento gastrointestinal baixo é aquele que ocorre no jejuno, íleo, intestino grosso, reto e ânus. Causas: As causas mais comuns de sangramento gastrointestinal são: ● Esofagite ● Varizes esofagianas ● Laceração de esôfago por náuseas ● Gastrite ● Úlceras ● Neoplasias (câncer) ● Pólipos ● Malformações arteriovenosas ● Divertículos de cólon ● Pólipos ● Gastroenterites ● Fissuras ● Hemorroida . Sintomas: O sangramento gastrointestinal pode se apresentar de diversas formas como: ● Vômitos ou evacuações com sangue ou com aspecto em borra de café ● Sangue pingando do ânus após evacuar ● Mesmo o sangue apenas tingindo o papel higiênico ao limpar-se. Além disso, a perda de sangue no sangramento gastrointestinal pode ser crônica, em pequenas quantidades, de modo que só observaríamos os sintomas de anemia como fadiga, tonteira e palidez cutâneo-mucosa. Diagnóstico: Todo sangramento gastrointestinal deve ser avaliado por um médico. Este irá avaliar a idade do paciente, a forma como o sangramento se apresentou, a presença de outras comorbidades, o uso de medicamentos e o estado geral do paciente (se há anemia grave, queda na pressão arterial, entre outros) para determinar se terá necessidade de internação para suporte hemodinâmico, se há urgência na investigação diagnóstica, quais os exames pertinentes e qual será o tratamento adequado. Exames que podem ser solicitados: ● Exames laboratoriais que avaliam se há anemia ou algum distúrbio de coagulação ● Endoscopia digestiva alta para avaliar VICTÓRIA ALKMIM ALVES 6 https://www.minhavida.com.br/temas/esofagite https://www.minhavida.com.br/saude/temas/gastrite https://www.minhavida.com.br/temas/%C3%BAlceras https://www.minhavida.com.br/saude/temas/hemorroida https://www.minhavida.com.br/saude/tudo-sobre/16383-endoscopia-digestiva-alta https://www.minhavida.com.br/saude/tudo-sobre/16383-endoscopia-digestiva-alta esôfago, estômago e duodeno ● Colonoscopia para investigar intestino grosso e reto ● Cápsula endoscópica e enteroscopia para avaliar todo trato digestivo ● Anuscopia para avaliar reto e ânus. Tratamento: Entre os tratamentos medicamentosos para o sangramento gastrointestinal podemos citar os remédios para inibir a produção de ácido pelo estômago, como os antagonistas dos receptores anti-histamínicos H2 (por exemplo,ranitidina) e os inibidores de bomba de próton (como omeprazol e pantoprazol). Existem antiácidos que tamponam os ácidos do estômago e medicamentos que formam camada protetora que recobre as lesões de esôfago e estômago. No caso de sangramento por varizes de esôfago ou gástricas pode-se lançar mão de vasoconstritores esplâncnicos como terlipressina, somatostatina e octreotide. Existem os tratamentos endoscópicos para sangramento gastrointestinal, em que se localiza a lesão e procede-se a injeção de substâncias que facilitam a coagulação dentro do vaso sanguíneo responsável pela hemorragia, a cauterização do vaso com corrente elétrica, o estrangulamento do vaso com endoloop (fio de nylon) ou clip metálico. Em casos selecionados pode-se posicionar um cateter dentro do vaso sanguíneo, a partir de uma punção venosa profunda, e induzir a coagulação do vaso que está sangrando ou até mesmo retirar cirurgicamente a parte do órgão onde está acontecendo a hemorragia. Náusea e vômitos O que é? Náuseas e vômitos são sintomas muito comuns que podem ser causados por uma grande variedade de condições. O vômito é um reflexo incontrolável que expele o conteúdo do estômago através da boca. Náusea é o termo usado para descrever a sensação de que você vai vomitar, mas não são os vômitos em si, nem significam que você irá vomitar com certeza. Normalmente o vômito é inofensivo, mas pode ser um sinal de uma doença mais