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Apostila - Módulo I - Ciclo Sexual (Gabarito)

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Univers idade Federa l F luminense
Inst ituto B iomédico
Departamento de Morfo log ia
DM 
Módulo I: Sistemas Genitais, Gametas e Fecundação 
 
I. Objetivos do Módulo 
 
Ao final do módulo, espera-se que o aluno: 
 Conheça os componentes dos sistemas genitais e suas respectivas 
funções 
 Compreenda e compare os processos de gametogênese 
 Identifique estruturas microscópicas gaméticas e dos sistemas genitais 
 Adquira conhecimentos sobre a regulação hormonal dos sistemas 
genitais 
 Estabeleça relação entre as estruturas dos gametas e as etapas da 
fertilização 
 Discuta a aplicabilidade clínica do módulo entre os pares 
 
II. Conteúdo Programático 
 
a) Visão Geral da Anatomia e Fisiologia dos Sistemas Genitais 
b) Gametogênese 
c) Regulação Hormonal 
d) Fertilização 
e) Aplicabilidades Clínicas 
• Espermograma 
• Alopécia Androgenética 
• Menopausa 
• Abuso de esteroides anabólicos e Infertilidade Masculina 
• Endometriose 
• Síndrome dos Ovários Policísticos 
• Gravidez Ectópica 
• Mola Hidatiforme 
 
III. Referências Bibliográficas 
 
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Prof.: D’Angelo Magliano 
 
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1. LARSEN. Embriologia Humana. 4ª ed. Rio de Janeiro. Elsevier, 2009. 
2. MOORE, K. Embriologia Clínica. 9ª ed. Rio de Janeiro. Elsevier, 2013. 
3. ROSS E PAWLINA. Histologia Texto e Atlas. 6ª ed. Rio de Janeiro. Guanabara 
Koogan, 2012. 
4. GUYTON E HALL. Tratado de Fisiologia Médica. 13ª ed. Rio de Janeiro. 
Elsevier, 2017. 
5. ALBERTO DARSZON et al. Calcium channels in the development, maturation, 
and function of spermatozoa. Physiol Rev 91: 1305–1355, 2011. 
6. DAVID S. GUZICK et al. Sperm morphology, motility, and concentration in 
fertile and infertile men. N Engl J Med, Vol. 345, No. 19 November 8, 2001. 
7. FERNANDO VÁZQUEZ R et al. Espermograma y su utilidad clínica. Salud 
Uninorte. Barranquilla (Col.) 23 (2): 220-230, 2007. 
8. WHO laboratory manual for the examination and processing of human semen 
– Fifth edition. 
9. MULINARI-BRENNER, Fabiane. Entendendo a alopécia androgenética. 2011. 
http://www.surgicalcosmetic.org.br/detalhe-artigo/160/Entendendo-a-alopecia-
androgenetica. Acesso em: 21/11/2017. 
10. OSTA, R.E. et al, Anabolic steroids abuse and male infertility. Basic Clin 
Androl. 26:2; 2016. 
11. WILLIANS. Ginecologia. 2ª ed. São Paulo. AMGH Editora, 2014. 
 
 
 
 
 
http://www.surgicalcosmetic.org.br/detalhe-artigo/160/Entendendo-a-alopecia-androgenetica
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APOSTILA DE EMBRIOLOGIA BÁSICA I 
Módulo I 
Gabarito 
 
1.1 Sistema Genital Masculino 
 
• Figura 1: 
 
1) Testículo. Produção dos espermatozoides e de hormônios sexuais 
masculinos. 
2) Epidídimo. Armazenamento e maturação dos espermatozoides. 
3) Ducto deferente. 
4) Vesícula seminal. Produção do líquido seminal, que é composto 
principalmente por frutose e funciona como fonte de energia para os 
espermatozoides. 
5) Ducto ejaculatório. 
6) Próstata. Produção do líquido prostático, que é ligeiramente alcalino e ajuda 
a neutralizar o pH ácido. 
7) Glândula bulbouretral. Produção de secreção clara e lubrificante. 
8) Uretra. 
 
• Figura 2: 
 
1) Túbulos seminíferos. Produção de espermatozoides. 
2) Túbulos retos. 
3) Rede testicular. 
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4) Ductos eferentes. 
5) Epidídimo. 
6) Ducto deferente. 
 
• Figura 3: 
 
1) Célula de Sertoli. Formação da barreira hematotesticular; suporte, proteção e 
nutrição dos espermatozoides em desenvolvimento; fagocitose; secreção de 
uma proteína ligante de andrógeno; secreção de inibina (inibe a síntese e 
liberação de FSH pela hipófise); produção do hormônio antimülleriano. 
2) Célula de Leydig. Produção de testosterona. 
3) Células da Linhagem Espermatogênica. Originarão os espermatozoides. 
 
• Figura 4: 
 
1) Células germinativas primordiais. 
2) Células de Sertoli. 
 