grave. Alguns exemplos de doenças graves que podem resultar em náusea ou vômito incluem infarto agudo do miocárdio, contusões, meningite , obstrução intestinal, apendicite e tumores cerebrais. Vômitos na gravidez Durante a gravidez, podem ocorrer vômitos em decorrência das alterações hormonais. Por outro lado, vômitos recorrentes podem estar associados a uma condição chamada hiperêmese gravídica, em que a mãe pode desenvolver desequilíbrios de fluidos e minerais, que colocam em perigo a sua vida ou a do feto. Certos cheiros trazem a sensação de náusea e esta reação pode estar exacerbada durante o primeiro trimestre da gravidez. Vômitos em crianças As causas mais comuns de vômitos em crianças são as infecções virais e intoxicação alimentar. No entanto, o vômito também pode ser causado por cinetose , tosse e comer demais. Em crianças muito jovens, bloqueios no intestino também podem causar vômitos persistentes. Os intestinos podem ser bloqueados por uma hérnia, cálculos biliares ou tumores. Isso é raro, mas deve ser investigado. VICTÓRIA ALKMIM ALVES 7 https://www.minhavida.com.br/saude/tudo-sobre/16542-colonoscopia https://www.minhavida.com.br/saude/temas/nausea-e-vomitos https://www.minhavida.com.br/saude/temas/meningite https://www.minhavida.com.br/saude/temas/apendicite https://www.minhavida.com.br/familia/tudo-sobre/36926-ansiedade-na-gravidez https://www.minhavida.com.br/saude/temas/intoxicacao-alimentar https://www.minhavida.com.br/temas/cinetose https://www.minhavida.com.br/saude/temas/tosse Vômitos em adultos A maioria dos adultos raramente vomita. Quando isso ocorre, o vômito é geralmente causado por abuso de álcool ou outras substâncias, uma infecção bacteriana ou viral, ou um tipo de intoxicação alimentar. Em alguns casos, vômitos também podem ser ocasionados por outras doenças, como doenças cardiovasculares, neoplasias e infecções. Causas: ● Quimioterapia ● Gastroparesia (mau funcionamento dos músculos do estômago) ● Anestesia geral ● Enxaqueca ● Cinetose ● Abuso ou overdose de álcool, substâncias ilícitas ou substâncias tóxicas ● Rotavírus ● Vertigem ● Gastroenterite viral ● Intoxicação alimentar Tratamento: O tratamento para vômitos e náusea (independentemente da idade ou causa) inclui: ● Beber maiores quantidades de água gradualmente ● Evitar alimentos sólidos até que o episódio de vômitos passe ● Temporariamente tome cuidado com todas as medicações orais que podem irritar o estômago e piorar os vômitos. No entanto, não interrompa qualquer medicação antes de verificar com seu médico ● Se os vômitos e diarreia durarem mais de 24 horas, uma solução de reidratação oral, tal como bebidas isotônicas, deve ser utilizada para prevenir e tratar a desidratação. Complicações possíveis Vômitos persistentes podem causar desidratação, desnutrição e afetar o esmalte dos dentes. Os adultos têm um menor risco de desidratação, quando comparados aos extremos de idade. As crianças têm um maior risco de desidratação, especialmente se elas também estiverem com diarreia. Adultos que cuidam de crianças doentes precisam estar cientes destes sinais visíveis de desidratação: ● Lábios e boca secos ● Olhos encovados ● Respiração rápida ● Pulso rápido Constipação intestinal O que é? Constipação intestinal é definida como uma alteração no funcionamento do intestino com duração mínima de 3 meses onde o paciente poderá ter uma frequência evacuatória menor que 3 evacuações por semana com alteração no ato de evacuar e na qualidade das fezes, ou seja fezes ressecadas com muita dificuldade para expelir as vezes sendo necessário realizar digitação. O que é constipação funcional? É aquela que decorre da ingesta inadequada de água e fibra e da falta de atividade