• Figura 5: 
 
1) Espermatogônia. 
2) Junção oclusiva (para formação da barreira hematotesticular). 
3) Espermatócito primário. 
4) Espermatócito secundário. 
5) Espermátide. 
6) Espermatozoide. 
 
• Figura 6: 
• 
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1) Grânulo acrossômico. 
2) Vesícula acrossômica. 
3) Capuz acrossômico. 
4) Corpos residuais. 
 
• Figura 7 (as duas figuras 7 têm os números representando as 
mesmas estruturas): 
 
1) Acrossoma (contém enzimas hidrolíticas) 
2) Núcleo. 
3) Peça intermediária (contém mitocôndrias). 
4) Cauda. 
 
• Figura 8: Classificação morfológica dos espermatozoides 
 
A) Normal. 
B) Macrocefálico. 
C) Microcefálico. 
D) Cabeça dupla. 
E) Cauda bífida. 
F) Peça intermediária quebrada. 
G) Gota citoplasmática. 
H) Sem cabeça (decapitado). 
 
• Imagens histológicas de espermatozoides (na ordem da esquerda 
para direita em cada linha): 
 
A) Cabeça dupla. 
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B) Gota Citoplasmática. 
C) Sem cauda. 
D) Peça intermediária quebrada. 
E) Macrocéfalo com cauda bífida. 
F) Peça intermediária quebrada. 
G) Cabeça dupla. 
H) Gota citoplasmática. 
I) Espermátide 
J) Microcéfalos 
 
1.2 Sistema Genital Feminino 
 
• Figura 1: 
 
1) Ovário. Produção de ovócitos e de hormônios (estrogênio e progesterona). 
2) Tuba uterina. A fertilização normalmente ocorre na região da ampola. 
3) Fímbrias. Captação do ovócito. 
4) Útero. Local de implantação do blastocisto. 
5) Vagina. 
6) Fórnice da vagina. 
7) Clitóris. 
8) Pequenos lábios. 
9) Grandes lábios. 
 
• Figura 2: 
 
1) Medula (onde se localizam os vasos sanguíneos). 
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2) Córtex (onde se localizam os folículos em desenvolvimento). 
 
• Figura 4: 
 
A) Folículo primordial. 
 1) Células foliculares. 
 2) Ovócito primário. 
B) Folículo primário unilaminar. 
 1) Células foliculares. 
 2) Ovócito primário. 
 3) Zona pelúcida. 
C) Folículo primário multilaminar. 
 1) Células foliculares. 
 2) Ovócito primário 
 3) Zona pelúcida. 
 4) Teca. 
D) Folículo primário multilaminar. 
 1) Células foliculares. 
 2) Ovócito primário. 
 3) Zona pelúcida. 
 4) Teca. 
 5) Espaços foliculares. 
E) Folículo secundário 
 1) Células foliculares. 
 2) Ovócito primário. 
 3) Zona pelúcida. 
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 4) Teca. 
 5) Corona radiata. 
 6) Antro. 
 
I) A estrutura A é uma junção intercelular entre as células foliculares e o ovócito, 
sendo importante para a comunicação e a transmissão de sinais de 
desenvolvimento e de suporte metabólico. 
II) A estrutura B corresponde a um grânulo cortical. Ao ocorrer a fusão da 
membrana plasmática do espermatozoide com a membrana do ovócito, o 
conteúdo dos grânulos corticais é liberado para o espaço perivitelínico, que se 
localiza entre o ovócito e a zona pelúcida, e atua na zona pelúcida alterando as 
moléculas receptoras do espermatozoide. Dessa maneira, o ovócito se torna 
impenetrável para outros espermatozoides. 
III) Essa estrutura é responsável pela produção de hormônios esteroidais. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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1.3 Regulação Hormonal dos Sistemas Genitais 
• Figura 1: 
 
A) LH: Atua nas células de Leydig estimulando a produção e secreção de 
Testosterona. 
B) FSH: Atua nas células de Sertoli estimulando essas a produzirem Inibina e 
Proteína de Ligação a Andrógenos (ABP). 
C) Testosterona: Estimula o surgimento de características sexuais secundárias 
e atua estimulando a espermatogênese nos túbulos seminíferos. 
D) Inibina: Realiza feedback negativo no eixo hipotálamo-hipófise, inibindo a 
produção e secreção de FSH. 
E) Proteína de Ligação a Andrógenos (ABP – do inglês androgen-binding 
protein): Liga-se à testosterona para concentrá-la nos túbulos seminíferos, o que 
é essencial para a espermatogênese. 
 
 
 
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• Figura 2: 
 
A) FSH: É o hormônio folículo estimulante, portanto estimula o desenvolvimento 
dos folículos até o estágio de ovulação. 
B) Estrogênio: É produzido pela teca interna que acompanha os folículos em 
desenvolvimento e pelo corpo lúteo e é responsável tanto pelo desenvolvimento 
de características sexuais secundárias femininas quanto pelo estímulo para a 
proliferação do endométrio. 
C) LH: É após um pico de LH que ocorre a ovulação. Além disso, esse hormônio 
é responsável por manter o corpo lúteo, que é formado pelas células 
remanescentes do folículo rompido que permanecem no ovário. 
D) Progesterona: Produzida pelo corpo lúteo, é responsável por estimular a 
parede do endométrio a se espessar ainda mais, estimular a formação de 
glândulas e o aumento da vascularização no útero. Ela é o principal hormônio 
para a manutenção da gravidez. 
 
 
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• Figura 3: 
 
Fase 1: Fase menstrual – Ocorre uma redução dos níveis hormonais, o que gera 
a descamação uterina, ou seja, ocorre a menstruação. 
Fase 2: Fase proliferativa – Ocorre um aumento nos níveis de estrogênio, que 
está sendo produzido pelos folículos em desenvolvimento, fazendo com que 
ocorra proliferação tecidual da parede do endométrio. 
Fase 3: Fase secretora – Com a ovulação e a formação do corpo lúteo, 
aumentam os níveis de progesterona, o que faz com que o endométrio se 
espesse ainda mais e se formem glândulas e artérias na preparação para que o 
útero receba a implantação do blastocisto, caso tenha havido fecundação. 
 
• Figura 4: 
 
I) Esse pico é importante para o desenvolvimento do trato genital masculino 
durante o período fetal. Ela induz a formação do epidídimo, dos ductos 
deferentes e das vesículas seminais a partir do ducto mesonéfrico. Além disso, 
estimula a formação da uretra masculina, da próstata, do pênis e do escroto. 
II) Esse pico ocorre porque ao nascer o recém-nato é separado da fonte materno-
placentária de estrogênio e progesterona, causando uma queda no feedback 
negativo que provoca um aumento da síntese e liberação das gonadotrofinas 
que, consequentemente levam à produção de testosterona. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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• Figura 5: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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• Figura 6: 
 
 
III) Com a fecundação, ocorre o contato do gameta feminino com o masculino e 
fusão dos pro-núcleos, gerando um zigoto que posteriormente se tornará um 
blastocisto e se implantará na parede uterina. Caso não ocorra fecundação, o 
gameta feminino degenera. 
 
1.4 Fertilização 
 
I) A fertilização normalmente ocorre na região da ampola. 
 
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• Figura 1: 
 
Transporte do ovócito: Com a ovulação, o ovócito secundário é expelido do 
ovário em direção à tuba uterina. Nesse momento, as fímbrias se aproximam do 
ovário e auxiliam na captação do ovócito secundário para dentro da tuba uterina. 
Então, a peristalse da tuba uterina leva o ovócito em direção à região da ampola. 
Transporte dos espermatozoides: As contrações peristálticas do ducto deferente 
levam os espermatozoides em direção à uretra. Uma vez dentro do trato genital 
feminino, os espermatozoides se movem por ação de sua cauda e de contrações 
do útero e das tubas uterinas em direção à ampola, onde se localiza o ovócito 
para ser fecundado. 
1) Vagina. 
2) Fórnice da vagina. 
3) Colo do útero. 
4) Útero. 
5) Ampola da tuba uterina. 
Os espermatozoides são depositados na vagina e no fórnice da vagina e então 
partem, através do colo do útero, em direção à região da ampola da tuba uterina 
para fecundar o ovócito secundário. 
 
• Figura 2: 
 
I) A remoção do colesterol torna a membrana mais fluida, o que favorece o influxo 
de cálcio e a reação acrossômica. 
II) As consequências são o aumento da atividade respiratória e da motilidade dos 
espermatozoides e a ocorrência da reação acrossômica, em que ocorre 
rompimento da membrana acrossômica e liberação de enzimas para que o 
espermatozoide consiga alcançar o ovócito e fecundá-lo. 
 
• Figura 3: 
III) A hiperativação é um aumento e uma alteração no padrão da motilidade 
flagelar, ela é importante para que, uma vez no sistema genital feminino, os 
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espermatozoides consigam alcançar as tubas uterinas de forma mais rápida e 
sem que haja o retorno deles na direção oposta por ação da gravidade. No 
momento da fertilização, a hiperativação é importante para que o 
espermatozoide consiga atravessar as camadas que envolvem o ovócito 
secundário de forma rápida e efetiva. 
 
• Figura 4: 
 
IV) Está ocorrendo a ligação do espermatozoide à zona pelúcida, através da 
glicoproteína ZP3. Essa ligação é importante para desencadear a liberação de 
enzimas de degradação (como a hialuronidase e a acrosina) pelo acrossoma 
que vão permitir a penetração do espermatozoide através da zona pelúcida. 
V) Está ocorrendo a fusão da membrana externa acrossomal com a membrana 
plasmática do espermatozoide. Esse evento é importante para a liberação do 
conteúdo acrossomal. 
 
• Figura 5: 
 
A) Liberação das enzimas acrossômicas. 
B) Fusão das membranas dos gametas. 
C) Liberação dos grânulos corticais. 
D) Entrada do espermatozoide no ovócito.

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