física, sabendo-se que um adulto necessita ingerir em média 25g/dia de fibra e 2 litros d’água/dia, toda vez que tivermos alteração na ingestão destes teremos alteração do nosso ritmo intestinal e poderemos desenvolver constipação intestinal. VICTÓRIA ALKMIM ALVES 8 https://www.minhavida.com.br/saude/tudo-sobre/36637-quimioterapia https://www.minhavida.com.br/temas/anestesia https://www.minhavida.com.br/temas/rotav%C3%ADrus Causas: As causas mais comuns da prisão de ventre costumam ser a dieta pobre em fibras, a pequena ingestão de líquidos, o sedentarismo, assim como o consumo excessivo de proteína animal e de alimentos industrializados. Não atender à urgência para evacuar, quando ela se manifesta, também pode comprometer o funcionamento regular dos intestinos. A prisão de ventre pode, ainda, estar associada a doenças do cólon e do reto, como diverticulose , hemorróidas, fissuras anais e câncer colorretal. Pode, igualmente, ser provocada pelo uso de certos medicamentos e por alterações neurológicas e do metabolismo. Estresse, depressão e ansiedade são outras ocorrências capazes de interferir nos hábitos intestinais. Sintomas: Os sintomas da prisão de ventre podem variar de uma pessoa para outra ou na mesma pessoa nas diferentes crises. Os mais característicos são: ● Número reduzido de evacuações; ● Dificuldade para eliminar as fezes que se apresentam ressecadas, muito duras e pouco volumosas; ● Sensação de esvaziamento incompleto dos intestinos. No entanto, esses não são os únicos sintomas. Desconforto, distensão e inchaço abdominal, mal-estar, gases e distúrbios digestivos são manifestações que também podem estar correlacionadas com a prisão de ventre. Diagnóstico: O levantamento da história do paciente, seguido de um exame clínico minucioso, é o passo fundamental para o diagnóstico da constipação. Exames de laboratório, como hemograma e sangue oculto nas fezes, e de imagem – enema opaco, colonoscopia e tempo de trânsito das fezes – são importantes para determinar as causas do distúrbio, estabelecer o diagnóstico diferencial e conduzir o tratamento. Tratamento: Posto que a prisão de ventre é apenas um sintoma e não uma doença em si, o objetivo do tratamento é corrigir as causas do distúrbio. A maioria dos pacientes se beneficia com mudanças na dieta e no estilo de vida. Basicamente, a primeira delas consiste na maior ingestão de fibras (legumes, verduras, frutas, cereais integrais, etc.), de alimentos com propriedades laxativas, como o mamão e a ameixa, de farelos em pó misturados aos alimentos ou diluídos em água ou em sucos e de suplementos comfibra na forma de biscoitos ou comprimidos. A segunda, é beber bastante líquido (aproximadamente dois litros por dia, se não houver contraindicação médica, pois pessoas com insuficiência cardíaca ou renal, por exemplo, podem não tolerar esse volume de líquido).Praticar atividade física é outra medida essencial para o bom funcionamento dos intestinos. Em alguns casos, porém, pode ser necessário prescrever o uso de supositórios e de enemas (lavagens intestinais) para facilitar a eliminação das fezes. Em virtude de possíveis efeitos adversos, o uso de laxantes deve ser criteriosamente orientado por um médico. Finalmente, só em situações muito especiais e raras, é preciso recorrer à cirurgia para retirada do fecaloma endurecido. Recomendações: ● Vá ao banheiro sempre que tiver vontade; ● Beba muito líquido, mas álcool com moderação, porque ele ajuda a desidratar as fezes; VICTÓRIA ALKMIM ALVES 9 https://drauziovarella.uol.com.br/doencas-e-sintomas/diverticulite-e-diverticulose/ https://drauziovarella.uol.com.br/doencas-e-sintomas/hemorroidas/ https://drauziovarella.uol.com.br/doencas-e-sintomas/cancer-colorretal/ https://drauziovarella.uol.com.br/doencas-e-sintomas/depressao/ ● Saiba que a ingestão de farelo em pó pode aumentar a produção de gases; ● Coma frutas, se possível com casca, nos intervalos entre as refeições; ● Tente administrar as situações de estresse e as crises de ansiedade. Se precisar de ajuda, não se acanhe. As emoções podem ter influência sobre o funcionamento dos intestinos. Lembre-se de que esse órgão já foi chamado de segundo cérebro; ● Procure assistência médica se notar mudanças significativas nos hábitos intestinais. Não deixe também de ir ao médico, se as fezes estiverem muito ressecadas ou muito finas, se houver sinais de sangramento, ou se você estiver emagrecendo sem nenhuma explicação aparente. Diarreia O que é? As principais características da diarreia são o aumento do número de evacuações e a perda de consistência das fezes, que se tornam aguadas. Uma das complicações mais perigosas é a desidratação . Adultos são mais resistentes, mas bebês, crianças e idosos desidratam-se com facilidade, até em menos de 1 dia. Causas: Embora estejamos acostumados a relacionar diarreia à intoxicação alimentar (logo pensamos no que comemos antes do episódio, tentando identificar alguma comida diferente do habitual), há muitas causas possíveis: ● Toxinas bacterianas como a do estafilococus; ● Infecções por bactérias como a Salmonella e a Shighella; ● Infecções virais; ● Disfunção da motilidade do tubo digestivo; ● Parasitas intestinais causadores de amebíase e giardíase; ● Efeitos colaterais de algumas drogas, por exemplo, antibióticos, altas doses de vitamina C e alguns medicamentos para o coração e câncer; ● Uso de antibióticos; ● Abuso de laxantes; ● Intolerância a derivados do leite pela dificuldade de digerir lactose (açúcar do leite); ● Intolerância ao sorbitol, adoçante obtido a partir da glicose. Tipos: Diarreia comum: Caracteriza-se normalmente por provocar apenas fezes soltas e aguadas e durar no máximo 2 semanas. Ocorre mais em crianças. Pode estar associada a uma combinação de estresse, remédios e alimentos. Por exemplo, excesso de gorduras, de cafeína, mudança do tipo de água ingerida ou mesmo ansiedade diante de acontecimentos importantes podem provocar esse tipo de diarreia; Diarreia infecciosa: Comum em crianças, provoca além dos sintomas da diarreia comum, febre , perda de energia e de apetite. É causada por vírus e bactérias. Se não for convenientemente tratada, pode demorar até 1 semana para os sintomas desaparecerem; Diarreia crônica: Dura mais de 2 semanas seguidas, mesmo que os casos de evacuações típicas de diarreia sejam pontuais durante esse período. Nesses casos, é necessário investigar a causa. As mais frequentes são intolerâncias alimentares (como à lactose ou ao VICTÓRIA ALKMIM ALVES 10 https://drauziovarella.uol.com.br/doencas-e-sintomas/desidratacao/ https://drauziovarella.uol.com.br/doencas-e-sintomas/intoxicacao-alimentar/ https://drauziovarella.uol.com.br/doencas-e-sintomas/intoxicacao-alimentar/ https://drauziovarella.uol.com.br/doencas-e-sintomas/giardiase/ https://drauziovarella.uol.com.br/doencas-e-sintomas/intolerancia-a-lactose/ https://drauziovarella.uol.com.br/doencas-e-sintomas/intolerancia-a-lactose/ https://drauziovarella.uol.com.br/doencas-e-sintomas/intolerancia-a-lactose/ https://drauziovarella.uol.com.br/doencas-e-sintomas/febre/ https://drauziovarella.uol.com.br/drauzio/artigos/a-doenca-do-gluten-artigo/ glúten ) e a síndrome do intestino irritável . Amebíase: Pode ocasionar desde leve dor de estômago e flatulência até febre, prisão de ventre, debilidade física e fezes aguadas com manchas de sangue. É causada por um protozoário que invade o sistema gastrintestinal transportado por água ou comida contaminada. Infecção típica dos trópicos, manifesta-se também nos habitantes de regiões de clima temperado; Giardíase: Causada pela giárdia, um protozoário, seus sintomas variam da simples dor estomacal à diarréia persistente ou à presença de fezes pastosas. Outros sintomas também podem aparecer: desconforto abdominal, eructação (arroto), dor de cabeça e fadiga. A giárdia espalha-se no aparelho digestivo através da ingestão de água e alimentos contaminados. Também pode ser transmitida por relações sexuais ou por excrementos; Intolerância à lactose: Algumas pessoas não conseguem digerir a lactose, açúcar encontrado no leite e seus derivados, porque não produzem uma enzima chamada lactase. Entre seus sintomas, destacam-se tanto diarreia quanto prisão de ventre, desarranjos estomacais e gases. O que consumir e o que evitar? ● Não deixe de comer. Em geral, pessoas com diarreia associam comida à disfunção gastrintestinal e suspendem toda a alimentação. Tal medida, além de agravar o quadro de desidratação, suspende o fornecimento dos nutrientes necessários para o organismo reagir. Prefira ingerir arroz, caldos de carne magra, bananas, maçãs e torradas. Esses alimentos dão mais consistência às fezes e a banana, especialmente, é rica em potássio; ● Suspenda a ingestão de alimentos com resíduos: saladas, bagaço de frutas, sementes e outros que contenham fibras; ● Beba muito líquido, de 2 a 3 litros por dia. Como a água não repõe a perda de sódio e potássio, procure suprir essa necessidade com soro caseiro ou outros líquidos que contenham tais substâncias. Chás de camomila, erva-doce e hortelã, por exemplo, podem ajudar; ● Pessoas com pressão alta, diabetes, glaucoma, doenças cardíacas ou com histórico de derrames devem consultar o médico antes de ingerir bebidas que contenha sódio porque correm o risco de elevar a pressão; ● Evite café, leite e sucos de frutas; ● Evite consumir álcool, que é um desidratante poderoso; ● Evite alimentos muito temperados ou com alto teor de gordura (frituras, alguns cortes de carne, embutidos etc.) até que as fezes voltem ao normal; ● Não faça uso de adoçantes à base de sorbitol; ● Evite consumir leite e derivados, principalmente se tiver intolerância à lactose. Lembre-se, porém, de suprir a necessidade de cálcio ingerindo alimentos como salmão, tofu etc. Diarreia é o mesmo que disenteria? Não. A disenteria é um quadro clínico caracterizado por inflamação do intestino, o que causa dor abdominal e diarreia com sangue, muco ou pus. A inflamação pode ter várias causas, geralmente infecções por bactérias e vírus ou verminoses. Uma das causas VICTÓRIA ALKMIM ALVES 11 https://drauziovarella.uol.com.br/drauzio/artigos/a-doenca-do-gluten-artigo/ https://drauziovarella.uol.com.br/doencas-e-sintomas/sindrome-do-intestino-irritavel-2/ https://drauziovarella.uol.com.br/doencas-e-sintomas/sindrome-do-intestino-irritavel-2/https://drauziovarella.uol.com.br/doencas-e-sintomas/arroto-eructacao/ https://drauziovarella.uol.com.br/doencas-e-sintomas/arroto-eructacao/ https://drauziovarella.uol.com.br/doencas-e-sintomas/dor-de-cabeca-cefaleia/ https://drauziovarella.uol.com.br/doencas-e-sintomas/hipertensao-pressao-alta/ https://drauziovarella.uol.com.br/doencas-e-sintomas/diabetes/ https://drauziovarella.uol.com.br/doencas-e-sintomas/glaucoma/ https://drauziovarella.uol.com.br/doencas-e-sintomas/avc-acidente-vascular-cerebral-ou-derrame/ https://drauziovarella.uol.com.br/doencas-e-sintomas/verminoses/ mais comuns é a ingestão de alimentos ou água contaminados pela bactéria Shigella . Embora o tratamento geralmente seja simples, é necessário procurar ajuda médica imediatamente, pois há risco de desidratação. VICTÓRIA ALKMIM ALVES 12
Compartilhar